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TEXTO A: A LEI DE DEUS E A LEI DE CRISTO

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Academic year: 2021

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TEXTO A: A LEI DE DEUS E A LEI DE CRISTO

Muitos cristãos defendem que há uma divisão entre a lei de Deus e a Lei de Cristo. Mais um caso de interpretação equivocada. Veja: Jesus disse: “Um novo mandamento lhes dou: Amem- se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13:34).

Compare: Disse Deus: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR” (Levítico 19:18). Note que o mandamento para amarmos ao próximo como a nós mesmos não deixou de existir.

Não há divisão, pois O NOVO foi a dimensão que Cristo nos deu, ao explicar que este amor que devemos ter uns pelos outros deve ser na mesma proporção que Ele teve e tem por nós. No antigo testamento, através dos profetas, Deus nos diz que quer que amemos os outros com a mesma intensidade que amamos a nós mesmos. Então, no novo testamento Jesus não nega isso e sim esclarece para nós a dimensão exata deste amor, que deve ser tão grande quanto o amor que o próprio Jesus teve por nós. Cristo nos amou ao ponto de se sacrificar por nós, e nós devemos ter um amor assim pelos outros. Só um amor assim pode fazer a gente a mar até mesmo a quem nos faça mal (este é o verdadeiro significado de “dar a outra face”).

O NOVO não é a destituição de nenhum mandamento e sim o dimensionamento exato destes mandamentos. Jesus disse: “Não pensais que vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, vim para cumprir” (Mateus 5:17). CUMPRIR mencionado no verso vem do grego PRERO que significa COMPLETAR. No SERMÃO DO MONTE Jesus estava ampliando os mandamentos já expressados no antigo testamento, e não alterando nem destituindo. Jesus disse que nem sequer um “j” ou um “til” sairia da lei sem que se cumprisse.

A base do amor atravessa toda a Bíblia. Deus nos amou ao ponto de enviar seu filho para morrer por nós. Jesus, nos amou ao ponto de se sacrificar por nós. Então, por que é tão difícil aceitarmos o tamanho deste amor? Por que o ser humano prefere acreditar que a base deste amor foi destituída? Por que mesmo quem o entende completo não o coloca realmente acima de tudo? É SIMPLES: Aceitar a real dimensão do amor de Deus significa ajudar ao próximo na mesma dimensão e não apenas pregar solidariedade; Significa valorizar e resgatar a união começando no âmbito familiar na mesma intensidade que deve ser nossa comunhão com Deus; É perdoar na mesma dimensão e não apenas dizer o perdão. Devemos nos sentir semelhante a Deus ouvindo o que Ele diz sobre tolerância do perdão, mas preferimos ouvir o mundo ou nosso ego e queremos então parecermos semelhante a Deus naquilo que não podemos: no julgamento, pois muitas vezes ao invés de abraçarmos e apoiarmos o irmão que caiu, optamos por julgar, condenar e divulgar a queda, sem nos preocuparmos pelo menos em ouvir de verdade a sua defesa.

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QUEM ESTAMOS IMITANDO, A CRISTO OU A MÃO QUE O CRUCIFICOU? Gastamos minutos ou horas semanais postando mensagens de apoio e evangelização no facebook ou outras mídias.

Mas quantos segundos ao menos gastamos para uma palavra ou gesto de amparo direcionado especificamente a alguém que você conhece e tanto precisa? Como podemos amar até nosso inimigo se não conseguimos muitas vezes expressar este amor tolerante nem mesmo para nossa família, nossa mãe, nosso pai, nosso filho, nosso irmão.

TEXTO B: A FINALIDADE DA LEI

Muitas pessoas pensam que a lei caducou, terminou. Isso ocorre devido a um erro de

interpretação, falta de um estudo mais completo e inspirador. Vejamos: “porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10:4).

A palavra FIM no verso acima, tem no seu escrito original o termo grego TELOS que significa FINALIDADE, ou seja objetivo. Então o verso quer dizer que “A finalidade da lei é Cristo para todo aquele que crê”. Este é o real significado. Note que é bem diferente do entendimento equivocado que diz que Cristo representa o termino da lei, afirmando que o sentido da palavra FIM no verso seria TÉRMINO.

E na mesma época que Paulo escreveu sobre o mesmo tema (justificação pela fé) para a igreja de roma, escreveu também para a igreja da galácia, sendo que para os gálatas ele usa a palavra pedagogo = pai das gogo, que é o mesmo que AIO. Veja: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gálatas 3:24). Então, fica claro mais uma vez que a lei não salva , mas não caducou, não terminou, e sim permanece para nos ajudar a compreender e ensinar como nos conduzirmos a Cristo, sendo assim justificados pela fé.

TEXTO C: CRISTO, A LEI E O EVANGELHO

Em romanos 7:7, Paulo esclarece que não saberíamos exatamente o que é o pecado se não houvesse a lei para nos orientar. Por exemplo, sabemos que a cobiça é pecado porque a lei nos disse.

A Bíblia mostra que a lei não é pecado. Pecado é transgressão da lei. A lei nos ajuda a

compreender o pecado, inclusive quando há o elemento subjetivo, pois uma pessoa pode ser cobiçosa mesmo quando ninguém sabe, ou seja, esta pessoa pode cobiçar sem nunca

expressar para ninguém isso. Note então que para Deus a intenção no coração do cobiçador já é pecado.

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A lei não é um fardo. Quando Jesus e Paulo falam de fardo eles se referem não à lei de Deus e sim às interpretações erradas de líderes religiosos, que a tornaram um peso. Na verdade a lei está relacionada à vida: “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal. Se

guardarem o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o SENHOR, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la” (Deuteronômio 30:15 e 16). Deus diz para escolhermos a vida.

Lei então está ligada à vida e à felicidade, e não a um fardo. Uma senhora chamada Geni Fridman, que sobreviveu ao holocausto durante a guerra, foi questionada do porque de acreditar em Deus e em Jesus depois de ter passado pelo que ela passou. Ela respondeu: “Não ponham em Deus a culpa dos homens. Se todos observassem os dez mandamentos não haveria guerras”. A desobediência debilita a fé, e aí a está a importância de se obedecer a lei.

Alguma pessoas questionam: “por que Israel recebeu as leis e outras nações foram

ignoradas”?. Mas Deus não ignorou ninguém. Antes de tudo devemos lembrar que que a Bíblia não começa com a história de Israel e sim com a história de Adão, que é pai de todos. Continua com Noé e a aliança, que é para toda humanidade. E ao escolher Abraão foi para que ele fosse uma bênção através do qual todas as famílias da terra fossem abençoadas. Há exemplos de pessoas que nem eram israelitas e guardavam a lei de Deus. Jó não era israelita, mas afirmou no capítulo 23: “eu ando nos mandamentos de Deus”.

Os rabinos se perguntam: POR QUE DEUS DEU OS MANDAMENTOS NO MONTE SINAI E NÃO EM ISRAEL? A resposta é: PORQUE O DESERTO É TERRA DE NINGUÉM, ENTÃO OS

MANDAMENTOS SÃO PARA TODOS! Israel foi escolhida não Para ter exclusividade e sim Para levar os mandamentos a todas as nações, Para que então fosse dito: “que povo é esse com leis tão justas e um Deus tão próximo”?

E REFLITA: DO MESMO JEITO QUE JESUS VEIO POBRE PARA QUE O MUNDO ENTENDESSE A GRANDEZA DA HUMILDADE, ISRAEL ERA A MENOR DAS NAÇÕES EM NÚMERO NUMA ÉPOCA EM QUE QUANTIDADE ERA SINÔNIMO DE PODER. VEJA: “O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos” (Deuteronômio 7:7).

TEXTO D: A MORTE DE CRISTO E A LEI

A maldição da lei: Ao declarar que o pecado trás juízo e morte, a lei mostra que o ser humano que pecar, que transgredir a lei, está amaldiçoado. Então a lei não é maldição, e sim a

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transgressão dela. Cristo então nos diz que veio para nos libertar da maldição da lei, ou seja do juízo de Deus e consequente morte.

Observemos que já na primeira vez que Deus deu um mandamento ao ser humano disse:

“comerás de todas as árvores, mas desta árvore não comerás, porque no dia que dela comeres certamente morrerás”. Isto evidencia que a consequencia da transgressão é sempre a morte.

E reforçamos que a lei não é maldição. O papel da lei é ser um “espelho” para olharmos e sabermos o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim para nós.

A lei então sinaliza o pecado, esclarece vara o nosso bem. A maldição então não é a lei e sim a transgressão dela, e isto é uma escolha nossa. A lei moral mostra o certo e o errado. A lei cerimonial mostra qual a solução para o pecado. Esta solução não está em nós, pois uma vez cometido o pecado, alguém tem que morrer, então a expiação do pecado está fora de nós, está em aceitar a Cristo como nosso salvador. Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele vive para interceder por nós diante do de Deus no Santuário Celestial.

Então guardar a lei não nos salva, e sim a fé em Cristo, que morreu em nosso lugar para pagar nossos pecados. Mas é a lei que mostra o caminho certo para o exercício de nossa fé

salvadora.

TEXTO E: CRISTO, A LEI E AS ALIANÇAS

Muitos cristãos entendem que as alianças são diversas, cada uma cancelando a outra. A aliança de Abraão teria substituído a aliança de Noé. A aliança do Sinai teria substituído a aliança de Abraão. E depois a do Sinai teria sido cancelada por Cristo. Mas, na Bíblia na

verdade só existe uma aliança, a ALIANÇA ETERNA DA SALVAÇÃO. E esta aliança foi aplicada ao longo da história em diferentes momentos. Foi aplicada para Adão, foi aplicada para Noé, foi aplicada para Abraão, para os filhos de Israel. Em cada aplicação a mesma aliança tinha sempre características específicas para cada contexto.

Então chega um momento em que esta aliança passa de promessa para realidade em Cristo Jesus, e a partir daí é chamada de NOVA ALIANÇA. Não é nova no sentido de ser outra, mas é nova no sentido de se tornar prática, uma nova realidade já profetizada desde a fundação do mundo.

A aliança entre Deus e o ser humano não é uma aliança entre iguais, e sim uma aliança do tipo entre um Rei e seus súditos, pois Deus estabelece as normas desta aliança e nos convida a

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participar. Podemos aceitar ou rejeitar. A iniciativa da aliança sempre foi de Deus. Ele foi atrás de Adão, Ele falou com Noé, Ele que chamou Abraão, Ele que tira os filhos de Israel do Egito.

Há sinais que representam a aliança. Assim como em um casamento o registro é o sinal que representa a aliança entre o casal, na Bíblia há vários sinais, por exemplo o SÁBADO é o sinal de Deus na criação, o arco íris é o sinal da aliança de Deus com Noé, o batismo é o sinal da nova aliança, os dez mandamentos representam o sinal do Sinai (inclusive as tábuas dos mandamentos são chamadas TÁBUAS DA ALIANÇA).

Quando Deus disse a Abrão que a través da descendência dele todas as famílias da terra seriam abençoadas, JESUS é o descendente principal. Mas às vezes esquecemos que mesmo Israel sendo infiel à aliança, TAMBÉM FOMOS ABENÇOADOS ATRAVÉS DE LES, pois ISRAEL NOS TROUXE A BÍBLIA. Todo o antigo testamento foi escrito por israelitas, e praticamente todo novo testamento também. Provavelmente apenas Lucas é não israelita a escrever na Bíblia (Lucas, que em grego quer dizer “aquele que traz a luz”, era médico nascido na Antioquia da Síria).

Em Jeremias 31:31-34 é confirmada a natureza eterna da lei, Deixando claro que em sua aliança Deus escreverá a lei no coração do homem.

Valdir Antônio da Silva

Referências

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