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MÚSCULOS DO
DORSO
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MÚSCULOS DO
DORSO
CONTEÚDO: YASMIN FRAGA DA SILVA ALVES
CURADORIA: MARCO PASSOS
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SUMÁRIO
MÚSCULOS DO DORSO ... 4 MÚSCULOS SUPERFICIAIS ... 5 Primeira camada ... 6 Segunda camada ... 6 Trígonos ... 7 MÚSCULOS PROFUNDOS ... 8Músculo eretor da espinha ... 8
Outros músculos profundos ... 9
Musculatura da nuca ... 10
MAPA MENTAL ... 12
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MÚSCULOS DO DORSO
O dorso é a região posterior do tórax for-mada pela coluna vertebral e os tecidos circunvizinhos: medula espinal, músculos, parte posterior das costelas, tela subcu-tânea, pele.
Os músculos do dorso são potentes e também chamados de músculos rais, além disso, por suas funções postu-rais demandarem um constante traba-lho, eles tem tendência ao encurta-mento. São, por essa razão, músculos
Imagem 1 – Representação dos músculos que compõe a região posterior, na imagem é possível ver as relações de sintopia entre os músculos do dorso. Fonte: Anatomia Humana, Martini. 2009.
5 comumente associados a patologias por
estresse muscular.
A classificação dos músculos do dorso é organizada anatomicamente quanto à inervação a partir do nervo espinal:
• Superficiais: músculos inervados pelo ramo anterior do nervo espi-nhal
• Profundos: músculos inervados pelo ramo posterior do nervo espi-nhal
MÚSCULOS SUPERFICIAIS
Os músculos superficiais do dorso são também chamados de extrínsecos do dorso.
Quando retirada a pele, a tela subcutâ-nea e a fáscia da região do dorso, os dois primeiros músculos observados são o músculo trapézio, superiormente, e o músculo latíssimo do dorso, inferior-mente.
Imagem 2 – Músculos superficiais e profundos do dorso. Fonte: Atlas de Anatomia Humana. Tank, 2009
6 Primeira camada
A primeira camada de músculos superfi-ciais do dorso é também chamada de músculos toracoapendiculares posterio-res, porque produzem e controlam a mo-vimentação dos membros superiores. O músculo trapézio possui três porções: descendente, transversa e ascendente. Cada uma dessas porções possui fibras que convergem para as origens respec-tivas na clavícula, acrômio e espinha da escápula. A porção descendente ga-rante a ação mais importante desse músculo: de elevar o ombro, enquanto as demais porções aproximam a escápula da linha média. O músculo trapézio é inervado pelo nervo acessório ou XI par craniano.
Esse músculo está bastante associado a dores na região cervical posterior, por prática de exercícios incorretos ou uso inadequado de travesseiros elevados, por exemplo. Em caso de paralisia desse músculo, observa-se queda do ombro. O músculo latíssimo do dorso possui uma ampla distribuição ocupando toda re-gião inferior do tórax e rere-gião lombar. Suas fibras têm direção de inferior para superior e de medial para lateral conver-gindo para um ponto único de inserção na crista do tubérculo menor do úmero. Esse músculo aproxima o membro supe-rior do tronco, promovendo a adução do braço. Além disso, ele realiza rotação medial do braço. O músculo é inervado
pelo nervo toracodorsal, ramo de C6, C7 e C8 do fascículo posterior do plexo bra-quial.
Segunda camada
Quando rebatemos a primeira camada de músculos superficiais do dorso, for-mada pelo trapézio e latíssimo do dorso, observamos os seguintes músculos: rom-boides maior e menor, serráteis posteri-ores superior e inferior e levantador da escápula.
A segunda camada de músculos do dorso é também chamada de músculos extrínsecos intermediários do dorso, por sua localização.
Os músculos romboides maior e menor possuem disposição oblíqua de medial para lateral e de superior para inferior se inserindo na margem medial da escá-pula e, portanto, promovendo elevação e aproximação desta em relação às cos-telas. Essa ação é semelhante a promo-vida pelo músculo serrátil anterior. Com localização imediatamente poste-rior aos romboides está o músculo serrá-til posterior superior. Já o músculos ser-rátil posterior inferior se dispõe imedia-tamente posterior ao músculo latíssimo do dorso. Embora estejam associados por inserções as costelas, sua ação so-bre elas é mínima. Logo, ambos atuam principalmente na propriocepção, forne-cendo informações ao SNC do posicio-namento do gradil costal.
7 O músculo levantador da escápula por
se inserir na escápula no ângulo superior, quando se contrai realiza rotação medial do ângulo inferior e eleva a escápula. Trígonos
Na porção inferior do dorso, há duas re-giões de menor cobertura muscular e que, portanto, representam fragilidade da parede, sendo locais frequentes de hérnias lombares.
• Trígono lombar inferior (de Petit): possui como limites medial a margem medial do musculo latís-simo do dorso, anterior a margem posterior do músculo oblíquo ex-terno e como limite inferior a crista ilíaca. O assoalho desse trígono é o músculo oblíquo interno.
• Trígono ou quadrilátero lombar superior: possui como limites su-periores a 12ª costela e a margem inferior do serrátil posterior infe-rior,
limite lateral o músculo oblíquo in-terno e medialmente o músculo eretor da espinha.
Já na porção superior do dorso, há um trígono de importância clínica:
• Trígono da ausculta, muito im-portante na ausculta pulmo-nar, tem como limites: medial, a margem inferior do trapézio; lateral, margem medial da es-cápula; inferior, latíssimo do dorso. O assoalho é o músculo romboide maior.
Músculos Origem Inserção Ação
Trapézio Occiptal, processo espinhos de C1 a T12 Clavícula, acrô-mio e espinha da escápula
Eleva o ombro e aproxima a es-cápula da linha média Latíssimo do dorso
Processos espinhais de T7 a T12, aponeurose lombar, crista ilíaca e
10ª a 12ª costelas
Crista do tubér-culo menor do
úmero
Extensão, rotação medial e adução do braço Romboides • maior • menor Processos espinhosos de T2 a T5 Processos espinhosos de C7 a T1 Margem medial da escápula Espinha da es-cápula Retração da escapula Serrátil posterior • superior • Inferior
Ligamento nucal e processos es-pinhosos de C7 a T3 Processos espinhosos de T11 a L2 Margem supe-rior da 2ª à 4ª costelas Margem inferior da 9ª à 12ª cos-telas Principalmente proprioceptivos Levantador da
es-cápula Processos transversos de C1 a C4 Ângulo superior da escápula
Elevação da escápula e rota-ção medial do ângulo inferior
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Imagem 3 – Representação dos trígonos conti-dos no dorso. Fonte: Atlas de Anatomia Humana.
Tank, 2009
MÚSCULOS PROFUNDOS
Os músculos profundos do dorso são também chamados de intrínsecos ou próprios do dorso.
É a musculatura responsável pela manu-tenção da postura ereta.
Músculo eretor da espinha
O músculo eretor da espinha corres-ponde a um conjunto muscular que se dispõe bilateralmente a fim de manter a postura ereta, ele é formado pelos se-guintes músculos que seguem trajeto longitudinal ao longo da coluna verte-bral na seguinte sintopia lateral-medial:
• Músculo iliocostal, o mais lateral;
• Músculo longuíssimo, o intermedi-ário;
• Músculo espinal, o mais medial. O músculo iliocostal é dividido em ilio-costal do lombo (com partes lombar e torácica) e iliocostal do pescoço.
Imagem 4 – Representação dos músculos ere-tores da espinha. Fonte: Corpo Humano - Fun-damentos de Anatomia e Fisiologia. Tortora,
9 O músculo longuíssimo é dividido em
lon-guíssimo do tórax, do pescoço e da ca-beça. Ele se dispõe a partir do sacro e entre as porções laterais e mediais das vértebras.
O músculo espinhal é também dividido em espinhal do tórax, do pescoço e da cabeça. Ele segue entre os processos es-pinhosos ao longo da coluna vertebral. Outros músculos profundos
Mais profundamente em relação aos músculos eretores da espinha se locali-zam músculos menos desenvolvidos, são eles:
O conjunto de músculos semiespinal do tórax, do pescoço e da cabeça. Eles tem como origem e inserção os processos transversos e espinais no tórax e no pes-coço. Quando em contração bilateral esses músculos realizam extensão da coluna e quando em contração unilate-ral realizam rotação para o mesmo lado em relação ao músculo que se contrai (homolateral).
Os músculos esplênios da cabeça e do pescoço se localizam mais superior-mente e auxiliam na fixação superior do conjunto de músculos eretores da espi-nha, porém quando em contração unila-teral promovem rotação homolaunila-teral da cabeça. Eles tem suas inserções proxi-mais e distais nos processos espinhosos de C4 a T5.
Os músculos mais profundos formam o conjunto de multífidos e rotadores (do lombo, do tórax e do pescoço). Eles pro-movem pequenos movimentos de rota-ção entre pares de vértebras. Assim como os outros músculos profundos do dorso, quando em ação bilateral reali-zam extensão da cabeça, garantindo a posição ereta, e em ação unilateral pro-movem rotação homolateral.
Músculo Origem Inserção Ação
Iliocostal • do lombo (parte lombar e parte torácica) • do pescoço Tendão longo na crista ilíaca, face posterior do sacro e aponeurose do eretor
Ângulos das costelas Processo transversos de
C4 a C6
Extensão e flexão lateral da coluna vertebral Longuíssimo Processos transversos
(cervicais e torácicos) Espinhal Processos espinhosos (cervicais e torácicos)
10 Musculatura da nuca
Esse grupo de músculos está associado com a movimentação isolada da ca-beça. Há dois conjuntos de músculos:
• Retos posteriores maior e menor da cabeça, mais mediais;
• Músculos oblíquos superior e infe-rior da cabeça, mais laterais; O músculo re posteriores maior da ca-beça se localiza mais lateralmente em relação ao músculo reto posterior menor da cabeça. Quando em ação bilateral promovem extensão da cabeça e em ação unilateral realizam rotação e incli-nação homolaterais da cabeça.
O músculo oblíquo superior da cabeça tem origem no processo espinhoso do áxis enquanto o músculo oblíquo inferior da cabeça tem origem no processo transverso do atlas. Eles possuem ação semelhante à dos músculos retos: exten-são da cabeça, agindo bilateralmente;
rotação e inclinação homolaterais da cabeça, quando agem unilateralmente. Profundamente na porção superior do dorso, há ainda um trígono de importân-cia clínica:
• Trígono suboccipital, que é um es-paço profundo ao músculo semi-espinal da cabeça e por onde transitam a artéria vertebral e o nervo suboccipital
• Trígono suboccipital, tendo como limites os seguintes músculos: su-perior medial, o reto posterior maior da cabeça; superior lateral, o oblíquo superior da cabeça e in-ferior lateral, o oblíquo inin-ferior da cabeça.
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MAPA MENTAL
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REFERÊNCIAS
Sistema Osteomuscular – Anatomia do Sistema Locomotor – Músculos – Músculos do dorso – Músculos superficiais do dorso (Professor Marco Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.
Sistema Osteomuscular – Anatomia do Sistema Locomotor – Músculos – Músculos do dorso – Músculos profundos do dorso (Professor Marco Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 8ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 1128p.
TANK, Patrick W.. Atlas de Anatomia Humana. 1ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 447p.
DRAKE, Richard L.. Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 1192p.
PAULSEN, Friedrich, WASCHKE, Jens. Sobotta: atlas de anatomia hu-mana. 23ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.