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GARRIDO (1954), mesmo não citando

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AGRIS L72 5217 G514

Aspergillus s p . (Micheli & Link, 1821), EM BÚFALOS (Bubalus bubalis, Lin. 1758), EM PERNAMBUCO E SEU TRATAMENTO COM

"ORTO-BENZIL PARA-CLOROFENOL" (PINHO-SOL)

SEBASTIAO JOSE DO NASCIMENTO SUETONIO BARBOSA DA SILVA Prof. Adjunto do Dep. de Zootecnia da Prof. Adjunto do Dep. de Zootecnia da

UFRPE. UFRPE.

ANA MARIA LAET CAVALCANTI HELIO CORDEIRO MANSO

NASCIMENTO Prof. Assistente do Dep. de Zootectiia Prof. Adjunto do Dep. de Biologia da da UFRPE.

UFRPE.

Narra-se a presença de Aspergillus sp. em búfalos. diagnosticado na Seção de Micologia do Laboratório de Apoio Animal (LARA) do Ministerio da Agri- ciiltura, em Dois Irmãos, Recife, através de raspagem de crosta da pele. Sei1 tratamento foi feito com "Orto-Benzi1 para-clorofeno," a 0,10% (Pinho-Sol), com muita eficiência. Usou-se este desinfetante integral, friccionando-se nas re- giões afetadas (cabeça e cervical), uma vez por dia, durante oito e , às vezes dez dias.

INTRODUÇÃO

O

limite de uma investigação clínica, acha-se no poder de se determinar a causa da afecção, seu modo de se apresentar e sua importância, relacionando-se, ainda, sua descrição de sujei- ção, no que se refere

à

condição ecológica. Exige-se do veteriná- rio que faz clínica, o conhecimento no que diz respeito

à

aplicação de drogas no combate das doenças e, ainda, saber algo sobre as prevenções das mesmas, seus sintomas e sua evolução em todas

Cad. Ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 39-35, I989 AGRIS L72 5217 G514

Aspergtllus sp. (Micheli & Link, 1821), EM BÚFALOS (Bubalus bubalis, Lin 1758), EM PERNAMBUCO E SEU TRATAMENTO COM

"ORTO-BENZIL PARA-CLOROFENOL" (PINHO-SOL)

SEBASTIÃO JOSÉ DO NASCIMENTO Prof. Adjunto do Dep. de Zootecnia da UFRPE.

ANA MARIA LA ET CAVALCANTI NASCIMENTO

Prof. Adjunto do Dep. de Biologia da UFRPE.

SUETÔNIO BARBOSA DA SILVA Prof. Adjunto do Dep. de Zootecnia da UFRPE.

HÉLIO CORDEIRO MANSO

Prof. Assistente do Dep. de Zootecnia da UFRPE.

Narra-se a presença de Aspergillus sp. em búfalos, diagnosticado na Seção de Micologia do Laboratório de Apoio Animal ÍLARA) do Ministério da Agri- cultura, em Dois Irmãos, Recife, através de raspagem de crosta da pele. Seu tratamento foi feito com "Orto-Benzil para-clorofeno," a 0,10% (Pinho-Sol), com muita eficiência. Usou-se este desinfetante integral, friccionando-se nas re- giões afetadas (cabeça e cervical), uma vez por dia, durante oito e, às vezes dez dias.

INTRODUÇÃO

O limite de uma investigação clínica, acha-se no poder de se determinar a causa da afecção, seu modo de se apresentar e sua importância, relacionando-se, ainda, sua descrição de sujei- ção, no que se refere à condição ecológica. Exige-se do veteriná- rio que faz clínica, o conhecimento no que diz respeito à aplicação de drogas no combate das doenças e, ainda, saber algo sobre as prevenções das mesmas, seus sintomas e sua evolução em todas

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 29-35, 1989

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as ocasiões, mesmo sendo processos simples, no seu início, mas que poderá trazer sérios transtornos ao portador. Principalmen- te, tratando-se de formas complicadas, em condeqüências de sua própria transformação, citando-se a título de exemplo, as enfer- midades micóticas na espécie bubalina.

GARRIDO (1954), mesmo não citando

Aspergillus

em bú- falos, diz que o tratamento da Aspergilose

é

ineficaz, podendo-se somente combater esta afecção através de uma profilaxia rigoro- sa, quando a mesma se localiza no sistema respiratório.

SMITH

&

JONES (1962), no capitulo que fala sobre doen- ças causadas por fungos, confirmam que a infecção por organis- mos micóticos do gênero

Aspergillus

também ocorre nos mamífe- ros e que estes elementos vivem na planta em fórma de mofo branco, sendo causadora de pneumonia difusa nos ovinos e bo- vinos.

HIPóLJTO et alii (1965) falam de micoses dos órgãos in- ternos, assegurando que ocasionalmente a Aspergilose envolve a pele e articulações, além de locais outros, e que a espécie

Asper- gillus fumigatus é

o indivíduo de maior patogenicidade para os animais domésticos. São habitantes naturais do solo, sendo mais freqüentes nos climas quentes e úmidos. Existem cerca de 350 espécies, com muitas patogênicas para as plantas e ocorrendo em bovinos, ovinos, cães e outros animais.

COFIN (1966) confirma que a Aspergilose apresenta-se do mesmo modo nos pulmões dos mamíferos.

BOERO (1967) afirma que a época do ano mais favorável para a apresentação da Aspergilose na Argentina

é

o final do in- verno, sendo o clima tempenado e úmido de grande importância como fator desencadeante da Aspergilose .

GELORMINE (1967), falando sobre micoses das vias res- piratórias, diz que os fungos do gênero

Aspergillus.

provocam di- versas intoxicações nas aves, nos equinos, nos lmvinos e em ovi- nos; afirmando, ainda, que o tratamento

é

problemático, mas, an- tes de tudo, deve-se substituir a alimentação e o local, evitando, ainda, a umidade.

COLES (1968) confirma que o

Aspergillus

encontra-se fre- quentemente como fator de infecção pulmonar nos equinos, nos bovinos e nos caninos.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot.. Recife, n. 1, p. 29-35. 1989 as ocasiões, mesmo sendo processos simples, no seu início, mas que poderá trazer sérios transtornos ao portador. Principalmen- te, tratando-se de formas complicadas, em conseqüências de sua própria transformação, citando-se a título de exemplo, as enfer- midades micóticas na espécie bubalina.

GARRIDO (1954), mesmo não citando Aspergülus em bú- falos, diz que o tratamento da Aspergilose é ineficaz, podendo-se somente combater esta afecção através de uma profilaxia rigoro- sa, quando a mesma se localiza no sistema respiratório.

SMITH & JONES (1962), no capítulo que fala sobre doen- ças causadas por fungos, confirmam que a infecção por organis- mos micóticos do gênero Aspergülus também ocorre nos mamífe- ros e que estes elementos vivem na planta em forma de mofo branco, sendo causadora de pneumonia difusa nos ovinos e bo- vinos .

HIPÓLITO et alii (1965) falam de micoses dos órgãos in- ternos, assegurando que ocasionalmente a Aspergilose envolve a pele e articulações, além de locais outros, e que a espécie Asper- gülus fumigatus é o indivíduo de maior patogenicidade para os animais domésticos. São habitantes naturais do solo, sendo mais freqüentes nos climas quentes e úmidos. Existem cerca de 350 espécies, com muitas patogênicas para as plantas e ocorrendo em bovinos, ovinos, cães e outros animais.

COFIN (1966) confirma que a Aspergilose apresenta-se do mesmo modo nos pulmões dos mamíferos.

BOERO (1967) afirma que a época do ano mais favorável para a apresentação da Aspergilose na Argentina é o final do in- verno, sendo o clima temperado e úmido de grande importância como fator desencadeante da Aspergilose.

GELORMINE (1967), falando sobre micoses das vias res- piratórias, diz que os fungos do gênero Aspergülus provocam di- versas intoxicações nas aves, nos eqüinos, nos bovinos e em ovi- nos; afirmando, ainda, que o tratamento é problemático, mas, an- tes de tudo, deve-se substituir a alimentação e o local, evitando,

ainda, a umidade.

COLES (1968) confirma que o Aspergülus encontra-se fre- qüentemente como fator de infecção pulmonar nos eqüinos, nos bovinos e nos caninos.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot, Recife, n. 1, p. 29-35, 1989

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MORAES et alii (1971), quando fazem alusão as micoses ocasionais, dizem que a Aspergilose pulmonar

é

em regra uma infecção secundária e, na maioria dos casos, assume uma forma benigna, com sintomas de bronquite, com tosse e expectoração

abundante.

MEDWAY et alii (1973), quando falam sobre Aspergilose, afirmam que várias espécies de Aspergillus infectam os animais domésticos, sendo a mais comum o

A.

fumigatus, muito difundi- do na natureza, vivendo no feno, na cama e no esterco em decom- posição. Dizem, ainda, que quando esse fungo contamina feridas externas, causa algumas infecções.

BLOOD

&

HENDERSON (1976), no capítulo que fala so- bre enfermidades ocasionladas por fungos, asseguram que ocorrem nos bovinos granulomas cutâneos, produzindo lesões parecidas a s da tuberculose cutânea, quando esta espécie animal

é

portadora de Aspergilose cutânea .

JORDÃO (1978), quando

se refere as doenças associadas

com fungos, dentro do artigo de Doenças dos Búfalos, não faz alusão ao A s p e r g i i l ~ ~ sp.

ANDREI (1982) fala d'e pneumonia micótica nas aves, cau- sada por Aspergillus, sobretudo

A.

fumigatus, mas não se refere ao problema na

pele.

BLAKISTON (1982) diz que Aspergilose

é

uma infecção mi- cótica, provocada por qualquer espécie de Aspergillus.

MATERIAL E MÉTODO

Colheram-se crostas da pele de quatro búfalos adultos, principalmente dia cabeça e região cervical, que apareoeram com manchas esbranquiçadas e de iversos tamanhos. Todos os ani- mais faziam parte do rebanho \ ubalino, existente no Departa- mento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernam- buco .

O material colhido foi colocado em tubos de ensaio e en- caminhado ao Laboratório de Apoio Animal (LARA) do Ministério da Agricultura, em Dois Irmãos, Recife, para ser trabalhado.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 29-35, 1989 MORAES et alii (1971), quando fazem alusão às micoses ocasionais, dizem que a Aspergilose pulmonar é em regra uma infecção secundária e, na maioria dos casos, assume uma forma benigna, com sintomas de bronquite, com tosse e expectoração abundante.

MEDWAY et alii (1973), quando falam sobre Aspergilose, afirmam que várias espécies de Aspergülus infectam os animais domésticos, sendo a mais comum o A. fumigatus, muito difundi- do na natureza, vivendo no feno, na cama e no esterco em decom- posição. Dizem, ainda, que quando esse fungo contamina feridas externas, causa algumas infecções.

BLOOD & HENDERSON (1976), no capítulo que fala so- bre enfermidades ocasionadas por fungos, asseguram que ocorrem nos bovinos granulomas cutâneos, produzindo lesões parecidas às da tuberculose cutânea, quando esta espécie animal é portadora de Aspergilose cutânea.

JORDÃO (1978), quando se refere às doenças associadas com fungos, dentro do artigo de Doenças dos Búfalos, não faz alusão ao Aspergühis sp.

ANDREI (1982) fala de pneumonia micótica nas aves, cau- sada por Aspergülus, sobretudo A. fumigatus, mas não se refere ao problema na pele.

BLAKISTON (1982) diz que Aspergilose é uma infecção mi- cótica, provocada por qualquer espécie de Aspergülus.

MATERIAL E MÉTODO

Colheram-se crostas da pele de quatro búfalos adultos, principalmente da cabeça e região cervical, que apareceram com manchas esbranquiçadas e de "diversos tamanhos. Todos os ani- mais faziam parte do rebanho bubalino, existente no Departa- mento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernam- buco.

O material colhido foi colocado em tubos de ensaio e en- caminhado ao Laboratório de Apoio Animal (LARA) do Ministério da Agricultura, em Dois Irmãos, Recife, para ser trabalhado.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot, Recife, n. 1, p. 29.35, 1989

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RESULTADOS

Através dos métodos usuais de pesquisa para fungos, con- cluiu-se que o material proveniente da região da cabeça e região cervical dos quatro búfalos era portador de um fungo, que foi classificado como sendo Aspergillus sp.

Com a experiência que se tinha, relacionado ao tratamento de mamíferos portadores de Aspergilose com o germicida "Orto- Benzi1 para-clorofenol" a 0,10% (Pinho-Sol) puro, não restou ou- tra alternativa a não ser usá-lo nos búfalos com Aspergilose, ume- decendo-se um pedaço de pano no germidcia integral e friccio- nando-se uma vez por dia nas regiões afetadas, e durante oito e, as vezes, dez dias, os enfermos voltaram ao normal e nada mais apresentaram, no mesmo ambiente

e

com a mesma alimentação.

DISCUSSAO

Os Aspergillus são tidos como moradores naturais do solo e plantas, mais constantemente, em regiões de climas quentes e úmidos. Mesmo sendo considerados como habitantes naturais do solo ou planta,

se demonstrou sua a ~ ã o patogênim, seja por processos mecânicos, ou através de suas toxinas sobre o hospedei- ro animal. Neste decurso, deve-se imputar como de grande valor a ingestão de substâncias alimentares com mofo, uma vez que são importantes na prolifieração da Aspergilose .

Quando se estabelece uma comparação entre este trabalho e o de GARRIDO (1954), que aliás, não cita Aspergillus sp. em búfalos, demonstra-se que não há semelhanças, do ponto de vista tratamento, uma vez que o mesmo diz não haver tratamento efi- caz para a Aspergilose, se bem que no sistema respiratório. Po- rém, este trabalho faz referência a Aspergilose cutânela em bú- falos, mas sensível a tratamento.

SMITH

&

JONES (1962), do m e m o modo que GARRIDO (1954), também confirmam Aspergilose no sistema respiratório de bovinos, mas não fazem alusão

à

sua presenqa em búfalos.

Confirmação idêntica, foi dada por HIPOLITO e t alii (1965), quando falam de micoses dos órggos internos, provocados por

A.

fumigatus, que

é

o mais patogênico pam os animais domésticos.

Cad. Ômega Univ. Fed. Rusal PE. Sér. Zoot.. Recife, n . 1, p. 29-35, 1989

RESULTADOS

Através dos métodos usuais de pesquisa para fungos, con- cluiu-se que o material proveniente da região da cabeça e região cervical dos quatro búfalos era portador de um fungo, que foi classificado como sendo Aspergülus sp.

Com a experiência que se tinha, relacionado ao tratamento de mamíferos portadores de Aspergilose com o germicida "Orto- Benzil para-clorofenol" a 0,10% (Pinho-Sol) puro, não restou ou- tra alternativa a não ser usá-lo nos búfalos com Aspergilose, ume- decendo-se um pedaço de pano no germicida integral e friccio- nando-se uma vez por dia nas regiões afetadas, e durante oito e, às vezes, dez dias, os enfermos voltaram ao normal e nada mais apresentaram, no mesmo ambiente e com a mesma alimentação.

DISCUSSÃO

Os Aspergülus são tidos como moradores naturais do solo e plantas, mais constantemente, em regiões de climas quentes e úmidos. Mesmo sendo considerados como habitantes naturais do solo ou planta, já se demonstrou sua ação patogênica, seja por processos mecânicos, ou através de suas toxinas sobre o hospedei- ro animal. Neste decurso, deve-se imputar como de grande valor a ingestão de substâncias alimentares com mofo, uma vez que são importantes na proliferação da Aspergilose,

Quando se estabelece uma comparação entre este trabalho e o de GARRIDO (1954), que aliás, não cita Aspergülus sp. em búfalos, demonstra-se que não há semelhanças, do ponto de vista tratamento, uma vez que o mesmo diz não haver tratamento efi- caz para a Aspergilose, se bem que no sistema respiratório, po- rém, este trabalho faz referência à Aspergilose cutânea em bú- falos, mas sensível a tratamento.

SMITH &■ JONES (1962), do mesmo modo que GARRIDO (1954), também confirmam Aspergilose no sistema respiratório de bovinos, mas não fazem alusão à sua presença em búfalos.

Confirmação idêntica, foi dada por HIPÓLITO et alii (1965), quando falam de micoses dos órgãos internos, provocados por A.

fumigatus, que é o mais patogênico para os animais domésticos.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 29-35, 1989

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Mas não fazem referências a presença de Aspergilose em búfa- los. Afirmações análogas ainda são feitas por COFIN (1967), GERLOMINE (1967), COLES (1968), MORAES e t alii (1971) e ANDREI (1982), ao relatarem afecções respiratórias em diversos indivíduos domésticos, ainda que não se refiram

à

espécie buba- lina.

BOERO (1967), mesmo sem fazer referências a búfalos, afirma que a época do ano mais favorável a apresentação da As- pergilose nos animais domésticos, na Argentina,

é

o final do in- verno, ratificação esta que não traz a mesmla opinião, uma vez que a Aspergilose em búfalos, no Recife, foi verificada em

10%

do rebanho

(35

animais), sobretudo no mês de janeiro, conside- rado época de verão, e mais um caso no início do inverno de 1988.

MEDWAY et alii (1973), mesmo não fazendo alusão à As- pergilose em búfalos, afirmam que a espécie mais comum, incri- minada na referida doença,

é

o

A. fumigatus, de grande difusão

na natureza.

A

pesquisa gue se fez com os fungos existentes nos búfalos deste trabalho, não acusou a espécie, mas, somente o gê- nero:

Aspergillus.

Comparando-se este trabalho com o que BLOOD

&

HEN- DERSON (1976) afirmam, não se encontra correlação alguma, pois os búfalos não apresentavam lesões parecidas as dia Tuber- culose. JORDÃO (1978), referindo-se as doenças associadas com fungos em búfalos, não se refere de forma vaga ou indiretamen- te ao

Aspergillus sp., daí sua discordância com este trabalho.

BLAKISTON (1982) relata a Aspergilose como sendo uma afec- ção micótica, ocasionada por qualquer espécie de

Aspergillus, sem

mais nenhum comentário.

Confrontando-se, ainda, esta úarefa com a de HIPóLITO et alii (1965), vê-se que são da mesma opinião, uma vez que ambos os trabalhos garantem o envolvimento da pele pelo

Aspergillus

e, nesta pesquisa, somente a pele dos búfalos foi atingida.

Este trabalho, em parte, discorda com aquele apresentado por GELORMINE (1967), quando afirma que o tratamento da As- pergilose

é

problemático, não obstante se referir

a

localização e que se deve substituir a alimentação e o local, evitando ainda a umidade. Nada disso foi feito e o tratamento com o "Orto-Ben- zil para-clorofenol" a 0,10% (Pinho-Sol) demonstrou ser total- mente eficaz, por um período

de

oito dias.

Cad. Ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, 11 29.35, 1989

Mas não fazem referencias à presença de Aspergilose em búía- los. Afirmações analogas ainda são feitas por COFIN (1967), GERLOMINE (1967), COLES (1968), MORAES et alii (1971) e ANDREI (1982), ao relatarem afecções respiratórias em diversos indivíduos domésticos, ainda que não se refiram à espécie buba- lina.

BOERO (1967), mesmo sem fazer referências a búfalos, afirma que a época do ano mais favorável à apresentação da As- pergilose nos animais domésticos, na Argentina, é o final do in- verno, ratificação esta que não traz a mesma opinião, uma vez que a Aspergilose em búfalos, no Recife, foi verificada em 10%

do rebanho (35 animais), sobretudo no mês de janeiro, conside- rado énoca de verão, e mais um caso no início do inverno de 1988.

MEDWAY et alii (1973), mesmo não fazendo alusão à As- pergilose em búfalos, afirmam que a espécie mais comum, incri- minada na referida doença, é o A. fumigatus, de grande difusão na natureza. A pesquisa que se fez com os fungos existentes nos búfalos deste trabalho, não acusou a espécie, mas, somente o gê- nero: Aspergillus.

Comparando-se este trabalho com o que BLOOD & HEN- DERSON (1976) afirmam, não se encontra correlação alguma, pois os búfalos não apresentavam lesões parecidas às da Tuber- culose. JORDÃO (1978), referindo-se às doenças associadas com fungos em búfalos, não se refere de forma vaga ou indiretamen- te ao Aspergillus sp., daí sua discordância com este trabalho.

BLAKISTON (1982) relata a Aspergilose como sendo uma afec- ção micótica, ocasionada por qualquer espécie de Aspergillus, sem mais nenhum comentário,

Confrontando-se, ainda, esta tarefa com a de HIPÓLITO et alii (1965), vê-se que são da mesma opinião, uma vez que ambos os trabalhos garantem o envolvimento da pele pelo Aspergillus e, nesta pesquisa, somente a pele dos búfalos foi atingida.

Este trabalho, em parte, discorda com aquele apresentado por GELORMINE (1967), quando afirma que o tratamento da As- pergilose é problemático, não obstante se referir à localização e que se deve substituir a alimentação e o local, evitando ainda a umidade. Nada disso foi feito e o tratamento com o "Orto-Ben- zil para-clorofenol" a 0,10% (Pinho-Sol) demonstrou ser total- mente eficaz, por um período de oito dias.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 29.35, 1989

(6)

Observando-se os resultados deste trabalho, conclui-se:

a) pesquisa em crosta da pele de búfalos da raqa Medi- terrâneo (Bubalus bubalis) , revelou a ocorrência de Aspergillus sp.;

b) os fungos ocorreram nas regiões da cabeça e cervical, alguns atingindo até a s axilas;

d) pela primeira vez descreve-se, em Recife, Pernambuco, d) pela primeira vez descreve-se, em Recife, Pernambuco, a presença de Aspergillus sp., em búfalos Mediterrâneo.

ABSTRACT

The presence of Aspergillus sp. in buffalos is noted. Diagnosis was st the Micology Section of ehe Animal Assistence Laboratory (LARA) of the Ministry o£ Agriculture, Dois Irmãos, Recife. and was done with skin scrapings. Treat- rnent was with " Ortho-Benzi1 parachlorphenol" a t 0,10% (brand name pinho-sol), with good results. The disinfectant was used fui11 streength, rubrine it into the afkected areas (head and cervical) once a day for eight to ten days.

REFERÉNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1

-

A N D R E I , E. Compêndio veterinário. 16. ed. São Paulo, Organizacão Andrei, 1982. 422 p.

2 - BLAKISTON. Dicionário médico. 2. ed. São Paulo, Organização An.

drei, 1982. 1169 p.

3 - BLOOD, D. C. & H E N D E R S O N , J. A. Medicina veterinaria. Venezu- ela, Interamericana, 1976. 1008 p.

4

-

BOERO, J. J. Parasitosis animales. Buenos Ayres, Ed. Universitaria.

1967. 523 p.

5

-

COFIN, D. L. Laboratorio clinico en medicina veterinaria. Mexico, La Prensa Medica Mexicana, 1966. 335 p.

Cad. ôrnega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 29.35, 1989 CONCLUSÕES

Observando-se os resultados deste trabalho, conclui-se:

a) pesquisa em crosta da pele de búfalos da raça Medi- terrâneo (Bubalus bubalis), revelou a ocorrência de Aspergülus sp.;

b) os fungos ocorreram nas regiões da cabeça e cervical, alguns atingindo até as axilas;

d) pela primeira vez descreve-se, em Recife, Pernambuco, d) pela primeira vez descreve-se, em Recife, Pernambuco, a presença de Aspergülus sp., em búfalos Mediterrâneo.

ABSTRACT

The presence of Aspergillus sp. in buffalos is noted. Diagnosis was at the Micology Section of íhe Animal Assistence Laboratory (LARA) of the Ministry of Agriculture, Dois Irmãos, Recife, and was done with skin scrapings. Treat- ment was with " Ortho-Bcnzil parachlorphenol" at 0,10% (brand name pinho-sol), with good results. The disinfectant was used fiíll streength, rubrine it into the aftected areas (head and cervical) once a day for eight to ten days.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 — ANDREI, E. Compêndio veterinário. 16. ed. São Paulo, Organização Andrei, 1982. 422 p.

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drei, 1982. 1169 p.

3 — BLOOD, D. C. & HENDERSON, J. A. Medicina veterinária. Venezu- ela, Interamericana, 1976. 1008 p.

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Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 29.35, 1989

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12 - MORAES, R. G.; L E I T E , I. C.: GOULART, E . G . Parasitologia mé- dica. São Paulo, Atheneu, 1971. 509 p .

13 - S M I T H , H. A. & J O N E S , T. C. Patologia veterinária. México, His.

pano Americana. 1962. 1061 p.

Recebido para publicação em

31 de

março

de 1989

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot.. Recife, n. 1, p. 29-35, 1989 6 — COLES, E. H. Patologia y diagnóstico veterinário. Venezuela, Intera-

mericana, 1968. 400 p.

7 — GARRIDO, P. P. Vadei .jcum de veterinária práctica. Madrid, Tecnos, 1954. 1035 p.

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10 — JORDÃO, L. P. Doenças dos búfalos. Revista dos Criadores, São Paulo, 48(S84):27-40, set. 1978.

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13 — SMITH, H. A. & JONES, T. C. Patologia verennana. México, His.

pano Americana, 1962. 1061 p.

Recebido para publicação em 31 de março de 1989

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 1, p. 29-35, 1989

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