ENTRE
MODELOS E
PARA-DIGMAS
ENTRE
GÉNEROS
ARTÍSTICOS E TIPOLOGIAS
ENTRE
FORMULAÇÕES
CUL-TURAIS E IDIOSSINCRASIAS
INDIVIDUAIS
Between models and paradigms
between artistic genres and typologies
ENTRE
MOMENTOS
HISTÓRI-COS E MODELOS POLÍTIHISTÓRI-COS
ENTRE
HORIZONTES
COLE-TIVOS E ESPERANÇAS
SINGU-LARES
ENTRE
IDENTIDADES
DE GÉNERO E A FLUIDEZ DO
MUNDO
between historical moments and political models
between collective horizons and singular hopes
between gender identities and fluidity in the world
9 Há processos na história que, no exato momento em que acontecem, são percecionados como mudanças cujo destino, no entanto, não é claro. Como um desenho de contornos incertos ou fluidos, este tempo que vivemos é, individual e coletivamente, um processo de transformação em que os modelos de sociedade, de relação com a natureza e com os outros estão em trânsito. A temporada 20-21 do Centro Cultural de Belém procura refletir sobre esta condição ambígua do presente, sobre a natureza indefinida dum tempo que já não é, mas que ainda não consegue ser. Assim, o mote para o programa desta temporada é: ENTRE
Entre modelos e paradigmas, entre géneros artísticos e tipologias, entre formulações culturais e idiossincrasias individuais, entre momentos históricos e modelos políticos, entre horizontes coletivos e esperanças singulares, entre identidades de género e a fluidez do mundo.
ENTRE
É também um convite à participação, à partilha sensível, à experiência coletiva que é o centro da experiência artística, à decisão individual de querer fruir, ser tocado e criticamente analisar.
ENTRE é, então, um desafio para participar num ponto de partida que conhecemos, mas cujo lugar de chegada é ainda uma incógnita. É neste projeto que convidamos, público e artistas, a entrar. As contingências de saúde pública ditadas pela pandemia COVID-19 determinaram que seja agora apresentada a programação da temporada 2020/2021 referente exclusivamente aos primeiros cinco meses, de setembro de 2020 a janeiro de 2021.
Delfim Sardo
Administrador
There are historical processes that, at the precise moment when they occur, are perceived as major changes, even though their outcome is not yet clear. Like a drawing with blurred or uncertain outlines, these times that we currently living in represent, both individually and collectively, a process of great transformation, in which our models of society, our relationship with nature and our relations with others are all in a state of flux. The Centro Cultural de Belém’s 20-21 season is intended to be a reflection on our current ambiguous condition, and on the undefined nature of a time that is no longer what it was, but is not yet able to be what it is. Our motto for this season’s programme is therefore: BETWEEN
Between models and paradigms, between artistic genres and typologies, between cultural formulations and individual idiosyncrasies, between historical moments and political models, between collective horizons and singular hopes, between gender identities and fluidity in the world.
BETWEEN
Is also an invitation to participate, to engage in sensitive sharing, to take part in the collective experience that is the very core of the artistic experience, to individually decide that we wish to belong and to enjoy, to be touched by things and to engage in their critical analysis.
BETWEEN is, therefore, a challenge to participate
in a starting point that we are all aware of, but whose point of arrival is still a complete unknown. This is the project that we invite both our audiences and our performers to enter into.
The public health contingencies dictated by the COVID-19 pandemic have determined that we should now present our programming for the 2020/2021 season, relating exclusively to the first five months, from September 2020 to January 2021.
38
Mário Costa Oxy Patina 31 OUT 202039
Temps d’Images Ricardo Vaz TrindadeO que veem as nuvens
11 A 13 NOV 2020
40
André Murraças A Confissão de Lúcio 12 A 15 NOV 202041
Melleo Harmonia Beethoven 250 15 NOV 202042
Camané 20 NOV 202045
Teatro da Cidadeinvocação ao meu corpo
20 A 23 NOV 2020
46
Miguel Filipe Bo(U)Checha 20 E 21 NOV 202049
Orquestra Metropolitana de Lisboa Scheherazade 22 NOV 202050
Centenário Amália Rodrigues Amália | A vozmaior do que o fado
26 E 27 NOV 2020
52
Alkantara Festival Flora Détraz Glottis 28 E 29 NOV 202053
Orquestra Sinfónica Portuguesa Sexta de Mahler 29 NOV 202054
Aldina Duarte 3 DEZ 202056
Mário Coelho Fuck Me Gently! 3 A 6 DEZ 202058
Marta Reis Jardim,
TravessiaS
Diana Niepce, Dueto 11 A 13 DEZ 2020
60
Marta Hugon Coração na Boca 12 DEZ 202061
Orquestra Metropolitana de Lisboa Um Americano em Paris 13 DEZ 202064
Camerata Alma Mater e Solistas do Sond’ar-Te Electric Ensemble Utopia 15 DEZ 2020
65
Quorum Ballet A Sagração da Primavera | Made in China 18 DEZ 202009
Introdução112
Informações GeraisESPETÁCULOS
performances
16
Pedro Caldeira Cabral
O Fado da cítara portuguesa 25 SET 2020
17
:Papercutz King Ruiner 26 SET 202020
Lina_Raül Refree 1 OUT 202023
Pop Dell’Arte Transgressive Days 8 OUT 202025
Maria Emília Casa de Fado 9 OUT 202026
Temps d’Images Maurícia | Neves anesthetize 9 A 11 OUT 202031
Orquestra Sinfónica PortuguesaHaydn & Mozart
25 OUT 2020
32
Bruno Canino e Serena Canino 29 OUT 202034
Festival Cumplicidades PinyHip. A Pussy Point Of View
30 E 31 OUT 2020
35
Festival Cumplicidades Piny Workshop Hip 31 OUT 202015
Orquestra Metropolitana de LisboaMahler: Quarta Sinfonia
20 SET 2020
19
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Duplo concerto de Brahms
27 SET 2020
24
DSCH – Schostakovich Ensemble Beethovenfest 8 OUT 202029
Orquestra da Toscana Bartholdy. Côrte-Real e Mozart 11 OUT 202033
Stereossauro 30 OUT 202037
Orquestra Metropolitana de Lisboa Sinfonia do Destino 31 OUT 2020ÍNDICE
57
Orquestra de Câmara Portuguesa 6 DEZ 202068
Orquestra Sinfónica Portuguesa Concerto de Natal 20 DEZ 202069
Orquestra Metropolitana de LisboaConcerto de Ano Novo
72
Sillyseason Folle Époque 15 A 18 JAN 202173
Orquestra Sinfónica Portuguesa Il Natale Augusto 17 JAN 202174
Melissa Fontoura, José Corvelo e Inês Simões
A Beleza Salvará O Mundo
21 JAN 2021
75
Teatro Nacional São João
Castro, de António Ferreira
21 E 22 JAN 2021
78
Matilde Cid Puro 22 JAN 202179
Glockenwise 23 JAN 202180
Orquestra da Ópera Estatal da Hungria
Beethoven 250
24 JAN 2021
81
Nuno Vieira de Almeida e Albano Jerónimo
Enoch Arden
24 JAN 2021
82
Teatro Nacional São João
O Balcão, de Jean Genet
29 E 30 JAN 2021
CINEMA
cinema
85
O Ano da Morte de Ricardo Reis, de João Botelho21, 22 E 23 SET 2020
86
Rebel Without A Cause
(1955) Fúria de Viver de Nicholas Ray 4 OUT 2020
87
Vertigo (1958) de Alfred Hitchcock 1 NOV 202088
O Garoto de Charlot (1921), de Charlie Chaplin 27 DEZ 2020PENSAMENTO
thought
95
Conversa + ConcertoHomenagem a Boris Vian
8 NOV 2020
95
Bienal do Ambiente Lisboa 2020 13 DEZ 2020GARAGEM
SUL
architecture
exhibitions
97
ExposiçãoO Mar é A Nossa Terra
ATÉ 17 JAN 2021
100
Visitas Guiadas ATÉ 17 JAN 2021102
Em Casa. Projetos para Habitação Contemporânea 9 FEV A 13 JUN 2021FÁBRICA
DAS ARTES
for every
childhood
105
Exposição / Instalação Multimédia No Fundo Portugal É Mar 25 SET A 5 DEZ 2020108
Conversas com Mar
Mónica Albuquerque (EMEPC)
25 SET A 5 DEZ 2020
109
Mini Palestras Online
Olhares sobre o mar
SET A DEZ 2020
110
ESTREIA A Tartaruga e o Menino do Mar 20 A 24, 27 A 31 OUT 2020111
A Menina do Mar De Sophia de Mello Breyner Andresen 5 A 7 NOV 2020112
Formação Plasticusmaritimus, uma espécie invasora Ana Pêgo
NOV 2020
114
Formação Ir ao fundo e voltar, um mergulho às profundezas da história NOV 2020115
Encontros-FormaçãoCiclo Festa de Desaniversário
SET 2020 E JAN 2021
ÍNDICE
91
Protagonistas da História de Portugal Rui Ramos 20 SET 202070
Rita Barbosa Amigos Imaginários 15 A 17 JAN 202191
Lisboa, que paisagem é esta? Aurora Carapinha
12 E 26 SET 2020
92
Formas de Ler
O Poder da Comédia
Helena Vasconcelos SET A NOV E JAN
93
Dicionário de Artistas Gonçalo M. Tavares A PARTIR DE 7 OUT 202094
O que é a Filosofia?António de Castro Caeiro OUT E NOV 2020
100
Oficinas para Famílias ATÉ 17 JAN 2021113
Oficina Plasticus maritimus,
Realidade aumentada
Ana Pêgo NOV 2020
14
Soprano Anne Schwanewilms Maestro Pedro Amaral
PROGRAMA
Péter Eötvös (1944)1 Diálogo com Mozart
Gustav Mahler (1860-1911) Sinfonia n.º 4
A quarta sinfonia de Gustav Mahler tem um início inesperado, ao som de guizeiras. Depois disso sucedem-se ambientes contrastantes. Desenha-se assim um percurso que evolui muito gradualmente desde a maior complexidade do primeiro andamento até à clarividência do último – do telúrico ao celestial, portanto. Antes dessa viagem, porém, cruzamo-nos com o músico húngaro Péter Eötvös e o seu Diálogo com Mozart. Uma obra em que esboços dispersos registados nos cadernos pessoais de Mozart são recuperados numa partitura fragmentada que convida a pensar sobre toda aquela música que um dia foi imaginada mas que, por qualquer razão, nunca viu a luz do dia. Rui Campos Leitão
Gustav Mahler’s Fourth Symphony has an unexpected beginning, opening with the sound of sleigh bells, followed by a series of contrasting atmospheres. Before that journey, however, we cross paths with Péter Eötvös and his Dialogue with Mozart. A work in which brief drafts and sketches that were to be found scattered around Mozart’s personal notebooks are recovered in a fragmented score.
1 Artista Associado da Temporada de Música da Metropolitana 2020/2021
MÚSICA
ORQUESTRA
METROPOLITANA
DE LISBOA
MAHLER:
QUARTA SINFONIA
CONCERTO
INAUGURAL
DA TEMPORADA
SINFÓNICA
20 SET 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/MetropolitanaENTRE
ESPETÁCU-LOS
performances
17
Em 2020, o projeto :PAPERCUTZ lançou o novo álbum, King Ruiner. Um trabalho de eletrónica pop negra e exótica, gravado entre o Porto, Nova Iorque, Hamburgo e Tóquio. Um lançamento com a editora Moorworks, responsável por álbuns de Of Montreal, Clap Your Hands Say Yeah e Unknown Mortal Orchestra. Neste concerto, o grupo contará com a cantora neozelandesa Shannon Lawn, artista que já colaborou com artistas como Rakalam Bob Moses ou com a produtora Georgia Anne Muldrow. Em palco estarão ainda com outros convidados especiais do meio musical nacional.
In 2020, the musical project known as :PAPERCUTZ released their first album, King Ruiner. It is a work of dark and exotic electronic pop music, recorded between Porto, New York, Hamburg and Tokyo. At this concert, the group will be joined by the New Zealand singer Shannon Lawn, who has already worked with such musicians as Rakalam Bob Moses and Georgia Anne Muldrow.
OUTRAS MÚSICAS
:PAPERCUTZ
KING RUINER
26 SET 2020
Sábado 21h00 M/6 anos Pequeno AuditórioReconhecido compositor e multi-instrumentista com mais de 50 anos de carreira, e um percurso focado na valorização e promoção do legado patrimonial da guitarra portuguesa, Pedro Caldeira Cabral renomeou o seu instrumento de eleição para «Cítara Portuguesa», como uma forma de promover a ligação à tradição europeia que remonta ao século XVI. Neste concerto, Pedro Caldeira Cabral apresenta-se em trio, com Joaquim Silva no violão e Duncan Fox no contrabaixo, seus fiéis companheiros na valorização e defesa da guitarra portuguesa como instrumento solístico. O público será surpreendido pela sua versatilidade, pelo seu percurso ao longo dos séculos e também por composições inéditas de Pedro Caldeira Cabral.
A highly-regarded composer and multi-instrumentalist, with a career spanning more than 50 years, Pedro Caldeira Cabral has now renamed his preferred instrument as the «Portuguese Sitar», as a way of promoting its links with the European musical tradition dating back to the sixteenth century. At this concert, Pedro Caldeira Cabral will be playing as part of a trio, with Joaquim Silva on guitar and Duncan Fox on double-bass.
HÁ FADO NO CAIS
PEDRO
CALDEIRA
CABRAL
O FADO
DA CÍTARA
PORTUGUESA
25 SET 2020
Sexta-feira 21h00 M/6 anos Pequeno Auditório Coprodução CCB/EGEAC-Museu do Fado 16Violino Pedro Meireles Violoncelo Irene Lima Maestro Antonio Pirolli
PROGRAMA
Johannes Brahms (1833-1897) Duplo Concerto
para Violino e Violoncelo, em Lá menor, op. 102
Jules Massenet (1842-1912) Ballet suite da ópera Le Cid
Dois dos mais conceituados instrumentistas da OSP apresentam-se como solistas do chamado Duplo
Concerto de Brahms. Escrita no verão de 1887, foi
a última obra orquestral do compositor e provocou alguma perplexidade pelo facto de não se centrar no piano. O concerto foi estreado pelo violoncelista Robert Hausmann e pelo violinista Joseph Joachim, com Brahms a dirigir. Le Cid é uma ópera de Massenet estreada em 1885. Apesar de ter gozado de enorme popularidade nos finais do século XIX, a ópera caiu depois no desfavor das plateias. Tal não aconteceu, porém, com a música de bailado escrita para o Ato II, que continua a ser muito executada como suíte de concerto.
Two of the most prestigious instrumentalists from the Portuguese Symphony Orchestra will be performing as the soloists in Brahms’ so-called Double Concerto. Written in the summer of 1887, this was the composer’s last orchestral work, which caused some bewilderment due to the fact that it was not centred on the piano. In the second part, we will listen to the ballet music written for Act II of the opera Le Cid, by Massenet. MÚSICA
ORQUESTRA
SINFÓNICA
PORTUGUESA
DUPLO CONCERTO
DE BRAHMS
27 SET 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/OPARTTeatro Nacional de São Carlos
20
para este projeto, onde a voz de Lina, envolta de névoa analógica, soa arrepiante, verdadeira e profundamente emocionante.
Lina, a multidisciplinary artist, singer, and a keen student of Amália’s work, has selected some of her more emblematic repertoire, which she interprets in a spellbinding manner. In this concert, we will be able to confirm Raül Refree’s particular vision, with the «cathedral» sound that he created for this project, in which Lina’s voice, shrouded in an analog mist, has a chilling and profoundly exciting sound.
Lina, artista multidisciplinar, cantora e estudante atenta da obra de Amália, selecionou algum do seu repertório mais emblemático, que interpreta de uma forma assombrosa. Raül Refree, músico catalão e um dos produtores mais inovadores da atualidade, que deu uma nova perspetiva ao flamenco, produzindo artistas como Sílvia Perez Cruz ou Rosalía, assina todos os arranjos e produção deste projeto. Neste espetáculo vamos poder comprovar a sua visão particular, com o som de «catedral» que criou
HÁ FADO NO CAIS
LINA_RAÜL
REFREE
1 OUT 2020
Quinta-feira 21h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/EGEAC-Museu do Fado FOTO © MILEU22
Os Pop Dell’Arte regressaram este ano com o disco Transgressio Global, e um novo espetáculo,
Transgressive Days, que apresentam pela primeira
vez no CCB. Uma viagem no tempo sob a égide da transgressão que une referências várias que vão desde a Grécia e Roma antigas às sociedades panóticas de controlo do mundo global contemporâneo, passando pela Europa do Renascimento e até Lisboa em 2084. Aos temas novos, alguns em estreia absoluta, juntar-se-ão clássicos como Sonhos Pop, Querelle ou
My Funny Ana Lana. Para além da formação atual
dos Pop dell’Arte, que inclui João Peste (voz), Paulo Monteiro (guitarra), Zé Pedro Moura (baixo) e Ricardo Martins (bateria), o espetáculo contará ainda com a presença de alguns convidados especiais.
Pop Dell’Arte are returning in 2020 with a new album, Transgressio Global, and a new show, Transgressive Days, which they will be performing live at the CCB. A journey through time under the auspices of the transgression that unites various references, ranging from Ancient Greece and Rome to the panoptic control societies of our contemporary world, including the Europe of Renaissance times and continuing until Lisbon in 2084.
OUTRAS MÚSICAS
POP DELL’ARTE
TRANSGRESSIVE DAYS
8 OUT 2020
Quinta-feira 21h00 M/6 anos Grande Auditório24 25
Maria Emília nasceu em São Paulo, no Brasil, e desde cedo que acompanhou o seu pai, guitarrista nas casas de fado da sua cidade natal. Na adolescência mudou-se para o Norte de Portugal, onde continuou a cantar enquanto frequentava a escola. Cedo chegou o desafio de escolher entre viver da música ou continuar a estudar. Escolheu a música e foi crescendo no meio do Fado como uma das grandes vozes da nova geração.
No CCB apresenta o seu primeiro álbum, Casa de
Fado, distribuído por toda a Europa e que já levou a
fadista a atuar por palcos de todo o mundo.
Maria Emília was born in São Paulo, in Brazil. From a very early age, she began by accompanying her father, a guitarist who plays in the fado houses of her home town. At the CCB, she will be presenting her first album, Casa de Fado, which was distributed all across Europe and has already led to her singing fado on stages worldwide.
HÁ FADO NO CAIS
MARIA EMÍLIA
CASA DE FADO
9 OUT 2020
Sexta-feira 21h00 M/6 anos Pequeno Auditório Coprodução CCB/EGEAC-Museu do Fado Piano e direção artística Filipe Pinto-RibeiroClarinete Pascal Moraguès Violoncelo Adrian Brendel
PROGRAMA
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Trio para Piano, Clarinete e Violoncelo, op. 11,
Gassenhauer
Trio para Piano, Clarinete e Violoncelo, op. 38,
Grand Trio
Para celebrar os 250 anos do nascimento daquele que para muitos é considerado o maior compositor da História, o DSCH – Schostakovich Ensemble propõe o concerto BeethovenFest, no qual apresenta, em pré- -lançamento, o novo álbum dedicado a Beethoven e que inclui os seus dois Trios para Piano, Clarinete e Violoncelo, Opus 11 e 38.
O Trio op. 11 foi composto em 1798 e é apelidado de Gassenhauer devido ao seu andamento final ser um conjunto de variações sobre um tema muito popular da ópera de Joseph Weigl, L’amor marinaro («Gassenhauer» significa canção popular).
O Trio op. 38 foi composto entre 1802 e 1803 e é uma adaptação de Beethoven para piano, clarinete e violoncelo do seu famoso Septeto op. 20, uma obra- -prima cheia de otimismo e fantasia.
To celebrate the 250th anniversary of the birth of the man whom many consider to be the greatest composer in the History of Music, DSCH – Shostakovich Ensemble bring you the BeethovenFest concert, presenting their shortly to be released new album dedicated to Beethoven, which includes his two Trios for Piano, Clarinet and Cello, Opus 11 and 38.
MÚSICA
DSCH –
SCHOSTAKOVICH
ENSEMBLE
BEETHOVENFEST
8 OUT 2020
Quinta-feira 19h00 M/6 anos Pequeno AuditórioTEMPS D’IMAGES
MAURÍCIA | NEVES
anesthetize
9 A 11 OUT 2020
Sexta-feira a Domingo 19h00 (Sexta e domingo) 21h00 (Sábado) M/12 anos Black Box CoproduçãoCentro Cultural Vila Flor
Apoio ORG.I.A
Apoio a residências artísticas
Menu spaustuve/ Arts Printing House, O Espaço do Tempo
e Centro de Criação de Candoso Apoio à circulação Embaixada
de Portugal em Copenhaga Instituto Camões, Fundação Calouste Gulbenkian
e Fundação GDA
FOTO ©DR
Direção, coreografia, voz, cenografia e figurinos
Maurícia | Neves
Cocriação e interpretação
Beatriz Dias, Joana Castro e Greta Grineviciute
ou Angela Quintela Diaz Música original Daina Dieva Operação de som Diogo Melo
Design de luz Vera Martins
Aconselhamento artístico Joana Castro Vídeo e fotografia
João Catarino & Catherina Cardoso
anesthetize gera uma experiência perto do que
podemos considerar um estado de anestesia ou meditação. Tem uma atmosfera densa e imersiva, talvez devido à aparência similar das 3 performers, todas vestidas de preto, camufladas em frente a um cenário também ele preto. Através de ciclos repetitivos de movimentos e gestos, anesthetize transforma-se numa experiência ambígua e
misteriosa, não só como atmosfera, mas também em termos de género, no sentido em que não é claro se as 3 performers são mulheres ou homens. Pretende- -se com esta obra criar um universo imersivo que «hipnotize» o público, enquanto este entra numa espécie de vórtex do qual, a certo momento da peça, faz ricochete e é catapultado para outro local/estado. Maurícia | Neves
anesthetize generates an experience that comes close to what we might consider to be a state of anaesthesia or meditation. It has a dense and immersive atmosphere, perhaps due to the similar appearance of its three performers, all of whom are dressed in black, camouflaged in front of an equally black stage set. Through repetitive cycles of movements and gestures, anesthetize is transformed into an ambiguous and mysterious experience.
29
Soprano Ana Quintans
Direção musical Nuno Côrte-Real
PROGRAMA
Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847)
Sinfonia n.º 4, em Lá Maior, op. 90
Nuno Côrte-Real (1971) Todo o teatro é
um muro branco de música, op. 45
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Árias de Ópera:
Vedrai carino (Don Giovanni)
Una donna a quindici anni (Così fan tutte) Ach, ich fühl’s (A Flauta Mágica)
Lo perduta, me meschina (As Bodas de Fígaro) Venite, inginocchiatevi (As Bodas de Fígaro)
As cores e atmosferas italianas inspiraram compositores desde sempre. Mendelssohn, encantado com o país transalpino, começou a escrever a sua quarta Sinfonia, Italiana, como resposta a uma encomenda da London Philharmonic Society, imbuído das paisagens de Florença, Milão, Roma e Nápoles. A peça para piano concertante
Todo o teatro é um muro branco de música, de Nuno
Côrte-Real, remete-nos para o intersecionismo pessoano do poema Chuva Oblíqua, e guia-nos neste programa até uma seleção das mais famosas árias de Mozart, interpretadas pela soprano portuguesa mais internacional da sua geração, Ana Quintans, acompanhada pela Orquestra da Toscana na sua estreia em palcos portugueses.
MÚSICA
ORQUESTRA
DA TOSCANA
11 OUT 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/Temporada Darcos FOTO ©CRISTÓVÃOThe colours and atmospheres of Italy have always inspired composers. Mendelssohn began to write his fourth symphony, Italiana, imbued with the landscapes of Florence, Milan, Rome and Naples. We will also listen Nuno Côrte-Real’s piano concertante work Todo o teatro é um muro branco de música, and a selection of Mozart’s most famous arias, performed by Portuguese soprano Ana Quintans.
Flauta Anabela Malarranha
Direção musical Bruno Borralhinho
PROGRAMA
Joseph Haydn (1732-1809)
Sinfonia n.º 1, em Ré Maior, Hob.I:1
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Concerto n.º 2 para Flauta e Orquestra, em Ré Maior, Kv.314
Joseph Haydn
Sinfonia n.º 64, em Lá Maior, Hob.I:64
Tempora mutantur poderia ser o título deste
programa, que se inicia com a Sinfonia n.º 1 de Joseph Haydn, um dos fundadores da linguagem clássica. A obra, escrita em 1759, estrutura-se em três andamentos e maneja ainda o baixo-contínuo. Muito diferente é a Sinfonia n.º 64, já em quatro andamentos, terminada em 1775. O título foi
atribuído pelo próprio Haydn e baseia-se no epigrama:
Tempora mutantur, et nos mutamur in illis – «O Tempo muda, e nós com ele». Mozart legou-nos abundante
produção para solista e orquestra, e a sua criatividade neste domínio foi posta ao serviço de inúmeros instrumentos. O Concerto n.º 2 para Flauta é uma adaptação de um original Concerto para Oboé escrito para Giuseppe Ferlendis.
This programme begins with Symphony No. 1 by Joseph Haydn, written in 1759. Very different from this is his Symphony No. 64, which was completed in 1775. Mozart bequeathed to us an abundant production of music for soloists and orchestra and his creativity in this field was placed at the service of countless instruments. His Concerto No. 2 for Flute is an adaptation of an original Concerto for Oboe written for Giuseppe Ferlendis.
MÚSICA
ORQUESTRA
SINFÓNICA
PORTUGUESA
HAYDN & MOZART
25 OUT 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/OPART-Teatro Nacional de São Carlos32 33
Stereossauro, que juntamente com DJ Ride forma a dupla Beatbombers, apresenta o seu mais recente álbum, Bairro da Ponte, onde junta a tradição e a modernidade, num cruzamento entre o fado, guitarra portuguesa e a eletrónica, com vários convidados, do pop ao hip hop, do fado ao rock, nomeadamente Carlos do Carmo, Gisela João, DJ Ride, Slow J, Plutonio, Papillon, Camané, The Legendary Tigerman, Rui Reininho, Capicua, Ace, NBC, Holly, Nerve, Paulo de Carvalho, Dino D’Santiago, Razat, Ana Moura, Ricardo Gordo e Sr. Preto.
Stereossauro, who, together with DJ Ride, forms the duo Beatbombers, will be performing his most recent album, Bairro da Ponte, in which he combines tradition and modernity, in a crossover between fado, Portuguese guitar and electronics, with various guests, from the world of pop to hip hop, and from fado to rock.
OUTRAS MÚSICAS
STEREOSSAURO
30 OUT 2020
Sexta-feira 21h00 M/6 anos Pequeno AuditórioPiano Bruno Canino Viola Serena Canino
PROGRAMA
Domenico Scarlatti (1685-1757) 4 Sonatas: em Dó
Maior, K. 420; em Dó menor, K. 11; em Fá menor, K. 387; em Fá sustenido menor, K. 25
Muzio Clementi (1752-1832) Sonata em Si Bemol
Maior, op. 47, n.º 2
Nino Rota (1911-1979) Improviso para viola e
pianoforte
Bruno Canino (1935) Barcarola e scherzo
para viola e pianoforte
Giovanni Sollima (1962) In si (Matteo – Yes) Niccolò Castiglioni (1932-1996) Da peça
Como io passo l’estate: Arrivo a Ties; La fossa del lupo; La fontanella di Ganna; Canzone per il mio compleanno
Alfredo Casella (1883-1947) Sonatina
Bruno Canino nasceu em Nápoles e estudou no Conservatório de Milão, onde lecionou durante 24 anos. Como solista e pianista de câmara, tocou nas principais salas de concerto e festivais europeus. Foi diretor da Seção de Música da Bienal de Veneza de 1999 a 2002 e tem-se dedicado particularmente à música contemporânea. No CCB, apresentará, acompanhado da sua filha, Serena Canino, na viola, um programa totalmente focado em compositores italianos, que começa no início do século XVIII com as sonatas de Domenico Scarlatti e viaja até ao século XX, com Nino Rota, Giovanni Sollima, Niccolò Castiglioni ou Alfredo Casella.
Bruno Canino was born in Naples and studied at the Milan Conservatory, where he taught for 24 years. He was director of the Music Section of the Venice Biennale. At CCB, he will present, along with his daughter, Serena Canino (viola), a program totally focused on Italian composers.
MÚSICA
BRUNO
CANINO E
SERENA
CANINO
29 OUT 2020
Quinta-feira 19h00 M/6 anos Pequeno Auditório Apoio Instituto Italiano de Cultura de LisboaA partir do trabalho de pesquisa para o solo HIP.
A Pussy Point of View, a coreógrafa Piny propõe
um workshop cuja ideia é lidar com a liberdade ou trauma através dos movimentos pélvicos, aprender acerca de diferentes estilos de dança e suas origens e criar uma maior atenção acerca da relação entre cultura e dança, ritual e performance, antigo e moderno. A anca como arma, como centro de reflexão.
From the research work for the solo performance HIP. A Pussy Point of View, choreographer Piny proposes a workshop whose idea is to deal with freedom or trauma through pelvic movements, learn about different dance styles and their origins and create attention about the relationship between culture and dance, ritual and performance, old and modern.
PINY
WORKSHOP
HIP
31 OUT 2020
Sábado 10h00 Para amadores ou profissionais Duração: 3h Sala de Ensaio do Grande Auditório Conceito, coreografia, interpretação e zine PinySonoplastia Pedro Coquenão a.k.a. Batida Design de iluminação Carolina Caramelo Edição vídeo Maria Antunes
Figurinos Veronique Divine e Piny
Pesquisa de dança com Blaya, Louise L’ Amour,
Catarina Branco, Stella Capapelo, Carina Russo, Ariane Magri
Este solo é um quase manifesto. Cru, cheio de dúvida. É um combate, um discurso, um desfile, um
cabaret e um espaço sagrado. Não existe narrativa,
só um corpo de referências, como um sonho desorganizado numa noite sem descanso.
É acerca da anca. Da carne, da massa, do contentor. É um grito contido. Tudo sem geografia definida, a não ser a do corpo. O feminino e masculino de ser mulher num espaço social e político de poder e vulnerabilidade, na reivindicação de liberdade, diversão, prazer e dor. Piny
This solo is almost a manifest. Raw, full of questions. It is a combat, a speech, a parade, a cabaret and a sacred space. There is no narrative, only a body of references like a disorganized dream on a restless night. It’s a contained scream.
FESTIVAL
CUMPLICIDADES
PINY
HIP. A PUSSY
POINT OF VIEW
30 E 31 OUT 2020
Sexta-feira e Sábado 19h00 M/16 anos Black Box CoproduçãoTeatro Municipal do Porto DDD - Festival Dias da Dança
Residências artísticas
Teatro Municipal do Porto Teatro do Campo Alegre O Espaço do Tempo Estúdio Victor Córdon — residências artísticas
FOTO © JOAO PEIXOTO
37
Violino Ana Pereira Maestro Pedro Neves
PROGRAMA
Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847)
Concerto para Violino e Orquestra, em Mi menor, op. 64
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia n.º 5, em Dó menor, op. 67
Allegro molto appassionato (rápido com muita
paixão). Assim começa este programa, com um dos mais célebres concertos para violino e orquestra de toda a História da Música, o op. 64 de Mendelssohn. Cabe à violinista Ana Pereira «entoar» a melodia que todos reconhecemos de imediato. Logo de seguida, ouvir-se-á a Quinta Sinfonia de Beethoven. Para alguns trata-se de um chamamento do destino, para outros o princípio de uma caminhada inebriante que nos conduz de andamento em andamento até um final triunfante. Terminada em 1808, ao fim de quatro anos de maturação, esta composição tornou-se símbolo do romantismo musical, da ostentação da vontade individual e da idealização estética pura, intraduzível. Rui Campos Leitão
Allegro molto appassionato (fast and very passionately). This is how this programme begins, with one of the most famous concertos for violin and orchestra in the whole History of Music, Mendelssohn’s op. 64. Immediately afterwards, we will listen to Beethoven’s Fifth Symphony. This composition has become a symbol of musical romanticism, the ostentation of individual willpower and an untranslatable and pure aesthetic idealisation.
MÚSICA
ORQUESTRA
METROPOLITANA
DE LISBOA
SINFONIA
DO DESTINO
31 OUT 2020
Sábado 21h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/Metropolitana38
Direção artística Ricardo Vaz Trindade Dramaturgia Joana Bértholo, Keli Freitas,
Lígia Soares, Nuno Camarneiro, Rui Pina Coelho
Interpretação Cláudia Gaiolas, Ricardo Vaz Trindade Realização de vídeo João Vladimiro
Consultoria de vídeo Paulo Américo da Silva Música Luís Fernandes
Desenho de luz Cristóvão Cunha Espaço cénico Ricardo Vaz Trindade Produção executiva Maria Tsukamoto O século XXI é, mais do que qualquer outro,
abundante em imagens. No entanto, paradoxalmente, a nossa capacidade de interpretação iconográfica parece retrair-se perante o excesso de informação. Como podemos, hoje, ver claramente? Onde podemos exercer o olhar de forma impoluta?
O Que Veem As Nuvens é um espetáculo para uma
plateia deitada a olhar para cima, num mecanismo semelhante a um cinema vertical, com os corpos deliberadamente dispostos em posição de descanso, sono e sonho. Nas vozes de cinco dramaturgos encontram-se propostas para uma leitura do mundo a partir de um ponto de vista necessariamente holístico, de cima e de longe, onde os indivíduos só se distinguem pela sua sombra.
O Que Veem As Nuvens [What the Clouds See] is a show for an audience lying down and looking upwards, as if in a vertical cinema, with their bodies deliberately recumbent, in a position of rest, dream and sleep. In the voices of five dramatists, five proposals are made for interpreting the world from a necessarily holistic viewpoint, from above and faraway, where individuals are distinguished by their shadows.
TEMPS D’IMAGES
RICARDO VAZ
TRINDADE
O QUE VEEM
AS NUVENS
11 A 13 NOV 2020
Quarta a Sexta-feira 21h00 M/12 anosPalco do Grande Auditório Financiamento
República Portuguesa Direção-Geral das Artes
Apoios Temps d’Images,
Município de Torres Vedras, Município de Alcobaça,
Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro Nacional D. Maria II, Companhia Olga Roriz, Francisco Figueiredo Fotografia, Terratreme
Residência de coprodução
O Espaço do Tempo Em poucos anos, Mário Costa, baterista e
percussionista português, tornou-se um caso sério de sucesso no jazz internacional, atuando ao lado de músicos lendários como Michel Portal, Wynton Marsalis e Joachim Kühn, e pertencendo a formações tais como o quinteto da revelação do jazz europeu, Emile Parisien, ou o quarteto do saxofonista Andy Sheppard. Agora, o baterista prepara-se para apresentar o seu disco de estreia, Oxy Patina. Para este álbum, o músico reuniu um trio improvável, juntando dois nomes grandes da cena europeia: o guitarrista Marc Ducret e o pianista Benoît Delbecq. Neste concerto, irá juntar-se a Costa e Delbecq o conceituado contrabaixista Bruno Chevillon.
In just a few years, Mário Costa, a Portuguese drummer and percussionist, has become a tremendous success story in the world of international jazz, playing alongside such musical legends as Michel Portal, Wynton Marsalis and Joachim Kühn. Now, the drummer is preparing to present his debut album, Oxy Patina. At this concert, Costa will be joined by the pianist Benoît Delbecq and the double-bass player Bruno Chevillon. JAZZ
MÁRIO COSTA
OXY PATINA
31 OUT 2020
Sábado 21h00 M/6 anos Pequeno Auditório40 41
Piano Marta Menezes
Direção musical Joaquim Ribeiro
PROGRAMA
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Concerto para Piano e Orquestra n.º 5, em Mi bemol Maior, Imperador
Sinfonia n.º 6, em Fá Maior, op. 68, Pastoral Quando, em 1808, Beethoven estreou a sua 6.ª Sinfonia, perante um público totalmente assombrado, fê-lo assumindo uma nova postura, bem mais próxima do ideário romântico do que do clássico: o direito quase revolucionário a uma expressão musical individual. Já entre 1808 e 1811, compôs o seu último concerto para piano e orquestra, n.º 5, Imperador, no qual o piano se assume como o grande protagonista. Juntando à genialidade de Beethoven a sensibilidade interpretativa da pianista Marta Menezes e o rigor e eficácia a que o maestro Joaquim Ribeiro nos vem habituando na direção musical da orquestra Melleo Harmonia, estão reunidas as condições ideais para vivenciar um momento musical de máxima qualidade e emoção. Jenny Silvestre
Through the combination of Beethoven’s genius with the sensitive interpretation of pianist Marta Menezes and the rigorous efficiency of the conductor Joaquim Ribeiro, which we are accustomed to seeing in his musical direction of the Melleo Harmonia orchestra, the ideal conditions are created for experiencing a musical moment of great quality and emotion. MÚSICA
MELLEO
HARMONIA
BEETHOVEN 250
15 NOV 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande AuditórioTexto Mário de Sá-Carneiro
Adaptação, encenação, cenografia, figurinos e desenho de luz André Murraças
Com Luís Lucas, Marco Paiva e Francisco Goulão Produção executiva Diana Almeida
Gestão financeira Mónica Talina
A Confissão de Lúcio é uma novela decadente
de Mário de Sá-Carneiro. Conta a história de um triângulo – Lúcio, Marta, Ricardo. É uma história de amor, obsessão, loucura e suicídio. Um crime fantástico, sexual, anormal. Lúcio aproxima-se de Ricardo, casado com Marta que se aproxima de Lúcio. Ricardo é Lúcio numa projeção do autor. E Marta será a ponte entre eles. Mas será ela real? E quem morre no fim?
Uma inusitada incursão pela mente humana, entre a Lisboa dos cafés literários e a Paris boémia. Hoje continua a ser relevante o tratamento que faz de temas como o género, a sexualidade e a arte. André Murraças
A Confissão de Lúcio [Lúcio’s Confession] is a decadent novella written by Mário de Sá-Carneiro. It tells the story of a triangle – Lúcio, Marta and Ricardo. It is a story of love, obsession, madness and suicide. A fantastic, sexual and abnormal crime. An unusual incursion into the human mind, between the Lisbon of the literary cafés and the bohemian Paris. The treatment that this story makes of such themes as gender, sexuality and art is still highly relevant today.
TEATRO
ANDRÉ
MURRAÇAS
A CONFISSÃO
DE LÚCIO
12 A 15 NOV 2020
Quinta-feira a Domingo 21h00 (Quinta, sexta e sábado) e 16h00 (Domingo)M/12 anos Black Box Produção
42
Camané volta ao Centro Cultural de Belém, apresentando uma retrospetiva da sua carreira com algumas novidades e convidados. Acompanhado pelo seu trio habitual – José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Paulo Paz no contrabaixo – convida também o seu amigo e acima de tudo grande músico Mário Laginha, com quem partilhou os palcos nos últimos dois anos, para este reencontro com o CCB.
Backed by his customary trio – José Manuel Neto on Portuguese guitar, Carlos Manuel Proença on guitar and Paulo Paz on double-bass – Camané has also invited his friend, and above all great musician, Mário Laginha, with whom he has shared the stage on several occasions over the last two years, to join him in this re-encounter with the CCB.
HÁ FADO NO CAIS
CAMANÉ
20 NOV 2020
Sexta-feira 21h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/EGEAC-Museu do Fado45
Texto e Encenação Guilherme Gomes Com a colaboração de Sílvio Vieira
Interpretação Catarina Luis, Mauro Hermínio,
Rita Cabaço
Cenografia Ângela Rocha Desenho de luz Rui Seabra
Espectadora infiltrada Filipa Godinho (socióloga) Escultura para cartaz Liliana Velho
Em invocação ao meu corpo, um Bobo assiste ao espetáculo do mundo: dois soldados discutem a natureza do ser humano no rescaldo da Batalha de Aqaba, pondo em causa valores e tradições e levantando o pano sobre o conflito entre razão e paixão. No seguimento de lamento de ĉiela (2019),
invocação ao meu corpo é ainda uma tentativa de
compreender o conceito de anomia, criado por Émile Durkheim para designar o momento em que assistimos a uma ausência de valores que guiem a sociedade.
Following on from lamento de ĉiela (2019), invocação ao meu corpo [invocation to my body] is also an attempt to understand the concept of anomie, created by Émile Durkheim to describe the moment when we become aware of an absence of values that can guide our society.
TEATRO
TEATRO
DA CIDADE
invocação
ao meu corpo
20 A 23 NOV 2020
Sexta a Segunda-feira21h00 (Sexta, sábado e segunda) 16h00 (Domingo)
Black Box Coprodução
CCB/Teatro da cidade
Apoios
Fundação Calouste Gulbenkian VISEU CULTURA – Município de Viseu (através do projeto CRETA – laboratório de criação teatral), IPDJ Viseu, CAL –Primeiros Sintomas
DANÇA
MIGUEL FILIPE
BO(U)CHECHA
20 E 21 NOV 2020
Sexta-feira e Sábado 19h00 Pequeno Auditório FOTO ©AARON BLCriação Miguel Filipe
Intérpretes Eva Aubigny, Miguel Filipe e
Océane Crouzier
Figurinos Miguel Filipe
Desenho de luz e direção de cena André Calado Sonoplastia Miguel Filipe e Tiago Cerqueira Desenho de som Tiago Cerqueira
Voz off Valentim Filipe
Assistência à dramaturgia Jean Geoffroy Música de Bruno Mantovani, Iánnis Xenákis,
Miguel Filipe e Unsuk Chin
Residências Conservatoire National Supérieur de
Musique et Danse de Lyon (CNSMD)
Agradecimentos Miguel Nogueira, Aaron BL,
Ricardo Filipe
Miguel Filipe apresenta a sua primeira peça multidisciplinar tendo como linha de pensamento a pesquisa sobre o ato de sonhar. Por poder ser tudo, o sonho cria a imprevisibilidade de um zapping de imagens e figuras, uma dualidade entre o humor e a seriedade, entre o saber e o esquecer, entre o elegante e o sujo, entre o fantasioso e o cru. Uma alternância entre a sensualidade e a loucura, a agressividade e a calma, entre a sedução e a rejeição. Bo(u)checha é um espetáculo musical/coreográfico para três performers, no qual coabitam música, movimento e vídeo; mantendo como base a música para percussão solo contemporânea, procurando explorar outros territórios.
Miguel Filipe presents his first multidisciplinary show with research on the act of dreaming as his line of thought. Bo(u)checha is a musical/choreographic show for three performers, in which music, movement, and video coexist; keeping music for contemporary solo percussion as a base, seeking to explore other territories.
48 49
Piano António Rosado 1
Maestro Adrian Leaper
PROGRAMA
Maurice Ravel (1875-1937)
Concerto para Piano e Orquestra, em Sol Maior
Nikolay Rimsky-Korsakov (1844-1908)
Scheherazade, op. 35
A OML e o maestro Adrian Leaper juntam neste programa dois grandes mestres da História
da Música. Rimsky-Korsakov e Ravel tinham ambos o condão de conseguir criar efeitos sonoros de tal forma eficazes que nos levam a não reparar sequer no modo como são produzidos diante dos nossos olhos. É bom exemplo disso Scheherazade, onde o mistério da música irradia por imaginários que consomem as palavras dos livros e a paleta das cores. Antes disso, o pianista António Rosado interpreta o célebre Concerto em Sol Maior. Reconhecem-se aí as harmonias do blues, os ritmos sincopados do jazz e, sobretudo, o fascínio pelo Novo Mundo.
Rui Campos Leitão
In this programme, the Lisbon Metropolitana Orchestra and conductor Adrian Leaper bring together two great masters from the History of Music. Rimsky-Korsakov and Ravel both had the gift of managing to create sound effects which are so effective that they cause us not to even notice how they are produced before our eyes. Examples of this are Rimsky- -Korsakov’s Scheherazade and Ravel’s Piano Concerto in G Major.
1 Artista Associado da Temporada de Música da Metropolitana 2020/2021
MÚSICA
ORQUESTRA
METROPOLITANA
DE LISBOA
SCHEHERAZADE
22 NOV 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/Metropolitana50
Encenação João Botelho
Com Camané, Ricardo Ribeiro, Mário Laginha,
Luz Casal, Gaspar Varela, Trio de Fado (José Manuel Neto, José Carlos Proença
e Paulo Paz), entre outros.
Amália: «pancada alta, braço peludo, pelo na venta, lume no olho, era o que se dizia da mítica Severa. Eu não era nada assim!» E nunca foi. «Exprimir a Alma Nacional, eu? Eu só exprimo a minha Alma.» Das ruas estreitas aos grandes palcos para seduzir o mundo inteiro. O preto e os olhos fechados, para que se ouvisse aquela Voz. Emoção pura. Fados tradicionais, cantora ibérica, mezzo-soprano e actriz dramática. Grandes poetas. Ela própria, Homem de Mello, Mourão Ferreira, Alegre, O’Neill, Camões. E os filhos que ela deixou! Alguns deles estarão aqui hoje para prolongar «a universalidade do seu grito e do seu sorriso».
O CCB convidou-me para organizar as luzes e as sombras deste espectáculo. Era o que faltava eu dizer não. João Botelho 1
Regarding the anniversary of the consecration of Fado as Intangible Cultural Heritage of Humanity (UNESCO), the Centro Cultural de Belém presents a unique tribute concert to Amália Rodrigues, staged by filmmaker João Botelho.
1 O autor escreve segundo a antiga ortografia
HÁ FADO NO CAIS
AMÁLIA |
A VOZ MAIOR
DO QUE O FADO
CENTENÁRIO
AMÁLIA RODRIGUES
26 E 27 NOV 2020
Quinta e Sexta-feira 21h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/EGEAC-Museu do FadoFOTO GENTILMENTE CEDIDA PELA EGEAC-MUSEU DO FADO
52
Maestrina Joana Carneiro
PROGRAMA
Gustav Mahler (1860-1911)
Sinfonia n.º 6 (versão de câmara)
Alban Berg terá escrito uma carta a Anton Webern, em 1908, na qual declarava que a Sexta Sinfonia de Mahler «era a única Sexta, apesar da Pastoral». Composta entre 1903 e 1904, pouco depois do seu casamento com Alma Schindler e durante o nascimento da sua segunda filha, a Sinfonia foi estreada a 27 de maio de 1906, em Essen, tendo o próprio compositor dirigido a orquestra. Como escreveu o professor Paulo Pereira de Assis, «a Sexta Sinfonia de Mahler expressa a luta do Homem contra a matéria, a tentativa de afirmar a capacidade
individual da vontade humana contra a violenta inevitabilidade do destino».
Alban Berg wrote a letter to Anton Webern, in 1908, in which he stated that Mahler’s Sixth Symphony «was the only Sixth, despite the Pastoral.» Composed between 1903 and 1904, shortly after his marriage to Alma Schindler and during the birth of his second daughter, the Symphony was premièred on 27 May, 1906, in Essen, with the composer himself conducting the orchestra.
MÚSICA
ORQUESTRA
SINFÓNICA
PORTUGUESA
SEXTA DE MAHLER
(VERSÃO DE CÂMARA)29 NOV 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/OPART-Teatro Nacional de São Carlos Conceito Flora DétrazIntérpretes Mathilde Bonicel, Yaw Tembe,
Flora Détraz
Cenografia e desenho de luz Arthur Gueydan Desenho de som Guillaume Vesin
Figurinos Clara Ognibene Olhar externo Agnès Potié
Glottis acontece no interior de uma glote ou no
fim perdido de uma gruta, em tempos ancestrais, na pré-história ou em tempos futuros, depois da história. Três figuras — pessoas que veem de olhos fechados, xamãs em hipnose, ou simples sonâmbulas — entregam-se a práticas misteriosas. Numa espécie de concerto dançado, perturbadoramente parecido a uma profecia fantástica, conversam com forças invisíveis. Mergulho onírico nos meandros da magia e do inconsciente, Glottis faz a apologia do oculto.
Glottis takes place within a glottis or in the depths of a grotto, in ancestral times, in prehistory, or in the future, after the end of history. Three characters — blind visionaries, mesmerized shamans, or perhaps just sleepwalkers — indulge in mysterious practices. They engage with all sorts of invisible forces, in a danced concert that strangely resembles a fantastic prophecy. Glottis celebrates the occult, in an oneiric plunge into magic and the subconscious.
ALKANTARA FESTIVAL
FLORA DÉTRAZ
GLOTTIS
28 E 29 NOV 2020
Sábado e Domingo 19h00 (Sábado) 16h00 (Domingo) Black Box Produção PLI Coprodução Alkantara, Le Gymnase-CDCN, Scène nationale 61,Le Phare – Centre chorégraphique national du Havre Normandie – direction Emmanuelle Vo-Dinh, Pact-Zollverein,
December Dance & Danz in Brugge, Théâtre Cinéma de Choisy-Le-Roi, Espaces Pluriels, La Briqueterie CDCN,
Theater Freiburg
Residências artísticas
O Espaço do Tempo, Teatro Municipal do Porto
Financiado por Région Normandie,
DRAC Normandie, Département de l’Orne
Com o apoio especial e sustentado de Centre Chorégraphique
National de Caen Normandie
54
verdade que é uma constante nas suas interpretações. Em palco estará uma das duplas mais talentosas e singulares nesta arte, Paulo Parreira na guitarra portuguesa e Rogério Ferreira na viola, seguindo a voz de Aldina Duarte com uma cumplicidade absoluta.
and Rogério Ferreira on guitar, accompanying the voice of Aldina Duarte with a sense of absolute complicity.
Aldina Duarte apresenta o seu mais recente
disco, Roubados. Tal como acontece no disco, Aldina cria as suas novas versões a partir de originais por si «roubados» que diz serem insuperáveis; arrisca e ousa todas as alterações de modo a trazê-los para a singular autenticidade fadista, numa busca de
HÁ FADO NO CAIS
ALDINA DUARTE
3 DEZ 2020
Quinta-feira 21h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/EGEAC-Museu do FadoFOTO ©ALFREDO CUNHA
Aldina Duarte presents her most recent album, Roubados. Joining her on stage will be one of the most talented and unique duos in this art, Paulo Parreira on Portuguese guitar
56 57
Um espetáculo de Mário Coelho
com Ana Valente, Ana Valentim, Anabela
Ribeiro, Bárbara Bruno, Carolina Dominguez, Cleo Tavares, Filipe Baptista, Manuel Abrantes, Mariana Pacheco de Medeiros, Mário Coelho, Pedro Baptista e Rita Rocha Silva
Desenho de luz Manuel Abrantes
Desenho de som e espaço sonoro Filipe Baptista Vídeo Filipe Baptista, Mário Coelho
e Pedro Baptista
Fotografias Alípio Padilha
2030. O teatro morreu. Mas... Surge uma solução! Com a finalidade de encenar um espetáculo de cariz biográfico (encenação de momentos chave da sua vida i.e. momentos de um passado verídico e de um futuro imaginário – embora essa linha seja sempre difusa) dois irmãos abrem uma audição
online à procura de intérpretes que possam cumprir
os requisitos necessários para o projeto em questão. Após a fase inicial, de procura de atores, segue-se o primeiro dia de ensaios.
2030. The theater has died. But... a solution appears! To stage a biographical performance (staging key moments in their lives, moments of a real past, and an imaginary future – although this line is always diffuse), two siblings open an online audition in search of performers who can fulfill the requirements for the project in question. After the initial phase of searching for actors, the first day of rehearsals follows.
TEATRO
MÁRIO COELHO
FUCK ME GENTLY!
3 A 6 DEZ 2020
Quinta-feira a Domingo 19h00 (Quinta, sexta e domingo) 21h00 (Sábado)Black Box
Direção Pedro Carneiro Encenação Teresa Simas
PROGRAMA
Charles Ives (1874-1954) The Unanswered Question John Cage (1912-1992) 44 Harmonies From
Apartment House 1776 (excertos)
Heinrich Biber (1644-1704) Battalia à 10 Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) Serenata
para Cordas, op. 48
A partir de duas obras extraordinárias e contrastantes — a Serenata de Tchaikovsky e a Battalia de Biber — a Orquestra de Câmara Portuguesa mergulha no universo intimista de Charles Ives e John Cage, num concerto encenado por Teresa Simas. Serenata. Sereno. Uma pergunta sem resposta: a obra misteriosa de Charles Ives (1874-1954), uma tapeçaria cósmica em forma de som. Serenar. Uma série de harmonias, música reconstruída por John Cage (1912-1992) a partir de hinos de compositores contemporâneos da Revolução Americana de 1776. Claro. Limpo. Heinrich Biber descreve vários quadros em mote surrealista, numa explosão de cor, ímpeto, criatividade e imaginação. Pacificar, tranquilizar. Com a sua imaginação arrebatadora, Tchaikovsky encerra as páginas da sua serenata com uma reminiscência do seu início — lembramo-nos da obra mistério de Charles Ives: uma resposta ao ruído incessante criado pela humanidade, o silêncio? Pedro Carneiro
Based on two extraordinary and contrasting works - -Tchaikovsky’s Serenade and Biber’s Battalia - the Portuguese Chamber Orchestra delves into the intimate universe of Charles Ives and John Cage, in a concert staged by Teresa Simas.
MÚSICA
ORQUESTRA
DE CÂMARA
PORTUGUESA
SERENATA
6 DEZ 2020
Domingo 17h00 M/6 Anos Pequeno Auditório58
Durante três dias a Black Box do CCB será palco para um double bill: duas coreógrafas apresentam duas coreografias.
Marta Reis Jardim apresenta TravessiaS. «Debater-se consigo no mundo» é o mote para a travessia de uma mulher nua em si. Que procura. Que se procura. Uma mulher que está só e é polvo. Ela é tudo e tudo é parte dela. Uma mulher que se revela, desdobrando-se em múltiplas linguagens e, pondo a descoberto facetas, estados e emoções. Baralha-as e combina-as, numa tentativa incessante de se perceber. Joga com as suas perspetivas como se joga a vida.
Diana Niepce apresenta Dueto. Aqui, o corpo expõe-se na crueza de existir a partir do nada, e assim surgir o tudo. Perde-se na incompreensão transparente da sua fragilidade e subverte este significado na provocação pervertida da diferença. A dança que emerge da deformação íntima do estado do corpo observado.
For three days, CCB’ s Black Box will be the stage for a double bill: two choreographers present two choreographies. Marta Reis Jardim will present TravessiaS, and Diana Niepce will present the choreography Duet.
DANÇA
MARTA REIS
JARDIM
TravessiaS
DIANA
NIEPCE
DUETO
11 A 13 DEZ 2020
Sexta-feira a Domingo 21h00 (Sexta-feira) 19h00 (Sábado e Domingo) Black Box61
Saxofone João Pedro Silva Maestro Sylvain Gasançon
PROGRAMA
George Gershwin (1898-1937)
Suíte da ópera Porgy and Bess (Catfish Row)
Luís Tinoco (1969) Concerto para Saxofone e
Orquestra (estreia absoluta)
George Gershwin Um Americano em Paris
O nome de George Gershwin lembra de imediato os musicais da Broadway, mas também a aproximação entre os géneros popular e erudito que permite à sua música fluir com igual à-vontade nos palcos de teatro, nas telas de cinema e nas salas de concerto. Demonstra-o bem o poema sinfónico orquestral
Um Americano em Paris, esse mesmo que Vincente
Minnelli celebrizou no filme homónimo protagonizado por Gene Kelly. Já da ópera Porgy
and Bess, de 1935, conhecemos sobretudo a canção Summertime. Em cena, a música acompanha a
representação de uma tragédia amorosa que retrata as comunidades negras do sul dos EUA há um século – o próprio compositor a «resumiu» na suíte orquestral Catfish Row. Neste programa, destaca-se ainda a estreia de um concerto que enreda as sonoridades inconfundíveis do saxofone e da música de Luís Tinoco. Rui Campos Leitão
The name of George Gershwin immediately brings to mind the Broadway musicals, but also the combination of the popular and erudite genres that allowed his music to flow just as easily on the stages of theatres and concert halls as on the cinema screens. This concert includes the orchestral suite Catfish Row, from the opera Porgy and Bess, and the symphonic poem An American in Paris. This program also includes the world première of a concerto written by Luís Tinoco.
MÚSICA
ORQUESTRA
METROPOLITANA
DE LISBOA
UM AMERICANO
EM PARIS
13 DEZ 2020
Domingo 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/Metropolitana Todas as canções nascem de uma vontade profundade fazer música e poesia. Coração na Boca, o novo trabalho de Marta Hugon nasce dessa vontade, mas é ao mesmo tempo uma espécie de renascimento musical. Cantando exclusivamente em português, a cantora revela a sua verdadeira voz e dá corpo a palavras suas e de autores como José Eduardo Agualusa, Afonso Cabral ou Nádia Schilling. O novo repertório de Marta Hugon, que será apresentado neste concerto, tem produção e arranjos de Luís Figueiredo, e conta com a colaboração de compositores tão diversos como Mário Laginha, Sara Tavares, Joana Espadinha, Maria Villanueva e Francisca Cortesão. Trata-se de uma viagem emocional pela língua portuguesa onde a música procura um lugar para além dos rótulos.
All songs are born from a profound desire to make music and poetry. Coração na Boca, the new work by Marta Hugon is born from this same desire, but it is, at the same time, a kind of musical rebirth. Singing exclusively in Portuguese, Marta reveals her true voice and gives substance to her own words and those of authors such as José Eduardo Agualusa, Afonso Cabral and Nádia Schilling.
JAZZ
MARTA HUGON
CORAÇÃO NA BOCA
12 DEZ 2020
Sábado 21h00 M/6 anos Pequeno Auditório64
Camerata Alma Mater
Solistas do Sond’Ar-te Electric Ensemble
Clarinete Nuno Pinto Violoncelo Filipe Quaresma Piano Elsa Silva
Direção musical Pedro Neves
PROGRAMA
Miguel Azguime (1960) ConCordas Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Trio em Si bemol Maior, op. 11, para Clarinete Violoncelo e Piano
Miguel Azguime Triplo Concerto para Clarinete,
Violoncelo, Piano e Orquestra de Cordas (Encomenda CCB)
Concerto que reúne, de Beethoven, o Trio em Si bemol Maior, op. 11 para Clarinete, Violoncelo e Piano; e de Miguel Azguime, ConCordas para Orquestra de Cordas e a estreia absoluta do
Triplo Concerto para Clarinete, Violoncelo, Piano
e Orquestra de Cordas; encomenda do CCB. Este Triplo Concerto é uma homenagem direta a Beethoven no ano do seu 250.º aniversário. Para Azguime, o compositor alemão representa uma influência maior: pela individualidade artística que ostenta, pela liberdade criativa e independência que afirma, pelo virtuosismo e exigência que tocar a sua música implica, pela inovação e o inesperado que provoca. Este concerto reúne dois ensembles de excelência: A Camerata Alma Mater e os solistas do Sond’Ar-te Electric Ensemble, sob a direção de Pedro Neves.
A concert that brings together Beethoven’s Trio in B Flat Major, op. 11, for clarinet, cello and piano, Miguel Azguime’s ConCordas for string orchestra and the world première of the Triple Concerto for clarinet, cello, piano and string orchestra, commissioned by the CCB. This Triple Concerto is a direct homage to Beethoven in the year of the 250th anniversary of his birth.
MÚSICA
CAMERATA
ALMA MATER
E SOLISTAS DO
SOND’AR-TE
ELECTRIC
ENSEMBLE
UTOPIA
15 DEZ 2020
Terça-feira 21h00 M/6 anos Pequeno AuditórioDireção artística, conceito e coreografia
Daniel Cardoso
Coreógrafa Convidada Xie Xin Bailarinos Quorum Ballet Dramaturgia Pedro Alves Música Igor Stravinsky Música original Jorge Silva
Ballet Master Rui Reis e Kim Potthoff
Desenho de Luz Rui Daniel e Daniel Cardoso Espaço cénico Hugo F. Matos e Daniel Cardoso Figurinos Li Kun e Maria Monte
Vídeo Ricardo Reis
Equipa Técnica Rui Daniel e Marco Dias Produção Raquel Vieira de Almeida
Relações públicas Maria Dolores Espírito Santo Direção Financeira Cristina Bernardino
Em consonância com a antiga tradição portuguesa de viajar ao redor do mundo, o Quorum Ballet foi viajar à China e trouxe os seus «baús» cheios de referências, influências, expectativas, conhecimento e história. Esta peça revela a encruzilhada das nossas histórias e dos artistas chineses com quem nos encontrámos e trabalhámos.
O nosso espetáculo, tal como a produção original do Ballet Russes, busca romper com a tradição – sendo a tradição aqui a peça musical de Stravinsky e a coreografia de Nijinsky. A peça é uma viagem inspirada na cultura chinesa através de um olhar ocidental. A principal inspiração para esta criação vem do Exército de Terracotta de Qin Shi Huang.
Quorum Ballet’s performance, like the original Ballet Russes production, seeks to break with tradition - being the tradition Stravinsky’s music piece and Nijinsky’s choreography. The Rite Of Spring is the territory where Portugal and China, Portuguese and Chinese artists, meet, in a choral performance in which the final part of the performance takes key inspiration from the Qin Shi Huang’s Terracotta Army.
DANÇA
QUORUM
BALLET
A SAGRAÇÃO
DA PRIMAVERA |
MADE IN CHINA
18 DEZ 2020
Sexta-feira 21h00 M/6 anos Grande Auditório 6568 69
Maestro Sebastian Perłowski
O Concerto de Ano Novo da Metropolitana é um precioso ramalhete de joias orquestrais que enfeitiçam. Mas quem já assistiu sabe bem que se trata de muito mais do que isso. O estonteio das valsas convoca purificações rituais que recuperaram sentido nas cambalhotas do nosso tempo.
A animosidade das marchas enaltece conquistas e conforta a inquietude das dificuldades. O ponteio das polcas expulsa mais agouros e vulnerabilidades, incentiva atitudes determinadas que conduzem à mudança. Um dos compromissos que se propõe aqui celebrar é, precisamente, o da Música, cujo valor se calcula todos os dias na escuta de cada um de nós. Rui Campos Leitão
The Metropolitana’s New Year’s Concert is always a precious collection of spell-binding jewels. But anyone who has already attended the event knows full well that it is much more than this. One of the undertakings made here is precisely that of celebrating Music, whose value can be calculated every day in the listening habits of each one of us.
MÚSICA
ORQUESTRA
METROPOLITANA
DE LISBOA
CONCERTO DE
ANO NOVO: VALSAS,
MARCHAS, POLCAS E
OUTROS SORTILÉGIOS
MUSICAIS
1 JAN 2021
Sexta-feira 11h30 e 17h00 M/6 anos Grande Auditório Coprodução CCB/Metropolitana Maestrina Joana CarneiroPROGRAMA
Richard Wagner (1813-1883)
Idílio de Siegfried (versão de câmara)
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia n.º 3, em Mi bemol Maior, op. 55,
Heroica
Precisamente 150 anos depois da sua estreia, na madrugada de 25 de dezembro de 1870, a Orquestra Sinfónica Portuguesa interpreta no Concerto de Natal do CCB o poema sinfónico Idílio de Siegfried, que Wagner compôs após o nascimento do seu filho Siegfried, em 1869. O programa conta ainda com a 3.ª Sinfonia de Beethoven, composta entre 1803 e 1804, tendo sido originalmente dedicada a Napoleão Bonaparte. No entanto, o compositor sentiu-se traído quando Napoleão se coroou imperador, tendo rasgado a página da dedicatória e substituído por outra que dizia: «Sinfonia Heroica, composta para celebrar a memória de um grande homem.»
Precisely 150 years after its première early in the morning of 25 December 1870, the Portuguese Symphony Orchestra will play the CCB’s Christmas Concert by performing the symphonic poem The Siegfried Idyll. The programme will also include Beethoven’s Third Symphony, composed between 1803 and 1804, and originally dedicated to Napoleon Bonaparte.
MÚSICA