• Nenhum resultado encontrado

Desempenho de cultivares de girassol na microrregião de Campina Grande, PB. Performance of sunflower cultivars in microregion Paraiba state

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Desempenho de cultivares de girassol na microrregião de Campina Grande, PB. Performance of sunflower cultivars in microregion Paraiba state"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

Desempenho de cultivares de girassol na microrregião de Campina Grande, PB

1 2

João Felinto dos Santos e José Ivan Tavares Grangeiro

1

Eng. Agrônomo, Dr., Pesquisador da EMEPA-PB. Estação Experimental de Lagoa Seca, Estrada de Imbaúba, km 3, CEP 58117-000,

2

Lagoa Seca, PB, Brasil. E-mail: joão_felinto_santos@hotmail.com Eng. Agrônomo, E-mail: ivagngrangeiroc@hotmail.com

Resumo - O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo de cultivares de girassol (Helianthus annuus L.) na microrregião de Campina Grande, PB. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro genótipos de girassol: Local, Paraíso 65, BRS Gira 06 e Agrobel, em cinco repetições. Houve efeito significativo de cultivares sobre altura da planta, produção de massa verde da planta e produtividade de aquênios, portanto, não havendo respostas estatísticas para as demais variáveis. As cultivares Agrobel 640 e BRS Gira 6 apresentaram melhor desempenho produtivo nas condições da microrregião de Campina Grande, PB.

Palavras-chave: Helianthus annuus, genótipos, característica agronômica, produtividade.

Performance of sunflower cultivars in m

icroregion

of Campina Grande,

Paraiba state

Abstract - O objective of this study was to evaluate the performance of sunflower crop (Helianthus annuus L.) in microregion of Campina Grande, PB, Brazil. The experimental design was a randomized block with four sunflower genotypes: Local, Paradise 65, 06 and Agrobel Gira BRS, in five replicates. There was effect of sunflower cultivars on plant height, shoot weight of the plant and achenes yield, with no answers for the other variables. Cultivars BRS 640 and Agrobel Gira 6 showed better performance productive in the conditions of Campina Grande, PB.

Keywords: Helianthus annuus, genotypes, agronomic trait, yield.

Introdução

O girassol (Helianthus annuus L.) é uma oleaginosa que apresenta características agronômicas importantes, como tolerante à seca, ao frio e ao calor que a maioria das espécies normalmente cultivadas no Brasil. Apresenta ampla adaptabilidade a diferentes condições edafoclimáticas e seu rendimento é pouco influenciado pela latitude, pela altitude e pelo fotoperíodo. Além disso, está inserido no programa nacional de produção e uso de biodiesel (Ungaro, 2006).

O girassol, pelo emprego do seu óleo e por sua boa adaptação às variações do meio ambiente, podendo ser cultivado, ainda, em consórcio com outras culturas de importância econômica como o amendoim, algodão, feijão, entre outras, surge como uma alternativa adicional para ser cultivada e promover o desenvolvimento da região semi-árida paraibana, sendo uma opção para a economia dessa região.

O girassol foi considerado ao longo dos anos como uma cultura de clima temperado. No entanto, com a evolução dos trabalhos de melhoramento genético existem hoje cultivares que mostram boa adaptação em regiões quentes, o que permite a expansão da cultura para as mais diferentes regiões do Nordeste brasileiro, No entanto, há a necessidade de adequá-la aos diferentes sistemas de produção das principais culturas exploradas pelos agricultores familiares, principalmente no Estado da Paraíba, sendo necessários esforços das pesquisas com novos materiais genéticos de girassol que apresentem, concomitantemente, alto teor de

óleo, ciclo precoce, porte reduzido, resistência a fatores bióticos e abióticos, além de alto potencial produtivo (Oliveira et al., 2005).

O aumento das áreas de plantio com essa cultura isolada ou em sistema consorciado, junto aos atuais sistemas de produção dos agricultores, pode auxiliar na fixação de mão-de-obra na zona rural pela geração de emprego e renda mediante o fornecimento de matéria prima para a indústria.

Pelo exposto, existe ainda carência de resultados que permitam indicar, com maior segurança, cultivares de girassol aos agricultores. Portanto, neste trabalho, objetivou-se avaliar o deobjetivou-sempenho produtivo de cultivares de girassol na mesorregião Agreste paraibano.

Material e Métodos

O experimento foi conduzido sob condições de sequeiro no período de (18.04 a 25.09. 2011) na Estação Experimental de Lagoa Seca-PB, localizada na microrregião de Campina Grande, mesorregião Agreste paraibano. O Município de Lagoa Seca-PB está localizado na microrregião do Brejo Paraibano (6º 58'12'' S, 32º 42'15'' W.Gr.) a uma altitude de 534m (Gondim & Fernandez, 1980).

A precipitação pluvial média ocorrida no período de condução dos experimentos foi de 363 mm.

A caracterização químicas da camada de 0-20 cm do solo onde foi instalado o experimento apresentou os seguintes

-3

resultados: pH (H O) = 6,1; P = 9,97 mg dm ; K = 16,28 mg. 2

-3 +3 -3 +2 -3 +2

(2)

-3 -1

1,01 cmol dm e matéria orgânica = 11,54 g kg .c

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 4 tratamentos (4 genótipos de girassol: local, Paraíso 65, BRS Gira 06 e Agrobel) em cinco repetições.

A unidade experimental foi constituída de cinco fileiras com seis metros de comprimento (60 plantas por parcela), no espaçamento de 0,70m x 0,50m, ocupando uma área de 21

2 2

m ; o bloco com 84 m (240 plantas) e o experimento com

2

336 m e 960 plantas. Foram consideras parcelas úteis as três fileiras centrais (36 plantas). Os genótipos foram provenientes da Embrapa Algodão.

O solo foi preparado por meio de duas gradagens cruzadas, onde foram abertas as covas, no espaçamento de 0,70m x 0,50m e semeadas três sementes, deixando-se uma

-1

planta após desbaste, que corresponde a 28.571 plantas.ha . O solo foi preparado por meio de duas gradagens cruzadas. O girassol foi adubado em fundação com 25-60-40 kg/ha de N, P, K, utilizando-se como fonte sulfato de amônio, superfosfato simples e cloreto de potássio, respectivamente.

-1

Após 35 dias do plantio ele recebeu 25 kg.ha de N.

Durante a condução do experimento foi realizada duas capinas de forma manual, com o auxílio de enxada, para manter a cultura livre de plantas invasoras. Não houve necessidade de controle de pragas e doenças.

A colheita foi realizada entre 120 a 130 dias após plantio, quando os capítulos já estavam secos. Depois de colhidos, os capítulos foram espalhados e colocados ao sol para completar a secagem. Posteriormente, foi realizado o beneficiamento manual.

Foram avaliadas as características seguintes: Número de folhas por planta (determinado pela contagem do número de folhas de 40 plantas dividido pelo número de plantas); comprimento da folha (realizado pela medição do comprimento de 40 folhas com régua milimetrada); largura da folha (realizado pela medição da largura de 40 folhas com régua milimetrada); produção de massa verde das folhas (aferido pelo peso de massa verde das folhas da parcela útil, extrapolado para ha); produção de massa verde dos ramos (aferido pelo peso de massa verde dos ramos da parcela útil, extrapolado para há; produção de massa verde da parte aérea (aferido pelo peso de massa verde da parte área da parcela útil, extrapolado para ha); altura de planta (determinado pela medição com fita métrica do colo da planta até a extremidade do capítulo em 40 plantas); diâmetro do colo da planta (obtido pela medição com paquímetro do diâmetro a uma altura de cm do solo em 40 plantas); diâmetro do capitulo (obtido pela medição com um paquímetro de uma extremidade a outra do capítulo em 40 plantas); massa de capítulo (aferido mediante o quociente entre o peso e o número de capítulos da parcela útil); massa de mil aquênios (aferido mediante a contagem e pesagem de 1000 aquênios em balança com duas casas decimais retirado da parcela útil) e produtividade de aquênios (determinado pelo peso total de aquênios de cada parcela útil, extrapolado para hectare).

Os dados obtidos foram submetidos a análises de variância com os quadrados médios comparados pelo teste F

e as médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa computacional Assistat (Silva & Azevedo, 2002).

Resultados e Discussão

Os resultados de número de folhas por planta, comprimento da folha, largura da folha, produção de massa verde das folhas, produção de massa verde dos ramos e produção de massa verde da parte aérea de girassol obtidos no experimento conduzido em Lagoa Seca, PB, em 2011 encontram-se na Tabela 1. Observa-se que houve efeito das cultivares de girassol sobre a produção de massa verde da planta, ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F, não havendo respostas para as demais variáveis.

Com relação ao número de folhas por planta, observa-se, nesse experimento que houve uma variação de 25 a 28 folhas e média de 26,45. Afférri et al. (2008), avaliando cinco cultivares de girassol, obtiveram de 20,5 a 24,6 folhas por planta, valor inferior aos alcançados nesse estudo. Nobre et al. (2012) encontraram dados variando de 26 a 34 folhas por planta, valores superiores aos alcançados nesse estudo. Biscaro et al. (2008) encontraram variações de 15 a 30 folhas por planta no período de 30 a 45 dias após plantio. Silva et al. (2012) encontra médias variando de 20,03 a 23,90 folhas por planta. Alves et al. (2010) obtiveram uma variação de 27,12 a 30,75 folhas por planta.

Quanto à produção de massa verde da folha, houve destaque para a Paraíso 65 que não diferiu da BRS Gira 6 e foi superior a Agrobel 640 e ao material local, havendo

-1 -1

variação de 2,64 a 4,82 t.ha , com uma média de 3,50 t.ha de produção de massa verde das folhas. Teixeira et al. (2009), avaliando a produtividade das silagens de milho, sorgo,

-1

milheto e girassol, encontraram 6.875,59 kg.ha de produção de massa verde da folha, valor superior aos obtidos com as cultivares dessa pesquisa.

Os resultados de produção de massa verde da parte aérea

-1

alcançados neste trabalho variaram de 9,76 a 14,09 t.ha ,

-1

com uma média de 11,52 t.ha . Áfferi et al. (2000), avaliando o desempenho de cultivares de girassol, observaram que as cultivares Charrua, Multissol e Aguará 2 obtiveram melhor desempenho para produção de grãos, entretanto a produção de grãos e de massa verde total decresceu, em função do atraso da semeadura. Teixeira et al. (2009), avaliando a produtividade da silagem de milho, sorgo, milheto e girassol, obtiveram 69.775,06 kg de peso total de matéria verde. Almeida et al. (1995) encontraram produções de girassol de

-1

24.718 kg.ha de massa verde e Banys (1994) observou que a produção de massa verde de girassol foi em média 17.025

-1

kg.ha . Melo et al. (2004) obtiveram produção de massa

-1

verde de 15,59 e 17,08 t.ha com as cultivares Rumbosol e M7-34.

Os resultados de altura de planta, diâmetro de haste, diâmetro do capítulo, massa de capítulo, massa de mil grãos e produtividade de grãos obtidos no experimento conduzido na Estação Experimental de Lagoa seca, em 2011,

(3)

Tabela 1. Médias de número de folhas por planta (NFP), comprimento da folha (CF), largura da folha (LF), produção de massa

verde das folhas (PMVF), produção de massa verde dos ramos (PMVR) e produção de massa verde da parte aérea (PMVA) de girassol.

Cultivares

NFP

CF

(cm)

LF

(cm)

PMVF

(t.ha

-1

)

PMVR

(t.ha

-1

)

PMVA

(t.ha

-1

)

Paraíso 65

BRS Gira 6

Agrobel 640

Local

Média

Qmtrat

26a

28a

25a

26a

26,45

6,04

19,99a

20,71a

19,96a

20,27a

20,23

0,605

ns

18,71a

16,56a

17,95a

18,15a

17,84

4,192

ns

4,82a

3,85ab

2,64b

2,71b

3,50

1,679

9,33a

7,39a

7,11a

8,27a

8,02

3,305

14,09a

11,24a

9,76a

10,98a

11,52

4,458

DMS

CV (%)

12,16

12,16

2,852

15,81

5,47

16,32

21,51

21,51

21,92

21,59

20,60

23,09

Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem significativamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

encontram-se na Tabela 2. Observa-se que houve efeito das cultivares de girassol sobre a altura da planta e produtividade de grãos ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F, não havendo respostas para as demais variáveis.

Com relação à altura de planta, verifica-se que a cultivar local teve maior altura em relação aos demais cultivares, e essas não se diferenciaram entre si, com uma média de 1,49 m, havendo uma variação de 1,12 a 2,25m.

O incremento entre a cultivar local e a Paraíso 65, BRS Gira 6 e Agrobel foi de 43,11%, 50,22% e 41, 775, respectivamente, fato esse atribuído a capacidade genética de crescimento de cada material.

No Brasil foram desenvolvidas várias pesquisas onde se avaliou diferentes materiais genéticos de sorgo e suas influencias sobre a altura de planta e tem-se constatadas diferentes respostas a essa característica agronômica, com valores desde 0,64 m até 2,79 m, comportamento atribuído principalmente ao potencial genéticos das diversas linhagens, cultivares e híbridos avaliados (Gomes et al., 2003; Melo et al., 2004; Picksius e Guerra, 2005; Smiderle et al., 2005; Lira et al., 2007; Backes et al., 2008; Silva et al., 2009; Uchoa et al., 2011; Nobre et al., 2012).

Embora não tenha havido diferença estatística entre as cultivares quanto ao diâmetro do colo da planta, houve destaque a cultivar Paraíso 65 com 2,16 cm, havendo variação de 1,84 a 2,16 cm e média de 2,04 m, esse resultado foi inferior ao alcançado por Tomich et al. (2003), que verificaram uma média de 24,3 cm para os treze genótipos por eles estudados. Backes et al. (2008, obtiveram 24,4 mm de diâmetro de caule com a cultivar Aguará 4. Segundo Biscaro et al. (2008) o diâmetro de caule é uma característica morfológica importante que atua na resistência ao acamamento. Roni et al. (2010) obtiveram variação de 23,02 mm a 31,57 mm do diâmetro do colo da planta. Nobre et al. (2012) encontraram diâmetros do colo da planta de 16 a 20 mm, similares aos alcançados nesse estudo.

Apesar de não ter havido diferença estatística entre as cultivares avaliadas quanto ao diâmetro do capítulo, mereceu destaque o material local com 18,45 cm, havendo variação de 16,59 a 18,45 cm e média de 17,69 cm. Lira et al. (2007) obtiveram diâmetro do capítulo variando de 18 a 23 cm, Silva et al. (2005a, b), trabalhando com as cultivares H250 e H251 de girassol, notaram diâmetros médios dos capítulos das plantas de 14,45 e 12,2 cm, respectivamente. Em ambos as pesquisas os valores para diâmetro do capítulo foi superior aos atingidos nesse trabalho. Roni et al. (2010) obtiveram variação de capítulos de 18,89 a 20,75 cm. Santos et al. (2012) conseguiram diâmetro de capítulo de variando de 13,00 a 19,50 cm. Nobre et al. (2012) encontraram dados variando de 30,6 a 43,2 cm, superiores aos alcançados nesse estudo.

Os caracteres agronômicos área foliar e diâmetro de capítulo apresentaram coeficientes de correlação significativos com a produtividade, sendo considerados eficientes para seleção de genótipos de girassol mais produtivos.

Embora não tenha havido diferença estatística entre as cultivares quanto ao peso médio do capítulo, mereceu evidência do material local com 488,09 g, havendo variação de 386,42 a 488,09 g e média de 453 g.

Embora não tenha havido diferença estatística entre as cultivares quanto ao peso de 1000 aquênios, mereceu destaque o material local com 95,74 g, havendo variação de 61,74 a 95,74 g e média de 78,29 g. Silva et al. (2007) também não encontraram diferenças significativas na Massa de 100 sementes para a cultivar H250, com valor de 4,12 g.

Por outro lado, Fragella et al. (2002) constataram diferenças significativas na massa de 100 sementes entre os tratamentos irrigados e sem irrigação iguais de 4,39 g e 3,35 g, respectivamente. Lira et al. (2007) obtiveram peso de 1000 grãos variando de 52 a 80 g. Backes et al. (2008) observaram, para 12 cultivares, valores de 3,15 a 7,92 g, com valor igual a

(4)

Tabela 2. Médias de altura de planta, diâmetro de haste, diâmetro do capítulo, massa de 1.000 aquênios, massa de capítulo e produtividade de aquênios.

Variedade

AP

(cm)

DCP

(cm)

DC

PC

PMG

(g)

PROD

(kg)

Paraíso 65

BRS Gira 6

Agrobel 640

Local

1,28b

1,12b

1,31b

2,25a

2,16a

1,84a

2,01a

2,15a

17,94a

17,79a

16,59a

18,45a

474,07a

463,42a

386,42a

488,09a

81,02a

61,74a

74,68a

95,74a

988b

1206ab

1342a

1272a

Média

Qmtrat

DMS

CV (%)

1,49

1,313**

0,294

10,50

2,04

0,111

ns

0,671

17,49

17,69

3,614

10,88

7,99

453,00

219,348

23,12

9,78

78,29

997,927

ns

35,07

20,48

1202

117275,2**

238,59

10,57

Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem significativamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

4,67 g para a cultivar Aguará 4. Anastasi et al. (2010) observaram, diferenças significativas, com valores de 5,35 e 4,14 g para a maior lâmina (igual a 1 ETc) e sem irrigação, respectivamente. Roni et al. (2010) obtiveram variação de 55,81 a 66,73 g para peso de 1.000 aquênios. Santos et al. (2012) conseguiram variação de 38,50 a 51,25 g no peso de 1.000 sementes. Gomes et al. (2012) verificaram obtiveram 6,55 g na massa de 100 sementes.

Segundo Castro & Farias (2005) a diferença de massa entre as sementes normalmente ocorre quando a cultura do girassol é submetida a um déficit hídrico permanente, diferente do verificado no presente trabalho.

A massa de 1.000 aquênios é um componente que apresenta considerável amplitude de valores entre as cultivares.

Conforme dados obtidos na Tabela 2, constata-se que as cultivares Agrobel 640 e o material local apresentaram maior produtividade de aquênios em relação a Paraíso 65 e não se diferenciaram da BRS Gira 6, havendo uma variação de 988

-1 -1

kg.ha a 1342 kg.ha e uma média do experimento de 1202

-1

kg.ha . As melhores respostas alcançadas pelas cultivares Agrobel 640 e o material local deve-se, possivelmente, a capacidade genética das mesmas em se adaptar as condições edafoclimaticas do local onde foi avaliado o experimento.

Corroborando com essas afirmações, Porto et al. (2007) ratificaram que a cultura apresenta variações de comportamento de cultivares em função da região e época de semeadura, em virtude da interação genótipo x ambiente. Vega & Hall (2002) e Porto et al. (2007) também afirmam que existem correlações entre cultivares e ambientes. Vencovsky e Barriga (1992) constataram que as cultivares com rendimentos médios de grãos acima da média geral expressaram melhor adaptação. Ribeiro & Ribeiro (2010) alcançaram produtividades de grãos acima da média geral

-1

para produtividade de grãos que foi de 2.331 kg.ha , significando que esses genótipos apresentaram boa

adaptação ao ambiente. Oliveira et al. (2008) verificaram que as produtividades médias de grãos das cultivares

-1 -1

variaram de 1.107 kg.ha (BRS Gira 01) a 3.644 kg.ha (M 734), superando superam a média nacional que está em torno

-1

de 1.500 kg.ha , revelando que as condições edafoclimáticas do agreste sergipano são propícias ao desenvolvimento do girassol. Smiderle et al. (2005) observaram que as cultivares Cargill 11, Rumbosol 91 e Agrobel 910 foram as mais produtivas para cultivo nas condições climáticas das savanas de Roraima.

Leite e Carvalho (2005) alcançaram produtividades

-1

médias de grãos de 1682 e 1839 kg há e Silva et al. (2005a,

-1

b) de 2.000 e 1.056 kg ha . Carvalho et. al., 2006 sugeriram algumas variedades e híbridos com potencial produtivo

-1

superior a 1800 kg.ha e teor de óleo superior a 40%. Lira et al. (2007) registraram variação nos rendimentos de de1. 307

-1 -1

kg.ha (BRS G 03) a 2.512 kg.ha (Hélio 256). Gomes et al. (2007) verificaram que os rendimentos dos aquênios tiveram

-1

média de 348 kg.ha , demonstrando um baixo potencial da cultura no estado. Roni et al. (2008) conseguiram produções

-1

de 1.368 a 1.225 kg.ha . Afférri et al. (2008), obtiveram

-1

produtividades de grãos variando de 181 a 2142 kg.ha , com cinco cultivares e quatro épocas de plantio. Nobre et al. (2012) encontraram valores variando de 761,6 a 1727 kg.

-1

kg.ha folhas por planta, valores superiores aos alcançados nesse estudo.

Conclusões

1. Nas condições da microrregião de Campina Grande, PB, as cultivares Agrobel 640 e BRS Gira 6 apresentaram as melhores características agronômicas e se destacaram em produtividade de aquênios.

2. As cultivares de girassol responderam de forma diferenciada quanto à altura da planta, produção de massa

(5)

Referências

AFFÉRRI, F.S.; BRITO, L.R.; SIEBENEICHLER, S.C.; PELUZIO, J. M.; NASCIMENTO, L.C. do; OLIVEIRA, T.C. de. Avaliação de cultivares de girassol, em diferentes épocas de semeadura no sul do Estado do Tocantins, safra 2005/2006. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento, Belém, v.4, n.7, jul./dez. 2008.

ALMEIDA, M.F. de. et al. Composição química e consumo voluntário das silagens de sorgo, em dois estádios de corte, girassol e milho para ruminantes. Ciência e Prática, Lavras, v.19, n.3, p.315-321, 1995.

ALVES et al. Avaliação do crescimento de girassol no semiárido sob diferentes densidades de plantas. CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p.1181-1185.

ANASTASI, U.; SANTONOCETO, C.; GIUFFRE, A.M.; SORTINO, O.; ABBATE, V. Yield performance and grain lipid composition of standard and oleic sunflower as affected by water supply. Field Crops Research, v.119, p.145-153, 2010.

BACKES, R.L. et al. Desempenho de cultivares de girassol em duas épocas de plantio de safrinha no Planalto Norte Catarinense. Scientia Agraria, v.9, n.1, p.41-48, 2008. BANYS, V.L. Consórcio de milho (Zea mays L.) e girassol

(Helianthus annus L.): características agronômicas,

composição química e degradabilidade. 1994. 61p. Tese (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura de Lavras. BISCARO, G.A.; MACHADO, J.R.; TOSTA, M.S.; MENDONÇA, V.; SORATTO, R.P.; Carvalho, L. A. Adubação nitrogenada em cobertura no girassol irrigado nas condições de Cassilândia - MS. Ciência e Agrotecnologia, v.32, p.1366-1373, 2008.

CARVALHO, C.G.P.; OLIVEIRA, A.C. de; MARQUES,

C.R.G.; PANDOLFI, T.J.F.; PORTO, W.S.; CAMPOS, R.; FAGUNDES, R.A. Informes de avaliação de genótipos de

girassol, 2004/ 2005 e 2006. Londrina: EMBRAPA Soja,

2006. p.118 (EMBRAPA Soja. Documentos, 271).

CASTRO, C.; FARIAS, J.R.B. Ecofisiologia do girassol. In: LEITE, R.M.V.B.; BRIGHENTI, A.M.; CASTRO, C.

Girassol no Brasil. Londrina, PN: CNPSO, 2005.

p.163-210.

FRAGELLA, Z.; ROTUNNO, T.; TARANTINO, R.; CATERINA, A.C. Changes in seed yield and oil fatty acid composition of high oleic sunflower hybrids in relation to the sowing date and water regime. European Journal of

Agronomy, v.17, p.221-230, 2002.

GOMES, E.M.; UNGARO, M.R.G.; VIEIRA, D.B. Impacto da suplementação hídrica no acúmulo e partição da matéria seca de girassol. In: Simpósio Nacional de Girassol, 3, e Reunião Nacional da Cultura de Girassol, 15, 2003, Ribeirão Preto. Anais... Ribeirão Preto: CATI, 2003, CD-Rom. GOMES, D.P.; BRINGEL, J.M.M.; MORAES, M. F.F H.; K R O N K A , A . Z . ; TO R R E S , S . B . C a r a c t e r í s t i c a s agronômicas de genótipos de girassol cultivados em são Luís – MA. Caatinga (Mossoró, Brasil), v.20, n.3, p.213-216, julho/setembro 2007.

GOMES, E.P.; FEDRI, G.; ÁVILA, M.R.; BISCARO, G.A.; REZENDE, K.S.; JORDAN, R.A. Produtividade de grãos, óleo e massa seca de girassol sob diferentes lâminas de irrigação suplementar. Revista Brasileira de Engenharia

Agrícola e Ambiental, v.16, n.3, p.237–246, 2012.

GONDIM, A.W. de A.; FERNANDEZ, B. probabilidade de chuvas para o município de Areia-PB. Agropecuária

Técnica, Areia, PB, v.1, n.1, p.55-63, 1980.

LEITE, R.M.V.B.C.; CARVALHO, C.G.P. Avaliação da resistência de genótipos de girassol à mancha de Alternaria (Alternariahelianthi) em condições de campo. In: Reunião Nacional de Pesquisa de Girassol, 16, e Simpósio Nacional sobre a Cultura do Girassol, 4, 2005, Londrina. Anais... Londrina: Embrapa Soja, 2005. p.108-110.

LIRA, M.A.; CARVALHO, W.L. de; CARVALHO, C.G.P. de; LIMA, J.M.P. de; MEDEIROS, A.A. de. Avaliação de

cultivares de girassol no estado do Rio Grande do Norte.

2007. Disponível em: <http:// www.emparn.rn.gov.br/.../

AVALIAÇAO_CULTIVARES_GIRASSOL_RN.pdf>.

Acesso em: 20 jun. 2012.

MELLO, R.; NÖRNBERG, J. L.; ROCHA, M. G. da. Potencial produtivo e qualitativo de híbridos de milho, sorgo e Girassol para ensilagem. Revista Brasileira de Agrociência, v.10, n.1, p.87-95, jan./mar. 2004.

verde da planta e produtividade de grãos e não foram influenciadas pelas outras variáveis.

3. O girassol pode constituir-se em uma alternativa de exploração agrícola para os agricultores familiares do semiárido paraibano, principalmente como matéria-prima para a obtenção do biodiesel.

Agradecimento

Os autores agradecem ao Banco do Nordeste pelo apoio financeiro para a elaboração dessa pesquisa.

(6)

NOBRE, D.A.C.; RESENDE, J. F de; BRANDÃO JÚNIOR, D. da S.; COSTA, C.A. da; MORAIS, D. de L.B. Desempenho agronômico de genótipos de girassol no norte de Minas Gerais. Revista Agro@mbiente On-line, v.6, n.2, p.140-147, maio-agosto, 2012.

OLIVEIRA, M.F.; CASTIGLIONI, V.B.R.; CARVALHO, C.G.P. Melhoramento do girassol. In: LEITE, R.M.V.B.; BRIGHENTI, A.M.; CASTRO, C. (Eds.). Girassol no Brasil. Londrina: Embrapa Soja, 2005. p.269-297.

OLIVEIRA, I.R.; CARVALHO, H.W.L.; LIRA, M.A.; CARVALHO, C.G.P.; RIBEIRO, S.S.; OLIVEIRA, V.D. Avaliação de cultivares de girassol na Zona Agreste do Nordeste brasileiro. In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE GIRASSOL, 17. 2007, Uberaba. Anais… Londrina: Embrapa Soja, 2007. p.197-200.

OLIVEIRA, I.R. de; CARVALHO, H.W.L. de; PORTELA, C.G.; MELO, K.E. de O. Avaliação de cultivares de girassol no estado de Sergipe. Embrapa Tabuleiro Costeiro, Aracaju, SE. 2008. (Circular Técnica, 53).

PICKSIUS, A.; GUERRA, E.P. Avaliação de genótipos de girassol de ensaio conduzido na PUC- PR. Disponível em: <http://www2.pucpr.br/educação/pibic/evento/vim p/MPCV24.html>. Acesso em: 25 março.2012.

PORTO, W.S.; CARVALHO, C.G.P.; PINTO, R.J.B. Adaptabilidade e estabilidade como critérios para seleção de genótipos de girassol. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.42, n.4, p.491-499, 2007.

RIBEIRO, J.L.; RIBEIRO, V.Q. Avaliação agronômica de genótipos de girassol no município de Mata Roma, MA: ano agrícola de 2007/20081. CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p.1542-1546.

RONI, J.P.G. et al. Avaliação de cultivares de girassol na região do Médio Alto Uruguai do Rio Grande do Sul, Brasil. CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p.1163-1168.

SANTOS, E.R.; BARROS, H.B.; CAPONE, A.; FERRAZ, E.C.; FIDELIS, R.R. Efeito de épocas de semeadura sobre cultivares de girassol, no Sul do Estado do Tocantins.

Revista Ciência Agronômica, v.43, n.1, 2012.

SILVA, F. de A.S.; AZEVEDO, C.A.V. de. Versão do programa computacional Assistat para o sistema operacional

W i n d o w s . R e v i s t a B r a s i l e i r a d e P r o d u t o s

Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.1, p71-78, 2002.

SILVA, A.G. da; MORAES, E.B. de; PIRES, R.; CARVALHO, C.G.P. de; OLIVEIRA, A.C.B. de. Efeito do espaçamento entre linhas em três híbridos de girassol. In: Reunião Nacional de Pesquisa de Girassol, 16, e Simpósio Nacional sobre a Cultura do Girassol, 4, 2005a, Londrina.

Anais... Londrina: Embrapa Soja, 2005. p.86-88.

SILVA, M.R.; UNGARO, M.R.G.; RAMOS, N.P.; AGUIAR, R.H. Cultivo de girassol em Lucianópolis - Estudo de caso In: Reunião Nacional de Pesquisa de Girassol, 16, e Simpósio Nacional sobre a Cultura do Girassol, 4, 2005, Londrina. Anais... Londrina: Embrapa Soja, 2005b. p.68-70

SILVA, M. de L.O.; FARIA, M.A. de; MORAIS, A.R. de; ANDRADE, G.P.; LIMA, E.M. de. Crescimento e produtividade do girassol cultivado na entressafra com diferentes lâminas de água R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.11, n.5, p.482–488, 2007.

SILVA, A.G. da; MORAES, E.B. de; PIRES, R.; CARVALHO, C.G.P. de; OLIVEIRA, A.C.B. de. Efeitos do espaçamento entre linhas nos caracteres agronômicos de três híbridos de girassol cultivados na safrinha. Pesquisa

Agropecuária Tropical, v. 39, n. 2, p. 105-110, abr./jun.

2009a.

SILVA, A.G. da; PIRES, R.; MORAES, E.B. de; OLIVEIRA, A.C. de; CARVALHO, C.G.P. de. Desempenho de híbridos de girassol em espaçamentos reduzidos Performance of sunflower hybrids in reduced row spacings. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v.30, n.1, p.31-38, jan./mar. 2009b.

SILVA et al. Morfologia do girassol cultivado com déficits de irrigação em seus estádios de desenvolvimento. IN: IV WINOTEC Workshop Internacional de Inovações Tecnológicas na Irrigação. 28 a 31 de maio de 2012 Fortaleza, Ceará, Brasil. p 5.

SMIDERLE, O.J.; MOURÃO JR. M.; GIANLUPPI. Avaliação de cultivares de girassol em savana de Roraima.

Acta Amazônia, v.35, n.3, p.331-336, 2005.

TEIXEIRA, F.A.; AMIN, W.G.; MELLO, S.P. Avaliação da produtividade das silagens de girassol, milho, sorgo e milheto em diferentes espaçamentos. Nucleus, v.6, n.2, out. 2009, p. 69-82.

THEISEN, G.; OLIVEIRA, A.C.B.; SILVA, J.J.C. da; LAZARI, R. de. Desempenho produtivo de variedades de girassol cultivado em camalhões de base larga em terras baixas. 2008. Disponível em: http://www.cpact.embrapa.br/ publicacoes/download/livro/. Acesso em: 10 jun. 2012.

(7)

THEISEN, G. Desempenho produtivo de variedades de girassol. 2009. Disponível em:<http://www.cpact. embrapa.br/publicacoes/download/livro/>. Acesso em: 12 jan. 2010.

TOMICH, T.R.; RODRIGUES, J.A.S; GONÇALVES, L.C.; TOMICH, R.G.P.; CARVALHO, A.V. Potencial forrageiro de cultivares de girassol produzidos na safrinha para ensilagem. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.55, n.6, p.756-762, 2003.

UCHÔA, S.C.P.; IVANOFF, M.E.A.; ALVES, J.M.A.; SEDIYAMA, T.; MARTINS, S.A. Adubação de potássio em cobertura nos componentes de produção de cultivares de girassol. Revista Ciência Agronômica, v.42, n.1, p.8-15, 2011.

UNGARO, M.R.G. Potencial da cultura do girassol como fonte de matéria-prima para o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. In: UNGARO, M.R.G. Agronegócio de plantas oleaginosas: matérias-primas para biodiesel. Piracicaba: ESALQ, 2006. p. 57-80.

VEGA, A.J. de la; HALL, A.J. Effects of planting date, genotype, and their interactions on sunflower yield: I. determinants of oil-corrected grain yield. Crop Science, v.42, p.1191-1201, 2002.

VENCOVSKY, R.; BARRIGA, P. Genética biométrica no fitomelhoramento. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1992. 496p.

Referências

Documentos relacionados

Ora, o direito positivo é sempre um sistema de critérios oficiais de apreciação dos fatos; critérios postos, assentados, estabelecidos, pelo govêrno soberano do grupo (em sentido

Assim, propusemos que o processo criado pelo PPC é um processo de natureza iterativa e que esta iteração veiculada pelo PPC, contrariamente ao que é proposto em Cunha (2006)

Utilizámos dados reais de centenas de campanhas de Google AdWords para mostrar que para a maioria das campanhas é possível recomendar outras campanhas semelhantes, mas que o mesmo

Platão, mais fiel observador das leis da natureza, quiz conciliar os dois instinctos que dominam a hu- manidade: o instincto da conservação e o desejo de ser feliz. D'ahi esta

Manuel João Neves Ferreira Pinto Survivin Role in Pulmonary Arterial Hypertension..

Não se pode portanto concluir por uma relação evidente entre a noção de autonomia destes autores e as teorias liberais (discutidas no caps. 3 e 4), até porque em

Curvas da Função Condutividade Hidráulica para os processo de umedecimento ou infiltração, obtidas por métodos de campo método do permeâmetro Guelph e indireto de laboratório no

Também, foram apresentadas as recomendações (Quadro 11), visando promover o acesso aberto imediato aos trabalhos finais da FACISA. Em um momento inicial,