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Os organizadores. Thesaurus Editora Editor: Victor Alegria Designer gráfico: Hugo Oliveira Revisão: JSN

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Academic year: 2021

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Editor: Victor Alegria Designer gráfi co: Hugo Oliveira Revisão: JSN

Arte, impressão e acabamento:

Thesaurus Editora de Brasília

SIG Quadra 8 Lote 2356, Brasília – DF – 70610-480 – Tel: (61) 3344-3738 Fax: (61) 3344-2353 ou End. eletrônico: editor@thesaurus.com.br

Os direitos autorais da presente obra estão liberados para sua difusão desde que sem fi ns comerciais e com citação da fonte. THESAURUS EDITORA DE BRASÍLIA LTDA. SIG Quadra 8, lote 2356 – CEP 70610-480 - Brasília, DF. Fone: (61) 3344-3738 – Fax: (61) 3344-2353 *End. Eletrônico: editor@thesaurus.com.br *Página na Inter-net: www.thesaurus.com.br – Composto e impresso no Brasil – Printed in Brazil José Carlos Brandi Aleixo é licenciado em Letras Clássicas

e Filosofi a pela PUC do Rio de Janeiro e em Teologia pela Universidade Pontifícia de Comilhas na Espanha; mestre e doutor em Ciência Política pela Georgetown University de Washington, DC. Ex.-professor do Instituto Rio Branco e da Universidade de Brasília. Membro da : Academia Brasiliense de Letras; Academia Mineira de Letras; FLACSO, e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Mais de 180 trabalhos publicados, em 18 países, sobre temas como: Política Externa

brasileira; O Brasil e a América Central; O Brasil e o Panamá; Integração latino-americana; Confl ito El Salvador-Honduras e a integração centro-americana; Mediação na solução de confl itos; O Princípio de não-intervenção; A obrigação do voto; O voto do analfabeto; Os direitos humanos; Padre Antônio Vieira; John Locke; Simón Bolívar; Jacques Maritain; Pedro Aleixo, etc.

© Thesaurus Editora – 2008

José Santiago Naud – escritor gaúcho, formado em Letras

Clássicas pela UFRGS, em Porto Alegre (1957). Concursado pelo MEC, foi pioneiro em Brasília do Ensino Público (1960), e em 1962 integrou o grupo docente fundador da UnB. Professor visitante e conferencista em universidades dos EUA, da Europa e da América Latina. Diretor do CEB (Itamaraty), entre 1973 e 1985. Poeta e ensaísta com dezenas de livros publicados e textos dispersos em antologias, jornais e revistas especializadas.

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C

RONOLOGIA

E

SSENCIAL DE

P

E

. A

NTÔNIO

V

IEIRA

1578. Desaparecimento do rei D. Sebastião, na batalha de Alcácer

Quibir, no Marrocos, origem da lenda do retorno do “rei encoberto”. (Sebastinanismo).

1580. Proclamação do rei Felipe II da Espanha como rei Felipe I de

Portugal. Início dos sessenta anos da “União Peninsular”.

1608. 16 de fevereiro: Batismo na Sé de Lisboa, de Antônio Vieira. 1614-1624. Desembarque de Antônio Vieira em Salvador, em

com-panhia da família. Aluno do Colégio dos Jesuítas. Famoso “estalo” na Sé, durante oração.

1625. Voto particular de gastar toda a vida na conversão dos gentios

e de doutrinar aos novamente convertidos e de aprendizado de duas línguas do Brasil e Angola.

1627. Professor, no Colégio de Olinda, de Humanidades e

Retóri-ca. Comentário das tragédias de SêniRetóri-ca.

1634. 26 de novembro. Ordenação sacerdotal.

1642. 1º de janeiro. Primeiro sermão em Portugal (de Anos Bons). 1646-1648. Missões diplomáticas na Espanha, França, Holanda,

Itália, Inglaterra. Encontros com os judeus-portugueses no exterior.

1649. Denúncias à Inquisição contra Vieira. Alvará régio de

anula-ção do confi sco dos bens dos “cristãos novos”.

1653. (de janeiro a maio). Chegada a São Luis. Superior das Missões

Jesuíticas do Maranhão e Pará. Libertação de índios escravi-zados, por Ordem Régia, atribuída aos jesuítas. Descontenta-mento da Câmara de alguns eclesiásticos e de colonos, com manifestação turbulenta contra Vieira e companheiros.

1653. 20 de maio. Famosa carta ao Rei João IV em defesa da

li-berdade dos índios com combate corajoso à prepotência dos colonos. (J. L. Azevedo — Cartas — vol. I, nº LXVII, p. 296-305).

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1653. 05 de outubro. Chegada a Belém do Pará.

1654. 13 de junho. Sermão aos peixes dito também “das verdades”

contra os cativeiros injustos

1654. 14 de junho. Viagem a Portugal para defesa da liberdade dos

índios e das missões.

1655. Março. Sermão da Sexagésima, sobre a Arte de Pregar, em

Lisboa, na Capela Real.

1655. Sermão do Bom Ladrão, na Igreja da Misericórdia de Lisboa. 1657. 22 de junho. Sermão do Espírito Santo, em São Luis, às vésperas

de uma entrada de missionários jesuítas na Amazônia.

1661. Levante no Pará. Prisão do Pe. Vieira na Igreja de São João

Ba-tista. Envio dele e de 17 companheiros jesuítas, como presos, ao Maranhão e daí a Lisboa, na Caravela “Sacramento”.

1662. Julho. Desterro de Antônio Vieira para o Porto.

1665. Longa e grave doença. Confi sco dos rascunhos de sua defesa

dos pontos censurados pelo Tribunal. Petição ao Conselho Ge-ral do Tribunal de Lisboa, denunciando a injustiça no trato a ele pelo Santo Ofício coimbrão. Por despacho da Inquisição encarceramento de Vieira com disponibilidade, inicialmente, só do Breviário e mais tarde também de uma Bíblia.

1666. 23 Julho. Entrega, à Inquisição, dos seus escritos na prisão. 1678. Preparação de seus Sermões para a Imprensa.

1681. Regresso ao Brasil. Residência no Colégio de Salvador e na

Quinta do Tanque.

1694. Queda de uma escada. Privação de “voz passiva e ativa” pela

Congregação Provincial da Bahia, sob a acusação de ambi-ção (“de ambitu”). Carta ao Pe Geral recorrendo da pena a ele aplicada.

1696. Trabalho na composição da “Clavis Prophetarum” (Chave

dos Profetas).

1696. 12 de julho. Carta, última das mais de 800 escritas por Vieira,

ao Pe Geral.

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T R I B U T O

Padre Antônio Vieira: 400 anos

Homenagem à Língua Portuguesa e ao seu grande autor

Floresça fale, cante, ouça-se e viva A Portuguesa Língua, e já onde for Senhora vá de si soberba e altiva.

Antônio Ferreira, Século XVI “Palvras sem obras são tiro sem bala;

atroam mas não ferem.” (Sermão da Sexagésima) “Tempos houve em que os Demônios falavam e o mundo os ouvia; mas depois que ouviu os políticos, ainda é pior o mundo.”

(Sermão do Santíssimo Sacramento) “Se servistes a pátria que vos foi ingrata, vós fi zestes o que devíeis, ela o que costuma.”

(Ibidem) “Quem faz o que devia, devia o que fez; e ninguém espere

paga de pagar o que deve.” (Ibidem)

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“Não há coisa mais escrupulosa no mundo que papel e pena. Três dedos com uma pena na mão é o ofício mais arriscado que tem o governo humano.”

(Ibidem) “Grande mal é não sarar com os remédios, mas adoecer

dos remédios ainda é mal maior.” (Ibidem) “Sempre a justiça é zelosa contra os que podem menos.” (Sermão do Sábado Quarto da Quaresma) “Do Demônio defendeis-vos com a Cruz;

os homens põem-vos nela.” (Ibidem)

ANTOLOGIA

História do Futuro*

História do Futuro é ponto culminante na

obra de Antonio Vieira, esta cordilheira extra-ordinária da cultura lusa e universal. Fernan-do Pessoa reconheceu: ImperaFernan-dor da língua

portuguesa. De fato, ele, padre jesuíta

luso-brasileiro do século XVII, aparece com toda a justiça na poesia pontual da MENSAGEM, a par do céu “que estrela o azul e tem gran-*História do Futuro, José Carlos Brandi Aleixo Editora UnB, 2005

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deza”, porque: “Foi-nos um céu também”. E

Mensagem é o imenso, insuperável,

épico-líri-co da nossa própria identidade.

Assim, esta grande obra inconclusa, logo antes da lauda em branco que encerra o ma-nuscrito, propunha-se, com visão de futuro, passar do “nascimento de Cristo aos dias mais chegados à sua morte”, para que alcançásse-mos ver como, “entrando e saindo do mundo, se mostrou e publicou Rei e Senhor de todo ele”. De qualquer modo, permanece um repo-sitório literário da fantástica exegese bíblica e antevisão sublime de profecia, liberdade ou esperança histórica.

1

Nenhuma coisa se pode prometer à natu-reza humana mais conforme a seu maior ape-tite nem mais superior a toda sua capacidade, que a notícia dos tempos e sucessos futuros; e isto é o que oferece a Portugal, à Europa e ao Mundo esta nova e nunca ouvida História.

A Ciência dos futuros – disse Platão – é a que distingue os deuses dos homens e daqui

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lhes veio, sem dúvida, aos homens, aquele an-tiqüíssimo apetite de serem como deuses. (...) Mas ainda que experimentaram o engano, não perderam o apetite. Esta é a herança que nos fi cou do paraíso, este o fruto da árvore fatal, bem vedado e mal apetecido, mas por isso, mais apetecido, porque vedado.

2

Para satisfazer, pois, a maior ânsia desse ape-tite e para correr a cortina aos maiores e aos ocul-tos segredos desse mistério, pomos hoje no teatro do Mundo esta nossa História, por isso chama-da do Futuro. Não escrevemos, com Beroso, as antigüidades do Assírios, nem, com Xenofonte, a dos Persas, nem, com Heródoto, a dos Egíp-cios, nem, com Josefo, a dos Hebreus, nem, com Cúrcio, a dos Macedônios, nem, com Tucídides, a dos Gregos, nem, com Lívio, a dos Romanos, nem como escritores portugueses as nossas; mas escrevemos sem autor o que nenhum deles escre-veu nem pôde escrever. Eles escreveram histó-rias do passado para os futuros, nós escrevemos a do futuro para os presentes. Impossível pintura

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parece antes do originais retratar as cópias; mas isto é o que fará o pincel da nossa História.

3

São Paulo, aquele fi lósofo do terceiro

Céu, desafi ando todas as criaturas, e entre elas os tempos, dividiu os futuros em dois futuros. Um futuro que está longe e outro futuro que está perto; um futuro que há-de vir e outro futuro que já vem; um futuro que muito tem-po há-de ser futuro – e não é este o futuro da minha história, e outro futuro que brevemente há-de ser presente. Este segundo futuro é o da minha História, e estas as breves e deleitosas esperanças que a Portugal ofereço.

4

Antes do nascimento de Portugal, apare-ceu o mesmo Cristo a El-Rei (que ainda não era), D. Afonso Henriques, e lhe revelou como era servido de o fazer rei e a Portugal reino; a vitória que havia de lhe dar em batalha tão duvidosa e as armas de tantas glórias com que o queria singularizar entre todos os reinos do

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Mundo. E o embaixador e intérprete deste e de outros futuros, que depois se viram cumpridos, foi aquele velho, desconhecido e retirado do Mundo, o ermitão do Campo de Ourique; para que conhecesse e não pudesse negar Portugal que devia a Deus a vitória e a coroa, e que era todo seu desde seu nascimento.

5

Finalmente, Bandarra (de cujo espírito, a respeito dos sucessos futuros de Portugal, tra-taremos larga e particularmente no capítulo 60 deste livro) não só predisse a sujeição do Reino a Castela, e sua liberdade, mas que o fi m de uma e princípio de outra havia de ser sinaladamente no ano de quarenta, e que naquele ano seria levanta-do novo Rei de Portugal e que este se chamaria D. João, com todas as circunstâncias tão miúdas e particulares, como se verá no mesmo lugar.

6

São Bernardo, em uma carta escrita a El-Rei D. Afonso Henriques, com quem tinha

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particular amizade e íntima correspondência acerca das coisas presentes e futuras do Reino, profetizou com admirável clareza o termo dos sessenta anos de castigo e continuação e su-cessão de reis portugueses, antes e depois dele. A carta está conservada em muitos arquivos deste Reino e foi divulgada fora dele muitos anos antes da nossa Restauração.

5º Império

Entrando a tratar do Quinto Império do Mundo (grande assunto deste nosso pequeno trabalho) para que procedamos com a distin-ção e clareza tão necessária em toda a história e muito mais neste gênero, a primeira coisa que se oferece para averiguar e saber é que Im-périos tenham sido ou hajam de ser os outros quatro... Esta sucessão e seu princípio foi desta maneira.

Correndo os anos de 1860 da criação do Mundo, 3.800 antes do presente 1664 em que isto escrevemos, depois que a confusão das línguas na Torre de Babel dividiu seus fabri-cantes em diversas partes da terra, castigo tão

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merecido à sua soberba como necessário à propagação do gênero humano...

Foi este Império o dos Assírios ou Ba-bilônios; durou, segundo Justino, perto de 1300 anos; teve, entrando neste número Se-míramis, 37 imperadores, de que foi o últi-mo Sadarnapalo.

Ao Império dos Assírios sucedeu o dos Persas pelos anos da criação 3444. Começou em Ciro, acabou em Dario; contou, por todos, cartoze imperadores. Não durou, conforme Eusébio, mais que 230 anos.

O terceiro Império, que foi o dos Gre-gos, ainda durou menos, se o considerarmos como Monarquia. Alexandre o começou e acabou em Alexandre, para que vejam e co-nheçam as coroas quanto é grande a sua mor-talidade, pois pode ser mais breve a vida de um império que a de um homem. Começou este Império dos Gregos depois pelos anos do Mundo 3672, conservou-se unido somen-te oito, e, ansomen-tes deles acabados, se dividiu em três reinos: o da Ásia, o da Macedônia, o do Egito; e este (que foi o que mais per-maneceu) continuou com desigual fortuna

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trezentos anos, até que, governado e não de-fendido pela celebrada Cleópatra, o ajuntou Marco Antônio à grandeza romana. (...)

Durou o Império Romano com toda a intei-reza de sua Monarquia 400 anos, com sucessão de 35 imperadores até o grande Constantino, o qual, fundando nova corte em Constantinopla, dividiu o Império, para melhor governo, em Império Oriental e Império Ocidental, e desde esse tempo começaram as Águias Romanas a aparecer coroadas com duas cabeças. (...)

Sucedeu esta mudança pelos anos de Cristo de 810, nos quais o Império, diminuindo sempre em grandeza e majestade, tem contado noven-ta imperadores até Fernando Terceiro, que hoje reina e com grande valor e zelo da Cristandade está resistindo-se (queira o Céu que seja com melhor ventura!) a outro Maomé.

Estes são em breve suma os quatro Impé-rios que desde o primeiro que houve no Mun-do se foram continuanMun-do e sucedenMun-do até o presente, cuja notícia, quando não fora tão ne-cessária para o ponto em que estamos, sempre era muito conveniente dar-se logo neste prin-cípio, para melhor entendimento de tudo o que se há-de dizer adiante.

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Em respeito, e suposição destes quatro Impérios, chamamos Império Quinto ao novo e futuro que mostrará o discurso desta nossa

História.

Sonho de Nabucodonosor e o Profeta Daniel

No ano antes da Redenção do Mundo, 450, Nabucodonosor, um dos últimos reis impera-dores da Babilônia, que era, como fi ca dito, o Império dos Assírios, desvelado uma noite com os pensamentos de sua monarquia, em prêmio ou conseqüência deste cuidado, mereceu que Deus lhe revelasse, sendo gentio, o sucesso de muitas coisas futuras, assim como outros príncipes que têm Fé e desmerecem por sua negligência e descuido até o conhecimento na-tural dos presentes. Viu, pois, Nabucodonosor em sonhos uma visão admirável e portentosa, com cuja apreensão e assombro acordou, de tal maneira perturbado e confuso, que somente se lembrava que acabava de sonhar coisas pro-digiosas, grandes e prenhes de mistérios, mas totalmente se esquecia quais foram. Assim, es-timulado igualmente do desejo e do temor que

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a mesma lembrança lhe causava, mandou logo chamar os maiores sábios dos seus reinos, os Magos os Aríolos , os Caldeus, que eram os que pela observação das estrelas e outros, pro-fessavam a ciência das coisas futuras (...)

Achava-se neste tempo em Babilônia Da-niel, onde fora levado com El-Rei Joaquim no primeiro cativeiro ou transmigração dos Hebreus. Orou a Deus, ele e seus três com-panheiros, que também entravam no número dos condenados, por que tinham estudado, por mandado do mesmo rei, as ciências de Cal-déia. Foi-lhe revelado pelo Céu o sonho e a interpretação dele, e quando já a multidão dos sábios, rodeados de rústicos e tumulto popular, começavam a caminhar para o lugar do suplí-cio, faz parar a execução Daniel. Oferece-se a declarar o sonho; pede que o levem a Nabuco-donosor. (...)

A história do sonho, pelas palavras que Daniel a referiu, é a seguinte:

Começaste a cuidar, ó Rei, deitado no teu leito, o que havia de suceder depois do tempo presente, e o Deus que só pode reve-lar os mistérios e segredos ocultos te mos-trou, naquela visão, tudo o que está para

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vir nos tempos futuros, e o que eu agora te direi, não por parte ou ciência minha, senão por Revelação sua. Parecia-te que vias defronte de ti uma estátua grande, de estatura alta e sublime e de aspecto terrível e temeroso. A cabeça desta estátua era de ouro, os peitos e os braços de prata o ven-tre até os joelhos de bronze, os joelhos de ferro, os pés de ferro e de barro. Estando assim suspenso no que vias, viste mais: que se arrancava uma pedra de um mon-te, cortado dele sem mãos, e que, dando nos pés da estátua, a derrubava. Então se desfi zeram juntamente o barro, o ferro, o bronze, a prata, o ouro, e se converteram em pó e cinza que foi levada dos ventos, e nem aqueles metais apareceram mais, nem o lugar onde tivessem estado. Porém a pe-dra que tinha derrubado a estátua cresceu, e fazendo-se um grande monte, ocupou e encheu toda a terra.

Até aqui a relação do sonho, a qual Nabu-codonosor de novo ia ouvindo e reconhecendo, lembrando-se outra vez de tudo pela mesma ordem, com aquela espécie de memória a que os fi lósofos chamam de reminiscência.

Seguiu-se à história do sonho a explicação dele... Disse Daniel que aquela grande estátua

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signifi cava a sucessão do Império do Mundo, e os diferentes metais de que era composta as mudanças que o mesmo Império havia de ter em diferentes tempos e para diferentes nações. (...)

A razão ou mistério por que o Império Romano se representou no ferro diz particu-larmente Daniel que foi porque, assim como o ferro lima, bate, corta e doma os metais, sem haver algum que lhe possa resistir, assim o Império Romano e o poder invencível de suas armas havia de abater, desfazer, sujeitar e do-minar todos os outros Impérios. (...)

Temos visto até aqui, desde a cabeça até aos pés da estátua, o primeiro, segundo, ter-ceiro e quarto Império; segue-se agora ver o quinto na mesma história do sonho de Nabu-codonosor e na mesma interpretação de Da-niel. Quer dizer:

Aquela pedra, ó Rei, que viste arran-car e descer do monte, que derrubou a es-tátua e desfez em pó e cinza todo o preço e dureza e seus metais, signifi ca um novo e quinto Império que o Deus do Céu há-de levantar no Mundo nos últimos dias dos outros quatro.

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Referências

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