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DH1-II-12 Corr. 1-12

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Academic year: 2021

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DH1-II-12 Corr. 1-12 (Folheto nº 8/12) DO CABO CALCANHAR AO PORTO DO RECIFE

4º 5º 6º 7º 8º 36º W 35º 34º 8º 7º 6º 5º 4º 36º W 35º 34º

RIO GRANDE DO NORTE

Cabo Calcanhar 803 22100 (INT2114) 21900 (INT2112) 22000 (INT2113) 802 810 806 830 903 22200 (INT2115) 910 930 902

Cabo São Roque

NATAL PARAÍBA Cabedelo Cabo Branco JOÃO PESSOA Itapessoca Ilha de Itamaracá Olinda RECIFE PERNAMBUCO

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Corr. 1-12 DH1-II-12

(Folheto nº 8/12)

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DH1-II-12 Original 5 10 15 20 25 30 35

DO CABO CALCANHAR AO PORTO DO RECIFE

Cartas 22100 e 22200

Do cabo Calcanhar ao porto do Recife a costa é formada de praias com dunas e muitos coqueirais.

Até o cabo Branco aparecem vários morros isolados e bem visíveis, com altitudes de 40m a 120m.

Do cabo Branco para o sul correm cadeias de montanhas mais elevadas, no interior, e cordões de recifes descobertos e submersos, próximos e paralelos às praias.

Em todo o trecho há inúmeras cidades bem iluminadas, cujos clarões são visíveis a 20M.

PONTOS CARACTERÍSTICOS

Carta 803

Cabo Calcanhar (05°09,7’S – 035°29,2’W) – Extremo Nordeste do Brasil, onde a costa infl ete da direção geral E–W para N–S, é formado por dunas de pouca altitude. Nele estão localizados o farol Calcanhar (1100), uma torre troncônica de concreto armado, com faixas horizontais pretas e brancas, 62m de altura, luz de lampejo branco na altitude de 74m com alcance de 38M e racon código Morse Y com alcance de 25M; e o radiofarol Calcanhar, com funcionamento contínuo na freqüência de 305kHz e sinal DA em código Morse com alcance de 300M (vista III-1). No radiofarol está instalada uma estação de GPS Diferencial (DGPS).

Ponta da Gameleira – 5,5M a SE do cabo Calcanhar, onde destacam-se uma barreira vermelha-escura e o farol Gameleira (1120), um poste quadrangular de concreto armado, preto com uma faixa horizontal branca, tendo 6m de altura e luz de lampejo encarnado na altitude de 27m com alcance de 9M, com um setor de 30° (203° a 233°) de luz branca com alcance de 13M.

Farolete Rio do Fogo (1124) (05°13,74’S – 035°20,87’W) – Uma torre quadrangular de concreto armado, com faixas horizontais brancas e encarnadas, 12m de altura e luz de lampejo encarnado na altitude de 12m com alcance de 10M. Aparece isolado sobre a superfície do mar, a meia distância dos extremos noroeste e sueste do baixo do Rio do Fogo.

Farolete Teresa Pança (1128) (05°24,08’S – 035°17,80’W) – Uma torre cilíndrica de concreto armado, com faixas horizontais pretas e brancas, 10m de altura e luz de lampejo branco na altitude de 10m com alcance de 11M. Aparece isolado sobre o baixo de Teresa Pança (vista III-2).

Canal de São Roque – Tem seu limite norte entre o cabo Calcanhar e o baixo de Sioba; continua na direção S entre o baixo do Cação, a ponta da Gameleira e os baixos do Rio do Fogo, da Teresa Pança e de Maracajaú; e termina entre o cabo de São Roque e o extremo sul do baixo de Maracajaú.

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Original DH1-II-12

52 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30 35 40 45

Pode ser demandado, com tempo bom e perfeito conhecimento local, por embar-cações de calado inferior a 4m(13,12 pés).

A derrota aconselhada para demandar o canal, do norte para o sul, é a seguinte. Marcando o farol Calcanhar aos 227°, na distância de 1,4M, desfechar o rumo 135°. Quando marcar o farolete Rio do Fogo aos 025°, na distância de 1,8M, guinar para o rumo 120°. Seguir neste rumo até marcar o farolete Rio do Fogo aos 328°, na distância de 3,8M. Neste ponto guinar para o rumo 165° e navegar aproado ao farol São Roque, até a distância de 3,8M deste farol. Guinar então para o rumo 135° e navegar até marcar o farol São Roque aos 270°, na distância de 2,7M.

Cartas 803 e 810

Cabo de São Roque – 5,3M a SSE do farolete Teresa Pança, avança para o norte em região baixa e arenosa. Nele aparece a torre do antigo farol. 0,4M ao S do cabo está localizado o farol São Roque (1132), uma estrutura quadrangular de vigas de concreto armado e alvenaria, com faixas horizontais encarnadas e brancas, 32m de altura e luz de grupo de 3 lampejos brancos na altitude de 50m com alcance de 21M (vistas III-3 e III-4).

Carta 810

Ponta de Santa Rita – 13,4M ao S do cabo de São Roque, formada por uma elevação arredondada, com pouca vegetação e 40m de altitude, bem visível até 15M.

Cartas 802 e 810

Porto de Natal – Ver a página 56.

Farol Natal (1176) (05°47,70’S – 035°11,13’W) – Na ponta Maria Luiza, ao sul do porto de Natal, uma torre troncônica de alvenaria, branca, com 37m de altura, luz de grupo de 5 lampejos brancos na altitude de 87m com alcance de 39M e setor de visibilidade de 174° (168° a 342°). 1,5M a SSW do farol há uma torre transmissora de TV também notável, com luz fi xa encarnada particular na altitude de 147m.

Carta 22100

Barreiras do Inferno – 7M ao S do farol Natal, apresentam coloração vermelha escura e caem a pique sobre o mar, sendo bem visíveis. A oeste destas barreiras está localizada uma base de lançamento de foguetes da Força Aérea Brasileira. A área marítima fronteira a este trecho da costa pode ser interditada à navegação, sendo o anúncio feito por aviso-rádio aos navegantes.

Farol Ponta da Tabatinga (1190) (06°02,70’S – 035°06,76’W) – Nas proximidades da ponta da Tabatinga, uma torre cilíndrica de telecomunicações, de concreto armado, cinza, com 81m de altura e luz de grupo de 5 lampejos brancos na altitude de 96m com alcance de 24M.

Cabo Bacopari (06°22,5’S – 035°59,5’W) – Tomado por pequena elevação e bem visível, principalmente de SE. No seu extremo está localizado o farol Bacopari (1192), uma torre octogonal de alvenaria, com retângulos brancos e pretos, 17m de altura e luz de grupo de 2 lampejos brancos na altitude de 30m com alcance de 15M (vista III-5).

Ponta da Trincheira – 18,5M ao S do cabo Bacopari, tem no seu extremo o farol Traição (1196), uma torre quadrangular de alvenaria sobre base hexagonal de concreto, branca, com 10m de altura e luz de lampejo branco na altitude de 12m com alcance 12M. A oeste desta ponta fi ca a baía da Traição, onde há duas igrejas, sendo a mais notável a que fi ca no alto de um outeiro.

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DH1-II-12 Original

DO CABO CALCANHAR AO PORTO DO RECIFE 53

5 10 15 20 25 30 35 40 45 Cartas 806 e 22100

Farol Pedra Seca (1236) (06°57,37’S – 034°49,38’W) – No extremo de um recife na barra do porto de Cabedelo, uma torre tronco piramidal octogonal metálica sobre base quadrangular de alvenaria, branca, com 15m de altura e luz de grupo de 3 lampejos brancos na altitude de 16m com alcance de 16M. Para quem vem do largo aparece como uma pequena embarcação à vela.

Carta 830

Porto de Cabedelo – Ver a página 63.

Cartas 806 e 22100

Cabo Branco – 11,7M ao S do farol Pedra Seca, baixo e cercado de recifes. Nele está situado o farol Cabo Branco (1256), uma torre tronco piramidal triangular de alvenaria tendo no terço médio uma estrela de 3 pontas, de concreto armado, branca com faixa horizontal preta, tendo 18m de altura e luz de lampejo branco na altitude de 46m com alcance de 27M. Entre o porto de Cabedelo e o cabo Branco fi ca a cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, cujas praias são muito edifi cadas e bem iluminadas, sendo o clarão da cidade avistado de grande distância. A su-sueste do farol fi ca a ponta do Seixas, o ponto mais oriental da costa do Brasil; a oeste há um convento notável, de cor amarelada; e ao sul tem a igreja da Penha, que também aparece des-tacada (vista III-6).

Carta 22200

Torre de Jacumã (07°15,68’S – 034°54,52’W) – A SSW do cabo Branco e exibindo luz fi xa encarnada particular no seu tope, constitui boa marca.

Barreiras de Tambaba – Entre as pontas Tambaba (07°20,0’S – 034°47,6’W) e dos Coqueiros, vermelhas e notáveis. Ao sul das barreiras, em um dos recifes fronteiros à localidade de Pitimbu fi ca o farolete Pitimbu (1258), um tubo metálico, branco, com 6m de altura e luz de lampejo branco na altitude de 5m com alcance de 5M.

Cartas 910 e 930

Ponta de Pedras (07°37,8’S – 034°48,7’W) – Baixa e tomada pela localidade de mesmo nome. Nela está situado o farol Ponta de Pedras (1264), uma armação tronco piramidal quadrangular metálica, branca, com 7m de altura e luz de grupo de 3 lampejos brancos na altitude de 56m com alcance de 18M.

Ponta do Funil – 3,5M a SSW da ponta de Pedras, é ocupada pelo morro do Funil, de formato cônico e 42m de altitude. Fica no extremo norte da barra do rio Carrapicho, por onde se dá o acesso ao porto de Itapessoca. Próximos ao morro do Funil fi cam o morro de Catuama, ao norte e com dois picos de 43m e 47m de altitude, e o morro do Seleiro, a oeste, com 62m de altitude e semelhante a uma sela, quando visto do sul.

Chaminés da fábrica Poty – 11,5M ao S da ponta do Funil, fi cam muito próximas uma da outra e são bem visíveis.

Carta 903

Porto de Itapessoca – Ver a página 70.

Cartas 902 e 930

Ponta de Olinda (08°00,7’S – 034°50,8’W) – No extremo de vários morros inteiramente edifi cados da cidade histórica de Olinda, cujo mais proeminente é o morro do Serapião. No cume deste morro fi ca o farol Olinda (1272), uma torre troncônica de

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Original DH1-II-12

54 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30 35 40

concreto armado, com faixas horizontais brancas e pretas, 42m de altura e luz de grupo de 2 lampejos brancos na altitude de 90m com alcance de 46M.

Porto do Recife – Ver a página 72.

Cartas 906 e 930

Cabo de Santo Agostinho – (08°21,1’S – 034°56,9’W) – Um promontório formado de outeiros, pedras e barreiras de cor avermelhada, que visto de longe parece ser muito projetado sobre o mar. Constitui uma boa marca para a navegação e pode ser avistado a 24M. No seu cume fi cam a igreja de Nossa Senhora de Nazaré e o farol Santo Agostinho (1328), uma torre cilíndrica de concreto armado, branca, com 15m de altura e luz de lampejo branco na altitude de 91m com alcance de 22M (vista III-7).

PERIGOS AO LARGO

Cartas 22100 e 22200

Os navegantes devem ter a máxima atenção quando trafegando próximo da costa, principalmente no período noturno, devido à grande concentração de barcos pesqueiros em atividade.

A NE do cabo Calcanhar há um alto-fundo na profundidade de 22m, posição aproximada de 04°53’S – 035°01’W.

Carta 803

Entre a costa e a isóbata de 10m há inúmeros baixos e altos-fundos que tornam a navegação de embarcações de calado superior a 4m (13,12 pés) muito perigosa.

A passagem pelo canal de São Roque só deve ser feita pelos navegantes que tenham perfeito conhecimento da localização dos perigos existentes (ver a página 51).

Nas profundidades acima de 10m deve ser evitado navegar próximo dos seguintes perigos.

Alto-fundo – Na profundidade de 9,9m, marcação 065° e distância de 14,1M do farol Calcanhar.

Alto-fundo – Com menor profundidade de 8,9m na marcação 067° e distância de 14,2M do farol Calcanhar.

Risca do Zumbi (05°11,1’S – 035°11,3’W) – Pedra ao largo, com menor profundidade de 5m. É sinalizada por uma bóia luminosa cardinal Leste, que exibe luz de grupo de 3 emissões rápidas brancas com alcance de 8M.

Carta 810

Entre a costa e a isóbata de 10m há muitas pedras e alguns cascos soçobrados, devendo ser evitada a navegação nesta área.

Nas áreas de profundidades acima de 20m a navegação de navios de calado superior a 10m (32,81 pés) deve ser evitada próximo da linha de altos-fundos existente na direção geral N–S, com profundidades entre 11,2m e 20m e cujos extremos fi cam nas marcações 063° e 112° e distâncias de 9,8M e 8,9M, respectivamente, da ponta Pitangui (05°37,8’S – 035°13,0’W).

Carta 806

Entre a costa e a isóbata de 10m há muitas pedras, submersas e descobertas – em especial nas proximidades da ponta de Lucena (06°54,1’S – 034°51,2’W) – não se devendo navegar nesta faixa de mar.

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DH1-II-12 Original

DO CABO CALCANHAR AO PORTO DO RECIFE 55

5 10 15 20 25 30 35

Nas profundidades acima de 10m deve ser evitado navegar próximo dos seguintes perigos.

Casco soçobrado Alice – Na profundidade de 7,1m, marcação 012° e distância de 5,3M do farol Cabo Branco.

Casco soçobrado Queimado – Na profundidade de 8,1m, marcação 039° e distância de 4,8M do farol Cabo Branco.

Cartas 910, 930 e 22200

Entre a costa e a isóbata de 10m há muitos baixios e coroas, não se devendo navegar nesta área.

CABOS SUBMARINOS

Cartas 22100 e 22200

Ao longo de todo este trecho da costa, há cabos submarinos situados entre as isóbatas de 20m e 50m e aterrando nas cidades de Natal, João Pessoa e Recife.

A pesca e o fundeio são proibidos a menos de 500m destes cabos submarinos. FUNDEADOUROS

Cartas 22100 e 22200

Somente no interior dos portos há fundeadouros abrigados.

Ao longo da costa, algumas áreas que podem ser usadas para fundeio são as seguintes, todas, porém, desabrigadas dos ventos e vagas predominantes.

Carta 803

Na enseada de Pititinga (05°21’S – 035°20’W), com profundidades de 5m a 6m, fundo de areia. Desabrigada dos ventos de NW a SE. Recomendada apenas a pequenas embarcações.

A oeste do baixo de Maracajaú (05°24’S – 035°17’W), com profundidades de 6m a 7m, fundo de areia e lama. Desabrigada dos ventos de N a SE. Recomendada apenas a pequenas embarcações e quando o mar estiver calmo.

Carta 810

Ao norte da ponta Negra (05°52’S – 035°10’W), com profundidades de 6m a 11m. Desabrigada dos ventos de NE a SE. Deve ser dada especial atenção aos recifes e pedras próximos da ponta Negra.

Carta 22100

Na baía da Traição (06°40’S – 034°56’W), com profundidade de 6m, fundo de areia e cascalho. Desabrigada dos ventos de NW a N a E. Para chegar à área de fundeio, deve-se contornar o alto-fundo ao norte do recife onde está o farol Traição, na distância de 0,2M, e fundear marcando este farol aos 135°, na distância de 0,2M. Recomendada apenas a quem tenha conhecimento local.

Carta 910

A leste da ilha de Itapessoca (07°41,7’S – 034°46,3’W), com profundidades de 13m a 14m, fundo de areia e coral. Desabrigada dos ventos de N a E a S.

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Original DH1-II-12

56 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30 35

Na barreta de Maria Farinha (07°51,8’S – 034°49,3’W), com profundidades de 4m a 6m, fundo de areia. Abrigada dos ventos fracos de todos os quadrantes. Com ventos fortes e próximo da preamar as vagas podem cobrir o recife. Recomendada apenas a navios pequenos e com conhecimento local.

VENTOS

Os ventos predominantes são os de E e SE.

Os ventos de E sopram com maior freqüência de janeiro a abril e de outubro a dezembro.

Os ventos de SE são mais freqüentes de abril a julho e em setembro. Ventos fortes podem ocorrer em junho e julho.

CORRENTES

A direção e a velocidade da corrente ao largo são normalmente as seguintes: – NNW, com 2 nós, em janeiro e fevereiro;

– WNW, com 0,8 nó, em março, abril, setembro e outubro;

– W, com 0,8 nó a 1 nó, em maio, junho, agosto, novembro e dezembro; e – NW, com 0,8 nó, em julho.

A freqüência e a intensidade do vento podem alterar a direção da corrente. Com ventos de NE, a corrente toma a direção S ou SW; com ventos de SE, a direção N ou NW.

No canal de São Roque a corrente de enchente tem a direção S e a de vazante a direção N, com velocidade de 1 nó.

PORTO DE NATAL

Cartas 802 e 810

O porto está localizado na cidade de Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, na margem direita do rio Potengi, 3km a montante de sua foz.

A área portuária é delimitada pelo estuário do rio Potengi entre os paralelos de 05°45,6’S e 05°46,7’S.

RECONHECIMENTO E DEMANDA

Cartas 803, 810 e 22100

O navegante procedente do Norte deve reconhecer o farol Calcanhar e se posi-cionar por este farol. Quando não desejar passar entre a Risca do Zumbi e a costa deve ter uma boa posição estimada e poderá utilizar o radiofarol Calcanhar, para ter uma boa marcação de segurança para mudança de rumo.

O período matutino é o mais favorável para a demanda próxima da costa, em virtude da característica do trecho entre o cabo Calcanhar e Natal, que é baixo e sem acidentes geográfi cos notáveis, sendo formado quase que exclusivamente de dunas com vegetação rasteira e barreiras difi cilmente indentifi cáveis. As estruturas dos faróis deste trecho também nem sempre são facilmente reconhecidas, dependendo da distância da costa.

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DH1-II-12 Corr. 1-06 (Folheto nº 11/06) PORTO DE NATAL 57 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Quando há vento forte de NE, E ou SE deve haver maior atenção na demanda, porque o caimento do navio para oeste é acentuado e na parte norte da barra de Natal há inúmeros perigos, não se devendo, nunca, navegar entre a costa e a isóbata de 10m.

Uma derrota aconselhada para a demanda vindo do Norte é a seguinte.

Ao marcar o farol Calcanhar aos 212°, na distância de 12,5M, navegar no rumo 157°, passando dentro do alcance do farol Gameleira, dos faroletes Rio do Fogo e Teresa Pança e do farol São Roque. Ao marcar o farol São Roque aos 270°, na distância de 6,5M, guinar para o rumo 180° e navegar até marcar o farol Natal aos 205°, na distância de 4,6M. Neste ponto guinar para o rumo 225° e demandar o local de recebimento de prático.

O navegante procedente do Sul deve reconhecer o farol Bacopari e navegar entre 5M e 6M da costa, com toda segurança. Nas proximidades de Natal, o farol Natal, as torres de TV ao sul e a oeste deste farol e as estruturas notáveis representadas na carta são facilmente avistadas.

Uma derrota aconselhada para a demanda vindo do Sul é a seguinte.

Ao marcar o farol Bacopari aos 270°, na distância de 5,8M, navegar no rumo 337° até marcar o farol Natal aos 229°, na distância de 2,6M. Neste ponto guinar para o rumo 310° e demandar o local de recebimento de prático.

Carta 802

Os navios cuja praticagem não seja obrigatória só devem demandar a barra quando o navegante tiver perfeito conhecimento local, observando que (vista III-8):

– a barra e o canal de acesso ao porto são sujeitos a alterações e a forte correntada; – a barra é muito estreita e quanto maior a força do vento e da corrente de maré

mais difícil se torna a passagem por ela;

– antes de demandar a barra, deve-se certificar junto à Administração do Porto de que as bóias que delimitam o canal de acesso, em especial as situadas na barra, estão nas suas posições corretas;

– ao montar o molhe Leste, deve-se atentar que o farol Recife de Natal não fi ca na extremidade do molhe, havendo algumas pedras de seu prolongamento que só são vistas na baixa-mar; e

– tanto na maré de enchente quanto na de vazante o caimento do navio é sempre para cima do recife Baixinha, em virtude dos ventos predominantes do quadrante leste. Nos navios com pouca força de máquina deve haver especial atenção, porque é comum o rabeio para cima deste recife.

O acesso ao porto é feito por um canal balizado com bóias luminosas de boreste e bombordo numeradas, que começa nas proximidades do recife Cabeça de Negro, na barra, e termina nas proximidades do cais comercial, com as seguintes dimensões aproximadas: extensão de 2M, largura mínima de 100m e profundidade de 10m.

PONTOS CARACTERÍSTICOS

Os seguintes pontos facilitam a aproximação do porto de Natal, o fundeio na barra e a demanda do porto.

Cartas 803 e 22100

Cabo de São Roque – Ver a página 52.

Cartas 802 e 810

Farol Recife de Natal (1140) (05°45,09’S – 035°11,69’W) – Uma torre qua- drangular de alvenaria, verde, com 10m de altura e luz de lampejo verde na altitude de

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Corr. 1-06 DH1-II-12

(Folheto nº 11/06)

58 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30 35 40

13m com alcance de 17M, localizada na extremidade norte do recife de Natal, na barra do rio Potengi.

Farolete Baixinha (1136) – 0,13M a WNW do farol Recife de Natal, uma torre troncônica de concreto armado com varanda circular no tope, encarnada, encimada por pequena treliça branca, com 6m de altura e luz de lampejo encarnado na altitude de 8m com alcance de 7M, localizada na extremidade sul do recife Baixinha, na barra do rio Potengi.

Farolete Potengi (1164) – (05°46,94’S – 035°12,59’W) – Uma torre quadrangular de alvenaria, verde com duas faixas largas horizontais brancas, tendo 5m de altura e luz de lampejo verde na altitude de 7m com alcance de 5M, localizada na margem direita do rio Potengi.

Farol Natal – Ver a página 52. PERIGOS

Carta 802

Os perigos existentes na barra do rio Potengi estão situados ao norte da entrada do canal de acesso ao porto, entre a costa e a isóbata de 5m, devendo haver especial atenção aos seguintes.

Baixa Grande – Recife coberto pelo mar na preamar, na marcação 357° e com os extremos nas distâncias de 0,52M e 0,66M do farol Recife de Natal, havendo na sua parte norte um casco soçobrado visível.

Cabeça de Negro – Recife coberto pelo mar na preamar e onde a arrebentação é sempre visível, na marcação 356° e distância de 0,22M do farol Recife de Natal. Na marcação 292° e distância de 0,09M deste recife há restos de casco soçobrado.

Baixinha – Recife sempre descoberto, ligado à praia da Redinha por um molhe guia-corrente. Seus extremos estão nas marcações 316° e 292° e distâncias de 0,18M e 0,12M, respectivamente, do farol Recife de Natal. Na sua extremidade sul está localizado o farolete Baixinha. Junto à sua margem leste há um casco soçobrado visível.

No rio Potengi, o trecho mais perigoso fi ca entre o farol Recife de Natal e a gamboa Manimbu. Nele existem alguns bancos nas proximidades do canal balizado, como o banco das Velhas, com profundidades menores que 5m, e pedras perigosas à navegação, como as situadas nas profundidades de 3,3m (05°45,47’S – 035°12,18’W), 2,9m (05°45,49’S – 035°12,15’W) e 7,2m (05°45,83’S – 035°12,29’W).

FUNDEADOUROS

Carta 802

Fora da barra há dois fundeadouros específi cos. – Navios que aguardam prático ou atracação

Delimitado na carta e numerado 1, com profundidade de 12m, fundo de areia e concha e desabrigado dos ventos e vagas de NE a SE.

Navios que não se destinam ao porto de Natal podem permanecer fundeados por 24 horas, devendo comunicar sua intenção à Capitania dos Portos e à Administração do Porto com, no mínimo, 24 horas de antecedência.

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– Quarentena

Delimitado na carta, com profundidade de 11m, fundo de areia e desabrigado dos ventos e vagas de NE a SE.

No rio Potengi só é permitido o fundeio de embarcações de esporte e recreio, na área delimitada na carta e numerada 2.

FUNDEIO PROIBIDO

Carta 802

É proibido o fundeio:

– no rio Potengi, de embarcações de qualquer arqueação bruta, com exceção das de esporte e recreio, que possuem seus respectivos fundeadouros. Somente em condições de necessidade extrema, para resguardar a sua própria segurança e a de terceiros, os navios fundearão, a critério dos Comandantes/Práticos. Tais fundeios deverão ser comunicados imediatamente à Capitania dos Portos, por radiotelefonia VHF, canal 16;

– na área de manobra, de qualquer embarcação; e

– na área de cabos submarinos, de navios com qualquer arqueação bruta. ÁREA DE MANOBRA

Carta 802

A área de manobra, destinada exclusivamente às manobras de atracação e desa-tracação, fi ca entre os paralelos de 05°46,0’S e 05°46,5’S, o meridiano de 035°12,5’W e a margem direita do rio Potengi.

CABOS SUBMARINOS

Carta 802

Na área a ENE da praia do Meio, delimitada na carta por linha de limite marítimo em geral, há cabos submarinos, sendo proibido o fundeio de qualquer embarcação no seu interior.

MARÉ E CORRENTE DE MARÉ

Carta 802

A maré tem característica semidiurna, com o nível médio 1,1m acima do nível de redução da carta, e se faz sentir até um pouco a montante da Base Naval de Natal.

As correntes de maré são mais fortes nas vazantes de inverno, período em que as chuvas são constantes, com velocidades médias de 3,5 nós nas sizígias e 1,3 nó nas quadraturas.

Na barra, as correntes de enchente e vazante empurram o navio para o recife Baixinha. No canal, a corrente é mais intensa entre o recife Baixinha e o banco das Velhas.

Para informações detalhadas sobre as correntes de maré no porto de Natal deve ser consultada a publicação da DHN Cartas de Correntes de Maré – Porto de Natal, DG 10-IV. 5 10 15 20 25 30 35 DH1-II-12 Corr. 1-06 (Folheto nº 11/06) PORTO DE NATAL 59

(12)

PRATICAGEM

Carta 802

A praticagem no porto de Natal é obrigatória para os seguintes navios:

– estrangeiros de qualquer tipo e arqueação bruta, exceto as embarcações de apoio marítimo de arqueação bruta até 2.000 contratadas por empresa brasileira que tenha sua sede e administração no país, desde que comandadas por marítimo brasileiro de categoria igual ou superior a 1º Ofi cial de Náutica, ou de posto compatível com o porte do navio; e

– brasileiros de qualquer tipo, de arqueação bruta acima de 2.000.

A zona de praticagem obrigatória tem como limites o local de embarque e desem-barque de prático na barra, assinalado na carta, e qualquer ponto da área portuária.

A solicitação de prático deve ser feita à “Associação dos Práticos dos Portos do Estado do Rio Grande do Norte”, com antecedência mínima de 4 horas.

A Associação dos Práticos fi ca na Rua Silva Jardim, 2, Ribeira, Natal; telefone (84) 3222-1613; fac-símile (84) 3211-8483; e-mail praticagemnatal@ig.com.br; e mantém escuta permanente em radiotelefonia VHF, canal 16.

Normalmente os práticos dirigem-se aos navios em lanchas pintadas de encarnado, com a letra P em preto.

Com vento forte, é recomendado o posicionamento do navio de maneira que a lancha do prático atraque a sotavento.

TRÁFEGO E PERMANÊNCIA

Devem ser observadas as seguintes normas, complementares às do RIPEAM:

– a visita das autoridades portuárias – Vigilância Sanitária, Receita Federal e Polícia Marítima – é feita nas proximidades do local de embarque de prático. Em casos especiais, estas autoridades poderão permitir que as visitas sejam efetuadas com o navio atracado;

– as dimensões máximas, a velocidade máxima e o calado máximo permitidos para trafegar nos canais de acesso e atracar ao porto e aos terminais de Natal são estabelecidos pela administração do porto ou do terminal, que também é a responsável por sua divulgação aos navegantes;

– o cruzamento e a ultrapassagem de navios no canal de acesso são proibidos; – as embarcações não vinculadas diretamente às operações portuárias devem

trafegar a uma distância mínima de 100m do cais do porto e dos navios fundeados; – a atracação será mais rápida e segura se for por bombordo, com maré de vazante;

a desatracação, se for realizada com maré de enchente;

– deve haver especial atenção ao tráfego de embarcações regionais que navegam entre as duas margens do rio Potengi, cruzando o canal de acesso; e

– é obrigatório manter, com o navio fundeado ou atracado, um tripulante (vigia) guarnecendo, permanentemente, equipamento portátil de radiotelefonia em VHF ligado no canal 16.

POLUIÇÃO

É proibido despejar nas águas do rio Potengi e ter no convés do navio com risco de cair na água qualquer tipo de detrito, lixo, óleo ou substância poluente.

Corr. 1-06 DH1-II-12

(Folheto nº 11/06)

60 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30 35 40

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Devem ser observadas as normas constantes nos itens “Preservação ambiental”, “Carga e descarga de petróleo e seus derivados, produtos químicos a granel e gás liquefeito” e “Mercadorias perigosas” das páginas 27 e 28, para evitar a poluição e pre- servar o meio ambiente marinho no rio Potengi.

A Capitania dos Portos mantém fi scalização permanente contra a poluição do rio Potengi causada por embarcações.

O lixo de bordo deve ser despejado em coletores existentes no cais. A limpeza de tanques é feita por empresas particulares.

RECURSOS PORTUÁRIOS

Cais (vistas III-9 e III-10) – tem a extensão de 400m, em duas seções de 191m e 209m, com profundidade média de 10m, e 13 cabeços para amarração .

Armazéns – há 3 armazéns para carga geral, sendo um frigorifi cado, cada um com 1.800m2; e 2 galpões de 1ª linha, com área total de 838m2.

Silos – há 16 silos de trigo, com capacidade total de 4.800t, e 8 com capacidade total de 20.000t.

Pátios – dispõe de 10.836m2 de pátios descobertos.

Equipamentos –

Tipo Quantidade Capacidade

Guindaste sobre pneus 1 90t

Empilhadeira 26 2,5t(18), 3t(4), 4t(2) e 7t(2)

Top-loader 2 37t

Sugador portátil 3

-Moega 1

-Esteira transportadora 3

-Rebocadores, cábreas e alvarengas – não há.

Telefone – é possível a instalação a bordo, mediante solicitação à companhia tele- fônica local (Telemar).

TERMINAL ESPECIALIZADO (TERMINAL DE DUNAS)

Terminal de combustíveis da Petrobras, situado 200m a jusante do cais do porto, dispõe de 2 dolfi ns para amarração, espaçados de 100m, com profundidade de 8m.

SUPRIMENTOS

Aguada – no cais do porto há 12 hidrantes, espaçados de 22m, com vazão de 25m3/h. No

terminal da Petrobras não é possível fazer aguada. Não há barca-d’água.

Energia elétrica – há disponibilidade de energia elétrica em 220V, 60Hz, somente para iluminação. Há 80 tomadas, com 440V, para contêineres frigorífi cos.

Combustíveis e lubrifi cantes – o abastecimento de derivados de petróleo pode ser feito no cais do porto, por caminhão, ou no terminal da Petrobras, em tomadas de 4 pol, com vazão de 30m3/h a 40m3/h. Não há barca de óleo.

Os pedidos de fornecimento podem se feitos por intermédio das agências de navegação, com antecedência mínima de 48 horas.

5 10 15 20 25 30 DH1-II-12 Original PORTO DE NATAL 61

(14)

Gêneros – há disponibilidade de gêneros, de todos os tipos, que podem ser adquiridos na rede de supermercados da cidade.

Sobressalentes – há restrições na obtenção de sobressalentes, em especial de máquinas e eletrônica.

REPAROS

A Base Naval de Natal dispõe de um dique fl utuante com 119m de comprimento e 18m de boca interna moldada, podendo docar navios de até 2.800t de deslocamento e calado máximo de 5,8m(19 pés), e de ofi cinas para grandes reparos de estruturas e máquinas e pequenos reparos de equipamentos eletrônicos e de navegação.

Várias fi rmas especializadas executam reparos navais em geral, assim como de motores, caldeiras e equipamentos eletrônicos, elétricos, de refrigeração e de combate a incêndio.

Também é possível a execução de reparos submarinos. SOCORRO

Navios da Marinha do Brasil especializados em socorro e salvamento estão per-manentemente sediados no porto de Natal.

O Comando do 3º Distrito Naval, coordenador das atividades de busca e salvamento na área marítima da região Nordeste, também tem sua sede em Natal.

Os telefones do SALVAMAR NORDESTE são (84) 221-1947 e (84) 216-3057 (fac-símile).

O combate a incêndio a bordo é auxiliado pela Companhia de Bombeiros da Polícia Militar, situada na Avenida Alexandrino de Alencar, 908, telefones 193 e 223-3106.

COMUNICAÇÕES

Marítima – as obras realizadas no porto vêm permitindo um aumento substancial na movimentação de carga, tanto na navegação de cabotagem como na de longo curso.

Ferroviária – Natal é ligada por ferrovia às cidades de Salvador, no Estado da Bahia, e de Macau, no Rio Grande do Norte. Um ramal desta ferrovia passa em frente ao cais do porto, não havendo, porém, possibilidade de movimentação de carga diretamente do vagão para o navio.

Rodoviária – Natal é ligada por estradas pavimentadas às capitais dos estados litorâneos próximos e às principais cidades do estado.

As distâncias a algumas cidades do Rio Grande do Norte são as seguintes: Ceará-Mirim – 21km

Macau – 182km Currais Novos – 192km Mossoró – 271km Areia Branca – 322km

Aérea – o aeroporto internacional Augusto Severo está situado no município de Parnamirim, distante 15km do porto. Há vôos diários para várias capitais de estados e Brasília.

Original DH1-II-12

62 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30 35 40

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Radioelétrica – Natal é ligada a todo o país e ao exterior por redes de teleco- municações, inclusive discagem direta a distância DDD e DDI, código 84. A estação costeira Natal Rádio (PPN) opera em radiotelefonia classe F3E, canal 24 de VHF, com chamada no canal 16.

HOSPITAIS

Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel – Avenida Senador Salgado Filho, snº, Natal, RN; telefone (84) 3201-9727.

Hospital Universitário Onofre Lopes – Avenida Nilo Peçanha, 620, Natal, RN; telefones (84) 3222-3626/3667/3717 e (84) 3222-2803 (ambulatório).

AUTORIDADES

Comando do 3º Distrito Naval (Representante da Autoridade Marítima) – Avenida Hermes da Fonseca, 780, Tirol, Natal, RN; telefones (84) 3221-1947 (Salvamar Nordeste) e (84) 3216-3030 (mesa); fax (84) 3216-3002 e (84) 3216-3057 (Salvamar Nordeste).

Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (Agente da Autoridade Marítima) – Rua Chile 232, Ribeira, Natal, RN, CEP 59012-250; telefones (84) 3201-9630, 3211-1013; fax (84) 3201-9630, ramal 28, 3201-9626. Escuta permanente no canal 16 VHF.

Companhia Docas do Rio Grande do Norte – CODERN (Autoridade Portuária) – Avenida Engenheiro Hildebrando de Góis 220, Ribeira, Natal, RN; telefax (84) 4005-5300.

Delegacia da Receita Federal (Setor Aduaneiro) – Rua Esplanada Silva Jardim, 83, Ribeira, Natal, RN; telefone (84) 3220-2285; fax (84) 3221-2249.

Agência da Vigilância Sanitária – Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 730, 1º andar, Natal, RN; telefone (84) 3232-2562; fax (84) 3232-2557.

Delegacia de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras – Avenida Interventor Mário Câmara, 300, Nazaré, Natal, RN; telefones (84) 3204-5561 a 5565; fax (84) 3204-5560.

FERIADOS MUNICIPAIS

Além dos feriados nacionais relacionados no capítulo II, são feriados na cidade de Natal os seguintes dias:

6 de janeiro – Reis Magos; e

21 de novembro – Nossa Senhora da Apresentação, Padroeira de Natal. PORTO DE CABEDELO

Cartas 830 e 806

O porto está situado na cidade de Cabedelo, estado da Paraíba, na margem direita e próximo da foz do rio Paraíba.

A área portuária é delimitada pelo estuário do rio Paraíba entre os paralelos de 06°57,7’S e 06°50,1’S.

RECONHECIMENTO E DEMANDA

Carta 22100

O navegante procedente do Norte deve reconhecer o cabo Bacopari, com seu farol. Em seguida aparecem, sucessivamente, a malha do Sagi, ao norte do rio Guaju e semelhante a uma vela de jangada; o monte Pelé; a ponta da Trincheira, com o farol Traição e a igreja de Baía da Traição; e fi nalmente as barreiras de Miriri, vermelhas e visíveis a 15M. 5 10 15 20 25 30 35 40 DH1-II-12 Corr. 2-15 (Folheto nº 14/15) PORTO DE NATAL 63

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Carta 806

Na aproximação da barra de Cabedelo destacam-se alguns pontos, como o Grande Moinho Tambaú, na área portuária, com 73m de altura; a igreja de Lucena, na ponta de Lucena, ao norte de Cabedelo; a igreja de Nossa Senhora da Guia, a oeste de Cabedelo; dois tanques prateados na praia Santa Catarina, na parte norte de Cabedelo; e o farol Pedra Seca, na barra de Cabedelo, que pela manhã pode ser confundido com as jangadas que sempre navegam na região.

O navegante vindo do Sul deve reconhecer o cabo Branco e identifi car o seu farol; a igreja da Penha, ao sul do farol; e o convento a oeste do farol, um prédio amarelado de tamanho razoável. A noroeste do cabo Branco também aparece a cidade de João Pessoa, com suas praias bem edifi cadas e iluminadas.

Com o farol Cabo Branco pelo través já se pode identifi car os pontos notáveis de Cabedelo, entre eles o edifício do Moinho Bunge, em Camalaú; o Grande Moinho Tambaú; o farol Pedra Seca; e a igreja de Nossa Senhora da Guia. Estes pontos geralmente são mais destacados pela manhã, após o nascer do Sol, quando fi cam muito bem iluminados. Na aproximação vindo do Norte ou do Sul deve haver muita atenção ao caimento do navio para junto da costa, causado pelos ventos constantes do quadrante leste. A navegação entre a costa e a isóbata de 10m deve ser evitada, por causa dos perigos existentes nesta faixa de mar.

Carta 830

Os navios cuja praticagem não seja obrigatória devem navegar no canal de acesso com cautela, em virtude dos altos-fundos e bancos existentes junto das suas margens, com profundidades menores que 4m. Os pontos críticos deste canal são balizados por bóias luminosas de boreste e bombordo, numeradas.

O canal de acesso ao porto tem 3M de extensão, compreendendo um trecho de 1M, com 120m de largura, entre as boias luminosas nº 2 e nº 6; e um trecho de 2M, com 150m de largura, da boia luminosa nº 6 até as proximidades do cais do porto.

A profundidade mínima, em todo o canal de acesso, é de 6,8m.

No período de maio a agosto predomina o vento de SE, com maior intensidade, inclusive com rajadas que difi cultam o acesso ao porto.

PONTOS CARACTERÍSTICOS

Os seguintes pontos auxiliam a aproximação de Cabedelo e o fundeio na sua barra ou no interior do porto.

Carta 806

Barreiras de Miriri (06°51’S – 034°54’W) – Duas barreiras bem distintas, de cor vermelha-viva, que caem a pique sobre o mar, ao norte da barra do rio Miriri. Ao sul deste rio destacam-se outras barreiras e uma igreja.

Cartas 830 e 806

Ponta de Lucena (06°54’S – 034°51’W) – Baixa, com muitos coqueiros. Na localidade de Lucena, a oeste da ponta, há uma igreja notável.

Farol Pedra Seca – Ver a página 53.

Igreja de Nossa Senhora da Guia – 3,3M a W do farol Pedra Seca, situada em elevação junto a um cemitério e notável para quem se aproxima vindo de qualquer direção.

Corr. 2-15 DH1-II-12

(Folheto nº 14/15)

64 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30 35 40

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Farolete Cabedelo (1240) – 1,25M a WSW do farol Pedra Seca, uma torre tronco piramidal quadrangular em alvenaria, verde, com 6m de altura e luz de lampejo verde na altitude de 8m com alcance de 7M. Fica na extremidade do molhe que se projeta do cais do porto para o norte.

Grande Moinho Tambaú – 1,19M a WSW do farol Pedra Seca, o edifício mais alto de Cabedelo, com 73m de altura, sendo excelente marca para o navegante que se aproxima do porto de Cabedelo, de qualquer direção, destacando-se na paisagem. Tem luz fi xa particular encarnada no tope, na altitude de 82m e com alcance estimado de 5M.

Silo São Braz – 1,4M a SW do farol Pedra Seca, um silo localizado no extremo sul do cais do porto, com luz fi xa encarnada particular no tope, na altitude de 38m.

Moinho Bunge – 1,78M a SSW do farol Pedra Seca, o edifício mais alto do conjunto de edifícios do Moinho Bunge, em Camalaú, bem visível.

Cabo Branco – Ver a página 53. PERIGOS

Carta 830

Os perigos existentes na barra estão situados entre a costa e a isóbata de 10m. Não se deve navegar nesta faixa de mar quando demandando o local de embarque de prático.

No acesso ao porto os perigos que estão mais próximos do canal, exigindo mais atenção, são os seguintes.

Alto-fundo – Com menor profundidade de 2,6m, tendo seu extremo sueste, na marcação 001° e distância de 0,98M do farol Pedra Seca, balizado pela bóia luminosa nº 1.

Alto-fundo – Na profundidade de 4,8m, marcação 004° e distância de 0,85M do farol Pedra Seca, balizado pela bóia luminosa nº 4.

Alto-fundo – Na profundidade de 3,9m, marcação 350° e distância de 0,77M do farol Pedra Seca, balizado pela bóia luminosa nº 6.

Banco do Tabuleiro – Com profundidades abaixo de 5m, tendo seu extremo norte na marcação 332° e distância de 0,7M do farol Pedra Seca.

Banco – Extenso e com profundidades abaixo de 5m, acompanhando a margem norte do canal de acesso. Tem seu ponto mais próximo do canal, na marcação 310° e distância de 0,86M do farol Pedra Seca, balizado pela bóia luminosa nº 3. O mar arrebenta nas pedras existentes neste banco.

Coroa da Sororoca – Extensa e com profundidades abaixo de 5m, acompanhando a margem sul do canal de acesso. Tem seu ponto mais próximo do canal, na marcação 275° e distância de 1,1M do farol Pedra Seca, balizado pela bóia luminosa nº 8.

FUNDEADOUROS

Carta 830

Fora da barra, delimitado na carta, fi ca o Fundeadouro nº 1, para navios de calado acima de 5m (16,40) ou comprimento acima de 70m e navios em litígio, reparo, espera ou quarentena. É desabrigado dos ventos e vagas de NE e SE.

5 10 15 20 25 30 35 40 DH1-II-12 Corr. 2-06 (Folheto nº 11/06) PORTO DE CABEDELO 65

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No rio Paraíba, delimitado na carta, fi ca o Fundeadouro nº 2, para navios de calado até 5m (16,40) ou comprimento de até 70m. É abrigado dos ventos e vagas de E a S.

Carta 806

No rio Paraíba, delimitado na carta, fi ca o fundeadouro para iates e pequenas

embar-cações.

FUNDEIO PROIBIDO

Carta 830

É proibido o fundeio no canal de acesso e na área de manobra em frente ao cais do porto, exceto em casos de emergência devidamente justifi cados.

ÁREA DE MANOBRA

Carta 830

A área de manobra para atracação e desatracação fi ca em frente ao cais do porto, em toda a sua extensão e com a largura de 300m, a partir do cais.

MARÉ E CORRENTE DE MARÉ

Carta 830

A maré tem característica semidiurna, com o nível médio 1,3m acima do nível de redução da carta.

De março a agosto, os ventos, geralmente de SE, S e SW, predominam sobre a corrente de maré; de setembro a fevereiro, quando sopram ventos fracos de NE, as correntes predominam sobre estes.

Durante as sizígias e com ventos de SW, assim como no período de cheia do rio Paraíba, a corrente de vazante pode atingir 5 nós a 6 nós.

PRATICAGEM

Carta 830

A praticagem no porto de Cabedelo é obrigatória para os seguintes navios:

– estrangeiros de qualquer tipo e arqueação bruta, exceto as embarcações de apoio marítimo de arqueação bruta até 2.000 contratadas por empresa brasileira que tenha sua sede e administração no país, desde que comandadas por marítimo brasileiro de categoria igual ou superior a 1º Ofi cial de Náutica, ou de posto compatível com o porte do navio; e

– brasileiros de qualquer tipo, de arqueação bruta acima de 2.000.

A zona de praticagem obrigatória tem como limites o local de embarque e desem-barque de prático na barra, assinalado na carta, e o de atracação ou desatracação, no porto.

Corr. 2-06 DH1-II-12

(Folheto nº 11/06)

66 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30

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A solicitação de prático pode ser feita por meio do agente do navio, com antecedência mínima de 12 horas da hora de chegada, ou diretamente às Praticagens, por radiotelefonia VHF canais 12, 14 e 16.

A “Praticagem Cabedelo S/C Ltda” fi ca na Rua Maura Viana de Medeiros, 176, Centro, CEP 58310-000; telefax (83) 228-2195/1801; e-mail CabedeloPilots@ CabedeloPilots.com.br; e mantém escuta permanente em radiotelefonia VHF, canal 16.

A “Praticagem Paraíba Ltda” fi ca na Rua Presidente João Pessoa, 27, Centro, CEP 58310-000; telefone (83) 228-1478; fac-símile (83) 228-1349; e mantém escuta permanente em radiotelefonia VHF, canal 16.

TRÁFEGO E PERMANÊNCIA

Devem ser observadas as seguintes normas, complementares às do RIPEAM: – a visita das autoridades portuárias normalmente é feita depois da atracação; – o emprego de rebocadores é obrigatório para as embarcações de porte bruto de

2.000t e acima;

– as dimensões máximas, a tonelagem de porte bruto máxima, a velocidade máxi-ma e o calado máximo permitidos para trafegar no canal de acesso e atracar ao porto de Cabedelo são estabelecidos pela Administração do Porto, que é a responsável por sua divulgação aos navegantes;

– a atracação pode ser feita a qualquer hora do dia ou da noite, para navios com calado até 7,92m (26 pés);

– a manobra de navios com calado entre 8,23m (27 pés) e 9,14m (30 pés) deve ser feita somente na preamar e no período entre os crepúsculos civis matutino e vespertino; – a demanda do canal de acesso ao porto deve ser feita até duas horas antes da

preamar, permitindo realizar as manobras na bacia de evolução com maior segurança;

– a desatracação deve ser feita até uma hora antes da preamar, se a atracação for por boreste; do contrário, suspender até duas horas antes da preamar, para realizar as manobras na bacia de evolução com maior segurança;

– a atracação deve ser efetuada sempre com o navio aproado contra a corrente de maré, levando-se em consideração o vento reinante na ocasião;

– na desatracação com maré de vazante devem ser tomados cuidados especiais; – as embarcações pequenas e de recreio só podem trafegar na área de manobra

entre 0600 e 1900 horas, a uma distância mínima de 100m dos navios atracados ou fundeados; e

– as embarcações das autoridades portuárias e de pesca, no exercício normal de suas atividades, têm trânsito livre a qualquer hora do dia ou da noite.

POLUIÇÃO

É proibido despejar nas águas do rio Paraíba e ter no convés do navio com risco de cair na água qualquer tipo de detrito, lixo, óleo ou substância poluente.

Devem ser observadas as normas constantes nos itens “Preservação ambiental”, “Carga e descarga de petróleo e seus derivados, produtos químicos a granel e gás liquefeito” e “Mercadorias perigosas” das páginas 27 e 28, para evitar a poluição e preservar o meio ambiente marinho no rio Paraíba.

A coleta de resíduos dos navios é efetuada por empresas privadas, sob a supervisão da ANVISA.

RECURSOS PORTUÁRIOS

Cais – tem a extensão total de 702m, com 28 cabeços para amarração espaçados de 30m. Os berços 101, com 125m, e 103, com 135m, são destinados às operações com derivados de petróleo. As profundidades ao longo do cais variam de 6m a 11m.

5 10 15 20 25 30 35 40 45 DH1-II-12 Corr. 1-05 (Folheto nº 11/05) PORTO DE CABEDELO 67

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Armazéns – 7 armazéns, sendo 4 para carga geral, com o total de 8.000m2, e 3 para

granéis sólidos, com o total de 6.000m2 de área; e 1 frigorífi co desativado, com área de

2.000m2 e capacidade para 1.500t.

Silos – 2 silos para milho, com capacidade para 5.000t.

Pátios – 1.400m2 de área coberta e 20.000m2 de área descoberta.

Equipamentos –

Tipo Quantidade Capacidade

Guindaste de pórtico 3 3,5t(2) e 6,3t(1)

Empilhadeira 2 1,5t e 7t

Sugador Redler 2 150t/h

Caçamba (grab) 2 1,6m3 e 2m3

Balança rodoviária 1 60t

Moega para carregamento de

caminhão e vagão 2

-Rebocadores – 2 rebocadores, com potência de 1.200cv cada e força de tração estática longitudinal de 13,78t e 14,00t.

Cábreas e alvarengas – não há.

Telefones – é possível a instalação a bordo. O pedido deve ser efetuado à companhia telefônica com antecedência mínima de 24 horas.

SUPRIMENTOS

Aguada – há 12 hidrantes ao longo do cais, espaçados de 30m e com vazão de 30m3/h. Não há barca-d’água.

Energia elétrica – há disponibilidade de energia elétrica trifásica, em 380V/60 Hz, com 18 tomadas ao longo do cais, e 70 tomadas de 440V/60Hz, para contêineres frigo- rífi cos.

Combustíveis e lubrifi cantes – o abastecimento de óleos diesel e combustível só pode ser feito por caminhão. O pedido de fornecimento deve ser efetuado com an-tecedência de 24 horas, à Petrobras ou à Esso, cujos escritórios fi cam nas instalações do porto.

Gêneros – há disponibilidade de gêneros alimentícios, que podem ser adquiridos na rede de supermercados de Cabedelo ou João Pessoa ou nos fornecedores especiali-zados.

Sobressalentes – não há facilidade para obtenção de sobressalentes. REPAROS

Só podem ser efetuados pequenos reparos de mecânica e carpintaria. Há um estaleiro que repara pequenas e médias embarcações.

Não podem ser efetuados reparos ou trabalhos de manutenção que envolvem riscos de centelhas ou fogo, quando o navio estiver atracação ao cais de infl amáveis.

INCÊNDIO

O combate a incêndio a bordo é auxiliado pelo Corpo de Bombeiros de João Pessoa, telefone 193.

No porto há hidrantes, mangueiras e uma bomba de incêndio.

Corr. 1-05 DH1-II-12

(Folheto nº 11/05)

68 ROTEIRO COSTA LESTE

5 10 15 20 25 30

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COMUNICAÇÕES

Marítima – é restrita aos navios que escalam no porto, em navegação de longo curso e cabotagem.

Ferroviária – há um ramal ferroviário da Companhia Ferroviária do Nordeste, de Cabedelo para o interior do estado e para as capitais dos estados vizinhos. No porto há uma linha férrea com 2.620m de extensão, ligada à estação ferroviária de Cabedelo.

Rodoviária – Cabedelo é ligada por estrada pavimentada a João Pessoa, de onde há acesso para as demais cidades da Paraíba e de outros estados.

As distâncias a algumas das principais cidades da Paraíba são as seguintes: João Pessoa – 20km

Campina Grande – 155km Patos – 321km

Aérea – o aeroporto Castro Pinto está localizado no município de Santa Rita, distante 41km de Cabedelo. Há voos diários para várias capitais de outros estados e Brasília.

Radioelétrica – Cabedelo é ligada a todo o país e ao exterior por redes de tele-comunicações, inclusive discagem direta a distância (DDD) e DDI, código 83. A estação costeira Cabedelo Rádio (PTN) opera em radiotelefonia classe F3E, canal 25 de VHF, com chamada no canal 16.

HOSPITAIS

Hospital e Maternidade Padre Alfredo Barbosa – Rua João Pires de Figueiredo, snº, Centro, Cabedelo, PB; telefone (83) 3250-3271.

Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena – Rodovia BR-230, km17, João Pessoa, PB; telefone (83) 3218-7775.

Pronto-Socorro de Fraturas – Avenida Júlia Freire, 1038, João Pessoa, PB; telefone (83) 3224-1520.

AUTORIDADES

Capitania dos Portos da Paraíba (Agente da Autoridade Marítima) – Rua Barão do Triunfo 372, Varadouro, João Pessoa, PB,CEP 58010-400; telefones (83) 2805; fax (83) 3241-2228.

Administração do Porto de Cabedelo – APC (Autoridade Portuária) – Rua Presidente João Pessoa, snº, Cabedelo, PB, CEP 58310-000; telefones (83) 3250-3000/3002; fax (83) 3250-3012.

Delegacia Regional da Receita Federal – Rua Presidente João Pessoa, 65, Cabedelo, PB; telefone (83) 3228-1105.

Serviço de Polícia Marítima – Anexo ao escritório da Guarda Portuária; telefone (83) 3228-1030.

Radiopatrulha de João Pessoa – Telefone 190. FERIADOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS

Além dos feriados nacionais relacionados no capítulo II, são feriados nas cidades de Cabedelo e João Pessoa e no Estado da Paraíba os seguintes dias:

Em Cabedelo,

5 de junho – Sagrado Coração de Jesus; e 12 de dezembro – Emancipação Política de Cabedelo. Em João Pessoa,

24 de junho – São João;

5 de agosto – Fundação da Cidade de João Pessoa; e 8 de dezembro – Nossa Senhora da Conceição.

5 10 15 20 25 30 35 40 45 DH1-II-12 Corr. 2-15 (Folheto nº 14/15) PORTO DE CABEDELO 69

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Na Paraíba,

26 de julho – Memória do ex-Presidente João Pessoa; e 5 de agosto – Fundação do Estado da Paraíba.

PORTO DE ITAPESSOCA

Cartas 903 e 910

O porto está localizado na ilha de Itapessoca, Estado de Pernambuco, na margem esquerda do rio Carrapicho e 6M a montante de sua barra, que é denominada barra de Catuama. Pertence à Companhia Itapessoca Agro-Industrial S.A. e destina-se à movi-mentação de produtos da fábrica de cimento Nassau. Não é um porto organizado.

RECONHECIMENTO E DEMANDA

Cartas 910 e 22200

O navegante procedente do Norte deve reconhecer o cabo Branco e navegar numa distância de 5M a 10M da costa, até marcar o farol Ponta de Pedras aos 270°. Desta linha de posição, sempre navegando em profundidades acima de 10m, pode demandar o local de embarque de prático situado na posição em que se marca o farol Ponta de Pedras aos 340°, na distância de 5M.

Na aproximação do fundeadouro aparecem destacadas a chaminé e a caixa-d’água da ilha de Itapessoca e as igrejas da praia de Catuama, da ponta Jaguaribe e da localidade de Pilar. Na ponta do Funil, o conjunto dos morros de Catuama, do Funil e do Seleiro aparece, de longe, como forquilhas.

O navegante vindo do Sul deve aterrar no farol Olinda e então navegar próximo da costa, sempre em profundidades superiores a 10m, aparecendo destacados neste trecho, até o local de embarque de prático, as igrejas das localidades situadas na praia da Conceição, as duas chaminés da fábrica Poty, o forte de Orange e fi nalmente os mesmos pontos vistos por quem procede do Norte.

Carta 903

O acesso ao porto só pode ser feito durante o dia e com auxílio de prático ou pelo navegante que tenha perfeito conhecimento local. A barra de Catuama e o rio Carrapicho são de difícil acesso, com muitas pedras e bancos que mudam de posição. O balizamento é particular, constituído de bóias cegas, e suas alterações não são divulgadas por Avisos- Rádio Náuticos.

Em frente ao porto a largura do rio é de 400m, havendo espaço livre de 350m para manobra, em profundidades variando de 4m a 6m, na preamar.

PONTOS CARACTERÍSTICOS

Cartas 903 e 910

Os seguintes pontos auxiliam a demanda do local de embarque e desembarque de prático e o fundeio na barra de Catuama.

Ponta de Pedras – Ver a página 53.

Chaminé da Itapessoca Agro-Industrial – 3M a W do farol Ponta de Pedras, uma estrutura de grande porte e bem visível.

Igreja da praia de Catuama – 2,1M a SSW do farol Ponta de Pedras, aparece bem destacada entre o casario da praia de Catuama.

Corr. 2-15 DH1-II-12

(Folheto nº 14/15)

70 ROTEIRO COSTA LESTE

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Igreja de Jaguaribe (07°43,9’S – 034°49,6’W) – No sopé de uma elevação ao sul da ponta Jaguaribe, com muitos coqueiros atrás e bem visível.

Igreja de Pilar – 1M a SSE da igreja de Jaguaribe, destaca-se do casario da localidade de Pilar, também com muitos coqueiros nas proximidades.

Carta 910

Chaminés da fábrica Poty – Ver a página 53.

Igrejas da Conceição – Uma situada junto ao casario da praia da Conceição (07°52,7’S – 034°49,8’W) e outra mais no interior, no sopé de uma elevação, ambas bem visíveis.

PERIGOS

Carta 903

Na faixa de mar compreendida entre a costa e a isóbata de 10m há muitas pedras descobertas e submersas, baixios e recifes. Não se deve navegar nesta área, até o local de embarque de prático.

Do fundeadouro da barra de Catuama até o porto, no rio Carrapicho, há muitas pedras submersas e bancos que mudam de posição, alterando o canal, que só deve ser demandado com prático ou pelo navegante que tenha perfeito conhecimento local.

FUNDEADOURO

Carta 910

– Fundeadouro aconselhado

Na posição 07°41,6’S – 034°46,4’W, profundidades de 12m a 14m, fundo de areia e coral, desabrigado dos ventos e vagas de NE a SE.

Deve-se fundear marcando o farol Ponta de Pedras aos 328°, na distância de 4,5M. MARÉ E CORRENTE DE MARÉ

Carta 903

A maré tem característica semidiurna, com o nível médio 1,3m acima do nível de redução da carta.

A direção predominante da corrente de maré, na enchente e na vazante, coincide com o eixo do canal.

A corrente de vazante no canal pode atingir até 3 nós, na sizígia. PRATICAGEM

Não há serviço organizado de praticagem, nem normas sobre sua obrigatoriedade. O prático deve ser solicitado à Companhia Itapessoca Agro-Industrial.

TRÁFEGO E PERMANÊNCIA

Não há normas específi cas, além das estabelecidas no RIPEAM. RECURSOS PORTUÁRIOS

Cais – tem 35m de comprimento. Outros recursos – não há.

5 10 15 20 25 30 35 DH1-II-12 Original PORTO DE ITAPESSOCA 71

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SUPRIMENTOS

Aguada – há possibilidade de fornecimento.

Outros suprimentos – não há disponibilidade de energia elétrica, combustíveis, sobressalentes ou gêneros alimentícios.

COMUNICAÇÕES

Só há comunicação rodoviária com Recife. HOSPITAIS

Não há. É possível o atendimento de emergência, pelo serviço médico da Compa-nhia Itapessoca Agro-Industrial.

PORTO DO RECIFE

Cartas 902 e 930

O porto está localizado na cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco, onde deságuam os rios Capibaribe e Beberibe.

A área portuária é delimitada pelo molhe de Olinda, ao norte; molhe de recifes, a leste; ponta do Pina, ao sul; e cais do porto, a oeste.

RECONHECIMENTO E DEMANDA

Cartas 902 e 930

O navegante procedente do Norte em derrota costeira deve navegar a uma distância da costa entre 5M e 10M, para evitar os recifes existentes nas proximidades do litoral, e reconhecer a ponta de Olinda com o seu farol, que é bem visível até 20M. Outros pontos que auxiliam a aterragem são a torre TV-13, a chaminé Tacaruna e as torres TV-2 e TV-11.

O acesso ao porto é feito normalmente pelo canal do Sul, sendo uma boa prática aproar o navio ao alinhamento do farol Recife com a torre TV-11, que fi cam alinhados aos 298°, para atingir o fundeadouro de espera de prático com segurança.

O canal de Olinda deve ser evitado, podendo ser utilizado, excepcionalmente, por embarcações de calado até 4,88m(16 pés), durante a preamar. Os bancos que fi cam ao norte e ao sul deste canal o tornam perigoso ao navegante que não tenha perfeito conhecimento local.

O navegante vindo do Sul em derrota costeira deve reconhecer com facilidade o cabo de Santo Agostinho, onde o seu farol e a igreja Nossa Senhora de Nazaré são bem visíveis até 24M, e navegar em distância superior a 3M da costa, para evitar o cordão de pedras existente a nordeste do cabo. Os pontos notáveis deste trecho, até Recife, entre eles a igreja Guararapes e a chaminé Bacardi, facilitam a aproximação, até serem identifi cados os mesmos pontos que auxiliam a aterragem do navegante procedente do Norte.

Para a demanda do local de embarque de prático no canal do Sul também deve ser usado o alinhamento farol Recife – Torre TV-11, depois de passar a leste do banco Ituba.

Para demandar o fundeadouro navegando entre os bancos Ituba e Tacis, uma boa prática é aproar o navio ao alinhamento farol Recife – chaminé Tacaruna, alinhados aos 340°, até marcar a chaminé Bacardi aos 270°, quando se deve aproar ao farol Sul do

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Quebra-Mar do Banco Inglês e navegar até o fundeadouro. Neste caso, porém, é preciso ter especial atenção ao caimento do navio sobre o banco Ituba, inicialmente, e depois sobre a área com profundidades abaixo de 10m, junto à costa.

O navegante procedente de alto-mar deve aterrar de maneira a reconhecer inicial-mente a ponta de Olinda, para depois identifi car os demais pontos característicos.

A topografi a da costa, contínua e pouca elevada, não facilita a aproximação pelo radar.

À noite, os faróis Olinda e Santo Agostinho são facilmente reconhecidos e as luzes intermitentes das torres de TV facilitam a demanda do fundeadouro; porém, o grande número de luzes, no porto e na cidade, difi cultam a identifi cação dos faróis, dos faroletes dos extremos dos molhes e das bóias luminosas que balizam os bancos da barra.

Em qualquer situação, deve haver especial cuidado com o caimento do navio sobre a costa, quando sopram ventos fortes do quadrante leste.

PONTOS CARACTERÍSTICOS

Cartas 902 e 930

Os seguintes pontos facilitam a aterragem e a demanda do fundeadouro da barra do porto do Recife.

Ponta de Olinda – Ver a página 53.

Torre TV-13 – 1,2M a NNW do farol Olinda, uma torre transmissora com luz fi xa encarnada particular na altitude de 130m, bem visível.

Chaminé Tacaruna – 2,1M a SW do farol Olinda, localizada sobre um edifício alto e volumoso, pintado de branco. É uma das marcas inconfundíveis do porto do Recife.

Torres notáveis – 3M a SW do farol Olinda, um conjunto de duas torres trans-missoras das TV-2 e TV-11 e uma da Rádio Caetés. São bem visíveis e à noite exibem luzes rápidas encarnadas (TV-2 e TV-11) e branca, particulares, nas altitudes de 132m, 142m e 128m, respectivamente.

Farol Recife (1304) – (08°03,26’S – 034°51,93’W) – Uma torre octogonal de alvenaria, branca com larga faixa horizontal encarnada no meio, tendo 18m de altura e luz de lampejos alternados brancos e encarnados na altitude de 20m com alcances de 17M (luz branca) e 13M (luz encarnada), localizada no cordão de recifes que protege o porto. Seu alinhamento com a torre TV-11 facilita a demanda do fundeadouro da barra.

Farol Norte do Quebra-Mar do Banco Inglês (1284) – 1,1M a ENE do farol Recife, uma torre quadrangular de concreto armado, verde, com 7m de altura e luz de lampejo verde na altitude de 12m com alcance de 11M, no extremo norte do quebra-mar do banco Inglês.

Farol Sul do Quebra-Mar do Banco Inglês (1288) – 0,7M a E do farol Recife, uma torre quadrangular de concreto armado, com faixas horizontais encarnadas e brancas, tendo 7m de altura e luz de lampejo encarnado na altitude de 12m com alcance de 11M, no extremo sul do quebra-mar do banco Inglês.

Chaminé Bacardi – 2,5M a SW do farol Recife, localizada a oeste da praia do Pina e notável.

Carta 930

Igreja Guararapes (08°09,4’S – 034°55,8’W) – Situada no cume do outeiro Guararapes, o mais proeminente da região. É facilmente identifi cada por suas duas torres. 5 10 15 20 25 30 35 40 45 DH1-II-12 Original PORTO DO RECIFE 73

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Cabo de Santo Agostinho – Ver a página 54. PERIGOS

Carta 902

Os perigos existentes nas proximidades da barra do porto do Recife, próximos das rotas usuais de navegação, são os seguintes.

Baixo Itabaiacus ou Olinda de Fora – Extenso e com muitas pedras, com profundidades abaixo de 5m e onde o mar normalmente arrebenta. Seus extremos norte e sul fi cam nas marcações 053° e 144° e distâncias de 2,2M e 1,5M, respectivamente, do farol Olinda. Na sua parte norte há um navio soçobrado cujo casco é visível.

Banco Victor Pisani – Com profundidades abaixo de 10m, com seus extremos norte e sul nas marcações 067° e 103° e distâncias de 2,45M e 1,55M, respectivamente, do farol Recife. No seu extremo sueste há um navio soçobrado perigoso à navegação, balizado por bóia luminosa de perigo isolado.

Banco Inglês – Tomado em toda a sua extensão norte–sul por um quebra-mar, cujo extremo norte fi ca na marcação 056° e distância de 1,1M do farol Recife e onde está localizado o farol Norte do Quebra-Mar do Banco Inglês. O extremo sul do quebra-mar fi ca na marcação 087° e distância de 0,7M do farol Recife e nele está localizado o farol Sul do Quebra-Mar do Banco Inglês. Na parte submersa do banco a leste do quebra-mar as profundidades fi cam abaixo de 5m e há um navio soçobrado perigoso à navegação. As pedras nas profundidades de 5,4m e 4,2m existentes a oeste do banco são balizadas por bóia luminosa de boreste, com refl etor radar.

Banco Ituba – Extenso alto-fundo de coral, com profundidades abaixo de 10m, cujos extremos nor-noroeste e su-sueste estão na marcação 154° e distâncias de 2,1M e 2,9M, respectivamente, do farol Recife. Sua margem leste é balizada por bóia luminosa de bombordo, com refl etor radar.

Banco Tacis – Alto-fundo que se estende da praia do Pina até a distância de 0,7M, com profundidades abaixo de 5m. Seu extremo leste fi ca na marcação 183° do farol Recife e seus limites norte e sul estão nas distâncias de 1,2M e 2,3M, respecti-vamente, deste farol. Na sua parte norte o fundo é sujo, não perigoso à navegação.

Na entrada do porto há pedras submersas junto às extremidades dos molhes. No interior do porto não se deve manobrar na área ao norte do farolete Molhe Norte, onde as profundidades fi cam abaixo de 5m.

FUNDEADOUROS

Carta 902

– Navios de calado até 9,75m(32 pés)

Na área conhecida como fundeadouro do Lameirão, entre o farol Sul do Quebra-Mar do Banco Inglês e a bóia luminosa do banco Ituba, com profundidades acima de 10m, fundo de areia, cascalho e lama dura, desabrigado dos ventos e vagas do NE a SE.

É aconselhável fundear com um fi lame mínimo de 5 quartéis. – Navios de calado acima de 9,75m(32 pés)

A leste do fundeadouro do Lameirão, em profundidades maiores, de acordo com o calado, porém sem entrar na área de cabos submarinos.

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– Navios aguardando visita

Na área conhecida como fundeadouro da Franquia, entre o molhe de Olinda e os recifes fronteiros ao cais, na posição 08°02,80’S – 034°51,85’W. Com mar calmo, a visita pode ser realizada no Lameirão, não ultrapassando a distância de 1M do farol Sul do Quebra-Mar do Banco Inglês.

– Navios de quarentena

No fundeadouro do Lameirão ou a leste da bóia luminosa do banco Ituba, de acordo com o calado do navio, porém sem entrar na área de cabos submarinos. – Embarcações de esporte e recreio

Podem fundear por dentro dos recifes fronteiros ao cais, em frente ao Iate Clube do Recife ou na marina do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, com autorização da diretoria deste clube.

FUNDEIO PROIBIDO

Carta 902

É proibido o fundeio nos canais de acesso e nas áreas de cabos submarinos. PESCA PROIBIDA

Carta 902

É proibida a pesca de qualquer espécie na área portuária, inclusive nos canais de acesso, até o banco Inglês.

ÁREA DE MANOBRA

Carta 902

A área destinada à manobra de atracação ou desatracação fi ca entre o cais do por-to e os recifes fronteiros ao cais, estendendo-se até o armazém 15, com aproximadamente 3.000m de comprimento. Apresenta uma largura mínima de 200m, em frente ao armazém 11, e uma largura máxima de 400m, em frente ao terminal açucareiro.

CABOS SUBMARINOS

Carta 902

Do istmo de Olinda e da praia do Pina saem inúmeros cabos submarinos, cujas áreas de localização estão delimitadas na carta por linha de limite de área de cabo submarino.

Ao fundear na barra o navegante deve ter especial atenção para não se localizar nestas áreas, onde o fundeio é proibido.

MARÉ E CORRENTE DE MARÉ

Carta 902

A maré tem característica semidiurna, com o nível médio 1,14m acima do nível de redução da carta.

A direção geral da corrente é a do eixo do canal e sua maior intensidade é na entrada do porto, entre os dois quebra-mares.

5 10 15 20 25 30 35 DH1-II-12 Corr. 1-06 (Folheto nº 11/06) PORTO DO RECIFE 75

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