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RELATÓRIO SOCIOAMBIENTAL

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO SOCIOAMBIENTAL

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DIMENSÃO GERAL

VISÃO E ESTRATÉGIA 03

Compromisso da Alta Administração com a Questão Socioambiental 03

PERFIL 04

Conhecendo a CEPISA 04

Evolução Histórica 09

Contexto do Estado do Piauí 10

SISTEMAS DE GESTÃO E O DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS 11

A Questão Socioambiental Inserida na Cultura Organizacional 11

O Modelo de Gestão e a Questão Socioambiental 11

Gerenciando o Relacionamento com as Partes Interessadas 12

Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade 15

DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA 20

O Modelo de Governança Corporativa 20

DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA 22

Indicadores Econômico-Financeiros 22

Investimentos na Concessão 26

Outros Indicadores 29

DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL 31

Gestão de Pessoas 31

Indicadores Sociais Internos 36

Relacionamento com os Fornecedores 39

Os Clientes Estratégicos 40

Investimento Social 40

Indicadores Sociais Externos 41

Os Programas de Energia 44

Indicadores do Setor Elétrico 47

DIMENSÃO AMBIENTAL 53

Gerenciando o Impacto Ambiental 53

Indicadores Ambientais 54

ANEXOS 58

Balanço Social - 2008 (modelo IBASE) 58

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DIMENSÃO GERAL

VISÃO E ESTRATÉGIA

1. Compromisso da Alta Administração com a Questão Socioambiental

Conscientes dos desafios de 2011, cujo ambiente econômico é promissor, porém com grandes obstáculos em nossa área de concessão, cujo fornecimento de energia elétrica tem crescido a taxas médias significativas. Nesse cenário, concentraremos os esforços na melhoria dos serviços prestados aos clientes, com disciplina financeira e técnico-operacional, de modo a honrar os compromissos com consumidores, acionistas, clientes e fornecedores.

Em agosto de 2010, as tarifas foram reajustadas em 6,11 %, com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão.

No exercício de 2010, por orientação da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e Comissão de Valores Mobiliários - CVM, as empresas emitiram dois balanços, um regulatório e outro societário. No presente relatório estão contemplados os valores do balanço social societário, com a reapresentação dos valores apurados do exercício de 2009.

No exercício, a Companhia apurou prejuízo de R$ 68.590 mil, inferior em 38,0 % ao apresentado em 2009.

A receita operacional líquida, no montante de R$ 877.815 mil, aumentou 54,8 %, quando comparada a registrada em 2009.

Devido ao crescimento dos custos e despesas operacionais, o resultado operacional foi negativo de R$ 23.439 mil, menor 16,9% em comparação com o apurado no exercício anterior.

A geração de caixa operacional (EBTIDA) resultou em um valor negativo de R$ 5.178 mil, maior 108,9 % que a realizada em 2009.

O mercado de energia elétrica cresceu 17% em relação ao ano anterior, substancialmente influenciado pelo desempenho do consumo das classes residencial, rural, comercial e poder público. O número de clientes atendidos foi de 949.436, correspondendo ao acréscimo de 6,4%, em relação ao ano passado.

As perdas de energia elétrica continuam em declínio, apesar de ainda estarem em patamar elevado. No exercício de 2010, o índice de perda sofreu o decréscimo de 5,5 %.

O desempenho das concessionárias quanto à continuidade do serviço prestado de energia elétrica é aferido com base em indicadores específicos, denominados de DEC e FEC. O DEC (número de horas em que, em média, cada cliente fica sem energia) encerrou o ano com 6,2% de redução em relação a 2009. O FEC (número de vezes em que, em média, cada cliente fica sem energia) não apresentou evolução, mantendo 32,15 vezes.

O programa de investimento contemplou a execução de obras no valor de R$ 275.916 mil, destacando-se os R$ 230.692 mil aplicados no Programa Luz para Todos. Realizando 33.015 ligações no ano de 2010, representando acréscimo de 125,9 % em relação às ligações efetuadas em 2009 (total de 14.616), sendo esse o melhor resultado alcançado desde a implantação do programa no Estado do Piauí.

Deverá perseguir o objetivo de conclusão do Programa Luz para Todos, de modo a cumprir a meta de universalização em 2011, as perdas, a inadimplência e os indicadores de qualidade DEC e FEC continuam a serem os grandes desafios para a administração da Companhia.

Buscando o cumprimento das orientações estratégicas definidas para sua gestão no Contrato de Metas de Desempenho Empresarial – CMDE, assinado em 2009 e celebrado com a Centrais Elétricas Brasileiras – ELETROBRAS, a Empresa tem melhorado seus processos visando o atendimento de metas e resultados estabelecidos.

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PERFIL

2. Conhecendo a CEPISA

A Eletrobras Distribuição Piauí é constituída como sociedade de economia mista com o objetivo de explorar serviço público de distribuição de energia elétrica, no Estado do Piauí, com o controle acionário exercido pela Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobras desde outubro de 1997.

Em 2010, a empresa passou por transformações profundas desde a mudança da marca aos valores e princípios que a norteiam. A Cepisa passa, então, a ser conhecida por Eletrobras Distribuição Piauí, com a visão de se tornar, até 2020, o maior sistema empresarial de energia limpa, com rentabilidade comparável às das melhores empresas do setor elétrico e a missão de atuar nos mercados de energia de forma integrada, rentável e sustentável.

Como valores, a Eletrobras Distribuição Piauí adota o foco em resultados, no empreendedorismo e inovação, na valorização e comprometimento das pessoas e na ética e transparência.

O Estado do Piauí, embora seja o terceiro maior da Região Nordeste em extensão geográfica, possui, de acordo com dados do senso do IBGE 2010, a segunda menor população da região, o que evidencia sua baixa densidade demográfica e conseqüentes dificuldades para a concessionária atender a todos os habitantes da sua área de concessão.

Ainda que o crescimento econômico do Piauí tenha avançado nos últimos anos, o Estado mantém o menor PIB da Região Nordeste, com uma participação que não chega a 1% do PIB nacional. Diante desse complexo contexto socioeconômico, o Piauí apresenta-se como o Estado com o maior número de indivíduos abaixo da linha da pobreza, com 1,5 milhões de pessoas nesta situação, que correspondem a 59% da sua população, sendo que destes, 72% situam-se na zona rural, o que dificulta sobremaneira o acesso da população aos serviços básicos, bem como o controle, por parte da CEPISA, das redes de distribuição.

O sistema elétrico da CEPISA é constituído, atualmente, de 4.897 km de linhas de subtransmissão, nas tensões de 138 kV, 69 kV e 34,5 kV, 71 subestações, 54.353 km de redes de distribuição, em alta e baixa tensão, e 31.838 transformadores de distribuição, totalizando a potência de 988 MWA instalados.

A concessionária atende a todos os 224 municípios do Estado, distribuídos numa área de concessão de 251.576,644 km² e 3.119.015 habitantes, atendendo a 949.436 unidades consumidoras por meio de linhas de distribuição e subestações.

COLABORADORES

O número de empregados do quadro próprio da Eletrobras Distribuição Piauí, em dezembro de 2010, foi de 1.330. No mesmo período, a empresa contou com a colaboração de 1.210 terceirizados, 85 estagiários e 31 menores aprendizes. A relação de consumidores/empregados foi de 713.

CONTRATO DE CONCESSÃO

Em 12/02/2001, a CEPISA firmou o Contrato de Concessão nº 04/2001, com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, para a distribuição de energia elétrica no Estado do Piauí, com vigência até 7 de julho de 2015.

A CEPISA, em 8 de junho de 2010, celebrou com a União o segundo termo aditivo ao contrato de concessão, cujo objetivo foi o de alterar os procedimentos de cálculo dos reajustes tarifários anuais, visando à neutralidade dos Encargos Setoriais da Parcela “A” da Receita Anual da Concessionária.

Como concessionária do serviço público de distribuição de energia elétrica, a CEPISA está sujeita às exigências estabelecidas em seu contrato de concessão e às normas definidas pela ANEEL.

Para atender plenamente às obrigações legais e à demanda regulatória preconizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, a CEPISA tem procurado elevar seu padrão de desempenho e implementar ações que resultem em melhoria dos processos e de atendimento.

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5

A Companhia mantém uma Diretoria de Assuntos Regulatórios e Projetos Especiais, para estreitar o relacionamento com o órgão regulador, acompanhando de forma permanente os aspectos que podem interferir na continuidade do seu contrato de concessão.

Todas as mudanças na estrutura regulatória do setor energético brasileiro são acompanhadas, na busca de evitar multas ou não conformidades, aspectos considerados estratégicos para a valorização da Companhia no setor elétrico e, de forma específica, junto à sociedade e demais órgãos governamentais.

No período de 19 a 20/04/2010, foi realizado, no complexo sede da CEPISA, Workshop, promovido pela Diretoria de Assuntos Regulatórios e Projetos Especiais, objetivando analisar e elaborar planos de ações preventivas e corretivas para as não-conformidades constantes nos Relatórios de Fiscalização da ANEEL, de modo a garantir à adequação da Companhia às normas legais e regulamentares do órgão regulador.

O Workshop contou com a presença da Diretoria Executiva e de colaboradores da Companhia e das empresas de distribuição de Roraima, Acre, Alagoas, Rondônia e Amazonas Energia.

No final do evento foram elaborados os planos de ações preventivos e corretivos das Diretorias de Operação, Comercial, Financeira e Planejamento e Expansão.

ÁREA DE CONCESSÃO

Os serviços da concessionária abrangem todos os 224 municípios do Estado, distribuídos numa área de 251,5 km² e 3.119.015 habitantes, atendendo mais de 949.436 consumidores, por meio de linhas de distribuição e subestações.

A CEPISA EM REGIONAIS

A CEPISA atua no Piauí através de cinco Gerências Regionais na sede das quais se concentram as demandas gerenciais e operacionais.

Para atender ao público, a empresa conta com o trabalho de empregados em 67 agências de atendimento presencial, sendo seis na capital. E há o projeto de instalar, até setembro de 2011, 163 novas agências, contemplando os consumidores dos 224 municípios piauienses.

A Regional Metropolitana Municípios atendidos: 18 Consumo: 1.164.544 MWh Nº de consumidores: 324.055

Consumo Médio/consumidor: 299,47 kWh/consumidor/mês

Sede da Regional: Teresina, ocupa 0,57% do total da área do Estado, com 251.094 clientes (26,45 % do total do Estado), consumo 1.056.654 MWh (47,62 % em relação ao Estado) e consumo médio de 310,30 kWh/consumidor/mês.

A Regional Norte

Municípios atendidos: 48 Consumo: 377.400 MWh Nº de consumidores: 240.172

Consumo Médio/consumidor: 130,95 kWh/consumidor/mês

Sede da Regional: Parnaíba, com 44.237 clientes (4,66% do total do Estado), consumo 112.113 MWh (5,05 % em relação ao Estado) e consumo médio de 191,37 kWh/consumidor/mês.

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A Regional Sudeste

Municípios atendidos: 56 Consumo: 303.238 MWh Nº de consumidores: 154.932

Consumo Médio/consumidor: 163,1 kWh/consumidor/mês

Sede da Regional: Picos, com 27.620 clientes (2,91% do total do Estado), consumo 84.788 MWh (3,82 % em relação ao Estado) e consumo médio de 233,36 kWh/consumidor/mês.

A Regional Centro Sul

Municípios atendidos: 65 Consumo: 262.174 MWh Nº de consumidores: 153.974

Consumo Médio/consumidor: 141,89 kWh/consumidor/mês

Sede da Regional: Floriano, com 19.076 clientes (2,01 % do total do Estado), consumo 55.231 MWh (2,49 % em relação ao Estado) e consumo médio de 206,83 kWh/consumidor/mês

A Regional Sul

A Regional Sul

Municípios atendidos: 37 Consumo: 111.505 MWh Nº de consumidores: 76.303

Consumo Médio/consumidor: 121,78 kWh/consumidor/mês

Sede da Regional: Bom Jesus, com 7.396 clientes (0,78 % do total do Estado), consumo 17.769 MWh (0,8 % em relação ao Estado) e consumo médio de 173,42 kWh/consumidor/mês.

CLIENTES

A CEPISA fechou o ano de 2010 com 949.436 consumidores. O aumento foi 6,39% em relação ao ano anterior: 57.045 novos clientes por ano e 4.754 por mês.

Evolução do número de clientes:

CLASSE 2006 2007 2008 2009 2010 2010/2009(%) Residencial 667.534 701.693 734.576 774.486 828.745 7,0 Comercial 61.398 65.278 67.136 69.510 70.258 1,1 Industrial 4.150 4.074 4.042 3.945 3.810 -3,4 Rural 24.105 25.658 26.590 27.379 28.900 5,6 Poder Público 11.702 12.394 13.077 13.671 13.432 -1,7 Iluminação Pública 1.042 797 803 800 834 4,3 Serviço Público 2.166 2.240 2.388 2.463 3.322 34,9 Próprio 130 132 151 137 135 -1,5 Total 772.227 812.266 848.763 892.391 949.436 6,4

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MERCADO

O consumo de energia elétrica no estado do Piauí, no ano de 2010, foi de 2.218.863 MWh, correspondendo a uma expansão de 17,0% em relação ao valor verificado em ano de 2009, com destaque para o desempenho da classe residencial (22,5%), rural (23,1%), comercial (16,7%) e poder público (14,7%). Essas taxas de crescimento acentuadas são resultantes em parte pela entrada de novos clientes, maior dinamismo da economia que como conseqüência refletiu no aumento da renda das famílias, regularização dos consumidores sem medição, os investimentos que vem sendo implementados pela empresa, os investimentos através do PAC, principalmente as obras estruturantes e o Programa Habitacional Minha Casa, Minha Vida, associados pelas temperaturas acima da média e a uma base baixa de comparação. Ressalte-se que o consumo de energia no Piauí em 2009 cresceu 3,6% em relação ao ano de 2008.

Evolução das vendas, por classe, em MWh.

CLASSE 2006 2007 2008 2009 2010 2010/2009(%) Residencial 665.084 710.125 759.959 807.695 989.528 22,5 Comercial 332.004 350.847 369.849 388.716 453.775 16,7 Industrial 197.162 207.291 235.932 231.367 251.424 8,7 Rural 73.652 83.277 81.719 79.862 98.277 23,1 Poder Público 133.428 135.404 145.906 151.355 173.530 14,7 Iluminação Pública 112.638 115.313 118.579 121.840 124.960 2,6 Serviço Público 110.811 112.308 115.410 112.680 124.960 10,2 Próprio 3.295 3.288 3.126 3.112 3.247 4,3 Total 1.628.074 1.717.853 1.830.480 1.896.627 2.218.863 17,0

O mercado piauiense caracteriza-se pela forte concentração do consumo de eletricidade nos segmentos residencial e comercial. Juntos esses dois segmentos do mercado responderam por 65,1% do consumo total de energia consumida no estado em 2010. Ocupando a terceira posição o consumo industrial representou 11,3% do consumo total, com isso refletindo a necessidade de incentivo à indústria em diversos segmentos, bem como a ampliação e a atração de novos empreendimentos no estado através de incentivos fiscais.

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COMPRA DE ENERGIA – MWH

Para atender ao mercado consumidor, a energia contratada em 2010, foi de 3.522.095 MWh, sendo 3.467.685, por meio dos Contratos de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR, e de 54.410/MWh, através do PROINFA, superior em 4,56% ao montante de 2009 (3.368.230 MWh).

O custo médio da energia comprada foi de R$ 84,5/MWh, superior em 6,56% ante 2009(R$79,3/MWh).

A energia comercializada no mercado de curto prazo foi de 172.924 MWh.

O faturamento com venda de energia atingiu a marca de R$ 1.008.842 mil, superior em 17,7% ao de 2009, representando a maior taxa de crescimento, entre as distribuidoras de energia elétrica das regiões norte e nordeste do Brasil.

Fornecimento de Energia

por Classe (R$Mil)

2007

2008

2009

2010

2010/2009

(%)

Residencial

322.348 353.544 410.167

488.109

19,0

Industrial

68.911

79.398 72.465

76.531

5,6

Comercial

178.644 194.464 183.542

208.245

13,5

Rural

20.305

21.101 26.254

31.024

18,2

Poder Público

60.433

68.557 66.258

73.800

11,4

Ilum. Pública

40.142

38.692 34.594

33.955

-1,9

Serviço Público

38.502

41.108 37.846

40.756

7,7

Consumo Próprio

1.686

1.624

Subtotal 730.971 798.488 831.126 952.420 14,6

(-)Fornecimento Não Faturado

4.101

2.555

-37,7

(-)Receita distribuição

-409.489

Remuneração da WACC - IFRIC 12

-17.752

-27.260

53,6

Total 730.971 798.488 817.475 518.226 -36,5

Fonte: Notas Explicativas ás Demonstrações Contábeis - 31 de dezembro de 2010 de nº 28.

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ARRECADAÇÃO

A Companhia alcançou, em 2010, a arrecadação de R$ 879.020 mil, representando o índice de 87,1% sobre o faturamento.

Evolução do faturamento e arrecadação

Fonte: Diretoria Comercial.

A arrecadação ainda sofre impacto negativo da baixíssima adimplência dos poderes municipais (apenas 66% - consumo próprio mais iluminação pública), dos consumidores que detêm liminares impedindo a suspensão do fornecimento (1,2% do faturamento mensal), da conciliação de interesses sociais que inibem o corte de energia em hospitais, escolas, delegacias, águas e iluminação pública e do sentimento de impunidade de grande parte dos clientes que fazem uso da prática da auto religação.

3. Evolução Histórica

1914 - Da construção da primeira usina até a década de 60, o Piauí dispõe apenas de núcleos precários e isolados de geração e de distribuição de energia, por meio de usinas termelétricas à lenha ou a óleo diesel, com fornecimento para zonas urbanas, durante poucas horas da noite.

Na capital, Teresina, o suprimento é feito pelo Instituto de Águas e Energia Elétrica – IAEE e no interior do Estado é de responsabilidade das Prefeituras Municipais.

As redes de distribuição, com postes de madeira, apresentam grandes quedas de tensão e freqüentes desligamentos.

1962 - A CEPISA foi constituída como Sociedade Anônima em 8 de agosto de 1962, com a razão social de Centrais Elétricas do Piauí S.A.

No final da década de 60 inicia-se a construção, em padrões técnicos, de um sistema integrado de produção, transmissão e distribuição de energia, possibilitando o surgimento de uma mentalidade empresarial para os serviços elétricos. Em 1969, a CEPISA tem apenas 13.805 consumidores.

1970 - Entra em operação a Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, construída pela COHEBE – Companhia Hidrelétrica de Boa Esperança, e o Estado começa a dispor de energia suficiente para criar condições de implantação de atividades econômicas de grande consumo de energia.

No mesmo ano, a CEPISA incorpora os acervos da Companhia de Eletrificação do Nordeste - CERNE e da Companhia Luz e Força da Parnaíba – CLFP, passando a ser a única concessionária de distribuição de energia elétrica no Piauí.

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1973 a 1978 - A CEPISA desenvolve o Plano de Eletrificação para o Piauí, interligando o sistema com a energia hidrelétrica gerada pela Usina de Boa Esperança. No final de 1978, ano da conclusão da rede básica de distribuição, a CEPISA conta com 93.457 consumidores

1982 - São construídas duas grandes subestações de 69/13.8 kV - 40 MVA, nos bairros Jockey e Marquês, em Teresina, o anel de transmissão de 69 kV, interligados à subestação da CHESF. Até então, são as maiores obras da CEPISA em porte físico e volume de recursos;

1987 - Lei Estadual nº 4.126 altera a razão social da CEPISA, para Companhia Energética do Piauí, e amplia o seu campo de ação.

1995 - Construção da primeira linha de transmissão da CEPISA em 138 kV, com 141 km de extensão – Piripiri / Tabuleiros

1996 - Construída a terceira subestação de Teresina – Macaúba - 69/13.8 kV -50 MVA. Construídas a linha de transmissão em 69 kV Picos/Itapissuma – 110 km e a subestação Junco

1997 - ELETROBRÁS assume controle acionário – Autorizado pela Lei Estadual nº 4.868, o Poder Executivo, iniciou em 19 de dezembro de 1996, o processo de alienação das ações de propriedade do Estado, que integravam o capital social da CEPISA.

Numa primeira fase, a ELETROBRÁS amplia sua participação acionária para 48,86% das ações ordinárias e assume, em 13 de janeiro de 1997, a gestão da CEPISA, de forma compartilhada com o Governo do Estado. No mesmo ano, em 20 de outubro, a ELETROBRÁS adquire o controle acionário da CEPISA, ou seja, 98,8%, e assume o compromisso de preparar a Companhia para a privatização.

2000 - Entra em operação a subestação Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba – a primeira em 138/69 kV, com 120 MVA de potência. Energizada em 138 kV a linha de transmissão - Piripiri /Tabuleiros.

2005 - Energizado o sistema Satélite em 69 kV, que inclui linhas de transmissão, com 10 km, e a Subestação 69/13,8 kV – 25 MVA. A potência desta subestação foi ampliada para 45 MVA, em 2007.

2006 - Em execução, extenso programa de obras de reforço do sistema de subtransmissão, incluindo a construção e reforma de subestações, linhas de transmissão em 69 kV, para ampliação da oferta de energia em todo o Estado e implantação do Programa Luz para Todos.

2007- Energizada a linha de transmissão em 69 kV Elizeu Martins/Bom Jesus, com 140 km, proporcionando o aumento da oferta de energia no eixo Bom Jesus a Corrente.

2008 - A ELETROBRÁS criou a Diretoria de Distribuição, cujo diretor assumiu concomitantemente a presidência das seis empresas distribuidoras sob seu controle, dentre as quais a CEPISA, iniciando em junho de 2008 uma gestão centralizada.

2009 - Lançado o Plano de Melhoria de Desempenho das Empresas de Distribuição da ELETROBRAS para o biênio 2009/2010. Em agosto, a linha de transmissão 69 kV, de 82,5 km de extensão entre Campo Maior e Piripiri, foi energizada.

2010 - Em março desse ano, ocorre uma mudança profunda e das mais importantes do Plano de Transformação: o lançamento da nova marca da empresa, que passa a ser apresentada como Eletrobras Distribuição Piauí.

É lançado o Código de Ética Único das Empresas Eletrobras inspirado nas diretrizes contidas no Plano Estratégico 2010-2020.

4. O Contexto do Estado do Piauí

O Piauí é o terceiro maior Estado nordestino, com área de 251.529.186 km², inferior apenas à Bahia e ao Maranhão, e o décimo Estado brasileiro, respondendo por 2,9% do território nacional. Possui 224 municípios com 3.119.015 habitantes.

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O PIB nordestino e, em especial, o piauiense vem crescendo muito em relação ao Brasil. Reflexo de nova política de desenvolvimento regional, o PIB do Estado, nos últimos anos, aumentou graças ao desenvolvimento econômico do Sul do Estado e uma nova ênfase de investimentos, infraestrutura e o sucesso de políticas sociais de distribuição de renda.

A participação do setor público dentro da formação da riqueza piauiense ainda é significante, em média, 26% e mesmo com tendência participativa decrescente, sinaliza a necessidade urgente de o setor privado ter uma presença mais importante no crescimento da riqueza do Estado.

O setor terciário é responsável por quase 70% da formação de renda do Estado, ainda que pese a atuação desfavorável de um de seus segmentos mais importantes, o comércio inter-regional, que acaba transferindo os recursos, via diversos mecanismos, principalmente tributários, para os Estados mais desenvolvidos da Federação, notadamente São Paulo.

Os setores primário e secundário, embora minoritários na formação da renda total, absorvem parcelas significativas da mão-de-obra, distribuídas entre as seguintes atividades: extrativismo (vegetal e mineral), pecuária, agricultura e serviços.

SISTEMAS DE GESTÃO E O DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

5. A Questão Socioambiental Inserida na Cultura Organizacional

A CEPISA adota, por princípio, associar a sustentabilidade à sua missão de contribuir para o desenvolvimento do Piauí, firmando como compromisso de administração o respeito e a valorização do ser humano.

Por isso, destaca em seus princípios a dignidade humana e respeito às pessoas, integridade, sustentabilidade, transparência, impessoalidade, legalidade e profissionalismo cumprindo o papel social de agente de transformação.

MISSÃO

Em 2020, ser o maior sistema empresarial global de energia limpa, com rentabilidade comparável às das melhores empresas do setor elétrico.

VISÃO

Atuar nos mercados de energia de forma integrada, rentável e sustentável.

VALORES

Foco em resultados;

Empreendedorismo e inovação;

Valorização e Comprometimento das pessoas; Ética e transparência.

6. O Modelo de Gestão e a Questão Socioambiental

ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS E DIRECIONAMENTOS

Face ao ambiente cada vez mais competitivo que se configura o setor elétrico brasileiro, a ELETROBRÁS decidiu rever o seu modelo de gestão empresarial, de modo que as empresas se tornem mais competitivas e rentáveis, atuando de forma integrada e sustentável.

A proposta é o estabelecimento de estrutura empresarial integrada, competitiva e comprometida com a rentabilidade para o Sistema Eletrobrás; em conformidade com as diretrizes do acionista majoritário e com o contexto institucional em que se encontra; capaz de responder com eficiência às transformações do mercado e de desempenhar o papel estruturante que lhes cabe no contexto do desenvolvimento sustentável do país.

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Na busca do equilíbrio econômico-financeiro das empresas de distribuição do Sistema Eletrobrás, foi implementado, no início de 2009, e continuado em 2010, o Plano de Melhoria e Desempenho das Distribuidoras – PMD, o qual possui um conjunto de ações relacionadas à gestão de receitas e despesas.

A metodologia para monitoramento da implementação do plano está sendo aprimorada, por meio de indicadores que retratarão o alcance das metas individuais estabelecidas para cada uma das ações definidas para execução.

Ainda dentro desse novo processo de gestão, em 07/12/2009, a CEPISA celebrou com a ELETROBRÁS o Contrato de Metas de Desempenho Empresarial – CMDE, se comprometendo a dar cumprimento às orientações estratégicas ali definidas para sua gestão, visando o atendimento de metas e resultados estabelecidos.

RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

A CEPISA internalizou o conceito de Sustentabilidade, por meio de ações previamente planejadas, envolvendo toda a sua força de trabalho. Realizou pequenas ações, que somadas traduziram a firmeza de propósito na mudança da cultura organizacional.

Lançou o Programa de Voluntariado Empresarial, o qual contou com a participação de muitos empregados, podendo assim realizar ações educativas de valorização do consumidor, combate à violência contra a mulher, assédio moral e assédio sexual. Incentivou, também, o não desperdício de energia elétrica, o seu uso seguro e a coleta seletiva do lixo, recolhendo 3,3 toneladas de papel passíveis de serem reciclados.

A Eletrobrás Distribuição Piauí criou em 2010 o Comitê de Sustentabilidade, composto de representantes de todas as Áreas da Companhia, com o objetivo de sistematizar as ações de sustentabilidade e a operacionalização dos relatórios obrigatórios anuais.

Por ter executado as ações constantes no Plano de Ação do Programa Pró-Equidade de Gênero, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, da Presidência da República, a Companhia recebeu o Selo Pró-Equidade de Gênero, adquirindo o direito de usá-lo nos seus impressos institucionais.

Em 2010, foi intensificada a capacitação de diversos empregados, com o objetivo de proporcionar maior compreensão dos relatórios que deverão ser elaborados pela Eletrobras Distribuição Piauí. Com isto a Empresa pretende apresentar para os órgãos reguladores e para a sociedade em geral, de forma clara e objetiva, as ações executadas pela administração da Companhia.

A Política de Sustentabilidade e o Código de Ética foram divulgados no site da Companhia e cada empregado recebeu uma cópia deste último documento.

A Eletrobras Distribuição Piauí assinou a adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres - Igualdade significa Negócios e o Pacto de Furnas. Ao aderir aos Princípios de Empoderamento das Mulheres - Igualdade significa Negócios - a Companhia deu mais um passo para a promoção da igualdade de gênero no ambiente de trabalho e nas comunidades próximas aos seus empreendimentos. O Pacto de Furnas tem como objetivo estabelecer metas que consolidem a atuação conjunta das empresas Eletrobras, na busca por uma gestão empresarial plenamente comprometida com a sustentabilidade.

7. Gerenciando o Relacionamento com as Partes Interessadas

ACIONISTAS

O controle acionário da CEPISA é exercido pela ELETROBRÁS, desde outubro de 1997. A estrutura do capital social, abaixo indicada, reflete todas as mudanças ocorridas desde aquela época, como também as capitalizações de créditos efetuados por esse acionista.

Em 31 de dezembro de 2010, o capital social registrado da Companhia é de R$ 779.223 mil.

ACIONISTAS

Ordinárias Preferenciais Total

Quantidade (mil) % Quantidade (mil) % Quantidade (mil) % ELETROBRÁS 744.131.334,18 100,00 35.092.218,00 100,00 779.223.541,53 100,00 CLIENTES

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As demandas dos clientes são contínuas e naturalmente associadas à qualidade dos serviços prestados. A CEPISA fundamenta sua relação com os clientes na busca de satisfação e empenhada em melhorar sempre as condições de atendimento e fornecimento de energia.

Acredita que o tratamento dispensado ao cliente é valorizado e por isso tem priorizado a substituição dos atendentes comerciais por empregados do seu quadro próprio. Os atendentes integraram os primeiros convocados em concurso público. A substituição começou na região metropolitana, onde se concentra o maior número de clientes, e estendeu-se na regional norte, sediada em Parnaíba, segunda maior cidade do Estado.

O respeito, a ética e a transparência devem nortear o relacionamento com os 949.436 clientes, os quais podem ser atendidos nas 68 agências e 15 postos de atendimento, espalhados por todas as regionais. Algumas cidades (15) possuem pontos de apoio para o eletricista, mas sem atendimento ao cliente comercial.

Foram reformadas as Agencias Central e o Espaço Cidadania, inaugurou um Posto de Atendimento no Shopping do Cidadão, atendendo todos os requisitos da ANEEL.

Os clientes da CEPISA são segmentados em classes de consumo, como residencial, comercial, industrial, rural, poder público, serviço público, iluminação pública e consumo próprio, e por tensão de fornecimento, dividida em Grupo A (Alta tensão) e Grupo B (Baixa tensão).

TELEATENDIMENTO

Através de ligações telefônicas gratuitas, a CEPISA recebe reclamações e solicitações das áreas comercial e de operação, permitindo ainda o registro de sugestões. Em Teresina, Parnaíba, Picos e Floriano, o serviço funciona 24 horas. Em outras cidades de maior porte o funcionamento é durante 18 horas. A partir de 2010 o Call Center foi centralizado em Teresina passando a atender reclamações e solicitações de todo o Estado do Piauí, 24 horas. Atualmente o Call Center funciona com até 20 pontos de atendimento, com capacidade total para 24 pontos de atendimento em situações criticas.

SITE

Por meio da página eletrônica www.cepisa.com.br, a empresa mantém comunicação constante e dinâmica com clientes, empregados, fornecedores e veículos de comunicação.

Na internet, são disponibilizados canais com notícias sobre as realizações externas e internas da Companhia, informações sobre desligamentos de urgência e programados, a estrutura empresarial, telefones úteis, espaço para o consumidor se manifestar – Ouvidoria, links de interesse comum aos da empresa, dentre outros serviços.

PESQUISA COM OS CLIENTES

Pesquisa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica - ABRADEE. Realizada anualmente, em todo o país, focada em clientes residenciais, apura, dentre outros índices, a Satisfação da Qualidade Percebida;

Pesquisa da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Realizada com todas as distribuidoras brasileiras, apura o índice ANEEL de satisfação do consumidor.

COLABORADORES

A comunicação interna ganhou agilidade e rapidez com a tecnologia da informação – Boletins e Informativos internos “Nossa Energia” e o “Fique Ligado” - atualizam a agenda de eventos e divulgam principais acontecimentos, sempre com a utilização da intranet. Além disso, continua o Jornal Mural como veículo de flashes que relata e ilustra, com imagens, momentos especiais da vida da Companhia e atingem todos os empregados.

Temos ainda, em fase de contratação, o GED, que é um sistema de gerenciamento de documento, que permitirá qualquer pessoa em meio virtual despachar documentos e fazer o acompanhamento do trâmite.

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CAMPANHAS INTERNAS

A Violência Contra a Mulher foi tema de campanha interna desenvolvida pela área de Sustentabilidade.

OUVIDORIA

Durante o exercício de 2010, foram recepcionadas e processadas na Ouvidoria 257 reclamações de clientes efetuadas junto à ANEEL, contra 96 em 2009, versando sobre diferentes assuntos, tais como: interrupção no fornecimento/falta de energia; flutuação/variação/oscilação de tensão; qualidade do atendimento; consumo faturado; pedido de extensão de rede; ocorrência/cobrança de irregularidade; programa luz para todos; substituição de equipamentos; pedido de indenização por danos elétricos; vistoria/aferição de medidor etc. Além dessas formuladas junta a ANEEL, outras 2025 reclamações e demandas diversas foram dirigidas à Ouvidoria em 2010, ante 786 no exercício de 2009, todas devidamente processadas e respondidas por e-mail, carta, fax, sistema SOU ou contato direto com o reclamante/solicitante.

FORNECEDORES

A comunicação com os fornecedores é realizada de diversas formas: através de chamamento das empresas publicado no Diário Oficial da União – DOU; nos Jornais locais; nos murais da empresa; por e-mail; pessoalmente na empresa; e pelo site da própria Companhia (www.cepisa.com.br), onde estão acessíveis instruções para cadastro de fornecedores.

PROTEÇÃO PARA OS PRESTADORES DE SERVIÇOS

Em 2010 a CEPISA continuou garantindo condições de trabalho satisfatórias aos terceirizados, que representam 47,43% da força de trabalho. Ela fornece o Manual “Condições Mínimas de Segurança, Higiene e Medicina no Trabalho”, para disciplinar a aplicação da legislação vigente – Portaria nº 3.214/78, do Ministério do Trabalho.

Além disso, os gestores de contrato são orientados a acompanhar e fiscalizar todos os itens relacionados à segurança e saúde no trabalho, visando o cumprimento da legislação e especialmente a preservação da saúde e vida dos prestadores de serviço.

As inspeções de segurança, em ambiente de trabalho e do uso dos equipamentos de proteção individual e coletivo estendem-se aos prestadores de serviço, além da participação em treinamentos, teóricos e práticos, palestras e apresentações de novos equipamentos e procedimentos técnicos a serem utilizados.

Por meio do Programa de Empresas Parceiras, a CEPISA continua a exigir, no ato da admissão, substituição e/ou remanejamento de empregado terceirizado, comprovação da capacitação, qualificação, formação profissional e treinamento, para a função a ser desempenhada, incluindo curso de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, previsto na NR-10, além de outras comprovações, para garantir direitos trabalhistas e a preservação da saúde e bem estar dos terceirizados.

CONSELHO DE CONSUMIDORES

O Conselho de Consumidores da Eletrobras Distribuição Piauí, instituído por exigência da Lei n.º 8631, de 04/03/93, com sua formação, funcionamento e operacionalização regulados pela Resolução ANEEL n.º 138, de 10/05/00, tem caráter consultivo, com atribuições voltadas para orientação, análise e avaliação das questões relacionadas ao fornecimento de energia, tarifas e qualidade dos serviços prestados ao consumidor final. A sede do Conselho, está localizada no complexo administrativo da Eletrobras Distribuição Piauí.

De acordo com seu regimento, o Conselho reúne-se ordinariamente pelo menos uma vez por mês.

No exercício de 2010, o Conselho elaborou a publicação (10.000 exemplares) intitulada “Caderno do Consumidor”, de caráter informativo e educativo, sobre direitos, deveres, uso racional, segurança e qualidade de energia, distribuídos aos consumidores, entidades representativas das diversas classes de consumo, colégios, órgãos governamentais, etc. Participou do 3º Ciclo de revisão tarifária periódica das concessionárias de energia elétrica promovido pela ANEEL, do XII Encontro Nacional dos Conselhos de Consumidores, sob o patrocínio da CEMIG, Fórum Nordeste, quando discutiram assuntos relacionados ao setor elétrico, de interesse dos consumidores e a atuação dos Conselhos.

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O Conselho é constituído por sete membros titulares com seus respectivos suplentes, indicados por entidades representativas das diversas classes. Abaixo relaciona-se a composição atual do Conselho de Consumidores da Eletrobras Distribuição Piauí (Membros Titulares):

 Gilberto Diego Veríssimo Pedrosa - Presidente, representante da classe Industrial, indicado pela Associação Industrial do Estado do Piauí - API;

 Luiz Antônio Teixeira Veloso – Vice-Presidente, representante da classe Comercial, indicado pela Associação Comercial Piauiense - ACP;

 Raimunda Nonata Cavalcante da Silva - Membro, representante da classe Residencial, indicado pela Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários do Piauí - FAMCC;

 Agostinho Martins de Araújo Campos - Membro, representante da classe Rural, indicado pela Federação da Agricultura do Estado do Piauí - FAEPI;

 Sérgio Rodrigues Martins Gallas - Membro, representante da classe Poder Público, indicado pela Associação Piauiense de Municipais - APPM;

 Marcelo Ielton de Castro Teixeira - Membro, representante da classe Serviço Público, indicado pela Águas e Esgotos do Piauí S/A - AGESPISA

 Gladys Gomes Martins de Sousa - Membro, representante do Ministério Público/ PROCON;  Secretário Executivo - José Gutemberg de Barros - indicado pela CEPISA;

8. Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade

As áreas de operação e manutenção do sistema elétrico visam melhorar os níveis de tensão e de continuidade, ampliando a oferta de energia e garantindo qualidade.

Com os recursos técnicos, operacionais e financeiros que dispõe, a CEPISA investiu na correção do fator de potência do sistema elétrico, com a instalação e ampliação de bancos de capacitores, tanto em redes de distribuição como em subestações. Adotou, ainda, a instalação de reguladores de tensão, objetivando melhorar os níveis de tensão nas localidades onde havia necessidade comprovada. O resultado já pode ser observado em diversas localidades.

O aumento nas potências de diversas subestações melhorou o nível de carregamento do sistema, com a substituição de transformadores que reduziram as situações operacionais críticas, além de possibilitarem a redução de perdas técnicas.

Em 15 de fevereiro, foi energizada a subestação 4,5 MVA, 69 / 34,5 kV de Amarante, oportunidade em que foi registrada a melhoria nos níveis de tensão em seis municípios, solucionando problemas de demanda reprimida, atenuando o carregamento do transformador de 12,5 MVA, 69 / 13,8 kV, da subestação de São Pedro do Piauí. Também foi verificada redução de perdas técnicas nessa região.

Ainda na área de alta tensão, registraram-se como pontos relevantes a energização dos dois circuitos de 69 kV, LT Picos / Mandacaru e Picos (Chesf) / Picos (Cepisa) em anel, propiciando maior disponibilidade e confiabilidade no fornecimento de energia para as subestações de Mandacaru e Itapissuma.

Na área de distribuição, realizou-se registro de preço, para aquisição de transformadores de distribuição, reduzindo significativamente o custo dos referidos equipamentos. Foram adquiridos 1.632 transformadores de distribuição e recuperados, pela oficina própria, 130 unidades. Ocorreu sinistro em 1.177 transformadores. Em BT e MT, foi executada manutenção corretiva em 42 reguladores de tensão e adquiridas e instaladas em redes de distribuição 12 unidades, visando a correção dos níveis de tensão. Também foram recuperados/regenerados 178.800 litros de óleo isolante. Ainda na área de distribuição de energia, foram sinistrados 2 transformadores de força, na tensão 69 / 13,8 kV e 34,5 / 13,8KV e realizada manutenção corretiva (equipe própria) em 5 transformadores de força.

Em 2010, foram instalados equipamentos de disjunção em Teresina, nos pontos de fronteira entre as zonas urbana e rural. Essa ação melhorou o índice de continuidade operacional, trazendo reflexos positivos no DEC e FEC na capital do Estado.

Na subestação de Pedro II houve ampliação da demanda instalada de 5 para 6,5MVA, evitando carregamento do transformador existente e aumentando a oferta de energia .

Em dezembro de 2010, foi energizado mais um transformador de 12,5 MVA, ampliando a potência instalada da subestação de Parnaíba para 50 MVA, proporcionando a entrada de novas cargas.

As subestações de Bom Jesus, Bertolinia, Jerumenha e São João do Piauí também sofreram ampliação nas demandas de 6,5 para 12,5 MVA, 4 para 5 MVA, 1,15 para 2,5 MVA e 5 para 7,5 MVA, respectivamente.

Nas subestações de São Pedro, São Raimundo, Parnaíba, Tabuleiros Litorâneos, Marambaia, Barras, São João do Piauí e Camurupim foram instalados novos religadores, proporcionando maior confiabilidade na proteção dos circuitos e na continuidade no fornecimento de energia, diminuído o DEC.

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Os processos de suprimento continuam sendo obstáculo a serem superados, apesar da aquisição por pregão eletrônico e registro de preços.

PERDAS

A Companhia priorizou as ações de redução da perda global, tendo alcançado ao final do ano o índice anualizado de 33,31%.

* Fonte Balanço Energético

Em relação ao ano anterior, enquanto o consumo de energia elétrica, em MWh, registrou o crescimento de 17,0%, o valor das perdas aumentou apenas 4,5%.

QUADRO RESUMO MERCADO E PERDAS – (2007 a 2010)

PERDAS GLOBAIS (MWh) 2007 2008 2009 2010 2010 / 2007 2010 / 2009 (%) (%) Mercado Próprio (MWh) 2.867.885 2.931.094 3.001.121 3.383.993 18,00% 12,76% Energia Requerida (MWh) 2.990.151 3.044.783 3.114.416 3.476.544 16,27% 11,63% Perdas (MWh) 1.150.032 1.100.614 1.104.494 1.165.131 1,31% 5,49% % Perdas 38,46 36,15 35,46 33,51 -12,87% -5,50%

* Fonte Balanço Energético

Dentre as principais ações de combate às perdas, destaca-se o crescimento significativo no número de eventos de inspeções, vistorias e regularizações de unidades consumidoras com suspeitas de irregularidades nos sistemas de medição (fraude, desvio etc.). Foram realizadas 121.657 inspeções (com carros) e 78.126 vistorias (com motos), com a negociação de 6.333 processos, o que resultou no faturamento e potencial recuperação de receita de R$ 5.998 mil, contra R$ 3.957 mil em 2009.

Foram instalados mais 94.508 medidores, sendo 68.241 em novos clientes e o restante em substituição de equipamentos com defeito e em unidades consumidoras ligadas sem medidor (a forfait).

Conforme apresentado no gráfico a seguir, a Eletrobras Distribuição Piauí em dezembro de 2010 registrou somente 7.404 unidades consumidoras sem medidor, enquanto que em fevereiro de 2009 eram 97.567.

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Outro avanço importante foi conquistado no processo de totalização da energia adquirida pela Companhia, para abastecer o mercado consumidor.

Até 2008, a CEPISA possuía o Sistema de Medição para Faturamento dos pontos de fronteira (SMF) em desacordo com o determinado na legislação. Com a aquisição de materiais e equipamentos e a contratação e capacitação de empregados, ocorridas em 2009, foi possível realizar a conclusão da primeira etapa do projeto de implantação do SMF, em 15 pontos de fronteira localizados nas cidades de Teresina, Picos, São João do Piauí e Piripiri. Essa ação representou um marco para a história da CEPISA, haja vista as penalidades que haviam sido impostas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, devido à inadequação do SMF da Companhia.

Em termos de regularização de unidades consumidoras clandestinas, a CEPISA regularizou 7.657 unidades em 2010, com potencial recuperação de receita da ordem de R$ 1.109 mil, contra 8.090 unidades em 2009, com recuperação de receita da ordem de R$ 1.172 mil.

Por intermédio da busca contínua pela melhoria da qualidade de seus serviços, a CEPISA tem conseguido reduzir, ano após ano, as perdas de energia elétrica em seus sistemas, melhorando sua receita operacional e sua capacidade de prestar um serviço de maior qualidade para a sociedade Piauiense, alavancando o desenvolvimento social e econômico do Estado.

PERDAS ANUALIZADAS (2003 - 2010)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2003 31,70 31,01 30,74 30,84 31,10 31,13 30,94 31,01 31,25 31,28 31,12 31,40 2004 31,19 31,70 32,22 31,99 32,18 32,28 32,52 33,02 33,16 33,43 33,97 34,39 2005 34,88 34,91 34,93 35,47 35,42 35,61 35,45 35,40 35,49 35,41 35,38 35,01 2006 35,15 34,93 34,99 34,46 34,69 34,61 34,48 34,42 34,35 34,63 34,70 35,04 2007 35,64 35,49 35,88 36,30 36,62 36,89 37,54 37,78 38,05 38,40 38,54 38,46 2008 37,89 38,36 37,75 37,67 37,38 37,20 37,01 36,86 36,83 36,50 36,31 36,15 2009 36,08 36,05 35,99 35,80 35,69 35,85 35,80 35,76 35,93 35,60 35,52 35,46 2010 35,23 35,06 35,36 35,05 35,12 34,62 34,44 34,32 33,94 33,94 33,82 33,51

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QUALIDADE DO FORNECIMENTO

O desempenho das concessionárias, quanto à continuidade do serviço prestado de energia elétrica, é aferido pela ANEEL, com base em indicadores específicos, denominados de DEC e FEC.

O DEC (número de horas em que, em média, cada cliente fica sem energia) encerrou o ano com 6,2 % de redução em relação a 2009, ao reduzir de 43,5 para 40,81 horas.

O FEC (número de vezes em que, em média, cada cliente fica sem energia) praticamente não apresentou evolução, mantendo o patamar de 32,15 vezes.

A tabela a seguir mostra a contribuição da transmissão (ocorrência em linha de 69 kV ou em subestação) e da distribuição na formação dos índices DEC e FEC:

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TRANSMISSÃO

DISTRIBUIÇÃO TOTAL GERAL

EXTERNO CEPISA TOTAL

DEC 2010 1,81 11,41 13,22 27,59 40,81

FEC 2010 2,60 7,01 9,61 22,54 32,15

Analisado os conjuntos individualmente, no total de 23, verifica-se que a maioria dos conjuntos violou as metas anuais estabelecidas pela ANEEL, indicando que a estrutura para recomposição do sistema, quando de defeitos permanentes, ainda necessita de aprimoramentos, conforme pode ser verificado no gráfico abaixo:

O aumento percentual de conjuntos violados em 2010 pode ser justificado pelo fato da ANEEL anualmente reduzir os valores das metas dos indicadores DEC e FEC baseando no item 5.10.4 do Módulo 8 do PRODIST: Os valores estabelecidos para o próximo período deve propiciar melhoria do limite anual global de DEC e FEC da distribuidora.

INDICADORES OPERACIONAIS E DE PRODUTIVIDADE Dados técnicos (insumos, capacidade de produção,

vendas, perdas)

2010 2009 2008 2007

Número de Consumidores Atendidos – Cativos 949.436 892.391 848.763 812.266

Número de Consumidores Atendidos – Livres 0 0 1 2

Número de Localidades Atendidas (municípios) 224 224 224 223

Número de Colaboradores Próprios 1.350 1.220 1.099

Número de Colaboradores Terceirizados 1.117 1.810 1.176

Número de Escritórios Comerciais 68 67 67

Energia Gerada (GWh) 0 0 0 0 Energia Comprada (GWh) 3.368 3.131 3.021 1) Itaipu 0 0 0 0 2) Contratos Inicias 0 0 0 0 3) Contratos Bilaterais 0 0 0 0 3.1) Com Terceiros 0 0 0 0

3.2) Com Parte Relacionada 0 0 0 0

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INDICADORES OPERACIONAIS E DE PRODUTIVIDADE Dados técnicos (insumos, capacidade de produção,

vendas, perdas)

2010 2009 2008 2007

5) PROINFA 47 31 19

6) CCEAR2 3.321 3.110 3.002

7) Mecanismo de Comercialização de Sobras e

Déficits – MCSD 0 0 0

Perdas Elétricas Globais (GWH) 1.104 1.101 1.150

Perdas Elétricas – Total (%) sobre o requisito de

energia 35,5 36,1 38,5

Perdas Técnicas – (%) sobre o requisito de

energia 14,18 14,18 14,06

Perdas Não Técnicas - (%) sobre o requisito de

Energia 22,00 22,00 24,40 Energia Vendida (GWh) * 1.897 1.828 1.715 Residencial 808 760 710 Industrial 231 236 207 Comercial 389 370 351 Rural 80 82 83 Poder Público 151 146 135 Iluminação Pública 122 119 115 Serviço Público 113 115 112

Subestações (em unidades) 71 68 67 66

Capacidade Instalada (MVA) 988 887 887 832

Linhas de Transmissão (em km) 4.110 4028 4028 4028

Rede de Distribuição (em km) 48.886 45.690 41.375 39.218

Transformadores de Distribuição (em unidades) 31.838 24.912 20.874 18.727 Venda de Energia por Capacidade Instalada

(GWh/MVA*Nº horas/ano) 0,24 0,24 0,24

Energia Vendida por Empregado (MWh) 1.405 1.500 1.563

Número de Consumidores por Empregado 661 695 739

Valor Adicionado3 / GWh Vendido 370 230,91 202,88

DEC 40,81 43,50 51,54 45,04

FEC 32,15 32,16 36,35 36,92

Inclusive Leilão das Geradoras Federais (Ano 2002). 2

Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica no Ambiente Regulado. 3

Obtido da Demonstração de Valor Adicionado – DVA. * Energia vendida não contempla a classe Consumo Próprio.

DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA

9. O Modelo de Governança Corporativa

Desde 2008, com a implantação da Gestão Integrada das Empresas de Distribuição da Eletrobras, por orientação da Holding Eletrobras, a unidade de Auditoria Interna daquela Empresa passou a coordenar diretamente as auditorias das empresas do Sistema Eletrobras.

Durante o exercício de 2010, foi desencadeada mudança significativa de conceito na estrutura organizacional da Companhia, onde as atividades passaram a ser desenvolvidas segregando-as por processo. Com isso, surgiu à necessidade de se mapear todos os processos relevantes dentro da organização e reordená-los de maneira mais eficiente.

O mapeamento dos processos encontra-se em fase de execução e, concomitantemente, sendo implantado na medida em que é finalizado cada processo.

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Todo esse trabalho será de grande valia para a melhoria dos controles internos, permitindo o monitoramento e a identificação de cada etapa do processo.

Outro fato importante é a constante preocupação da Administração na busca de melhorias na área de tecnologia da informação, com a constante adequação dos sistemas já existentes, às melhores práticas de governança corporativa, e a implantação de novos softwares, no intuito de dar mais segurança às operações realizadas.

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA

O controle acionário da CEPISA é exercido pela ELETROBRÁS, desde outubro de 1997. A estrutura do capital social, abaixo indicada, reflete todas as mudanças ocorridas desde aquela época, como também as capitalizações de créditos efetuados por esse acionista.

Em 31 de dezembro de 2010, o capital social registrado da Companhia é de R$ 779.223 mil.

ACIONISTAS

Ordinárias Preferenciais Total

Quantidade (mil) % Quantidade (mil) % Quantidade (mil) % ELETROBRÁS 744.131.334,18 100,00 35.092.218,00 100,00 779.223.541,53 100,00

PERFIL DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração tem como uma de suas principais atribuições a fixação da orientação geral dos negócios da Companhia, o controle superior dos programas aprovados, assim como a verificação dos resultados obtidos pela empresa. É de competência também do Conselho de Administração, dentre outras, autorizar a Companhia a contrair empréstimo no país ou no exterior em valor superior a 0,5% (meio por cento) do seu capital social; autorizar a execução de atos negociais visando à aquisição de bens, materiais e serviços, assim como manifestar-se sobre atos e contratos que envolvam valores superiores a 0,5% (meio por cento) do capital social da Companhia; autorizar a emissão de títulos de valores mobiliários; deliberar sobre as estimativas de receitas, despesas e investimentos da Companhia em cada exercício, propostas pela Diretoria; além de examinar e submeter à decisão da Assembléia Geral Ordinária o Relatório da Administração e as demonstrações financeiras elaboradas pela Diretoria Executiva em conformidade com a legislação societária vigente.

O Conselho de Administração é composto de seis membros, todos com prazo de gestão de três anos, e reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário. O Diretor-Presidente da Companhia é escolhido dentre os membros do Conselho de Administração, devendo compor o conselho, além dos demais membros indicados pela controladora, um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal compõe-se de três membros e respectivos suplentes, todos brasileiros e domiciliados no país, eleitos pela assembléia geral ordinária – AGO, sendo um dos membros indicado pelo Ministério da Fazenda, e todos com mandato de um ano, sendo permitida a reeleição.

O Conselho Fiscal reúne-se uma vez por mês, ou extraordinariamente por solicitação do Presidente do Conselho de Administração, do Diretor-Presidente da Companhia ou de qualquer de seus membros.

O Conselho Fiscal tem como principais atribuições: acompanhar a execução patrimonial, financeira e orçamentária da empresa; fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem submetidas à assembléia geral, relativas à modificação do capital social, emissão de títulos de valores mobiliários, planos de investimentos ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão da Companhia, além de analisar o balancete e demais demonstrações financeiras, elaboradas periodicamente pela Diretoria; denunciar aos órgãos de administração e, se estes

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não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da Companhia, à assembléia geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis à Companhia; além de examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar;

DIRETORIA EXECUTIVA

A Diretoria Executiva é o órgão executivo de administração e representação, a quem cabe, dentro da orientação traçada pela assembléia geral e pelo Conselho de Administração, assegurar o funcionamento regular da Companhia.

Compete à Diretoria Executiva elaborar planos de emissão de títulos de valores mobiliários; elaborar e submeter à aprovação do Conselho de Administração o plano estratégico da Companhia, tendo como base as diretrizes empresariais emanadas da controladora, bem como os programas anuais e planos plurianuais; os programas anuais de dispêndios e de investimentos da Companhia com os respectivos projetos; os orçamentos de custeio e de investimentos da Companhia; e a avaliação do resultado de desempenho das atividades da Companhia.

Acrescente-se ainda às principais atribuições da Diretoria Executiva, a de manifestar-se sobre atos com vistas à aprovação de contratos e/ou concessões que envolvam obras, empreitada, fiscalização, locação de serviços, consultoria, fornecimento e similares que envolvam recursos financeiros cujo valor seja igual ou inferior a 0,5% (meio por cento) do capital social da companhia; aprovar critérios de avaliação técnico-econômica para os projetos de investimentos, com os respectivos planos de delegação de responsabilidades para sua execução e implantação; além de aprovar os planos anuais de negócios, obedecendo as diretrizes empresariais emitidas pela controladora.

A Diretoria Executiva tem um prazo de gestão de três anos — sendo permitida a reeleição— e é composta pelo Diretor-Presidente e por 06 (seis) diretores que exercem suas atribuições de acordo com o Estatuto Social da empresa, cabendo a cada um coordenar, planejar e executar as atividades da sociedade, com vistas à realização do seu objeto social, na sua área de atuação.

A Diretoria Executiva reúne-se, ordinariamente, uma vez por semana e, extraordinariamente, sempre que convocada pelo Diretor-Presidente.

DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

A CEPISA é um dos maiores contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação – ICMS do Estado do Piauí. O ICMS registrado em 2010 foi de R$ 198.821 mil, com crescimento de 18,9% em relação a 2009 (R$ 167.211 mil).

Com o faturamento anual bruto de R$ 1.198.601 mil, é também a Companhia que mais investe no Estado.

No ano de 2010, investiu R$ 275.916 mil e nos últimos cinco anos o investimento alcançou R$ 699.477 mil.

10. Indicadores Econômico-Financeiros

No presente relatório estão contemplados os valores do balanço social societário, com a reapresentação dos valores apurados do exercício de 2009.

CRIAÇÃO DE VALOR

Para a CEPISA, o ganho de capital investido pelos acionistas, a geração de riqueza e a melhoria da qualidade de vida dos seus clientes são importantes fatores para a sua manutenção e crescimento no mercado de energia elétrica do Piauí.

Entretanto, em função das peculiaridades do mercado consumidor, da grande extensão territorial do Piauí, do poder aquisitivo da população, da inadimplência, das perdas e das dívidas com empréstimos e financiamentos, a Companhia não tem conseguido resultado positivo, mas, vem implementando ajustes nos seus custos e despesas operacionais, alavancando

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GERAÇÃO DE RIQUEZA

RECEITA BRUTA

A receita operacional bruta registrou o montante de R$ 1.198.601 mil, crescendo 41,4 % em relação ao exercício anterior (R$ 847.426 mil, valor reapresentado). Dentro da receita de 2009 e 2010, está incluso o valor R$ 25.083 mil e R$ 211.068 mil, respectivamente, referente à apuração da receita de construção, conforme a Instrução do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - ICPC 01.

GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA (EBTIDA)

A geração operacional de caixa, representada pelo EBTIDA - lucro antes dos impostos, juros, depreciação e amortização, alcançaram o montante de R$ (5.178) mil, ante aos R$ (2.479) mil em 2009. A margem EBTIDA, em relação à receita líquida, foi de (0,5)% e (0,4)% em 2009.

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INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS – DETALHAMENTO DA DVA

Geração de Riqueza (R$ Mil)

2010 2009

R$ Mil % ∆% R$ Mil %

RECEITA OPERACIONAL (Receita bruta de vendas

de energia e serviços) 1.198.601 44,6 982.510

Fornecimento de Energia

451.887 100,0 816.025 100,0

Residencial

411.149 91,0 3,5 397.080 48,7

Residencial Baixa Renda

10.621 2,4 -8,7 11.637 1,4 Comercial 208.245 46,1 13,5 183.542 22,5 Industrial 76.531 16,9 5,6 72.465 8,9 Rural 31.024 6,9 18,2 26.254 3,2 Iluminação Pública 33.955 7,5 -1,8 34.594 4,2 Serviço Público 40.756 9,0 7,7 37.846 4,6 Poder Público 73.800 16,3 11,4 66.258 8,1

Fornecimento não Faturado

2.555 0,6 -37,7 4.101 0,5 Receita de Distribuição

-409.489 -90,6 0 0 0,0

Remuneração WACC-IFRIC 12

-27.260 -6,0 53,6 -17.752 -2,2

Uso da Rede e Energia de Curto Prazo 433.048 1337,7 30.118

Serviços

431.792 283,9 112.489

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

-92.002 135,6 -39.058

Outras Receitas (despesas) Operacionais Líquidas

384 -118,2 -2.106

(-) INSUMOS (insumos adquiridos de terceiros: compra de energia, material, serviços de terceiros etc.)

-765.258 43,2 -534.425

Resultado não Operacional

384 -118,2 -2.106

VALOR ADICIONADO BRUTO

459.852 13,8 404.021

(-) QUOTAS DE REINTEGRAÇÃO (depreciação, amortização)

-18.261 -32,2 -26.947

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO

441.591 17,1 377.074

VALOR ADICIONADO RECEBIDO (receitas financeiras, resultado da equivalência patrimonial)

33.629 25,6 26.772

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR

475.220 8,4 403.846

*2009 – Valores reapresentados no balanço societário/2010

VALOR ADICIONADO – DVA

A contribuição da CEPISA para o crescimento nacional, especialmente para o Estado do Piauí e região nordeste, também se expressa pela geração de R$ 474.618 mil em valor adicionado.

Esse valor foi devolvido à sociedade em forma de salários e benefícios aos empregados, pagamentos a fornecedores, referentes a custeio e investimentos, empreendidos na aquisição de bens e serviços, em impostos, taxas e contribuições sociais aos Governos Federal, Estadual e Municipal.

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Distribuição da Riqueza – Por Partes Interessadas

2010 2009*

R$ Mil (%) R$ Mil (%)

EMPREGADOS

137.623 28,96 118.532 29,35

GOVERNO (impostos, taxas e contribuições e encargos setoriais)

330.277 69,50 280.519 69,46

FINANCIADORES 75.910 15,97 115.434 28,58

ACIONISTAS -68.590 -14,43 -110.640 -27,40

VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (TOTAL)

475.220 100,00 403.845 100,00

Distribuição da Riqueza – Governo e Encargos Setoriais 2010 2009*

R$ Mil (%) R$ Mil (%) TRIBUTOS/TAXAS/CONTRIBUIÇÕES 288.400 89,9 249.796 89,0 ICMS 198.821 61,98 167.211 59,6 PIS/PASEP 16.222 5,06 14.717 5,89 COFINS 73.578 22,9 67.794 24,2 ISS 18 0,01 74 0

IRPJ a pagar do exercício 0 0 0 0

CSSL a pagar do exercício 0 0 0 0 ENCARGOS SETORIAIS 32.386 10,1 30.723 11,0 RGR 1.651 0,5 4.666 1,7 CCC 18.149 5,7 9.885 3,5 CDE 4.048 1,3 3.429 1,2 CFURH 0 0 0 0 TFSEE 0 0,00 0 0 ESS 0 0 0 0 P&D 3.283 1,0 3.199 1,1 PEE 3.283 1,0 2.964 1,1 ATIVO REGULATÓRIO 0 0,0 0 0,0 OUTROS ENCARGOS 1.972 0,6 3.420 1,2 ESTORNO DE CVA 0 0,0 3.160 1,1

= VALOR DISTRIBUÍDO (TOTAL) 320.786 100,0 280.519 100,0

*2009 - Valores reapresentados no balanço societário/2010.

Inadimplência Setorial 2010 2009

R$ Mil ∆% R$ Mil

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ENCARGOS SETORIAIS 0 0 RGR 0 0 CCC 0 0 CDE 0 0 CFURH 0 0 TFSEE 0 0 ESS 0 0 P&D 0 0 Total (A) 0 0 Percentual de inadimplência 0 0

Total da inadimplência (A)/receita operacional líquida 0 0

11. Investimentos na Concessão

APLICAÇÃO DE RECURSOS

Em 2010, o programa de Investimento da CEPISA contemplou a execução de obras no montante de R$ 275.916 mil. Desse total, R$ 20.710 mil foram aplicados na subtransmissão, R$ 18.070 mil na distribuição, R$ 6.444 mil na infraestrutura de apoio e R$ 230.692 mil no Programa Luz para Todos.

O aumento dos investimentos foi de 91,4 %, em relação ao ano anterior, observando-se a tendência de crescimento, para acompanhar o crescimento de mercado e melhoria das condições de atendimento aos consumidores, como podemos observar no quadro a seguir, onde são apresentados os investimentos nos últimos cinco anos:

PROGRAMA DE INVESTIMENTO 2010 R$ mil 2010/2009 2006 2007 2008 2009 2010 % Transmissão 39.349 14.089 18.750 26.878 20.710 -22,9 Distribuição 9.950 26.413 17.069 31.892 18.070 -43,3 Infraestrutura de Apoio 374 722 3.145 7.825 6.444 -17,6

Luz para Todos 69.535 29.271 50.740 77.559 230.692 197,4

Total 119.208 70.495 89.704 144.154 275.916 91,4

EXPANSÃO DO SISTEMA DE ALTA TENSÃO

Do programa de investimentos, no que tange à construção de linhas e subestações, a CEPISA priorizou a conclusão das obras iniciadas anteriormente, com previsão de conclusão em 2010, destacando-se as seguintes:

LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO:

LD Buriti Grande - Valença – Concluído o projeto executivo e adquiridos os principais materiais: cabo e isoladores, elaborando nota técnica para contratar a execução.

LD Campo Maior - Barras – Concluído o projeto executivo e adquiridos os principais materiais: cabos e isoladores, elaborando nota técnica para contratar a execução.

LD 69 kV Eliseu Martins - Bertolinia – Repotencialização de 70 km em cabo 559,5 MCM, ampliando em 150% a capacidade de transmissão. Essa obra, iniciada em 2006, teve seu contrato rescindido, com 50% executada, em razão de abandono pela primeira empresa contratada. Foi novamente licitada, porém a empresa vencedora assinou o contrato e não compareceu sequer para instalar o canteiro de obras. Foi então contratada a terceira empresa, que concluiu a obra em dezembro e energizada em fevereiro de 2011. Essa obra beneficia as regiões sul e dos cerrados

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Esperança.

LD Piripiri -Tabuleiros – Projeto de execução contratado. Está sendo executado o levantamento topográfico.

LD Teresina - Renascença - Concluído o projeto executivo, adquiridos os principais materiais: cabos, estruturas e isoladores. Encontra-se em processo de licitação a contratação de empresas para executar da obra.

LD Ribeiro Gonçalves (RB)-Ribeiro Gonçalves- Concluído o projeto executivo, adquiridos os principais materiais: cabos e isoladores, elaborando nota técnica para contratar a execução.

LD Ribeiro Gonçalves - Baixa Grande do Ribeiro - Concluído o projeto executivo, adquiridos os principais materiais: cabos e isoladores, elaborando nota técnica para contratar a execução.

LT Teresina - Parque - Concluído o projeto executivo e adquiridos os principais materiais: cabos, estruturas e isoladores, elaborando nota técnica para contratar a execução.

LT Satélite - Poty - Concluído o projeto executivo, adquiridos os principais materiais: cabos, estruturas e isoladores. Encontra-se em processo de licitação a contratação de empresas para executar da obra.

SUBESTAÇÕES:

CONSTRUÇÃO DE NOVAS SUBESTAÇÕES:

Subestação Poty 69-13,8 kV - 50 MVA – Obra em execução com todos os equipamentos adquiridos. Previsão de conclusão em junho /2011.

Subestação Pólo Industrial 69-13,8 kV - 50 MVA – Obra em processo de licitação, os principais equipamentos foram adquiridos. Previsão de conclusão em junho /2012.

Subestação Renascença 69-13,8 kV - 50 MVA – Obra em execução com todos os equipamentos adquiridos. Previsão de conclusão em junho /2011.

 Subestação Cova Donga 34,5-13,8 kV – 1,5 MVA – Concluída e energizada em dezembro 2010. Essa obra beneficia as novas unidades consumidoras implantadas pelo Programa Luz para Todos. PROGRAMA LUZ PARA TODOS:

 Este programa financia a construção de subestações de média tensão, 34,5-13,8 kV, 5 MVA, nos municípios de Caracol, José de Freitas, Regeneração, Ribeira, Santa Filomena, Simões e uma no povoado Bem-Te-Vi município de Vila Nova. O contrato de execução está assinado e os principais equipamentos adquiridos.

REFORMA E AMPLIAÇÃO:

Subestação Amarante – ampliação da subestação, com a troca de três transformadores de 3x1, 5 MVA, 34,5-13,8 kV por um de 6,25 MVA, 31,5-13,8 kV;

Subestação Bertolinia – ampliação da subestação, com a troca de dois transformadores de 2x2 MVA, 69-13, 8 kV por um de 5 MVA, 69-13,8 kV;

Subestação Bom Jesus – ampliação da subestação, com a troca de um transformador de 6,25 MVA, 69-13, 8 kV por um de 12,5 MVA, 69-13,8 kV;

Subestação Mandacaru – reforma, com instalação de quatro disjuntores de 69 kV e dois de 13,8 kV. Obra concluída em julho de 2010;

Referências

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