SAG GEST – SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, SA Sociedade Aberta
Sede: Estrada de Alfragide, 67, Amadora Capital Social: € 169.764.398,00
NIPC 503 219 886 Matriculada na Conservatória do
Registo Comercial da Amadora sob o nº. 503 219 886
COMUNICADO
31-03-2010
Resultados de 2009
(Não Auditados)
Volume de Negócios da SAG atinge €871 milhões e o
EBITDA aumenta 22,4%
Num ano onde o mercado automóvel Português
decresceu 25,6%, o Volume de Negócios da SAG
reduziu-se 7,9% e o EBITDA registou um significativo
aumento, confirmando a aposta estratégica de
internacionalização no Brasil
SIVA mantém liderança no mercado de veículos ligeiros de passageiros e reforça quota de
mercado para 12,5%
Volkswagen reforça a sua posição de 2ª marca no mercado português, aumentando a
quota de mercado para 8,5%
EBITDA aumenta 22,4% para € 95,1 milhões
Situação Líquida Consolidada regista um reforço de cerca de € 44 milhões por força da
1. ACTIVIDADES
1.1. Comércio Automóvel
Na área da Distribuição Automóvel, a SIVA liderou, simultaneamente, os mercados de veículos ligeiros e passageiros, reforçando a sua liderança neste último, entre os importadores presentes no mercado Português de veículos ligeiros.
As vendas totais de veículos ligeiros da SIVA atingiram 24.928 unidades, o que representou uma redução de 22,2% em relação a 2008 que, no entanto, foi inferior à diminuição de 25,6% registada no mercado total. Em consequência, a quota de mercado das Marcas representadas pela SIVA registou um aumento de 0,6 pp (de 11,9% em 2008 para 12,5% em 2009).
No mercado de VP, o volume de vendas das Marcas representadas pela SIVA ascendeu a 23.466 unidades, menos 20,0% que em 2008, o que, perante uma quebra do mercado que atingiu 24,5%, permitiu um aumento da quota de mercado de 13,8% em 2008 para 14,6% em 2009.
Ainda neste mercado, a quota da Marca Volkswagen aumentou de 8,2% para 8,5%, alcançando o segundo lugar do ranking geral, enquanto que a quota de mercado da Audi progrediu de 3,7% para 4,3%, a melhor quota de sempre alcançada pela Marca.
1.2. Serviços Automóvel Europa
A actividade do Grupo na área de Serviços Automóvel na Europa consiste fundamentalmente na participação minoritária que a SAG detém nas actividades de Aluguer Operacional de Viaturas em Portugal, em Espanha e na Polónia.
De uma maneira geral, os resultados destas actividades foram negativamente afectados pela retracção do mercado em Portugal e em Espanha, pela evolução negativa dos preços de mercado das viaturas usadas e pelo aumento do risco de crédito.
A conjugação destes efeitos provocou uma redução generalizada das carteiras de contratos, sobretudo em Espanha, e implicou o reconhecimento depreciações adicionais decorrentes das já referidas reduções do preço das viaturas usadas, bem como do reforço de provisões para risco de crédito. Em consequência, as Participadas Santander Consumer Iber-Rent (em Espanha) e Santander Consumer Multirent (em Portugal) e Santander Consumer Multirent (na Polónia) lcontribuiram negativamente para o resultado consolidado da SAG.
Brasil – Unidas
do ritmo de crescimento anterior, com o objectivo de repor a rentabilidade do negócio.
Contrariamente ao expectável, manteve-se a redução redução do IPI (imposto local sobre veículos novos) durante todo o ano de 2009, acentuando a substancial contracção dos preços das viaturas usadas e semi-novas, que atingiu cerca de 16% em 2009, e que teve um impacto material nos resultados da Unidas e nos resultados consolidados da SAG..
Gestão de Frotas
O negócio de Gestão de Frotas (“Renting”), que é responsável por aproximadamente 75% do volume de negócios da Unidas, apresentou um aumento de cerca de 10,5% na facturação líquida, de BRL 218 milhões em 2008 para BRL 241 milhões em 2009. Este aumento, alcançado com uma frota que, em média, foi inferior em cerca de 2,1% à de 2008, resulta de as rendas cobradas ao Clientes terem reflectido os aumento dos custos de depreciação das viaturas associado à quebra registada nos preços das viaturas usadas e semi-novas, bem como um considerável aumento das margens.
Foram fechados 7.743 novos contratos de “Renting”, menos 50,7% do que os 15.701 realizados em 2008. No entanto, foram prorrogados 5.166 contratos já existentes.
Rent-a-Car e Franquias
A rede própria do negócio de Rent-a-Car registou um crescimento expressivo do volume de negócios, assente numa estratégia de actuação focada nos segmentos com maior rentabilidade (Turismo e Particulares) e privilegiando a utilização dos canais “web”, reduzindo o custo unitário por reserva efectuada. De especial destaque o estabelecimento de uma parceria “Fly and Drive” com a companhia de aviação GOL, que permite que os passageiros da GOL tenham acesso a condições especiais no aluguer de carros na Unidas.
Semi-novos
Em 2009, foram vendidos 15.592 veículos, dos quais 12.528 (80,3%) directamente a Cliente final e 3.064 (19,7%) a comerciantes de viaturas usadas. Esta actividade foi fortemente penalizada pela já referida redução de 16% verificada na evolução dos preços que se registou de viaturas usadas e semi-novas. Apesar de a Unidas ter conseguido uma performance melhor do que a do mercado (os preços dos carros vendidos pela Empresa registaram uma redução de 14%), os custos de amortização da frota registaram um aumento muito substancial, com impacto negativo nos resultados consolidados do Grupo.
2. RESULTADOS DE 2009
A economia portuguesa registou uma forte redução do PIB. Todas as componentes, com excepção do consumo público, tiveram comportamentos negativos, destacando-se os do investimento e das exportações.
O mercado nacional de veículos de passageiros também atingiu o nível mais baixo desde 1987 – o ano anterior à liberalização do mercado.
Neste contexto:
O Volume de Negócios consolidado ascendeu, em 2009, a € 871 milhões, um decréscimo de 7,9% em relação a 2008
O EBITDA, que atingiu € 95,1 milhões, cresceu 22,4% em relação a 2008, devido sobretudo ao aumento do peso relativo das actividades de prestação de serviços, nomeadamente na Unidas, um crescimento que não foi suficiente para compensar os significativos aumentos dos custos de depreciação das viaturas incluídas na frota Unidas, que atingiram € 26 milhões e que mais do que duplicaram em comparação com os valores registados em 2008
O EBIT (resultado antes da Função Financeira e de Impostos) registou uma quebra de 15,2% em relação ao valor atingido em 2008.
O Resultado Financeiro consolidado de 2009 (- € 56 milhões) representa um aumento de custos de 6,3% (€ 3,3 milhões) em relação a 2008, agravamento que resulta integralmente da contribuição negativa (€ 2,6 milhões) das Empresas onde a SAG detém participação minoritária que, em 2008, tinham contribuído com um resultado positivo de € 1,5 milhões. Os restantes componentes do Resultado Financeiro mantiveram-se sem alteração apreciável em comparação com os valores registados em 2008.
Em consequência, e por força da contribuição negativa da Unidas, o Resultado Líquido consolidado do Grupo foi negativo em cerca de € 6,9 milhões, que se compara com o resultado de € 1, 1 milhões registado no ano de 2008.
3. BALANÇO
A Situação Líquida Consolidada em 31 de Dezembro de 2009 atinge € 97,8 milhões, registando um reforço de € 36,0 milhões em relação ao valor de € 61,8 milhões evidenciado no Balanço referido ao final do ano anterior.
Este aumento inclui o aumento de € 44,1 milhões que é o resultado que a apreciação do Real Brasileiro em relação ao Euro causou no investimento líquido (activos menos passivos) do Grupo, relativos à Unidas, que se encontram denominados em Reais Brasileiros.
Os Activos consolidados do Grupo registaram um aumento líquido de € 64,3 milhões em relação a 31 de Dezembro de 2008.
A já mencionada valorização do Real Brasileiro foi determinante para esta variação, uma vez que os activos da Unidas, naturalmente denominados naquela moeda, representam cerca de 52% dos activos consolidados. O efeito cambial desta apreciação nos activos da Unidas foi de € 114,0 milhões.
José Vozone