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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

EDDY FEITOSA

EMPREENDEDORISMO:

Relatos de sucesso nos serviços de locação de carros

FORTALEZA-CE

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EDDY FEITOSA

EMPREENDEDORISMO:

Relatos de sucesso nos serviços de locação de carros

Monografia submetida ao Curso de Administração de Empresas do Departamento de Administração da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas.

Orientador: Prof. Me. Carlos Manta Pinto de Araújo.

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EDDY FEITOSA

EMPREENDEDORISMO: RELATOS DE SUCESSO NOS SERVIÇOS DE LOCAÇÃO DE CARROS

Monografia submetida ao Curso de Administração de Empresas do Departamento de Administração da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em ____ / ____/ ________

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________ Prof. Me. Carlos Manta Pinto de Araújo.

Universidade Federal do Ceará – UFC

________________________________________________ Prof. Profa. Me. Jaqueline Maciel Pombo.

Universidade Federal do Ceará - UFC

________________________________________________ Prof. Dr. Francisco Isidro Pereira.

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RESUMO

Este estudo possui como foco o estudo do perfil empreendedor, considerando a importância dos empreendimentos criados por indivíduos empreendedores para o desenvolvimento econômico e social do país, delimitando-se a pesquisa ao setor de locação de veículos, mais especificamente para a empresa MKT Rent a Car. O estudo proposto é direcionado pelo seguinte questionamento: Qual o perfil adequado de um empreendedor para obter sucesso no mercado de locação de veículos? O objetivo geral consiste em analisar o perfil adequado de um empreendedor para obter sucesso no mercado de locação de veículos. Como metodologia utilizou-se um estudo de caso na empresa MKT Rent a Car situada na cidade de Fortaleza – CE, sendo realizada uma entrevista com os gestores da empresa, verificando-se sua trajetória e o perfil que acreditam ter sido fundamental para que se alcance sucesso no mercado de locação de veículos. Assim, a pesquisa assumiu caráter qualitativo, se configurando como uma pesquisa descritiva e explicativa. Ao final do estudo foi possível concluir que os gestores da MKT Rent a Car possuem fortes características empreendedores, destacando-se a visualização da oportunidade, a iniciativa, a criatividade, a capacidade de assumir riscos e, principalmente, a persistência, considerando que no início sofreram fortes prejuízos com clientes mal intencionados, continuando no mercado e obtendo o êxito que buscam que é o crescimento anual, podendo-se dizer, portanto, que para empreender nesse mercado é preciso coragem e criatividade para se sobressair no mercado.

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ABSTRACT

This study has focused on the study of entrepreneurial, considering the importance of the projects created by enterprising individuals for economic and social development of the country, limiting to research the rental sector vehicles, specifically for the company MKT Rent a Car. The proposed study is directed by the following question: What is the proper profile of an entrepreneur to be successful in the rental market vehicles? The overall objective is to analyze the proper profile of an entrepreneur to be successful in the car rental market. The methodology used is a case study in the MKT Rent a Car company in the city of Fortaleza - CE, and held an interview with the company's managers, verifying their track record and profile which believe was fundamental for achieving success in the car rental market. Thus, the research took qualitative, shaping up as a descriptive and explanatory research. At the end of the study it was concluded that the managers MKT Rent a Car have strong features entrepreneurs, especially the visualization of opportunity, initiative, creativity, risk-taking and especially persistence, whereas earlier suffered heavy losses with malicious clients, continuing the market and getting the success that it is seeking annual growth, can be said, therefore, that to undertake this market takes courage and creativity to excel in the market.

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LISTA DE QUADROS

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE GRÁFICOS

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABEIVA Associação Brasileira das empresas Importadoras de Veículos Automotores

ABLA Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis

ANFEAVA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos

CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

GEM Global Entrepreneurship Monitor

GM General Motors

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 EMPREENDEDORISMO: CONCEPÇÕES E CARACTERIZAÇÕES ... 14

2.1 Conceito de empreendedorismo e empreendedor ... 14

2.2 Características e perfil dos empreendedores ... 16

2.3 Empreendedorismo no Brasil ... 19

2 O MERCADO DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS ... 25

2.1 Aspectos gerais do setor automobilístico: abordagem histórica ... 25

2.2 Contexto histórico e a locação de veículos no mundo ... 28

2.3 Mercado de locação de veículos no Brasil ... 31

2.4 A locação de veículos como prestação de serviços: aspectos do empreendedorismo no setor ... 33

4 METODOLOGIA ... 36

4.1 Procedimentos metodológicos ... 36

4.2 Coleta de dados ... 38

4.3 Cenário e sujeitos da pesquisa ... 39

4.4 Procedimentos de análise dos dados ... 41

5 ANÁLISE DOS DADOS ... 43

6 CONCLUSÃO ... 49

REFERÊNCIAS ... 51

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1 INTRODUÇÃO

O empreendedorismo tem ganhado cada vez mais importância no Brasil que tem se destacado no mundo como o país com mais empreendedores do mundo, sabendo-se disso, visou-se neste estudo verificar em um mercado específico os sucessos já obtidos. Dessa forma, neste trabalho o estudo volta-se para o empreendedorismo no mercado de locação de veículos de Fortaleza-CE.

Durante o estudo destaca-se o perfil dos empreendedores envolvidos no mercado de locação de veículos e a expansão deste, apresentando relatos de sucesso, visando-se perceber o perfil adequado para empreender nesse setor.

O interesse pelo tema foi despertado pelo fato do autor desta pesquisa ser sócio da MKT Rent a Car, percebendo a necessidade do perfil empreendedor de seus gestores para que continue a ser competitiva no mercado, obtendo o sucesso almejado por seus sócios.

Trata-se de um tema de relevância econômica e social considerando que envolve um setor da economia brasileira e seus resultados podem impactar no desenvolvimento econômico e social do país, assim, conhecer relatos de sucesso pode inspirar outras pessoas a empreender, até mesmo verificar lacunas no mercado e encontrar oportunidade para inovar no setor, fato relevante para melhoria do empreendedorismo no Brasil.

O estudo proposto é direcionado pelo seguinte questionamento: Qual o perfil adequado de um empreendedor para obter sucesso no mercado de locação de veículos?

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Como metodologia utilizou-se um estudo de caso na empresa MKT Rent a Car situada na cidade de Fortaleza – CE, sendo realizada uma entrevista com os gestores da empresa, verificando-se sua trajetória e o perfil que acreditam ter sido fundamental para que se alcance sucesso no mercado de locação de veículos. Assim, a pesquisa assumiu caráter qualitativo, se configurando como uma pesquisa descritiva e explicativa.

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2 EMPREENDEDORISMO: CONCEPÇÕES E CARACTERIZAÇÕES

Neste capítulo inicia-se a abordagem do tema proposto, trazendo as concepções e características que envolvem o empreendedorismo, o intuito é o de posicionar o leitor, passando o entendimento inicial sobre o conceito de empreendedorismo, as características do empreendedor e os tipos de empreendedor, dando destaque aos perfis que mais obtiveram sucesso. Aborda-se, ainda, as configurações do empreendedor no Brasil.

2.1 Conceito de empreendedorismo e empreendedor

O conceito de empreendedorismo está no senso comum, podendo ser ouvido constantemente para caracterizar um indivíduo que conseguiu alcançar sucesso em um negócio que até então não era pensado por outra pessoa, assim quando se busca o conceito de empreendedorismo na literatura é comum encontrar os termos iniciativa, criatividade e capacidade de assumir riscos.

De acordo com Dornelas (2010), o termo empreendedorismo é utilizado para designar a atitude de um indivíduo que consegue encontrar um oportunidade de negócio, criar capital em cima dessa ideia, assumindo os riscos que podem ser apresentados a partir do investimento.

Nesse mesmo sentido, Teixeira et al. (2011) afirmam que o empreendedorismo está associado à iniciativa, ao desembaraço, à inovação, aos riscos assumidos pelo indivíduo ao investir em um novo negócio, à possibilidade e à capacidade de trazer inovações ao mercado, seja com um novo produto ou serviço ou com uma nova forma de fazê-los.

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Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. (SEBRAE, 2007, p. 15).

Assim, o termo empreendedorismo é relacionado à inovação e ao valor alcançado pelo indivíduo com ela, assumindo todos os riscos demandados, desde os financeiros, até os psíquicos e sociais. Schlindwein (2004) considera que o empreendedorismo está pautado na capacidade de criar, se configurando como uma habilidade do indivíduo de criar e constituir algo a partir de muito pouco ou quase nada, aplicando os recursos de forma produtiva.

Para Neto e Sales (2004), o empreendedorismo é base fundamental para a criação de riquezas e crescimento econômico de um país, conceituando-o como:

[...] um processo dinâmico de criação de riqueza incremental. A riqueza é criada por indivíduos que assumem maiores riscos em termos ativos, tempo e perspectivas de carreira, para produzirem bens ou serviços através dos recursos que lhe são disponibilizados (NETO; SALES, 2004, p. 10).

Entendendo o conceito de empreendedorismo, é possível entender do que se trata o empreendedor, podendo-se dizer que o termo é empregado para o indivíduo que possui empreendedorismo em suas ações no mundo dos negócios.

Chiavenato (2005, p. 3) conceitua empreendedor como: “[...] a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma idéia ou projeto pessoal, assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”. Dessa forma, empreendedor é aquele que tem atua de forma empreendedora, ou seja, com inovação, criatividade e capacidade de assumir riscos, sendo estas suas características principais.

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Por sua vez Cruz (2008) destaca a dificuldade de empreender, visto que o indivíduo precisa enxergar a oportunidade, sabendo diferenciá-la de uma ideia, fator fundamental, principalmente, em um mercado competitivo. O autor elucida que o indivíduo empreendedor geralmente já possui características próprias que fazem enxergar essas oportunidades, como o fato de apostar nela, assumindo todos os riscos demandados pela atividade, devendo-se mencionar que ele não é capaz apenas de investir na ideia, mas sim de fazer com que ela der certo.

Existem diferentes características presentes em um indivíduo empreendedor, estas que caracterizam seu tipo e perfil, assunto abordado no tópico a seguir.

2.2 Características e perfil dos empreendedores

O empreendedor possui como características marcantes a iniciativa, a criatividade e a capacidade para assumir riscos, todavia, esses não são os únicos fatores que o caracteriza, havendo outros fatores determinantes que, inclusive, o caracteriza.

Para Silva, Silva e Dan (2008), o empreender é visto, geralmente, quando passa por alguma dificuldade financeira, tendo ganhado terreno sempre que o desemprego chega até ele, percebendo a oportunidade a partir da dificuldade. Apesar de se perceber essa característica em muitos empreendedores, acredita-se que não se pode generalizar, visto que ele também pode se apresentar em outras ocasiões.

Leite (2002) menciona como características do empreendedor, além da iniciativa e da criatividade, a flexibilidade para adaptar suas ideias, motivação para pensar de forma conceituada e capacidade para verificar a necessidade de mudanças em uma oportunidade.

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ou serviço, ou para empregar algo novo em algo já comumente realizado dentro de uma organização, sempre agregando valor a algo desempenhado.

O SEBRAE (2015) elenca 10 principais características do empreendedor que podem ser observadas no Quadro 1:

Quadro 1. Características de um empreendedor

Característica Descrição

Busca de oportunidades e iniciativa Desenvolve a capacidade de se antecipar aos fatos e de criar oportunidades de negócios com novos produtos e serviços.

Persistência Desenvolve a habilidade de enfrentar obstáculos para alcançar o sucesso.

Correr riscos calculados Envolve a disposição de assumir desafios e responder por eles.

Exigência de qualidade e eficiência Relaciona-se com a disposição e a inclinação para fazer sempre mais e melhor.

Comprometimento Característica que envolve sacrifício pessoal, colaboração com os funcionários e esmero com os clientes.

Busca de informações Característica que envolve a atualização constante de dados e informações sobre clientes, fornecedores, concorrentes e sobre o próprio negócio.

Estabelecimento de metas Compreende saber estabelecer objetivos que sejam claros para a empresa, tanto em longo como em curto prazo. Planejamento e monitoramento

sistemáticos

Desenvolve a organização de tarefas de maneira objetiva, com prazos definidos, a fim de que possam ter os resultados medidos e avaliados.

Persuasão e rede de contatos Engloba o uso de estratégia para influenciar e persuadir pessoas e se relacionar com pessoas chave que possam ajudar a atingir os objetivos do seu negócio.

Independência e auto-confiança Desenvolve a autonomia para agir e manter sempre a confiança no sucesso.

Fonte: Sebrae (2015, p. 1).

As características são citadas como aquelas presentes em um empreendedor de sucesso. Pilleggi (2014) menciona que essas características são fundamentais para que o negócio obtenha de fato o sucesso almejado, visto que somente com a iniciativa e a criatividade se corre um risco muito alto de não conseguir dar continuidade no negócio.

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O empreendedor individual é aquele que inicia um negócio sozinho, podendo buscar o apóio financeiro de um investidor, sendo capaz de assumir os riscos tanto financeiros, quanto psicológicos e sociais, tendo em vista alcançar um retorno que compense seu investimento, com a obtenção de lucro como seu principal objetivo (ZEN; FRACASSO, 2008).

Já o intra-empreendedor profissional, de acordo com Zen e Fracasso (2008), é aquele indivíduo que possui um comportamento empreendedor dentro de uma empresa já estabelecida, buscando a geração de lucro para a empresa em que atua, sendo reconhecido pelas iniciativas tomadas e, apesar de não precisar assumir riscos financeiros, esse tipo de empreendedor precisa assumir riscos psicológicos e sociais caso suas ideias não venham a dar certo, obtendo os resultados esperados pela organização.

Quanto aos empreendedores coletivo e social, Zen e Fracasso (2008) elucidam que eles são decorrentes da modernidade, dos avanços das tecnologias da informação, sendo o coletivo aquele que se preocupa com a redução dos custos e o compartilhamento dos riscos de desenvolvimento de um novo negócio. Enquanto o empreendedor social é preocupado com as demandas sociais que ainda não são satisfeitas pelo poder público.

Por sua vez, Trajan (2010) descreve 7 (sete) perfis de empreendedores, os quais estão descritos no Quadro 2:

Quadro 2. Perfil empreendedor

Perfil Descrição

O guerreiro Trata-se do empreendedor que está motivado a competir e marcar seu território, mesmo que para isso precise passar por cima de valores e princípios para atingir seus objetivos. O clima organizacional com esse tipo de empreendedor é geralmente com conflitos e crises diários e de relacionamentos evasivos.

O jogador Para este tipo de empreendedor o importante é vencer, não gosta de perder, sempre cobiçando os melhores profissionais dos concorrentes e tentando atraí-los, busca até mesmo comprar a empresa rival.

O curioso Ver o mercado como uma área a ser desbravada, sempre em busca de localizar uma oportunidade.

O perito Valoriza o aprendizado e o conhecimento no ambiente de trabalho, buscando conectar suas competências e as necessidades de mercado.

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usar sua imaginação para visualizar as oportunidades, verificando a necessidade de encantar o cliente diariamente.

O solidário Ver o mercado como um local para empregar ajuda e serviços de solidariedade. Forma uma equipe comprometida com valores essenciais do trabalho e da vida, assumindo uma relação de transparência e fidelidade com seus stakeholders.

O cultivador Para as questões humanitárias vêm antes do lucro, agindo com consciência do que seja um negócio e da importância desse negócio diante dos interesses coletivos. Esse tipo de empreendedor primeiro planta para depois colher.

Fonte: Trajan (2010).

Observando os perfis apresentados, é possível dizer que o guerreiro e o jogador não são perfis bem vistos pelas empresas, podendo emergir problemas entre funcionários, prejudicando todo o ambiente organizacional. Enquanto o curioso, o perito e o artista trazem melhores resultados, conseguindo tornar o trabalho em equipe mais fácil e trazer harmonia para dentro do ambiente organizacional ao mesmo tempo em que busca o alcance de resultados e novas oportunidades para o negócio. Com um perfil mais atual, os empreendedores que assumem o perfil solidário ou cultivador estão em maior tendência e sendo buscado pelas organizações, conseguindo buscar oportunidades sem deixar de lado as questões humanitárias.

Vale destacar, por fim, com base em Adair (2007), que por traz de todo empreendedor de sucesso, existem inúmeras tentativas fracassadas, sendo a persistência, talvez, mais importante que a capacidade de inovação e criatividade.

2.3 Empreendedorismo no Brasil

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modernização e para a inovação para que pudesse continuar competitiva e crescer em seu mercado de atuação.

De acordo com Dornelas (2008), até a década de 1990 nem mesmo se ouvia falar em empreendedorismo, principalmente porque o próprio cenário político e econômico no Brasil não era propício para tanto, além do acesso à informação ser bastante precário.

Silva, Furtado e Zanini (2015) elucidam que o empreendedorismo no Brasil foi crescente ao longo dos anos, chegando aos anos 2000 com um potencial bem maior, tendo destaque nos dias de hoje não só para a economia nacional, mas com destaque internacional. Ressalta-se, com base em Dornelas (2011), que o Brasil desenvolve um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo de todo o mundo, sendo confrontável apenas pelos Estados Unidos. Assim, é possível destacar o potencial empreendedor do povo brasileiro.

Para que se tenha uma maior noção acerca do crescimento do empreendedorismo, o Gráfico 1 apresenta o percentual de crescimento entre 2002 e 2014 de acordo com o estágio do empreendimento:

Gráfico 1. Evolução do número de empreendedores no Brasil por estágio do empreendimento (2002 2014)

Fonte: GEM Brasil (2014)

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Quanto às características sociodemográficas dos empreendedores brasileiros verificadas neste ano de 2014, A Tabela 1 apresenta esses dados:

Tabela 1. Características sociodemográficas dos empreendedores brasileiros

Fonte: GEM Brasil (2014)

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incompleto) até o Ensino Superior incompleto. A renda em maior fica até 3 salários mínimos, tanto para negócios iniciais quanto para já estabelecidos, verificando-se percentual significativo também para aqueles que recebem até 6 salários mínimos. Em sua maioria os empreendedores estão casados ou em união estável, com um percentual significativo de empreendedores solteiros. A raça também foi verificada, notando-se uma maior concentração de empreendedores brancos e pardos.

A pesquisa realizada pelo Sebrae (2014) apresentou, ainda, a distribuição dos empreendedores brasileiros de acordo com suas características, conforme de observa na Tabela 2:

Tabela 2. Distribuição dos empreendedores brasileiros por suas características

Fonte: GEM Brasil (2014)

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todos, não sendo uma novidade no mercado, verificando-se na característica de empreendedores brasileiros que estes inovam a partir de produtos e serviços que já estão no mercado, verificando-se forte concorrência no mercado. A tecnologia e os processos utilizados já possuem mais de 5 anos, não sendo possível perceber inovações nesse sentido, atuando predominantemente no mercado interno.

Percebe-se de acordo com os resultados da pesquisa predominância de empreendedores individuais, já que a maioria não possui empregados e com um faturamento anual de R$ 12.000,00. Menos da metade dos empreendedores possuem registro formal ou CNPJ. Analisando as características dos empreendedores brasileiros, observa-se que a inovação fica aquém, já que a maioria dos produtos já são conhecidos no mercado, não sendo novidade para ninguém. Percebe-se, portanto, a necessidade de maior inovação no mercado brasileiro.

A pesquisa realizada pelo Sebrae (2014) também verificou a percepção de especialistas acerca do empreendedorismo no Brasil, avaliando os fatores limitantes e favoráveis. Os resultados estão expostos no Gráfico 2:

Gráfico 2. Visão dos especialistas sobre fatores limitantes e favoráveis do empreendedorismo no Brasil

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Dentre os principais fatores limitantes, verifica-se no Gráfico 2 as políticas governamentais, a educação e a capacitação e o apoio financeiro, enquanto a capacidade empreendedora dos brasileiros aparece como principal fator favorável. Dessa forma, na percepção dos especialistas, os empreendedores brasileiros estão precisando de maiores incentivos governamentais, esmo já contando com programas e órgãos como o Sebrae ainda não é suficiente, bem como de maior educação, com o país possuindo o melhor ensino de empreendedorismo no mundo ainda falta uma maior procura por parte dos indivíduos.

Para Dornelas (2015) apesar de o Brasil está no topo como país com mais empreendedores do mundo, não é um fato a ser comemorado, já que se verifica um maior número de empreendedores por necessidade do que por oportunidade, ou seja, os novos negócios surgiram para garantir a sobrevivência de seu empreendedor e não por visualizar uma lacuna no mercado que precisa ser preenchida, com as pesquisas revelando empreendedores brasileiros com pouca capacidade de inovação.

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2 O MERCADO DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

O presente capítulo traz ao leitor um estudo acerca do mercado de locação de veículos, cenário de estudo deste trabalho monográfico. Visa-se demonstrar a dinamicidade presente neste setor e os diferentes segmentos que pode atender, considerando ser um prestador de serviço, destaca-se a característica empreendedora necessária nesse mercado, considerando a concorrência acirrada, que exige inovação e criatividade, devendo-se considerar, ainda, a capacidade para assumir riscos.

2.1 Aspectos gerais do setor automobilístico: abordagem histórica

Foi através da iniciativa de grandes empresários que a indústria automotiva teve início, as oportunidades tecnológicas foram surgindo e oferecendo o amparado necessário ao surgimento dessa indústria. Tratava-se de um mercado novo, não havendo a possibilidade de se basear em concorrentes para inovar e aprimorar o trabalho, era necessário tomar decisões com bases em erros e acertos. Dentre os empreendedores que fizeram parte do início da indústria automobilística cita-se Henry Ford e Karl Benz, que foram fundamentais para tornar essa indústria o que ela é hoje.

Karl Benz desenvolveu o primeiro motor a dois tempos da história e foi fundador da Benz & Co Rheinische Gasmotoren-Fabrik, sendo apoiado por Max Rose e Friendrich Wilhelm Esslinger. Financeiramente estável, ele começou com a construção de um veículo de concepção própria. (FIELL, 2000).

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crescimento de 50 trabalhadores para 450 em apenas 9 anos, com uma produção de 572 veículos.

Foi no ano de 1923 que o último veículo foi produzido, anos mais tarde, em 1929, Karl Benz faleceu. A casa em que morava passou a ser a Fundação Karl Benz e Gottlieb Daimler, funcionando, também, como centro de eventos. A empresa Daimler-Benz, hoje, é conhecida internacionalmente, tendo a Mercedes-Benz como sua marca de luxo. (FIELL, 2000).

No início da história da indústria automobilística não havia pessoas com graduação em Designer, até porque, não haviam instituições acadêmicas que oferecessem essa formação, todavia, profissionais já ficavam encarregados de projetar o desenho dos automóveis. Um desses profissionais que ficou bastante conhecido até hoje é Henry Ford.

Henry Ford foi responsável por transformar a forma de produção da indústria automobilística da época, inovando o setor. A fundação de sua própria indústria automobilística veio no ano de 1903, quando produziu um automóvel que estava pronto para ser introduzido no mercado, estava fundada a Ford Motor Company, como não tinha capital próprio, a estratégia de sua indústria era arranjar o capital necessário com o dinheiro dos cidadãos de Detroit. Masi (2005, p. 320) destaca que Henry Ford:

[...] construiu o primeiro exemplar do modelo A. E a partir daquele momento os automóveis circulantes nos Estados Unidos aumentaram vertiginosamente de um a cada milhão e meio de habitantes (1902) para um a cada 800 habitantes (1907).

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No início da década de 1990 com o advento da globalização a indústria automotiva mundial passou por uma série de transformações, dentre elas a ampliação dos incentivos fiscais para este mercado.

Com o surgimento das montadoras do Japão e Coréia aumentou a concorrência e com isso reduziu-se as margens de lucro. O resultado foram as montadoras japonesas e coreanas nas primeiras posições ultrapassando as indústrias tradicionais que passaram a apresentar crises constantes (QUAGLIATO, 2011).

A China que aparecia como segundo maior mercado consumidor do mundo no ano de 2007 com uma média de 9 milhões de veículos, recentemente em 2010 se encontrava com 14,5 milhões de unidades. No ano de 2012, o país vendeu 8 milhões de carros apenas no primeiro semestres se tornando líder do mercado de automóveis.

A Índia está colocada no nono lugar com mais de 2 milhões de veículos emplacados, o que representa um carro para cada 67 habitantes (QUAGLIATO, 2011).

Os Estados Unidos por sua vez, começou a sofrer com a crise ao perder mercado para os japoneses que vendiam carros mais baratos com consumo menor. Ainda, contribuiu a crise no setor financeiro americano que retraiu ainda mais as vendas neste setor (LUCENA, 2008).

Já a Alemanha no ano de 2012 ocupou o quarto lugar nas vendas de automóveis, a França passou a ocupar a oitava posição e a Itália entra em último lugar, como o país que menos vendeu carro no ano (PORTAL VRUM, 2012).

No ano de 2010 o Brasil ocupou o 4ª lugar no ranking mundial de venda de automóveis, tendo como fator principal a redução de juros realizada pelo governo do país (ANFAVEA, 2010). Para Goldenstein e Casotti (2008, p. 15):

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de produtos e atraíssem novos entrantes de olho no aumento crescente por produtos e participação de mercado.

De acordo com a Associação Brasileira das empresas Importadoras de Veículos Automotores – ABEIVA no ano de 2010 a importação de veículos brasileiros passou de 61 mil veículos para 486 mil, o que causou um aquecimento na economia.

Apesar do aumento das importações, é importante se observar uma característica importante que diferencia o mercado brasileiro dos outros mercados: os investimentos na produção e o demanda por carros populares, impulsionada pelo acordo Automotivo de 1993, que promoveu o fomento ao “carro popular” e ocasionou um “boom” nas vendas internas (UEDA, 2011).

Nesse contexto, confirma-se o mercado competitivo que as indústrias automotivas estão inseridas, fazendo-se fundamental que o processo se torne mais célere, inovador, atendendo os desejos do consumir para se sobressair nesse difícil e importante mercado.

2.2 Contexto histórico e a locação de veículos no mundo

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Pena (2010) ainda cita o aluguel de navios, afirmando ser comum na civilização persa, assim como eram alugados diques e canais de irrigação. Por sua vez, a Babilônia também praticava atividades voltadas para o aluguel, até mesmo de animais como o touro.

Assim, percebe-se que desde as civilizações mais antigas, as pessoas já se utilizavam do aluguel em substituição a aquisição de um bem, por de alguma forma se mostrar mais vantajoso em termos econômicos e financeiros.

No que diz respeito ao mercado de locação de veículos, de acordo com Pena (2010), pode-se perceber seu surgimento no ano de 1916 nos Estados Unidos, quando Joe Saunders, começou a alugar seu veículo Ford T para homens de negócio e visitantes, para tanto, ele colocou um medidor de quilometragem na roda esquerda frontal, assim, podia controlar o quanto seu cliente rodava com o veículo, sendo cobrado por ele o valor de $0,10 centavos por milha rodada.

O negócio deu certo, e em 1925, Saunders já atuava em 21 Estados americanos com seu serviço de locação de veículos, tornando-se conhecido por isso, tanto que a Chrysler utilizava seu nome em propagandas, afirmando que ele havia comprado US$ 1 milhão de veículos da marca (PENA, 2010). Dessa forma, percebe-se que o mercado de locação de veículos era utilizada pelas indústria automobilística como meio de propaganda. Foi na crise de 1930 que a empresa de locação de Saunders não resistiu e entrou em falência.

Em paralelo a Saunders, em 1918, Walter L. Jacobs também iniciou seu negócio de locação de veículos, o sucesso foi perceptível, em 1923, o empresário já contava com um faturamento anual de US$ 1 milhão. Foi quando John Hertz adquiriu o negócio de Jacobs e em 1926 vendeu para a General Motors (GM), que intitulou o negócio de Hertz Drive-Ur - Self System (Sistema Hertz Dirija, Você

Mesmo). No decorrer dos anos o negócio foi sendo adquirido por outros empreendedores, sendo a Ford Company, a última a adquirI-la em 2002 (PENA,

2010).

Uma das maiores empresas de locação de veículos do mundo atuantes nos dias de hoje surgiu no ano de 1947, a Avis Rent a Car, se destacou ao fechar

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inclusive, com a abertura de lojas da empresa nas proximidades de hotéis, tendo em vista angariar esses clientes. Assim, havia iniciado o mercado de locação de veículos no mundo, com empresas que possuem destaque internacional nos dias de hoje.

Sobre o início do mercado de locação de veículos, a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) (2015, p. 1) afirma que:

Os Estados Unidos são o berço do aluguel de veículos. Poucos anos após o surgimento dos primeiros automóveis no mercado norte-americano, ainda por volta de 1910, alguns pequenos empresários já vislumbravam a locação como um negócio promissor e, desse modo, deram início à atividade no país. Nas décadas de 1930 e 40, o aluguel de veículos cresceu significativamente na América do Norte, sobretudo após a inauguração de pontos de locação em aeroportos. As locadoras passaram a investir fortemente no crescimento do fluxo de turistas que atravessavam os Estados Unidos, tanto a negócios quanto a passeio. No pós-guerra, nos anos de 1950, diversas locadoras norte-americanas, já estabelecidas em todo o país, expandiram suas atividades para a Europa.

Quanto ao mercado de locação de veículos na Europa, de acordo com a ABLA (2015), este foi impulsionado na década de 1950, quando os Estados Unidos estavam aplicando seu investimento nos países do continente europeu, fator que levou à instalação de empresas de locação de veículos nesse cenário.

Atualmente, o mercado de locação de automóveis no mundo está bastante positivo, com expectativas de contínuo crescimento. De acordo com a ABLA (2015), nos Estados Unidos o setor é responsável por movimentar mais de US$ 20 bilhões e possui mais de 60 milhões de usuários. As empresas norte-americanas são as que se mostram com maior destaque nesse setor, apresentando uma frota de cerca de dois milhões de automóveis e mais de 25 mil pontos de locação somente nos Estados Unidos. Devendo-se destacar a presença de franquias de empresas como a

Avis Rent a Car presente em diversos países do mundo, inclusive, no Brasil.

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Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Holanda. Destacando sobre o mercado europeu de locação de veículos, a ABLA (2015, p. 1) afirma que:

Segundo dados da consultoria internacional Snapdata, o negócio de locação de automóveis na Itália deverá crescer no ritmo de 5,5% ao ano, hoje movimentando mais de US$ 500 milhões. Na França, que atualmente movimenta mais de US$ 1,2 bilhão por ano, o ritmo de crescimento anual projetado para o futuro é de 4%. O mercado francês é fortemente influenciado pelo turismo de lazer. Na Alemanha, o crescimento esperado ao longo dos próximos anos é de 3%, e o faturamento anual do setor já supera US$ 1,6 bilhão. No Reino Unido, situa-se a mais importante associação nacional de locadoras de veículos da Europa: a British Vehicle Rental and Leasing Associoation (BVLRA), entidade que congrega 58% das

empresas de aluguel de veículos do país e possui aproximadamente 1,2 mil empresas associadas, responsáveis pela compra de 750 mil novos veículos por ano. A frota de automóveis de aluguel no Reino Unido, embora tenha sofrido retrações em meados da década de 1990, superou recentemente a marca de um milhão de unidades.

Vale destacar ainda o mercado asiático que tem o Japão como principal cenário na locação de veículos, que além de contar a presença de locadoras de veículos multinacionais, conta com empresas nacionais que estão ligadas à indústria automobilística local. (ABLA, 2015).

Diante do exposto verifica-se o mercado de locação de veículos em destaque no mundo, apresentando-se no tópico a seguir as configurações desse mercado no território brasileiro.

2.3 Mercado de locação de veículos no Brasil

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Foi a partir da visão empreendedora de um revendedor de veículos usados da época que a primeira empresa exclusivamente para locação de veículos foi aberta no Brasil, denominada Auto Drive S.A. Indústria e Comércio. A partir de então outros empreendedores percebera a oportunidade de se arriscar nesse mercado, já que era uma tendência mundial (ABLA, 2015).

O mercado brasileiro de locação de veículos é hoje consolidado e apresenta perspectivas de crescimento:

Décadas se passaram e novas empresas foram surgindo, driblando as crises econômicas e se profissionalizando a partir do modelo internacional. Nesse início de século, o Brasil conta com 1.985 locadoras cadastradas na Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), oferecendo mais de 200 mil veículos dos mais variados modelos para um público anual de 10,1 milhões de usuários. Um setor que fatura R$ 2,68 bilhões e gera 168 mil empregos diretos e indiretos dificilmente pode ser subestimado. O turismo, que é o carro-chefe de vendas nos mercados internacionais de locações, é hoje o alvo principal a ser suprido no Brasil, já que o domínio seguro do negócio é ainda a terceirização de frotas, com uma fatia de 57% do mercado. Seja nos segmentos de lazer ou de negócios, o aumento de locações para o turismo enfrenta barreiras físicas (vias mal conservadas e falta de sinalização são as piores) e resistências culturais dos seus principais intermediários no negócio, os agentes de viagens. (HOST; TRAVEL, 2014 p. 1).

Dessa forma, verifica-se que o maior impulsionador do mercado de locação de veículos é a terceirização da frota de veículos pelas empresas e apesar do turismo também ser parte desse mercado, ainda enfrenta barreiras estruturais, visto que as cidades brasileiras trazem problemas relacionados às vias que fazem com que se evite a direção no país quando o assunto é lazer. Para que se tenha uma maior noção sobre o mercado de locação de veículos no Brasil, a Tabela 3 apresenta o desempenho do mercado por região:

Tabela 3. Mercado de locação de veículos no Brasil por Região*

Região Número de locadoras Pontos de Locação Frota de Veículos

Norte 257 328 18.665

Centro-Oeste 262 343 37.189

Nordeste 795 1.063 84.919

Sudeste 3.399 4.535 561.548

Sul 911 1.079 70.901

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A Tabela 3 demonstra que o Sudeste do país é o que apresenta maior estrutura no mercado de locação veículos, seguidos do Sul e do Nordeste, podendo-se dizer que podendo-seus clientes são turistas e empresas que precisam terceirizar suas frotas de automóveis.

Destaca-se que no Ceará, cenário deste estudo, o mercado de locação de veículos é bastante competitivo, estando presentes no Estado o número de 118 locadoras, dentre empresas multinacionais como a Avis, nacionais como a Localiza e empresas locais, nascidas no próprio Estado. Não se encontram dados suficientes disponíveis acerca do setor no Estado, não podendo se descrever ao certo o índice de concorrência e market-share presente nesse mercado.

2.4 A locação de veículos como prestação de serviços: aspectos do empreendedorismo no setor

A prestação de serviços é colocada como a realização de um trabalho contratado por terceiros, caracterizada pela intangibilidade, inseparabilidade e não decorre na posse de um bem. A empresa deve acima de tudo se apresentar confiável a fim de permanecer no mercado de prestação de serviços. (DRUCKER, 1998).

Esta pode ser classificada como atendimento ao público; serviço ocasional; atividade de propriedade intelectual; exames e laudos técnicos; atendimento jurídico e judicial; atendimento em saúde humana e atendimento em saúde animal, ou seja, é uma atividade abrangente, mas vale ressaltar que o intuito deste trabalho é analisar o mercado de prestação de serviço de vigilância armada que será mais bem explorado adiante.

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Atrelada a prestação de serviços está a qualidade que tem como objetivo a satisfação do cliente na busca de melhorar os serviços gerados pela empresa, sendo para isso necessário a participação de todos os membros da organização.

Sobre conceito de qualidade, Juran (1997, p. 103) afirma que:

O dicionário oferece muitas definições sobre a palavra “qualidade”, mas podem-se destacar duas: a) característica do produto: para o cliente quanto melhor for o produto, mais alta será a qualidade; b) ausência de deficiência: para o cliente quanto menos deficiência, melhor a qualidade.

O autor destaca ainda o termo cliente como qualquer um que recebe podendo ser clientes externos (que não são membros da empresa) e clientes internos (membros da empresa).

Assim, as empresas prestadoras de serviço conseguem obter um relacionamento demorado já que os clientes realizam seus acordos diretamente com o prestador de serviços. Fitzsimmons (2000, p.250) aborda que:

Conhecer os seus clientes é uma significativa vantagem competitiva para a organização de serviços. Possuir um banco de dados com os nomes, os endereços dos clientes e suas preferências pessoais dos serviços, permite um atendimento individualizado. Isto porque, os diferentes tipos de consumidores requerem facilidades diversas.

De fato, verificar a qualidade do serviço é difícil, pois o cliente está mudando de opinião constantemente, devendo então só defini-la de acordo com quem a avalia. Além disso, a qualidade dos serviços deve começar com as pessoas juntamente com a organização devendo ser adotado um treinamento para que atitudes adequadas e positivas sejam realizadas.

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se trata de um mercado extremamente sazonal quando se foca em turistas como clientes, encontrando-se maior estabilidade quando atua para empresas terceirizando frotas de veículos, com um contrato mais longo, possibilita maior segurança e saúde financeira da empresa.

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4 METODOLOGIA

O presente capítulo traz a descrição da metodologia utilizada para desenvolvimento desta monografia. Inicialmente são descritos os procedimentos metodológicos utilizados durante a pesquisa. Em seguida o processo de coleta de dados é detalhado, finalizando-se o capítulo com a descrição do ambiente da pesquisa e dos sujeitos que participaram do estudo, bem como com o processo de análise dos dados realizado.

4.1 Procedimentos metodológicos

Para desenvolvimento desta monografia foi realizado um estudo de caso em uma locadora de veículos localizada em Fortaleza-CE, denominada MKT Rent a Car, realizando uma entrevista sobre o empreendedorismo nesse setor com seus gestores.

Considerando a taxonomia de Vergara (2005) a pesquisa realizada se classifica como exploratória e descritiva quanto aos fins e bibliográfica, documental e estudo de caso quanto aos meios.

Segundo Gil (2007) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos; já a pesquisa documental assemelha-se muito a pesquisa bibliográfica, a diferença essencial entre elas esta na natureza das fontes, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico.

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O estudo de caso possui aspectos práticos, visando-se verificar na percepção dos gestores da locadora de veículos cenário deste estudo verificar as configurações do empreendedorismo nesse mercado. Os dados coletados foram confrontados com a teoria encontrada durante a pesquisa bibliográfica, para que se pudesse fazer a relação entre teoria e prática.

Yin (2005) disserta que o estudo de caso trata-se de uma investigação de fenômenos atuais dentro do seu contexto real. Por sua vez, Gil (1991) explana que o estudo de caso se caracteriza pelo estudo exaustivo e em profundidade de poucos objetos, permitindo um conhecimento amplo e específico do tema em estudo, delimita-se uma amostra de estudo para que se possa conhecer todo o seu universo.

Vale destacar, com base em Gil (2002), que o estudo de caso possui limitações, segundo o autor:

A impossibilidade de generalização dos resultados obtidos com o estudo de caso constitui séria limitação deste tipo de delineamento. Todavia, o estudo de caso é muito frequente na pesquisa social, devido à sua relativa simplicidade e economia, já que pode ser realizado por único investigador, ou por um grupo pequeno e não requer a aplicação de técnicas de massa para coleta de dados, como ocorre nos levantamentos. A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é recomendável nas fases de uma investigação sobre temas complexos, para a construção de hipóteses ou reformulação do problema. Também se aplica com pertinência nas situações em que o objeto de estudo já é suficientemente conhecido a ponto de ser enquadrado em determinado tipo ideal (GIL, 2002, p. 140).

Assim, considerando-se o conhecimento acerca do empreendedorismo como importante característica para o sucesso de um negócio, pode-se dizer que o estudo de caso mostrou-se adequado a este estudo, podendo-se conhecer na prática as configurações do empreendedorismo no mercado de locação de veículos.

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Nesse contexto, a metodologia aqui utilizada possibilitou conhecer na percepção de gestores de uma locadora de veículos, o perfil adequado de um empreendedor para obter sucesso nesse mercado.

4.2 Coleta de dados

A coleta de dados foi realizada a partir de um roteiro de entrevista semiestruturado. O método da entrevista se caracteriza pela existência de um entrevistador, que fará perguntas ao entrevistado. No caso desta pesquisa a entrevista foi feita pessoalmente com os gestores da MKT Rente a Car. Esse tipo de entrevista, de acordo com Triviños (1987, p. 146):

A entrevista semi-estruturada tem como característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes. O foco principal seria colocado pelo investigador-entrevistador. [...] a entrevista semi-estruturada favorece não só a descrição dos fenômenos sociais, mas também sua explicação e a compreensão de sua totalidade, além de manter a presença consciente e atuante do pesquisador no processo de coleta de informações.

A entrevista foi realizada pessoalmente com os gestores da MKT Rent a Car, utilizando o escritório da empresa para realização da reunião individual com cada um deles. Antes de iniciar a entrevista a pesquisa foi apresentada ao participante para que ele conhecesse os objetivos da pesquisa realizada.

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4.3 Cenário e sujeitos da pesquisa

A pesquisa teve como cenário a empresa MKT Rent a Car, atuante no mercado de locação de veículos de Fortaleza-CE e como sujeitos seus dois gestores, que aceitaram participar do estudo, respondendo ao roteiro de entrevista aplicado.

A empresa, cenário deste estudo, está no mercado desde o ano de 2012, situando-se inicialmente no bairro Praia de Iracema e transferindo-se, posteriormente, para o bairro Aldeota, onde hoje ainda está em atuação, à Avenida Rui Barbosa, n. 2361. A fachada da empresa pode ser vista na Figura

Figura 1. Fachada MKT Rent a Car

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A empresa atua com uma estrutura simples de recursos humanos, contando com 1 diretor financeiro, 1 gerente comercial, 1 gerente de logística, 2 motoristas e 1 atendente. Importante destacar que todos atuam em prol da fidelização do cliente, mantendo um bom relacionamento com os mesmos, para tanto, os empreendedores investem em redes sociais, como Facebook e Instagram, além de patrocinar alguns eventos particulares. Outra ação realizada visando melhor relacionamento com os clientes é de duas vezes por ano distribuírem bonés, adesivos e copos com a marca, buscando uma maior fidelização e divulgação da empresa.

Os resultados para esses investimentos de aproximação com o cliente podem ser percebidos a partir do faturamento da empresa, que tem sido crescente desde sua fundação, conforme se verifica no Gráfico 3:

Gráfico 3. Evolução do faturamento MKT Rent a Car

Fonte: Dados da pesquisa

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4.4 Procedimentos de análise dos dados

A pesquisa apresentada neste estudo classifica-se como um estudo de caso e bibliográfico de natureza qualitativa, porquanto visa encontrar novas informações e relações para verificação e ampliação do conhecimento disponível sobre o assunto, partindo de questões e focos de interesse amplo. (GODOY, 1995).

O estudo apresenta características típicas da pesquisa qualitativa, apontadas por Merrian (1998), como:

 O instrumento-chave na coleta e análise de dados é o pesquisador, responsável por realizar a ligação do fenômeno em questão com o ambiente real e complexo;

 O processo de análise é fundamentalmente indutivo: os pesquisadores não se preocupam em buscar evidências que comprovem hipóteses definidas antes do início dos estudos. As abstrações se formam ou se consolidam a partir da investigação dos dados;

 O foco do estudo reside na compreensão e descrição do fenômeno – um eficaz processo de implementação de um modelo de desempenho organizacional em uma empresa – a partir da ótica dos participantes. A pesquisa é rica em descrição de pessoas, situações e acontecimentos, incluindo-se transcrição de entrevistas, depoimentos de executivos e extratos de vários tipos de documento interno;

(42)
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5 ANÁLISE DOS DADOS

As entrevistas realizadas com os empreendedores da MKT Rent a Car são realizadas nesta etapa, Igor Feitosa Neves Moura (23 anos) e Leôncio Martins Moura (54 anos), responderam a este pesquisador questões voltadas para sua trajetória na empresa, considerando o seu início profissional até fundação da empresa, bem como as configurações atuais como problemas, dificuldades, riscos, oportunidades e vantagens.

Dando início à entrevista foi pedido aos participantes da pesquisa que contassem sobre sua história profissional, formação e naturalidade, nas palavras dos entrevistados:

Comecei a trabalhar com 16 anos, revendendo roupas importadas aos colegas de escola no Ensino Médio, fui muito influenciado pelo meu pai, sempre me inspirei nele, que sempre foi comerciante, estou no sexto semestre do curso de administração e nasci em fortaleza (IGOR).

Comecei a trabalhar com 22 anos na prefeitura municipal da cidade de Cariús no Departamento Pessoal formalmente, informalmente trabalhei na agricultura com meus pais no próprio sítio, a partir dos 12 anos, conclui apenas o ensino médio, sou natural de Cariús no Ceará. Decidi empreender por necessidade financeira, queria dar uma vida melhor para os meus pais, sonhava em ter meu próprio negocio, pois as oportunidades no interior eram quase sempre voltadas para cargos na prefeitura do município. (LEONCIO).

Conforme se verifica nos relatos dos empreendedores existe uma tendência profissional desde bem jovens para o âmbito do comércio, buscando oportunidades de negócios, enquanto Igor verificava oportunidades pela sua criatividade e iniciativa, percebendo uma lacuna no mercado, enquanto Leoncio, assim como a maioria dos brasileiros empreendedores, visualizava a oportunidade por necessidade.

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Prosseguindo com a entrevista para identificar o perfil empreendedor dos participantes da pesquisa foi perguntado como iniciou sua trajetória no mercado de locação de veículos. De acordo com os empreendedores:

No ano de 2012 tive a oportunidade de fazer um estudo de mercado com meu primo sobre locação de carros, e percebemos que havia uma demanda e uma boa forma de penetrar no mercado de locação de carros. (IGOR).

Decidi entrar no mercado de locação de carros através da influencia do meu filho e do meu sobrinho que precisavam de um parceiro para dividir os custos altos da locadora, por estar localizada em um bairro de imóveis valorizados (Aldeota). (LEONCIO).

Percebe-se que a iniciativa e a criatividade partiram do filho, que verificou em um estudo de mercado uma lacuna a ser preenchida, uma oportunidade de negócio, enquanto o pai assumiu o risco do investimento, também percebendo que poderia ser uma oportunidade.

As características empreendedoras estão claramente presentes na trajetória dos participantes desta pesquisa, considerando o que dizem Teixeira et al. (2011), que o empreendedorismo está associado à iniciativa, ao desembaraço, à inovação, aos riscos assumidos pelo indivíduo ao investir em um novo negócio, à possibilidade e à capacidade de trazer inovações ao mercado.

Em seguida, foi conversado com os empreendedores sobre seu início na área operacional, pedindo que descrevessem como foi a experiência e qual a importância dessa etapa para suas carreiras profissionais. Os empreendedores relataram:

Foi muito difícil, pois eu fazia muitas captações de clientes mal intencionados, que visavam nos prejudicar financeiramente, com o passar do tempo passei a identificar melhor o perfil dos nossos bons clientes (IGOR).

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A partir do relato dos empreendedores que participaram desta pesquisa, é possível mencionar que o início no mercado, na parte operacional demandada na empresa, foi desafiante para ambos, principalmente pelos prejuízos trazidos pela falta de conhecimento no mercado, acabando por captar clientes mal intencionados e tiveram que aprender com os erros. Essa é mais uma característica empreendedora que se pode perceber nos participantes desta pesquisa, considerando que mais do que assumir riscos é necessário persistência para continuar no mercado e vir a obter sucesso, como bem menciona Adair (2007), por traz de todo empreendedor de sucesso, existem inúmeras tentativas fracassadas, sendo a persistência, talvez, mais importante que a capacidade de inovação e criatividade.

Dando continuidade à entrevista foi perguntado foi pedido que os empreendedores dissertassem sobre a liderança, destacando seu entendimento e como se tornaram um líder. Nas palavras dos participantes:

A liderança é uma habilidade que você desenvolve motivando as pessoas que estão próximas, exercendo uma influencia positiva, mostrando suas qualidades e sendo um bom exemplo para elas. (IGOR).

A liderança é algo que você desenvolve na sua rotina, procurando se comunicar da melhor forma possível com seus clientes, colaboradores e familiares, mostrando sua seriedade e honestidade em tudo que for fazer. (LEONCIO).

Observando o relato dos participantes verifica-se a liderança relacionada ao relacionamento com seus colaboradores, como exemplos a serem seguidos.

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Prosseguindo com a entrevista foi perguntado aos empreendedores se em algum momento eles acreditaram que lhes faltava conhecimento ou despreparo gerencial. Os participantes assim responderam:

Em alguns momentos eu senti dificuldade, principalmente na hora de fechar contratos, queria agradar demais o cliente e tentava ao máximo deixá-lo de fora de qualquer burocracia, mas no final das locações essa falta de burocracia terminava gerando um prejuízo financeiro. (IGOR).

Por não ter feito cursos e não ter um nível superior, o inicio do negocio foi muito difícil, achava que não haveria o retorno financeiro esperado por uma sequência de golpes por parte dos clientes que eu não soube selecionar. (LEONCIO).

A falta de conhecimento, como já havia sido relatado pelos participantes em questões anteriores, provavelmente, foi o maior problema enfrentado por eles, com a aquisição de clientes como um dos maiores prejuízos do início da empresa, não sabendo ao certo como lidar com eles. Leoncio chega a mencionar pensamentos de desistência, dados os golpes que vinham levando de clientes mal intencionados, acreditando em certos momentos que não haveria retorno financeiro esperado.

Acredita-se que faltou nos empreendedores a característica da rede de contatos citada pelo SEBRAE (2015): Engloba o uso de estratégia para influenciar e persuadir pessoas e se relacionar com pessoas chave que possam ajudar a atingir os objetivos do seu negócio. Devendo-se destacar que a burocracia se faz necessária para garantir tanto a segurança jurídica do cliente quanto a da empresa, evitando-se prejuízos financeiros.

Considerando as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores, foi perguntado como essas dificuldades gerenciais poderiam ser supridas em uma empresa. Os empreendedores mencionaram o desenvolvimento de bom relacionamento entre colaboradores e clientes, demonstrando a seriedade do serviço prestado pela empresa e procurando perceber a boa intenção dos clientes, para evitar prejuízos econômicos e financeiros.

(47)

os colaboradores era bastante harmonioso, assim como entre os sócios, acreditando que esse fator deve-se ao pequeno número de funcionários (6), o que possibilita melhor comunicação e entendimento. Ressalta-se a importância de um bom clima organizacional proporcionado pelo bom relacionamento entre os gestores e seus colaboradores, incidindo diretamente nas atividades e nos resultados alcançados pela empresa.

Sobre o futuro da empresa, foi perguntado aos gestores sobre quais as oportunidades de melhoria que eles visualizam dentro da MKT Rent a Car, verificando-se que os empreendedores estão buscando aumentar os contratos da empresa, tendo como foco os períodos sazonais, já que a alta estação possui um número bem superior de locações quando voltado para pessoa física. Assim, acredita-se que os empreendedores podem inovar nessa questão, buscando uma forma de atrair clientes em baixa estação com serviços diferenciados, tendo em vista reduzir o problema sazonal, melhorando os resultados anuais da empresa.

Os participantes também falaram sobre os riscos e ameaças que identificavam na MKT Rent a Car, informando que a burocracia exigida no setor eram o maior problema, isso porque, acabam por perder bons clientes, que estão sempre em busca de praticidade, uma forte características dos consumidores nos dias de hoje.

Conhecendo os riscos que os participantes identificavam em sua empresa, foi perguntado quais as vantagens internas que eles percebiam como diferencial competitivo. Os empreendedores mencionam o ambiente de trabalho como propício para realização de um bom trabalho, considerando que a harmonia entre os colaboradores reflete diretamente no atendimento ao cliente, além disso, destacam o preço como um dos melhores dentro da cidade de Fortaleza, bem como a vida útil dos veículos em locação ser de dois anos, o que proporciona que o cliente sempre encontre conforto.

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O controle financeiro do meu pai é algo muito preciso e organizado, meu sócio sempre apresenta bons clientes e está sempre procurando novas ideias (IGOR).

O trabalho de marketing do meu filho e do meu sobrinho que captam muitos clientes e contratos, tentamos ao máximo não repassar uma operação burocrática o que ajuda a fidelizar nossos clientes. (LEONCIO).

Dessa forma, entende-se que os empreendedores percebem no trabalho que realizam o ponto forte da empresa, considerando tanto o planejamento e o controle financeiro, quanto as ações de Marketing para captar e fidelizar clientes.

Finalizando a entrevista foi perguntado aos empreendedores sobre os pontos fracos que identificavam em sua empresa, sendo destacado por eles a flexibilidade no ato de fechar contratos, as vezes não exigindo pré-liberação do cartão de credito para franquia do seguro dos carros ou, até mesmo, multas que vez por outra surgem depois do período de locação dos veículos.

É possível identificar nos gestores da MKT Rent a Car fortes características empreendedoras como a visualização da oportunidade, a inovação, a criatividade, a capacidade de assumir riscos e a persistência para continuar com o negócio mesmo quando receberam prejuízos financeiros. É possível verificar nos empreendedores que participaram desta pesquisa dois diferentes perfis, sendo o Sr. Leoncio o perito, ou seja, aquele que valoriza o aprendizado e o conhecimento no ambiente de trabalho, buscando conectar suas competências e as necessidades de mercado e o Sr. Igor, o artista, que considera o mercado como uma fonte de inspiração, buscando sempre usar sua imaginação para visualizar as oportunidades, verificando a necessidade de encantar o cliente diariamente.

A pesquisa demonstra que para participar desse setor mais do que verificar a oportunidade é necessário assumir riscos e ter coragem para persistir, levando-se em conta problemas relacionados à captação de clientes, concorrência de mercado, fatores burocráticos e os períodos sazonais.

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6 CONCLUSÃO

A evolução da economia trouxe consigo um inevitável desenvolvimento das atividades em todo o mundo, o que exigiu que o crescimento dos diferentes segmentos e, uma consequente, busca por novos conhecimentos e melhores resultados. As microempresas não ficaram de fora desse mercado e precisam buscar, considerando sua importância para a economia brasileira, estratégias empreendedoras. Este estudo expôs a importância do empreendedorismo para o sucesso das empresas, uma vez que, em um mercado altamente competitivo, torna-se imprescindível ter conhecimento de sua empresa e administrá-la de maneira eficiente e eficaz.

O Brasil tem se apresentado como um dos países com maior número de empreendedores do mundo, principalmente em decorrência dos índices de desemprego, que faz com que os indivíduos busquem oportunidades que possam lhe garantir a subsistência. Todavia, um empreendedor não se resume ao indivíduo que apresenta uma visão de oportunidade a partir de uma necessidade, mas também envolve aqueles capazes de visualizar uma lacuna no mercado e ter a iniciativa, a criatividade de assumir os riscos que envolvem adentrar no negócio.

Este trabalho proporcionou o entendimento de que o desenvolvimento de algumas habilidades profissionais favorece a atuação dos líderes dentro das organizações, tais como empatia; pensar, agir e reagir flexivelmente, frente aos ajustes e adaptações necessárias; negociar; relacionar-se e comunicar-se, com o fim de entrosar, integrar, promover e influenciar; e, atuar eficazmente, com objetividade, espírito prático e senso de oportunidade voltado para o alcance de resultados, considerando essas características de um indivíduo empreendedor.

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No estudo realizado na empresa MKT Rent a Car foi identificado que os gestores possuem dois perfis diferentes de empreendedorismo, sendo o Sr. Leonio o empreendedor perito, que valoriza a aprendizagem e o conhecimento no ambiente de trabalho e o Sr. Igor, o artista, que ver o mercado como uma fonte de inspiração, buscando sempre satisfazer o cliente.

Neste estudo pode-se verificar que o empreendedorismo é fator fundamental no mercado de locação de veículos, considerando o competitivo mercado em que estão inseridos e a constante necessidade de se sair frente aos concorrentes. Devendo-se destacar, ainda, os riscos e incertezas que envolvem uma empresa desse setor, exigindo capacidade de superar desafios e assumir riscos necessários para o sucesso do seu negócio e em sua profissão.

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Gráfico 1. Evolução do número de empreendedores no Brasil por estágio do  empreendimento (2002  –  2014)
Tabela 1. Características sociodemográficas dos empreendedores brasileiros
Tabela 2. Distribuição dos empreendedores brasileiros por suas características
Gráfico 2. Visão dos especialistas sobre fatores limitantes e favoráveis do  empreendedorismo no Brasil
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