• Nenhum resultado encontrado

Um sensor de peróxido de hidrogénio numa bacteria anaeróbia: a PerR de Desulfovobrio vulgaris vulgaris Hildenborough

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Um sensor de peróxido de hidrogénio numa bacteria anaeróbia: a PerR de Desulfovobrio vulgaris vulgaris Hildenborough"

Copied!
180
0
0

Texto

(1)Sara Cristina Matias. Um Sensor de Peróxido de Hidrogénio numa  Bactéria anaeróbia: A PerR de   Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough . LISBOA 2010.

(2) nº de arquivo “Copyright”. ii.

(3) UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA    FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA    DEPARTAMENTO DE QUÍMICA .        . Sara Cristina Matias .       Um Sensor de Peróxido de Hidrogénio numa  Bactéria anaeróbia: A PerR de   Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough            Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre  em Bioquímica Estrutural e Funcional, pela Universidade  Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia    Orientador:  Doutora Isabel Cristina Timóteo (FCT/UNL)  Co‐orientadora:  Profª. Doutora Maria Alice Pereira (FCT/UNL)        LISBOA  2010 . iii.

(4) iv.

(5) Agradecimentos    Antes de mais gostaria de dedicar todo o meu trabalho bem como esta tese, ao meu Pai.  Pois sempre me apoiou bastante e nunca me deixou desistir de nada e sempre teve um papel  muito importante na minha vida. Mas, infelizmente não me pode ver a concluir esta etapa, e é  a ele que eu dedico todo o meu trabalho.   Não  posso  deixar  de  agradecer  também  à  minha  mãe  e  ao  meu  irmão  que  sempre  me  apoiaram e sempre estiveram disponíveis para me dar uma palavra de incentivo para que eu  progredisse. A minha família é o meu pilar, e sem eles nunca teria alcançado o que alcancei.  Às minhas orientadoras, Doutora Cristina Timóteo e Professora Doutora Alice Pereira, um  muito obrigada pela disponibilidade ao longo de todo o meu trabalho, quer experimental quer  ao longo da escrita desta tese. Agradeço‐lhes ainda a paciência que tiveram comigo ao longo  de todo este processo. Ao Professor Doutor Pedro Tavares, pois sem a sua ajuda nem sequer  teria sido possível desenvolver esta tese nesta instituição.   Aos  meus  amigos,  Joana,  Renato  e  Susana,  agradeço  o  apoio  incondicional  e  a  ajuda  preciosa  para  me  animar  e  aliviar  o  stress  quando  os  resultados  do  trabalho  eram  menos  favoráveis. À Mafalda que me apoiou durante a escrita da tese enquanto fazia longas noites  de escrita e ela de estudo, e à sua mãe que sempre me deu força para continuar. Ao Américo,  pela sua ajuda, e pela sua sempre boa disposição.  Aos  meus  companheiros  de  laboratório,  Filipe  Folgosa,  Cristina  Cordas  e  Márcia,  que  sempre se mostraram disponíveis para me ajudar bem como para me explicar técnicas com as  quais  não  estava  familiarizada.  Agradeço‐lhes  ainda  o  bom  ambiente  de  trabalho  que  me  proporcionaram. À Margarida, pelas longas noites de trabalho que atravessei no laboratório, e  ela  sempre  presente  para  me  ajudar  a  passar  o  tempo  mais  depressa.  Gostaria  ainda  de  agradecer ao Aldino e ao Rui Almeida pela sua ajuda no RMN. .     Ao meu Pai . v.

(6)  . vi.

(7) Resumo  As espécies reactivas derivadas de oxigénio (ROS), apesar de desempenharem um papel  importante  nos  processos  de  oxidação  e  sinalização  nos  organismos  superiores,  apresentam  um  elevado  grau  de  toxicidade.  Em  Bacillus  subtillis  a  resposta  adaptativa  a  H2O2  está  sob  controlo  de  uma  metaloproteína  denominada  Repressor  do  regulão  do  peróxido  (PerR),  membro da super família do Repressor de absorção de Ferro (Fur). A PerR é um homodímero  que liga 2 iões metálicos por subunidade: um Zn2+ coordenado por 4 cisteínas num centro com  função estrutural, e um Fe2+ ou Mn2+coordenados por 3 histidinas (His) e 2 aspartatos (Asp),  no  que  se  pensa  ser  o  centro  regulatório,  necessário  para  a  função  de  sensor  de  H2O2.  O  objectivo deste trabalho foi a clonagem, sobre‐expressão e caracterização bioquímica básica  da PerR de Desulfovibrio (D.) vulgaris vulgaris Hildenborough.  O gene perR foi clonado em dois vectores de expressão diferentes tendo‐se conseguido  sobre‐expressar a proteína, no entanto, nunca numa forma solúvel. Foi necessário recorrer a  um protocolo de solubilização de proteínas a partir de corpos de inclusão tendo‐se obtido a  PerR  recombinante  (rPerR)  de  D.  vulgaris  vulgaris  Hildenborough  parcialmente  estruturada,  quando  reconstituída  com  Fe2+  e  Zn2+,  e  parte  sem  estrutura  conforme  foi  possível  verificar  por RMN. Procedeu‐se à caracterização bioquímica básica da proteína por espectroscopia de  UV‐vísivel e determinação da quantidade total de proteína na amostra.  Os ensaios de ligação ao pADN permitiram concluir que a proteína após reconstituição  com Fe2+ e Zn2+ consegue ligar‐se ao promotor do gene ahpC. .  .  . vii.

(8)  . viii.  .

(9) Abreviaturas  Abs  ADN  Amp  ARN  Asp  ATCC  B.  bp  BCA  BSA  C‐terminal  Cys  D.  Da  d’NTP  D.O.600 nm  DTT  E.  EDTA  Glu  His  HSQC  IPTG  Kan  mAU  N‐terminal  PCR  PMSF  RMN  SDS  SDS‐PAGE  TEMED  Tm  Tris  UV  UV‐vis  X‐gal     . Absorvância  Ácido desoxirribonucleico  Ampicilina  Ácido ribonucleico  Aspartato  American Type Culture Collection  Bacillus  Pares de bases  Ácido bicinconínico  Albumina do soro de bovino  Zona carboxilo terminal da cadeia polipeptídica  Cisteína  Desulfovibrio  Dalton  Nucleótidos  Densidade Óptica a 600 nm  Ditiotreitol  Escherichia  Ácido etilenodiamino tetracético  Glutamato  Histidina  Correlação heteronuclear de quantum simples  Isopropil‐β‐D‐1‐tiogalactósido  Canamicina  Miliunidades de absorvância  Zona amino terminal da cadeia polipeptídica  Reacção em cadeia da polimerase  Fluoreto de fenilmetilsulfonilo   Ressônancia Magnética Nuclear  Dodecil‐sulfato de sódio  Electroforese em gel de poliacrilamida em condições desnaturantes  N,N,N’,N’‐tetrametiletilenodiamina  Temperatua de fusão  Tris‐hidroxi‐metil‐aminometano  Ultravioleta  Ultravioleta‐vísivel  5‐bromo‐4‐cloro‐3‐indol‐β‐D‐galactopiranosido .  . ix.

(10)  . x.

(11) Índice    Índice de Figuras .................................................................................................................. xv  Índice de Tabelas ................................................................................................................. xix  Capítulo I  Introdução ............................................................................................................................ 1  Stress Oxidativo .................................................................................................................... 3  A Super‐Família Fur ............................................................................................................... 5  A PerR de Bacillus subtilis ...................................................................................................... 7  Estrutura .................................................................................................................................... 8  A ligação ao ADN ..................................................................................................................... 11  Bibliografia .......................................................................................................................... 17  Capítulo II  Clonagem da PerR de Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough no vector pET21c e  Sobre‐expressão em Escherichia coli .................................................................................... 19  II.1. Desenho de oligonucleótidos iniciadores ........................................................................ 21  II.2. Sub‐clonagem no vector pNZY28® .................................................................................... 25  II.3. Clonagem no vector de expressão pET21c....................................................................... 33  II.4. Sobre‐expressão de PerR ................................................................................................. 42  Bibliografia .......................................................................................................................... 53  Capítulo III  Clonagem da PerR de Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough no vector pET30a e  Sobre‐expressão em Escherichia coli .................................................................................... 55  III.1. Clonagem no vector de expressão pET30a ..................................................................... 57  III.2. Sobre‐expressão de PerR ................................................................................................ 62  Bibliografia .......................................................................................................................... 72  Capitulo IV  Solubilização da PerR recombinante de Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough a partir  de Corpos de Inclusão .......................................................................................................... 73  IV.1. Teste com vários agentes de solubilização ..................................................................... 76  IV.2. Solubilização da rPerR de D. vulgaris vulgaris Hildenborough recorrendo a Ureia ........ 82  IV.3. Renaturação da proteína ................................................................................................ 84  Bibliografia .......................................................................................................................... 87 . xi   .

(12) Capitulo V ............................................................................................................................ 89  Purificação de PerR recombinante de Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough  solubilizada ......................................................................................................................... 89  Purificação da PerR recombinante de Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough .......... 91  Bibliografia .......................................................................................................................... 95  Capitulo VI ........................................................................................................................... 97  Caracterização Bioquímica e Espectroscópica da PerR recombinante de Desulfovibrio vulgaris  vulgaris Hildenborough ....................................................................................................... 97  VI.1. Espectroscopia de UV‐visível .......................................................................................... 99  VI.3. Determinação da quantidade total de Proteína ........................................................... 100  VI.4. Verificação da estrutura terciária da PerR por RMN .................................................... 102  VI.5 Obtenção de um modelo estrutural por homologia ...................................................... 108  Bibliografia ........................................................................................................................ 113  Capitulo VII ........................................................................................................................ 115  Ensaios de ligação do repressor, PerR, ao ADN .................................................................. 115  VII.1. Construção de um plasmídeo contendo o promotor do gene ahpC ........................... 117  VII.2. Teste de hidrólise do vector p_SM_ahpc_pMA com a enzima de restrição TfiI ......... 120  VII.3. Ensaio de ligação da PerR ao vector p_SM_ahpc_pMA............................................... 122  Bibliografia ........................................................................................................................ 125  Capitulo VIII ....................................................................................................................... 127  Conclusão .......................................................................................................................... 127  Apêndice ........................................................................................................................... 131  A.Meios de Cultura e Condições de Crescimento ..................................................................... 133  A.1. Antibióticos .................................................................................................................... 133  A.2. Meios de cultura ............................................................................................................ 133  B.Protocolos de Biologia Molecular .......................................................................................... 136  B.1. Obtenção de ADN Genómico ......................................................................................... 136  B.2. Reacções de PCR ............................................................................................................ 136  B.3. Electroforese em gel de agarose .................................................................................... 137  B.4. Purificação de fragmento de ADN através de sistema de electroforese E‐gel® ............. 137  B.5. Quantificação de ADN .................................................................................................... 138  B.6. Ligação do fragmento, perr, ao vector pNZY28® e vectores de expressão ..................... 140  B.7. Selecção de colónias ...................................................................................................... 142  B.8. Transformação em células competentes ....................................................................... 143  B.9. Isolamento de ADN plasmídico ...................................................................................... 144  xii   .

(13) B.10. Mapas de vectores utilizados ....................................................................................... 146  C.Solubilização e Renaturação da rPerR ................................................................................... 149  C.1. Solubilização com Benzonase® e DNAse I ...................................................................... 149  C.2. Solubilização com agentes redutores e desnaturantes ................................................. 149  C.3. Solubilização com Deoxicolato de sódio e Lauril sarcosinato de sódio ......................... 150  C.4. Solubilização com Ureia e renaturação .......................................................................... 151  D.Electroforese em gel de Poliacrilamida e Coloração de géis ................................................. 151  D.1. Electroforese em Gel de Poliacrilamida em Condições Desnaturantes (SDS‐PAGE) ..... 151  D.2. Coloração ....................................................................................................................... 153  E.Caracterização Bioquímica ..................................................................................................... 155  E.1. Determinação da quantidade total de Proteína. Método do BCA ................................. 155  E.2. Espectroscopia, NMR ..................................................................................................... 157  F.Ensaios de ligação ao pADN ................................................................................................... 158  F.1. Teste à enzima Tfi I ......................................................................................................... 158  F.2. Ensaio de ligação ............................................................................................................ 159  Bibliografia ........................................................................................................................ 160 .      . xiii   .

(14)  . xiv   .  .

(15) Índice de Figuras    Figura I.1 ‐ Representação da estrutura do monómero de Fur‐Zn2 de Pseudomonas aeruginosa  (PDB  id: IMZB pH 7) ............................................................................................................................................... 7  Figura I.2 – Representação da estrutura de PerR‐Zn de B. subtilis (PDB id: 3F8N). .............................. 9  Figura I.3 – Representação do local regulatório e de ligação ao manganês/ferro .............................. 10  Figura I.4 – Oxidação da PerR (Histidinas 37 ou 91) mediada por ferro adaptada (18, 19) ................ 10  Figura I.5 ‐ Representação da estrutura de PerR‐Zn‐ox de B. subtilis (PDB id: 2RGV). ....................... 11  Figura I.6 – Sequências de ADN de para os locais de reconhecimento das proteínas Fur, PerR e Zur  de B. subtilis.(21).. ...................................................................................................................................... 12  Figura I.7 – Diferentes estados conformacionais da PerR de B.subtilis em resultado da adição de Fe2+  ou Mn2+ (círculos a verde) adaptada(15).. .................................................................................................. 13  Figura I.8 ‐ Comparação de sequências de aminoácidos da PerR de Bacillus subtilis e Desulfovibrio  vulgaris Hildenborough. ............................................................................................................................. 14  Figura II.1 – Sequência de ADN codificante da PerR (387bp) de D.vulgaris, com a respectiva tradução  para sequência de aminoácidos (128 aminoácidos) .................................................................................. 22  Figura II.2 – Comparação de sequências de aminoácidos da PerR de diferentes microorganismos. . 23  Figura II.3 – Mapa de restrição da sequência que codifica gene da PerR de D.vulgaris ..................... 25  Figura II.4 – Curva de Crescimento de D. vulgaris em meio Postgate ao longo de 53 horas .............. 26  Figura  II.5  –  Fotografias  de  microscópico  da  cultura  de  D.  vulgaris  vulgaris  Hildenborough  em  diferentes fases do crescimento. ............................................................................................................... 27  Figura II.6 – Análise de PCR por electroforese de em gel de agarose. ................................................ 28  Figura II.7 – Desenho do vector de subclonagem, pNZY28 ® .............................................................. 30  Figura II.8 –Resultado da amplificação do gene de PerR de D. vulgaris de por PCR de colónia. ........ 30  Figura II.9 – Alinhamento das sequências de nucleótidos dos clones 2,3 e 8 no vector pNZY28® com  a sequência de PerR de D. vulgaris ............................................................................................................ 32  Figura II.10 – Mapa do vector de expressão pET21‐a ......................................................................... 34  Figura  II.11  –  Análise  da  reacção  de  hidrólise  do  clone  PerR_pNZY28_clone_2  e  do  vector  pET21c  com a enzima XhoI ..................................................................................................................................... 35  Figura  II.12  –  Análise  da  reacção  de  dupla  hidrólise  do  clone  PerR_pNZY28_clone_2  e  do  vector  pET21c com as enzima NdeI e XhoI ............................................................................................................ 36  Figura II.13 – PCR das colónias resultantes da ligação do pET21c e do fragmento perr. .................... 38  Figura  II.14  ‐  Alinhamento  das  sequências  de  nucleótidos  dos  clones  4,6,9  e  10  no  vector  pET21c  com a sequência de PerR de D. vulgaris ..................................................................................................... 40  Figura II.15 – Resumo do processo de sub‐clonagem e clonagem realizado ...................................... 41  Figura  II.16  – Curva  de crescimento  a 37 ºC  de células  E.coli  BL21 (DE3)  com  o  vector  pET21c  em  meio 2xYT ................................................................................................................................................... 43  Figura  II.17  –  Curva  de  crescimento  a  37  ºC  de  culturas  de  E.coli  BL21  (DE3)  em  meio  LB/Amp  e  2xYT/Amp com diferentes concentrações de indutor, IPTG. ..................................................................... 44  Figura II.18 – Análise de sobre‐expressão de PerR em células E.coli BL21 (DE3) em meio LB e 2xYT . 44 . xv   .

(16) Figura II.19 – (A) Fraccionamento celular(6). (B) Análise da sobre‐expressão da PerR de D. vulgaris  em células E.coli BL21 (DE3) ....................................................................................................................... 46  Figura II.20 – Curvas de crescimento de E. coli BL21 (DE3) em meio M9 a 37 ºC: .............................. 48  Figura II.21 – Análise de sobre‐expressão de PerR em células E.coli BL21 (DE3) em meio M9 .......... 49  Figura  II.22  –  Análise  de  sobre‐expressão  de  PerR  em  células  E.coli  BL21  (DE3)  em  meio  M9  e  posterior fraccionamento ........................................................................................................................... 50  Figura III.1 – Mapa do vector de expressão pET30a ............................................................................ 57  Figura  III.2  –  Análise  da  reacção  de  hidrólise  do  clone  PerR_pNZY28_clone_2  e  do  vector  pET30a  com a enzima XhoI ..................................................................................................................................... 58  Figura III.3 ‐ Análise da reacção de hidrólise do clone PerR_pNZY28_clone_2 e do vector pET21c com  a enzima NdeI ............................................................................................................................................. 59  Figura III.4 ‐ Análise da PCR de colónia resultante da ligação do fragmento perr ao vector pET30a .. 60  Figura III.5 – Análise da reacção de hidrólise dos clones escolhidos para verificação da presença do  fragmento correspondente ao gene perr. .................................................................................................. 60  Figura III.6 ‐ Alinhamento das sequências de nucleótidos dos clones 1, 2 e 5 no vector pNZY28® com  a sequência de PerR de D.vulgaris ............................................................................................................. 61  Figura III.7 – Curva de crescimento de células E. coli BL21 (DE3), C41 (DE3) e C43 (DE3) com o vector  pET30a em meio M9 .................................................................................................................................. 62  Figura III.8 – Curva de crescimento de culturas de E.coli BL21 (DE3), C41 (DE3) e C43 (DE3) em meio  M9 com diferentes concentrações de indutor ........................................................................................... 63  Figura III.9 – Análise de sobre‐expressão de PerR em células E.coli BL21 (DE3), C43 (DE3) e C41 (DE3)  em meio M9 a 37ºC induzidas a uma densidade óptica a 600 nm de 0.6. ................................................. 64  Figura  III.10  – Análise  de  sobre‐expressão  de  PerR  em  células  E.coli  BL21  (DE3) em  meio  M9 com  0.1mM a 20ºC e 0.5mM de IPTG a 37ºC respectivamente e posterior fraccionamento ........................... 65  Figura  III.11  –  Curvas  de  crescimento  de  E.coli  BL21  (DE3)  em  meio  M9  com  diferentes  concentrações de agente indutor e momentos de indução (alta ou baixa densidade óptica, D.O 2 e 0.5  respectivamente) ....................................................................................................................................... 66  Figura III.12 – Análise de sobre‐expressão de PerR em células E.coli BL21 (DE3) em meio M9 a 5ºC  induzidas a diferentes densidades ópticas a 600 nm. A ............................................................................. 67  Figura III.13 – Painel A – Análise da sobre expressão de PerR em células E.coli BL21 (DE3), E.coli C41  (DE3),  E.coli  C43(DE3)  em  meio  M9  a  baixa  densidade  óptica,  crescimento  de  6  dias  (144horas)  após  indução ....................................................................................................................................................... 68  Figura III.13 ‐ Painel B – Curva de crescimento E.coli BL21 (DE3) e E.coli C43(DE3) e E.coli C41(DE3)  em meio M9 com diferentes concentrações de agente indutor ................................................................ 68  Figura III.14 – Análise do fraccionamento celular de E.coli BL21 (DE3), E.coli C41 (DE3) e E.coli C43  (DE3) em meio M9  ..................................................................................................................................... 69  Figura IV.1 – Análise dos corpos de inclusão por electroforese em gel de agarose (0.8 %), tampão  TAE 1 X, 100 V durante 50 minutos. ........................................................................................................... 77  Figura IV.2 – Planeamento dos testes de solubilização com diferentes agentes. ............................... 78  Figura IV.3 ‐ Géis de solubilização da proteína.. .................................................................................. 80  Figura  IV.4  –  Esquema  representativo  do  protocolo  de  solubilização  seguido  para  a  rPerR  de  D.  vulgaris. ...................................................................................................................................................... 81 . xvi   .

(17) Figura IV.5 ‐ Gel de solubilização da proteína segundo o protocolo presente no apêndice C.3. ........ 82  Figura IV.6 – Esquema representativo do protocolo de solubilização ................................................ 83  Figura IV.7 – Análise da solubilização da proteína segundo o protocolo presente no apêndice C.4. . 83  Figura  IV.8  –  Esquema  do  processo  inerente  à  solubilização  e  renaturação  de  proteínas.  Figura  adaptada (6) ............................................................................................................................................... 84  Figura IV.9 – Esquema do processo de renaturação adaptado (6). .................................................... 85  Figura  IV.10  –  Análise  do  processo  de  renaturação  através  de  diálises  sucessivas  com  redução  da  concentração de agente desnaturante e adição de endonuclease. ........................................................... 86  Figura  V.1  –  Perfil  cromatográfico  da  purificação  da  rPerR  de  D.  vulgaris  Hildenborough  sobre‐ expressa em E.coli BL21 (DE3), na coluna de afinidade (HiTrap ™ Heparin H.P. (GE Healthcare, 1.6x2.5  cm). ............................................................................................................................................................. 92  Figura V.2 – Análise das fracções obtidas aquando da purificação ..................................................... 93              (A) Gel corado com Azul de Coomassie. (B) Gel corado com Nitrato de prata. ....................... 93  Figura V.3 – Esquema da purificação da PerR de D.vulgaris Hildenborough ...................................... 94  Figura VI.1 – Espectro de UV‐visível da PerR após a purificação. ...................................................... 100  Figura VI.2 ‐ Recta de calibração para quantificação de proteína total pelo método do BCA .......... 101  Figura VI.3 – Espectro 1H RMN típico de uma proteína (A) estruturada, (B) desnaturada, adaptado(6)  .................................................................................................................................................................. 103  Figura  VI.4  ‐  Espectro  1H‐  15N  HSQC  típico  de  uma  proteína  (A)  estruturada,  (B)  desnaturada  adaptado (6). ............................................................................................................................................ 104  Figura VI.5 – Espectro de 1H RMN da amostra de rPerR de D. vulgaris vulgaris Hildenbourgh obtida a  partir de corpos de inclusão, incubada com Zn2+ ..................................................................................... 105  Figura VI.6 – Espectro de 1H RMN da amostra de rPerR de D. vulgaris vulgaris Hildenbourgh obtida a  partir de corpos de inclusão e incubada com Zn2+ e Fe2+l. ....................................................................... 106  15. Figura VI.8 – Espectros da rPerR de D. vulgaris vulgaris Hildenbourgh marcada isotópicamente com  N, incubada com Zn2+. ............................................................................................................................ 107 . Figura  VI.9  –  Representação  por  ordem  crescente  do  score  e  decrescente  do  E‐value  de  uma  pesquisa nas bases de dados disponíveis no SwissModel, com a sequência de aminoácidos da PerR de  Desulfovibrio vulgaris vulgaris Hildenborough ......................................................................................... 108  Figura VI.10 ‐ Estrutura da PerR (A) de D.vulgaris, obtida através do programa Swiss Model, usando  como molde a estrutura da PerR de B .subtilis (com Zn2+ e Mn2+) (PDBid: 3f8n) (B).. ............................. 110  Figura VI.11 ‐ Alinhamento múltiplo das sequências com maior homologia com a sequência da PerR  de D.vulgaris ............................................................................................................................................. 111  Figura VII.1 – Possíveis sequências do motivo de ligação da PerR ao ADN(3) .................................. 118  Figura  VII.2  –  Sequência  da  região  promotora  e  início  da  sequência  codificante  para  o  gene  da  ahpc de D. vulgaris vulgaris Hildenbourgh seleccionada para ser utilizada nos ensaios de ligação da PerR.  .................................................................................................................................................................. 118  Figura VII.3 – Mapa de restrição para a sequência do protomor do gene ahpC que contem a PerR  box evidenciada, mostrando as enzimas que hidrolisam a referida sequência de ADN. ......................... 119  Figura VII.4 – Mapa do vector pSM_ahpc_pMA construído para os ensaios de ligação com a PerR.  .................................................................................................................................................................. 120 . xvii   .

(18) Figura VII.5 – Verificação da reacção de hidrólise do plasmídeo p_SM_ahpc_pMA com a enzima de  restrição TfiI .............................................................................................................................................. 121  Figura VII.6 – Verificação dos resultados do ensaio de ligação da PerR recombinante de D. vulgaris  Hildenborough ao vector pSM_ahpc_pMA, na presença da enzima TfiI,. ............................................... 123  Figura B1 – Utilização do sistema E gel ® da Invitrogen .................................................................... 138  Figura B2 – Marcadores de pesos moleculares NZYTech® ................................................................ 139  Tabela  B6  ‐  Reacção  de  ligação  do  fragmento  contendo  o  gene  perr  aos  vectores  de  expressão  pET21c e pET30a ...................................................................................................................................... 141  Figura B3 – Resumo da selecção de clones positivos ........................................................................ 142  Figura  D1  –  Marcador  de  Pesos  Moleculares  para  proteínas  –  LMW  Low  Molecular  Weight  (NZYTech) ................................................................................................................................................. 153                 .    . xviii   .  .

(19) Índice de Tabelas  Tabela I.1 – Membros da super família Fur, tabela adaptada (9) ......................................................... 5  Tabela II.1 – Enzimas de restrição escolhidas e respectiva sequência de reconhecimento................ 25  Tabela II.2 – Oligonucleótidos iniciadores ........................................................................................... 25  Tabela  II.3  –  Resumo  dos  testes  (erlenmeyer  com  100mL  de  cultura)  e  crescimentos  (erlenmeyer  com 1L de cultura) feitos com o vector pET21c contendo o gene perr ..................................................... 52  Tabela  III.1  – Resumo  dos  testes  (erlenmeyer  com 100mL  de  cultura)  e  crescimentos (erlenmeyer  com 1L de cultura) feitos com o vector pET30a contendo o gene perr ..................................................... 71  Tabela VI.1 – Determinação da concentração de proteína total existente na amostra purificada, FI  .................................................................................................................................................................. 101  Tabela VII.1 ‐ Enzima de restrição escolhida e respectiva sequência de reconhecimento. .............. 119  Tabela  A1  –  Concentração  dos  antibióticos  utilizados  na  manutenção  das  estirpes  e  do  agente  utilizado na selecção das colónias ............................................................................................................ 133  Tabela A2 – Composição do meio de cultura Postgate ..................................................................... 133  Tabela A3 – Composição do meio de cultura Luria Broth (LB) líquido e sólido ................................. 134  Tabela A4 ‐ Composição do meio de cultura 2xYT ............................................................................ 134  Tabela A5 ‐ Composição do meio de cultura SOC ............................................................................. 134  Tabela  A6  –  Composição  do  meio  de  cultura  definido  M9  10x  concentrado  modificado  e  M9  10x  concentrado modificado isotopicamente marcado com 15N ................................................................... 135  Tabela A7 – Preparação do meio de cultura definido M9 modificado .............................................. 135  Tabela A8 – Soluções a adicionar ao meio M9 aquando do crescimento bacteriano ....................... 136  Tabela B1 – Componentes utilizados nas reacções de PCR para a amplificação de perr de D. vulgaris  vulgaris Hildenborough. ........................................................................................................................... 137  Tabela B2 – Componentes e volumes utilizados na reacção de fosforilação do fragmento com o gene  perr ........................................................................................................................................................... 140  Tabela  B3  –  Reacção  de  ligação  do  fragmento  contendo  o  gene  perr  ao  vector  de  sub‐clonagem  pNZY28® ................................................................................................................................................... 140  Tabela B4 – Reacções de hidrólise do fragmento que contem a PerR e o vector pET21c ................ 141  Tabela B5 ‐ Reacções de hidrólise do fragmento que contem a PerR e o vector pET30a ................. 141  Tabela C1 ‐ Planeamento dos testes de solubilização da PerR com endonucleases ......................... 149  Tabela C2 ‐ Planeamento dos testes de solubilização da PerR ......................................................... 150  Tabela D1 – Preparação das Soluções stock usadas para electroforese de SDS‐PAGE ..................... 152  Tabela D2 – Volumes necessários de cada solução para preparar um gel de SDS‐PAGE .................. 153  Tabela D3 – Preparação das soluções necessárias para a coloração com Azul de Coomassie ......... 153  Tabela D4 – Soluções necessárias para a coloração com Nitrato de Prata ....................................... 154  Tabela E1 – Preparação da recta de calibração para a determinação da quantidade total de proteína  pelo método do BCA ................................................................................................................................ 156  Tabela E2 – Valores de absorvância obtidos para os padrões preparados conforme a tabela E1 .... 156  Tabela E3 ‐ Condições de aquisição dos espectros de 1H‐RMN ........................................................ 157 . xix   .

(20) Tabela F1 – Volumes necessários para a preparação das amostras para o teste à enzima Tfi I ....... 158  Tabela F2 ‐ Volumes necessários para a preparação das amostras para o ensaio de ligação ao pADN  .................................................................................................................................................................. 159     .    . xx   .

(21)                  . CAPITULO I     . Introdução     .  .

(22)   Índice  Introdução  Stress Oxidativo ................................................................................................................................... 3  A Super‐Família Fur ............................................................................................................................. 5  A PerR de Bacillus subtilis .................................................................................................................... 7        Estrutura .................................................................................................................................................................. 8        A ligação ao ADN ................................................................................................................................................... 11 . Bibliografia ........................................................................................................................................ 17   . 2   .

(23) Stress Oxidativo    As  espécies  reactivas  de  oxigénio,  como  por  exemplo  o  anião  superóxido  (O2.‐),  o  peróxido  de  hidrogénio  (H2O2)  e  os  radicais  hidróxilo  (OH•)  são  resultantes  da  redução  incompleta  do  oxigénio  molecular  (O2)(1).  Devido  à  presença  de  oxigénio  na  atmosfera,  os  organismos  tornaram‐se  ou  anaeróbios, vivendo em nichos sem oxigénio, ou desenvolveram mecanismos de protecção contra estas  espécies reactivas. Estas espécies são produzidas como consequência do metabolismo celular e têm a  capacidade  de  alterar  os  componentes  celulares  desde  proteínas  a  ácidos  nucleicos,  promovendo  mutações ou até mesmo a morte celular. O peróxido de hidrogénio por si só não é muito reactivo, no  entanto, é o precursor directo do radical hidroxilo, uma espécie altamente tóxica e oxidante.   As enzimas responsáveis pela protecção celular contra estas espécies reactivas existem nas células  em  níveis  basais,  ou  seja,  em  quantidade  suficiente  para  uma  eficiente  resposta  a  baixos  níveis  de  espécies  reactivas  de  oxigénio.  Em  condições  de  desequilíbrio,  stress  oxidativo,  quando  o  nível  de  espécies  reactivas  de  oxigénio  atinge  valores  considerados  críticos,  os  organismos  activam  inúmeras  funções para eliminar estas espécies e para reparar os danos celulares associados. As inúmeras enzimas  responsáveis pela protecção diferem na sua expressão, na localização celular e regulação. Por exemplo,  muitas  bactérias  expressam  uma  catalase  durante  a  transição  da  fase  do  crescimento  para  a  fase  estacionária, provavelmente como forma de adaptação, para proteger o seu genoma, bem como outros  componentes  essenciais  contra  a  oxidação.  Esta  resposta  é  regulada  por  factores  de  transcrição  que  funcionam como activadores ou repressores em resposta às espécies reactivas.   Neste  trabalho  decidiu‐se  estudar  uma  proteína  associada  ao  mecanismo  de  resposta  aos  níveis  peróxidos proveniente  de um organismo anaeróbio, Desulfovibrio (D.) vulgaris vulgaris Hildenborough  ATCC  29579.  Esta  bactéria,  embora  considerada  um  organismo  anaeróbio  obrigatório  durante  muito  tempo,  foi  recentemente  identificada  em  ambientes  com  exposição  a  oxigénio,  devendo,  como  tal  possuir  um  mecanismo  de  defesa  ao  stress  oxidativo.  Em  D.  vulgaris  Hildenborough,  este  envolve  as  enzimas dismutase do superóxido (Sod) (2, 3) que catalisa a dismutação do superóxido em oxigénio e  peróxido  de  hidrogénio.  A  catalase  (KatA,  KatG)  e  peroxidases  como  por  exemplo  a  reductase  do  hidroperóxido  de  alquilo  (AhpC).  Para  além  destas  enzimas  existe  ainda  um  mecanismo  de  protecção  alternativo  em  D.  vulgaris  Hildenborough  que  inclui  a  rubredoxina  oxidoreductase  (Rbo)  que  possui  actividade semelhante à reductase do superóxido (Sor). Estas enzimas catalisam a conversão do anião  superóxido,  altamente  tóxico,  em  peróxido  de  hidrogénio  e  oxigénio.  Existem  ainda  outras  proteínas  semelhantes à rubredoxina que funcionam normalmente como dadores de electrões(4, 5). A análise da . 3   .

(24) sequência do genoma de D. vulgaris Hildenborough permitiu a identificação de regulões, conjuntos de  genes sob regulação de uma proteína reguladora, entre eles a PerR (Repressor do regulão do peróxido),  membro  de  uma  super  família  de  metaloproteínas  reguladoras  da  absorção  de  ferro  designada  por  super família Fur.(6)  Tal como em D. vulgaris em Bacillus (B.) subtilis, o gene perR(5), é regulado concomitantemente  com  um  conjunto  de  genes  redutores  de  peróxidos  como  os  mencionados  acima  ahpC,  a  rbr  (rubreritrina  da  família  da  Sor),  a  katA  (catalase),  zosA  (7)  (sistema  de  absorção  de  zinco)  e  mrgA  (proteína que liga ao ADN semelhante à Dps) entre outros.  De  forma  a  avaliar  a  expressão  dos  genes  responsáveis  pela  resposta  a  peróxidos  na  bactéria  D.  vulgaris  Hildenborough,  Mukhopadhyay  e  seus  colaboradores(5)  fizeram  um  ensaio  que  consistia  na  exposição de uma cultura de D. vulgaris a 0.1% de O2 e na exposição directa ao ar atmosférico (21% O2).  A primeira conclusão extraída desse ensaio foi a de que com exposição a baixa percentagem de oxigénio  verificou‐se  uma  diminuição  na  taxa  de  crescimento  das  bactérias,  embora  estas  permanecessem  viáveis.  Este  ensaio  fez  reforçar  a  ideia  de  que  esta  bactéria  em  condições  normais  de  crescimento  possui  um  nível  adequado  de  enzimas  requeridas  à  resposta  a  exposição  a  oxigénio.  No  entanto,  relativamente  à  expressão  génica  verificou‐se  que  ocorria  uma  maior  expressão  dos  genes  associados  ao regulão da PerR, como o gene da rubreritrina ou da AhpC. Para além do regulão da PerR, a bactéria  D.  vulgaris  Hildenborough  possui  outros  genes  associados  à  protecção  contra  o  stress  oxidativo  cuja  expressão não foi alterada.   Em  contraste  com  o  ensaio  com  0.1  %  de  oxigénio,  quando  as  células  foram  expostas  ao  ar  atmosférico  (21  %  O2),  os  genes  associados  ao  regulão  da  PerR  sofreram  um  decréscimo  na  sua  expressão sendo que na medida em que o tempo de exposição aumentava, diminuía consideravelmente  a  expressão dos  genes  associados  ao  regulão  da  PerR,  bem  como  dos restantes  genes  de  resposta  ao  stress oxidativo.   Assim,  de  acordo  com  os  resultados  obtidos  quer  com  a  exposição  a  menor  quantidade  de  O2  concluiu‐se que o fim da inibição da PerR parece ser a resposta primária de D. vulgaris Hildenborough à  baixa  exposição  a  Oxigénio.  Por  outro  lado,  os  resultados  com  a  exposição  a  21%  de  oxigénio  demonstraram uma repressão dos genes associados ao regulão da PerR. Este facto vem reforçar a ideia  de que a desrepressão da PerR seja a resposta primária de D. vulgaris Hildenborough à baixa exposição  a Oxigénio.      4   .

(25) A Super­Família Fur    A  evolução  promoveu  a  adaptação  da  família  de  repressores  Fur  para  a  sensibilidade  a  outros  factores que não iões metálicos, como é o caso da PerR, um Repressor do regulão do peróxido. A família  Fur,  de  metaloproteínas  reguladoras  apresenta  um  vasto  mecanismo  regulatório.  Enquanto  a  maioria  dos membros desta família eram inicialmente caracterizados como dependentes de ferro e repressores  na ligação ao ADN, nem todos os elementos poderiam ser caracterizados desta forma. Tal como o ferro,  o  mecanismo  de  repressão  dependente  de  metais  foi  descrito  para  outras  proteínas  que  funcionam  como sensores(8) de zinco (Zur), manganês (Mur) e níquel (Nur), tabela I.1. Outros membros utilizam a  oxidação  de  resíduos  da  proteína  para  regular  a  actividade  de  ligação  ao  ADN  e  assim  responder  fisiologicamente  à  presença  de  peróxidos  (PerR)  ou  hemo  e  oxigénio  (Irr).  Os  membros  da  família  Fur  podem  ainda  actuar  directamente  para  estimular  a  transcrição  nos  promotores  alvos  e  podem  ainda  actuar indirectamente na expressão de genes através de pequenos ARN ou proteínas intermediárias.   Tabela I.1 – Membros da super família Fur, tabela adaptada (9)  . Sub‐família da  proteína . Organismo . Zur . estrutural/regulatório. Função . Zn2+ / Fe2+ (Mn2+) . Absorção de ferro . B. subtilis . Zn2+ / Fe2+ . Absorção de ferro . P. aeruginosa . Zn2+ / Fe2+ . Absorção de ferro . E. coli . Fur . Metal . H. pylori . ? / Fe2+ . B. japonicum . ‐ / Fe2+ . E. coli . Zn2+ / Zn2+  . B. subtilis . Zn2+ / Zn2+  ‐ /Mn2+ (Fe2+) . Absorção de ferro  Armazenamento de ferro  Proteína Irr  Absorção de zinco  Absorção de zinco  Mobilização de zinco . Mur . R. leguminosarum . Nur . S. coelicolor . PerR . B. subtilis . Zn2+ / Fe2+ (Mn2+) . Stress oxidativo . S. aureus . ?/ Mn2+ (Fe2+?) . Stress oxidativo . Irr . B. japonicum . ?/Ni2+ . ‐ / Fe‐heme . Absorção de manganês  Absorção de níquel . Absorção de ferro . A proteína Fur, proteína reguladora da absorção de ferro, é uma proteína dimérica(10) envolvida  na  regulação  da  absorção  de  ferro  nas  bactérias  gram  negativas.  É  a  proteína  chave  no  controlo  da . 5   .

Imagem

Figura I.3 – Representação do local regulatório e de ligação ao manganês/ferro 
Figura I.7 – Diferentes estados conformacionais da PerR de B .subtilis em resultado da adição de Fe 2+  ou Mn 2+  (círculos a  verde) adaptada(15). As esferas amarelas correspondem ao Zn 2+  no sítio estrutural (domínio C‐terminal). A incorporação do  meta
Figura II.7 – Desenho do vector de subclonagem, pNZY28 ® com os locais de clonagem evidenciados (MCR) no gene   
Figura II.9 – Alinhamento das sequências de nucleótidos dos clones 2,3 e 8 no vector pNZY28® com a sequência de   
+7

Referências

Documentos relacionados

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

O número de desalentados no 4° trimestre de 2020, pessoas que desistiram de procurar emprego por não acreditarem que vão encontrar uma vaga, alcançou 5,8 milhões

Os dados experimentais de temperatura na secagem da pêra em estufa a 40 o C estão apresentados na Figura 6, assim como os valores calculados pelo modelo

Os interessados em adquirir quaisquer dos animais inscritos nos páreos de claiming deverão comparecer à sala da Diretoria Geral de Turfe, localizada no 4º andar da Arquibancada

Após a queima, para os corpos com a presença do sienito observou-se que os valores de densidade diminuíram (comparados às respectivas densidades a seco), já

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários

Feitiço do Segredo: deposita um segredo numa pessoa de confiança, essa pessoa fica deposita um segredo numa pessoa de confiança, essa pessoa fica sendo o "Fiel do sendo o