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Questões de Concursos Tudo para você conquistar o seu cargo público

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Questões de Concursos – Tudo para você conquistar o seu cargo público

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA - Dênis França, professor do site Qconcursos.com e Advogado da União

1- Julgue os itens que se seguem, relativos ao direito administrativo.

No âmbito da administração pública, a correlação entre meios e fins é uma expressão cujo sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princípio da eficiência.

Certo Errado

2- Julgue os itens que se seguem, relativos ao direito administrativo.

O estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a maneira como o Estado participa das atividades econômicas privadas.

Certo Errado

3- Acerca dos princípios que regem a administração pública, assinale a opção correta. a) Ao deliberar pela prática ou não de ato vinculado, o servidor deve observar o princípio da supremacia do interesse público, sob pena de se caracterizar o desvio de finalidade, se o ato favorecer particular específico.

• b) Ao ser promulgada, a CF inovou ao incluir o princípio da eficiência entre os princípios que regem a administração pública.

• c) Em decorrência dos princípios da impessoalidade e da boa-fé, reconhecem-se como válidos os atos praticados por agente de fato, ainda que este tivesse ciência do ilícito praticado.

• d) O princípio da presunção de legalidade gera para o prejudicado o ônus de provar a ilegalidade do ato administrativo, tendo em vista a natureza jure et de jure da presunção formada.

• e) A despeito de não ser positivado na legislação brasileira, o princípio da segurança jurídica reconhecidamente aplica-se no âmbito do direito administrativo.

4- Sendo a Administração Pública o braço operacionalizador das políticas públicas, no que se distingue, pois, da função de governo, posto esta estar no nível de sua formulação, assinale a alternativa correta.

• a) No bojo da constitucionalização da Administração Pública, tem-se que a legalidade, a moralidade, a publicidade, a impessoalidade e a eficiência, este trazido com a edição da Emenda Constitucional n.º 19, de 1998, são os princípios exclusivos da Administração Pública.

• b) A doutrina administrativista tem exigido a explicitação dos motivos ensejadores mesmo dos atos administrativos discricionários.

• c) Caracteriza a administração direta a centralização das atividades nas entidades públicas.

• d) Em face de suas prerrogativas de Estado, o foro exclusivo para julgamento de causas em face de autarquias e fundações públicas é a justiça comum, federal ou estadual, conforme a natureza de seu ente criador.

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• e) Depende de lei específica a criação das fundações de direito público.

5- O Direito Administrativo é um ramo recente da ciência jurídica. Isso, basicamente, por duas razões: a primeira, pelo fato de ele ser ramo do Direito Público - o próprio nascimento deste está umbilicalmente ligado à formação dos Estados Nacionais; a segunda, pelo fato de que, sendo ínsita à sua existência a forma de controlar os agentes administrativos, a sua própria existência não se coadunava com o regime político dos Estados Absolutistas que antecederam a Revolução Francesa. Isso posto, assinale a alternativa correta a respeito dos conceitos necessários ao entendimento do Direito Administrativo e da Administração Pública.

• a) É correto afirmar que, quando o Poder Legislativo aprova uma lei que conceda pensão vitalícia a um anistiado político, materialmente está exercendo uma função administrativa.

• b) Segundo a teoria da representação, hoje adotada, entende-se que os órgãos públicos ditam suas vontades por meio de seus agentes.

• c) Não detêm os órgãos públicos personalidade jurídica; contudo, para se fazerem representar em juízo, todos gozam do que se denominou personalidade judiciária.

• d) Em respeito ao princípio da legalidade, somente por lei podem ser criados ou extintos órgãos públicos. • e) No sentido subjetivo, é o Poder Executivo que exerce exclusivamente a Administração Pública.

6- Julgue os seguintes itens, relativos a poderes e princípios da administração pública.

Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que se vale da publicidade oficial para autopromover-se. Certo Errado

7- Julgue os seguintes itens, relativos a poderes e princípios da administração pública.

Não viola o princípio da legalidade a exoneração de ofício de servidor público por abandono de cargo. • Certo Errado

8- Prova: FUNCAB - 2010 - PM-GO - Soldado da Polícia Militar (questão nº 39) Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Princípios da Administração Pública; Em relação aos Princípios do Direito Administrativo, assinale a alternativa correta.

a) O princípio da legalidade a que está submetida a Administração Pública, significa que os agentes públicos podemfazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

• b) O princípio da impessoalidade, apesar de não estar previsto expressamente na Constituição Federal, rege de forma relativa a atividade administrativa estatal

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• c) Decorre do princípio da autotutela o poder da Administração de anular, de ofício, os seus atos ilegais.

• d) Os princípios da conveniência e oportunidade regem todos os atos administrativos

e) O administrador público, na edição de seus atos, não está submetido ao princípio da razoabilidade.

9- No que se refere aos princípios básicos da administração pública federal, regulamentados pela Lei n.º 8.429/1992 e suas alterações, julgue os itens subsecutivos.

Incorre em abuso de poder a autoridade que nega, sem amparo legal ou de edital, a nomeação de candidato aprovado em concurso público para o exercício de cargo no serviço público estadual, em virtude de anterior demissão no âmbito do poder público federal.

• Certo Errado

10- Em relação ao direito administrativo, julgue o item subsequente.

A vedação da prática do nepotismo no âmbito da administração direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios está relacionada aos princípios da moralidade e da impessoalidade administrativa.

• Certo Errado

Cláudio Freitas, juiz do trabalho e professor do Qconcursos.com

11- Acerca do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), assinale a afirmativa correta. a) A movimentação de conta vinculada do FGTS não poderá ocorrer nos casos de aposentadoria espontânea concedida pela Previdência Social em que o empregado titular da conta continua com o contrato de trabalho em vigor.

b) O empregado doméstico passou a ser beneficiário obrigatório do FGTS.

c)Os diretores não empregados de empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista não poderão estar sujeitos ao regime do FGTS, em razão da ausência de vínculo empregatício.

d)Nos termos da lei específica que regulamenta o FGTS, os empregadores deverão depositar nas contas vinculadas dos empregados o valor correspondente a 8% da remuneração de cada empregado do mês anterior, incluídas na remuneração as comissões, gorjetas e prestações in natura e, ainda, o 13º salário.

12- Julgue os itens seguintes, referentes ao contrato de emprego.

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indireta, de culpa recíproca e de força maior.

• Certo Errado

13- Com referência a prescrição e decadência nas relações de trabalho, julgue os itens seguintes.

Observado o prazo de dois anos para a propositura da ação, a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS é trintenária.

Certo Errado

14- Assinale a alternativa correta em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.

a) Durante a prestação do serviço militar obrigatório pelo empregado, ainda que se trate de período de suspensão do contrato de trabalho, é devido o depósito em sua conta vinculada do FGTS.

b) Na hipótese de falecimento do empregado, o saldo de sua conta vinculada do FGTS deve ser pago ao representante legal do espólio, a fim de que proceda à partilha entre todos os sucessores do trabalhador falecido.

c) Não é devido o pagamento de indenização compensatória sobre os depósitos do FGTS quando o contrato de trabalho se extingue por força maior reconhecida pela Justiça do Trabalho.

d) A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias não alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS, posto ser trintenária a prescrição para a cobrança deste último.

15- Assinale a opção correta acerca do FGTS.

a) Os valores referentes ao FGTS podem ser pagos diretamente ao empregado. b) Os trabalhadores autônomos são beneficiários do FGTS.

c) A conta vinculada do trabalhador no FGTS não poderá ser movimentada em caso de despedida indireta.

d) É devido o recolhimento do FGTS sobre os valores pagos a título de aviso prévio, quer tenha o empregado, durante esse período, trabalhado ou não.

Gabarito:

1- Comentário: Essa questão é um tanto exigente, pois quer que o candidato seja capaz de subtrair a essência de alguns princípios da Administração Pública. Mas como princípios são mandados de otimização, cujo conteúdo é um tanto fluido, é necessário ter parcimônia e analisar com calma o significado das expressões. Para a maioria da doutrina a eficiência poderia se desdobrar em duas consequências. Assim, ser eficiente seria ser eficaz e econômico, ou seja, alcançar o resultado e (eficácia) e fazê-lo da melhor maneira possível (economicidade). Como se vê, a correlação entre meios e fins não é exatamente essa ideia de alcançar o resultado e da melhor forma, razão pela qual já podemos apontar a questão como errada. E certamente o princípio que expressa esse conteúdo é o princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade (que

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são tratados como sinônimos pela maioria dos doutrinadores brasileiros), indicando que uma medida, para ser tomada, deve ser adequada, necessária e efetivamente proporcional com os fins almejados, ou seja, deve representar uma adequada correlação entre meios e fins.

2- Comentário: Essa questão é bastante simples e aborda um conceito que deve ser bem conhecido em Direito

Administrativo. Costuma-se dividir a Administração Pública em dois sentidos. Um deles, chamado subjetivo ou orgânico, identifica a administração com os sujeitos e órgãos que desempenham a atividade administrativa. Daí o nome “subjetivo”, já que se identifica pelos sujeitos. Sob essa ótica, onde houver órgãos administrativos há atividade administrativa. Já o sentido objetivo ou material identifica a administração com a atividade desempenhada. Sob essa ótica, onde houver o desempenho de atividade administrativa, há administração pública. Como se vê, nenhum dos dois conceitos têm nada a ver a maneira como o Estado participa de atividades econômicas privadas. Portanto, a questão está errada.

3- Comentário: Vejamos alternativa por alternativa:

- Alternativa A: está errada porque não há que se pensar em deliberação pela prática de ato vinculado. Se um ato administrativo é vinculado, a lei já definiu todos os seus elementos, inexistindo qualquer discricionariedade para a

administração pública. O conteúdo da Supremacia do Interesse Público muitas vezes é definido pela própria lei, e não pode o administrador, sob tal pretexto, alterar a atuação determinada pelo legislador.

- Alternativa B: atenção! As bancas têm verdadeira adoração por repetir esta questão. Para acertar basta saber que o princípio da eficiência está na Constituição, mas não desde sua edição original, já que este princípio foi inserido de maneira explícita apenas com a Emenda Constitucional 19 de 1998. Portanto, está errada.

- Alternativa C: não é raro pensarmos numa hipótese em que um agente seja investido da função pública sem que pudesse sê-lo. Por exemplo, cite-se o caso daquele que, para tomar posse em cargo de provimento efetivo, utiliza-se de diploma falso na comprovação da escolaridade. Esses são os casos dos funcionários de fato, em que há agentes que efetivamente desempenham as funções, mas sem que estejam devidamente investidos nela. Note que, no caso do exemplo, o ato que investiu o agente no cargo é nulo. Mas até que seja descoberta e declarada a nulidade é possível que ele tenha trabalho, praticado atos etc. E, mesmo ciente da condição de ilicitude que o ligava ao serviço público, esses atos, se regulares, não devem ser anulados. Afinal, pelo princípio da impessoalidade não se deve pensar que foi aquele agente quem praticou o ato, mas a administração pública; e, pelo princípio da boa-fé, não se pode lesar uma expectativa legítima de outros interessados naqueles atos, que seriam prejudicados se tais atos fossem anulados. Note um detalhe: se algum ato tiver sido praticado com vício, o mesmo será, por si só, invalidado. Mas o vício apontado na questão se fere à condição do agente de fato. Portanto, esta é a alternativa certa, que encontra amparo também na teoria da aparência: para os administrados aquele agente estatal parecia legítimo; e a falha existente em sua investidura não poderia estender efeitos maléficos

- Alternativa D: de fato, o atributo da presunção de legalidade faz com que o particular que pretenda anular o ato administrativo precise provar sua ilegalidade, ou seja, ao administrado cabe o ônus de fazer essa prova. Porém, tal ônus é designado pela expressão latina “iuris tantum”, e não “iure et iure”, expressão que identifica justamente as circunstâncias que não admitem prova em contrário, razão porque esta alternativa está errada.

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- Alternativa E:estar positivado é estar disposto em uma norma, de maneira expressa. É claro que princípios do direito podem ter aplicabilidade mesmo que não estejam positivados. Mas este não é o caso do princípio da Segurança Jurídica, que está inserido na Lei 9.784/99, art. 2º, razão pela qual esta alternativa está errada.

4- Comentário: Vejamos alternativa por alternativa:

- Alternativa A: realmente, esses são princípios administrativos expressos. Mas não são exclusivos, pois há muitos outros princípios. Alternativa errada.

- Alternativa B: isso não é verdade. Embora seja uma constante busca a fundamentação dos atos, o que amplia o controle sobre a administração pública, a doutrina tende a entender que os atos discricionários, como dependem de uma avaliação do administrador, não demandam motivação. Vale anotar que esse pensamento é majoritário, mas existem vozes em contrário. E, ainda que a motivação nesses atos não seja uma obrigação, caso ela estiver presente, deve ser verdadeira, consubstanciando-se a chamada teoria dos motivos determinantes. Essa, portanto, é a alternativa correta. - Alternativa C: a administração direta não necessariamente se caracteriza por uma centralização de atividades, afinal ela pode passar pelo processo de desconcentração administrativa. Mais ainda: o que ela presta centralizadamente, presta em si mesma, na pessoa jurídica de direito público, e não em entidades outras. Portanto, essa alternativa está

completamente equivocada.

- Alternativa D: as causas em que sejam parte ou interessada a União, suas autarquias e empresas públicas serão processadas e julgadas na justiça comum federal, na forma do art. 109 da CF/88. Mas as causas relativas às sociedades de economia mista federais serão processadas e julgadas na justiça comum estadual. Portanto, é errado dizer que a

competência da justiça federal ou estadual será determinada pela natureza do ente instituidor, já que mesmo sociedades de economia mista federais terão suas causas julgadas na justiça federal.

- Alternativa E: essa alternativa com certeza é polêmica e passível de anulação. O que ela pretendia fazer era testar o conhecimento do candidato no sentido de que as fundações públicas de direito público são verdadeiras autarquias, sendo, assim, criadas diretamente por lei, e não apenas autorizadas, como é a regra geral das fundações públicas. Porém, a palavra “depende” é ampla, e depender pode ser tanto ser criado quanto ser autorizado. Por isso, apesar de essa alternativa ser dada como errada, há nela coerência que possibilita afirmarmos que é verdadeira. A questão merecia ser anulada, mas deve-se enfatizar que isso não aconteceu.

5- Comentário: Vejamos alternativa por alternativa:

- Alternativa A: de fato, a lei que concede um benefício em concreto (não uma lei que cria um benefício, mas a que concede) é uma lei em sentido amplo, mas um verdadeiro ato administrativo, porque não é provida das características de generalidade e abstração. Portanto, essa alternativa está correta.

- Alternativa B: na verdade a teoria hoje adotada é a da imputação, e não a da representação. De fato, pela teoria da imputação a vontade dos agentes públicos é imputada aos órgãos. Mas o nome da teoria está errado.

- Alternativa C: a personalidade judiciária seria uma personalidade específica para ingresso em juízo na defesa de prerrogativas e interesses de um órgão público, independentemente da pessoa jurídica a qual pertençam. Essa informação é verdadeira. Mas nem todos os órgãos possuem personalidade judiciária, o que torna a afirmativa errada.

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- Alternativa D: de fato, apenas a lei pode criar ou extinguir órgãos públicos. Há, portanto, outra alternativa correta! Por isso, essa questão foi anulada.

- Alternativa E: no sentido subjetivo, administração pública são todos os órgãos e entidades (sujeitos!) que exercem a função administrativa. Portanto, é errado dizer que tal sentido encamparia apenas o Poder Executivo.

6- Comentário: Certo, tal conduta fere os princípios da moralidade e da impessoalidade, tal como dispostos no Artigo 37, §1º, da Constituição Federal: A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que

caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

7- Comentário: Errado, o STJ já fixou jurisprudência no sentido de que a exoneração de ofício só pode se dar nas hipóteses do art. 34 da Lei nº 8.112/90 - não aprovação do servidor no estágio probatório e decurso de prazo para a posse do servidor.

8- Comentário: A resposta correta é a letra C. A alternativa A descreve o corolário do Direito Privado e não do Direito Público, do qual faz parte o Direito Administrativo. O princípio da legalidade gera para o Direito Administrativo o inverso – o dever de fazer apenas o que a lei permite, de modo restritivo. A alternativa B está errada porque o princípio da impessoalidade está previsto constitucionalmente, no Art. 37. A alternativa C se equivoca por desprezar os chamados atos vinculados

(decorrentes de lei), que não têm o juízo de conveniência e oportunidade, não são discricionários. Todos os atos da Administração se vinculam ao princípio da razoabilidade, viciando de erro a alternativa E.

9- Comentário: Certo, posto que a questão não especifica nenhuma hipótese legal que impeça a nomeação do candidato, violando o princípio da legalidade.

10- Comentário: Certo, violando também os princípios da isonomia e da eficiência. Tal posição foi objeto da súmula vinculante nº 13 do STF, “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão oi de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estado, do Distrito Federal dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”

11- Comentário: a)A movimentação de conta vinculada do FGTS não poderá ocorrer nos casos de aposentadoria espontânea concedida pela Previdência Social em que o empregado titular da conta continua com o contrato de trabalho em vigor.

Incorreta: a lei 8036/90, artigo 20, III somente exige a concessão da aposentadoria pela Previdência Social, sem fazer restrição àqueles que não prosseguem em seu labor no empregador. Dessa forma, onde o legislador não restringe não cabe ao intérprete o fazer.

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b) O empregado doméstico passou a ser beneficiário obrigatório do FGTS.

Incorreta: o doméstico sempre foi entendido como sendo beneficiário facultativo, conforme artigo 3º-A da lei 5859/72. Mas ATENÇÃO: a prova foi realizada antes da EC 72/2013 que, ao modificar o parágrafo único do artigo 7º da CRFB, incluiu o doméstico como beneficiário do FGTS, o que ainda pende de regulamentação legal.

c)Os diretores não empregados de empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista não poderão estar sujeitos ao regime do FGTS, em razão da ausência de vínculo empregatício.

Incorreto: o diretor não empregado faz jus ao FGTS, conforme estabelecido no artigo 15, §4? da lei 8036/90 (“ § 4º Considera-se remuneração as retiradas de diretores não empregados, quando haja deliberação da empresa, garantindo-lhes os direitos decorrentes do contrato de trabalho de que trata o art. 16.”)

d)Nos termos da lei específica que regulamenta o FGTS, os empregadores deverão depositar nas contas vinculadas dos empregados o valor correspondente a 8% da remuneração de cada empregado do mês anterior, incluídas na remuneração as comissões, gorjetas e prestações in natura e, ainda, o 13º salário.

Correta: trata-se da aplicação do artigo 15, caput da lei 8036/90:

“ Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.”

12- Comentário- o FGTS é um direito constitucionalmente previsto no artigo 7?, III da CRFB e se trata de um depósito feito mensalmente pelo empregador em uma conta vinculada aberta em nome do empregado na Caixa Econômica Federal, possuindo como finalidade uma garantia ao empregado de seu uso para fins diversos legalmente previstos (artigo 20, lei 8.036/90), assim como funcionar como indenização substitutiva temporária à ainda inexistente garantia de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa a que faz jus o artigo 7?, I da CRFB (vide artigo 18, §1? da lei 8.036/90). Dentre as hipóteses de possibilidade de movimentação da conta vinculada do empregado por este estão a despedida sem justa causa, inclusive a indireta, culpa recíproca e força maior, conforme artigo 20, I da lei 8.036/90:

“Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior”.

Assim sendo, temos como resposta: CERTO. •

13- Comentário- RESPOSTA: a prescrição da pretensão para reclamar débitos trabalhistas é a bienal para o ajuizamento da demanda, com retroação de cinco anos para trás, conforme elencado no artigo 7?, XXIX da CRFB. Tal regra constitucional é relativizada em casos pontuais, como na hipótese em que se pleiteia verbas que não possuem natureza jurídica tipicamente trabalhistas, a exemplo dos depósitos de FGTS, que, segundo a doutrina, teria uma natureza mista, sendo trabalhista, social

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e tributária. Nesse caso, a Súmula 362 do TST, baseada no artigo 7?, XXIX da CRFB acima citado e no artigo 23, §5? da lei 80.36/90, expressa o prazo bienal para ajuizar a demanda, mas com retroação de 30 anos para trás, ou seja, uma prescrição trintenária específica do FGTS.

”SUM-362. FGTS. PRESCRIÇÃO

É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho.”

Assim sendo, temos como RESPOSTA: CERTO.

14- Comentário- a) Durante a prestação do serviço militar obrigatório pelo empregado, ainda que se trate de período de suspensão do contrato de trabalho, é devido o depósito em sua conta vinculada do FGTS.

Correta: trata-se do artigo 15, §5? da lei 8036 de 1990. (“Art. 15 (...). § 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. ) b) Na hipótese de falecimento do empregado, o saldo de sua conta vinculada do FGTS deve ser pago ao representante legal do espólio, a fim de que proceda à partilha entre todos os sucessores do trabalhador falecido.

Incorreta: o pagamento é feito na forma do artigo 20, IV da lei 8036 de 1990: “Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações (...) IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;”)

c) Não é devido o pagamento de indenização compensatória sobre os depósitos do FGTS quando o contrato de trabalho se extingue por força maior reconhecida pela Justiça do Trabalho.

Incorreta: no caso de força maior, o pagamento é feito, mas em 20%, conforme artigo 18, §2? da lei 8036 de 1990. d) A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias não alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS, posto ser trintenária a prescrição para a cobrança deste último.

Incorreta: apesar de trintenária a prescrição de parcelas de FGTS, necessário o ajuizamento da ação no prazo bienal constitucional, conforme Súmula 362 do TST.

(RESPOSTA: A) 15- Comentário:

a) Os valores referentes ao FGTS podem ser pagos diretamente ao empregado.

Incorreta: os valores devem ser depositados em uma conta vinculada do empregado na Caixa Econômica Federal, conforme disposto no artigo 15, lei 8.036/90.

b) Os trabalhadores autônomos são beneficiários do FGTS.

Incorreta: somente os empregados fazem jus aos depósitos de FGTS, conforme artigo 7?, caput e III da CRFB e artigo 15, §2? da lei 8.036/90.

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Incorreta: há possibilidade de movimentação no caso de despedida indireta, conforme artigo 20, I da lei 8.036/90.

d) É devido o recolhimento do FGTS sobre os valores pagos a título de aviso prévio, quer tenha o empregado, durante esse período, trabalhado ou não.

Correta: vide Súmula 305 do TST:

“SUM-305 FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA SOBRE O AVISO PRÉVIO .

O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS.” (RESPOSTA: D)

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