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Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras GROUPAMA SEGUROS, SA

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Academic year: 2021

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Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

GROUPAMA SEGUROS, SA

(Montantes expressos em euros, excepto quando indicado)

1. Informações Gerais

A Groupama Seguros, S.A. (adiante designada por Groupama Seguros ou Companhia) foi constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de desenvolver a actividades dos ramos reais (Não Vida) em Portugal.

A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada na Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.

A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para os ramos Não Vida para o qual obteve a devida autorização do Instituto de Seguros de Portugal (ISP). A sua actividade é exercida em Portugal.

Situação económica internacional

Depois do período de forte recessão em 2009 e a aparente retoma de 2010, entretanto não verificada, o ano de 2013 foi, mais uma vez, um ano de deceção no que diz respeito ao crescimento económico. Embora no início deste ano os cenários se afiguravam bastante positivos, o final do período apresentou-se como uma desilusão, bem precedida pelas constantes revisões em baixa, por parte da OCDE, sobretudo para as economias ditas emergentes.

No entanto, este cenário não foi igual em todas as regiões do globo, sendo de distinguir as diversas economias. Se por um lado, as economias desenvolvidas começam a “despertar”, por outro, as economias emergentes tornam-se cada vez mais dependentes de capitais externos, o que se aparenta uma vulnerabilidade, que suscita alguns receios para o futuro mais próximo. As políticas monetárias fortemente expansionistas, conjuntamente com o prolongamento de um cenário de taxas de juro historicamente baixas, levou a que alguns ativos financeiros registassem fortes valorizações, difíceis de explicar pelos “fundamentals”. O impacto que aquelas políticas tiveram sobre os ativos reais foi bastante menor quando comparado com os financeiros, podendo se explicar pelos fracos desenvolvimentos da despesa em consumo e, sobretudo, do investimento, que tarda em evoluir.

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Situação económica nacional

A economia portuguesa confirmou, em 2013, após dois trimestres sucessivos de aumento de atividade económica, o final da recessão. Para este bom desempenho, que se saldou numa inversão de largos trimestres em recessão, contribuiu, por um lado, o aumento da procura interna (consumo e investimento), mas também o contributo da procura externa líquida negativo.

Este aumento de atividade económica tem-se estendido à generalidade dos sectores da economia portuguesa. Destaques essenciais vão para o sector da indústria e dos serviços, cujos crescimentos, mais acentuado ainda do primeiro, têm permitido que a economia nacional comece a encetar uma recuperação efetiva, embora ainda ténue. O sector da construção, com um ligeiro crescimento da produção, permite indiciar que existe já uma tendência para a estabilização, após um acentuado ajustamento e redimensionamento do sector.

No que diz respeito ao investimento, verifica-se que, com destaque após o início do segundo trimestre de 2013, há uma tendência crescente para a melhoria, sobretudo ao nível de bens de transporte, mas também para a maquinaria e equipamento. É, sem dúvida, o investimento que deverá pautar a tendência do crescimento da atividade económica em Portugal.

Assim, a economia portuguesa tem apresentado desenvolvimentos recentes que acalentam expectativas num novo ciclo económico moderado, mas sustentado, já para 2014, com fortes sinais de estabilização da procura interna. Os diversos indicadores de atividade, mas também de sentimento, apontam claramente para uma tendência de recuperação da atividade económica, em Portugal. Este cenário confirmar-se-á no médio prazo se houver uma tendência de sustentação e crescimento do fator investimento.

A acrescer a estes cenários moderados, mas positivos, verifica-se que o setor externo da economia, que é, e será, o motor principal de crescimento, continua a evoluir positivamente, com forte destaque para as exportações de bens, tendência já verificada no ano de 2013. Por fim, uma nota para o mercado de trabalho, que deverá apresentar, já a partir de 2014, sinais claramente menos negativos do que aqueles apresentados, sobretudo, até ao primeiro semestre de 2013

O mercado segurador nacional

O mercado segurador português apresentou, em 2013, uma evolução muito positiva do ramo Vida, continuando a mostrar a continuação do ciclo negativo, nos ramos Não Vida. Se, por um lado, os ramos Não Vida continuam a refletir o momento difícil ao nível económico e financeiro que está a ser vivido em Portugal desde há já alguns anos, no ramo Vida, verificou-se um incremento significativo da produção, aproveitando o forte ciclo de aforro dos portugueses. Este movimento foi aproveitado pela indústria seguradora, com destaque para as seguradoras ligadas a grupos bancários, que passaram a colocar as poupanças dos seus clientes em produtos de capitalização e poupança. O ano de 2013 constituiu assim um período de viragem nas vendas deste tipo de produtos, devido sobretudo à menor necessidade de financiamento dos bancos e à consequente redução dos depósitos bancários com elevadas taxas de rentabilidade, conforme verificados em anos anteriores.

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Em Vida, o mercado apresentou um volume de produção de 9,2 mil milhões de euros, que representou um crescimento de 33,8% face a 2012, e em Não Vida um volume de produção de 3,8 mil milhões de euros, que representou um decréscimo de 3,4% comparativamente com o ano anterior.

O retomar da poupança e as crescentes preocupações com a reforma, levou a que muitos aforradores regressassem aos produtos Vida que mais se adequam para o longo prazo, quer os produtos de capitalização (com crescimento em 2013 de 43,6%, para 6,7 mil milhões de euros), quer ainda os produtos de reforma (+36,8%, para 1,5 mil milhões de euros).

O ciclo económico adverso, que continuou em 2013, permaneceu o fator influenciador da evolução dos ramos Não Vida. Com uma redução da produção em quase todas as suas principais linhas, onde se destacam os Acidentes de Trabalho (-8,0%), o Automóvel (-5,5%) e o Multirriscos Comércio e Indústria (-0,6%), os ramos Não Vida ligados à economia real refletiram assim a evolução da atividade económica em Portugal. Ainda assim, os ramos Doença (+3,0%) e Multirriscos Habitação (+1,7%) apresentaram crescimentos que ajudaram a atenuar um pouco os fortes impactos dos ramos ligados à economia real.

2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas contabilísticas adoptadas

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas de Seguros, emitido pelo ISP e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, e subsequentemente alterado pelas Normas n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro e n.º 22/2010-R de 16 de Dezembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização das operações das empresas de seguros estabelecidas pelo ISP.

Este plano de contas, actualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adoptados na União Europeia, excepto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.

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As demonstrações financeiras estão expressas em euros (excepto, quando indicado) e estão preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos registados ao justo valor, nomeadamente, activos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes activos e passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.

A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na nota 3.

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 7 de Março de 2014.

2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

Existem as seguintes novas normas adotadas pela União Europeia que são de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2013.

Normas

IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras’. Esta alteração modifica a

apresentação de itens contabilizados como Outros rendimentos integrais (ORI), ao exigir às Companhias que separem os itens contabilizados em ORI, em função de serem, ou não, reciclados no futuro por resultados do exercício, bem como o respetivo efeito do imposto, quando os itens sejam apresentados pelo valor bruto. A adoção desta alteração teve impacto nas Demonstrações Financeiras da Companhia.

IAS 12 (alteração), 'Imposto sobre o rendimento'. Esta alteração requer que uma

Companhia mensure o imposto diferido relacionado com um ativo, atendendo à forma como a Companhia espere vir a realizar o valor contabilístico do ativo através do uso ou da venda. A alteração também incorpora as orientações contabilísticas da SIC 21 na IAS 12, sendo esta primeira revogada. A adoção desta alteração não teve qualquer impacto nas Demonstrações Financeiras da Companhia.

IAS 19 (revisão), ‘Benefícios dos empregados’. Esta revisão à IAS 19 introduz alterações

significativas no reconhecimento e mensuração de gastos com planos de benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações para todos os benefícios dos empregados. Os desvios atuariais são reconhecidos de imediato, e apenas, em Outros rendimento integrais (o método do corredor deixa de ser permitido). O custo financeiro dos planos de benefícios definidos com fundos constituídos é calculado com base no valor líquido das responsabilidades não fundeadas. Os benefícios de cessação de emprego apenas são reconhecidos, quando cessa a obrigação do empregado prestar serviço no futuro. A adoção desta alteração teve impacto nas Demonstrações Financeiras da Companhia.

Melhorias às normas 2009 – 2011, O ciclo de melhorias anuais, afeta os seguintes

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(classificação de impactos fiscais relacionados com transações que envolvem Capitais próprios ou Dividendos), e IAS 34 (isenção de divulgação de ativos e passivos por segmento). A adoção destas alterações não teve impactos nas Demonstrações Financeiras da Companhia.

IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’. Esta alteração cria uma isenção

adicional, para os casos em que uma Companhia que tenha sido sujeita a hiperinflação severa, apresenta Demonstrações Financeiras IFRS pela primeira vez. A outra alteração reporta-se à substituição de referências a uma data fixa por ‘data de transição para IFRS’, nas isenções à adoção retrospetiva. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras da Companhia.

IFRS 1 (alteração), ‘Adoção pela primeira vez das IFRS – Empréstimos do Governo’. Esta

alteração clarifica a forma como um adotante pela primeira vez contabiliza um empréstimo do Governo com taxas de juro inferiores às taxas de juro de mercado, na transição para IFRS. A alteração introduz uma exceção à aplicação retrospetiva das IFRS, atribuindo a mesma dispensa de aplicação que havia sido concedida aos preparadores de Demonstrações Financeiras em IFRS em 2009. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras da Companhia.

IFRS 7 (alteração) ‘Divulgações – Compensação de ativos e passivos financeiros’. Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos financeiros” do IASB, e introduz novos requisitos de divulgação sobre o direito de uma Companhia compensar (ativos e passivos), as quantias compensadas, e os seus efeitos na exposição ao risco de crédito. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do exercício.

IFRS 13 (nova), ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A IFRS 13 tem como objetivo

melhorar a consistência das demonstrações financeiras, ao apresentar uma definição precisa de justo valor e uma única fonte de mensuração de justo valor, assim como as exigências de divulgação a aplicar transversalmente a todas as IFRS. A adoção deste normativo não teve impacto nas Demonstrações Financeiras do exercício.

Interpretações

IFRIC 20 (nova),’Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto’. Esta interpretação refere-se à contabilização dos custos de remoção de resíduos, verificados durante a fase de produção (fase inicial) de uma mina de superfície, como um ativo, considerando que a remoção de desperdícios gera dois tipos de benefícios potenciais: extração imediata de recursos minerais e melhoria do acesso a quantidades adicionais de recursos minerais, a serem extraídos no futuro. A adoção desta interpretação não teve impacto nas Demonstrações Financeiras do exercício.

2.3. Novas normas e alterações a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, apenas são de aplicação obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Janeiro de 2014, ou em data posterior, que a Companhia não adotou antecipadamente:

IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar na União Europeia

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controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio fundamental de que uma Companhia consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas subsidiárias como uma única Companhia, permanece inalterado. A Companhia irá aplicar a IFRS 10 no período anual em que esta se tornar efetiva.

IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais

que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A consolidação proporcional empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. A Companhia irá aplicar a IFRS 11 no período anual em que esta se tornar efetiva.

IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras Companhias’ (a aplicar na União

Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras Companhias, como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e Companhias estruturadas, de forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses da Companhia. A Companhia irá aplicar a IFRS 12 no período anual em que esta se tornar efetiva.

Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta alteração clarifica que, quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação de testar para imparidade o investimento financeiro que resulte da descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12. A Companhia irá aplicar estas alterações no início do período anual em que se tornar efetivas.

IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de Janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Companhia prepara demonstrações financeiras separadas. A Companhia irá aplicar esta revisão à norma no início do período anual em que se tornar efetiva.

IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a

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2.4. Principais políticas contabilísticas adoptadas

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados nas demonstrações financeiras.

2.4.1. Reporte por segmentos

Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.

Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos.

2.4.2. Especialização de exercícios

Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos, independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.

2.4.3. Transacções em moeda estrangeira

As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio em vigor na data em que ocorrem.

Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União Económica Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado pelo Banco de Portugal.

As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data de balanço, relativas aos activos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e perdas do exercício.

Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

2.4.4. Activos tangíveis

Estes bens estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição sujeito a depreciação e testes de imparidade.

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No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16 `Activos Fixos Tangíveis’. Ao nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato financeiro.

Os gastos subsequentes com os activos tangíveis são capitalizados no activo apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados para os activos registados ao custo.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.4.5. Propriedades de investimento

A Companhia classifica como imóveis de rendimento os imóveis cuja recuperabilidade seja por via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, utilizando os critérios de mensuração da IAS 40.

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo os custos de transacção directamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo valor. Variações de justo valor determinadas a cada data de balanço são reconhecidas em resultados. As propriedades de investimento não são depreciadas.

Dispêndios subsequentes relacionados são capitalizados quando for provável que a Companhia venha a obter benefícios económicos futuros em excesso do nível de desempenho inicialmente estimado.

O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efectuada por um avaliador independente.

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quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de empreendimentos, o ensino e a investigação.

A determinação dos valores do património imobiliário, por parte dos avaliadores independentes, é baseada nos seguintes métodos:

Método comparativo:

Consiste na avaliação do terreno ou edifício por comparação, ou seja, em função de transações e/ou propostas efetivas de aquisição em relação a terrenos ou edifícios que possuam idênticas características físicas e funcionais, e cuja localização se insira numa mesma área do mercado imobiliário. A utilização deste método requer a existência de uma amostra representativa e credível em termos de transações e/ou propostas efetivas de aquisição que não se apresentem desfasadas relativamente ao momento de avaliação.

Método dos múltiplos do Rendimento:

Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício mediante o quociente entre a renda anual efetiva ou previsivelmente libertada, líquida de encargos de conservação e manutenção, e uma taxa de remuneração adequado às suas características e ao nível de risco do investimento, face às condições gerais do mercado imobiliário no momento de avaliação.

Método de atualização de rendas futuras:

Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício através do somatório dos fluxos financeiros efetiva ou previsivelmente libertados e do seu valor residual no fim do período de investimento previsto ou da sua vida útil, atualizados a uma taxa de mercado para aplicações com perfil de risco semelhante.

Ver adicionalmente a Nota 24. 2.4.6. Activos intangíveis

Os gastos incorridos com a aquisição de software são reconhecidos como activos intangíveis, assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua implementação.

Os gastos directamente relacionados com o desenvolvimento de software pela Companhia, relativamente aos quais se verifiquem as seguintes condições, são reconhecidos como activos intangíveis, de acordo com a IAS 38 `Activos Intangíveis’:

a) O desenvolvimento do software é algo tecnicamente viável, para que fique disponível para utilização;

b) A Companhia pretende completar o software e utiliza-o;

c) Existe intenção pela Companhia, de completar o software e utilizá-lo;

d) É possível demonstrar que o software irá gerar benefícios económicos futuros;

e) A Companhia dispõe de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para concluir o desenvolvimento e usar o software, e

f) As despesas atribuíveis ao desenvolvimento do software durante o seu desenvolvimento podem ser mensuradas.

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de aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério duodecimal, ao longo de 3 anos, período que reflecte de forma razoável a vida útil estimada dos activos intangíveis.

Taxa anual

Aplicações informáticas 33,33%

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos, incluindo a manutenção de software, são reconhecidos como gastos quando incorridos.

2.4.7. Activos financeiros

i) Classificação

A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Activos financeiros detidos para negociação

Adquiridos com o principal objectivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística. Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas

Esta categoria inclui os activos com derivados embutidos, designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo valor reconhecidas em resultados.

Activos financeiros a deter até à maturidade

Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo, apresentando uma maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis, que a Companhia tem intenção e capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes activos financeiros encontram-se registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de reembolsos de capital efectuados e perdas por imparidade, e ajustado pela amortização com base no método da taxa efectiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o valor de reembolso.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

Empréstimos concedidos e contas a receber

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Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que (i) a Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.

ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento

Aquisições e alienações: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) activos financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros referidos acima são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transacção são directamente registados em resultados.

Os activos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos.

iii) Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.

Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao accionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em Reservas (Capital Próprio) e, posteriormente, transferidas para a conta de ‘Participação nos resultados a atribuir’.

Ainda relativamente aos activos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva, (ii) as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por contrapartida de resultados - e (iii) as variações no justo valor (excepto risco cambial), conforme descrito acima.

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Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor, bem como as acções não cotadas, são registados ao custo de aquisição.

iv) Transferências entre categorias de activos financeiros

Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 ‘Reclassificação de instrumentos financeiros’ (Amendements to IAS 39 ‘Financial Instruments: Recognition and Measurement’ e IFRS 7 ‘Financial Instruments Disclosures’). Esta alteração veio permitir que uma entidade transfira activos financeiros detidos para negociação para as carteiras de activos financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e contas a receber ou para activos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses activos financeiros obedeçam às características de cada categoria.

As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade são também permitidas.

v) Imparidade

Imparidade de títulos

A Companhia avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentem sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de ganhos e perdas.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os instrumentos de capital cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos de divida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

A Companhia considera que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, se encontra em imparidade após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas pelo ISP:

Assim, o activo financeiro é objecto de imparidade, se:

a. Já tiver sido objecto de imparidade em exercícios anteriores; ou

b. A cotação de bolsa esteve em permanência, nos últimos 24 meses, inferior ao valor de custo (declínio prolongado); ou

c. A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio significativo de 50%).

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Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição. Esta situação acontece se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no caso da acções ou outros instrumentos de capital para os quais não é possível reconhecer qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de acções e outros instrumentos de capital são reconhecidas em reservas.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do activo financeiro. Estes activos são apresentados no activo, líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com taxa de juro variável, a taxa de juro a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante de perda por imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa

Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos prémios em cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados no final do exercício são reflectidos na rubrica ‘Contas a receber por operações de seguro directo’. O cálculo destes ajustamentos é efectuado com base nos valores dos prémios por cobrar, aplicando os critérios definidos pelo Instituto de Seguros de Portugal, de base económica. Para a constituição do ajustamento foi, em primeiro lugar, determinado qual o rácio de anulação de recibos pendentes. Este rácio permite-nos ter uma estimativa aproximada da probabilidade de anulação de um recibo que esteja em cobrança.

Em simultâneo foi determinada uma aproximação da margem de lucro que cada prémio em cobrança dá à Groupama Seguros.

Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos saldos a receber resultantes de operações de seguro directo, de resseguro ou outras, à excepção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculado em função da antiguidade dos referidos saldos, tendo por base uma análise económica.

A Companhia realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente, se for o caso, à via judicial. 2.4.8. Outros activos financeiros: derivados embutidos e instrumentos financeiros derivados

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derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado. Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente relacionado com o activo base, e na reserva de reavaliação nos restantes casos.

O justo valor é baseado em preços de cotação de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes semelhantes, e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade.

2.4.9. Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros incluem os depósitos recebidos de resseguradores e são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente pelo maior valor entre a quantia determinada segundo a IAS 37 e a quantia inicialmente reconhecida.

2.4.10. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito.

2.4.11. Capital social

As acções são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir dinheiro ou outros activos. Os custos incrementais directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos, líquida de imposto.

2.4.12. Contratos de seguro

Os Contratos de seguro são contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro incerto especificado o afectar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4;

Os contratos de seguro são reconhecidos e mensurados como segue:

(15)

Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam, da mesma forma que os prémios brutos emitidos.

ii) Custos de aquisição

Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de investimento.

As comissões contratadas são registadas como gastos no momento da emissão dos respectivos prémios ou renovação das respectivas apólices.

iii) Provisão para prémios não adquiridos

A provisão para prémios não adquiridos inclui a parte dos prémios brutos emitidos e contabilizados no exercício, a imputar a exercícios seguintes, tendo sido calculada, contrato a contrato, mediante a aplicação do método pro-rata temporis, de acordo com a Norma nº 19/94-R, com as alterações introduzidas pela Norma nº 3/96-R do ISP:

A provisão constante da demonstração da posição financeira (passivo) encontra-se deduzida dos custos de aquisição imputados a exercícios seguintes.

iv) Provisão para sinistros

Esta provisão foi determinada como segue:

Pela avaliação individual das participações de sinistros e dos resultados das respectivas peritagens, encontrando-se definidos, no caso do ramo automóvel, montantes de referência mínimos para cada cobertura. No caso do ramo de acidentes de trabalho, na parte não relativa a pensões, são igualmente avaliadas individualmente as participações de sinistro e os resultados dos relatórios médicos periciais, estando também definido um montante de referência mínimo.

Pela aplicação de métodos actuariais de projecção internacionalmente aceites, baseados em informação histórica organizada por ano de ocorrência e de desenvolvimento. Estes métodos destinam-se a aferir da responsabilidade última por ano de ocorrência, estabelecendo-se um montante de IBNR (determinado subtraindo a estimativa de responsabilidade última com sinistros, aos custos totais verificados até ao final do exercício adequado para fazer face às responsabilidades futuras com sinistros, quer os mesmos tenham já sido participados ou não à data de fecho do exercício.

(16)

acidentes de trabalho. A Companhia efectua o pagamento integral das pensões, sendo posteriormente reembolsada pela parcela da responsabilidade do FAT. No ano de 2013 o valor pago correspondente ao FAT foi de 1.081 euros (2012: 944 euros).

Custos estimados de gestão de sinistros, correspondentes aos sinistros a regularizar.

v) Provisão para desvios de sinistralidade

A provisão para desvios de sinistralidade destina-se a fazer face à sinistralidade excepcionalmente elevada, nos ramos de seguro em que, pela sua natureza, se preveja que aquela tenha maiores oscilações, e foi calculada do seguinte modo:

Seguro de caução – Pela aplicação ao resultado técnico da taxa de 75%, num máximo de 25% dos prémios brutos emitidos;

Risco de fenómenos sísmicos – Pela aplicação ao capital retido pela Companhia de um factor de risco para cada zona sísmica, definido pelo Instituto de Seguros de Portugal.

vi) Provisão para riscos em curso

A provisão para riscos em curso corresponde ao montante necessário para fazer face a prováveis indemnizações e encargos a suportar após o termo do exercício e que excedam o valor dos prémios não adquiridos e dos prémios exigíveis relativos aos contratos em vigor. De acordo com o estipulado pelo ISP, o montante da Provisão para Riscos em Curso a constituir deverá ser igual ao produto dos prémios brutos emitidos imputáveis ao(s) exercício(s) seguinte(s) (prémios não adquiridos) e dos prémios exigíveis considerando uma expectativa de cobrança dos mesmos e ainda não processados relativos aos contratos em vigor, por um rácio que tem por base o somatório dos rácios de sinistralidade, despesas e cedência, deduzidos pelo rácio de investimentos.

vii) Provisões técnicas de resseguro cedido

As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos critérios acima descritos para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.

2.4.13. Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre lucros incluem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas, ou substancialmente aprovadas, à data de balanço em cada jurisdição e que se esperam virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

(17)

Os impostos diferidos activos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, bem como para prejuízos fiscais registados em exercícios anteriores e que sejam ainda reportáveis, apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as referidas diferenças.

Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

2.4.14. Benefícios concedidos aos empregados

i) Plano de benefícios pós-emprego

Em conformidade com o anterior contrato colectivo de trabalho para o Sector Segurador, cujo texto foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) nº32, de 29 de Agosto de 2008, com alterações posteriores publicadas no BTE nº 29, de 8 de Agosto de 2009, a Companhia assumiu o compromisso de conceder aos colaboradores que iniciaram a sua actividade neste sector até 22 de Junho de 1995, pensões de reforma por velhice e por invalidez.

Para fazer face a esta responsabilidade, a Companhia contratualizou uma adesão colectiva ao Fundo de Pensões Groupama (anteriormente designado por Fundo de Pensões Groupama Seguros).

O referido plano de pensões correspondia a um plano de benefícios definidos, uma vez que definia os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição.

Contudo, no dia 23 de Dezembro de 2011 foi assinado um novo contrato colectivo de trabalho (novo CCT) entre a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e dois sindicatos representativos da classe profissional (STAS e SISEP). Este novo CCT foi posteriormente publicado no BTE n.º 2, de 15 de Janeiro de 2012.

(18)

reforma”. Face ao exposto, o plano de benefícios definidos foi parcialmente liquidado e o saldo das responsabilidades integralmente financiadas com activos do plano a 31 de Dezembro de 2011 foi transferido para um plano individual de reforma, durante o ano de 2012.

As responsabilidades da Companhia com pensões de reforma (Benefícios definidos) foram calculadas, na data de fecho de contas, com base no Método da Unidade de Crédito Projectada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo foi determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos, e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do fundo de pensões.

Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CCT, a Companhia efectuará anualmente contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), não apenas para os trabalhadores do quadro permanente da Companhia, admitidos na Actividade Seguradora antes de 22 de Junho de 1995, como também para os trabalhadores admitidos após essa data, havendo um tratamento diferenciado entre ambos em termos de contribuições para o PIR tendo em consideração a data de admissão na Actividade Seguradora de cada colaborador.

Para os trabalhadores admitidos na Actividade Seguradora antes de 22 de Junho de 1995, a primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR verificar-se-á em 2015, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:

Para os trabalhadores admitidos na Actividade Seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009, a contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR verificar-se-á de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:

(19)

Os participantes poderão resgatar o valor acumulado na sua conta na data da passagem à reforma por velhice ou invalidez concedida pela Segurança Social, sendo que pelos menos 2/3 do valor total acumulado na sua conta terão de ser convertidos em renda vitalícia imediata mensal.

Em caso de morte de um participante, o respectivo valor acumulado na sua conta deverá ser utilizado, aquando do falecimento, em pelo menos 2/3 na aquisição de uma pensão de sobrevivência a favor dos seus beneficiários designados ou, na falta de designação destes, para os herdeiros legais.

Caso o participante deixar de estar ao serviço da empresa, adquire o direito a 90% do valor acumulado na sua conta, só podendo no entanto liquida-lo na data de passagem à reforma por velhice ou invalidez.

Existe ainda a possibilidade de transferir 90% do valor total acumulado para outra Seguradora ou Fundo de Pensões, desde que o novo veículo de financiamento cumpra os requisitos previstos no novo CCT e seja similar ao plano de origem.

O participante perde o direito ao valor acumulado na sua conta se a cessação do vínculo laboral tiver ocorrido por despedimento com justa causa promovida pelo empregador com fundamento de lesão de interesses patrimoniais da Companhia.

ii) Prémio de permanência (Outros benefícios de longo prazo)

Ao abrigo do novo CCT, a cláusula 41ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos) ou a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou igual a 50 anos).

Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na Companhia terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado base efectivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados os períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com o esquema seguinte:

a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na Companhia;

b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na Companhia;

c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na Companhia.

(20)

iii) Benefícios de saúde

Os colaboradores da Groupama Seguros que se encontram no activo têm direito a um benefício de assistência médica, o qual é reconhecido como gasto (Seguro de saúde).

iv) Bónus de desempenho

A Companhia adoptou em 2013 dois critérios diferentes para efectuar o cálculo da remuneração variável, conforme a posição e responsabilidade de cada Colaborador na estrutura organizacional da Companhia: Prémios de produtividade e Prémios por Objectivos.

Os Prémios de Produtividade, calculados exclusivamente para colaboradores com funções comerciais, tiveram em conta as performances comerciais de cada um, tendo como base comparativa objectivos quantitativos pré-definidos no princípio do ano.

Os Prémios por Objectivos, foram atribuídos com base em percentagens ligadas à performance de resultados e comercial (vendas) da Companhia, adicionado de percentagens atribuídas a objectivos individuais. Por forma a garantir uma melhor atribuição desta remuneração, foram ainda incluídos objectivos que tiveram em conta aspectos comportamentais, de seguimento de equipas, gestão de riscos e controlo de orçamento.

v) Seguro de vida para reformados

A Companhia garante um seguro de vida temporário aos colaboradores quando passam à situação de reforma aos 65 anos, ou à reforma antecipada antes dos 65 anos, através de apólices individuais.

Até aos 70 anos de idade, a Companhia garante um capital que é calculado com base no último salário efectivo. Esse capital vai decrescendo, anualmente, durante o período de vigência da apólice, sendo que no final desse período o capital garantido é igual a zero. Durante o ano de 2013 o custo incorrido relativo a seguros de vida para reformados foi de 1.674 euros (2012: 332 euros).

2.4.15. Provisões, activos e passivos contingentes

São reconhecidas provisões quando (i) a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

O montante reconhecido em provisões consiste no valor actual da melhor estimativa dos recursos necessários para liquidar a obrigação, na data de relato. Tal estimativa é determinada, tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

(21)

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que se verifica uma possibilidade não remota de uma saída de recursos englobando benefícios. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um futuro fluxo económico de recursos.

2.4.16. Reconhecimento de juros e dividendos

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade. No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados.

Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), são reconhecidos quando estabelecido o direito ao seu reconhecimento.

2.4.17. Locações

A Companhia classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, cumprindo os critérios definidos na IAS 17 ‘Locações’. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos efectuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras

(22)

resultados e (ii) pela financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

A Companhia apenas tem contratos de locação operacional relativos a contratos efectuados para viaturas e equipamento informático.

2.4.18. Activos não correntes detidos para venda

Activos não correntes são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado, principalmente através de uma transacção de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objectivo da sua venda), e a venda for altamente provável. Imediatamente antes da classificação inicial do activo como detido para venda, a mensuração dos activos não correntes é efectuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes activos para alienação são mensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda.

3. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As IAS/IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Companhia são divulgadas abaixo, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da Companhia. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela Companhia é apresentada na Nota 2.

Dever-se-á ter em conta que, em algumas situações, poderão existir alternativas ao tratamento das políticas contabilísticas adoptadas pela Companhia, que levariam a resultados diferentes caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. No entanto, a Companhia entende que os julgamentos e as estimativas aplicados são apropriados pelo que as demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Companhia e das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

3.1. Provisões técnicas

As responsabilidades futuras presentes decorrentes de obrigações emanadas de contratos de seguro são registadas na rubrica provisões técnicas.

Os pressupostos utilizados foram baseados na experiência passada da Companhia e do mercado. Estes pressupostos poderão ser revistos se for determinado que a experiência futura venha a confirmar a sua desadequação.

(23)

Quando existem sinistros, qualquer montante pago ou que se estima vir a ser pago pela Companhia é reconhecido como perda nos resultados. A Companhia estabelece provisões para pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro.

Na determinação das provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro a Companhia avalia periodicamente as suas responsabilidades utilizando metodologias actuariais e tomando em consideração as coberturas de resseguro respectivas. As provisões são revistas periodicamente pelo actuário responsável.

A Companhia calcula as provisões técnicas com base nas notas técnicas dos produtos. Qualquer eventual alteração de critérios é devidamente avaliada para quantificação dos seus impactos financeiros.

Qualquer eventual alteração de critérios (nomeadamente alterações nos processos de gestão de sinistros, inflação e alterações legais) é devidamente avaliada para quantificação dos seus impactos financeiros.

Adicionalmente, poderá existir uma diferença temporal significativa entre o momento da ocorrência do evento seguro (sinistro) e o momento em que este evento é reportado à Companhia. As provisões são revistas regularmente através de um processo contínuo à medida que informação adicional é recebida e as responsabilidades vão sendo liquidadas

Ver adicionalmente a Nota 27.

3.2. Justo valor de activos financeiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

3.3. Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

A Companhia determina que existe imparidade nos seus activos disponíveis para venda quando existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a Companhia avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

(24)

Ver adicionalmente as Notas 16 e 22.

3.4. Justo valor de propriedades de investimento

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo os custos de transacção directamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo valor. A valorização das propriedades de investimento faz-se mediante a consideração da ponderação ajustada a cada caso dos valores resultantes da aplicação dos seguintes métodos:

a) Método comparativo;

b) Método dos múltiplos do rendimento; c) Método de atualização de rendas futuras;

Alterações aos pressupostos considerados em cada um dos métodos de avaliação podem ter um impacto significativo nos valores determinados.

3.5. Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma (Benefícios definidos) requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que possam ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

Ver adicionalmente a Nota 13. 3.6. Imposto sobre lucros

A determinação dos impostos sobre lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

De acordo com a legislação fiscal em vigor, as Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela Companhia durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível que hajam correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Companhia de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

4. Reporte por segmentos

A Companhia considera como segmento principal o segmento de negócio. Relativamente a este segmento, efectuar-se-á o relato da informação, considerando os ramos mais significativos, pelos seguintes segmentos: acidentes e doença, incêndio e outros danos e

automóvel.

(25)

Outros – inclui os restantes ramos que, individualmente, representam menos de 10% dos activos totais ou do resultado líquido do exercício, e que no conjunto não representam mais de 25% destes indicadores.

Não técnicos / não alocados – inclui os valores não alocados a nenhum ramo específico.

No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal, pelo que existe apenas um segmento de negócio.

Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2013 e de 2012

(26)

Os ativos e passivos da Groupama Seguros distribuem-se, por segmento, da seguinte forma, em 31 de Dezembro de 2013 e de 2012:

5. Prémios adquiridos líquidos de resseguro

Os prémios adquiridos líquidos de resseguro são como segue:

Os prémios brutos emitidos por segmento de negócio são como segue:

6. Custos com sinistros líquidos de resseguro

(27)

A variação da provisão para sinistros é explicada essencialmente pelo encerramento de um processo do ramo acidentes pessoais no montante de 570 mil euros bem como a abertura de um sinistro no valor de 1.700 mil euros.

O rácio de sinistralidade é obtido dividindo os custos com sinistros (incluindo os custos de gestão imputados) pelos prémios adquiridos, conforme quadro anexo:

Outros rácios:

7. Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro

(28)

Ver Nota 27.

8. Participação nos resultados, líquida de resseguro

A rubrica de participação nos resultados líquida de resseguro respeita à variação da provisão para participação nos resultados relativa a um contrato. No decorrer do ano corrente, bem como no ano transato, o contrato em questão não teve direito a participação nos resultados. 9. Custos e gastos de exploração líquidos

Os custos e gastos de exploração líquidos são analisados como segue:

Os custos por natureza (custos indirectos) são primeiro contabilizados pela sua natureza e posteriormente imputados, tendo por base uma chave de repartição, a Custos de aquisição, a Gastos administrativos, a Custos com sinistros e a Custos com gestão de investimentos (ver Nota 12).

A metodologia de imputação utilizada para 2013 foi consistente com aquela adotada em 2012. 10. Rendimentos

(29)

11. Gastos financeiros

A rubrica de gastos financeiros respeita aos custos imputados à função investimentos. Ver Nota 12.

12. Custos por natureza imputados

Os gastos por natureza são imputados por função como segue:

A desagregação dos gastos por natureza é como segue:

(30)

Os serviços prestados pelos Revisores Oficiais de Contas são igualmente registados na rubrica de trabalhos especializados. Os honorários com o Revisor Oficial de Contas ascenderam a 32.500 euros (2012: 32.500 euros), sendo este montante referente à emissão da Certificação Legal das Contas, emissão de relatórios prudenciais exigidos pelo ISP e emissão de inter- Office para a consolidação com a casa-mãe.

Os gastos com o pessoal decompõem-se como segue:

Na rúbrica Gastos ação social, estão incluídas as indeminizações pagas em 2013 no âmbito da reestruturação no valor de 175.597 euros.

Referências

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