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Direito Previdenciário Curso de Prática Previdenciária.

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Academic year: 2021

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Direito Previdenciário – Curso de Prática Previdenciária.

Plano de Aula. Dia: 21/10/2019

EMENTA: Relação Jurídica Previdenciária e Beneficiários.

- NATUREZA JURÍDICA.

- Quando se fala em “natureza jurídica”, quer se falar em uma classificação de um determinado ato, fato ou coisa do ponto de vista do ordenamento jurídico. Em outras palavras, identificar a natureza jurídica é encontrar a essência, o cerne, o interior do instituto dentro do Direito. “Seria como uma forma de localizar tal instituto topograficamente. É como se um instituto quisesse saber a qual gênero ele pertence, é a espécie procurando o gênero, é a subespécie procurando a espécie”. É definir, comparar, classificar, entender em sua essência dentro do Direito.

- direito público: previsão legal e não a vontade das partes. - caráter cogente.

- Estado em posição de superioridade em face dos particulares. Poder de Império.

Estado é o catalisador das contribuições. - Direito Social.

- Seguridade Social: direito público.

- INSS: pessoa jurídica de direito público interno (art. 41, IV, do CC).

- BENEFÍCIOS E SERVIÇOS.

- art. 18, LB. Traços elementares.

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- Serviços: são prestações de assistência e amparo ao segurado e dependente. * Exemplos: acerto de dados cadastrais, acerto de atividade e/ou de inscrição, acerto de recolhimento, acerto de vínculos e remunerações, CTC, Cadsenha, transferência de benefícios (mudança de endereço), orientação e informação sobre benefícios ou sobre recolhimentos, inscrições, extratos de benefícios, etc.

- quanto ao segurado: aposentadoria idade, invalidez, tempo de contribuição, especial, auxílio-doença, salário-família, salário-maternidade e auxílio-acidente.

- quanto aos dependentes: pensão e auxílio-reclusão.

- quanto aos segurados e dependentes: reabilitação profissional e serviço social.

Beneficiários:

* pessoa protegida pelo sistema.

* São os sujeitos ativos das prestações previdenciárias.

* Destinatários da previdência social. Art. 1 e 10, LB. Art. 3, LC.

Duas Categorias: 1.- Segurados (Seg. Obrigatórios e Seg. Facultativos). 2.- Dependentes.

- segurado: vínculo com a Previdência Social. Direitos (benefícios e serviços) e deveres (pagamento).

- dependente: vínculo jurídico e/ou econômico. Art. 16, LB.

- Princípio da Distributividade das Prestações.

Segurados:

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Pessoa Jurídica é contribuinte (art. 121, par. único, I, CTN).

Contribuinte: sujeito passivo da obrigação tributária (pessoa física ou jurídica).

- 16 anos: exceção: menor aprendiz 14 anos (lei nº 11.180/05). Art. 7º, XXXIII, CF. (diferente aluno aprendiz). Segurado facultativo.

* não existe limite máximo de idade para ingresso no RGPS. * Art. 13, LB: 14 anos.

* art. 14, LC: 14 anos. * art. 11, Dec.: 16 anos.

* art. 2, par. único e 55, IN/77: 16 anos.

Divergência existente na legislação previdenciária. Enquanto o Regulamento da Previdência Social (Decreto n.º 3.048/1999) traz que a idade mínima do segurado facultativo é 16 anos, a Lei n.º 8.212/1991 e a Lei n.º 8.213/1991 trazem que a idade mínima do segurado facultativo é 14 anos, como podemos observar:

Lei n.º 8.212/1991, Art. 14. É segurado facultativo o maior de 14 ANOS de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do Art. 21 (20%), desde que não incluído nas disposições do Art. 12 (rol dos segurados obrigatórios).

Lei n.º 8.213/1991, Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 ANOS que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do Art. 11 (rol dos segurados obrigatórios).

Essa discrepância acontece pelo fato de que a Lei n.º 8.212/1991 e a Lei n.º 8.213/1991, ao definirem a idade mínima de 14 anos para o segurado facultativo, foram ao encontro da redação original do Art. 7.º, inciso XXXIII da Constituição Federal de 1988, que previa a proibição de qualquer trabalho aos menores de 14 anos.

Entretanto, a Emenda Constitucional n.º 20/1998 alterou a redação do referido dispositivo constitucional, que passou a vigorar da seguinte maneira:

CF/1988, Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXXIII – Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de

QUALQUER TRABALHO A MENORES DE 16 ANOS, salvo na condição de aprendiz,

a partir de 14 anos;

Sendo assim, o Decreto n.º 3.048/1999 foi redigido, CORRETAMENTE, em consonância com nova redação constitucional (idade mínima de 16 anos para o segurado facultativo), mas, por inércia da Presidência da República e do Congresso Nacional, as Leis n.º 8.212/1991 e n.º 8.213/1991 nunca foram atualizadas. =/

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- Limite Idade.

* deve ser interpretado em favor do menor. * conceito de trabalho.

* No dia 13 de maio de 2019 o INSS publicou o Ofício-Circular Conjunto nº 25, que irá possibilitar o reconhecimento de tempo de contribuição o tempo laborado na categoria de segurado obrigatório de qualquer idade.

O Ofício foi produzido em virtude de decisão proferida na Ação Civil Pública nº 501726734.2013.4.04.7100, que determinou que o INSS passe a aceitar como tempo de contribuição o trabalho comprovadamente exercido na categoria de segurado obrigatório de qualquer idade, exceto o segurado facultativo, bem como, devem ser aceitos os mesmos meios de prova exigidos para o trabalho exercido com a idade permitida.

Conforme previsão do item 3 do ofício, a vigência de idade mínima respeitará os seguintes parâmetros:

a.1) até a data de 14/03/1967, aos menores de quatorze anos de idade; a.2) de 15/03/1967 a 4/10/1988, aos menores de doze anos; a.3) a partir de 5/10/1988 a 15/12/1998, aos menores de quatorze anos, exceto para o menor aprendiz, que será permitido ao menor de doze anos; e a.4) a partir de 16/12/1998, aos menores de dezesseis anos, salvo para o menor aprendiz, que será admitido ao menor de quatorze anos;

Ofício possibilita o reconhecimento de período trabalhado em qualquer idade O ofício ressalta que serão aceitos os mesmos meios de prova exigidos para o trabalho exercido com a idade legalmente permitida.

Para os requerimentos indeferidos com base nesta ACP e que tenham DER a partir de 19/10/2018, caberá reanálise mediante requerimento de revisão dos interessados.

Justiça comum pode autorizar trabalho artístico infantil, diz STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (27) que cabe à Justiça comum autorizar o trabalho artístico para crianças e adolescentes em teatros, programas ou novelas produzidas por emissoras de rádio e televisão.

No julgamento, por 8 votos a 1, o plenário manteve liminar concedida em agosto de 2016, pelo ministro Marco Aurélio, na ação direta de inconstitucionalidade protocolada pela Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).

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A entidade alegou no STF que normas do Ministério Público e de alguns tribunais fixaram indevidamente a competência legal da Justiça do Trabalho para conceder a autorização de trabalho aos menores.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cabe ao Judiciário autorizar participação de crianças e adolescentes menores de 18 anos em espetáculos públicos e em estúdios cinematográficos. No entanto, a norma não especificou qual ramo da Justiça deveria decidir a questão.

Os ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso votaram a favor de que a Justiça Comum julgue esse tipo de procedimento.

Para a maioria, a análise da autorização não pode ser feita pela justiça trabalhista, que tem somente competência para decidir sobre o contrato de trabalho.

Somente a ministra Rosa Weber, que integrou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) antes de chegar ao STF, votou pela competência da Justiça trabalhista.

Fonte: Agência Brasil

- o exercício de atividade prestada de forma gratuita (voluntária ou granciosa) não gera filiação à Previdência Social.

- 16 anos, atividade lícita, com ou sem vínculo empregatício, urbano ou rural. * que exercem qualquer tipo de ATIVIDADE REMUNERADA LÍCITA que os vinculem obrigatoriamente, ao sistema previdenciário. A atividade não pode ser ilícita, pois, apesar da natureza tributária da contribuição previdenciária, o fato gerador desse tributo é o trabalho, que pelo seu próprio conceito, pressupõe a licitude da atividade.

* Frederico Amado, contudo, defende que mesmo na hipótese de trabalho clandestino a pessoa é obrigada a pagar as contribuições, pois estas têm natureza tributária, incidindo o princípio da pecunia non olet.

- exercício da atividade laborativa. Atividade remunerada (art. 9, par. 12, Dec.).

* a remuneração percebida pode ser presumida. Um exemplo disso são as contribuições dos empregados e avulsos presumem-se recolhidas, bastando comprovar-se o exercício do trabalho. Outro exemplo: a remuneração do taxista é presumida, não existe nenhum fiscal tributário junto dele para verificar

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quanto este aufere por dia de trabalho, ele declara um certo valor e a partir deste será sua contribuição junto a previdência social.

* exercício da atividade laborativa. Atividade remunerada (art. 9, par. 12, Dec.). * remunerada.

* aqueles que devem contribuir compulsoriamente para a Seguridade Social com direito aos benefícios previstos (aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, etc.), e aos serviços (reabilitação profissional e serviço social) a encargo da Previdência Social.

- estagiário (lei nº 11.788/08): facultativo.

- compulsoriedade, filiação obrigatória.

- art. 18, par. 2 LB e art. 9, par. 1, Dec.

- art. 11, par. 2 e par. 3, LB.

- art. 9, parágrafos: 10, 11 e 13, do Dec.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS.

- art. 11 e parágrafos da LB e art. 9, RPS. - empregado.

- empregado doméstico. - contribuinte individual. - trabalhador avulso. - segurado especial.

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1) EMPREGADO:

- art. 9, I, Dec.

- art. 3º, CLT: remuneração, pessoalidade, subordinação, remuneração, etc. - ex: diretor empregado (Em. 269, TST), estagiário com vínculo empregatício, servidor público comissionado, trabalhador com carteira assinada, quem tem mandato eletivo (art. 11, LB e art. 12, “j”, LC.), etc.

- conceito empregado rural: art. 2º, Lei nº 5.889/73. - conceito trabalhador empregado: Lei nº 6.019/74.

- exerce sua atividade laboral mediante vínculo empregatício. Regime trabalhista.

* incluídos os trabalhadores com carteira assinada.

- Exemplos: art. 9, Dec.

* o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994;

* o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;

* a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

* o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008;

* O MENOR APRENDIZ é segurado empregado. Também é segurado empregado o ALUNO-APRENDIZ, desde que receba remuneração, mesmo que indireta. Esse é o entendimento do STF (MS 28.399-AgR-DF) e da TNU.

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Mas atenção: esse cômputo limita-se até 16/12/1998, pois a EC 20/1998 substituiu o “tempo de serviço” pelo “tempo de contribuição”.

Súmula 18 da TNU: PROVADO QUE O ALUNO APRENDIZ DE ESCOLA TÉCNICA FEDERAL RECEBIA REMUNERAÇÃO, MESMO QUE INDIRETA, À CONTA DO ORÇAMENTO DA UNIÃO, O RESPECTIVO TEMPO DE SERVIÇO PODE SER COMPUTADO PARA FINS DE APOSENTADORIA PREVIDENCIÁRIA.

* O monitor acadêmico e o jogador amador de futebol não são segurados obrigatórios. O monitor recebe bolsa de natureza indenizatória e o jogador não recebe qualquer remuneração.

- Natureza intermitente CLT:

Art. 911-A. O empregador efetuará o recolhimento das contribuições previdenciárias próprias e do trabalhador e o depósito do FGTS com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.

§ 1º Os segurados enquadrados como empregados que, no somatório de remunerações auferidas de um ou mais empregadores no período de um mês, independentemente do tipo de contrato de trabalho, receberem remuneração inferior ao salário mínimo mensal, poderão recolher ao Regime Geral de Previdência Social a diferença entre a remuneração recebida e o valor do salário mínimo mensal, em que incidirá a mesma alíquota aplicada à contribuição do trabalhador retida pelo empregador. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)

§ 2º Na hipótese de não ser feito o recolhimento complementar previsto no § 1º, o mês em que a remuneração total recebida pelo segurado de um ou mais empregadores for menor que o salário mínimo mensal não será considerado para fins de aquisição e manutenção de qualidade de segurado do Regime Geral de Previdência Social nem para cumprimento dos períodos de carência para concessão dos benefícios previdenciários. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)

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2) EMPREGADO DOMÉSTICO:

- presta serviço de natureza contínua à pessoa ou família no âmbito residencial desta em atividade sem fins lucrativos.

- âmbito residencial e atividade não lucrativa (sem caráter comercial). - regras de custeio.

- art. 1º, Lei nº 5.859/72.

- empregada doméstica, jardineiro, vigia, motorista, enfermeira particular, mordomo, governanta, piloto particular, caseiro, etc.

- sem fins lucrativos.

- na residência: cozinheira: docinho para festa, caseiro: vende leite, motorista: serviços de office boy.

- faxineira: contribuinte individual. Art. 9, par. 15, VI, RPS – Diarista.

- decreto 6.481/08: proibido trabalho da empregada doméstica para menor de 18 anos.

- art. 12, II, L.C.

- além dos tradicionais empregados domésticos, como caseiro e a cozinheira, existem outros que, apesar de não trabalharem dentro da casa do patrão, são assim considerados: o motorista particular, o marinheiro de barco de família e, até mesmo, em tese, o piloto de jatinho ou de helicóptero particular.

- âmbito residencial e atividade não lucrativa (sem caráter comercial).

* residência: conceito amplo do local em que vive a pessoa: chácara de lazer, casa praiana, veículo de transporte, etc.

- Se o obreiro acumular duas funções, uma familiar e a outra mercantil, gerará duas relações jurídicas.

- serviços domésticos: cozinhar, limpar, arrumar, vigiar, transportar, etc.

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- embora a Lei permita a contratação de empregados a partir de 16 anos de idade, o Decreto 6.481/08 proibiu a contratação de empregados domésticos menores de 18 anos. Também nesse sentido, a EC 72/13.

- o empregador doméstico não é segurado obrigatório do RGPS. Participa do sistema apenas como contribuinte por contratar serviço de trabalhador filiado ao sistema. Pode, no entanto, ser filiado ao RGPS em função da sua atividade profissional, ou, no caso de não a exercer, na qualidade de facultativo, desde que assim deseje.

- O empregador doméstico não poderá contratar microempreendedor individual (MEI) como empregado doméstico (parágrafo único do art. 24 da Lei 8.212/91).

- Não é considerado vínculo empregatício o contrato de trabalho de empregado doméstico entre cônjuges, pais e filhos (art. 19, §9º da Instrução Normativa INSS 77/2015).

* vínculo entre parentes: admite-se desde que presentes os elementos definidores.

3) CONTRIBUINTE INDIVIDUAL:

- pessoa física que recolhe individualmente, suas contribuições.

- empresário (art. 966, CC), autônomo, síndico se receber remuneração, o “grande pescador”, religioso (padre, pastor, etc.), arbitro de jogo (lei 9.615/98), médico residente (lei 6.932/81), eventual (trabalhador que não possui habitualidade de serviço para o mesmo empregador, não se vincula ao empregador), pinto, pedreiro, ambulantes (art. 9, par. 15, III, Dec.), motorista de táxi.

- garimpeiro: só extrai, nada cultiva, planta ou cuida, terras alheias (art. 9, V, “b”, Dec.

- religioso: votos públicos, com ou sem ordenação, celebração de cultos, não implica reconhecimento de vínculo de emprego, padres, freias, pai-de-santo,

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etc. (art. 5º, VI e VII, CF). é segurado a partir da emissão de votos que habilite ao exercício da atividade religiosa. Art. 9, V, c, Dec.

- estagiário inscrito na OAB.

- diretor: Sociedade anônima S.A. Súmula 269, TST.

- MEI: microempreendedor individual: Lei Complementar 128/208 e 123/2008. - não possui vínculo empregatício.

- responsável pelo recolhimento de suas próprias contribuições.

- autônomo: pessoa física que presta serviço habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa e assume os riscos de sua atividade econômica. Ex. ambulante, feirante.

Os motoristas de aplicativo - como Uber, Cabify e 99 - respiraram aliviados com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que a proibição ou restrição à atividade de transporte por profissional cadastrado em aplicativo é inconstitucional, por violação aos princípios da livre iniciativa e livre concorrência. Mas, agora os motoristas terão que recolher INSS. De acordo com o Decreto 9.792, publicado no Diário Oficial da União de ontem, os condutores deverão se inscrever pelos canais eletrônicos do instituto ou pela Central 135 como contribuintes individuais ou como Microempreendedor Individual (MEI) no portal do empreendedor.

As alíquotas variam de 5%, no caso de MEI, e de 11% e 20%, para quem optar ser contribuinte individual. O microempreendedor precisa fazer o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e desembolsar 5% do salário mínimo, que dá R$ 49,90. Como individual, pode pagar 11% sobre o mínimo (R$ 109,78). Nestes dois casos não há direito à aposentadoria por tempo de contribuição, somente a por idade.

A outra possibilidade é recolher 20% sobre o piso nacional ou o teto do INSS

(R$5.839,45), que vai variar entre R$ 199,60 (mínimo) e R$ 1.167,89 (teto) e garantir a aposentadoria por tempo de contribuição.

"Os motoristas inscritos como contribuintes individuais passam a ter todos os direitos dos demais segurados do INSS como aposentadoria por idade, em alguns casos, por tempo de contribuição, invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão e

licença-maternidade", explica Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).

"Para ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição, tem que recolher 20% sobre o mínimo. Ele entra na modalidade de autônomo", acrescenta Cristiane Saredo, do escritório Vieira e Vieira Assessoria Jurídica e Previdenciária.

Motoristas de aplicativo consultados pelo DIA aprovaram a medida. Para o ex-militar Lucas da Silva, 24, trabalhar como motorista de Uber garante uma grana enquanto tira a habilitação de caminhoneiro. Já Leonardo França, 32, acha válida a regulamentação. Segundo ele, será possível pleitear a criação de ponto fixo e acabar com as multas indevidas. "Tomamos multa até no embarque e no desembarque de passageiros, algo que é garantido a qualquer um pelo Código de Trânsito", diz.

Como fazer inscrição no INSS

Antes de iniciar o cadastro é importante ressaltar que as inscrições realizadas pelo telefone 135 e pela internet não é necessário enviar qualquer documento ao INSS.

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"Quem tem número de PIS, Pasep ou NIS, não precisa fazer inscrição, basta usar este número junto à Previdência e pagar o carnê", orienta Adriane. Caso não lembre o número de inscrição ao preencher o formulário, se o sistema detectar uma inscrição existente, ela será exibida na tela.

Ao entrar no site (www.inss.gov.br) o usuário encontra na página inicial a "Inscreva-se", ao clicar nesse ícone ele é direcionado a outra página com informações sobre o cadastro. Nessa página aparecerá novamente o tópico "Inscreva-se" em amarelo. Nessa aba acesse o ícone "Cidadão". Em seguida clique do lado esquerdo no alto da tela, abaixo da sigla CNIS em "Filiado". Nessa página preencha nome, nome da mãe, data de nascimento, CPF e um código para identificação. Em seguida clique em continuar. Será gerado um número de inscrição. Com ele é possível gerar boleto para pagar a

Previdência.

Cadastro de microempreendedor é feito em portal

E como fazer inscrição e virar Microempreendedor Individual (MEI)? O motorista precisará preencher um cadastro no site portaldoempreendedor.com.br e nele obter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). É necessário ter em mãos os números do documento de identidade, do CPF e do título de eleitor ou o recibo da última declaração do Imposto de Renda, caso tenha declarado nos últimos dois anos. Não é necessário anexar nenhum documento ao cadastro.

Como MEI, o motorista de aplicativo passa a ter direito a benefícios da Previdência como doença, aposentadoria por invalidez, licença-maternidade e auxílio-reclusão, além de poder se aposentar por idade. "Neste caso, o trabalhador não tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição.

Para isso ele precisa pagar a diferença", diz Adriane Bramante. Como MEI ele recolhe 5% e como individual para ter direito ao tempo de serviço tem que recolher 20%. Pelas regras atuais, para se aposentar por idade e garantir uma renda mensal de um salário mínimo (R$ 998), esse trabalhador precisa contribuir por 15 anos (180 recolhimentos) e atingir 60 anos (mulher) ou 65 anos (homem). Se a PEC 6, a da Reforma da Previdência, for aprovada esse tempo mínimo passa de 15 anos para 20 anos e a idade sobe de 60 anos para 62 anos, no caso de mulheres.

O pagamento da contribuição é feito pela guia conhecida como DAS, gerada mensalmente pelo MEI. Nesta guia também é incluída a quantia referente ao ICMS (R$ 1), no caso de atividades de comércio e indústria; ao ISS (R$ 5), para os que são prestadores de serviços; ou ambos (R$ 6). O pagamento deve ser feito até o dia 20 de cada mês.

4) TRABALHADOR AVULSO.

- não possui vínculo empregatício. - sindicalizado ou não.

- intermediação do sindicato ou por órgão gestor de mão-de-obra – OGMO (entidade civil sem fins lucrativos constituída por portuários).

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- atividade portuária.

- lei 8.630/93, 9.719/98 e 12.023/09.

- ex.: estivador, vigia portuário, ensacados, guindasteiro, carregador de bagagem em porto. O trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; O trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; O trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); O amarrador de embarcação; O ensacador de café, cacau, sal e similares; O trabalhador na indústria de extração de sal; O carregador de bagagem em porto; O prático de barra em porto; O guindasteiro; e O classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos

- diferente do trabalhador eventual (trabalha para uma ou mais empresa) avulso (trabalha para mais de uma empresa. Diversas empresas).

- art. 9, VI, RPS.

- Trabalhador que presta serviço a várias empresas, mas é contratado por sindicatos e órgãos gestores de mão-de-obra. Nesta categoria estão os trabalhadores em portos: estivador, carregador, amarrador de embarcações, quem faz limpeza e conservação de embarcações e vigia. Na indústria de extração de sal e no ensacamento de cacau e café também há trabalhador avulso.

- Caberá ao OGMO arrecadar as contribuições sociais devidas pelos operadores portuários e a contribuição social previdenciária devida pelo trabalhador avulso portuário, mediante desconto em ua remuneração, repassando-as à Previdência Social, no prazo da Lei 8.212/91 (art. 264 da Instrução Normativa RFB 971/2009.

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5) SEGURADO ESPECIAL.

- INSS: descrição legal: - nota de produção em nome do segurado. Filho que trabalha fora.

- pescador artesanal: assemelhado: marisqueiro, caranguejeiro, pescador de tartaruga, de algas, seringueiro (meio de vida), etc.

- base-de-cálculo: é a comercialização da produção: contribuição. Art. 143, LB e Lei nº 11.718/08.

- art. 195, par. 8º, CF e art. 11, VII, e 39 LB.

- individualmente ou em regime de economia familiar. - índio e quilombolas: Funai. Morar na aldeia.

* reconhecido pela Funai (declaração da autarquia) - salário mínimo. Art. 29, par. 6, LB.

- comprovar o exercício da atividade rural.

- pequena produção, com a qual retira a subsistência.

- módulo fiscal: Estatuto da Terra. Lei nº 4.504/64, art. 50. súmula 30, TNU. *estatuto da terra: para fins tributários.

* INCRA define de cada município de acordo com a predominância do município. Ex: soja é a maior parte da região o modulo será maior. (Corumbá). Porto Alegre (menor).

- súmula n. 272, STJ.

- produtor, parceiro, meeiro e o arrendatário rural, o pescador artesanal. - sem a utilização de empregados permanentes.

- patrimônio, forma, quantidade: granja (atividade agropecuária, art. 50, Lei 4.504/64)

- sem potencial de comercialização. * real área da terra.

- tratorista, capataz, administrador rural, motosserrista: equiparados. Art. 7, IN 77/15.

- usufrutuário: quando está usando a terra. - acampado:

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* próximo: dentro do mesmo município ou município vizinho.

- CAR: inscrição.

* cadastro ambiental rural.

- art. 106, LB. * Pronaf.

* Declaração de aptidão no Pronaf: Financiamento bancário

Emater. InfoDAP * uso político.

- Não descaracteriza o segurado especial: * ter empresa (microempresa. Faturamento). * exercendo atividade rural.

* âmbito agrícola.

* a atividade rural pode ser para o desenvolvimento, não apenas para subsistência.

- Trabalhador Rural:

* é gênero. Espécie: empregado, avulso, CI e seg. especial. Todos tem direito a redução da idade.

* primeiro benefício rural somente ocorreu em fevereiro de 1992 (mulher), no município de Estrela-RS. Em 1994 sal. Maternidade foi estendido as trabalhadoras rurais.

* é a natureza da atividade que vai dizer se é ou não rural. Atividade preponderante.

Jurisp. Temática: autos 2009.70.590050855

Segurado especial é o produtor, o parceiro, o meeiro e/ou o arrendatário rural que exerça suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o

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auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo (artigo 11, inciso VII, da Lei n. º 8.213/91).

Regime de economia familiar é a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados (artigo 11, § 1º, da Lei n. º 8.213/91). Destaco que a jurisprudência pátria enquadra o trabalhador rural volante (bóia-fria) como segurado especial, conforme segue:

PREVIDENCIÁRIO. TRABALHADOR RURAL INDIVIDUAL. MEMBRO DA FAMÍLIA EXERCE ATIVIDADE URBANA. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA CONDIÇÃO DE SEGURADO ESPECIAL SEM CONSIDERAR O RENDIMENTO URBANO. (...) 2. O trabalho individual que possibilita o reconhecimento da qualidade de segurado especial é, primeiramente, aquele realizado por produtor que trabalha na propriedade em que mora e não possui família. Isso porque a legislação não poderia prejudicar ou punir, de forma desarrazoada, aquele que não pertence a grupo familiar algum, excluindo-o da possibilidade de ser abrigado pelo Regime Geral de Previdência na qualidade de segurado especial. Também se caracteriza como segurado especial individual o trabalhador avulso, conhecido como 'boia-fria' ou 'volante', que independentemente de não possuir produção própria, é absolutamente vulnerável, encontrando proteção na legislação de regência. (...).(PEDILEF 201072640002470, JUIZ FEDERAL ROGÉRIO MOREIRA ALVES, TNU, DOU 20/09/2013 pág. 142/188).

CTPS - rural: períodos anteriores a 31/10/1991

Requer o reconhecimento dos períodos (01/08/1981 a 20/05/1983, 01/02/1984 a 31/03/1984, 01/04/1985 a 24/04/1986 e 01/05/1986 a 30/07/1987) em que exerceu atividade rural para fins de carência, pois, conquanto anterior a 31/10/1991, trata-se de vínculo devidamente anotado em CTPS.

Em que pese o juízo de origem tenha reconhecido a autenticidade dos dados constantes da CTPS do autor (Evento1 - PROCADM12 - fl. 02 e 03), não reconheceu os períodos controvertidos, sob o seguinte fundamento:

'(...)

Possível verificar a anotação de alterações salariais referentes aos contratos firmados Sra. Cely Machado e o Sr. Maurino Antoniassi (evento 10 - PROCADM9 - fl. 06), bem como anotação de férias em relação a este (evento 10 - PROCADM9 - fl. 08).

Tais fatos, reforçam a convicção do Juízo acerca da veracidade do conteúdo da CTPS. Aliás, nem mesmo o INSS alegou suposta ocorrência de fraude com relação à anotação dos referidos contratos, podendo-se presumir que são autênticos.

(...)

(17)

APOSENTADORIA POR IDADE URBANA. TEMPO DE SERVIÇO COMO EMPREGADO RURAL. CÔMPUTO PARA EFEITO DE CARÊNCIA ANTES DA LEI 8.213/1991 SEM COMPROVAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES. 1. Só o tempo de serviço do empregado rural prestado após 1991, ou anterior, se empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial, pode ser computado para efeito de carência da

aposentadoria por idade urbana. O tempo de serviço do empregado rural prestado antes da edição da Lei nº 8.213, de 1991, e devidamente anotado na CTPS, salvo o do

empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial, não pode ser computado para efeito de carência do benefício de aposentadoria por idade mediante cômputo de

trabalho urbano. 2.Pedido não provido. (PEDILEF 201070610008737, JUIZ FEDERAL ROGÉRIO MOREIRA ALVES, TNU, DOU 23/04/2013.)

Isso porque até a vigência da Lei nº. 8.213/1991, apenas era segurado obrigatório da Previdência Social o trabalhador rural empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial que efetivamente recolhia contribuições (art. 6º, §4º, do Decreto nº. 89.312/1984).

Conforme mencionado alhures, todos os empregadores no intervalo anterior a 1991 eram pessoas físicas, de sorte que o autor não poderia ser considerado segurado obrigatório da Previdência Social à época.

In casu, incide o disposto no artigo 55, §§ 1º e 2º, da Lei nº. 8.213/1991, que apenas permite a averbação do trabalho rural anterior a 31/10/1991 para fins de cômputo como tempo de serviço, condicionando o reconhecimento para fins de carência à indenização das contribuições correspondentes.

Como o autor não manifestou interesse no sentido de efetuar os recolhimentos das contribuições, não é possível computar tais períodos para fins de carência.

Ainda, na contagem realizada pelo INSS, nota-se que o vínculo afeto ao período de 01/01/1988 a 02/03/1995, foi considerado em sua integralidade (87 meses).

No entanto, por também se tratar de contrato de trabalho rural firmado com

empregador pessoa física (Sr. Casemiro Nunes Alves de Jesus - evento 10 PROCADM9 - fl. 03), o interstício compreendido entre 01/01/1988 a 31/10/1991 (46 meses), também não poderá ser computado para fins de carência.

(...)'

Os empregados rurais são tratados de maneira diferenciada pela legislação

previdenciária brasileira, de acordo com o período da contratação. Isso porque, apenas com o advento das Leis nº 8.212/91 e nº 8.213/91, passou-se a existir a obrigação para o empregador rural de recolher as contribuições em nome do segurado. Antes da

promulgação desses diplomas legais, o produtor rural e o empregado rural, à exceção do empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial, eram segurados do regime denominado PRORURAL, sistema não contributivo, em que a contribuição incidia sobre a produção agrícola.

Com a edição da Lei nº 8.213/91, os sistemas previdenciários rural e urbano foram unificados, com a finalidade de uniformizar os benefícios para as duas categorias de trabalhadores. O artigo 55 da referida lei regulamentou o tempo de serviço rural prestado anteriormente à edição do diploma legal, já que ausente em relação a ele o respectivo aporte contributivo, in verbis:

Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de

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segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:

(...)

§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das

contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento.

Desse modo, o tempo de serviço do trabalhador rural exercido antes da edição da Lei nº 8.213/91, ainda que devidamente anotado em CTPS, não pode ser computado para efeito de carência. Isso ocorre pois a carência está diretamente ligada ao aspecto atuarial do benefício no sistema previdenciário contributivo.

Precedente desta Turma Recursal: RC 5000171-42.2014.4.04.7012/PR, Rel. Juíza Fed. Narendra Borges Morales, j. 31/05/2017.

Como, no caso dos autos, o tempo de serviço rural anotado em CTPS anterior à vigência da LBPS não fora desempenhado junto à empresa agroindustrial ou agrocomercial, não pode ser considerado como carência para efeito de concessão da aposentadoria por tempo de contribuição - pelo que mantenho a sentença de improcedência do pedido.

(19)

As Súmulas e Jurisprudência das TR/TRU do TRF da 4a. Região e TNU

sobre o tema:

Súmula 2 da TRU da 4a. Região: “Para a concessão da aposentadoria por

idade, não é necessário que os requisitos da idade e da carência sejam preenchidos simultaneamente”.

Súmula 14 da TRU da 4a. Região: “A falta de início de prova material não é

impeditiva da valoração por outros meios de prova para o reconhecimento do labor rural por bóia-fria” (citada no proc. 2009.70.51.004965-0, TR/PR).

Súmula 5 da TNU: “A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários”.

Súmula 10 da TNU: “O tempo de serviço rural anterior à vigência da Lei nº. 8.213/91 pode ser utilizado para fins de contagem recíproca, assim entendida aquela que soma tempo de atividade privada, rural ou urbana, ao de serviço público estatutário, desde que sejam recolhidas as respectivas contribuições previdenciárias”.

Súmula 14 da TNU: “Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material, corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício”.

Súmula 24 da TNU: “O tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior ao advento da Lei nº 8.213/91, sem o recolhimento de contribuições previdenciárias, pode ser considerado para a concessão de benefício previdenciário do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), exceto para efeito de carência, conforme a regra do art. 55, §2º, da Lei nº 8.213/91”.

Súmula 30 da TNU: “Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que comprovada, nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar”.

(20)

Propriedade de 75,4 hectares correspondente a 1,66 módulo rural em MG, não descaracteriza o regime de economia familiar entendido como comprovado pelo juiz de primeiro grau (TNU, Proc. 2007.38.00.73.0807-0-MG).

Súmula 33 da TNU: “Quando o segurado houver preenchido os requisitos legais para concessão da aposentadoria por tempo de serviço na data do requerimento administrativo, esta data será o termo inicial da concessão do benefício”. (Entende-se que este precedente é aplicável aos demais benefícios, inclusive ao de aposentadoria por idade)

Súmula 34 da TNU: “Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar”.

Súmula 41 da TNU: “A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto”.

Súmula 149, STJ: A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário.

Súmula 577, STJ: trata do tempo de serviço rural. De acordo com o enunciado, “É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais antigo apresentando, desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o contraditório” (Recursos Especiais 1.321.493 e 1.348.633).

Súmula 578, STJ: determina que “os empregados que laboram no cultivo da cana-de-açúcar para empresa agroindustrial ligada ao setor sucroalcooleiro detêm a qualidade de rurícola, ensejando a isenção do FGTS desde a edição da Lei Complementar n. 11/1971 até a promulgação da Constituição Federal de 1988” (Recurso Especial 1.133.662).

(21)

SEGURADO FACULTATIVO.

- art. 11, par. 1º, Dec. nº 3.048/99

- 16 anos (art. 13, LB 14 anos. Art. 11, RPS 16 anos). Art. 7, XXXIII, CF. - art. 199 (20% ou 11% recolhimento. Art. 199-A, Dec.).

- não exerça atividade remunerada que a lei enquadre como obrigatória (sem vínculo empregatício).

- 16 anos, não exercer atividade que o insira na condição de segurado obrigatório e não se encontrar vinculado a nenhum outro regime previdenciário. Não é requisito o exercício de atividade laborativa.

- art. 201, par. 5º, CF.

* art. 12, § 1o Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou

mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades.

- art. 11, par. 11, RPS.

- dona de casa, estudante, síndico não remunerado, desempregado, presidiário não remunerado, estagiário de acordo com a lei (art. 12, par. 2, Lei 11.788/08), beneficiário de auxílio-acidente.

- importância da diferença: enquadramento do segurado, forma de arrecadação, valor da contribuição, rol dos benefícios.

- manifestação da vontade.

- princípio da universalidade (até quem não trabalha pode ser incluído). - art. 13, LB.

- salário declarado: alíquota de 20%. Art. 28, par. 3º, RPS. Art. 199, RPS. - art. 11, RPS. Rol não é taxativo.

- mesmo não estando vinculado obrigatoriamente à Previdência Social, por não exercer atividade remunerada, opta pela sua inclusão no sistema protetivo. - segurado obrigatório é filiado independentemente de sua vontade.

- art. 39, II, LB. - art. 30, II, LC.

(22)

DEPENDENTES.

- art. 16, LB. - art. 16 do Dec. - não contribui.

- pessoas que, embora não contribuindo é beneficiário do RGPS. - reposição da renda perdida.

- jus aos seguintes benefícios: pensão por morte, auxílio-reclusão, serviço social e reabilitação profissional.

- pessoa indicada em lei, que, possuírem algum vínculo com o segurado. - dependentes presumidos e dependentes comprovados

- dependente é aquele que está vinculado (protegido) pelo instituto de previdência de forma reflexa, em razão de seu vínculo com o segurado. Dependente diretamente do direito do titular (segurado)

- classe I: cônjuge, companheira, filho menor de 21 anos ou inválido. - classe II: os pais (e não os ascendentes: avô).

- classe III: o irmão não emancipado, menor de 21 anos, inválido.

- união estável: art. 226, par. 3º, CF, art. 1723, par. 1º, CC. Homem e mulher. * prova material. Art. 16, par. 5: A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.

- concubina: núcleo familiar. STF jurisprudência (RE 397.762), art. 22, par. 5º, RPS. Impedimento ao casamento.

- 21 anos (18 anos CC), 24 anos Universitário (legislação IR). Súmula 37, TNU. Norma especial. Não fala em capacidade civil. L.B. norma especial em relação ao CC.

(23)

- guarda e adoção: 1º classe. ACP. - menor sob guarda: excluído do art. 16, par. 2., art. 227, par. 6, CF e ECA (art. 33 cunho genérico. Lei específica), STJ. STJ. Pensão por morte. Menor sob guarda. Beneficiário. Equiparação. Legislação aplicável. Lei vigente à época do óbito. Med. Prov. 1.523/96. A pensão por morte a ser paga ao menor sob guarda deve observar a lei em vigor na data do óbito do segurado, pois esse é o fato gerador para a concessão do benefício previdenciário: se o falecimento ocorreu antes da edição da Medida Provisória 1.523, de 11/10/96, o recebimento está assegurado; se a morte ocorreu depois, o menor não tem direito ao benefício. A conclusão é da 5ª Turma do STJ, que definiu também que o menor sob guarda não pode mais ser equiparado ao filho de segurado, para fins de dependência. De acordo com o voto do relator, Min. GILSON DIPP, o reconhecimento do direito à pensão por morte não é mais possível após as alterações promovidas pela Med. Prov. 1.523/96, reeditada até sua conversão na Lei 9.528, em 10/12/97.

- Ordem de Vocação: é determinada no momento do evento gerador.

- mesma classe: concorrem em igualdade de condições. Fração: remanescentes. A existência de vários dependentes arrolados na mesma classe decreta a concorrência entre eles e a partilha da prestação previdenciária (igualdade de direitos perante a Previdência Social).

Participante da mesma classe concorrem entre si.

Quando um dependente perde esta qualidade, sua cota será distribuída aos restantes.

- não há transferência. Extingue. Havendo em uma classe extingue a seguinte. A existência de um dependente de hierarquia superior exclui o direito dos dependentes inferiores. Após o falecimento de dependente superior, o benefício não se transfere para os de mesma hierarquia.

Classe superior excluir classe inferior. - Extinta a classe, extinto o benefício.

(24)

- Declarar a inexistência de dependente preferencial. * direito personalíssimo. Pode não usar mas não extingue.

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