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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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Mestrado Integrado em

Medicina

Nova Medical School

Faculdade de Ciências

Médicas

Universidade Nova de Lisboa

2017/2018

Inês Martins | 2012224

Orientador: Prof. Doutor Bruno

Heleno

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I. Introdução ………..…. 3

II. Atividades Desenvolvidas ………..………..… 4

a. Cirurgia Geral ………... 4

b. Medicina Interna ………... 5

c. Saúde Mental ……….... 5

d. Medicina Geral e Familiar ………... 6

e. Pediatria ………. 6

f. Ginecologia e Obstetrícia ……… 6

g. Unidade Curricular Opcional – Trauma ……… 7

III. Reflexão Crítica ………. 7

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I.

Introdução

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) consiste numa formação médica pré-graduada que tem como principal objetivo permitir que o estudante adquira conhecimentos básicos de forma sólida e coerente. Estes devem associar-se a um conjunto de valores, aptidões e atitudes que permitam ao futuro médico compreender e desenvolver a arte que é a Medicina bem como aperfeiçoar as suas capacidades para o exercício autónomo da profissão.

O sexto, e último ano do MIM, assume a forma de estágio profissionalizante, ou seja, o ensino médico é realizado através de tutorias. O objetivo principal destas é a integração do aluno na actividade clínica do respetivo serviço.Esta atinge-se através do acompanhamento do tutor na actividade clínica diária, quer pela observação, quer pelo ganho progressivo de autonomia na realização de procedimentos que serão fundamentais na prática clínica futura. Nestes trâmites, tendo por base os objetivos gerais definidos no consenso europeu de 2015 “Tomorrow´s Doctors – Outcomes for Graduates", e considerando os propósitos definidos no documento “O Licenciado Médico em Portugal”, considerei fundamental o cumprimento dos seguintes objetivos gerais:

- Demonstrar conhecimentos básicos científicos e clínicos, bem como as aptidões necessárias para o exercício clínico sob supervisão;

- Comunicar e interagir de forma correta e eficaz com os doentes, famílias e profissionais prestadores de cuidados de saúde;

- Estabelecer uma relação de confiança com os doentes;

- Utilizar uma abordagem biopsicossocial na avaliação e tratamento dos doentes, tendo em consideração crenças, atitudes e comportamentos;

- Adquirir competências práticas necessárias à futura prática clínica, bem como confiança e autonomia na sua realização;

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- Aperfeiçoar as técnicas de colheita de história clínica e exame objetivo, bem como ser capaz de elaborar a mesma e apresentar hipóteses diagnósticas, propostas de tratamento e prognóstico coerentes com os dados colhidos;

- Saber identificar e abordar as patologias mais frequentes inseridas no contexto de cada estágio;

- Exercer a prática de medicina integrada em equipas hospitalares;

- Saber perceber quais os limites do meu conhecimento e aptidões, de modo a ajudar os doentes sem nunca pôr em risco a sua segurança e bem-estar.

Além dos objetivos supracitados, de mencionar ainda os seguintes objetivos pessoais: - Conciliar as atividades do estágio profissionalizante com a prática desportiva federada, sem negligenciar nenhuma das duas;

- Adquirir conhecimentos básicos na área da traumatologia e da medicina desportiva. Estes coadunam-se com os meus interesses futuros, no que toca a formação específica, e com o facto de ser praticante de duas modalidades, Surf e Ginástica de Trampolins.

Este relatório pretende descrever sumariamente as atividades desenvolvidas ao longo do ano, apresentadas por ordem cronológica, bem como analisar o cumprimento dos objetivos pessoais e específicos de cada estágio. É composto por três capítulos: a presente Introdução; um corpo de trabalho denominado Atividades Desenvolvidas que apresenta a síntese dos elementos representativos do estágio; e a Reflexão Crítica.

II.

Atividades Desenvolvidas

a. Cirurgia Geral (8 semanas, de 11/09/17 a 3/11/17)

Hospital das Forças Armadas (HFA) - Dr. Bruno Ferreira

A primeira semana foi dedicada a aulas teóricas e ao curso TEAM (anexo A). O restante período dividiu-se entre enfermaria, consulta externa e bloco operatório (BO). No BO observei a preparação do doente para a cirurgia e a mesma, tendo participado em

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várias e realizado procedimentos, como suturas. Na enfermaria observei doentes em pós-operatório realizando diários clínicos e preparando as notas de alta. Na consulta observei diversas patologias e participei na pequena cirurgia. Por se tratar do HFA tive oportunidade de visitar as instalações militares dedicadas a treinos de ramos específicos das forças armadas bem como a câmara hiperbárica. No mini-congresso apresentei um trabalho intitulado “Oclusão Intestinal: Um caso complicado”.

b. Medicina Interna (8 semanas, de 6/11/17 a 12/01/18)

Hospital de São Francisco Xavier (HSFX) - Dr.ª Sofia Duque

O estágio foi realizado no serviço de Medicina IV. No entanto, as atividades clínicas foram realizadas na unidade funcional de Ortogeriatria, localizada na enfermaria de Ortopedia. Estive totalmente integrada, e com elevado grau de autonomia, nas atividades da Enfermaria e Serviço de Urgência (SU). Ao longo deste estágio pude desenvolver e melhorar várias atitudes e competências, como a capacidade de comunicação com os doentes e familiares, a colheita de anamnese, a realização do exame objectivo, a discussão de casos clínicos com formulação de hipóteses de diagnóstico e pedido de exames complementares, bem como a sua interpretação e proposta de terapêutica, tendo como resultado aperfeiçoado o raciocínio clínico. Assisti semanalmente às visitas e sessões clínicas e ao journal club. Apresentei um trabalho intitulado “Definição de Doença Crónica”.

c. Saúde Mental (4 semanas, de 22/01/18 a 16/02/18)

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) - Dr. Filipe Gonçalves

Nos primeiros dias foram ministradas aulas teórico-práticas para relembrar e ensinar conceitos importantes e explicar ao médico recém-formado como reagir a estes doentes em contextos de urgência (agressividade, abstinência e tentativas de suicídio). A maioria do restante estágio foi realizado no Hospital de Dia do CHPL. No entanto, também frequentei outros serviços ligados à Saúde Mental, como o SU, o internamento, a

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electroconvulsivoterapia e consultas. Ao longo destas semanas compreendi e integrei conhecimentos a nível da psicopatologia, abordagens terapêuticas e relação médico-doente. Redigi um trabalho sobre “Estigma na Doença Mental” e assisti a diversas sessões formativas para internos e alunos no CHPL.

d. Medicina Geral e Familiar (4 semanas, de 19/02/18 a 16/03/18)

Centro de Saúde de Sacavém, USF Tejo - Dr.ª Diana Duarte

Durante o estágio tive contacto com as várias vertentes da MGF, tanto a nível de diversidade de pessoas, como diversidade de contextos biopsicossociais. Pela primeira vez num estágio clínico observei mais doentes jovens que idosos. Percebi o que é, na prática, a prevenção e promoção para a saúde, bem como o que é o modelo de Medicina Baseada na Pessoa. Também contactei com a Assistência Social ao nível dos cuidados de saúde primários, experiência enriquecedora e possivelmente ímpar para o futuro médico. Apresentei um trabalho sobre “Depressão Pós-Parto” (anexo B).

e. Pediatria (4 semanas, de 19/03/18 a 20/04/18)

Hospital São Francisco Xavier (HSFX) - Dr. Edmundo Santos

O estágio consistiu em duas semanas na enfermaria e duas semanas no berçário. Na enfermaria acompanhei as atividades diárias da equipa e no berçário realizei triagens aos recém-nascidos acompanhando um Interno do serviço. Além disso, frequentei a consulta externa (desenvolvimento e imunoalergologia), a neonatologia e o SU. Foi-me permitido desenvolver capacidades de comunicação e observação de crianças, bem como propor e discutir hipóteses diagnósticas, terapêuticas ou exames complementares. Tive ainda a oportunidade de participar na 13ª Reunião Pediátrica do HSFX. Redigi e apresentei uma história clínica.

f. Ginecologia e Obstetrícia (4 semanas, de 23/04/18 a 18/05/18)

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Durante o estágio frequentei diversas valências do serviço, como a consulta, ecografias ginecológicas, exame ginecológico, bloco operatório e SU (em períodos semanais de 12h). Observei e contactei com diversas patologias tanto do foro ginecológico como obstétrico. Isto permitiu-me desenvolver a capacidade de perceber de forma integrada a complexidade das diferentes situações, numa área de atenção específica aos fenómenos ligados ao processo de saúde/doença na mulher. Além disso, desenvolvi capacidades para executar o EO específico e dirigido na mulher bem como compreensão sobre como se processa o trabalho de parto ou as suas eventuais complicações. Apresentei um trabalho sobre “Prolapso dos Órgãos Pélvicos”.

g. Unidade Curricular Opcional – Trauma (2 semanas, de 21/05/18 a 01/06/18)

O estágio foi composto por duas componentes: aulas teórico-práticas, realizadas em dois dias e que versaram sobre as várias vertentes do trauma, e estágio prático. Este último dividiu-se em seis componentes diferentes: Neurocirugia, Unidade Vertebro-Medular, Cirurgia Maxilo-Facial, Unidade de Queimados, SU e Viatura Médica de Emergência e Ressuscitação (VMER). Assisti como observadora ao curso ATLS (Advanced Trauma Life Support) (anexo C).

III. Reflexão Crítica

Terminado o ano faço uma reflexão do mesmo, que é o último, bem como o ano de estágio profissionalizante. Em relação aos objetivos gerais considero-os cumpridos. Foram essenciais para o seu cumprimento e para maximizar as possibilidades de aprendizagem três pilares: Apoio, Confiança e Exigência. Apoio conseguido através do ensino tutorado que permite um ganho progressivo de autonomia, o que despoleta Confiança, minha e do tutor, nas capacidades para executar procedimentos e no raciocínio clínico. Tal só é possível se houver também Exigência, que garante um adequado nível de conhecimentos e capacidades, bem como estimula a curiosidade e procura de nova informação.

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Relativamente aos objetivos pessoais também posso afirmar, com bastante orgulho, que foram cumpridos. Tive aproveitamento em todos os estágios e nas restantes Unidades Curriculares (UC) tendo participado em vários campeonatos (anexo D), incluindo dois Campeonatos do Mundo (anexos E e F) e um campeonato da Europa (anexo G). Além disso, como descrito no capítulo II g. frequentei a UC Opcional de Trauma tendo adquirido competências básicas, teóricas e práticas, para saber lidar com situações em contexto de urgência pré-hospitalar e hospitalar.

Refletindo sobre cada um dos estágios parcelares, o de Cirurgia Geral foi um estágio proveitoso em que pude desenvolver as minhas competências ao nível de procedimentos cirúrgicos (suturas, manuseamento de material cirúrgico e observação e colaboração em diversas cirurgias); também assisti a muitas consultas, e num contexto diferente, o militar, o que foi uma mais valia para a minha formação.

No que respeita ao estágio de Medicina Interna considero ter sido um dos mais importantes deste ano. Além das habituais atividades de enfermaria e serviço de urgência, em que realizei histórias clínicas, notas de entrada, diários clínicos e notas de alta, também tive oportunidade de aprender como comunicar e colaborar com outras especialidades e serviços (nomeadamente Ortopedia, Nutrição e Assistência Social). Retiro deste estágio aprendizagens para a vida, quer pelas capacidades médicas desenvolvidas quer pelo lado humano da prática clínica.

O estágio de Saúde Mental veio colmatar o que eu considerava ser uma falha na minha educação, uma vez que o contacto prévio com esta especialidade se resumia a 6 dias de estágio em consulta de Pedopsiquiatria. Assim, aprendi a lidar com doentes com patologia psiquiátrica, bem como compreendi e constatei quais as patologias mais frequentes. Considero um ponto muito positivo o facto de ter tido oportunidade de frequentar várias valências diferentes desta área durante o período de estágio.

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A frequência do estágio de Medicina Geral e Familiar é, na minha opinião, uma das actividades mais importantes do ano. Este permitiu-me compreender o âmbito dos Cuidados de Saúde Primários, bem como desenvolver capacidade de comunicação e avaliação para todas as faixas etárias. É uma atividade muito abrangente, quer em termos de população, quer em termos de patologia. Considero-o essencial na formação do futuro médico, independentemente da área que este venha a escolher.

O estágio de Pediatria veio relembrar conceitos e competências já desenvolvidos previamente, uma vez que é uma área com a qual temos contacto anualmente a partir do 4º ano. A vantagem deste ano é poder realizar as atividades com um grau superior de autonomia em relação aos anos anteriores.

O último estágio que realizei foi o de Ginecologia/Obstetrícia. Foi bastante útil, apesar de ter sido mais observacional do que eu esperaria de um estágio profissionalizante. No entanto, tive oportunidade de assistir a procedimentos, cirúrgicos e não cirúrgicos, com os quais ainda não tinha tido contacto.

Ao longo deste ano, e de modo a cumprir os meus objetivos, adoptei uma postura de crítica e auto avaliação do meu trabalho, resumida no anexo H (sob forma de tabela). Assim, à medida que ia realizando procedimentos, discutindo casos clínicos e passando pelos diversos serviços, refletia sobre essas actividades e avaliava o que já tinha sido adquirido, o que faltava complementar (com mais prática ou estudo teórico) e o que ainda não tinha sido realizado. Penso que esta abordagem me permitiu ser proativa durante os estágios, e que por isso consegui aproveitá-los o mais possível para complementar a minha formação. Pelo benefício que retirei desta postura pretendo de futuro continuar a aplicá-la, enquanto jovem médica, pois acho que só nós podemos ter total noção das lacunas dos nossos conhecimentos e aptidões.

Considero importantes e bastante enriquecedoras, apesar de não enquadradas ou diretamente relacionadas com o estágio profissionalizante do MIM, as atividades

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extracurriculares que realizei este ano. Conheci culturas e modos de vida diferentes, o que penso pode contribuir positivamente para o modo como abordo e comunico com os doentes, melhorando a relação médico-doente. Também foi uma experiência única e útil se, de futuro, quiser trabalhar numa área médica com ligação à prática desportiva.

Em relação à estrutura geral do MIM penso que o modo como está actualmente organizado é uma mas valia para o estudante de medicina. Permite-nos adquirir e sedimentar conhecimentos teóricos essenciais à prática antes de a iniciar, bem como depois tem UCs teórico-práticas que ajudam na integração desses mesmos conhecimentos. Além disso, este ano de estágio profissionalizante compreende seis estágios parcelares em áreas que, a meu ver, formam a base de conhecimentos e aptidões necessárias e transversais a qualquer futuro médico.

Em suma, este foi um ano para sedimentar conhecimentos e colmatar lacunas, processo que para o futuro médico é essencial e ocorre ao longo de toda a sua carreira. Sinto que cresci imenso pessoal e profissionalmente ao longo dos anos, o que me tornará melhor enquanto médica e ser humano. Para tudo isto acontecer houve várias pessoas envolvidas e por isso não poderia deixar de agradecer a todos os que contribuíram para este processo: um grande obrigada a todos os professores, tutores, colegas e família. Um especial agradecimento também à instituição que me acolheu e proporcionou todas estas oportunidades: a Faculdade de Ciências Médicas!

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IV.

Anexos

Anexo A - Certificado Curso TEAM

Anexo B - Certificado apresentação do trabalho de MGF Anexo C - Certificado Observador do Curso ATLS

Anexo D – Declaração Prática Desportiva na NOVA

Anexo E – Certificado Participação no Campeonato Mundo de Longboard

Anexo F – Certificado Participação no Campeonato do Mundo de Trampolins

Anexo G – Certificado Participação Campeonato da Europa de Trampolins

Anexo H – Tabela resumo da auto-avaliação do trabalho realizado

Anexo I – Certificado Participação a Sessão de for ação édica Ali e tação o 1º a o

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Anexo I – Certificado Participação a Sessão de for ação édica Ali e tação o 1º a o de vida

Referências

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