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Governo de MS estuda criar auxílio emergencial para 100 mil pessoas

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Cidades Mín. Máx.

Campo Grande

21º 28º

Corumbá

23º 29º

Dourados

23º 31º

Ponta Porã

22º 29º

Três Lagoas

23º 30º

Tempo Sol com algumas nuvens. Chove rápido durante o

dia e à noite.

Saiba mais sobre o tempo na pág. A8

Governo de MS estuda criar auxílio

emergencial para 100 mil pessoas

Região do Pantanal sofre com efeitos da seca e

estiagem caminha para ser ainda pior em 2021

Página B4

El Kadri

Na entrada do pronto-socorro um comunicado de que o hospital

atingiu a capacidade máxima para atendimento específico à COVID-19

Clínica Campo Grande

adotou o mesmo procedimento de uso de

faixa de aviso; o hospital é um dos seis particulares a assinar o comunicado

Hospital Regional

Referência na COVID-19, o hospital tem adotado restrições e passou a permitir circulação de pacientes referenciados e de servidores

ANO XIX | Nº 5.685| CAMPO GRANDE-MS | R$ 1,00 |QUINTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2021

JornalOEstadoMS

ESTADO

O

OOOO

(67)

3345-9000

www.OESTADOONLINE.com.br

ESPORTES

“Liga da Justiça de

Zack Snyder” estreia hoje

ARTES

Variante da

COVID pode ser a

responsável por

recorde de mortes

Vacinação

contempla

novos grupos

na Capital e

no Estado

Página A5

Piora da

pandemia faz cair

popularidade de

Bolsonaro

Página A4

Copom eleva

taxa básica de

juros de 2%

para 2,75%

ao ano

Página A7

Marco regulatório

do gás vai reduzir

preços e trazer

investimemtos

Os números de mortes e

internações que estão sendo

divulgados em MS podem ser

consequência da variante P.1,

conforme explicou a

infectolo-gista Mariana Croda, que

in-tegra o Comitê de Combate ao

coronavírus. Desde o começo

de março, os casos estão

su-bindo. Ontem (17), MS teve

921 internados e soma 42

mortes em 24 horas.

Página A5

Foi aprovado na madrugada de quarta-feira (17) o novo marco legal para o mercado de gás natural, que busca des-travar investimentos privados e que pode reduzir o preço do gás no país, segundo o setor. O texto-base foi aprovado em votação simbólica na Câmara dos Deputados e agora vai à sanção presidencial. Para Mato Grosso do Sul o projeto pode representar maior expansão do mercado com oportunidade de aquisição direta do produto e queda nos preços

.

Página A7

O governo do Estado elabora projeto de

lei, que será encaminhado para a

Assem-bleia Legislativa, que cria um novo

pro-grama de auxílio às famílias de baixa renda

e vulnerabilidade social. O programa deve

antender aproximadamente 100 mil famílias.

De acordo com a secretária de Estado de

Direitos Humanos, Assistência Social e

Tra-balho, Elisa Cleia Nobre, o projeto está em

estudo e a intenção do governador Reinaldo

Azambuja é ampliar o número de

benefi-ciados, além do que é atendido atualmente

pelo programa Vale Renda estadual, que

paga hoje R$ 180. Para elevar os números,

a secretaria fará levantamento no Cadastro

Único. Em Campo Grande, há projeto do

Le-gislativo municipal autorizando a prefeitura

a criar proposta da mesma natureza. A

pro-posta municipal foi apresentada pela

verea-dora Camila Jara e discutida com o prefeito

Marquinhos Trad.

Página A3

Fotos: Valentin Manieri

Valentin Manieri

Reprodução

Philipp Lichterbeck

Realidade

É época de chuvas, mas simplesmente não chove. Rios que normalmente

transbordam pelas margens hoje são mais poças; na Serra do Amolar,

principal trecho do bioma em MS, o Instituto Homem Pantaneiro usa

carros-pipa e tanques de água para deixar o ambiente florestal úmido

Paratletas de MS

apoiam cancelamento

de eventos nacionais

Página B2

Página C1

Eduardo Riedel, secretário estadual de Infraestrutura

Maior programa

social é emprego

Instituto P antaneiro/Reprodução

Situação caótica

(2)

Campo Grande-MS |Quinta-feira, 18 de março de 2021

A2

OPINIÃO

A

promulgação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial contém no texto medidas de ajuste fiscal e abre caminho para a reedição da volta do auxílio emergencial. O que difere é que a PEC prevê que o benefício ficará de fora do teto de gastos, ou seja, os valores não entram no cálculo que limita o crescimento das despesas do governo ao mesmo nível do ano anterior.

O auxílio emergencial só pôde ser implemen-tado em 2020 porque o Congresso aprovou o orçamento de guerra e o estado de calamidade pública. Essas duas medidas permitiram que o governo aumentasse consideravelmente seus gastos em meio à pandemia – e bancasse um programa do tamanho do auxílio emergencial.

O que acontece é que em 2021 governo e Con-gresso optaram por retornar às regras fiscais vigentes antes da pandemia, o que inclui o teto de gastos. O auxílio emergencial foi encerrado em 31 de dezembro de 2020, data em que também

deixaram de valer a calamidade pública e o or-çamento de guerra. No entanto, o governo sofreu pressão de políticos e organizações da sociedade civil pela volta do auxílio.

Com pouco espaço para manobra das des-pesas, o governo não conseguiu conciliar o cumprimento do teto de gastos com o retorno do benefício – isso só seria possível com a con-trapartida de cortes de despesas, o que exigiria apoio político e articulação com o Congresso.

A saída encontrada, aprovada com a PEC Emergencial, foi passar o dinheiro das novas rodadas de auxílio por fora do teto de gastos. O limite de R$ 44 bilhões foi inserido a pedido da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Por essas e outras razões que os valores não devem passar dos R$ 150 a R$ 375 por mês, pagos durante quatro meses. A expectativa é de que o alcance do programa também seja menor, che-gando a 46 milhões de brasileiros – cerca de dois terços do total de beneficiários diretos em 2020.

Editorial

OPINIÃO DO LEITOR A RESPEITO DA EDIÇÃO DE ONTEM

1

Co le ti va men te, a man che te de ontem: Foi: 90% mui to im por tan te | 0% pouco im por tan te

10% im por tan te | 0% sem im por tân cia

2

Os tex tos da pri mei ra pá gi na con ti nham

algum exa ge ro em re la ção às pá gi nas in ter nas? 0% SIM 100% NÃO

3

A charge da edição de ontem foi:

95% interessante | 0% indiferente 3% pouco interessante | 2% não viu

4

Qual foi a notícia mais importante?

5

Dê a sua avaliação à edição de ontem:

90% ótimo | 10% bom | 0% regular | 0% ruim

ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (67) 3345-9050 A CIDADE É SUA, O PROBLEMA É NOSSO: cidadeesua@oestadoms.com.br

Os artigos assinados publicados neste espaço são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

“MS supera recorde a cada dia e vaga em

UTI abre só com mortes ”

“MS supera recorde a cada dia e vaga

em UTI abre só com mortes ”

Rua 14 de Ju lho, 204 - Vi la San ta Do ro théa Cam po Gran de - MS - CEP 79004-392 - PABX: (67) 3345-9000

“Somos o que fazemos. No dia em que fazemos,

realmente existimos; nos outros, apenas duramos.”

Padre Antônio Vieira

O

ESTADO

MATO GROSSO DO SUL

Comercial | (67) 3345-9030 - co mer cial@oes ta doms. com.br - ge ren te co mer cial@oes ta doms. com.br | Circulação | Aten di men to ao as si nan te: (67) 3345-9050 cir cu la cao@oes ta doms. com.br Representantes: Brasilia-DF, EC Comunicação e Marketing – Quadro QS 01, Rua 210 Lt. Nº 34/36, Bloo A Sala 512, Ed. Led Offi ce, Cep 71.950-770, Email: diretor.eccm@gmail.com, Telefone (61) 99186-6647,

Rio de Janeiro-RJ: Planejamento Negócios de Midia, Rua 24 de Maio n.º 29-G3- Rocha, CEP 20950-085- Rio de Janeiro – RJ, Telefone: (021) 3280-4309 e 3280-4312. São Paulo-SP: Planejamento Negócios de Midia, Avenida Jandira, 667, Bairro Moema, CEP: 04080-004, Telefone (11) 2985-9444 2985-9444

O articulista e a exposição de um

pensamento nunca solitário

Pressão pelo auxílio

A flor da vida

Ronaldo Braga

Heitor Rodrigues Freire

A

o ilustríssimo leitor trago à baila aquilo que considero uma das principais virtudes do ser humano: a habilidade na arte da argumentação falada ou escrita; uma simbiose entre a compreensão e o compreendido. É lugar comum dizer que para o exitoso alcance das metas traçadas se faz necessária a manutenção do foco, do planejamento e do esmero na exe-cução dos projetos alinhavados – sem prejuízo às divergências sempre bem-vindas. Nesse vagar, incontroverso que a vida se ganha com a soma-tória de ações proativas além de muito esforço e doses homeopáticas de sorte para aproveitar as oportunidades que surgem e com isso tornando ainda mais seleto o topo almejado. Sempre que possível, devemos evitar a conjugação do verbo desistir, não faz bem em nenhum aspecto. Assim, “não se deixe levar pelo canto da sereia”. Nosso cotidiano revela que algumas pessoas, por opção e desprovidos de vaidades expressam por meio de manifestações de natureza intelectual, à es-pera do eco ou do prestigio da leitura por parte de alguém, sem nenhuma combinação feita. Outras, optam pelo anonimato, pela discrição e desapego pela exposição dos seus pensamentos. Tudo, normal. É preciso respeitar as vontades e as decisões assumidas, já que impera em nosso

entorno a garantia do livre arbítrio, com ou sem notoriedade. Portanto, não cabe aqui aferir o certo do errado. Entretanto, nesse vagar, eis que surge a imagem de quem optei por abordar: o articulista! Este personagem exerce um papel relevante no seio em que gravita razão de suas virtudes no que tange a provocação e o lança-mento de ideias levadas ao conhecilança-mento público. Não raro compartilha seus pensamentos sem receio da contradita. A defesa de suas opiniões sempre visa estimular o bom debate, trazendo a cada leitor conteúdos literários sem prejuízo das comparações, e, com isso se mantendo vivo e imortalizando sua obra. Portanto, impossível não reconhecer seu trabalho e em contrapartida referendar respeito e admiração pela classe que, no seu bojo mantém um seleto grupo de pensa-dores estudiosos que dedicam parte de seu tempo a nossa cultura além, é claro, da própria coragem que transcende ao arraigar as mangas no enfren-tamento dos núcleos temáticos das mais variadas matizes e diversificações no âmbito da política, direito, economia, religião, raça e preconceito, fiquemos por aqui!

Sua importância sobrepõe ao reconhe-cimento local, da terrinha, eis que atingiu havia muito a patamares mais elevados, de

expressão nacional. Sem reserva de domínio é crível estabelecer uma simbólica compa-ração com colegas domiciliados nos chamados “grandes centros” de cujo resultado positivo em nada os desmereça tampouco deixam a desejar. Nesse particular é preciso ressaltar a existência de diferença estrutural e geográfica do complexo nacional. Mas fica por aí, não há dúvida disso. Ainda neste aspecto sobreleva ressaltar a fertilidade que há, na morena mais linda, na composição de espaços e formação de novos valores, o que é bom e por isso bem--vindos a todos que queiram trincheirar nessa via de mão dupla; sempre haverá cerejas a disposição do bom bolo!

É mister evidenciar que a elaboração de uma obra intelectual depende de alguns acessórios sem nenhuma sofisticação tais como: caneta, folha de papel, fatos, síntese e muita, muita criatividade. Quem dispuser e quiser utilizar-se--á de equipamentos tecnológicos como meio de facilitar ainda mais a tarefa proposta. Portanto, narrar, dissertar, enfim, escrever não é privi-légio de poucos; basta se permitir a começar. Indispensável, todavia, a participação da mídia como fornecedor do espaço para a exposição dos pensamentos e das ideias do articulista. É

Todas as coisas têm a predisposição de unirem-se ao todo, para escapar à própria imperfeição.” – Leonardo Da Vinci. Os sábios, ao longo dos tempos, foram buscando e descobrindo uma linguagem que representasse de forma sintética parte dos ensinamentos que consideravam sagrados e que desejavam que permanecessem ocultos à plebe. Assim foram surgindo símbolos que representavam um ensinamento esotérico acessível somente aos iniciados. Desde a An-tiguidade, os sábios reconheciam na natureza formas e proporções especiais, que traduziam uma harmonia e unidade em si.

É interessante observar que, quase ao mesmo tempo, em diversos lugares do planeta, o conhecimento se tornou franqueado aos que se dedicavam ao estudo das coisas sagradas. O que mais uma vez comprova que a sabedoria está na energia que circunda tudo. Assim foi com os maias, astecas, egípcios, gregos, hindus, chineses, celtas, etc., tão distantes fisicamente e tão próximos cósmica e mentalmente.

As relações de forma e proporções conside-radas sagconside-radas na geometria e na arquitetura

também ocorrem de forma idêntica em outras áreas da expressão humana, como na música. O estudo da harmonia vem fascinando os com-positores e amantes da música há milênios. A mesma harmonia nos sons, nas formas, nas cores também se encontra na natureza, do microcosmo ao macrocosmo.

Então, que nossos pensamentos e senti-mentos sejam sempre luminosos e harmônicos! Nós estamos aqui por um motivo. Cada dia é uma bênção e fonte de eterno recomeço.

Mas jamais descobriremos isso pelas vias da mente racional. Nem com o passar dos anos na carne, nem com todo conhecimento linear do mundo. Uma parte de nós sabe e compreende o mistério. Aquela parte que habita em nossos corações. Aquela que é a verdadeira essência. A fonte. A origem. Este é o caminho.

Como lembra um dos maiores estudiosos atuais, o médico norte-americano Robert J. Gilbert, os símbolos se baseiam num único princípio: “Tudo tem um padrão, e esse padrão é a chave para criar um efeito específico”.

Esse padrão está contido na Flor da Vida, o padrão da criação. A Flor da Vida é encontrada

Diretor Jaime Vallér Editor-Chefe Bruno Arce editor@oestadoms.com.br Opinião leitor@oestadoms.com.br Política Alberto Gonçalves politica@oestadoms.com.br Cidades Raiane Carneiro cidades@oestadoms.com.br Esportes Luciano Shakihama esportes@oestadoms.com.br Economia e Agronegócios Rosana Siqueira economia@oestadoms.com.br Artes e Lazer Marcelo Rezende arteelazer@oestadoms.com.br Reportagem Patricia Belarmino Fotografi a fotografi a@oestadoms.com.br Arte Wendryk Silva paginacao@oestadoms.com.br Fundado em 2 de dezembro de 2002 Advogado

Corretor de imóveis e advogado

de conhecimento palmar que aludido apoio não tem faltado para a consolidação do desiderato. Vale destacar, outrossim, a inexistência de qual-quer fórmula pronta para o aprendizado da boa escrita de artigos e opiniões senão a atenção e o cuidado com a síntese e principalmente sempre que possível, se dispor a ouvir a voz do coração que funciona como vetor em busca do resultado eficaz. Escrever e ler faz bem à alma – com a palavras eles. Além disso, incontroversa a ga-rantia que há na exposição do pensamento e das expressões literárias todas em consonância com os ditames legais especialmente no artigo 5º, IX, da nossa Carta Política, que aliás, recepcionou a norma formal mediata ou secundária incursa nos Princípios Gerais do Direito que, a propósito nos ensina que “ninguém poderá ser punido pelos seus pensamentos”.

Concluindo, digo, pois, que não deveria mas há incertezas quanto a garantia dos nossos direitos fundamentais, a exemplos: “o direito de ir e vir, o direito de se expressar”. É de se imaginar que paira no ar a imprevisibilidade de retaliações ao invés da garantia jurídica tão cara e imprescindível a nossa gente. Com efeito, parafraseando o poeta transcrevo: “Lá, reina um frenesi de atos e gestos dissociados do Estado de Direito; Cá, realço vivas ao arti-culista que com sua discricionariedade e poder de sinopse traz embates por via de argumentos que busquem transigir com o apoio do fiel leitor sempre esperançoso da liberdade de expressão e a certeza de que o uso das ideias é dos fortes enquanto que o uso das armas é dos fracos”.

na Irlanda, Israel, Egito, China, Tibete, Grécia, Japão e em outros países. Em todos os lugares ela tem o mesmo nome. A Flor da Vida é um símbolo universal, pois existe também, segundo os estudiosos, em outros lugares do cosmos.

Leonardo Da Vinci, um dos homens mais sábios de todos os tempos pela diversidade de seu conhecimento, pela amplitude de seus trabalhos em diversas áreas, buscou decifrar os padrões existentes recorrendo à geometria para chegar ao fundamento da manifestação da

vida. Nessa busca, ele chegou à Flor da Vida, um padrão geométrico constituído por vários círculos de igual diâmetro, sobrepostos de maneira padronizada de modo a formar uma estrutura semelhante a uma flor, elemento que, segundo a tradição egípcia, simboliza a vida em sua plenitude.

Segundo o escritor esotérico Drunvalo Mel-chizedek, ela é chamada flor não só porque se parece com uma flor, mas também porque representa o ciclo de uma árvore frutífera. O padrão sagrado da Flor da Vida, a geometria básica geradora de todas as formas físicas, é estudado em profundidade em seu livro “O Antigo Segredo da Flor da Vida”, publicado em dois volumes pela editora Pensamento. Vale a pena estudar o seu significado.

Como se pode saber o caminho sem per-corrê-lo, se o caminho se faz em cada passo que damos? Ou, como escreveu o poeta andaluz Antonio Machado: “Caminante, no hay camino; se hace camino al andar”. Por isso digo: dei-xemos fluir a vida, sem pará-la em processos egóticos, porque não sabemos o que temos pela frente se não o vivenciarmos.

Para isso, é preciso fé. Fé que não é crença. Fé é comportamento. Fidelidade. Este é o caminho.

“O que você sabe não tem nenhum valor; o que tem valor é o que você faz com o que você sabe.” (Princípio da Filosofia Kung Fu)

(3)

Ajuda estadual

Equipametnos

Campo Grande-MS |Quinta-feira, 18 de março de 2021

A3

Visita

O secretário estadual de Infraestrura, Eduardo Riedel, realizou uma visita de cortesia ao jornal O Estado. Na ocasião, o responsável pelas obras e pelo desenvolvimento regional de Mato Grosso do Sul foi recebido pelo diretor da empresa jornalística, Jaime Vallér.

Leis tributárias

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa (PSDB), comentou sobre o novo compilado da Casa de Leis que está acessível ao cidadão sul-mato-grossense. Trata-se da Consolidação de Leis Estaduais Tributárias de Mato Grosso do Sul. O Legislativo reuniu no material 162 leis aprovadas pelos deputados no Parlamento estadual, desde a sua instalação. Paulo Corrêa (PSDB) destaca a importância e considera relevante o protagonismo dos tributos, no Estado. “São a principal forma de arrecadação de recursos financeiros e comumente são o epicentro temático dos principais debates jurídicoeconômicos no Brasil. Exercem grande relevância na precificação dos produtos e dos serviços, influenciando, por isso, diretamente o mercado de consumo e a atividade financeira de Mato Grosso do Sul”, ressaltou.

Atendimento suspenso

Diante dos números da COVID no Estado, a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) anunciou novas medidas restritivas. Em comunicado assinado pelo presidente da entidade e prefeito de Nioaque, Valdir Júnior, a diretoria informa que fica suspenso por tempo indeterminado o atendimento presencial ao público na sede da associação. Ainda segundo a determinação preventiva, com exceção dos prefeitos e prefeitas, “os interessados no atendimento presencial deverão agendar previamente a visita por telefone, para fins de consulta à disponibilidade de datas e horários com os membros da entidade”.

Prioridades da vacina

O deputado estadual Coronel David (sem partido) quer incluir os profissionais da segurança pública na lista de prioridades da vacinação contra a COVID-19. Ontem (17), ele solicitou o envio de uma indicação ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizando que esses servidores estão na linha de frente do enfrentamento e combate ao novo coronavírus e consequentemente expostos à doença. “Solicito, em caráter de urgência, que todos os profissionais da segurança pública sejam incluídos na lista de prioridades do plano de imunização da população adulta, ainda nas primeiras fases da campanha de vacinação contra a COVID-19”, resumiu o deputado, durante a sessão da Assembleia Legislativa.

Paulo Corrêa, presidente da Assembleia Legislativa Alberto Gonçalves

Faz-se imprescindível que os cidadãos e as

empresas tenham conhecimento da legislação

tributária que rege suas vidas e atividades, para

saber por que se pagam, para que se pagam

Bastidores

Política

No Legislativo

municipal,

existe projeto

autorizando

prefeitura a tomar

medida idêntica

Governo de MS estuda auxílio

emergencial para 100 mil pessoas

Riedel: “O maior programa social é o emprego”

Deputada Rose destina emendas para Hospital Universitário

Os deputados estaduais Cabo Almi e Pedro Kemp, da bancada do PT na Assembleia Legislativa, apresentaram ontem (17), durante sessão, requerimento ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para a criação de um Programa de Renda Mínima Emergencial e Linha de Crédito para profissionais autônomos e empreendedores, entre

outros, como medida de enfrentamento à crise econômica causada pela pandemia provocada pela COVID-19. Pela proposta, serão beneficiados os profissionais autônomos, agentes e produtores culturais, agricultores familiares, microempreendedores individuais; costureiras, artistas plásticos, trabalhadores da cadeia produtiva da pesca, trabalhadores por aplicativo, taxistas e outros trabalhadores e empreendedores atingidos pelos efeitos da pandemia.

Os deputados sugerem no pedido concessão de linha de crédito no valor máximo de R$ 50 mil. Também valor de benefício correspondente ao salário comercial com adicional de 10% por filho menor, limitado a 2 filhos.

Deputados apresentam proposta para socorrer autônomos

Reprodução Nilson Figueiredo Divulgação Divulgação Valentin Manieri Divulgação/ALEMS Eliane Ferreira

O governo do Estado está elaborando um projeto de lei que será encaminhado para a Assembleia Legislativa a fim de criar novo programa de auxílio às famílias de baixa renda e vulnerabilidade social. Devem ser atendidas aproximadamente 100 mil famílias. Em Campo Grande, há projeto do Legisla-tivo municipal autorizando a prefeitura a criar proposta da mesma natureza.

De acordo com a secretária de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Elisa Cleia Nobre, o projeto está em estudo e a intenção do go-vernador Reinaldo Azambuja é atender mais pessoas, além do que é atendido atualmente pelo programa Vale Renda estadual, que tem 80 mil cadastrados. Para elevar este número a 100 mil ou mais assistidos, a secre-taria está fazendo levantamento do Cadúnico, que é o Cadastro Único, pelo qual os governos têm mapeadas famílias para

O secretário estadual de In-fraestrutura, Eduardo Riedel, defende que toda ação que os governos fizerem de socorro neste momento de pandemia do coronavírus é uma demon-stração de humanidade com os que estão em situação de vul-nerabilidade. Em contrapar-tida, há o desafio de manter e gerar empregos. “O maior programa social é o emprego e o governo estadual sempre vai trabalhar para isto”, garante.

Em nível estadual, o se-cretário comemora que o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 cresceu 2,9, ao passo que a potência China cresceu abaixo disto. Para ele, um sinal de que há um esforço para geração de empregos. Uma das formas do governo de MS em gerar vagas é fazer reformas estruturantes, o que, até agora, em nível fe-deral, tem caminhado muito lentamente nisto. “Somos o Estado número um da lista

programas sociais. “Estamos fazendo levantamento em todos os Cras (Centros de Referência de Assistência Social) para ver quantos se enquadram no novo programa.”

Atualmente, os cadas-trados no Vale Renda estadual recebem auxílio de R$ 180, o que representa R$ 14,4 milhões ao caixa do governo local. Elisa Cleia detalha que a pandemia do coronavírus aumentou muito o número de pessoas em situ-ação de vulnerabilidade. Por conta disso, o governo estuda um novo programa social que vai englobar o já atendidos pelo Vale Renda. Se o Estado elevar para 100 mil assistidos, serão R$ 18 milhões, mas este mon-tante deve ser maior porque

a ideia é que o novo programa ofereça um auxílio maior do que o que está em vigor. “Estamos estudando tudo com muito critério para que nada seja drástico. Pelo governador chega a 100 mil cadastrados, mas es-tamos analisando tecnicamente e nos próximos dias o projeto de lei será encaminhado para a Assembleia”, informa.

Capital

Em Campo Grande tramita na Câmara Municipal projeto de lei autorizativo, proposto pela vereadora Camila Jara (PT), para criação de um programa de auxílio emergencial municipal. A parlamentar se reuniu ontem (17) com o prefeito para apre-sentar a proposta. “O prefeito

disse que vai estudar o impacto financeiro e a viabilidade de não vetar o projeto. Assim que tivermos uma devolutiva vamos trabalhar para colocar em vo-tação”, planeja.

De acordo com a vereadora, o projeto original é de pagamento de R$ 300, mas na reunião ontem com o prefeito ficou acertado que primeiro o Executivo vai verificar os trâmites legais e re-cursos, e depois dizer o quanto pode ou se não pode instituir o programa. “Mesmo que o prefeito dê uma negativa, vamos apresentar o projeto na Câmara. Isto já está acor-dado. Na quinta-feira [hoje] vamos reunir com o secre-tário de Finanças para expor o projeto”, diz.

dos que mais investem por habitante/ano no país”, frisa.

Em dezembro do ano pas-sado foi anunciado que a gigante do ramo de celulose Suzano vai investir em um

novo ciclo de expansão no município de Ribas do Rio Pardo, com a construção de uma unidade. É previsto investimento da ordem de US$ 2,7 bilhões em Ribas. “O

secretário Jaime [Verruck] está com estas tratativas. É um sinal de geração de em-pregos em nosso Estado, de desenvolvimento regional”, comemora. (EF)

Secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Elisa Cleia Nobre, diz que o projeto está em estudo

saúde, como é o aso da radiote-rapia. Precisamos ver todas as necessidades”, diz.

Além dos recursos para o HU, Rose Modesto adianta que viabilizou o montante de R$ 16

milhões para Mato Grosso do Sul de emendas individuais. Deste valor, a deputada disse que 60% é para saúde nos mu-nicípios, como valor de custeio, compra de ambulâncias. O

res-tante será dividido para áreas de infraestrutura e social.

Outro repasse que vem para MS, segundo Rose Modesto, foi viabilizado junto com a bancada federal, formada pelos oito deputados federais e três senadores. Serão R$ 240 milhões, sendo que R$ 110 milhões serão para segu-rança pública e parte para in-fraestrutura. Será formalizado um convênio, pois o governo estadual também vai entrar com um aporte de R$ 110 milhões.

A deputada diz que está feliz em destinar 80% de suas emendas parlamentares para a área da saúde pública. (EF)

Emenda da deputada Rose Modesto destina o valor de R$ 500 mil ao HU de Campo Grande

A deputada federal Rose Modesto (PSDB) destinou emenda individual de R$ 500 mil para o Hospital Univer-sitário de Campo Grande. O montante será utilizado para o setor de radioterapia, que pre-cisa colocar em funcionamento equipamentos, e também para a maternidade.

Conforme a parlamentar, o dinheiro foi destinado ao go-verno do Estado para que seja sacramentado, em breve, um convênio, inclusive o dinheiro já está em caixa. “Estamos vi-vendo um momento triste com a pandemia do coronavírus, mas não podemos esquecer outras necessidades da população em

(4)

Campo Grande-MS |Quinta-feira, 18 de março de 2021

POLÍTICA

A4

JESUS DO SANTOS, (PDT-SP), da Frente Nacional Antirracista, sobre denúncias de assédio moral contra o presidente da Fundação Palmares

Inadmissível esse tipo de postura

de um gestor público. Agora, nada

estranho vindo do Governo Bolsonaro

Termômetro

Os protestos inéditos de corporações policiais contra Jair Bolsonaro, marcados para esta quarta-feira (17), têm entre os motivos alegados a sensação das categorias de que não estão sendo valorizadas pelo presidente em um momento em que participam da linha de frente da ação contra a Covid-19. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) está com 119 servidores afastados e registra nove óbitos. Na Polícia Federal, 11 morreram até agora e há um caso para cada 10 servidores.

Luto

Neste fim de semana, a morte de um escrivão da PF, Hélido Menezes, chocou colegas de corporação. Ele tinha 42 anos. A morte foi causada por sequelas da COVID-19.

Contexto

O pano de fundo da insatisfação é a PEC Emergencial, aprovada pelo Congresso, que congela salários de servidores, entre eles os policiais. Apenas progressões e promoções de carreira foram poupadas na proposta.

True news

Em resposta a ação de Maranhão e Bahia contra o governo federal por publicações de Jair Bolsonaro e da Secretaria de Comunicação sobre repasses a estados, a AGU (Advocacia-Geral da União) diz que não há fake news no conteúdo.

Bololô

A AGU cita nota que fala em “ressentimento político” e diz que as informações não precisam ser dispostas como querem os governadores. Eles dizem que Bolsonaro misturou diversos valores propositadamente, inclusive transferências constitucionais, para jogar a opinião pública contra os gestores estaduais.

Barbas...

O mistério sobre o conteúdo dos frascos apresentados em reunião entre o deputado Nelson Barbudo (PSL-MT) e Marcos Pontes, do Ministério da Ciência e Tecnologia, persiste até mesmo para o proponente da reunião.

... De molho

Nas redes sociais, a pasta disse que Barbudo apresentou “um projeto de pesquisa como mais uma ação no enfrentamento à pandemia provocada pelo novo coronavírus”. Um vídeo mostra um rapaz entregando frascos a Pontes, cena que viralizou na internet.

Surpresa

O deputado diz ao Painel que foi “procurado por um jovem cientista que tinha elementos para pesquisas” e o apresentou ao ministério. “Daí para diante não tenho elementos técnicos”. Sobre os frascos, diz que “trataram daquilo sem mim”.

Sebo...

Em mensagens enviadas por WhatsApp em fevereiro, Walace Sampaio, presidente do sindicato dos comerciantes de Bauru, fala em colocar fiscais da vigilância sanitária para correr e descreve ações nesse sentido. A taxa de ocupação de leitos na cidade é de 118% atualmente.

... Nas canelas

Em uma delas, ao saber que uma loja havia, segundo ele, sido notificada por permitir a entrada de clientes, ele diz ter acionado seus contatos, que então alcançaram os fiscais. “Após pequena discussão, sem violência, foram botados para correr e sumiram de lá.”

O todo

Ele diz ao Painel que as frases foram retiradas de contexto e que os diálogos “foram frente a denúncias de prepotência e arrogância dos fiscais com ameaças de fecharem as lojas”. Ele diz que “botar para correr” foi uma frase dita informalmente.

Pedra

O Ministério Público Federal abriu inquérito civil para investigar os pagamentos feitos por Daniel Silveira (PSL-RJ) com dinheiro da Câmara a uma empresa de segurança. A Global Company, que recebeu R$184 mil, está registrada em nome de um amigo do deputado e não tinha autorização da Polícia Federal para funcionar. O caso foi revelado pelo jornal “O Globo”.

Sobrando

Dez parlamentares do PSB pediram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para incluir na apuração sobre as compras de iguarias pelas Forças Armadas os processos de aquisição de milhares de quilos de bacalhau, outros mais de salmão, incluindo 100 kg do medalhão do peixe cujo quilo custa R$ 240, e 1 milhão de quilos de filé mignon bovino.

Fonte

De acordo com a representação encaminhada à PGR, os dados foram coletados no painel de preços do Ministério da Economia e confirmados no site Comprasnet, onde ficam registrados os pregões de compras do governo.

Pesquisa/Datafolha

Vacina

Oitiva

Bolsonaro se

aproxima da má

avaliação para

um presidente

eleito em

primeiro mandato

Presidente Jair Bolsonaro tem má avaliação em pesquisa Datafolha

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rejeição a Bolsonaro na gestão da

pandemia bate recorde em 54%

Guedes admite que vacinação

está atrasada ‘desde Mandetta’

Senado deve ouvir Queiroga no

dia 25 sobre vacinas e UTIs

Igor Gielow/Folhapress

A rejeição ao trabalho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão da pandemia da COVID-19 dis-parou ao maior nível desde que a crise sanitária começou, há um ano.

Segundo o Datafolha, 54% dos brasileiros veem sua atu-ação como ruim ou péssima na semana em que foi apre-sentado o quarto ministro da Saúde de seu governo. Na pesquisa passada, realizada em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam o trabalho de Bol-sonaro na pandemia.

Na rodada atual do Data-folha, o índice daqueles que acham sua gestão da crise ótima ou boa passou de 26% para 22%, enquanto quem a vê como regular foi de 25% para 24%. Não opinaram 1%.

O instituto ouviu por tele-fone 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Consideram o presidente o principal culpado pela fase aguda da pandemia, que já matou mais de 280 mil no país e vê um colapso na-cional do sistema de saúde devido ao pico de infecções, 43% dos ouvidos.

Já os governadores de es-tado, que em grande parte têm se batido com o governo fe-deral por defenderem medidas mais rígidas de isolamento so-cial, são vistos como culpados por 17%. Prefeitos ficam com 9% das menções.

A má imagem do presi-dente, que dificultou o início do ora lento processo de vaci-nação, impacta diretamente a avaliação geral de seu go-verno. Segundo aferiu o Data-folha, ela segue no pior nível desde que Bolsonaro assumiu,

em 2019.

Reprovam o presidente 44%, uma oscilação posi-tiva quase saindo do limite da margem de erro ante os 40% registrados em janeiro. A aprovação e o julgamento como regular seguem estáveis, de 31% para 30% e de 26% para 24%, respectivamente.

O cenário agora repete o pior já registrado, em junho do ano passado, embora seja no-tável a manutenção da base de apoio do presidente em cerca de um terço da população, apesar da crise.

Nas duas medições se-guintes, sob o impacto do auxílio emergencial, visitas ao Nordeste e o arrefecimento do embate institucional por parte de Bolsonaro, o presidente viu sua popularidade crescer.

Comparativo

Com o fim do auxílio, conju-gado com o recrudescimento da pandemia em razão de novas e mais transmissíveis variantes do SARS-CoV-2, a curva voltou a se inverter. Bolsonaro se aproxima agora da má avali-ação, até aqui recordista para um presidente eleito em pri-meiro mandato desde 1989.

No mesmo ponto do man-dato, em 1992, Fernando Collor (PRN) era rejeitado por 68% e tinha 21% de avaliação re-gular. Só que seu apoio, já com o impeachment como reali-dade política, era menor que o registrado por Bolsonaro: 9%.

Todos os outros nomes neste estágio, Fernando Hen-rique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), se saem muito melhor que o atual man-datário máximo.

O corte regional aferido desde a campanha eleitoral de 2018, que havia se diluído um pouco no segundo se-mestre do ano passado, volta a ficar claro.

A rejeição a Bolsonaro chega a 49% dos moradores do Nordeste, região mais aten-dida por políticas assisten-cialistas e a segunda mais populosa (27% da amostra do Datafolha). Nas fortalezas bolsonaristas do Sul (13% da amostra) e Norte/Centro-Oeste (17%), a aprovação é maior que na média, em iguais 39% nos dois lugares.

No mais, Bolsonaro segue mais rejeitado entre os mais instruídos (55% de ruim e péssimo) e entre os mais ricos (54%). Sua aprovação é maior também entre quem ganha de 2 a 5 salários-mínimos (35% de ótimo e bom) e no nicho evangélico (37%), que perfaz 24% da população ouvida.

O peso do vírus é evidente. Para quem rejeita a condução da crise por Bolsonaro, a avali-ação geral de seu governo é de 75% de ruim ou péssimo. Na mão inversa, entre os que aprovam o presidente, seu tra-balho específico na saúde é ótimo ou bom para 89%.

Confiança

Confiança não é o forte de Bolsonaro, segundo os en-trevistados. O índice dos que nunca acreditam no que diz o presidente oscilou de 41% para 45% em relação a janeiro, ao passo que aqueles que confiam às vezes foi de 38% para 35% e os que dizem sempre confiar oscilaram de 19% para 18%.

Desde o começo da crise, Bolsonaro busca responsabi-lizar prefeitos e governadores, alegando que a liberdade dada a eles pelo Supremo Tribunal Federal para tomar medidas locais amarrou suas mãos – o que não é verdade, tanto que a corte lhe cobra uma coorde-nação nacional.

Além de considerá-lo cul-pado, 42% dos ouvidos creem que o presidente deveria ser o responsável pelo combate à pandemia, ante 20% que acham isso de governadores e 17%, dos prefeitos.

A culpabilização de Bol-sonaro atinge seus maiores níveis entre quem possui di-ploma universitário (56% acham isso) e entre os mais ricos (57%).

Há também correlação entre a avaliação da nar-rativa presidencial e sua gestão da crise. Não confiam no que diz Bolsonaro 75% daqueles que consideram seu trabalho ruim ou péssimo na pandemia, número que vai a 85% entre os que reprovam seu governo no geral.

Paulo Guedes, ministro da Economia, admite que o Brasil está atrasado na busca por vacinas contra a COVID-19. Ele acredita que o imunizante é fundamental para o país se recuperar, mas assegura que nunca faltaram recursos para o combate à pandemia.

“A entrega da vacina não está atrasada só agora, não. No primeiro dia, Mandetta [ex-ministro da Saúde] saiu com R$ 5 bilhões no bolso. É desde aquela época que deveríamos estar comprando vacina, não é mesmo? O dinheiro estava lá”, declarou Guedes em entrevista à CNN Brasil. Mandetta foi minis-tro da Saúde até 16 de abril de 2020. Os primeiros imunizantes começaram a ser negociados entre junho e julho, quando os Estados Unidos, por exemplo, compraram da Pfizer. No mundo, a primeira vacina só foi aplicada em 8 de dezembro na Inglaterra. O Brasil assinou um acordo de desenvolvimento da vacina de

Oxford em junho. Um contrato de intenção de compra foi anun-ciado no fim de julho. Mas o país só começou a vacinar, de fato, em janeiro de 2021. E com vacinas que não foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde, mas sim pelo Instituto Butantan.

O governo federal passou a pagar por esta vacina do Bu-tantan, a CoronaVac, a partir deste ano. Das vacinas de Ox-ford que foram compradas, só 3 milhões chegaram ao Brasil.

Paulo Guedes admitiu que o governo federal poderia ter sido mais rápido, mas também aproveitou para criticar os go-vernadores pela gestão de leitos. “Era possível ter sido mais rá-pido? Sim. Era possível que a mídia fosse mais construtiva? Era possível que os governa-dores ajudassem também? O dinheiro foi para os estados. Então, por que os leitos foram de-sativados? Pois todos nós achá-vamos que a pandemia estava indo embora”, concluiu Guedes.

Agência Brasil

O presidente da comissão temporária da COVID-19, senador Confúcio Moura (MDB-RO), anunciou que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, será ou-vido no dia 25, em uma sessão de debates temáticos sobre o enfrentamento à pandemia no plenário da Casa. Em sessão remota ontem os senadores apro-varam um convite para a ida do novo ministro da Saúde à Casa.

Os parlamentares querem ouvir do médico como fica a aquisição de vacinas, a disponibilização de leitos e oxigênio perante a pasta. Queiroga foi anun-ciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última segunda-feira (15) como novo ministro da Saúde, no lugar de Eduardo Pazuello. A nomeação foi

publicada no Diário Oficial da União.

Queiroga é médico, com área de atuação em hemodinâmica e cardio-logia intervencionista. Ele também é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Ontem (17), a Comissão da COVID-19 presidida por Confúcio também aprovou vários requerimentos de convites para audiência pública. Além de Marcelo Queiroga, o colegiado quer ouvir nas próximas re-uniões representantes da Fiocruz e do Instituto Bu-tantan sobre a produção de vacinas para combate ao novo coronavírus, com Anvisa e distribuidoras de oxigênio e o ministro das Relações Exteriores, Er-nesto Araújo, a fim de que preste informações sobre ações do ministério para obtenção de vacinas.

(5)

Campo Grande-MS |Quinta-feira, 18 de março de 2021

A5

cidadES

Crise

Pelo segundo dia consecutivo, MS teve o maior número de vítimas registradas em 24 horas

Recordes de mortes por COVID-19 podem

estar ligados com circulação de variante P.1

Com um novo lote de vacinas contra a COVID-19, a Prefeitura de Campo Grande antecipou o calendário de idosos e, hoje (18), começam a ser imunizadas as pessoas com 75 anos. Na sexta-feira (19), será a vez daqueles que têm 74 anos ou mais. Também será aberta a vacinação de um novo público, os odontólogos e seus auxiliares, e farmacêuticos, que atuam em drogarias ou laboratórios, com mais de 40 anos. Os demais trabalhadores da saúde acima de 50 anos continuam a receber a vacina. No sábado (20) será a repescagem do público que não conseguiu comparecer às unidades. (MO)

Apesar do decreto que restringe a mobilidade urbana da população, Mato Grosso do Sul é o segundo pior estado no ranking de isolamento social, atrás apenas de Santa Catarina (30,03%). Dados da plataforma In Loco apontam que apenas 31,05% da população permaneceu em casa nessa terça-feira (16).

Em Campo Grande, apenas 42% dos moradores evitaram a circulação nas ruas. O percentual é muito inferior aos 70% preconizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde). (MM)

Taxa de isolamento

Mariana Moreira

Mato Grosso do Sul vive em março de 2021 a pior onda da COVID-19 desde o início da pandemia, com re-cordes diários de mortes. A maior justificativa para este cenário caótico é o surgi-mento da variante P.1, com circulação já confirmada no Estado. Conforme a infecto-logista e integrante do COE (Centro de Operações de Emergência) Mariana Croda, a nova cepa mudou o perfil da doença em todas as re-giões de MS. “A maior justifi-cativa [para os recordes] é a introdução dessa variante”, avaliou Croda.

Mais transmissível, a P.1, que surgiu em Manaus (AM), foi detectada em um morador de Corumbá, a 419 quilôme-tros de Campo Grande, em 9 de janeiro deste ano, quando o Estado contava com uma média de 985 novos casos e 23,4 mortes. No entanto, a com-provação por sequenciamento genético só veio em 3 de março. À época, Mato Grosso do Sul tinha 184,1 mil confir-mações da COVID-19 e 3.374 mortes, além de uma média de 838 casos e 18,3 vítimas por dia. Em 14 dias, a realidade do Estado já é outra.

De acordo com o boletim epidemiológico da SES (Se-cretaria de Estado de Saúde) apresentado ontem (17), MS possui 197,5 mil casos confir-mados e 3.709 mortes. Foram registradas ainda 42 novas mortes em decorrência da do-ença em 24 horas, o maior patamar até então.

A média de novos casos cresceu 72% em duas se-manas. O índice de mortes é de 27,3 vítimas por dia nos

últimos sete dias, um cresci-mento de 50% em comparação com o início de março.

Conforme o secretário es-tadual de Saúde, Geraldo Re-sende, a quarta-feira foi o dia mais fatídico em um ano de pandemia. Para um es-tado com o tamanho de Mato Grosso do Sul, estes são ín-dices alarmantes de acordo com o titular da SES.

“Nós estamos colhendo o que plantamos no passado. Os feriados que resultaram em quadros que nós infe-lizmente temos dificuldade de acreditar, festas clandes-tinas, aglomerações que fi-zeram o vírus se espalhar”, reiterou Resende.

Para a infectologista, neste cenário de introdução de uma nova variante, medidas restri-tivas pouco eferestri-tivas, em con-junto com o colapso de todas as regiões de saúde, invaria-velmente, devem contribuir com números cada vez mais catastróficos.

“O interior não tem como transferir pacientes para a Ca-pital e vice-versa e as únicas medidas conhecidas para di-minuir a transmissão da do-ença não têm sido acatadas”, salientou Croda.

Internações

A SES (Secretaria de Es-tado de Saúde) realizou um levantamento de leitos que se encontram à disposição da po-pulação em MS. Até a manhã de ontem (17), a maioria dos hospitais operava com 100% de lotação. Na Capital, por exemplo, o El Kadri e o Hos-pital do Coração colocaram faixas na entrada da unidade para avisar que estão ope-rando com lotação máxima.

Segundo a SES, 921

pa-Oitava remessa

SES autoriza uso de doses remanescentes

contra coronavírus em novos grupos

Rafaela Alves

As 54,6 mil doses do imu-nizante CoronaVac que che-garam ontem (17) ao Estado serão utilizadas somente para aplicação da primeira dose e as remanescentes poderão ser utilizadas para imunizar idosos acima de 60 anos com doencas crônicas e portadores de síndrome de Down a partir dos 18 anos.

De acordo com a SES (Se-cretaria de Estado de Saúde), 3.840 doses serão empregadas para continuidade da imuni-zação dos trabalhadores da saúde. No caso dos municípios que já encerraram a vacinação desse grupo, o próximo grupo deve ser dos idosos acima dos 70. As demais doses, um total de 50.760, são voltadas para esta faixa etária.

Entretanto, ficará a critério dos municípios empregar as doses remanescentes para ini-ciar a vacinação em idosos de 60 anos ou mais com doenças crônicas. Nesse caso, são contemplados os idosos com doenças imunossuprimidas, oncológicos com doença ativa em tratamento, transplan-tados de órgão sólido ou de medula óssea e renais crô-nicos, pneumopatias crônicas graves, pacientes com doenças cardiovasculares crônicas que tenham sido submetidos a pro-cedimentos operatórios.

Outro grupo que também

Avanço da pandemia

Casos de dengue representam

apenas 5% da demanda

de COVID-19 no Lacen

Amanda Amorim

Com o agravamento da pandemia, apenas nos pri-meiros três meses do ano o Lacen (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul) regis-trou um aumento no número de análises da COVID. Ao todo, foram 85 mil testes. Para se ter uma ideia do avanço da doença, no mesmo período, o número de exames de dengue que chegaram ao laboratório soma 5 mil, o que representa 5% do quantita-tivo de testes para o novo coronavírus.

O diretor do Lacen, Luiz Henrique Ferraz Demarchi, revelou que após o período de carnaval houve um au-mento nos casos de COVID, o que elevou a liberação das amostras para cerca de 8 mil por semana. Diferente do que ocorre com a dengue, que libera em média 500 casos por semana. No en-tanto, desde a entrega de uma nova máquina, o Es-tado tem absorvido toda a demanda existente.

“Não temos mandado nada para fora, diferente do que acontecia no início da pandemia, agora conse-guimos dar conta de toda a demanda no Lacen. Para isso, temos atuado com o esquema de plantão desde o

início da pandemia e, dessa forma, nós temos conseguido atender”, pontuou.

Conforme informações repassadas pelo Lacen ao jornal O Estado, os apare-lhos do laboratório realizam até 1,8 mil análises por dia. Toda a demanda é compu-tada a partir do momento que a amostra chega ao labora-tório e só aí começa a contar o período de 72 horas para entrega dos testes.

Os testes são analisados pelo mesmo laboratório, com reagentes diferentes e com a coleta diferente, um por sangue, outro por swab. “Os casos de dengue são sem dúvidas menores do que os de COVID. Não houve um au-mento no número de exames realizados para identificar a doença. E temos realizado a análise de todas as amostras encaminhadas”, analisou.

Os primeiros meses apre-sentam maior preocupação com os casos de dengue. No último boletim da SES (Se-cretaria de Estado de Saúde), divulgado ontem (17), foram identificados mais de 5.044 mil casos prováveis. São números significativos que deixam o Estado na bandeira amarela, de média incidência, mas não causam preocupação em relação à quantidade de amostras analisadas.

Vacinação contra

gripe deve começar

no dia 12 de abril

Vale Universidade

está com as

inscrições abertas

Funtrab passa a

atender de forma

remota até dia 28

Policiais fazem

protestos e pedem

por vacinação

Barreiras sanitárias

detectaram 35

casos suspeitos

O Ministério da Saúde anunciou que a campanha nacional de vacinação contra o vírus influenza vai começar no dia 12 de abril. Entre os grupos prioritários estão: crianças até 6 anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde, idosos com mais de 60 anos, professores, portadores de doenças crônicas, pessoas com deficiência. A lista completa pode ser checada no site do Ministério da Saúde. (RC)

Os acadêmicos de Mato Grosso do Sul já podem fazer inscrições para o programa Vale Universidade, que disponibiliza, este ano, 1,5 mil vagas. O processo de inscrição e seleção segue até o dia 8 de abril, às 16h. Desde a criação do programa até o ano passado, mais de 19 mil universitários já foram habilitados. Eles têm direito ao benefício social e a oportunidade de participar de estágio. (MO)

A Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) suspendeu hoje (18) os serviços de atendimento ao público presencial em Campo Grande por conta da situação atual da pandemia. A previsão é de que o retorno seja no dia 28 deste mês. O órgão vai atender de forma on-line. A Funtrab disponibiliza agendamento por meio do app “MS Contrata + para Trabalhadores” em Campo Grande, permitindo o atendimento. (MO)

Policiais civis cruzaram os braços por meia hora em frente das delegacias de Mato Grosso do Sul, ontem (17), em forma de protesto contra medidas do governo federal que, segundo o Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), estão prejudicando a segurança pública. Além disso, eles reivindicaram o direito pela vacinação contra a COVID-19 e demonstraram solidariedade aos policiais vítimas da doença. (MO)

Em seis dias de

funcionamento, as barreiras sanitárias instaladas pela prefeitura da Capital abordaram 37,5 mil pessoas e detectaram 35 casos suspeitos de COVID-19. São considerados casos suspeitos pessoas que relataram ou apresentaram sintomas leves, como febre, dor de cabeça e coriza, comuns em COVID. Todas foram orientadas a procurar um serviço de saúde. As barreiras atuam diariamente, das 7h às 17h, nas saídas de Campo Grande. (RC)

Curtas

poderá ser imunizado é o das pessoas com síndrome de Down com idade a partir de 18 anos. Em entrevista na última terça-feira à TV Morena, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, já tinha afir-mado sobre essa ampliação dos grupos, em especial dos

portadores de síndrome de Down. “Essa é uma população que, se contrair a COVID-19, leva ao número grande de mortes”, assegurou.

A resolução com essas novas possibilidades de imu-nização foi publicada pela se-cretaria ontem (17).

cientes estavam internados na quarta-feira: 519 estavam em leitos clínicos e 402 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A taxa de ocupação de leitos na macrorregião da Capital chegou a 94%, e a 91% em Dourados. Em Três Lagoas, os índices de inter-nação estão em 78%, e 96% em Corumbá.

A prefeitura da Capital agi-lizou a abertura de 120 leitos na Unidade de Trauma da Santa Casa. A informação foi divulgada na tarde de ontem e, conforme o município, são 90 clínicos e 30 de UTI. Todas as vagas são para pacientes com COVID-19 e vão absorver demanda excedente em outras unidades.

Segundo a prefeitura, os novos leitos vão desafogar o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), que es-tava operando com 108% até dia 16. A Unidade de Trauma também vai servir para tratar os pacientes que estão nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e em CRSs (Centros Regionais de Saúde). Com a abertura desses leitos,

pacientes com outras patolo-gias serão direcionados para outros hospitais.

Também foram ativados 15 leitos de retaguarda no Hos-pital São Julião. Segundo a prefeitura, foram abertos 54 novos leitos nas duas últimas semanas.

Panorama nacional

Segundo o levantamento realizado pela Fiocruz (Fun-dação Oswaldo Cruz), das 27 capitais brasileiras, 25 atin-giram no começo do mês o nível crítico de ocupação de leitos de UTI (Unidade de

Terapia Intensiva), com taxas acima de 80%. Quinze delas tinham um nível de ocupação acima de 90%, inclusive Campo Grande, com uma taxa de 93% de internações.

De acordo com a infectolo-gista Mariana Croda, enquanto houver alta circulação de pes-soas, as medidas impostas pelo decreto estadual, que preconiza o toque de recolher das 20h às 5h, serão pouco efe-tivas. “Vamos precisar esperar colapsar, como muitos estados e municípios têm vivido, para tomar medidas mais duras”, alertou Croda.

Wanderson Lara/Arquivo OEMS

Vacinas CoronaVac chegaram a MS e o lote trouxe mais de 54 mil doses

Novo calendário em Campo Grande

985,6

986,6

838,1

1.447

141.649

142.765

184.117

197.541

23,4

24

18,3

27,6

577

589

661

921

MÉDIA DE CASOS POR DIA

MÉDIA DE CASOS POR DIA

MÉDIA DE CASOS POR DIA

MÉDIA DE CASOS POR DIA

CASOS COVID

CASOS COVID

CASOS COVID

CASOS COVID

MÉDIA DE MORTES POR DIA

MÉDIA DE MORTES POR DIA

MÉDIA DE MORTES POR DIA

MÉDIA DE MORTES POR DIA

INTERNADOS

INTERNADOS

INTERNADOS

INTERNADOS

Notificação da P.1 em MS Confirmação da P.1 em MS 14 dias da P.1 confirmada em MS

9/1

3/3

17/3

EVOluçãO DO NúMERO DE MORTES E INTERNAçõES POR COVID-19

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde

um dia antes da notificação da P.1 em MS

(6)

rior. “Muitos pacientes de todas as macrorregiões, com exceção de Corumbá, já aguardam transferência para Capital. Isso é um impacto muito grande que Campo Grande não está con-seguindo absorver”, explicou Fluminhan.

Diante dessa situação grave em que os hospitais se encon-traram, o MPMS tem moni-torado a ampliação de novas vagas. Segundo a promotora, ontem (17), 15 novos leitos clínicos foram ampliados no Hospital São Julião. Já na

terça-feira (16), 10 vagas de UTI geral da Santa Casa foram transformadas em UTI-COVID. Ainda na Santa Casa, foram ampliados 24 leitos clínicos e mais 24 serão implementados no mesmo local. Outros hos-pitais como El Kadri e Clínica Campo Grande também rece-beram novas vagas.

Mesmo assim, a promotora afirma que não são suficientes. “A demanda está sendo extre-mamente alta advinda dessa nova variante que transmite mais rápido, pacientes estão

A6

Campo Grande-MS |Quinta-feira, 18 de março de 2021

CIDADES

Saúde no limite

Com hospitais lotados, pacientes do interior já aguardam por vaga na Capital

Demanda por leitos clínicos e de

UTI supera ritmo de ampliações

Temos falta de recursos

humanos, insumos

e medicamentos

Filomena Fluminhan, promotora de justiça

Após alta dos combustíveis

Alteração

Investigação

Carreata e paralisação encerram

protestos dos motoristas de aplicativo

Ônibus ganham novos

horários para rodar após

as 20h nos fins de semana

Com hematomas,

mulher morre na

rua após pedir

ajuda de vizinhos

Mariana Ostemberg

Mesmo com a abertura de novos leitos clínicos em Campo Grande, 56 pacientes com COVID-19 que estavam em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), na terça-feira (16), aguardando por vagas em hospital. Se-gundo a promotora de jus-tiça da Saúde, Filomena Flu-minhan, essa situação “até então não tinha sido viven-ciada na Capital”. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) afirma que esforços estão sendo feitos para a ampliação de vagas nos hospitais, porém, não há previsão para a imple-mentação de mais leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), essenciais para quem se encontra em uma situação grave por conta da doença.

Ainda conforme o MPMS, essas pessoas que aguardavam por um leito foram distribuídas para diversas unidades hospi-talares como Hospital de Câncer, Hospital Univer-sitário, Maternidade Cân-dido Mariano, El Kadri, Clínica Campo Grande e Santa Casa. No mesmo dia, 19 pacientes que estavam no Hospital Regional, refe-rência para o tratamento da COVID-19, também pre-cisaram ser encaminhados para outras unidades.

Com tanta demanda, a Capital não consegue atender os pacientes que aguardam por vagas no

inte-Amanda Amorim

Cerca de 1,5 mil veículos se uniram ontem (17) na última manifestação dos motoristas de aplicativo neste mês. A ação foi nacional e pede a redução do valor da gasolina para os valores cobrados em dezembro e melhorias para atuação dentro das plata-formas. Inicialmente, o plano seria paralisar as atividades nos aplicativos durante todo o dia, mas, pelas ruas, alguns motoristas foram vistos em corridas e o aplicativo funcio-nava normalmente.

O motorista Fuad Sala-mene Neto, 39 anos, contou que as ações tiveram início no dia 1º de março. O trabalho dos grupos foi de chamar a atenção da população e dos próprios motoristas que não tinham conhecimento das ações. Os 1,5 mil motoristas foram somados durante todo o percurso, já que alguns en-traram no caminho enquanto outros saíram.

“Essas manifestações se encerram enquanto nós es-peramos o posicionamento do Estado e das plataformas de mobilidade. E, se for pre-ciso, podemos voltar a nos reunir, agora que já sabemos a força que podemos ter juntos”, apontou.

A manifestação começou na Governadoria, no Parque dos Poderes. O grupo seguiu pela Avenida Afonso Pena até a frente do Aeroporto de Campo Grande. Ao todo, o percurso levou cerca de três horas, Durante o mês de

março, a categoria realizou ações para chamar a atenção para o pedido de redução no valor do combustível. Por mais de uma semana eles rodaram os postos de combustíveis da Capital, abastecendo apenas R$ 0,50, arrecadando mais de mil notas fiscais que foram levadas em uma reunião com o governo do Estado.

Solicitações

O motorista de aplicativo Alfredo Orlando, 35 anos, contou que a categoria se uniu e levou três alternativas para a redução do valor do combustível, em uma reunião com o governo do Estado. A primeira é a redução da alí-quota aplicada sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Serviços), para manter os valores apli-cados em dezembro de, no máximo, R$ 4,77 pela gaso-lina e R$ 3,70 pelo dísel, que seria um benefício conquis-tado para toda a população. As outras duas alternativas eram um cadastro com o go-verno do Estado, regularizado com CNPJ por meio de MEI (mi-croempreendedor individual), e uma porcentagem do que era gasto ao abastecer seria convertido em um voucher para os motoristas. Já a última foi a compra de combustível subsi-diado pelo Estado e repassado em um valor mais acessível. Também pediram o fim da mo-dalide de desconto nos aplica-tivos, que reduz ainda mais o lucro dos motoristas.

Uma mulher identificada como Leonida Freitas, de 48 anos, morreu ontem (17), pela manhã, três dias após ser agredida pelo compa-nheiro com quem manteve um relacionamento por 15 anos. Segundo testemu-nhas, a vítima saiu pela Rua Dom Fernandes Sardinha, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande, pedindo ajuda e reclamando que es-tava com falta de ar, chegou a ser socorrida, mas não re-sistiu. O caso foi registrado como morte a esclarecer.

Inicialmente, familiares acreditaram que a morte era uma consequência das agressões sofridas pela mulher no domingo (14). Porém, por nota, a Po-lícia Civil informou que os exames no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) revelaram que este não foi o motivo da morte. O resultado foi divulgado no fim da tarde de ontem.

Apesar disso, a Polícia Civil vai investigar o marido da vítima, já que as agres-sões foram registradas como crime de lesão corporal.

A filha dela contou para a polícia que, na terça-feira (16), foi até a casa da mãe e a encontrou com vários ferimentos pelo corpo. Leo-nida revelou para ela que o companheiro havia batido nela porque estava agres-sivo em decorrência do uso de drogas e, em seguida, havia fugido. (MO)

Rafaela Alves

Apesar de o novo decreto em vigor desde o último do-mingo (14) determinar o fecha-mento de serviços e atividades não essenciais às 16h aos sábados e domingos, os ônibus vão rodar além desse horário. Os horários foram estipulados pela Agetran (Agência Muni-cipal de Transporte e Trân-sito) depois de uma reunião que ocorreu ontem (17). A mudança já começa a valer a partir deste fim de semana, 20 e 21 de março.

Conforme o diretor-pre-sidente da agência, Janine Bruno de Lima, as linhas deno-minadas troncais, que levam os passageiros de um terminal ao outro, vão dar sua última volta às 20h. A última saída das alimentadoras, que rodam dos terminais para os bairros, será às 21h. No fim de semana haverá também às 20h45 as linhas que fazem os shoppings. Já as linhas dinâmicas, que saem da Praça Ary Coelho, ro-darão em três horários: 21h40, 22h40 e às 23h40.

“O que ocorre no fim de semana é que os serviços não essências tem que fechar às 16h, mas a circulação de pessoa, conforme o toque de recolher, é liberado até às 20h. E tem outra coisa também, o estabelecimento fecha as portas às 16h, mas até que o funcionário vá embora já são quase 17h. E a ideia das linhas saindo dos shoppings às 20h45 é justamente para atender as pessoas que trabalham na praça de alimentação e estava

vendendo por delivery”, ex-plicou Janine.

Em relação às linhas di-nâmicas, os passageiros pre-cisam realizar um cadastro junto ao Consórcio Guaicurus por meio do telefone (67) 3316-6600 para que se possa saber qual ônibus pegar. Segundo o Consórcio Guaicurus, já foram realizados 70 cadastros.

Janine alertou ainda que o cadastro é importantíssimo para que possa haver direcio-namento e ainda auxiliar a concessionário sobre quantos ônibus serão necessários para atender a demanda.

“É mínimo o número de passageiro que necessita uti-lizar das linhas dinâmicas, tem ônibus que roda com dois passageiros. Então o cadastro é fundamental para que pos-samos distribuir os usuários por região para atendê-los da melhor forma possível. Quem não tem o cadastro e pre-cisa, por ventura, utilizar das linhas dinâmicas, até pode, mas como não sabemos o des-tino final, não damos garantia que o deixaremos próximo da sua casa, por exemplo”, assegurou.

Segunda a sexta

Até amanhã (19), a última saída das linhas troncais será às 21h. Os ônibus convencio-nais fazem a última viagem no centro da cidade às 21h30 em direção aos bairros. Com isso a última partida das linhas alimentadoras será às 22h. Já as rotas dinâmicas vão partir da Praça Ary Coelho em dois horários: às 22h40 e 23h40.

Santa Casa é um dos hospitais que receberam ampliação de leitos para atender pacientes

Nilson Figueiredo/Arquivo OEMS

chegando mais graves e estão muito deles evoluindo para necessidade de leito de UTI.” Segundo ela, três fatores têm dificultado essa ampliação. “Temos falta de recursos hu-manos, insumos e medica-mentos.”

O MPMS tem monitorado os hospitais desde o dia 2 de março. “A nossa vistoria está sendo de forma preventiva para nós constarmos onde tem disponibilidade estrutural para abrir mais leitos, nós não podemos permitir paciente em UPA”, disse a promotora. Flu-minhan afirma que ainda não chegou nenhuma denúncia ao MPMS de pacientes que mor-reram à espera de leitos e “estamos trabalhando para que isso não ocorra”.

Além disso, tem alertado os promotores do interior para fiscalizar a situação nos muni-cípios. “Estamos trabalhando de forma alinhada no sentido de cobrarmos ampliação de leitos e monitorarmos os níveis de insumos, medicamentos e oxigênio”, ressaltou.

Com a dificuldade da aber-tura de novas vagas nos hos-pitais em todo país, Fluminhan faz um apelo para que as pessoas intensifiquem os cui-dados de prevenção.

“É necessário que a popu-lação tenha a consciência nesse momento da dificuldade de am-pliar leitos, principalmente de UTI em razão de não ter mais recursos humanos, estar di-minuindo as possibilidades de equipamentos e indisponibili-dade de insumos para sedação e entubação”, reforçou.

Carreata cruzou Afonso Pena de ponta a ponta para chamar atenção para reivindicações

Valentin Manieri

LINHAS ALIMENTADORAS

22h

21h

LINHAS DINÂMICAS

(PRAÇA ARY COELHO)

22h40 - 23h40

21h40 – 22h40 – 23h40

LINHAS TRONCAIS

21h

20h

CONFIRA OS HORÁRIOS DO FIM DE SEMANA

Fonte: Agetran

SEGUNDA A

SEXTA-FEIRA

SÁBADO E

DOMINGO

Referências

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