• Nenhum resultado encontrado

USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL E ATA NOTARIAL. Arthur Del Guércio Neto

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL E ATA NOTARIAL. Arthur Del Guércio Neto"

Copied!
50
0
0

Texto

(1)

USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL

E

ATA NOTARIAL

(2)

“Ata notarial é o instrumento público pelo

qual o tabelião, ou preposto autorizado, a

pedido de pessoa interessada, constata

fielmente os fatos, as coisas, pessoas ou

situações para comprovar a existência ou o

seu estado” (Paulo Roberto Gaiger Ferreira

e Felipe Leonardo Rodrigues)

(3)

Art. 364, CPC. O documento público faz prova não

só da sua formação, mas também dos fatos que o

escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar que

ocorreram em sua presença.

Art. 384, Novo CPC. A existência e o modo de

existir de algum fato podem ser atestados ou

documentados, a requerimento do interessado,

mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único.

Dados representados por

imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos

poderão constar da ata notarial.

(4)

Lei Federal n° 8.935 – Lei dos Notários e

Registradores

Art. 6º Aos notários compete:

III - autenticar fatos.

Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com

exclusividade:

(5)

ATA ESCRITURA

Assessoria Notarial Assessoria Notarial Imparcialidade Imparcialidade

Fatos Jurídicos Atos e Negócios Jurídicos Autenticatória Constitutiva

O Tabelião é o autor As partes não atuam

O Tabelião é o autor, descrevendo a ação negocial das partes

Registro de fatos para proteção de direitos

Relação jurídica Desistência da assinatura da parte: o ato

pode ser completado, a critério do tabelião

Desistência da assinatura da parte: o ato fica incompleto. O tabelião não pode completá-lo

Sem juízo de valor ou opinião sobre os fatos, mas com cautela legal

Juízo de valor sobre a legalidade Descrever fatos que contenham ilícito:

pode

(6)

137. Ata notarial é a narração objetiva, fiel e

detalhada de fatos jurídicos presenciados ou

verificados pessoalmente pelo Tabelião de

Notas.

137.1 A ata notarial é documento dotado de

fé pública.

137.2 A ata notarial será lavrada no livro de

notas.

(7)

138. A ata notarial conterá:

a) local, data, hora de sua lavratura e, se diversa,

a hora em que os fatos foram presenciados ou

verificados pelo Tabelião de Notas;

b) nome e qualificação do solicitante;

c) narração circunstanciada dos fatos;

d) declaração de haver sido lida ao solicitante e,

sendo o caso, às testemunhas;

e) assinatura e sinal público do Tabelião de

Notas.

(8)

139. A ata notarial poderá:

a) conter a assinatura do solicitante e de eventuais testemunhas;

b) ser redigida em locais, datas e horas diferentes, na medida em que os fatos se sucedam, com descrição fiel do presenciado e verificado, e respeito à ordem cronológica dos acontecimentos e à circunscrição territorial do Tabelião de Notas;

c) conter relatórios ou laudos técnicos de profissionais ou peritos, que serão qualificados e, quando presentes, assinarão o ato;

d) conter imagens e documentos em cores, podendo ser impressos ou arquivados em classificador próprio.

(9)

2ª VARA DE REGISTROS PÚBLICOS

Tabelionato de Notas – Consulta – Ata Notarial –

Obrigatoriedade da participação do solicitante –

Lavrada a ata, observância do item 52.2, do

Capítulo XIV, das Normas da Corregedoria Geral

da Justiça – Cobrança de 1/3 das custas devidas,

estando a ata lavrada o solicitante não

comparecer – Fica a critério do tabelião eleger o

prazo entre a constatação e a lavratura da ata,

adotado

os

critérios

de

razoabilidade

e

proporcionalidade diante do caso concreto.

(10)

A assinatura do solicitante não configura requisito

essencial da ata notarial ante a ausência de previsão

no rol taxativo (item 138, Subseção IX, Seção II,

Capítulo XIV, das Normas da Corregedoria Geral da

Justiça), mas sim requisito facultativo, nos termos do

item 139, Subseção IX, Seção II, Capítulo XIV, das

Normas

da

Corregedoria

Geral

da

Justiça.

Noutra quadra, é imprescindível que a ata notarial

contenha “declaração de haver sido lida ao

solicitante e, sendo o caso, às testemunhas”, na

forma do item 138, “d”, Subseção IX, Seção II,

Capítulo XIV, das Normas da Corregedoria Geral da

Justiça; portanto, impossível a lavratura do ato sem

a

participação

de

quem

a

requereu.

(11)

No tocante ao prazo para o comparecimento do solicitante

na serventia após o encerramento das diligências, por

aplicação analógica e sistemática das normas

administrativas, cabe utilizar o prazo previsto no item 52.2, Subseção II, Seção IV, Capítulo XIV, das Normas da Corregedoria Geral da Justiça, referente às escrituras públicas, qual seja, 30 (trinta) dias da lavratura do ato, adequando-se.

Na ausência de comparecimento, o ato deverá ser encerrado como incompleto, consoante regramento geral incidente.

Por fim, o prazo para lavratura do ato após o encerramento da diligência deverá ser o mínimo possível consoante critérios de razoabilidade e proporcionalidade aplicados ao caso concreto pelo paradigma da prudência notarial, sem possibilidade de interferência ou desistência da parte do solicitante.

(12)

140. O Tabelião de Notas deve recusar a

prática do ato, se o solicitante atuar ou

pedir-lhe que aja contra a moral, a ética, os

costumes e a lei.

140.1. É possível lavrar ata notarial

quando o objeto narrado constitua fato

ilícito.

(13)

Casos práticos:

-

internet e e-mail

- telefone celular

- estado de imóveis

- vistoria

(14)

Art. 1.071, Novo CPC. O Capítulo III do Título V da

Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de

Registros Públicos), passa a vigorar acrescida do

seguinte art. 216-A:

Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é

admitido

o

pedido

de

reconhecimento

extrajudicial de usucapião, que será processado

diretamente perante o cartório do registro de

imóveis da comarca em que estiver situado o

imóvel

usucapiendo,

a

requerimento

do

interessado, representado por advogado, instruído

com:

(15)

Provimento 65 do CNJ

Art. 2º Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial da usucapião formulado pelo requerente – representado por advogado ou por defensor público, nos termos do disposto no art. 216-A da LRP –, que será processado diretamente no ofício de registro de imóveis da circunscrição em que estiver localizado o imóvel usucapiendo ou a maior parte dele.

§ 1º O procedimento de que trata o caput poderá abranger a propriedade e demais direitos reais passíveis da usucapião.

§ 4º Não se admitirá o reconhecimento extrajudicial da usucapião de bens públicos, nos termos da lei.

(16)

2VRP Processo 1097955-15.2017.8.26.0100

Estribada na especialidade que detém sobre a análise do instituto da usucapião, esta Juíza antevê que a inovação trazida pela Lei 13.465/17 permitirá ao interessado que obtenha um resultado mais célere, de forma ágil e racionalizada, no procedimento de usucapião extrajudicial. Feitos esses breves esclarecimentos, no intuito de se conferir concretude à aclamada desjudicialização da usucapião, faculta-se à parte autora que manifeste se tem interesse em optar pela via administrativa, em dez dias.

(17)

Antes da Lei Nº 13.465 Depois da Lei Nº 13.465 I - ata notarial lavrada pelo tabelião,

atestando o tempo de posse do

requerente e seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias;

I - ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e de seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias, aplicando-se o disposto no art. 384 da Lei no 13.105, de 16

de março de 2015 (Código de Processo

Civil);

II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado,

com prova de anotação de

responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes;

II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes;

(18)

§ 2oSe a planta não contiver a assinatura

de qualquer um dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, esse será notificado pelo registrador competente, pessoalmente ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestar seu consentimento expresso em 15 (quinze) dias, interpretado o seu silêncio como discordância.

§ 2oSe a planta não contiver a assinatura

de qualquer um dos titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes, o titular será notificado pelo registrador competente, pessoalmente ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestar consentimento expresso em quinze dias, interpretado o silêncio como concordância.

§ 6o Transcorrido o prazo de que trata o §

4o deste artigo, sem pendência de

diligências na forma do § 5o deste artigo

e achando-se em ordem a documentação, com inclusão da concordância expressa dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, o oficial de registro de imóveis registrará a aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo permitida a abertura de matrícula, se for o caso.

§ 6o Transcorrido o prazo de que trata o § 4o deste artigo, sem pendência de diligências na forma do § 5odeste artigo e achando-se em ordem a documentação, o oficial de registro de imóveis registrará a aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo permitida a abertura de matrícula, se for o caso.

(19)

Provimento CG Nº 58/2015 – Capítulo XIV

138.1. Da ata notarial para fins de reconhecimento

extrajudicial de usucapião, além do tempo de posse

do interessado e de seus sucessores, poderão

constar:

a. declaração dos requerentes de que desconhecem

a existência de ação possessória ou reivindicatória

em trâmite envolvendo o imóvel usucapiendo;

b. declarações de pessoas a respeito do tempo da

posse do interessado e de seus antecessores;

c. a relação dos documentos apresentados para os

fins dos incisos II, III e IV, do art. 216-A, da Lei nº

13.105/15

(20)

138.2. Os documentos apresentados para a

lavratura da ata notarial serão arquivados em

classificador próprio, obedecidos, no que couber,

os itens da Seção II, deste Capítulo.

138.3.

Aplicam-se

à

ata

notarial

de

reconhecimento extrajudicial de usucapião os

itens 5, 5.1 e 5.2, deste Capítulo XIV.

(21)

Provimento 65 do CNJ

Art. 4º O requerimento será assinado por advogado ou por defensor público constituído pelo requerente e instruído com os seguintes documentos:

I – ata notarial com a qualificação, endereço eletrônico, domicílio e residência do requerente e respectivo cônjuge ou companheiro, se houver, e do titular do imóvel lançado na matrícula objeto da usucapião que ateste:

a) a descrição do imóvel conforme consta na matrícula do registro em caso de bem individualizado ou a descrição da área em caso de não individualização, devendo ainda constar as características do imóvel, tais como a existência de edificação, de benfeitoria ou de qualquer acessão no imóvel usucapiendo;

(22)

b) o tempo e as características da posse do requerente e de seus antecessores;

c) a forma de aquisição da posse do imóvel usucapiendo pela parte requerente;

d) a modalidade de usucapião pretendida e sua base legal ou constitucional;

e) o número de imóveis atingidos pela pretensão aquisitiva e a localização: se estão situados em uma ou em mais circunscrições;

(23)

§ 8º O valor do imóvel declarado pelo requerente será seu valor venal relativo ao último lançamento do imposto predial e territorial urbano ou do imposto territorial rural incidente ou, quando não estipulado, o valor de mercado aproximado.

g) outras informações que o tabelião de notas considere necessárias à instrução do procedimento, tais como depoimentos de testemunhas ou partes confrontantes;

§ 3º O documento oferecido em cópia poderá, no requerimento, ser declarado autêntico pelo advogado ou pelo defensor público, sob sua responsabilidade pessoal, sendo dispensada a apresentação de cópias autenticadas. § 6º Será exigido o reconhecimento de firma, por semelhança ou autenticidade, das assinaturas lançadas na planta e no memorial mencionados no inciso II do caput deste artigo.

(24)

Circular Notarial nº 2918/2018

Orientação conjunta do CNB/SP e da Arisp

Considerando a publicação do Provimento nº 61 do Conselho

Nacional de Justiça (CNJ), de 17 de outubro de 2017;

Considerando a necessidade de uniformização da utilização

do referido provimento;

O Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP) e a Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), vem perante os notários e registradores do Estado de São Paulo, esclarecer que seguindo o disposto no artigo 2º, do referido Provimento, a qualificação das partes deve continuar a ser realizada conforme a legislação em vigor e as normas administrativas específicas.

O artigo supra mencionado refere-se a eventual "requerimento" e não ao ato de ofício próprio das Notas e dos Registros.

(25)

1VRP Processo 1002887-04.2018.8.26.0100 – Dúvida –

Usucapião Extrajudicial – Inafastabilidade, em regra, da exigência de ata notarial – Documento que garante a autenticidade do procedimento e das alegações do requerente.

(...)

A exigência da ata notarial, como dito acima, é garantia do Oficial de Registros de Imóveis e de terceiros de que as informações dadas pelo requerente são verdadeiras. Ou seja, não basta a palavra deste para que o registrador reconheça a prescrição aquisitiva, sendo necessário outro meio de prova apta a demonstrar a veracidade das informações. Tal meio, escolhido pelo legislador, é a ata notarial.

(26)

Provimento 65 do CNJ

Art. 5º A ata notarial mencionada no art. 4º deste provimento será lavrada pelo tabelião de notas do município em que estiver localizado o imóvel usucapiendo ou a maior parte dele, a quem caberá alertar o requerente e as testemunhas de que a prestação de declaração falsa no referido instrumento configurará crime de falsidade, sujeito às penas da lei.

§ 1º O tabelião de notas poderá comparecer pessoalmente ao imóvel usucapiendo para realizar diligências necessárias à lavratura da ata notarial.

§ 2º Podem constar da ata notarial imagens, documentos, sons gravados em arquivos eletrônicos, além do depoimento de testemunhas, não podendo basear-se apenas em declarações do requerente.

§ 3º Finalizada a lavratura da ata notarial, o tabelião deve cientificar o requerente e consignar no ato que a ata notarial não tem valor como confirmação ou estabelecimento de propriedade, servindo apenas para a instrução de requerimento extrajudicial de usucapião para processamento perante o registrador de imóveis.

(27)

Capítulo XX – Registro de Imóveis

425. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo. O interessado, representado por advogado, instruirá o pedido com:

I. Ata notarial lavrada pelo tabelião da circunscrição territorial em que situado o imóvel atestando o tempo de posse do requerente e de seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias, aplicando-se o disposto no art. 384 da Lei n. 13.105, de 2015;

II. Planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes;

(28)

III. Certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente;

IV. Justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel.

430. No caso de ausência ou insuficiência dos documentos de que trata o inciso IV do item 425, a posse e os demais dados necessários poderão ser comprovados em procedimento de justificação administrativa perante a serventia extrajudicial, que obedecerá, no que couber, ao disposto no § 5° do art. 381 e ao rito previsto nos arts. 382 e 383 da Lei n. 13.105, de 2015.

433. A rejeição do pedido extrajudicial não impede o ajuizamento de ação de usucapião.

(29)

Provimento 65 do CNJ

Art. 10. Se a planta mencionada no inciso II do caput do art. 4º deste provimento não estiver assinada pelos titulares dos direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes ou ocupantes a qualquer título e não for apresentado documento autônomo de anuência expressa, eles serão notificados pelo oficial de registro de imóveis ou por intermédio do oficial de registro de títulos e documentos para que manifestem consentimento no prazo de quinze dias, considerando-se sua inércia como concordância.

(30)

§ 10. Se o imóvel usucapiendo for matriculado com descrição precisa e houver perfeita identidade entre a descrição tabular e a área objeto do requerimento da usucapião extrajudicial, fica dispensada a intimação dos confrontantes do imóvel, devendo o registro da aquisição originária ser realizado na matrícula existente.

(31)

Provimento 65 do CNJ

Art. 12. Na hipótese de algum titular de direitos reais e de outros direitos registrados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula do imóvel confinante ter falecido, poderão assinar a planta e memorial descritivo os herdeiros legais, desde que apresentem escritura pública declaratória de únicos herdeiros com nomeação do inventariante.

(32)

Provimento 65 do CNJ

Art. 13. Considera-se outorgado o consentimento

mencionado no caput do art. 10 deste provimento, dispensada a notificação, quando for apresentado pelo requerente justo título ou instrumento que demonstre a existência de relação jurídica com o titular registral, acompanhado de prova da quitação das obrigações e de certidão do distribuidor cível expedida até trinta dias antes do requerimento que demonstre a inexistência de ação judicial contra o requerente ou contra seus cessionários envolvendo o imóvel usucapiendo.

§ 1º São exemplos de títulos ou instrumentos a que se refere o caput:

(33)

II – cessão de direitos e promessa de cessão; III – pré-contrato;

IV – proposta de compra;

V – reserva de lote ou outro instrumento no qual conste a manifestação de vontade das partes, contendo a indicação da fração ideal, do lote ou unidade, o preço, o modo de pagamento e a promessa de contratar;

VI – procuração pública com poderes de alienação para si ou para outrem, especificando o imóvel;

VII – escritura de cessão de direitos hereditários, especificando o imóvel;

(34)

VIII – documentos judiciais de partilha, arrematação ou adjudicação.

§ 2º Em qualquer dos casos, deverá ser justificado o óbice à correta escrituração das transações para evitar o uso da usucapião como meio de burla dos requisitos legais do sistema notarial e registral e da tributação dos impostos de transmissão incidentes sobre os negócios imobiliários, devendo registrador alertar o requerente e as testemunhas de que a prestação de declaração falsa na referida justificação configurará crime de falsidade, sujeito às penas da lei.

(35)

Provimento 65 do CNJ

Art. 15. Estando o requerimento regularmente instruído com todos os documentos exigidos, o oficial de registro de imóveis dará ciência à União, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Município pessoalmente, por intermédio do oficial de registro de títulos e documentos ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestação sobre o pedido no prazo de quinze dias.

§ 1º A inércia dos órgãos públicos diante da notificação de que trata este artigo não impedirá o regular andamento do

procedimento nem o eventual reconhecimento

extrajudicial da usucapião.

§ 2º Será admitida a manifestação do Poder Público em qualquer fase do procedimento.

(36)

1 VRP Processo 1008143-25.2018.8.26.0100 - Dúvida - REGISTROS

PÚBLICOS Silas Costa e outros Dúvida – Usucapião extrajudicial Cabimento do pedido de dúvida em qualquer fase do processamento -Autuação - Recebidos os documentos previstos no item 425 do Capítulo XX das NSCGJ e o requerimento na forma do Art. 3º do Provimento 65/2017 do CNJ, deve o Oficial autuar o pedido, com a prorrogação da prenotação, não podendo, desde logo, negar o pedido com base em seu mérito, devendo analisar apenas o aspecto formal do requerimento neste momento - Usucapião extrajudicial que se trata de alteração no procedimento, por não haver lide, mas que não altera a natureza originária da prescrição aquisitiva - Impossibilidade de se negar o pedido de ofício, com base em suposta violação das regras

referentes ao parcelamento do solo previstas na Lei 6.766/79,

reservado o direito do Município alegar, se oportuno, alguma irregularidade quanto a este ponto, além de dever ser observado, em todos os casos, o disposto no §2º do Art. 13 do Provimento 65/2017 do CNJ - Forma originária que dispensa a necessidade de apresentação de CND - Dúvida julgada improcedente, determinando-se a continuidade do processamento do pedido de usucapião extrajudicial -remessa à Egrégia Corregedoria Geral da Justiça, para eventual efeito normativo da matéria.

(37)

Provimento 65 do CNJ

Art. 20. O registro do reconhecimento extrajudicial da usucapião de imóvel implica abertura de nova matrícula.

§ 1º Na hipótese de o imóvel usucapiendo encontrar-se matriculado e o pedido referir-se à totalidade do bem, o registro do reconhecimento extrajudicial de usucapião será averbado na própria matrícula existente.

§ 2º Caso o reconhecimento extrajudicial da usucapião atinja fração de imóvel matriculado ou imóveis referentes, total ou parcialmente, a duas ou mais matrículas, será aberta nova matrícula para o imóvel usucapiendo, devendo as matrículas atingidas, conforme o caso, ser encerradas ou receber as averbações dos respectivos desfalques ou destaques, dispensada, para esse fim, a apuração da área remanescente.

Art. 24. O oficial do registro de imóveis não exigirá, para o ato de registro da usucapião, o pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI, pois trata-se de aquisição originária de domínio.

(38)

Preço – A ata notarial para a usucapião

extrajudicial é cobrada pelo valor venal, ou de

referência, ou atribuído pelo possuidor ao bem

imóvel, o que for maior, com base na tabela de

atos com valor para o tabelionato de notas

(Fundamento legal: Lei 11.331/2002, Tabela I).

Além disso, quando o tabelião se incumbir de

outras tarefas necessárias ao aperfeiçoamento do

ato, deverá cobrar as despesas efetuadas e custas

efetivas, desde que autorizado pela parte

interessada (Cartilha CNB-SP).

Enunciado nº2 CNB-SP: A ata notarial para fins de

usucapião tem conteúdo econômico.

(39)

Provimento 65 do CNJ

Art. 26. Enquanto não for editada, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, legislação específica acerca da fixação de emolumentos para o procedimento da usucapião extrajudicial, serão adotadas as seguintes regras:

I – no tabelionato de notas, a ata notarial será considerada ato de conteúdo econômico, devendo-se tomar por base para a cobrança de emolumentos o valor venal do imóvel relativo ao último lançamento do imposto predial e territorial urbano ou ao imposto territorial rural ou, quando não estipulado, o valor de mercado aproximado;

(40)

Ata simples

, na qual o tabelião constata – em

diligência ou não – a existência e características do

bem usucapiendo, a presença do possuidor e

eventuais confrontantes e testemunhas (vizinhos

etc), que conheçam o possuidor e o tempo da

posse. Esta ata pode conter ainda, se houve a

apresentação de documentos que fazem prova da

situação jurídica possessória que comprovem o

justo título.

(41)

Ata de verificação em cartório

, na qual o tabelião

constata – em cartório – com fulcro na base

geodésica

certa

decorrente

do

memorial

descritivo

e

da

planta

assinada

pelos

confrontantes, a presença do possuidor e

eventuais confrontantes e testemunhas (vizinhos

etc) que conheçam o possuidor e o tempo da

posse. Esta ata pode conter ainda, se houver a

apresentação de documentos que fazem prova da

situação jurídica possessória que comprovem o

justo título.

(42)

Ata de verificação em diligência

, na qual o tabelião

constata – em diligência – a existência e

características do bem usucapiendo, a presença

do possuidor e eventuais confrontantes e

testemunhas (vizinhos etc) que conheçam o

possuidor e o tempo da posse. Esta ata pode

conter ainda, se houver a apresentação de

documentos que fazem prova da situação jurídica

possessória que comprovem o justo título.

(43)

Propostas

de

Enunciados

Acadêmicos

(a serem submetidos para aprovação do plenário

acadêmico)

1. A responsabilidade penal-disciplinar e

administrativa do notário supõe: a) Imputação pessoal de ato; b) Consciência de antijuridicidade desse ato e c) Culpa e dolo;

2. A formação extrajudicial do título para o registro da Usucapião deve, “de lege ferenda”, atribuir-se exclusivamente ao notário;

3. A ata notarial mencionada no inciso I do artigo 216-a é um216-a 216-at216-a 216-atípic216-a, tendo n216-aturez216-a s216-acr216-ament216-al, 216-a exemplo das escrituras públicas;

(44)

4. É possível a Usucapião Extrajudicial para imóveis que não estejam inscritos no registro imobiliário, ou seja, quando houver ausência de registro tabular;

5. A ata notarial comporta a inclusão de todos os elementos que são exigíveis para conversão de posse em propriedade;

6. O tabelião poderá negar a lavratura da ata notarial se não estiver convicto de que é possível constatar a posse;

7. O Colégio Notarial do Brasil deverá propugnar ao Poder Legislativo alteração que permita, quando não localizado o proprietário e outros titulares de direito real, a sua intimação por edital e a ausência de manifestação considerar-se-á concordância com o direito do possuidor.

(45)

Provimento 65 do CNJ

Art. 3º O requerimento de reconhecimento extrajudicial da usucapião atenderá, no que couber, aos requisitos da petição inicial, estabelecidos pelo art. 319 do Código de Processo Civil – CPC, bem como indicará:

IV – o número da matrícula ou transcrição da área onde se encontra inserido o imóvel usucapiendo ou a informação

(46)

DECRETO Nº 9.310, DE 15 DE MARÇO DE 2018

Institui as normas gerais e os procedimentos aplicáveis à

Regularização Fundiária Urbana e estabelece os

procedimentos para a avaliação e a alienação dos imóveis da União.

Art. 8º Os seguintes institutos jurídicos poderão ser

empregados no âmbito da Reurb, sem prejuízo de outros considerados adequados:

II - o usucapião, nos termos do art. 1.238 ao art. 1.244 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, do art. 9º ao art. 14 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e do art. 216-A da Lei nº 6.015, de 1973;

(47)
(48)

Vamos ajudar o próximo?

Direitos autorais 100% doados a

entidades beneficentes!

(49)
(50)

www.blogdodg.com.br

Referências

Documentos relacionados

§ 2 o Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e

Em caso de impugnação do pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, apresentada por qualquer um dos titulares de direito reais e de outros direitos registrados ou

Em princípio desmistifica-se a importância do crescimento demográfico no impacto ambiental dentro da relação população e ambiente, para inserir outra variável na

Cabe também aos profissionais trabalhar ações que venham aumentar o conhecimento das idosas sobre o exame Papanicolaou, bem como à importância da realização na terceira ida- de

As condições de drenagem desta unidade, assim como em todo o Sistema Maçambará é baixo, com grande degradação das cabeceiras de drenagem que associam-se ao desenvolvimento

Se não quer ficar de fora da rede de lojas que oferecem serviços a estes clientes, é essencial aceitar o cartão UnionPay através dos terminais com acordo Redunicre?. Os

Prov. Da ata notarial para fins de reconhecimento extrajudicial de usucapião, além do tempo de posse do interessado e de seus sucessores, poderão constar:. a) declaração dos

Results indicate that the conserva- tion policies associated with the policy turn- ing points were effective at curbing Amazon deforestation, helping avoid an estimated 73,000 km 2