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PONTO 1: SENTENÇA E COISA JULGADA. PONTO 3: b) EFEITOS SENTENÇA SENTENÇA E COISA JULGADA

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PROC. CIVIL

PONTO 1: SENTENÇA E COISA JULGADA

PONTO 2: a) CONCEITO SENTENÇA

PONTO 3: b) EFEITOS SENTENÇA

SENTENÇA E COISA JULGADA

CONCEITO DE SENTENÇA: antes de 2005 costumava-se definir como ato que termina o

processo. Hoje essa afirmação é falsa não podendo se afirmar que a sentença termina com o

processo (art. 162, §1º

1

CPC) o art. 267

2

CPC ainda fala em extinção do processo. (art. 269

3

CPC).

1 Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Redação dada pelo Lei

nº 11.232, de 2005)

2 Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

I - quando o juiz indeferir a petição inicial;

Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

Vll - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996)

Vlll - quando o autor desistir da ação;

IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;

XI - nos demais casos prescritos neste Código.

§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte,

intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas.

§ 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao no III, o autor

será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado (art. 28).

§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da

matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.

(2)

OBS: a sentença nem sempre termina o processo. 2º as sentenças terminativas sempre

terminam o processo (que não resolvem o mérito). 3º as sentenças definitivas nem sempre

terminam o processo. O conceito de sentença foi alterado, pois a execução deixou de ter a

natureza de ação e sim fase.

Entretanto, os processualistas começaram a dizer: Tereza Arruda entre outros

doutrinadores que em razão do CPC não vincular mais a idéia de que a sentença e a extensão

do processo, sendo possíveis sentenças no meio do processo. 2º estes sempre que houver

resolução de mérito no curso do processo estamos diante de sentença e nas interlocutórias.

Surgem 2 categorias: - sentenças de mérito com base em juízo de verossimilhança – sentenças

parciais: resolução de mérito prolatadas no curso do processo. §6ºart. 273 CPC

4

. (tutela

antecipada.

Para esta última corrente decisão interlocutória seriam prolatadas no curso do processo

(não resolvem mérito), mas que vão causar prejuízo a uma das partes.

Quem admite a tese de que decisão no curso do processo é sentença: Posição

minoritária entende que contra essa sentença liminar e parcial cabe apelação. ‘falam em

apelação por instrumento (translado). Sendo majoritária a tese, pois não há previsão em lei. ‘

Princípio da taxatividade’. A maioria entende que cabe agravo de instrumento e tecnicamente

(seria a mais adequada).

3 Art. 269. Haverá resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

III - quando as partes transigirem; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

4 Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido

inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles,

(3)

A posição majoritária no Brasil: decisões no curso do processo resolvam mérito ou não

são interlocutórias. Sendo ato que encerra processo ou fase. Prevalecendo nos Tribunais esta

última. Art. 463 CPC

5

antes de 2005 com a sentença acabava a prestação jurisdicional,

atualmente mudou não falando mais em término da prestação jurisdicional, pois o processo

pode continuar com a execução. Após prolatada a sentença pode modificar em caso de erro

‘material ou se o magistrado agregar efeitos infringentes nos embargos declaratórios. Ex: erro

material; uma sentença que nada tem haver com o processo. Hipóteses do art. 296

6

CPC

(indeferimento da petição inicial) o autor apela sendo que o juiz pode se retratar também. Art.

285-A (é possível se retratar, também nas ações em massa que são repetitivas, art. 543-B e

543-C

7

).

5 Art. 463. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

I - para Ihe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou Ihe retificar erros de cálculo;

II - por meio de embargos de declaração.

6 Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,

reformar sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente.

(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

7 Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a análise da repercussão

geral será processada nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, observado o disposto neste artigo.

(Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 1o Caberá ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao

Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 2o Negada a existência de repercussão geral, os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos.

(Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 3o Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de

Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 4o Mantida a decisão e admitido o recurso, poderá o Supremo Tribunal Federal, nos termos do Regimento Interno, cassar

ou reformar, liminarmente, o acórdão contrário à orientação firmada. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 5o O Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal disporá sobre as atribuições dos Ministros, das Turmas e de outros

órgãos, na análise da repercussão geral. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

Art. 543-C. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, o recurso especial

será processado nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 1o Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão

encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 2o Não adotada a providência descrita no § 1o deste artigo, o relator no Superior Tribunal de Justiça, ao identificar que sobre

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EFEITOS DA SENTENÇA: (DIRETOS, ANEXOS E REFLEXOS)

EFEITOS DIRETOS: atingem tanto as partes quanto os terceiros, sem os terceiros

juridicamente interessados ou terceiros desinteressados, o que atinge estes são os efeitos. De

acordo com a Teoria Trinária – efeito declaratório, condenatório e constitutivo. Teoria

Quinária: abrange os 3 efeitos já mencionados mais o executivo ‘lato sensu’ e mandamental.

EFEITO DECLARATÓRIO: ART. 4º CPC – de acordo com este artigo as ações

declaratórias são ajuizadas sempre que se buscar a inexistência, existência de relação jurídica e a

falsidade de documento. De acordo com Pontes de Miranda as sentenças declaratórias tem por

finalidade trazer certeza ao mundo jurídico. Sempre que ajuizada a ação sentença declaratória a

situação ou relação jurídica, cujo reconhecimento se pretende existe ou não no plano da vida

não produzindo efeitos jurídicos. Ex: sentenças de investigação de paternidade. (para ser pai

não precisa que o juiz diga se ajuizou para assegurar os direitos, alimentos, por exemplo.

Usucapião (sou titular pelo decurso do tempo, mas sem a sentença não usufruo dos efeitos).

VERBO = DECLARAR.

nos tribunais de segunda instância, dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 3o O relator poderá solicitar informações, a serem prestadas no prazo de quinze dias, aos tribunais federais ou estaduais a

respeito da controvérsia. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 4o O relator, conforme dispuser o regimento interno do Superior Tribunal de Justiça e considerando a relevância da matéria,

poderá admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 5o Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no § 4o deste artigo, terá vista o Ministério Público

pelo prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 6o Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será

incluído em pauta na seção ou na Corte Especial, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 7o Publicado o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem: (Incluído pela Lei nº

11.672, de 2008).

I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação do Superior Tribunal de Justiça; ou (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

II - serão novamente examinados pelo tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 8o Na hipótese prevista no inciso II do § 7o deste artigo, mantida a decisão divergente pelo tribunal de origem, far-se-á o

exame de admissibilidade do recurso especial. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 9o O Superior Tribunal de Justiça e os tribunais de segunda instância regulamentarão, no âmbito de suas competências, os

procedimentos relativos ao processamento e julgamento do recurso especial nos casos previstos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

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EFEITO CONSTITUTIVO DA SENTENÇA: geram efeitos constitutivos. Elas

criam, modificam ou extinguem relação jurídica, ou seja, temos relação jurídica. Ex: decretação

de divórcio. Ex: sentença de rescisão de contrato, sentença revisional de contrato, interdição

onde há estado jurídico novo. VERBO = DECRETAR.

EFEITO CONDENATÓRIO DA SENTENÇA: tem por objetivo apenas o direito

das obrigações. Com a introdução ao CPC dos arts. 461 e 461-A

8

pode-se afirmar que as

sentenças condenatórias têm a obrigação para pagamento em dinheiro se a sentença tiver

obrigação de fazer ou não fazer será executiva ‘lato sensu’ ou mandamental. Se for para

entrega de coisa será executiva ‘lato sensu’. As sentenças condenatórias não provocam por si

só uma alteração no plano da vida, no plano dos fatos precisa de execução em separado. Ex:

sentenças nas ações de indenização, cobrança, nas ações por enriquecimento injustificado.

VEBO = CONDENAR.

EFEITO EXECUTIVO ‘LATO SENSU’ DA SENTENÇA: EX: entrega de coisa,

reintegração de posse, imissão de posse, busca e apreensão. Mais célere. VERBO = Na entrega

de coisa - DECRETAR, nas demais DETERMINA.

8 Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela

específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a

obtenção do resultado prático correspondente. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz

conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido

do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.

(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a

requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou

excessiva. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o

cumprimento da obrigação. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe

couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de

imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

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EFEITO MANDAMENTAL DA SENTENÇA: as sentenças são prolatadas sempre

que o objetivo for de uma vontade pública ou privada por uma ordem judicial. Nas sentenças

mandamentais a vontade do obrigado é importante e relevante para que a ordem judicial seja

cumprida.

Se não quiser não cumpri. Não tenho como obrigar. Ex: sentença em Mandado de

Segurança. Ação por cessação do uso de marca. As sentenças mandamentais são cumpridas

através de medidas coercitivas indiretas. Ex: comum de medida coercitiva indireta é

interposição de astreintes. Prisão por descumprimento de ordem judicial. VERBO =

DETERMINAR, ORDENAR.

Tese da natureza mista da sentença e da constante QUINZE de Pontes de Miranda: de

acordo com este as sentenças não são puras, mas mistas ou híbridas, sempre com mais de um

conteúdo de eficácia. Ex: Sentença prolatada em ação de despejo. Reconhece a locação

(declaratória) rescindi (constitutiva), decreta o despejo (executiva lato sensu), determina ordem

de desocupação do imóvel (efeito mandamental).

Ovídio entende: que o Direito não é matemática nem lógica, ou seja, no Direito não

existe uma resposta certa em um processo. Há várias possibilidades, quem apresentar a melhor

versão é que vence. Nem sempre as sentenças são mistas ou híbridas. É possível sentença

pura. Ex: sentença declaratória de inexistência de dívida.

EFEITOS ANEXOS: decorrem de uma sentença por simplesmente esta existir, ou

seja, o efeito anexo nasce a partir de uma sentença independentemente de o magistrado

expressamente tratar na sentença. Os efeitos anexos não são inventados, não são criados,

devem estar positivados. Ex: hipoteca judiciária prevista no art. 466

9

do CPP, sentença penal

condenatória transitada em julgado que torna certa a devida reparação de danos civis, fazendo

coisa julgada no cível.

EFEITOS REFLEXOS: embasam a teoria da intervenção de terceiros e do recuso do

terceiro prejudicado, ou seja, para intervir no processo em qualquer das modalidades de

intervenção e para recorrer com o terceiro prejudicado o terceiro deve ter interesse jurídico,

terá tal interesse quando sofrer efeito reflexo (o terceiro sofre esse efeito quando seu direito

depender do resultado de determinada demanda, ou ainda, sempre que o Direito do terceiro

tiver relação com o objeto que estiver sendo discutido em determinada demanda. Ex:

Sublocatário em relação à ação de despejo. O contrato de sublocação é acessório do de

locação. (Se a locação for rescindida o acessório também).

9 Art. 466. A sentença que condenar o réu no pagamento de uma prestação, consistente em dinheiro ou em coisa, valerá como

título constitutivo de hipoteca judiciária, cuja inscrição será ordenada pelo juiz na forma prescrita na Lei de Registros Públicos.

Parágrafo único. A sentença condenatória produz a hipoteca judiciária:

I - embora a condenação seja genérica;

II - pendente arresto de bens do devedor;

(7)

REQUISITOS DE UMA SENTENÇA: ART. 458

CPC.

Relatório, fundamentação e dispositivo sob pena de nulidade.

RELATÓRIO: descrição do que aconteceu no processo, podendo ser dispensado nos

JEC’s. Já a FUNDAMENTAÇÃO é onde o juiz declina as razões para as quais está prolatando

a decisão. É requisito constitucional, art. 93 CF, IX

11

, CF. Todas as decisões precisam de

fundamentação, inclusive as homologatórias (que podem ser sucintas) assim como as

terminativas. Sentenças que copiam parecer do MP são válidas. DISPOSITIVO: onde o juiz

prolata sua conclusão. Neste o juiz, via de regra está vinculado ao princípio da congruência

que significa estar vinculado ao pedido, art. 128 a 460 CPC. Se não julgar de acordo com o

pedido é caso de nulidade. (citra petita (quando não aprecia algo) ultra petita (julga a mais do

que foi pedido) extra petita (julga o que não foi pedido). Tal princípio não é absoluto, foi

relativizado na nossa legislação. Art. 84

12

CDC e 461 CPC, ou seja, nas ações coletivas, nos

termos do art. 84 CDC o juiz pode julgar de modo diverso do que foi pedido desde que o

resultado protético equivalente seja o mesmo. Ex: uma Ação Civil Pública ajudado pelo MP, o

juiz ao invés de interditar a empresa pode determinar que se instale filtros poluentes de ofício.

Nas ações individuais que tenham por objeto fazer ou não fazer o magistrado pode emitir um

comando diverso do que foi pedido.

10 Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.

Art. 459. O juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor. Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o juiz decidirá em forma concisa.

Parágrafo único. Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida.

11 Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,

observados os seguintes princípios: IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

12 Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela

específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).

§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.

§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

(8)

É possível a sanação de nulidade da sentença e também do processo por ocasião do

julgamento da apelação. Art. 515, §4º

13

CPC.

i

i BIBLIOFRAFIAS SUGERIDAS:

*SÉRGIO GILBERTO PORTO – COMENTÁRIOS AO CPC – COISA JULGADA (ED. REVISTA OS TRIBUNAIS)

*OVÍDIO BATISTA DA SILVA – SENTENÇA E COISA JULGADA

*TEREZA ARRUDA ALVIM WAMBIER – NULIDADES DA SENTENÇA/ O DOGMA DA COISA JULGADA.

*GUILHERME MARINONI – CURSO DE PROC. CIVIL I.

*ARAKEN DE ASSIS (VER. AJURIS Nº 44) EFICÁCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA

*ANTÔNIO GIDI – DOS LIMITES SUBJETIVOS DA COISA JULGADA/ COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS

*LER ARTIGOS NA INTERNET – RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA/ CONTRA TESE – COISA JULGADA RELTIVA? (OVÍDIO)

§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força policial.

13 Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

§ 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual,

intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. (Incluído pela Lei nº 11.276, de 2006)

Referências

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