Avaliação Ambiental Estratégica
Relatório de Factores Críticos para a Decisão
Abril 2009
Ficha técnica
Coordenação
Maria do Rosário Partidário
Equipa técnica
Gustavo Vicente
Miguel Valentim
Rita Bruno Soares
Índice
1 Introdução
3
2 Objectivo e metodologia da AA
3
2.1 Abordagem específica
5
3 Problemas e oportunidades
7
4 Factores Críticos para a Decisão
12
4.1 Elementos de base estratégica (QE, QA, QRE)
12
Questões Estratégicas (QE)
12
Questões Ambientais (QA)
13
Quadro de Referência Estratégico (QRE)
14
4.2 Critérios de avaliação e indicadores
16
4.3 Fontes de informação
19
5 Cronograma de trabalhos
20
ANEXO I - Lista de entidades relevantes para consulta
22
ANEXO II - Objectivos e metas relevantes do QRE
24
1 Introdução
O presente documento constitui o Relatório de Factores Críticos para a Decisão
(FCD) da Avaliação Ambiental (AA) relativa à revisão do Plano Director Municipal
de Lisboa (PDM-Lx).
A revisão do PDM-Lx encontra–se sujeita a um processo de AA de acordo com o
Decreto–Lei nº 316/2007 de 19 de Setembro, e subsidiariamente com o
Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho. Este enquadramento legal define como
responsável pela AA o proponente do plano a avaliar, neste caso a Câmara
Municipal de Lisboa (CML). Essa responsabilidade estende-se à decisão de
elaborar a AA, determinação do âmbito e alcance da AA, consulta de entidades e
do público sobre o âmbito e alcance da AA, preparação do Relatório Ambiental e
respectivas consultas públicas e institucionais, e apresentação da Declaração
Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Este relatório dá cumprimento ao estipulado no nº1 do art.º 5º do Decreto-Lei nº
232/2007 de 15 de Junho relativamente à determinação do âmbito da avaliação
ambiental, bem como ao alcance e nível de pormenorização da informação a
incluir no Relatório Ambiental e destina-se a ser apreciado pelas entidades
públicas com responsabilidade ambiental específica (ERAE), nos termos do nº3
do art.º 3º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho (Anexo I), e demais
entidades e agentes que o proponente entenda deverem ser consultados,
designadamente os membros da Comissão de Acompanhamento (CA) do
PDM-Lx.
2 Objectivo e metodologia da AA
A AA da revisão do PDM-Lx será desenvolvida de acordo com uma metodologia
de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), tal como descrita em Partidário
(2007)
1, segundo a qual a avaliação deve ser conduzida em simultâneo com a
elaboração do plano, considerar opções estratégicas para avaliação, considerar
1 PARTIDÁRIO, M.R. (2007). “Guia de boas práticas para Avaliação Ambiental Estratégica - orientações
um contexto de sustentabilidade e apontar a atenção para aspectos essenciais
relevantes que, cumprindo a legislação, evitem descrições demasiado detalhadas
em relação à escala do plano. A metodologia proposta assegura o cumprimento
do estipulado no Decreto–Lei nº 232/2007, de 15 de Junho e no Decreto–Lei nº
316/2007, de 19 de Setembro, desenvolvendo-se em quatro fases metodológicas
fundamentais:
1. Identificação e análise de Factores Críticos para a Decisão
2. Análise de tendências e avaliação de oportunidades e riscos das opções
estratégicas e do modelo territorial
3. Bases para um programa de acompanhamento da implementação do plano
4. Preparação de documentos, que incluem:
a. Relatório de Factores Críticos para a Decisão, que corresponde ao presente
documento e que reporta sobre o âmbito e alcance da AA
b. Relatório Ambiental
c. Declaração Ambiental
Esta abordagem estratégica pressupõe ainda que a AAE seja complementar à
concepção do PDM-Lx, utilizando, sempre que possível, os elementos de trabalho
do plano, quer no que respeita ao diagnóstico, quer no que respeita às opções de
desenvolvimento preconizadas. A AAE tem ainda em conta os resultados obtidos
no âmbito dos processos de consulta de entidades e do público.
O objectivo da AAE é avaliar de que forma as estratégias do PDM-Lx integram as
dimensões ambientais e de sustentabilidade relevantes no município, e como se
adequam para dar resposta aos riscos e oportunidades que poderão suscitar no
futuro. Importa, neste contexto, assegurar que o PDM-Lx estabelece uma visão
de futuro e linhas de força que sirvam de referência à avaliação.
Para assegurar estes objectivos a metodologia a seguir na AAE concretiza-se nas
actividades fundamentais adiante descritas, que se irão articular com o processo
de planeamento.
2.1 Abordagem específica
1. Focalização
Focalização
Focalização
Focalização - corresponde à identificação, justificação e apresentação dos FCD.
Os FCD reflectem os temas que estruturam a avaliação e que correspondem aos
aspectos fundamentais a ser considerados no processo de decisão, na concepção
das opções estratégicas do plano e das acções que as implementam. A
identificação dos FCD resulta da análise integrada de um conjunto diverso de
elementos:
- Quadro de Referência Estratégico (QRE), que estabelece o referencial de
avaliação face ao que se pretende para o desenvolvimento futuro, bem como o
enquadramento com outros planos e programas relevantes, incluindo politicas
europeias e nacionais;
- Questões
Estratégicas do PDM-Lx (QE), que configuram a conjuntura
estratégica, objectivos e linhas de força que orientam o PDM-Lx;
- Questões Ambientais (QA), nomeadamente as que são legalmente definidas no
Decreto-Lei 232/2007 de 15 de Junho.
Estes FCD deverão ser objecto de consulta institucional uma vez que, de acordo
com o n.º1 do artigo 5.º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho, compete à
entidade responsável pelo plano "determinar o âmbito da avaliação ambiental a
realizar e o alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no
relatório ambiental", e de acordo com o nº 3 do citado artigo “a entidade
responsável pela elaboração do plano solicita parecer sobre o âmbito da
avaliação ambiental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório
ambiental”. Apesar de a legislação só exigir a consulta de entidades com
responsabilidade ambiental específica (ERAE), recomenda-se igualmente, como
boa prática, a consulta de outras entidades não mencionadas na legislação, e do
público em geral.
2. Análise de tendências
Análise de tendências
Análise de tendências - corresponde a um diagnóstico estratégico fortemente
Análise de tendências
articulado com o diagnóstico desenvolvido pela equipa do PDM-Lx.
Esta análise de tendências é desenvolvida com base nos critérios e indicadores
identificados para cada um dos FCD, considerados relevantes no estabelecimento
do âmbito e alcance da AAE. Pretende-se designadamente identificar e analisar o
que mudou e porquê, o que se pretende que continue e o que se pretende
alterar. A análise desenvolvida pela equipa do PDM-Lx é crucial como contributo
para a análise de tendências na AAE.
3. Avaliação de impactes de natureza estratégica
Avaliação de impactes de natureza estratégica
Avaliação de impactes de natureza estratégica – resulta da análise de
Avaliação de impactes de natureza estratégica
tendências realizada e pretende avaliar as oportunidades e riscos das opções de
desenvolvimento preconizadas no plano, à luz das questões relevantes que são
expressas nos FCD.
Esta actividade desenvolve-se em dois níveis de avaliação:
1º Avaliação estratégica de oportunidades e riscos, face aos FCD, das
orientações estratégicas do plano, tendo em conta opções alternativas de
desenvolvimento, que consubstanciam o futuro desejável ambicionado para o
município;
2º Avaliação estratégica de oportunidades e riscos, face aos FCD, do modelo
territorial proposto para o PDM-Lx.
A estratégia do PDM-Lx, consubtanciada em opções estratégicas e no modelo
territorial do PDM-Lx, constitui assim o objecto de avaliação
objecto de avaliação
objecto de avaliação
objecto de avaliação da AAE.
4. Definição de Directrizes para planeamento, gestão e monitorização
Definição de Directrizes para planeamento, gestão e monitorização
Definição de Directrizes para planeamento, gestão e monitorização
Definição de Directrizes para planeamento, gestão e monitorização -
constituem as bases para um programa de seguimento do PDM-Lx, incluindo um
quadro de governança institucional, indicativo de um envolvimento, e níveis de
responsabilidade, institucional no seguimento do plano.
5. Relatório Ambiental
Relatório Ambiental
Relatório Ambiental
Relatório Ambiental – apresenta os resultados finais da avaliação, satisfazendo
os requisitos legais, que ficam assegurados com a aplicação desta metodologia,
ao que se segue o acompanhamento do processo de consulta das ERAE e do
público.
6. Declaração Ambiental
Declaração Ambiental
Declaração Ambiental
Declaração Ambiental - preparação da declaração ambiental após a aprovação
do plano para efeito de encerramento do processo e entrega dos respectivos
documentos, juntamente com o relatório final do PDM-Lx, à APA;
3 Problemas e oportunidades
Os desafios mais urgentes colocados a Lisboa, assim como os elementos de
maior relevância que afectam a sua identidade e relação com a envolvente
global,
fundamentam
esta
síntese
de
problemas/ameaças
e
vantagens/oportunidades de maior importância estratégica, preparada com base
na SWOT realizada no âmbito dos trabalhos de revisão do PDM-Lx, a qual
decorre de uma interpretação do Relatório de Estado do Ordenamento do
Território (REOT).
Esta síntese (quadro 1), tal como a SWOT original, encontra-se organizada pelos
temas subjacentes aos objectivos estratégicos definidos no âmbito do
lançamento da Carta Estratégica de Lisboa.
Quadro 1 – Problemas e oportunidades críticos para Lisboa
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
2222Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Cidade e dinâmica socio-demográfica
Perda acentuada de população residente (cerca de 300 mil habitantes desde 1981)
Envelhecimento da população residente (em 2001, 24% da população idosa)
Predomínio de famílias de pequena dimensão (81% das famílias da cidade têm até 3 pessoas em 2001)
Número elevado de alojamentos vagos (cerca de 28,5 mil fogos fora do mercado), sobretudo nas áreas centrais da cidade
Degradação do edificado (mais de 60% dos fogos necessitavam de reparações em 2001)
Divergência entre a dinâmica da população (negativa) e a produção de habitação (positiva) – 22 mil fogos entre 2001 e 2008
Incapacidade de fixação/retenção da população com níveis de instrução intermédios
Oferta limita de habitação pelo sector privado a preços acessíveis para os estratos sociais com rendimentos médios
Carências de equipamentos de educação pré-escolar (apenas 28% dos alunos estão matriculados em estabelecimentos públicos)
Condições de habitabilidade ainda insuficientes (em 2001, 5% dos alojamentos familiares de residência habitual não possuíam pelo menos uma infra-estrutura
Atenuação do problema demográfico por via do aumento da população imigrante (mas riscos de fragmentação social)
Boa oferta de equipamentos de educação, do básico ao secundário e ensino profissional (25% do total de estabelecimentos do ensino do pré-escolar ao secundário e profissional da AML em 2004/05) Boa dotação de equipamentos de saúde e de pessoal médico e de enfermagem (cerca de 15,4 camas de hospital, 13,5 médicos e 15 enfermeiros por 1000 habitantes em 2004)
Intervenção na reabilitação e regeneração urbana com o apoio de instrumentos específicos: RECRIA, o REHABITA, o RECRIPH e o SOLARH
Inversão da tendência ao nível dos licenciamentos com aumento das obras de reconstrução e alteração
Quadro 1 – Problemas e oportunidades críticos para Lisboa
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
2222Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
básica, especialmente na área central da cidade) Dificuldades de sobrevivência do comércio e serviços de proximidade com consequências negativas para a vida quotidiana da população de Lisboa
Cidade amigável, segura e inclusiva
Concentração relativamente forte de população imigrante na área central, bem como na área Norte devido às operações de realojamentoConcentração de bairros sociais em Marvila (cerca de 24 mil hab.), Carnide e Sta Maria dos Olivais (cerca de 10 mil hab. em cada uma das freguesias) e Benfica (6,7 mil hab.)
Elevados níveis de criminalidade no contexto da AML (taxas de criminalidade de furto de veículo de 19,3‰, furto por esticão na via pública 8,4‰ e crimes contra a integridade física 8,1‰ em 2004)
Níveis de desemprego de longa duração elevados (39% do total de desempregados em 2007)
Aumento do número de famílias constituídas por um idoso (maioritariamente do sexo feminino) em risco de pobreza fortemente concentradas nas freguesias do centro da cidade
Conjugação de população idosa com baixos rendimentos e de população imigrante em áreas desqualificadas da cidade
Dificuldade em responder às necessidades da mobilidade da população envelhecida, especialmente carenciada e residente nos bairros históricos
Dificuldade de resposta aos pedidos para habitação municipal (só 3% em média dos pedidos são atendidos) População de rua da cidade estimada em cerca de mil pessoas em 2004, dos quais 46% “sem-abrigo” e os restantes integrados em estruturas de acolhimento, com população estrangeira em número elevado (24% do total da população de rua)
Os processos de regeneração urbana qualificam o tecido urbano mas também podem agravar as assimetrias sócio-urbanísticas (atracção de novos residentes de nível social superior e saída de famílias com rendimentos mais baixos)
A utilização crescente do automóvel tem repercussões sobre a ocupação do espaço público (estacionamento ilegal tem um peso muito elevado, representando cerca de um terço no período diurno e um pouco menos no período nocturno no total dos veículos estacionados) com reflexos na qualidade da vida urbana
A comparação entre a oferta de estacionamento e o número de alojamentos apresenta rácios muito baixos em algumas zonas históricas, nomeadamente Bairro Alto (33% lugares/alojamento), Castelo e Alfama (30%) e em zonas habitacionais muito densas, caso de Arroios (40%), Campo de Ourique (43%) e Santa Marta (45%)
Diversos programas e instrumentos disponíveis para promover a oferta de habitação para estratos sociais menos favorecidos e para a população jovem
Ampla rede de equipamentos culturais e boa dinâmica cultural: 57% dos museus e 75% dos visitantes da AML em 2004; 69% das galerias de arte e 73% do total de exposições no mesmo ano; 98% das receitas
verificadas na AML
Presença de diversas organizações com respostas sociais (das quais se destaca a Santa Casa da Misericórdia), a maior parte IPSS e Centros Sociais e Paroquiais, direccionadas para a “Pessoa Adulta”, “Infância e Juventude” e “Família e Comunidade” Qualificação do espaço público urbano pode combater a “guetização” social e o enclave étnico, aproximando grupos sociais e étnicos e valorizando a convivência inter-geracional
Valorização da multi-culturalidade e transculturalidade nas dinâmicas urbanas (regeneração urbana)
Regeneração de áreas degradadasna frente ribeirinha da cidade
Quadro 1 – Problemas e oportunidades críticos para Lisboa
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
2222Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente
O total da população que reside em zona acústica mista,com níveis sonoros acima dos limites de exposição sonora ( LAeq ≥ 65 dB(A) e LAeq ≥ 55 dB(A)) constitui, tanto em período diurno como nocturno, cerca de 20% da população residente na cidade
As fontes pontuais, com origem nos “Transportes Rodo/Ferroviários”, representavam, em 2005, em Lisboa, cerca de 32,1% das emissões de NOx (forte dependência da economia de carbono)
Lisboa, em 2002, foi responsável por 7% do consumo nacional de energia primária, equivalente a 1,7 milhões de toneladas de petróleo; o consumo por habitante foi de 3,1 Tep por habitante, comparado com a média nacional de 2,5 Tep
O consumo total de água foi estimado em cerca de 74,5 milhões de m3, cerca de 13% do consumo total do
sector urbano em Portugal Continental, correspondendo a 367 L/hab/dia, valor superior aos 208 L/hab/dia da média de Portugal Continental e aos 272 L/hab/dia da média Europeia
Câmara Municipal de Lisboa consome cerca 9,2 milhões de m3 de água (12% do total de Lisboa)
As áreas classificadas como Muito Alta vulnerabilidade ao risco sísmico abrangem 23% do total da população concelhia (27.6% dos edifícios estão situados em áreas classificadas como alta vulnerabilidade e 11.4% nas de muito alta vulnerabilidade ao risco sísmico)
Principais áreas vulneráveis ao risco de inundação são a zona central de Lisboa, centrada na Baixa e
prolongando-se para Norte pelas Avenidas da Liberdade e Almirante Reis, a Este em direcção a Santa Apolónia, e para Ocidente para o Cais do Sodré; e ainda Vale de Alcântara (Calvário, Avenida 24 de Julho, Avenida de Ceuta), as Portas de Benfica (Estrada da Luz) e a Praça de Espanha/Campo Pequeno
Em 2001, cerca de 1,4 milhões de activos empregados ou estudantes com 15 anos ou mais utilizavam o espaço da AML nos seus movimentos entre o local de residência e o local de trabalho ou estudo, com maior dependência dos municípios limítrofes de Lisboa (Odivelas, Amadora, Loures e Oeiras todos com valores de dependência superior a 40%)
Tráfego de entrada na cidade cresceu, estimando-se que circulassem, em 2004, nos principais acessos a Lisboa (nos dois sentidos) cerca de 826.000 veículos, dos quais 412.000 veículos tinham como destino Lisboa e 181.000 utilizavam as vias do município para movimentos de atravessamento
Crescimento do transporte individual é um sério obstáculo à redução dos níveis de ruído e à melhoria da qualidade do ar e contribui para agravamento das alterações climáticas
A oferta de estacionamento na via pública, compreendia
A recolha selectiva de vidro, papel e embalagens corresponde a 12% face ao total de resíduos recolhidos, ultrapassando a média de 9% dos municípios da área metropolitana de Lisboa que entregam os seus resíduos à Valorsul, para tratamento e valorização (Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira) Bons níveis de acessibilidade rodoviária ao nível metropolitano (construção de parte do IC 17, finalização do Eixo Norte-Sul e ligação deste e da 2º Circular à CRIL) com redução da carga sobre a rede de distribuição principal da cidade, quer do tráfego de atravessamento, quer do tráfego com origem e destino na cidade
Acesso condicionado ao tráfego nos bairros históricos contribui para a melhoria da qualidade de vida urbana Expansão da rede de metropolitano de Lisboa (extensão de 19,3 Km desde 1993)
A Estrutura Ecológica Municipal Provisória (sistema de corredores estruturantes, o sistema húmido e o património natural) abrange um total de 5420,5 ha (64,3% da área do Município de Lisboa)
Implementação da Estratégia Energético-Ambiental suportada por uma consciencialização ambiental dos cidadãos e dos seus representantes
Definição de uma rede de vias cicláveis beneficia o ambiente, a saúde pública, a coesão sócio-urbana e a mobilidade
Quadro 1 – Problemas e oportunidades críticos para Lisboa
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
2222Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
em 2003 cerca de 153 mil lugares, o que corresponde a 271 lugares na via pública por cada 1.000 habitantes e 650 lugares por cada 1.000 famílias com maior
densidade de lugares de estacionamento, acima dos 40 lugares/ha, nas Avenidas Novas
Esforço de investimento em infra-estruturas e sistemas de transporte não tem sido acompanhado por um efectivo crescimento do número de utentes do TC (manutenção da taxa de utilização entre 56 e 57% de 1993 a 2001)
Cobertura de espaços verdes dos tipos parques urbanos, centrais e de vizinhança é ainda insuficiente em especial na área Noroeste e zona histórica da cidade
Cidade dinâmica, competitiva e internacional
Tendência para a deslocalização de actividades de prestação de serviços, logística e distribuição (saída da cidade devido essencialmente ao custo elevado e à frequente inadequação das instalações)Terciarização da área central da cidade de Lisboa Problemas de financiamento das unidades de Investigação & Desenvolvimento
Articulação limitada entre universidades-empresas-instituições (governo)
Custos elevados e falta de espaços infra-estruturados para instalação de
start-ups
de base tecnológica Crise económica pode afectar muito as dinâmicas recentes de internacionalização com particular reflexo negativo na actividade turísticaPossibilidade de deslocalização de novas actividades em espaços exteriores à AML em resultado da redução dos Fundos Estruturais na região
Acréscimo da população com formação superior (de 14% em 1991 para 25% em 2001), mas redução da população com níveis de instrução intermédios Concentração significativa do segmento da população activa da “classe criativa”
Cidade-região com nível de rendimento elevado (superior à média nacional e à da UE)
Concentração de funções económicas de elevado valor acrescentado (finanças, seguros, serviços intensivos em conhecimento)
Crescimento significativo dos fluxos turísticos internacionais
Espaços diversificados e alternativos para a realização de eventos culturais com impacte internacional (
e.g.
Festival de Alcântara, DOC Lisboa, Indie, Experimenta Design)Presença de diversas redes internacionais na área da inovação, I&D e actividades culturais
Diversificação de espaços alternativos para instalação de actividades de serviços, como a área da EXPO, acentuam policentrismo em Lisboa
Articulação potencial de actividades criativas com processos de regeneração urbana
Promoção de infra-estruturas de acolhimento para actividades económicas criativas e de base tecnológica em articulação com as unidades de I&D e pólos tecnológicos
Construção do NAL (Novo Aeroporto de Lisboa) permite suportar as dinâmicas de internacionalização
Melhoria da acessibilidade e atractividade internacional de Lisboa por via da construção das ligações
ferroviárias de alta-velocidade ao Porto e a Madrid Função de Lisboa como “Porta de Entrada” na Europa para as empresas e investidores dos países do espaço lusófono
Oportunidades de desenvolvimento de actividades nos
clusters
da Saúde e Energia e Tecnologias deQuadro 1 – Problemas e oportunidades críticos para Lisboa
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
Problemas/ameaças
2222Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Vantagens/oportunidades
Diversidade étnica com forte potencial económico por explorar por via do comércio étnico, restauração e pela formação de redes internacionais na área das
actividades intensivas em conhecimento
Cidade e identidade global
Degradação física de algum património edificado de grande valor histórico e artístico e desqualificação de alguns núcleos de interesse histórico (Carnide, Lumiar e Ameixoeira)
Alguns bairros históricos de Lisboa “fora dos roteiros” turísticos e culturais
Dificuldade de articulação entre as actividades culturais e a “vida urbana” (comércio, cafés e restauração, segurança, etc.)
Crise económica potencia risco de redução do investimento (municipal e nacional) em “cultura”
Concentração de património edificado classificado da cidade de Lisboa de grande interesse nacional e internacional
Autenticidade dos bairros históricos da cidade (edificado e manifestações sociais e culturais)
Vida cultural diversificada e dinâmica, com
concentração elevada de manifestações/eventos nos meses de Verão
Diversidade étnica e cultural crescente na cidade (mas sem projecção correspondente)
Dimensão cénica singular da cidade de Lisboa, principalmente devido à paisagem ribeirinha
Amenidades climáticas e vivências urbanas e culturais com grande apelo para turistas do “Norte” da Europa Multiculturalidade e transculturalidade podem sustentar uma estratégia de afirmação de cidade de charneira numa encruzilhada de mundos: atlântico e
mediterrâneo; norte e sul; ocidente e oriente
Potencial de activação de sítios/equipamentos/edifícios em torno de actividades culturais
Cidade, governo e governança
Desarticulação entre objectivos de desenvolvimento económico e de inserção social e regulamentação do PDM (dificuldade de licenciamento)
Número de freguesias elevado e com grandes
desigualdades no que respeita ao território e população que “administram” (divisões administrativas
desajustadas das dinâmicas urbanas actuais) Dificuldade de articulação entre diferentes sectores municipais (lógica de hierarquização vertical com pouca articulação horizontal)
Défice elevado dos exercícios de gestão camarária Morosidade dos processos urbanísticos (burocracia excessiva afasta “investidores” e obstrui a participação dos cidadãos)
Existência de múltiplos sistemas de monitorização do território municipal
Situação conjuntural de crescente alienação do património de Estado
Rigidez do regulamento do PDM em vigor Diminuição das receitas municipais associada ao decréscimo da população residente e deslocalização de empresas e emprego
Elevada concentração de funções de decisão da administração central (com riscos acrescidos de ingerência nos assuntos municipais)
Multiplicidade de actores dinâmicos com interesse nos assuntos da cidade
Introdução do orçamento participativo
Adopção do
e-government
para modernizar serviços e gestão camaráriaPotencial de aproveitamento do exercício de elaboração do REOT para instituir/implementar um sistema de monitorização integrado das dinâmicas da cidade de Lisboa
Níveis crescentes de participação pública (embora com maior incidência em estratos sociais com maiores níveis de instrução e rendimento)
4 Factores Críticos para a Decisão
Conforme descrito na metodologia, a identificação dos FCD resulta de uma
análise integrada de questões expressas numa base estratégica (QE, QA e QRE).
O quadro 2 apresenta os FCD identificados e respectiva descrição sumária.
Para cada FCD foram definidos critérios de avaliação e indicadores respectivos,
tal como descrito no sub-capítulo 4.2. Os critérios e indicadores pretendem
conferir uma dimensão analítica aos FCD, e apresentam-se neste relatório como
proposta de âmbito e alcance da AAE, sem prejuízo de outros que se venham a
considerar relevantes durante o decorrer da AAE.
Quadro 2 – Factores Críticos para a Decisão e descrição respectiva
FCD
FCD
FCD
FCD
Descrição/objectivo
Descrição/objectivo
Descrição/objectivo
Descrição/objectivo
F
UNÇÃO HABITACIONAL E VIVÊNCIAURBANA
Dirige-se ao restabelecimento do equilíbrio demográfico, considerando os factores sociais de fixação populacional, nomeadamente a qualidade e disponibilidade de habitação, a revitalização do espaço público e a facilidade de integração social
R
ECURSOS AMBIENTAISIncide sobre a base dos recursos que suportam os equilíbrios estruturais e determinam factores passivos e activos de atractividade no município, constituindo factores de
valorização da qualidade do ambiente urbano ao nível global, determinantes da imagem do município face à dinamização de novas actividades
M
OBILIDADEAborda as questões de fluidez de deslocação, valorizando os aspectos relacionados com a proximidade funcional e a complementaridade dos sistemas de transportes, e tendo em conta a promoção de tecnologias mais eficientes
ENERGIA E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Dirige-se à valorização da dimensão energética e combate às alterações climáticas, numa lógica de promoção da eficiência energética e desenvolvimento de mecanismos de mitigação e adaptação às alterações climáticas
V
ITALIDADE ECONÓMICAAtende aos aspectos de revitalização económica,
nomeadamente os factores relacionados com a atractividade empresarial, a inovação e criatividade empreendedora, incluindo as actividades tradicionais de diferenciação territorial
M
ODELO DE GOVERNAÇÃOCompreende os factores de coordenação e articulação
institucional em processos de gestão adaptativa, a produção e gestão do conhecimento, e a participação e envolvimento de agentes assente numa cultura de proximidade aos munícipes
4.1 Elementos de base estratégica (QE, QA, QRE)
Questões Estratégicas (QE)
As questões estratégicas (QE) resultam directamente dos objectivos estratégicos
definidos no âmbito do lançamento da Carta Estratégica de Lisboa, que
constituem as linhas de força principais para o desenvolvimento futuro do
Concelho:
i. Recuperar, rejuvenescer e equilibrar socialmente a população de Lisboa
ii. Tornar Lisboa uma cidade amigável, segura e inclusiva para todos
iii. Tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente
eficiente
iv. Transformar Lisboa numa cidade inovadora, criativa e capaz de competir num
contexto global, gerando riqueza e emprego
v. Afirmar a identidade de Lisboa como uma centralidade global
vi. Governar de forma eficiente a cidade e apoiar a participação pública
Questões Ambientais (QA)
Os FCD identificados asseguram o tratamento das QA consideradas relevantes
em Lisboa. O quadro 4 apresenta uma correspondência com as QA identificadas
no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, tendo em conta o âmbito de
aplicação territorial e escala de análise do PDM-Lx (quadro 3).
Quadro 3 – Tradução das QA relevantes para o PDM-Lx
QA definidas legalmente
QA definidas legalmente
QA definidas legalmente
QA definidas legalmente QA relevantes para o PDM
QA relevantes para o PDM
QA relevantes para o PDM
QA relevantes para o PDM----Lx
Lx
Lx
Lx
População
Saúde humana
População e saúde
Património culturalPaisagem
Cultura e paisagem
Factores climáticosAtmosfera
Energia e alterações climáticas
Bens materiaisBens materiais
Biodiversidade Fauna Flora Solo
Estrutura ecológica
Atmosfera População ÁguaQualidade do ambiente local
Quadro 4 – QA relevantes por FCD
FCD
FCD
FCD
FCD QA relevantes para o
QA relevantes para o
QA relevantes para o
QA relevantes para o PDM
PDM
PDM----Lx
PDM
Lx
Lx
Lx
F
UNÇÃO HABITACIONAL E VIVÊNCIA URBANAPopulação e saúde
Cultura e paisagem
Bens materiais
R
ECURSOS AMBIENTAISEstrutura ecológica
Qualidade do ambiente local
Cultura e paisagem
M
OBILIDADEEnergia e alterações climáticas
Qualidade do ambiente local
ENERGIA E ALTERAÇÕESCLIMÁTICAS
Energia e alterações climáticas
V
ITALIDADE ECONÓMICAPopulação e saúde
Bens materiais
M
ODELO DE GOVERNAÇÃOPopulação e saúde
Quadro de Referência Estratégico (QRE)
Para a definição do QRE foram analisadas as políticas, planos e programas que
enquadram estrategicamente o PDM-Lx, e para o qual estabelecem objectivos
e/ou metas de sustentabilidade. O quadro 5 apresenta a lista dos instrumentos de
planeamento identificados, e sua relação de relevância com os FCD preconizados.
O quadro 6 (Anexo II) resume os objectivos e metas aplicáveis ao PDM-Lx, por
FCD. Os objectivos e metas aqui identificados constituem um referencial ambiental
e de sustentabilidade a partir do qual as opções estratégicas do PDM-Lx serão
avaliadas
3.
3 A análise do QRE (quadro 6) não inclui ainda a análise do PROT-AML que se encontra actualmente em revisão.
A
A
E
D OP
D
M
L
IS B O A L A T Ó R IO D EF
A C T O R E SC
R ÍT IC O S P A R A AD
E C IS Ã O1
6
-3 2 5 – R e le v â n c ia d o Q R E p o r F C D D o c u m e n to s D o c u m e n to s D o c u m e n to s D o c u m e n to s E s tr a té g ic o s E s tr a té g ic o s E s tr a té g ic o s E s tr a té g ic o s R e lev a n tes R e lev a n tes R e lev a n tes R e lev a n tesEsquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário
Política Europeia de Transportes 2010 Combating Climate Change4
Livro verde sobre Coesão Territorial Europeia Estratégia de Lisboa - PNACE
QREN 2007 – 2013, POR Lisboa, POT Potencial Humano, POT Valorização Territorial, PO Cooperação Transnacional
ENDS PNPOT
Plano Estratégica de Habitação Estratégia Nacional para a Energia Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética
Programa Nacional para as Alterações Climáticas Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade
Orientações Estratégicas para o sector Marítimo-Portuário
Plano Estratégico Nacional para o Turismo Plano Nacional da Água 2002 - 2012
Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais 2007 – 2013 Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos II 2006 - 2016
Orientações Estratégias para o Sector Ferroviário Programa Portugal Logístico
Plano Tecnológico
Plano Nacional de Reformas 2008 - 2010 Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo Estratégia Lisboa 2020 e PROT-AML
Estratégia Nacional para as Florestas e Plano Regional de Ordenamento Florestal da Área Metropolitana de Lisboa H A B IT A C IO N A L E U R B A N A
S A M B IE N T A IS A D E E A L T E R A Ç Õ E S A S D E E C O N Ó M IC A D E G O V E R N A Ç Ã O o lít ic a E n e rg é tic a e d e C o m b a te à s A lt e ra ç õ e s C lim á tic a s d a U n iã o E u ro p e ia ( E C , 2 0 0 8 . C o m b a tin g C lim a te C h a n g e : T h e E U le a d s th e w a y , E u ro p e a n C o m is s io n , ir e c to ra te - G e n e ra l fo r C o m m u n ic a tio n P u b lic a tio n s , B ru s s e ls )4.2 Critérios de avaliação e indicadores
Seguidamente apresentam-se os FCD, e os respectivos critérios e indicadores
que estabelecem o âmbito da avaliação, o alcance do Relatório Ambiental e o
nível de pormenor da informação a considerar na AAE.
O quadro 7 apresenta uma breve descrição dos critérios definidos e o quadro 8 o
conjunto de indicadores por critério de avaliação. Para a concretização destes
indicadores serão utilizados dados de base constantes designadamente nos
relatórios de diagnóstico do PDM-Lx.
De notar que os FCD procuram sobretudo apontar para aspectos críticos da
situação existente e tendencial relevantes para a AAE e opções de
desenvolvimento do PDM-Lx.
Quadro 7 – Objectivos e critérios de avaliação dos FCD FCD #1
F
UNÇÃO HABITACIONAL E VIVÊNCIA URBANADirige-se ao restabelecimento do equilíbrio demográfico, considerando os factores sociais de fixação populacional, nomeadamente a qualidade e disponibilidade de habitação, a revitalização do espaço público e a facilidade de integração social
Critérios CritériosCritérios Critérios
Habitação
Avaliação das funções residenciais da cidade tendo em conta a relação entre a dinâmica do sector imobiliário, as tendências demográficas e a qualidade da oferta habitacional
Inclusão Social
Avaliação da capacidade de inclusão social, nomeadamente ao nível do combate à pobreza, integração das classes desfavorecidas e segurançaRevitalização do
espaço público
Avaliação da qualidade e funcionalidade do espaço público, nomeadamente enquanto factor de requalificação de áreas críticas, e gestão do
estacionamento FCD #2
R
ECURSOSA
MBIENTAISIncide sobre a base dos recursos que suportam os equilíbrios estruturais e determinam factores passivos e activos de atractividade no município, constituindo factores de valorização da qualidade do ambiente urbano ao nível global, determinantes da imagem do município face à dinamização de novas actividades
Estrutura e
conectividade
ecológica
Avaliação do alcance e distribuição da estrutura e conectividade ecológica urbana, tendo em conta as carências de espaços verdes e os níveis de requalificação ambiental das áreas ribeirinhas, rede pedonal e ciclovias
Qualidade do
ambiente
Avaliação das necessidades de saneamento e qualificação ambiental e do grau de vulnerabilidade ao risco sísmico e inundação
Multiculturalidade
e património
Avaliação da dimensão de culturalidade do município, incluindo a valorização do património cultural construído, imaterial, bem como a dimensão social da cultura através do potencial de integração dos imigrantes enquanto factor de diferenciação (multi)cultural
Quadro 7 – Objectivos e critérios de avaliação dos FCD FCD #3
M
OBILIDADEAborda as questões de fluidez de deslocação, valorizando os aspectos relacionados com a proximidade funcional e a complementaridade dos sistemas de transportes, e tendo em conta a promoção de tecnologias mais eficientes Critérios CritériosCritérios Critérios
Redes de
transportes
Avaliação da evolução da malha viária de transportes públicos nas componentes rodoviária, ferroviária, ciclovias e rede pedonal
Centralidades
funcionais
Avaliação da fluidez das deslocações pendulares e potencial de centralização de funções intermodais
Transferência
modal
Avaliação das tendências de transferência modal, face a mecanismos de controlo de estacionamento e à qualidade de oferta de alternativas de transporte
FCD #4 ENERGIA E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Dirige-se à valorização da dimensão energética e combate às alterações climáticas, numa lógica de promoção da eficiência energética e desenvolvimento de mecanismos de mitigação e adaptação às alterações climáticas
Critérios CritériosCritérios Critérios
Adaptação às
alterações
climáticas
Avaliação dos padrões de evolução das emissões de GEE e da vulnerabilidade territorial a fenómenos meteorológicos extremos, tendo em conta os mecanismos de adaptação às alterações climáticas
Eficiência
energética
Avaliação do potencial de promoção da eficiência energética e de aproveitamento de fontes de energia renovável, particularmente ao nível do sector público
FCD #5
V
ITALIDADE ECONÓMICAAtende aos aspectos de revitalização económica, nomeadamente os factores relacionados com a atractividade empresarial, a inovação e criatividade empreendedora, incluindo as actividades tradicionais de diferenciação territorial Critérios CritériosCritérios Critérios
Atractividade
empresarial
Avaliação da capacidade de atracção de novos investimentos e iniciativas empresariais e da capacidade de diferenciação do tecido económico da cidade
Economia do
conhecimento
Avaliação da capacidade de utilização e promoção de TIC e da sua relação com a produtividade económica, particularmente ao nível dos serviços municipais
Dinâmica
turística
Avaliação das tendências de procura e motivações turísticas e do potencial de aproveitamento dos valores culturais e paisagísticos para fins turísticos
Capacidade de
inovação
Avaliação do potencial de produção de conhecimento e da capacidade de acolhimento de eventos ligados à I&D
FCD #6
M
ODELO DE GOVERNAÇÃOCompreende os factores de coordenação e articulação institucional em processos de gestão adaptativa, a produção e gestão do conhecimento, e a participação e envolvimento de agentes assente numa cultura de proximidade aos munícipes
Critérios CritériosCritérios Critérios
Quadro 7 – Objectivos e critérios de avaliação dos FCD
Gestão adaptativa
Avaliação da capacidade de despacho administrativo do município e estratégias de articulação intermunicipal ao nível da gestãoGestão do conhecimento
Avaliação do potencial de articulação dos sistemas de
monitorização e serviços internos municipais e participação em redes internacionais de produção e troca de conhecimento
Modelos de participação e
envolvimento de agentes
Avaliação das iniciativas municipais de promoção da participação e envolvimento de agentes
Quadro 8 – Indicadores por critério de avaliação
FCD
Critérios de avaliação
Indicadores
Habitação
Variação da população e estrutura etária dos residentes Dinâmica do mercado imobiliário (e.g. índice de valorização) Relação da evolução de alojamentos vagos com novas construções Variação da taxa de reabilitação de edifícios degradados
Evolução da oferta de equipamentos e serviços de proximidade
Inclusão social
Variação dos índices de pobreza Variação da taxa de criminalidade
Iniciativas municipais para integração social
F
U N Ç Ã O H A B IT A C IO N A L E V IV Ê N C IA U R B A N ARevitalização do espaço
público
Evolução da área afecta ao espaço público Reabilitação de áreas críticas
Evolução da oferta de estacionamento por alojamento
Estrutura e conectividade
ecológica
Grau de penetração (densidade espaços verdes/ha) e de continuidade da estrutura ecológica urbana
Carência de espaços verdes
Iniciativas de qualificação ambiental das áreas ribeirinhas, rede pedonal e ciclovias
Qualidade do ambiente
Variação da população afectada pelo ruído Variação do índice de qualidade do ar
Evolução da população servida por sistemas de tratamento de águas residuais
Evolução da população servida por sistemas de recolha selectiva de RSU’s Vulnerabilidade ao risco sísmico e de inundação
R
E C U R S O S A M B IE N T A ISMulticulturalidade
Evolução do estado de conservação do património cultural Integração dos imigrantes nos programas culturais do município Variação da despesa municipal em actividades culturais
Redes de transportes
Evolução da rede viária Evolução da rede de TC Evolução da rede de ciclovias Evolução da rede pedonal
M
O B IL ID A D ECentralidades funcionais
Variação dos tempos de deslocação por modo de transporteQuadro 8 – Indicadores por critério de avaliação
FCD
Critérios de avaliação
Indicadores
Transferência modal
Variação da repartição modal
Evolução da procura de estacionamento na via pública Atractividade da rede de TC (e.g. percepção pública) Evolução dos corredores BUS (por km de via)
Adaptação às alterações
climáticas
Variação das emissões de GEE por sector de actividade Evolução da intensidade média de Ilha de Calor (IC) Evolução das áreas urbanas inundáveis
Iniciativas municipais de adaptação às alterações climáticas
E
N E R G IA E A L T E R A Ç Õ E S C L IM Á T IC A SEficiência energética
Variação do consumo de energia por sector de actividade
Variação do consumo de energia em edifícios e iluminação públicos Iniciativas municipais para a eficiência energética e promoção de FER
Atractividade empresarial
Variação do número de estabelecimentos empresariais Estratégias de diferenciação (clusterização) empresarial Evolução da oferta de parques/espaços empresariais Incentivos fiscais municipais
Economia do
conhecimento
Disponibilidade de infraestruturas de TIC
Taxa de utilização de TIC nos serviços administrativos Evolução dos ganhos de produtividade dos serviços municipais Variação do número de empresas ligadas às TIC
Dinâmica turística
Evolução da relação oferta/procura de alojamento turístico Estabelecimento de rotas turísticas em torno de valores culturais e paisagísticos
Evolução das motivações turísticas
V
IT A L ID A D E E C O N Ó M IC ACapacidade de inovação
Evolução dos índices de inovação
Variação do nível de educação da população empregada
Evolução da oferta de centros de acolhimento para convenções e eventos
Gestão adaptativa
Evolução da celeridade dos processos urbanísticos (e.g. processos aprovados por ano)
Evolução dos serviços de atendimento concentrados (taxas de resposta) Eficácia dos mecanismos de programação e execução do solo
Gestão do conhecimento
Articulação dos sistemas de monitorização do território municipal
Articulação dos serviços internos municipais (e.g. programas e orçamentos conjuntos, reuniões interdepartamentais)
Participação em redes internacionais de I&D
M
O D E L O D E G O V E R N A Ç Ã OModelos de participação
e envolvimento de
agentes
Iniciativas municipais de participação e envolvimento de agentes (tipologia de acções, proactividade, registo, feedback)
4.3 Fontes de informação
O levantamento dos dados necessários para a avaliação segundo os critérios e
indicadores está fortemente dependente da disponibilidade de informação
constante dos estudos de elaboração do PDM-Lx, bem como de outros estudos
complementares, e dos centros de informação especializada (
e.g.
INE). Os
indicadores podem vir a ser ajustados posteriormente em função da evolução da
concepção do plano, da informação existente e das necessidades e resultados
intercalares do processo de avaliação subsequente. De notar contudo que muito
indicadores poderão permanecer relevantes para efeito de monitorização do
PDM-Lx, mesmo na ausência de dados que neste momento os possam informar.
Para os dados de carácter intrinsecamente municipal, para os quais não existe
outro tipo de fonte, será solicitado à CML e à equipa de planeamento a
informação respectiva.
5 Cronograma de trabalhos
O Quadro 9 apresenta o cronograma de trabalhos da AAE, relacionando-o com o
processo de planeamento do PDM-Lx, conforme definido até à data,
apresentando a sequência de entrega dos documentos que concretizam as fases
metodológicas do processo de AAE e as exigências legais nesta matéria.
A concretização dos trabalhos da AAE está dependente do ritmo e concretização
dos elementos do PDM-Lx relevantes para o desenvolvimento da AAE.
R
ELATÓRIO DEF
ACTORESC
RÍTICOS PARA AD
ECISÃO22
-
32Quadro 9 – Articulação dos processos de planeamento e AAE
Processo de Planeamento
Processo de Planeamento
Processo de Planeamento
Processo de Planeamento
REOT OpçõesEstratégicas Modelo Territorial Proposta de PDM Parecer da CA Discussão
Pública Relatório Final
Aprovação Conselho de Ministros
Processo AAE
Processo AAE
Processo AAE
Processo AAE
Jan-Mar 2008 A definir em função dos timings do planeamentoDesenvolvimento dos FCD Elaboração do QRE, QA e QE Definição dos FCD, Critérios de Avaliação e Indicadores Avaliação estratégica
Apreciação dos comentários das entidades
Análise de tendências e caracterização
Identificação de opções estratégicas Avaliação de oportunidades e riscos Programa de seguimento
Directrizes de planeamento, gestão e monitorização
Quadro de governança Integração de recomendações Integração dos contributos da consulta institucional Integração dos contributos da consulta pública
R RR Relatório elatório elatório elatório
de FCD
de FCDde FCD
de FCD
Relatório Preliminar Relatório PreliminarRelatório Preliminar Relatório Preliminar
Avaliação de oportunidades e riscos das opções estratégicas
Relatório Ambiental Relatório Ambiental Relatório Ambiental Relatório Ambiental Versão final Relatório Ambiental Relatório Ambiental Relatório Ambiental Relatório Ambiental Versão para
apreciação da CA Declaração AmbientalDeclaração AmbientalDeclaração AmbientalDeclaração Ambiental
Após aprovação do plano
ANEXO I
Entidades com Responsabilidades Ambientais
Específicas (ERAE)
[Consulta prevista no artigo 7º do DL 232/2007, de 15 de Junho]
•
Agência Portuguesa do Ambiente
•
Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P.
•
Instituto da Água, I.P.
•
Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P.
•
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do
Tejo
•
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P.
Outras entidades recomendadas
•
Entidades integradas na Comissão de Acompanhamento
•
Área Metropolitana de Lisboa
•
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I.P.
•
Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo
•
Direcção-Geral dos Recursos Florestais
•
Área Regional de Turismo de Lisboa
•
Organizações Não Governamentais de Ambiente
•
Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres, I.P.
•
Turismo de Portugal, I.P.
•
REFER, E.P.E.
•
RAVE, S.A.
•
REN, S.A.
•
Administração do Porto de Lisboa, S.A.
ANEXO II
Quadro 6 – Resumo das orientações e metas relevantes do QRE por FCD5
Orientações de sustentabilidade
Metas relevantes
FCD #1
F
UNÇÃO HABITACIONAL E VIVÊNCIA URBANA Garantir a articulação entre a política de habitaçãoe as outras políticas nomeadamente as políticas sociais e as políticas de cidade e aumentar os níveis de eficiência e de eficácia na gestão e financiamento da política pública de habitação Apoiar o acesso ao mercado habitacional da população com dificuldades de acesso ao mercado regulando as dinâmicas habitacionais para melhor harmonia da relação entre oferta e procura e garantir o acesso a habitações a valores mais baixos que os de mercado
Melhorar as condições de habitabilidade, institucionalizar os princípios da variedade e mistura de usos e tipologias de habitação e incentivar a mobilidade residencial através da maior eficiência do mercado de arrendamento e da revitalização do parque habitacional
Concluir os Programas Especiais de Realojamento e implementar Programas Municipais de Realojamento em coerência com os objectivos de equidade social e territorial até 2013 (PNPOT).
Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de equipamentos colectivos qualificados e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, aumentando a atractividade territorial das cidades e promovendo a inserção social de populações mais carenciadas
Garantir uma cobertura de 30% das creches (Lisboa 2020)
Qualificar os espaços de recreio e lazer, naturais e de uso balnear como factores de atractividade territorial e habitacional.
Requalificar áreas urbanas degradadas ou em desertificação através da correcta dotação de equipamentos e espaços naturais, da reabilitação do edificado e promoção do elevado valor arquitectónico, promovendo activamente a inclusão social e criando espaços de elevada qualidade urbanística e ambiental. Incentivar programas e promover parcerias para a revitalização e requalificação urbana.
Reabilitar 20 mil fogos até 2009, designadamente na AML (ENDS)
Ordenar as actividades urbanísticas, industriais, recreativas e turísticas, de forma a evitar a degradação dos valores naturais, seminaturais e paisagísticos, estéticos e culturais, possibilitando o exercício de actividades compatíveis, nomeadamente o turismo da natureza.
Desenvolver uma identidade urbana culturalmente dinâmica nomeadamente através da recuperação de conjuntos urbanos merecedores de protecção, da generalização do acesso a equipamentos culturais e de recreio e lazer e da valorização e apoio a actividades criativas, culturais e desportivas, atraindo populações qualificadas e de estratos etários mais jovens, dinamizando assim áreas de menor densidade e vitalidade demográfica e social.
Aumentar em 30% o número de visitantes de museus e monumentos até 2020 (Lisboa 2020)
Combater a exclusão social e as situações de pobreza estimulando as dinâmicas culturais, valorizando a multiculturalidade e a equidade no acolhimento e integração dos imigrantes, qualificando os recursos humanos, valorizando a saúde como factor de inclusão, qualificando os espaços urbanos e garantindo o acesso à
Reduzir 4% as pessoas em risco de pobreza em 2020 (Lisboa 2020)
Reduzir para 2% o número de famílias beneficiárias do RSI em 2020 (Lisboa 2020) Igualar o rendimento das famílias ao valor médio das regiões capitais europeias em 2020 (Lisboa 2020)
Quadro 6 – Resumo das orientações e metas relevantes do QRE por FCD5
Orientações de sustentabilidade
Metas relevantes
habitação de qualidade. Atingir 100% no número de jovens até aos 18 anos que frequentam o ensino ou formação profissional (até 2009) (ENDS)
Atingir 65% do grupo etário 20-24 anos com o ensino secundário até 2010) (ENDS)
Aumentar para 15% a população em idade activa com diploma do ensino superior (ENDS);
Aumentar para 12,5 a percentagem de participação da população dos 25-64 anos em acções de educação/formação (até 2010) (ENDS) Desenvolver o carácter inclusivo do mercado de
trabalho, promovendo, a igualdade de oportunidades para todos, a reabilitação e a reinserção, a conciliação entre a vida social e profissional e a igualdade de género
FCD #2
R
ECURSOS AMBIENTAISPromover o aumento dos espaços florestais arborizados e o uso múltiplo da floresta através da gestão florestal profissional procurando o equilíbrio entre as funções sociais, económicas e ambientais proporcionadas por estes espaços.
Promover a diversificação integrada de actividades ligadas aos espaços florestais com planos de gestão multifuncional em áreas de pelo menos 1000 ha (ENF)
Promover o conhecimento sobre o património natural e uma gestão sensata dos ecossistemas urbanos, conservar e valorizar a biodiversidade e articular o sistema de “espaços abertos” de natureza ambiental e paisagística com o sistema urbano e as redes de infra-estruturas.
Assegurar a funcionalidade dos sistemas naturais garantindo o equilíbrio dos ciclos da água e dos nutrientes e a existência de corredores ecológicos (ENDS)
Promover o desenvolvimento sustentável da floresta, privilegiando as actividades com maior valor acrescentado, tendo em atenção a conservação da natureza e da biodiversidade e a redução da vulnerabilidade a incêndios florestais (ENDS)
Área de nova floresta em 2010, relativamente a 31.12.1989: 492 mil hectares (PNAC)
Assegurar a protecção dos meios aquáticos, ribeirinhos e zonas húmidas com interesse ecológico, a protecção e recuperação de habitats e condições de suporte das espécies nos meios hídricos e no estuário.
Gerir de forma integrada os recursos hídricos aumentando a responsabilidade regional na sua gestão, promovendo a gestão integrada da água no quadro das bacias hidrográficas e o conhecimento rigoroso sobre as utilizações e riscos associados aos recursos hídricos, com o intuito de proteger e valorizar meios hídricos com destaque para as origens destinadas ao consumo humano.
Preservar a qualidade da água subterrânea e melhorar a qualidade dos aquíferos já contaminados e prevenir a excessiva artificialização do regime hidrológico
Reduzir as cargas poluentes em 2020 de 67%, em relação à carga pontual avaliada para 1997 (Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo)
Prevenir a deterioração do estado e assegurar a protecção, melhoramento e recuperação das massas de água com vista a alcançar o bom estado até 2015 (ENDS)
Prevenir a deterioração e assegurar a protecção, melhoramento e recuperação dos solos, através do controlo da erosão, da recuperação dos solos contaminados por actividades industriais, do condicionamento das áreas de expansão urbana e das áreas para a implantação de infra-estruturas viárias e de serviços (ENDS)
Adaptar as infraestruturas associadas à despoluição dos meios hídricos de modo a que nas origens para mais de 10 000 habitantes a qualidade suba pelo menos uma classe (Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo)
Promover uma política integrada de gestão dos resíduos, que fomente a redução na fonte e estimule a reutilização e reciclagem, reduzindo
Desviar matéria orgânica de aterro e incrementar a valorização multimaterial (QREN)
Quadro 6 – Resumo das orientações e metas relevantes do QRE por FCD5
Orientações de sustentabilidade
Metas relevantes
também a sua quantidade e perigosidade. toneladas): 974 (21%), 1274 (26%) e 1646 (36%) respectivamente em 2009, 2011 e 2016 (PERSU II)
Reciclagem (em milhares de toneladas): 660 (14%), 282 (17%) e 823 (18%) nos mesmos horizontes temporais respectivos (PERSU II) Variação de 64% em 2005 para 8% em 2016 dos RSU destinados directamente a aterro (PERSU II) Garantir universalidade, continuidade e qualidade
dos serviços de abastecimento de água e saneamento de águas residuais graças a uma lógica de serviço com elevada qualidade e fiabilidade, promovendo a capacidade de reserva dos sistemas públicos de abastecimento de água e a eco-eficiência do sector.
Garantir que a generalidade da população é servida por sistemas de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais com elevado nível de qualidade com preços acessíveis (QREN)
Melhorar a eficiência dos sistemas de abastecimento de águas e de drenagem e tratamento de águas residuais e dos equipamentos de valorização das várias fileiras de resíduos (QREN)
Assegurar um nível de atendimento do sistema de abastecimento de água de 90% da população ou de todos os aglomerados com mais de 50 habitantes (Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo) Promover uma política de gestão de qualidade do
ar que salvaguarde a saúde pública, em particular nos centros urbanos, promovendo intervenções programadas de melhoria da qualidade do ar nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo.
Integrar os valores naturais e paisagísticos na concepção da malha urbana como factor de valorização e atractividade territorial.
Desenvolver uma identidade urbana culturalmente dinâmica nomeadamente através da recuperação de conjuntos urbanos merecedores de protecção, da generalização do acesso a equipamentos culturais e de recreio e lazer e da valorização e apoio a actividades criativas, culturais e desportivas.
Aumentar em 30% o número de visitantes de museus e monumentos até 2020 (Lisboa 2020)
FCD #3
M
OBILIDADEPromover uma melhor mobilidade e acessibilidade em meio urbano através do correcto planeamento dos usos do solo, da diversidade de funções urbanas, incluindo habitacional, e da adequada resposta do sistema de transporte público, garantindo a paridade no acesso às infraestruturas.
Reforçar a conectividade internacional através da ligação às redes transeuropeias e da sua adequada ligação à rede regional/local, nomeadamente através da Alta Velocidade e da sua adequada integração com a ferrovia convencional eliminando os estrangulamentos à circulação de comboios de passageiros e de mercadorias.
Tempo de percurso da ligação directa em AV - 2015 : Lisboa – Madrid 2:45; Lisboa – Porto: =< 1:30 (QREN)
Linha ferroviária de alta velocidade construída - 2015: 568 km (QREN)
Promover o acesso ao transporte intercontinental aéreo desenvolvendo aeroportos regionais e a inter-modalidade entre transporte aéreo e ferroviário.
Desenvolver o transporte marítimo e promover a transferência do transporte de mercadorias do modo terrestre para o modo marítimo,
Assegurar que 20% do comércio internacional de mercadorias é transferido do modo rodoviário para marítimo (PNAC)
Quadro 6 – Resumo das orientações e metas relevantes do QRE por FCD5
Orientações de sustentabilidade
Metas relevantes
desenvolvendo uma estratégia para o sistema portuário de Sines, Setúbal e Lisboa, afirmando-o como porta atlântica do Sudoeste Europeu no contexto dos tráfegos marítimos à escala mundial einserindo a região de Lisboa na Auto-Estrada do Mar do Oeste Europeu.
Melhorar a eficiência dos sistemas de transportes de mercadorias, reordenando e racionalizando a capacidade logística instalada e do sistema de transporte associado, com desenvolvimento de plataformas integradas, incluindo serviços de valor acrescentado.
Reduzir em 5% até 2015 o peso do tráfego rodoviário nas plataformas logísticas (PNAC)
Garantir uma melhoria do desempenho operacional e eficiência do sistema de transportes (menores tempos de deslocação, maior fiabilidade do sistema, economia de tempo e o encurtamento das distâncias), alcançando uma rede de infraestruturas devidamente hierarquizada e articulando o desenvolvimento de novas urbanizações e o sistema de transportes.
Densidade de rede [m/1000hab.]: 418 (+54%) até 2015 (PERSU II)
População residente em Portugal que pode efectuar deslocações por modo ferroviário entre os principais centros urbanos nacionais, com um tempo global de viagem menor ou igual a 2 horas: 60%; menor ou igual a 3 horas: 90% até 2015 (PERSU II)
Atingir 1,5 no indicador de equidade do sistema de deslocações em 2020 (Lisboa 2020)
Reduzir o custo por passageiro por km em 20% e por tonelada por km em 10% até 2020; (Lisboa 2020)
Eliminar a sinistralidade rodoviária até 2020; (Lisboa 2020)
Reduzir para 22 minutos o tempo médio de viagem até 2020 (Lisboa 2020)
Criar planos de mobilidade urbana para centros empresariais com mais de 500 trabalhadores até 2015 (PNAC)
Promover a criação de uma plataforma inovadora de gestão de tráfego de transportes públicos em Lisboa até 2015 (PNAC)
Promover a intermodalidade, particularmente com o transporte ferroviário, e a transferência modal
Assegurar a transferência modal de 5% do transporte individual para colectivo até 2015 na Área Metropolitana de Lisboa (PNAC)
Introduzir meios de transporte ambientalmente “suaves” e energeticamente eficientes, estimular a utilização do transporte colectivo e internalizar os custos do transporte reduzindo, desta forma os efeitos negativos em áreas sujeitas a tráfego intenso, proteger a saúde e o ambiente em especial em zonas sensíveis
FCD #4
E
NERGIA E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS Prevenir riscos naturais e tecnológicos e desenvolver estratégias regionais para sua gestão em zonas propensas a desastres, envolvendo as populações expostas aos riscos, com vista a mitigar os respectivos efeitos, incluindo os efeitos económicos e sociais.Estabelecer cartas de risco de inundação para as localidades identificadas como área de risco de inundação e proteger as áreas urbanas contra inundações para o período de retorno de uma vez em cada 100 anos e das áreas agrícolas para o período de retorno de uma vez em cada 10 anos (Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo)
Estabelecer condicionamentos aos usos do solo e actividades nas Áreas de Risco de Erosão e nas Áreas de Infiltração Máxima (Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo)
Promover a diversificação das fontes energéticas, nomeadamente pela aposta nas energias renováveis como seja o aproveitamento
Aumentar em 20% até 2020 a quota de energias renováveis no consumo global de energia (Combating Climate Change)