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SUMÁRIO AULA PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS... 2 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS... 3

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SUMÁRIO

AULA 01... 2

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ... 2

AULA 02... 3

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ... 3

AULA 03... 3

CONCEPÇÕES E FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ... 3

AULA 04... 5

CARTAS DAS NAÇÕES UNIDAS ... 5

AULA 05... 6

ONU ... 6

AULA 06... 7

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ... 7

AULA 07... 11

TRATADOS INTERNACIONAIS ... 11

AULA 08... 11

DIREITOS HUMANOS NA CF/88 ... 11

AULA 09... 13

DIREITOS HUMANOS NA CF/88 ... 13

AULA 10... 15

DIREITOS HUMANOS NA CF/88 ... 15

AULA 11... 17

DIREITOS HUMANOS NA CF/88 ... 17

AULA 12... 19

DIREITOS HUMANOS NA CF/88 ... 19

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AULA 01

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Princípios fundamentais do Es- tado brasileiro; Direitos e garantias fundamentais; A segurança pública. Direitos Humanos: Con- cepções; Fundamentação. O Estado e as garantias à pessoa em privação de liberdade. Carta das Nações Unidas (1945): art.1º, §3º e art.55. Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada e proclamada pela Resolução 217-A (III) – da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de de- zembro de 1948): universalidade, igualdade e não discriminação (artigos 1º, 2º e 7º); direito à vida, à liberdade e à segurança (art.3º); direito de ir e vir e proibição de prisão arbitrária (arts. 9º e 13);

asilo (art.14). Convenção para a prevenção e a repressão do crime de genocídio: conceito de ge- nocídio (art.2º), responsabilidade (art.4º), genocídio e extradição (art.13). Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 1988 (artigos 5º ao 16).

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988: PRINCÍPIOS FUN- DAMENTAIS

FUNDAMENTOS:

Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municí- pios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamen- tos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

PRINCÍPIOS INTERNACIONAIS

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

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II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, so- cial e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino- americana de nações.

PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

AULA 02

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS - Direitos Individuais e Coletivos: art. 5º

- Direitos Sociais e do Trabalho: arts. 6º a 11 - Direito de Nacionalidade: arts. 12 e 13

- Direitos Políticos e Partidos Políticos: arts. 14 a 17

AULA 03

CONCEPÇÕES E FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

DIREITOS HUMANOS CONCEPÇÕES:

A fundamentação dos Direitos Humanos teve sua solução com a aprovação da Declaração Uni- versal dos Direitos do Homem, aprovada em 10 de dezembro de 1848 pela Assembleia-Geral das Nações Unidas. Mas hodiernamente existe uma crise dos fundamentos dos Direitos Humanos, e,

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o problema fundamental dos direitos do homem, hoje, não é tanto o de justificá-los, mas o de pro- tegê-los. Trata-se de um problema não filosófico, mas político.

As características mais relevantes da fundamentação jus naturalista dos direitos humanos seriam as seguintes:

(i) A origem dos direitos naturais não é de Direito Positivo, senão um tipo de ordem jurídica distinta do Direito Positivo, ou seja, o Direito Natural;

(ii) Tanto a ordem jurídica natural como os direitos naturais deduzidos são expressão e partici- pação de uma natureza humana comum e universal para todos os homens; e,

(iii) No que se refere a existência desses direitos, os direitos humanos existem e o sujeito os possui independentemente do seu reconhecimento ou não por determinada ordem juri- dical.

As diferenças da fundamentação jus naturalista para a fundamentação histórica dos direi- tos humanos, consistem em que:

(i) no lugar de direitos naturais, universais e absolutos, fala-se de direitos históricos, variáveis e relativos;

(ii) no lugar de direitos anteriores e superiores a sociedade, se fala em direitos de origem social provenientes do resultado da evolução da sociedade”.

CONCEPÇÕES DE DIREITOS HUMANOS:

A classificação dos Direitos Humanos em Gerações e Dimensões se deu em 1979, em uma conferência do Instituto Internacional de Direitos Humanos, Karel Vasak propôs uma classificação dos direitos humanos em gerações, inspirado no lema da Revolução Francesa (liberdade, igualda- de e fraternidade).

1a Dimensão ou Geração → Liberdade 2a Dimensão ou Geração → Igualdade

3a Dimensão ou Geração → Fraternidade ou Solidariedade: metaindividuais e supraindividuais 4a Dimensão ou Geração → Evolução da Ciência/Genética

5a Dimensão ou Geração → Realidade Virtual

REPARAÇÃO DE DANOS PELO ESTADO:

A reparação é a consequência do não cumprimento de uma obrigação internacional. Pode ter di- versas modalidades:

a)A reparação direta ou restituiu in integrum (retorno das coisas ao estado anterior);

b)Sanções internas (aplicam-se no caso de responsabilização por atos de particulares);

c)De natureza moral (satisfações, pedidos de desculpas) mas não pode atingir a dignidade de quem oferece;

d)Indenização (a mais comum das modalidades de reparação).

O ESTADO E A GARANTIA DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE - Liberdade

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- Autoconsciência - Sociabilidade - Historicidade

- Unicidade Existencial

AULA 04

CARTAS DAS NAÇÕES UNIDAS

A Carta das Nações Unidas foi assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, após o término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, entrando em vigor a 24 de outubro daquele mesmo ano. O Estatuto da Corte Internacional de Justiça é parte integrante da Carta.

A 17 de dezembro de 1963, a Assembleia Geral aprovou as emendas aos artigos 23, 27 e 61 da Carta, as quais entraram em vigor a 31 de agosto de 1965. Uma posterior emenda ao artigo 61 foi aprovada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1971 e entrou em vigor a 24 de se- tembro de 1973. A emenda do artigo 109 entrou em vigor a 12 de junho de 1968.

Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são:

1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efe- tivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacio- nal, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;

2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualda- de de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortale- cimento da paz universal;

3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião;

e

4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos comuns.

Artigo 55. Com o fim de criar condições de estabilidade e bem estar, necessárias às rela- ções pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão:

a) níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento econômico e social;

b) a solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, sanitários e conexos; a coope- ração internacional, de caráter cultural e educacional; e

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c) o respeito universal e efetivo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para to- dos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.

Inicialmente, cabe destacar o surgimento da Organização das Nações Unidas. Criada ao tér- mino da II Guerra Mundial, tem como objetivo principal garantir a paz no mundo através do bom relacionamento entre os países. O principal motivo da sua fundação em 24 de outubro de 1945 foram os abusos cometidos nas duas grandes guerras mundiais.

AULA 05

ONU CRIAÇÃO DA ONU:

Atualmente, a ONU conta com 192 Estados soberanos e com diversos organismos autônomos, sendo constituída por seis órgãos principais e vinculados a ONU apenas por acordos especiais, além de programas que atuam nas mais diversas áreas, da saúde à aviação. Os seis órgãos prin- cipais são:

Assembleia Geral – órgão deliberativo máximo que tem como atribuições principais discutir, ini- ciar estudos e deliberar sobre qualquer questão que afete a paz e segurança em qualquer âmbito, exceto quando a mesma estiver sendo debatida pelo Conselho de Segurança; receber e apreciar os relatórios do Conselho de Segurança e demais órgãos da ONU e eleger membros do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela.

ÓRGÃOS DA ONU

Conselho de Segurança – embora outros conselhos possam deliberar sobre questões de se- gurança, este é o único que toma as decisões que os países membros são obrigados a cumprir.

Ele foi criado para manter a paz e a segurança internacionais, além de examinar qualquer situação que possa provocar atritos entre países e recomendar soluções.

Conselho Econômico e Social (ECOSOC) – coordena o trabalho econômico e social da ONU e das demais instituições integrantes, além de formular recomendações relacionadas a diversos setores como direitos humanos, economia, industrialização, recursos naturais e etc.

Conselho de Tutela – esse conselho foi criado com o propósito de auxiliar os territórios sob tutela da ONU a constituir governos próprios e, após anos de atuação, foi extinto em 1994 quando Palau (no Pacífico), o último território sob tutela da ONU, tornou-se um Estado soberano.

Corte Internacional de Justiça (Tribunal de Haia) – órgão jurídico máximo da ONU que atra- vés de convenções ou costumes internacionais, princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas, jurisprudência e pareceres ou mesmo através de acordos; tem o poder de de- cisão sobre qualquer litígio internacional, seja ele parte integrante de seu estatuto ou solicitado por qualquer país membro ou não membro (apenas países, não indivíduos), desde que, no último ca- so, obedeça alguns critérios.

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Secretariado – presta serviços a outros órgãos da ONU e administra os programas e políticas que elaboram, além de chamar a atenção do Conselho de Segurança sobre qualquer assunto a ele pertinente.

SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS

O sistema global de proteção dos direitos humanos, da ONU, contém normas de alcance geral e de alcance especial. As normas de alcance geral e destinadas a todos os indivíduos, gené- rica e abstratamente, são os Pactos Internacionais de Direitos Civis e Políticos e o de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

As normas de alcance especial são destinadas a indivíduos ou grupos específicos, tais co- mo: mulheres, refugiados, crianças entre outros. Dentre as normas especiais do sistema global da ONU, destacam-se a Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desu- manos e Degradantes, a Convenção para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher, a Con- venção para a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial e a Convenção sobre os Direitos da Criança.

SISTEMA REGIONAL DE DIREITOS HUMANOS

A intenção inicial da ONU seria a criação de um regramento universalizado. Entretanto, ob- servou-se a necessidade de criar regulamentos específicos para cada grupo, considerando as di- ferenças sociais e culturais de cada um. Surgem os sistemas regionais europeu, africano e inte- ramericano.

“Art. 61-1. Somente os Estados-parte e a Comissão têm direito de submeter um caso à decisão da Corte”.

“Art. 62-1. Todo Estado-parte pode, no momento do depósito de seu instrumento de ratificação desta Convenção ou de adesão a ela, ou em qualquer momento posterior, declarar que reconhece como obrigatória, de pleno direito e sem convenção especial, a competência da Corte em todos os casos relativos à interpretação ou aplicação desta Convenção.”

AULA 06

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

A Declaração Universal dos Direitos Humanos consiste em carta de princípios, proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, onde se afirma a preocupação internacional com a preservação dos direitos humanos e se define quais são esses mesmos direitos.

Direitos Humanos

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Artigo I

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Artigo II

Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta De- claração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião polí- tica ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra con- dição.

Artigo III

Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo IV

Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo V

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degra- dante.

Artigo VI

Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.

Artigo VII

Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.

Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo VIII

Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo IX

Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo X

Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo XI

1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe

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tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não consti- tuíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo XII

Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo XIII

1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.

2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

Artigo XIV

1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.

2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo XV

Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.

Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de naciona- lidade.

Artigo XVI

1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.

2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.

Artigo XVII

1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.

2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade

Artigo XVIII

Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Artigo XIX

Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quais- quer meios e independentemente de fronteiras.

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Artigo XX

1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.

2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo XXI

1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de sue país, diretamente ou por in- termédio de representantes livremente escolhidos.

2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.

3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo XXII

Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pe- lo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

Artigo XXIII

1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favo- ráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.

2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.

Artigo XXVI

1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus ele- mentares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instru- ção promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.

3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

Artigo XXVII

1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.

2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qual- quer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.

Artigo XVIII

Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo XXIV

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1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimen- to de sua personalidade é possível.

2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem públi- ca e do bem-estar de uma sociedade democrática.

3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo XXX

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

AULA 07

TRATADOS INTERNACIONAIS

A INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS AO DIREITO BRASILEIRO Da análise das decisões proferidas pelo pleno do STF que discutiram a matéria referente à hierarquia dos tratados internacionais no ordenamento jurídico brasileiro, conclui-se que, no STF predomina o entendimento de que:

a) os tratados internacionais não podem versar sobre matérias reservadas pela constituição à lei complementar, sob pena de serem inconstitucionais;

b) todos os tratados são subordinados à Constituição;

c) os tratados internacionais que não versarem sobre direitos humanos possuem paridade hierár- quica com as leis ordinárias;

d) os tratados que versarem sobre direitos humanos que não foram ou que nem forem, aprovados na forma estabelecida pelo art. 5, § 3º da CF/88, serão hierarquicamente superiores às leis ordiná- rias, apesar de não se ter, ainda, uma decisão do pleno do STF neste sentido,

e) os tratados que versarem sobre direitos humanos e que forem aprovados na forma estabelecida pelo art. 5, § 3º da CF/88, serão equiparados a emenda constitucional, e terão assim, hierarquia de norma constitucional.

AULA 08

DIREITOS HUMANOS NA CF/88 CARACTERÍSTICAS DIREITOS HUMANOS/FUNDAMENTAIS:

(a) historicidade (nascem, modificam-se e desaparecem);

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(b) inalienabilidade (intransferíveis e inegociáveis);

(c) imprescritibilidade (nunca deixam de ser exigíveis);

(d) irrenunciabilidade (no máximo, podem não ser exercidos);

(e) universalidade (todos têm direitos fundamentais) e (f) limitabilidade (não são absolutos).

Adotando o critério do conteúdo e observando a Constituição de 1988, podemos separá-los em:

(a) individuais;

(b) coletivos;

(c) sociais;

(d) à nacionalidade e (e) políticos.

DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberda- de, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)

DIREITO À VIDA/SEGURANÇA JURÍDICA

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

DIREITO À LIBERDADE

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias;

VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de intervenção coletiva;

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, indepen- dentemente de censura ou licença;

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII – é inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações pro- fissionais que a lei estabelecer;

XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando ne- cessário ao exercício profissional;

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XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, indepen- dentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades sus- pensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para repre- sentar seus filiados judicial e extrajudicialmente;

AULA 09

DIREITOS HUMANOS NA CF/88

DIREITO DE PROPRIEDADE

XXII – é assegurado o direito de propriedade;

XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi- ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dis- pondo a lei sobre os meios de financiar o desenvolvimento;

DIREITO DE PROPRIEDADE IMATERIAL

XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e as- sociativas;

XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utiliza- ção, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empre- sas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológi- co e econômico do País;

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XXX – é garantido o direito de herança;

XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pes- soal do de cujus;

SEGURANÇA JURÍDICA

XXXIII – todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabili- dade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimen- tos de situações de interesse pessoal;

XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

DIREITO PENAL CONSTITUCIONAL

XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

XLII – a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis, insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion- dos, por eles respondendo os mandantes, executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição de liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos.

XLVII – não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

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b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis.

XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e dro- gas afins, na forma da lei;

LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

AULA 10

DIREITOS HUMANOS NA CF/88

LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegu- rados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenató- ria;

LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo as hipóteses previstas em lei;

LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de auto- ridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mili- tar, definidos em lei;

LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogató- rio policial;

LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

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LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e do depositário infiel;

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público;

LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em fun- cionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associ- ados;

LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacio- nalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII – conceder-se-á habeas data:

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante cons- tantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isen- to de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do pro- cesso e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

§ 1° As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2° Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do re- gime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Fede- rativa do Brasil seja parte.

§ 3° Os tratados e Convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

§ 4° O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifes- tado adesão.

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AULA 11

DIREITOS HUMANOS NA CF/88

DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 90, de 2015)

DIREITOS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melho- ria de sua condição social:

- Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária;

- FGTS;

- Seguro-desemprego;

- Salário Mínimo, piso salarial;

- 13 salário;

- Carga horária de trabalho;

- Licenças;

- Aposentadoria.

DIREITO DE NACIONALIDADE 1) Conceito

Consiste no vínculo jurídico de direito público interno entre uma pessoa e um Estado. A na- cionalidade pressupõe que a pessoa goze de determinados direitos frente ao Estado de que é na- cional, como o direito de residir e trabalhar no território do Estado, o direito de votar e ser votado (cidadania), o direito de não ser expulso ou extraditado e o direito de proteção do Estado (inclusive a proteção diplomática e a assistência consular, quando o nacional se encontra no exterior), den- tre outros.

2) Formas de aquisição

A nacionalidade pode ser adquirida pela pessoa natural no momento do nascimento (aqui- sição originária) ou posteriormente, por meio da naturalização, quer voluntária, quer imposta (aquisição derivada ou secundária).

A nacionalidade originária é atribuída no momento do nascimento e constitui-se na principal forma de concessão da nacionalidade por um Estado. A nacionalidade originária pode ser adquiri- da por: ius sanguinis; ou ius soli.

3) Conflito de Nacionalidade

a) apátrida – é o conflito negativo de nacionalidade. Trata-se de uma pessoa sem nacionali- dade. No entanto, a Declaração dos Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica) diz que,

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pelo menos do lugar onde nasceu, o indivíduo terá a nacionalidade. Exemplo: o indivíduo X nasce no país A, que adota ius sanguinis, e o país dos pais do indivíduo adota ius soli.

b) Polipátria – é o conflito positivo; pessoa com mais de uma nacionalidade. Exemplo: filhos de italiano nascido no Brasil, pois a Itália adota o critério do ius sanguinis, e o Brasil adota o

4) Nacionalidade Secundária:

a) Ordinária:

- Os indivíduos originários de países de língua portuguesa e que estejam pelo menos há um ano ininterrupto no país (Brasil), com idoneidade moral.

- Os portugueses, desde que havendo reciprocidade, que residirem de forma permanente no país (Brasil), ser-lhe-ão atribuídos os mesmos direitos inerentes a brasileiros, salvo as vedações constitucionais.

b) Extraordinária ou quinzenária, se dá quando qualquer estrangeiro que residir há 15 anos ininter- ruptos no Brasil (sem nenhuma condenação penal) requisitar a nacionalidade.

5) Perda da Nacionalidade:

§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao inte- resse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emen- da Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direi- tos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

6) Igualdade entre brasileiros:

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos ca- sos previstos nesta Constituição.

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa

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AULA 12

DIREITOS HUMANOS NA CF/88 DIREITOS POLÍTICOS

1) Formas de Participação Popular:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e se- creto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar, os conscritos.

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária;

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Esta- do ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Referências

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