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Vitalidade dos recém-nascidos na maternidade do Hospital Universitário: período compreendido entre 24 de outubro de 1995 a 31 de março de 1996.

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1997.

ORIENTADOR:

PROF.

DR.

MAURO

DUARTE

SCE-IUTEL

FILHO

LISSÀNDRA KARLA MEDEIROS

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(3)

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(5)

RESUMO

... ..

ABSTRACT

... ..

INTRODUÇÃO

... .. 1.1

REVISÃO

BIELIOORÁFICA

1.2

OBJETIVOS

... ..

MATERIAIS E

MÉTODOS

... ..

RESULTADOS

... ..

DISCUSSÃO

... ..

CONCLUSÕES

... ..

BIBLIOGRAFIA

... .. z z . . z ‹ z ‹ ‹ » ‹ » ¢ ¢ ¢ z z z ¢ . o u ø ¢ ú ao

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(6)

Este é

um

estudo de corte transversal realizado na Maternidade do Hospital

Universitário de 24 de outubro de 1995 à 31 de março de 1996.

Os

objetivos foram

documentar a vitalidade no 1° e no 5° minuto de vida dos 449 recém-nascidos neste período,

correlacionando-a segtmdo a maturidade, crescimento intra-uterino, peso, procedência, sexo e

tipo de parto, e analisando

também

as repercussões das intercorrências gestacionais na

vitalidade, assim

como

a relação entre a vitalidade e a mortalidade neonatal precoce. Observou-

se que a percentagem de recém-nascidos vigorosos foi maior no 5° minuto, provavehnente

refletindo o sucesso da reanimação neonatal.

Também

foi observado que à medida que diminui

a idade gestacional e o peso ao nascimento maior é a frequência de baixos escores de Apgar.

Os

recém-nascidos pequenos para a idade gestacional apresentaram maior percentual relativo

de asfixia grave quando comparados

com

recém-nascidos adequados

ou

grandes para a idade

gestacional. Infecção do trato urinário, trabalho de parto prematuro, sangramento e anemia

foram as ir1tercorrências gestacionais que apresentaram a maior fiequência e que

podem

ter

maior relação

com

asfixia perinatal. Observou-se correlação entre asfixia grave no 1° minutoe

mortalidade,

com

aumento na frequência da mortalidade quando persistia asfixia grave no 5°

minuto.

(7)

AB

ST

Ri-\C."I`

This is a transversal study perfomed at the University Maternity Hospital within the

period of October 24"* 1995 until

March

318' 1996. Its goal is to document the vitality of the ls'

and 55' minute of life of the 449

newboms

in this period.

The

vitality

was

correlated to the maturity, intrauterine growth, weight, origin, gender and type of delivery. It

was

also analysed

the repercussions of the pregnancy problems over the vitality, as well as the relationship

between the vitality and the precocious neonatal mortality. It

was

observed that the percentage

of vigorous

newboms

was

higher in the Sm minute, probable reflecting the success of

ressuscitation. It

was

also observed that as long as the pregnancy age and weight of birth

decrease the higher the fiequency of asphyxia. The low weight

newboms

according to the

pregnancy age presented relatively higher percentage of serious asphyxia

when

compared to the

newborns with proper or higher weight. Urinary tract infection, premature delivery labor,

bleeding, anemia

werethe

pregnancy findings with higher frequency and

may

be relation to perinatal asphyxia. It

was

observed a relationship between severe asphyxia in the first minute and mortality, with an increase in the frequency of mortality

when

severe asphyxia persisted in

the 5"' minute.

(8)

1. 1

REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

Em

1953, Virginia Apgar introduziu

um

novo método para avaliação dos recém-

nascidos. Antes dessa época, eram utilizados vários parâmetros para verificar a necessidade de

um

cuidado mais apurado

com

o recém-nascido,

como

o tempo desde a saída da cabeça do

canal de parto até a primeira respiração

ou

o tempo para estabelecimento de

um

choro

satisfatório.”

Esse novo método obteve grande aceitação, pois é considerado fácil para o uso,

tem

a

capacidade de refletir rapidamente o estado fisico da criança e pode indicar resultados

prognósticos.3 Consiste

em

um

sistema de escore, avaliando a condição da criança ao

nascirnento, utilizando dados objetivos como: fiequência cardíaca, esforço respiratório, irritabilidade reflexa, tônus muscular e cor da pele.”

O

escore foi designado para ser feito no primeiro minuto após o completo nascimento

do corpo da criança; posteriormente é feito

um

outro escore no quinto minuto e mais

(9)

8

Aquelas que recebem l ponto são consideradas

em

“morte aparente” e juntamente

com

as de

nota 2 e 3

formam

O grupo dos severamente deprimidos.

As

crianças cuja

soma

de pontos

totalizem 4, 5 ou 6

formam

O grupo dos recém nascidos moderadamente deprimidos.

As

crianças

com

nota 7, 8 ou 9 são consideradas vigorosas.5 Para cada

um

dos três grupos corresponde a

um

determinado manejamento, que será tanto mais precoce e agressivo quanto

menor

a

soma

dos pontos.

O

quadro.1 mostra O indice de Apgar e seus componentes

com

os

respectivos valores:

Quadro

1 -Índice de

Apgar

`

PONTOS

0 1 2

SINAL

`

FREQUÊNCIA

`

AUSENTE

<

100

>

1oo

CARDIACA

ESFORÇO

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RESPIRAÇÃO

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CHORO

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RESPIRATORIO

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NORMAL

IRRITABILIDADE

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CHORO

FORTE

REFLEXA

A SONDA

RESPOSTA

TOSSE

OU

NASAL

OU

A

ESPIRRO

ESTIMULAÇÃO

PLANTAR

TONUS

MUSCULAR

FLÁCIDOS

ELEXÃO

DE

MOVIMENTOS

. .

EXTREMEDADES

ATIVOS

FLEXÃO DE

4

MEMBROS

COR

CIANOSE

OU

CORPO

ROSADO

CO1VH>LETAME

PALIDEZ

EXTREMIDADES

NTE

ROSADO

AZUIS

Fonte: GRISARD, N.

A

frequência cardíaca neonatal como indicador da condição dos recém-nascidos.

Florianópolis, 1974. Tese (Livre Docência) - Departamento de Pediatria, Universidade Federal de Santa

Catarina,1-974.

Em

seu artigo original, Virginia Apgar faz as seguintes considerações sobre cada

um

dos sinais utilizados para constituir o seu índicel:

(10)

- Frequência cardíaca - é o mais importante para o diagnóstico e prognóstico dos cinco

sinais.

Uma

fiequência cardíaca de 100-140 batimentos por minuto (bpm) é considerada boa e

receberá dois pontos;

uma

frequência cardíaca abaixo de 100

bpm

receberá

um

ponto, e se os

batimentos cardíacos não puderem ser vistos, sentidos ou ouvidos a pontuação será zero.

Valores superiores a 140

bpm

receberão pontuação de dois pontos.

- Esforço Respiratório -

uma

criança apnéica nos 60 segundos após o nascimento receberá

zero, enquanto que

uma

criança que chora alto e respira espontaneamente receberá dois

pontos. Todos os outros tipos de esforço respiratório,

como

respiração irregular e

hipoventilação receberão

um

ponto.

- Irritabilidade reflexa - este tenno refere a resposta a alguma fomia de estímulo.

O

método

utilizado foi a sucção da orofaringe e narinas

com

um

cateter maleável, esperando

como

resposta caretas, espirros ou tosse.

Embora

micção espontânea

ou

defecação não são respostas

ao estímulo aplicado, elas são consideradas sinais favoráveis se ocorrerem.

-

Tônus Muscular

- este é o sinal mais fácil de se julgar. Se a criança está completamente

flácida recebe nota zero, e nota

um

se tiver

um

bom

tônus,

mas

se estiver

com

flexão

espontânea de braços e

pemas

e resiste à extensão recebe dois pontos.

-

Cor

- este é de longe o mais insatisfatório dos sinais, causando discussão entre os

observadores.

A

maioria das crianças são cianóticas ao nascimento devido sua dificil

capacidade para o carreamento de oxigênio e seu relativamente baixo conteúdo de oxigenação

e saturação.

O

desaparecimento da cianose depende diretamente de dois sinais previamente

considerados - esforço respiratório e frequência cardíaca. Comparativamente poucas crianças

(11)

10

nos demais.

O

material que fiequentemente cobre a pele da criança ao nascimento interfere na

interpretação deste sinal, assim

como

a pigmentação da pele das crianças de coloração escura, e

um

casual defeito congênito.

Uma

pontuação de dois é dada somente quando a criança estiver

completamente rósea;

um

ponto é dado aos recém-natos

com

extremidades cianóticas e nota

zero é reservada às crianças fiancamente cianóticas

ou

pálidas.

Em

1958, Apgar propôs algumas modificações no escore. Especificamente, o teste de

irritabilidade reflexa usando

um

cateter de sucção foi substituído por

uma

tangente palmada na sola dos pés.

Além

disso, o uso de

um

marcador de tempo automático para alertar os médicos

sobre a exata passagem de tempo foi recomendada.6

Em

1962,

um

mneumônico

para auxiliar

na lembrança dos componentes do índice foi proposto:

A

- Appearance (cor),

P

- Pulse (pulso),

G

- Grimace (irritabilidade reflexa),

A

- Activity (tônus muscular) e

R

- Respiration (esforço respiratório). Consequentemente, o

nome

tornou-se

um

acrônio.7

Em

1964, foi proposto a modificação do índice de Apgar

em

relação à frequência

cardíaca.5 Grisard observou que os recém-nascidos deprimidos apresentavam valores de fiequência cardíaca muito elevados, superiores a 20

bpm

em

média, durante os 30 primeiros

minutos de vida, quando comparados

com

aquelas de

um

grupo de recém-natos vigorosos.

Então propõe incluir no índice de Apgar

um

limite médio superior para a frequência cardíaca, o

qual seria de 160 bpm. Esse sinal, no índice de Apgar “modificado”, receberia a seguinte

pontuação:

a) Frequência cardíaca ausente - zero.

b) Frequência cardíaca entre 1 e 100

bpm

- 1 ponto.

(12)

d) Frequência cardíaca superior a 161

bpm

- 1 ponto.

É

importante reconhecer que os elementos do escore de Apgar,

como

o tônus,

coloração e irritabilidade, são particularmente dependentes da maturidade fisiológica do infante,

sendo que

um

prematuro saudável pode receber

um

baixo escore somente devido à

imaturidade. Por exemplo, a aparência de

um

recém-nascido “normal” de 28 semanas, 1100

gramas, incluiuma coloração róseo-azulada, marcada diminuição do tônus muscular e lentos

reflexos de irritabilidade; neste caso,

um

máximo

de

um

ponto deve ser dado para cada

um

desses parâmetros, e considerando

um

escore de dois pontos cada para frequência cardíaca e

esforço respiratório,

um

escore

máximo

de sete seria obtido.”

O

escore pode ser influenciado por condições da criança,

como

malformações cerebrais,

neuromusculares

(podem

diminuir o tônus e o esforço respiratório), condições

cardiorespiratórias (interferência na frequência cardíaca, respiração e tônus) e infecções (interferência no tônus, coloração e resposta para o esforço ressucitativo).8

O

índice de Apgar não é relacionado, nos os dias atuais,

com

a prática de entubação,

que não era usada extensamente nos anos 50. Interroga-se

como

avaliar o esforço respiratório

numa

criança respirando espontaneamente

mas também

recebendo

uma

pressão positiva

intermitente.4

Um

baixo escore de Apgar no primeiro minuto não é correlacionado

com

o efeito no

fi1turo da criança.

O

escore do quinto minuto, e particularmente a

mudança

do escore entre o

primeiro e o quinto minuto, é

um

índice da efetividade do esforço ressucitativo. Porém, se o

escore do quinto minuto for de 0 a 3, embora possivehnente

um

resultado da hipóxia, é

(13)

12

futuro neurológico; é associado

com

mn

aumento no risco de paralisia cerebral

em

crianças a

termo,

mas

esse aumento é somente de 0,3 a l%.8

É

raro para o ressucitador a conscientização da totalidade do escore de Apgar para

determinar

como

deveria proceder a ressucitação,

como

originalmente era entendido.

A

combinação do esforço respiratório, frequência cardíaca e coloração guia 'muitas pessoas,

embora coloração possa contribuir pouco para a avaliação.

Os

dois primeiros ítens

podem

ser

estimados

bem

antes que toda a avaliação seja feita no tempo correto.”

Como

já visto, por mais de

uma

década após a introdução de seu escore, Virginia Apgar

continuou a analisá-lo e redefini-lo. Desde então, outros

tem

examinado o instrumento

em

termos de natureza predictiva e acharam necessidade de sensibilidade e especificidade.

O

sistema de escore, designado

como

um

guia para avaliar o recém-nato na adaptação inicial na

vida extra-uterina, tem

mudado

pouco desde 1960. Agora,

com

a introdução da tecnologia,

como

oxímetro de pulso, pode ser reduzida a subjetividade da variação da cor, aumentando a

umidade ao sistema? .

Embora

não seja central no programa da American Heart Academy/American

Academy

of Pediatrics para a reanimação neonatal, o índice de Apgar persiste

como

útil meio para

descrever o estado do neonato logo após o nascimento e a resposta à estimulação'l°

1.2

OBJETIVOS

Os

objetivos do trabalho são:

1.2.1 - Classificar os recém-nascidos vivos na Maternidade do Hospital Universitário segundo

a vitalidade no 1° e no 5° minuto de vida. .

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(14)

1.2.2 - Correlacionar a vitalidade segundo a maturidade, crescimento intra-uterino, peso,

procedência, sexo e tipo de parto.

1.2.3 - Analisar as repercussões das intercorrências gestacionais na vitalidade.

(15)

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ivxárooos

Este é

um

estudo de corte transversal cujos dados foram retirados de 449 prontuários

obtidos no Serviço de Arquivos Médicos e Estatísticos do Hospital Universitário, conseguidos

através de informações registradas

em

livro de registro de partos arquivados na Maternidade,

interessando os nascimentos ocorridos no período compreendido entre 24 de outubro de 1995

até 31 de março de 1996,

ou

seja, nos primeiros cinco meses de funcionamento.

Foi montado

um

questionário para facilitar a coleta e uniformizar os dados. Este

questionário foi dividido

em

quatro grandes grupos: dados

em

relação à mãe, à gestação, ao

parto e ao recém-nascido.

No

que diz respeito à mãe, interessava as iniciais do nome,

procedência e número do prontuário. Quanto à gestação, indagava-se as intercorrências gestacionais. Quanto ao parto, verificava-se a data e a hora do nascimento e o tipo de parto.

Em

relação ao recém-nascido, interessava o sexo, o peso ao nascimento

em

gramas, a idade

gestacional pelo método de Capurro somático, o índice de Apgar no 1° e no 5° minuto, a

classificação quanto ao crescimento intra-uterino, quanto à vitalidade e quanto à maturidade, e

a ocorrência ou não de óbitos.

A

avaliação dos recém-nascidos foi feita por

uma

equipe de

(16)

considerados válidos os índices de Apgar aplicados por neonatologistas,e quando estes não estavam presentes na sala de parto

ou

no local do parto, considerou-se os índices aplicados pela

enfermeira.

Os

demais dados foram colhidos dando prioridade às anotações realizadas,

em

ordem

decrescente de importância, pelo neonatologista, anestesista (quando presente), obstetra, residente de pediatria, doutorando e pela enfemiagem.

Para a avaliação da idade gestacional (IG) foi adotado o método de Capurro e cols.,que analisa cinco parâmetros fisicos (textura da pele, forma da orelha, nódulo mamário, pregas

plantares e fomiação do mamilo) para a avaliação somática. Dá-se

uma

nota a cada

um

desses

quesitos e aos pontos encontrados soma-se

uma

constante de 204.

O

total é então dividido por

7 e então é obtido

mn

valor que corresponde à idade gestacional.1°'“

Quando

não existia no

prontuário valores referentes à idade gestacional segundo o método de Capurro somático,

optou-se pelo exame ultrassonográfico realizado no 1° trimestre e na ausência deste para

cálculo da

IG

considerou-se a idade gestacional baseada na data da última menstruação, onde a duração da gestação é contada a partir do primeiro dia do último período menstrual normal até

o evento do nascimento.”

Utilizou-se

como

critério de maturidade o conceito da Organização Mundial de Saúde

(1961), preparado pelo “Comité de Relatório Anual e definição de termos

em

Reprodução

Humana”

e aceita pela Assembléia Geral da Federação Intemacional de Ginecologia e

Obstetrícia (FIGO)

em

15 de agosto de 1973,

em

Moscou.

A

idade gestacional é dividida

em

três categorias básicas:

Pre'-Termo (PI) - todas as crianças nascidas vivas antes da 37° semana de gestação, ou seja, até 36 semanas e 6 dias (258 dias).

(17)

16

Pós-Termo

(Po) - todas as crianças vivas nascidas

com

42 semanas

ou

mais de

IG

(294 dias

em

diante).l1

Considerando o ítem vitalidade, adotou-se a seguinte classificação do índice de Apgar: Vigoroso - recém-nascido que atinge índices de Apgar no valor de 7 a 10.

Asfxiado

Moderado

- é o recém-nascido que atinge valores do índice de Apgar de 4 a 6.

Argfixiado Grave - recém-nascido que obtém índices de Apgar de 0 a 3.9 Neste estudo,

desprezou-se os recém-nascidos

com

índice de Apgar

com

valor igual a zero,visto que são

consideradas mortas.5

Para a avaliação do crescimento intra-uterino,adotou-se as curvas de percentis de

Lubchenco e cols., de 1967, que estudou

uma

população de 5.635 recém-nascidos, abrangendo

anglo-saxônicos e índios mexicanos, na cidade de Denver - Estado de Colorado, a 3.000

metros de altitude.

Foram

determinados os valores nos percentis: P10 , Pzs , P50 , P1; e P90 .

Os

valores encontrados foram projetados

em

um

sistema de coordenadas, e obtidas as curvas de

percentis

numa

viabilidade de P10 ao P90, considerando dentro de

uma

faixa de crescimento

intra-uterino normal

80%

da população estudada.

A

classificação de Colorado para o recém-

nascido correlaciona peso-IG e crescimento intra-uterino, dividindo os neonatos

em

nove

grandes grupos básicos, separados pela idade gestacional (pré-termo, termo e pós-termo), e

cada

um

desses grupos três subgrupos separados pelo peso ao nascimento (adequado para a

idade gestacional, pequeno para a idade gestacional, grande para a idade gestacional). São

considerados adequados para a idade gestacional (AIG) os recém-nascidos que possuem peso

ao nascimento entre o percentil 10 e 90; pequenos para a idade gestacional (PIG) os recém-

(18)

(GIG) os recém-nascidos que possuem peso ao nascimento acima do percentil 90.

A

classificação de idade gestacional seguida por Lubchenco foi da Academia Americana de

Pediatria, de 1967, que considera prematuro o recém-nascido abaixo de 38 semanas de idade

gestacional.” _

Em

relação ao peso ao nascimento, conceituado

como

o primeiro peso do recém-

nascido obtido dentro dos primeiros 60 minutos completos após o nascimento,13 considerou-se

válido somente o peso que fosse rigorosamente obtido nesse intervalo de tempo após o

nascirnento, expresso

em

gramas. Considerou-se

como

limite para a nonnalidade o peso ao nascimento superior ou igual a 2.500 gramas. Dividiu-se o peso ao nascimento

em

três grupos:

entre 500 a 1.499 gramas, entre 1.500 a 2.499 gramas e acima de 2.500 gramas.

-

Em

relação à procedência , considerou-se quatro grandes grupos:

1, Município de Florianópolis - compreendia todos os bairros que fizessem parte do município

de Florianópolis, independente de ser parte da região da ilha ou do continente.

2.

Grande

Florianópolis - compreendia, exceto a cidade de Florianópolis, todas as cidades que

fazem parte desta subdivisão política de Santa Catarina, incluindo Águas

Momas,

Aliredo

Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Canelinha, Garopaba, Governador

Celso Ramos, Leoberto Leal, Marjor Gercino,

Nova

Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo

Amaro

da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José, São Pedro

de Alcântara e Tijucas.

3. Outras localidades de Santa Catarina - compreendia todas as cidades de Santa Catarina,

(19)

18

4. Outras localidades do Brasil - compreendia qualquer cidade que não fizesse parte do

Estado de Santa Catarina.

Neste estudo foi avaliada a mortalidade neonatal precoce, e foi considerado nascido

vivo o produto de

um

nascimento

com

peso superior a 500 gramas ou idade gestacional acima

de 22 semanas, no qual existe evidência de vida ao nascer (batimento cardíaco, pulsação do

cordão umbilical

ou

movimentos efetivos da musculatura voluntária). Para fins estatísticos,

avaliou-se

tembém

a mortalidade neonatal precoce

em

recém-nascidos

com

peso ao nascimento

(20)

Dos

449 recém-nascidos cujos partos ocorreram na Maternidade do Hospital

Universitário durante o periodo de 24 de outubro de 1995 a 31 de março de 1996,

em

relação à

vitalidade no 1° minuto de vida, 401 (89.3%) foram vigorosos, 30 (6.7%) foram considerados

asfixiados moderados, 15 (3.3%) foram considerados asfixiados graves e

em

três (0.7%) recém-nascidos não foi realizada a vitalidade no 1° minuto de vida (tabela 1).

TABELA

1 - Frequência

da

vitalidade

no

1° minuto de vida,

Maternidade

do Hospital

Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Vitalidade no 1°

minuto

Frequência

Percentagem(%)

Freq.cumul.

(%)

Vigorosos 401 89.3 89.3

Asfixiados Moderados 30 6.7 96.0

Asfixiados Graves 15 3.3 99.3

Ignorados 3 0.7 100.0

(21)

20

Considerando a vitalidade no 5° minuto de vida, 442 (98.5%) dos recém-nascidos

foram classificados

como

vigorosos, 5 (1.1%) foram classificados asfixiados moderados e 2 (0.4%) foram asfixiados graves (tabela 2).

TABELA

2 - Frequência da vitalidade no

minuto

de vida,

Matemidade

do Hospital

Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Vitalidade no 5° minuto Frequência

Percentagem(%)

Freq.cumul.(%)

Vigorosos 442 98.5 98.5

Asfixiados Moderados 5 1.1 99.6

Asfixiados Graves 2 0.4 100.0

Total 449 100.0

Todos os recém-nascidos asfixiados moderados no 1° minuto foram vigorosos no

minuto.

Dos

15 recém-nascidos asfixiados graves no 1° minuto, considerando o 5° minuto, 9

(60%) foram vigorosos, 4 (26.7%) foram asfixiados moderados e 2 (l3.3%) permaneceram

asfixiados graves.

Um

recém-nascido vigoroso no 1° minuto foi asfixiado moderado no

minuto.

Todos

os recém-nascidos

com

vitalidade ignorada no 1° minuto foram vigorosos no

minuto. '

A

Considerando a idade gestacional dos 349 recém-nascidos estudados, 393 (87 .5%) eram

termo, 55 (12.3%) eram prematuros e 1 (0.2%) era pós-termo.

A

média encontrada quanto à idade gestacional foi de 38 semanas e 05 dias, variando de

22 a 42 semanas (desvio padrão de 2.5 semanas).

A

mediana foi 39 semanas.

De

todos os recém-nascidos vigorosos, no 1° minuto, 362 (80.6%) eram termo, 38

(8.5%) eram pré-termo e 1 (0.2%) era pós-termo.

Em

relação aos recém-nascidos asfixiados

(22)

asfixiados graves, 6 (1.3%) eram termo e 9 (2.0%) eram pré-termo.

Os

3 (0.7%) recém-

nascidos cuja vitalidade no 1° minuto foi ignorada eram termo (tabela 3).

TABELA

3 - Correlação entre a vitalidade no minuto e a maturidade,

Matemidade

do

Hospital Universitário,Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Termo

Pré-termo Pós-termo Total

N

%

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 362 80.6 38 8.5 0.2 401 89.3 Asfixia

Moderada

22 4.9 8 1 8 - 30 6.7 Asfixia Grave 6 1.3 9 2.0 Ignorado 3 0.7 0 - Total 393 87.5 55 12.3 0.2 449 100.0 ›-flOOQ›-^ I I i-d mu: QP* \lUJ

Observa-se, na tabela abaixo, que os recém-nscidos pré-termo tiveram maior n° de

asfixiados

em

relação aos recém-nascidos a termo, salientando que essa diferença é

estatisticamente significativa (X2 igual a 29,86 , p

<

0.0001).

TABELA

4 -

Comparação

entre os recém-nascidos a termo e os recém-nascidos pré-

termos

na

avaliação

da

vitalidade

no

minuto,

Maternidade do

Hospital Universitário,

Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Termo

Pré-termo

Vigoroso 362 38

Asfixia 28 17

Total 390 55

X* = 29.86 p < o,ooo1

Avaliando a vitalidade no 5° minuto, considerando recém-nascidos vigorosos, 390

(23)

recém-22

nascidos asfixiados moderados, 2 (0.4%) eram termo e 3 (0.7%) eram pré-termo.

Em

relação

aos asfixiados graves, 1 (0.2%) era termo e 1 (0.2%) era pré-termo (tabela 5).

TABELA

5 - Correlação entre a vitalidade no minuto e a maturidade,

Maternidade

do

Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Termo

Pré-termo Pós-termo Total

N

%

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 390 86.9 51 11.4 0.2 442 98.5 Asfixia

Moderada

2 0.4 3 0.7 - 5 1.1 Asfixia Grave 1 0.2 1 2 0.4 Total 393 87.5 55 12.3 0.2 449 100.0 S3N ›-›oo›- I

Na

tabela 6 é observada

uma

diferença significa importante entre os recém-nascidos a termo e pré-termos.

Os

recém-nascidos pré-termo apresentaram maiorincidência de asfixia (X2

igual a 13,29, p

<

0.0001).

TABELA

6 -

Comparação

entre os recém-nascidos a termo e os recém-nascidos pré-

termo

na

avaliação

da

vitalidade

no

5° minuto,

Maternidade do

Hospital Universitário,

Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Termo

Pré-termo

Vigoroso 390 51

Asfixia 3 4

Total 393 55

x= =13.29 p < o.oo1

Como

pode ser observado na tabela 7, 379 (84.4%) dos recém-nascidos eram

adequados para a idade gestacional (AIG), 54 (12.0%) eram grandes para a idade gestacional (GIG) e 16 (3.6%) eram pequenos para a idade gestacional (PIG).

(24)

TABELA

7 - Frequência e classificação

do

crescimento intra-uterino dos recém-nascidos,

Matemidade

do Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Crescimento intra-uterino Frequência

Percentagem(%)

Freq. cumul.(%)

Adequado

para a idade gestacional 379 84.4 84.4

Pequeno para a idade gestacional 16 3.6 88.0

Grande para a idade gestacional 54 12.0 100.0

Total 449 100.0

Conforme a tabela 8,

em

relação à vitalidade no 1° minuto, de todos os recém-nascidos

vigorosos, 336 (74.8%) eram AIG, 13 (2.9%) eram

PIG

e 52 (11.6%) eram GIG.

Em

relação

aos asfixiados moderados, 28 (6.3%) eram

AIG

e 2 (0.4%) eram GIG.

Dos

asfixiados graves,

12 (2.6%) eram

AIG

e 3 (0.7%) eram PIG.

Os

3 (0.7%) recém-nascidos cuja vitalidade no 1°

minuto foi ignorada eram AIG.

Convém

salientar que estes dados não são estatisticamente significativos.

TABELA

8 - Vitalidade no

minuto

em

relação a classificação do crescimento intra-

uterino*, Maternidade do Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a

março/1996.

AIG

PIG

GIG

Total

N

%

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 336 74.8 13 2.9 52 11.6 401 89.3 Asfixia moderada 28 6.3 0 - _ 2 0.4 30 6.7 Asfixia grave 12 2.6 3 0.7 0 - 15 3.3 Ignorado 3 0.7 0 - 0 - 3 0.7 Total 379 84.4 16 3.6 54 12.0 449 100.0

* Diferenças sem significado estatístico.

Considerando a vitalidade no 5° minuto, considerando os recém-nascidos vigorosos,

(25)

recém-24

nascidos asfixiados moderados e dois (0.4%) asfixiados graves eram

AIG

(tabela 9). Estes

dados não são estatisticamente significativos.

TABELA

9 - Vitalidade no minuto

em

relação a classificação do crescimento intra-

uterino*,

Matemidade

do Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a

março/1996.

AIG

PIG

GIG

Total

N

%

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 372 82.9 16 3.6 54 12.0 442 98.5

Asfixia moderada 5 1.1 0 - 0 - 5 1.1

Asfixia grave 2 0.4 0 - 0 - 2 0.4

Total 379 84.4 16 3.6 54 12.0 449 100.0

* Diferenças sem significado estatístico.

Foram

asfixiados, tendo

como

parâmetro a vitalidade no 1° minuto, 10.6% dos recém-

nascidos AIG, l8.8% dos recém-nascidos

PIG

e

3.8%

dos recém-nascidos GIG.

No

minuto

foram asfixiados segundo a vitalidade 1.8% dos recém-nascidos AIG, sendo que todos os recém-nascidos

GIG

e

PIG

foram vigorosos.

Em

relação ao peso ao nascimento, do total de 449 recém-nascidos, 7 (l.6%) tiveram

peso ao nascimento entre 500 e 1.499 gramas (g.), 35 (7.8%) tiveram o peso ao nascimento

entre 1.500 a 2.499g., e (90.6%) tiveram peso acima de 2.500 gramas (tabela 10).

A

média do peso ao nascimento dos recém-nascidos neste estudo foi de 3.l94,7 gramas,

variando entre 570 a 4.900 gramas (desvio padrão de 606.3 gramas).

A

mediana foi 3.260

(26)

TABELA

10 - Frequência do peso ao nascimento,

Matemidade

do Hospital

Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

PESO

Frequência

Percentagem(%)

Freq. cumul.(%)

500 a 1.499 gramas 7 1.6 1.6

1.500 a 2.499 gramas 35 7.8 9.4

Maior 2.500 gramas 407 90.6 100.0

Total 449 100.0

Em

relação ao peso ao nascimento, avaliando os recém-nascidos vigorosos no 1°

minuto, verifica-se que 2 (0.5%) pesaram entre 500 a 1.499 gramas, 28 (6.2%) tiveram peso

ao nascimento entre 1.500 a 2.499 gramas e 371 (82.6%) tiveram peso acima de 2.500 gramas.

Dos

recém-nascidos asfixiados moderados 3 (0.7%) pesaram entre 1.500 a 2.499 gramas e 27

(6.0%) pesaram acima de 2.500 gramas. Considerando os recém-nascidos asfixiados graves, 5

(1.1%) pesaram entre 500 a 1.499 gramas, 4 (0.9%) pesaram entre 1.500 a 2.499 gramas e 6 (l.3%) pesaram acima de 2.500 gramas.Verificando os recém-nascidos de vitalidade ignorada

no 1° minuto, os 3 (0.7%) pesaram acima de 2.500 gramas (tabela 11). Estes dados não são

significativos estatisticamente.

TABELA

ll - Correlação entre a vitalidade no minuto e o peso ao nascimento*,

Matemidade

do Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Peso entre 500 a Peso entre 1.500 a Peso

maior que

Total

1.499

gramas

2.499

gramas

2.500

gramas

N

%

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 2 0.5 28 6.2 371 82.6 401 89.3 Asfixia

Moderada

- 0.7 27 6.0 30 6 7 Asfixia grave 1.1 0.9 6 1.3 15 3.3 Ignorado - 3 0.7 3 0.7 Total 7 1.6 7.8 407 90.6 449 100.0 ouzo I ua uno4=›o›

(27)

26

Em

relação à vitalidade no 5° minuto, dos recém-nascidos vigorosos, 4 (0.9%) pesaram

entre 500 a 1.499 gramas, 35 (7.8%) pesaram entre a 1.500 a 2.499 gramas e 403 (89.8%)

tiveram peso acima de 2.500 gramas.

Dos

recém-nascidos asfixiados moderados, 2 (0.4%)

pesaram entre 500 a 1.499 gramas e 3 (0.7%) tiveram peso as nascimento acima de 2.500

gramas. Considerando os recém-nascidos asfixiados graves, 1 (0.2%) pesou entre a 500 a 1.499

gramas e 1 (0.2%) pesou acima de 2.500 gramas e (tabela 12). Salienta-se que estes dados não

são estatisticamente significativos.

TABELA

12 - Correlação entre a vitalidade no minuto e o peso ao nascimento*,

Maternidade

do Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Peso entre 500 Peso entre 1.500 Peso

maiorque

Total

a 1.499 8

ramas

a 2.499

gramas

2.500

gramas

N

%

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 4 0.9 35 7.8 403 89.8 442 98.5 Asfixia

Moderada

2 0.4 0 - 3 0.7 5 1.1 Asfixia grave 1 0.2 0 - 1 0.2 2 0.4 Total 7 1.5 35 7.8 407 90.7 449 100.0

* Diferenças sem significado estatístico.

Verificou-se que

7l.4%

dos recém-nascidos cujo peso foi entre 500 a 1.499 gramas,

20%

recém-nascidos

com

peso entre 1.500 a 2.499 gramas e

8.1%

com

peso ao nascimento acima de 2.500 gramas asfixia na vitalidade do 1° minuto.

No

5° minuto,

42.9%

dos recém-

nascidos

com

peso entre 500 a 1.499 gramas e

1%

com

peso acima de 2.500 gramas foram

asfixiadas

em

relação à vitalidade.

Tabela 13 mostra .as intercorrências gestacionais descritas na gestação dos recém-

nascidos estudados.

Foram

observados 117 (35.0%) casos de infecção do trato urinário, 55

(28)

(8.4%) casos de anemia, 15 (4.5°/ó) casos de pre'-eclâmpsia, 14 (4.2%) casos de hipertensão

arterial sistêmica crônica, 14 (4.2%) casos de ruptura prematura de membranas, 10 (3.0%)

casos de gemelares (considerando o n° de conceptos,

porém

a incidência de gestação gemelar

foi de 1.5%), 6 (1.8%) casos de

D.M.

gestacional, 5 (l.5%) casos de parasitose intestinal e 24

(7.2%) casos de outras intercorrências, totalizando 334 intercorrências.

O

número total dos recém-nascidos cuja gestação apresentou intercorrências foi de 212,

ou

seja,

47.2%

dos 449

recém-nascidos, considerando cada gemelar separadamente.

TABELA

13 - Frequência das intercorrências gestacionais,

Maternidade

do Hospital

Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Intercorrência gestacional Frequência -

Percentagem(%)

Infecção do trato urinário 117 35.0

Trabalho de parto prematuro 55 16.4

Sangramento 46 13.8

Anemia

28 8.4

Pré-eclâmpsia 1 5 4.5

H.A.S. crônica 14 4.2

Ruptura prematura de membranas 14 4.2

Gelelaridade 10 3.0

D.M.

gestacional 6 1.8

Parasitose intestinal 5 1.5

Outras 24 7.2

Conforme mostra a tabela 14,

em

relação à vitalidade no 1° minuto, considerando

como

intercorrência gestacional infecção do trato urinário, 104 (3l.1%) recém-nascidos foram

vigorosos, 9 (2.7%) foram asfixiados moderados e 4 (1.2%) foram asfixiados graves. Trinta e

oito (11.4%) dos recém-nascidos que entraram

em

trabalho de parto prematuro foram

vigorosos, 8 (2.4%) foram asfixiados moderados e 9 (2.7%) foram asfixiados graves.

Quando

a

intercorrência foi sangramento, 40 (12.0%) dos recém-nascidos foram vigorosos, 5 (l.5%)

(29)

28

20 (6.0%) recém-nascidos foram vigorosos, 6 (1.8%) foram asfixiados moderados e 1 (0.3%)

foi asfixiado grave.

Quando

a interconência gestacional foi pré-eclâmpsia, 12 (3.6

%)

dos

recém-nascidos foram vigorosos e 3 (0.9%) forarn asfixiados graves.

Em

relação à H.A.S.

crônica, todos os 14 (4.2%) recém-nascidos foram vigorosos.

Quando

a intercorrência foi

ruptura prematura de membranas 12 (3.6%) foram vigorosos e 2 (0.6%) foram asfixiados

moderados. Considerando os recém-nascidos gemelares, 7 (2.1%) foram vigorosos, l (0.3%)

foi asfixiado moderado e 2 (0.6%) foram asfixiados graves. Todos os 6 (1.8%) recém-nascidos

com

D.M.

gestacional

como

intercorrência foram vigorosos. Quatro (1.2%) dos recém-

nascidos

com

história gestacional de parasitose intestinal foram vigorosos, e 1 (0.3%) foi

asfixiado moderado.

Convém

salientar que essas intercorrências foram consideradas

independentes entre si , isto é, pode haver

um

recém-nascido

com

maispde Luna intercorrência.

TABELA

14 - Intercorrências gestacionais relacionadas

com

a vitalidade no minuto,

Maternidade

do Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Vigoroso Asfixiado Asfixiado Ignorado

.

Moderado

Grave

%

N

%

2

%

2

$

l\)OOO\U1OO OOUJ'-**-^\O-í> CCO'-'OGG

N

Infecção do trato urinário 104 31.1 9 2.7 1.2 -

Trabalho de parto prematuro 38 11.4 2.4 2.7 -

Sangramento 40 12.0 1.5 0.3 -

Anemia

20 6.0 1.8 0.3 0.3 Pré-eclâmpsia 12 3.6 - 0.9 - H.A.S. crônica 14 4.2 - - - Ruptura prematura de 12 3.6 0.6 - - membranas Gemelar 7 2.1 0.3 0.6 -

D.M.

gestacional 6 1.8 - - - Parasitose intestinal 4 1.2 0.3 - - Outras 19 5.7 1 0.3 4 1.2 1 0.3 ›-›©›--1 CON OOO

*As intercorrencias gestacionais foram consideradas independentes, isto é, pode haver

um

recém-nascido com mais de uma intercorrência.

(30)

Com

relação à vitalidade no 5° minuto, obsevou-se que 1 (0.3%) recém-nascido

com

história gestacional de infecção do trato urinário, 3 (O.9%) recém-nascidos

com

história de

trabalho de parto prematuro, 1 (0.3%) gemelar e 1 (0.3%) recém-nascido cuja gestação teve

outras intercorrências foram asfixiados moderados.

Foram

asfixiados graves 1 (0.3%) recém-

nascido

com

história de trabalho de parto prematuro, 1 (0.3%) gemelar e 1 (0.3%) recém-

nascido

com

outras intercorrências gestacionais.

Os

demais foram vigorosos no 5° rninuto

(tabela 15).

TABELA

15 - Intercorrências gestacionais relacionadas

com

a vitalidade no 5° minuto,

Maternidade

do Hospital Universitário,Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Vigoroso Asfixia

Moderada

Asfixia

Grave

N

%

N

%

N

%

Infecção do trato urinário 116

Trabalho de parto prematuro 51

Sangramento 46

Anemia

28 Pré-eclâmpsia 15 H.A.S. crônica 14 Ruptura prematura de membranas 14 Gemelar 8

D.M.

gestacional 6 Parasitose intestinal 5 Outras 34.7 15.3 13.8 8.4 4.5 4.2 4.2 2.4 1.8 1.5 1 OOOOUJ OO*-*O 0.3 0.9 0.3 o OOOO>-*O F-^OO>-*CD 0.3 0.3 III 22 6 6 1 0 3 03

As intercorrências gestacionais foram consideradas independentes, isto é, pode haver

um

recém-nascido com

mais de Luna intercorrência.

Observou-se asfixia, tendo

como

parâmetro a vitalidade no 1°,

em

11,1% recém-

nascidos quando a intercorrência gestacional foi infecção do trato urinário,

30.1%

quando

houve história gestacional de trabalho de parto prematuro,

13%

dos quando a intercorrência

(31)

30

história gestacional de pré-eclâmpsia, 14.3% quando a interconência foi ruptura prematura de

membranas,

30%

dos recém-nascidos gemelares e

em

20.8%

dos recém-nascidos

com

outras

intercorrências gestacionais.

Com

relação à vitalidade no 5° minuto, observou-se asfixia

em

0.9%

quando a intercorrência foi infecção do trato urinário,

7.3%

quando a intercorrência foi

trabalho de parto prematuro,

20%

dos gemelares e

em

8.3%

quando foram outras

intercorrências.

De

todos os recém-nascidos procedentes do município de Florianópolis,

em

relação à vitalidade no 1° minuto de vida, 332 (73.9%) recém-nascidos foram vigorosos, 28

(6.3%) foram asfixiados moderados, 12 (2.7%) foram asfixiados graves e 2 (0.5%) recém-

nascidos tiveram a vitalidade ignorada no 1° minuto.

Dos

recém-nascidos procedentes da

Grande Florianópolis, 64 (14.3%) foram vigorosos, 2 (0.4%) foram asfixiados moderados, 1

(0.2%) foi asfixiado grave e 1 (0.2%) recém-nascido teve vitalidade ignorada. Dois (0.4%)

recém-nascidos vigorosos e 2 (0.4%) recém-nascidos asfixiados graves eram procedentes de

outras localidades de Santa Catarina. Três (0.7%) recém-nascidos vigorosos eram procedentes

de outras localidades do Brasil (tabela 16).

TABELA

16 - Relação entre procedência e vitalidade

no

minuto,

Maternidade

do

Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/95 a março/96.

Vigoroso Asfixia Asfixia Ignorado Total

Moderada

Grave

N

%

N

%

N

%

N

%

N

%

Município de Florianópolis 332 73.9 28 6.3 12 2.7 2 0.5 374 83.3 Grande Florianópolis 64 14.3 2 0.4 l 0.2 l 0.2 68 15.1 Outras localidades 2 0.4 0 - 2 0.4 O - 4 0.9 de SC. Outras localidades 3 0.7 0 - 0 - 0 - 3 0.7 do Brasil Total 401 89.3 30 6.7 15 3.3 3 0.7 449 100.0

(32)

Em

relação ao sexo dos recém-nascidos, 217 (48.3

%)

foram masculinos e 232 (5l.7%)

foram femininos.Considerando os recém-nascidos masculinos na vitalidade do 1° minuto, 189 (42.l%) foram vigorosos, 18 (4.0%) foram asfixiados moderados, 9 (2.0%) foram asfixiados

graves e

em

l (0.2%) a vitalidade foi ignorada.

Em

relação aos recém-nascidos do sexo

feminino, 212 (47.2%) foram vigorosos, 12 (2.7%) foram asfixiados moderados, 6 (1.3%) foram asfixiados graves e

em

duas (0.5%) meninas a vitalidade foi ignorada (tabela 17).

Salienta-se que a diferença observada entre a vitalidade

em

relação ao sexo não é estatisticamente significativa.

TABELA

17 - Vitalidade no 1°

minuto

em

relação ao sexo*,

Maternidade

do Hospital

Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Masculino Feminino Total

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 189 42 .l 212 47.2 401 89.3 Asfixia

Moderada

18 4.0 12 2.7 30 6.7 Asfixia Grave 9 2.0 6 1.3 15 3.3 Ignorado 1 0.2 2 0.5 3 0.7 Total 217 48.3 232 51.7 449 100.0

*Diferença sem significado estatístico.

Avaliando a vitalidade no 5° minuto, observa-se que 213 (47.4%) dos recém-nascidos

do sexo masculino foram vigorosos, 3 (0.7%) foram asfixiados moderados e 1 (0.2%) foi

asfixiado grave.

Em

relação aos recém-nascidos do sexo feminino, avaliando a vitalidade no 5°

minuto, 229 (51.1%) foram vigorosos, 2 (0.4%) foram asfixiados moderados e 1 (0.2%) foi

(33)

32

TABELA

18 - Vitalidade no minuto

em

relação ao sexo*,

Matemidade

do Hospital

Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Masculino Feminino Total

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 213 47.4 229 51.1 442 98.5

Asfixia

Moderada

3 0.7 2 0.4 5 1.1

Asfixia Grave 1 0.2 1 0.2 2 0.4

Total 217 48.3 232 51.7 449 100.0

* Diferenças sem significado estatístico.

Conforme verificado na tabela abaixo,

em

relação aos partos nomiais (ao total 312

partos), 282 (62.8%) dos recém-nascidos no 1° minuto foram considerados vigorosos, 21

(4.7%) foram considerados anoxiados moderados, 7 (1.5%) foram anoxiados graves e

em

2 (0.5%) recém-nascidos não foi obtida a vitalidade no 1° minuto. Já nos partos cesáreos, que

totalizaram 137 partos, 119 (26.5%) dos recém-nascidos foram vigorosos, 9 (2.0%) foram

anoxiados moderados, 8 (1.8%) foram anoxiados graves e

em

1 (0.2%) dos recém nascidos a

vitalidade foi ignorada.

3

TABELA

19 - Relação entre a vitalidade

no

1° minuto e o tipo de parto*,

Maternidade

do

Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/95 a março/96.

Parto

Normal

Parto Cesárea Total

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 282 62.8 119 26.5 401 89.3 Asfixia

Moderada

21 4.7 9 2.0 30 6.7 Asfixia Grave 7 1.5 8 1.8 15 3.3 Ignorado 2 0.5 1 0.2 3 0.7 Total 312 69.5 137 30.5 449 100.0

* Diferenças sem significado estatístico.

Como

verificado na tabela abaixo,

em

relação aos partos normais no 5° minuto, 307

(34)

e 1 (0.2%) foi asfixiado grave. Considerando os partos cesáreas, 135 (30.1%) dos recém-

nascidos foram vigorosos, 1 (0.2%) foi asfixiado moderado e 1 (0.2%) foi asfixiado grave.

TABELA

20 - Relação entre a vitalidade no 5° minuto e o tipo de parto*,

Matemidade

do

Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Parto

Normal

Parto Cesárea Total

N

%

N

%

N

%

Vigoroso 307 68.4 135 30.1 442 98.5

Asfixia

Moderada

4 0.9 1 0.2 5 1.1

Asfixia Grave 1 0.2 1 0.2 2 0.4

Total 312 69.5 137 30.5 449 100.0

* Diferenças sem significado estatístico.

Considerando a mortalidade neonatal precoce, 6 (1.3%) dos 449 recém-nascidos foram

a óbito. Destes, 5 (83.3%) foram considerados asfixiados graves e 1 (l6.7%) foi considerado

vigoroso no 1° minuto (tabela 21).

TABELA

21 - Mortalidade

em

relação à vitalidade no minuto,

Maternidade

do

Hospital Universitário, Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Vitalidade no 1° minuto Óbitos

Percentagem(%)

Vigoroso 1 16.7

%

Asfixiado

Moderado

0 -

Asfixiado Grave 83.3

%

Total 100.0

%

¢\U¡

Dos

recém-nascido que foram à óbito, considerando a vitalidade no 5° minuto, 2 (33.3%) foram considerados asfixiados graves, 2 (33.3%) foram considerados anoxiados moderados, e 2 (33.3%) foram considerados vigorosos.

Em

1 (0.2%) dos 449 recém-nascidos

(35)

34

TABELA

22 - Mortalidade

em

relação à vitalidade

no

minuto,

Matemidade

do

Hospital Universitário,Florianópolis, outubro/1995 a março/1996.

Vitalidade no 5° minuto Óbitos

Percentagem(%)

Vigoroso 2 33.3

Asfixiado

Moderado

2 33.3

Asfixiado Grave 33.3

Total ~100.0

O\l\)

O

coeficiente de mortalidade neonatal precoce, considerando nascido vivo todo recém-

nascido

com

peso ao nascimento superior a 500 gramas, foi de 13.4%. Considerando somente

os recém-nascidos

com

peso ao nascimento superior a 1.000 gramas, o coeficiente de

(36)

A

distribuição da percentagem na vitalidade no 1° minuto é mostrado na tabela 23, onde

é feita

uma

comparação

com

valores encontrados

em

estudos feitos por Apgar (1962) e Drage

(19ó4).”~*°

TABELA

23 - Distribuição

da

percentagem

na

vitalidade do

minuto

comparando

com

outros estudos.

casos Vigorosos Asfixia

Moderada

Asfixia

Grave

Ignorados

Apgar 27.715 79.3 13.3 7.4 -

Drage 17.221 78.9 14.5 6.7 -

Este estudo 449 89.3 6.7 3.3 0.7

Fonte -.DRAGE, J.S. et al. The Apgar score as an index of neonatal mortaliyy - a report

fiom

the Collaborative

Study of Cerebral Palsy. Obstetrics and Gynecology, v.24, p.222-230,1964.

APGAR,V., JAMES, L.S. Further observations on the newbom scoring system. Am. J. Dis. Child. ,

v.104, p. 419,1962.

É

importante salientar que os estudos de Drage e os estudos de Apgar são baseados

num

grande número de pacientes; os estudos de Drage possuem a colaboração de várias

Maternidades dos E.U.A., tanto de instituições gerais

como

centros de referência para

(37)

36

Maternidade do Hospital Universitário nasceram

com

melhor vitalidade no 1° minuto de vida,

refletindo talvez

uma

população

matema

de

menor

risco, partos

com

poucas complicações e

consequentemente recém-nascidos

com

menor índice de asfixia perinatal.

Nesta casuística observou-se que 12,25% dos recém-nascidos eram pré-termo.

Em

alguns países desenvolvidos, a incidência da prematuridade é da

ordem

de

6%

(França,

Inglaterra e Estados Unidos da Amén`ca).”

Em

geral, a incidência da prematuridade é tanto

maior quanto

menos

desenvolvido for o meio, podendo provavelmente explicar as taxas de prematuridade mais altas neste estudo comparando

com

países do 1° mundo.

Na

Maternidade

do Hospital das Clínicas

em

São Paulo, onde a população materna é de alto risco,

em

1988

houve 17.5% de prematuros. Já no Hospital Universitário da Universidade Federal de São

Paulo,

uma

Maternidade mais geral e que recebe

um

grande n° de gestantes normais, a

incidência de pré-temos

em

1988 foi de 12.3

%.”

Conforme a tabela 3, observa-se que os recém-nascidos a tenno possuem maior

percentual de vigorosos e menor percentual de asfixia, comparando

com

os recém-nascidos

pré-termo.

O

mesmo

é observado na tabela 4, onde novamente é observado

um

maior

percentual de recém-nascidos a termo vigorosos.

Em

um

estudo feito no

“Women

and

lnfants Hospital of

Rhode

Island ", observou-se

que a vitalidade no 1° e no 5° minuto é influenciada pelo nível de maturidade dos recém-

nascidos; foi analisado cada componente do escore de Apgar e observou-se que a fiequência

cardíaca somente é afetada no 1° minuto nos extremos da prematuridade; esforço respiratório,

irritabilidade reflexa e tônus muscular diminuem proporcionalmente à medida que diminui a

idade gestacional.” Isso não quer sugerir, de maneira alguma, que os recém-nascidos pré-

(38)

gestacional. Sabe-se que a prematuridade, associada ao baixo peso, são fatores de alto risco na

\

morbiletalidade neonatal .I9

Observou-se

em

todas as tabelas que a vitalidade no 5° minuto possui maior frequência

de recém-nascidos vigorosos quando comparado

com

a vitalidade no 1° minuto.

Embora

se

tenha acreditado que o escore do 5° minuto se correlacionasse

com

a morbidade neonatal, ele

indica mais precisamente a resposta aos esforços ressucitativos.9 Então, pode ser que os

melhores escores no 5° minuto seja devido ao sucesso da reanimação neonatal.

Houve

uma

maior incidência de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional

(PIG)

com

asfixia grave (l8.8%)

em

comparação

com

recém-nascidos grandes e adequados

para a idade gestacional. Isso talvez possa refletir

um

certo grau de insuficiência placentária,

que associado à

nutrição fetal,

toma

o trabalho de parto

uma

sobrecarga à placenta

hipofuncionante, podendo gerar pertubações de perfusão e resultar

em

graus variáveis de

hipotonia e acidose no recém-nascido, traduzido por

um

baixo escore de

Apgar

no 1° minuto.2°

Convém

salientar que esse dado não é estatisticamente significativo, visto que

em

números

absolutos somente três recém-nascidos

PIG

tiveram asfixia grave.

I

Observou-se, neste estudo, que

71.4%

dos recém-nascidos

com

peso ao nascimento

entre 500 a 1.499 gramas e

em 20%

dos recém-nascidos

com

peso entre 1.500 a 2.499 gramas,

asfixia no 1° minuto, e que

42.9%

dos recém-nascidos

com

peso entre 500 a 1.499 gramas

foram asfixiados no 5° minuto. Drage,

em

seu estudo, observou que

57.2%

dos infantes abaixo

de 1.500 gramas foram asfixiados graves no 1° minuto, e

39.6%

foram asfixiados graves 5°

minuto. Ele

também

verificou que l2.4% dos recém-nascidos baixo peso foram asfixiados

graves no 1° minuto, e

3.85%

dos recém-nascidos foram asfixiados graves no 5° minuto,

concluindo haver

uma

forte. associação

com

baixa vitalidade e peso as nascimento

menor

que

I

I | '__

(39)

38

2.500 gramas.”

No

Berçário

Anexo

à Maternidade do Hospital das Clinicas de São Paulo

(BAM-HC),

em

1991, verificou-se no grupo de recém-nascidos extremo muito baixo peso

80.9%

de asfixia perinatal.”

Convém

salientar que a interpretação do índice de Apgar

em

recém-nascidos

com

peso ao nascimento abaixo de 1.500 gramas pode gerar dúvidas, pois

esforço respiratório inadequado, tônus diminuído, ausência de irritabilidade reflexa e

aparecimento rápido de bradicardia são encontrados na prematuridade extrema

sem

traduzirem

necessariamente asfixia.21

u

A

incidência de infecção do trato urinário neste estudo foi de 35%. Associando a

intercorrência

com

a vitalidade no 1° minuto, verificou-se que

88.9%

dos recém-nascidos

foram vigorosos e ll.l% tiveram asfixia. Sabe-se que a infecção do trato urinário é

um

dos

problemas mais

comuns

no ciclo grávido puerperal,

em

geral assintomática.

A

bacteriúria de

certo liga-se

com

maior ocorrência de natimortos e prematuridade.”

Quando

sintomática a

infecção do trato urinário está associada

com

uma

maior frequência de retardo de crescimento

e prematuridade.23'24

Não

encontrou-se na literatura consultada dados que correlacionassem

efeitos diretos da infecção do trato urinário na vita1idade.22'23'24

Somente

8.4%

dos recém-nascidos tiveram história gestacional de anemia.

É

sabido que nos países desenvolvidos, cerca de

20%

das mulheres e

50%

das gestantes apresentam

deficiência de ferro ; as reservas de ferro estão bastante reduzidas

em 30%

das mulheres

em

idade fértil e

em 60%

das gestantes.”

Em

relação à anemia ferropriva, esta afeta

aproximadamente 80 a

90%

das mulheres grávidas nos países

em

desenvolvimento.”

A

baixa

incidência de anemia na história gestacional dos recém-nascidos neste trabalho deve-se,

(40)

Em

20%

dos recém-nascidos

com

história gestacional de pré-eclâmpsia observou-se

asfixia grave no primeiro minuto. Isso talvez possa ser explicado pelos eventos fisiopatológicos

que ocorrem nessa entidade e que

podem

interferir no

bem

estar fetal, salientando o espasmo vascular, aterosclerose, síndrome de hiperviscosidade, levando a limitação do fluxo sanguíneo

interviloso, gerando isquemia decíduo placentária , podendo levar a sofrimento fetal.27 Esses

recém-nascidos foram vigorosos na avaliação da vitalidade no 5° minuto, podendo refletir o

sucesso da reanimação neonatal.

A

incidência de gestação gemelar, neste estudo, foi de 1:66.

Em

outros países a

frequência é variável, sendo exemplo de valores extremos a Finlândia (1 :65) e o Japão (1 :150),

sendo encontrados valores intermediários nos E.U.A., onde é registrada a gemelaridade na

proporção de 1:84.” Admite-se que a taxa atual de concepção de gemelares é muito maior,

devido à precoce perda de

um

dos conceptos, muito mais

comum

que clinicamente

reconhecida.”

Neste estudo verificou-se que, no 1° minuto,

30%

dos recém-nascidos gemelares

tiveram asfixia e- no 5°"minuto,

20%

pennaneceram

com

asfixia. Esta maior frequência de

asfixia

em

gemelares pode ser explicada por diversos fatores:

1, Prematuridade - no “Chicago Lyíng-In Hospital ” a duração média da gravidez é de 281 dias;

na gemelaridade, 256 dias.

2, Anoxia - é

comum

nos dois conceptos, consequente à hipertonia por sobredistensão; está

(41)

40

da matriz após o primeiro parto, e ocasionalmente, nesta fase

também

determinado pelo

descolamento prematuro da placenta.”

A

maioria dos recém-nascidos são procedentes do Município de Florianópolis, sendo

essa a região que abrange o Hospital Universitário.

Os

recém-nascidos do sexo feminino tiveram melhor classificação da vitalidade

em

comparação

com

os recém-nascidos do sexo masculino, embora não sendo estatisticamente significativo.

Quanto ao tipo de parto, verificou-se que os recém-nascidos de partos nomiais tiveram

melhor vitalidade no 1° minuto

em

relação aos partos cesáreas.

Foram

vigorosos

90.38%

recém-nascidos de parto normal contra

86.86%

de partos cesáreas;

em

termos de asfixia

moderada

ambos

praticamente se igualaram,

mas

considerando os asfixiados graves,

5.84%

eram partos cesáreas e

2.24%

eram partos nomiais. Apgar,

em

seu artigo original, já havia

observado essa diferença, embora seu grupo de estudo não fosse estatisticamente significantel

Convém

salientar que neste estudo a diferença

também

não foi estatisticamente significativa.

Considerando os recém-nascidos vivos acima de 500 gramas, o coeficiente de

mortalidade neonatal precoce neste estudo foi de 13,4%;

em

estudo feito na Matemidade

Carmela Dutra de Florianópolis essa taxa foi de 12,1%

em

1994 ,e 10,5 %‹›

em

1995.

Considerando os recém-nascidos vivos acima de 1.000 gramas, o coeficiente de mortalidade foi

de 6,7%; na Maternidade da Maternidade Carmela Dutra esse coeficiente foi de

7,3%

em

1994

e

6,9%

em

1995, observando que a mortalidade neonatal precoce é superior no grupo

com

500

gramas

ou

mais quando comparada

com

o grupo de 1.000 gramas

ou

mais. 3°

Observou-se que 1.34% dos 449 recém-nascidos foram a óbito, sendo

83.3%

asfixiados

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