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Publicidade e Propaganda nas Câmaras Municipais

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Academic year: 2021

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Publicidade e

Propaganda nas

Câmaras Municipais

Dia 6 - das 13h30 às 17h

Estudo sobre a Publicidade Oficial dos Municípios

Dia 7 - das 9h às 12h

As Regras para a Propaganda Política 2016

Dia 7 - das 13h30 às 17h

O Marketing Político Institucional

Dia 8 - das 9h às 11h

O Poder Público Local e a Propaganda Política

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A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público - Professores especializados e atuantes na área (Prática) - Certificados de Participação digitalizado

- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc) - Tira-dúvidas durante realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital) - Atendimento personalizado e simpático

- Rigor no cumprimento de horários e programações - Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio - Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat entre alunos e contato com a escola.

Público Alvo

- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) . - Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des. Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

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Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos seus alunos, cidadãos e entidades públicas.

Valores

 Reputação ilibada  Seriedade na atuação

 Respeito aos alunos e à equipe de trabalho  Qualidade de seus produtos

 Modernização tecnológica de metodologia de ensino  Garantia de aprendizagem

 Ética profissional

SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898

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Programação:

Dia 6 - das 13h30 às 17h

Estudo sobre a Publicidade Oficial dos Municípios

1 Princípio constitucional 2 Correlação publicidade/transparência/controle 3 Desmembramentos: a) obrigatória b) facultativa (institucional) 4 Meios de veiculação:

a) órgão oficial (impresso e ou eletrônico)

b) mídias eletrônicas oficiais (site, face, instagram, blog, etc) c ) veículos terceirizados

5 Formas de contratação pelo município: a) licitação

b) inexigibilidade c) dispensa

d) credenciamento

6 Peculiaridades de cada poder local (Executivo e Legislativo) 7 Posicionamentos do TCE

8 Jurisprudência judicial 9 Estudos de casos Dia 7 - das 9h às 12h

As Regras para a Propaganda Política 2016

1 Desmembramentos: a) propaganda partidária b) propaganda intrapartidária c) propaganda eleitoral 2 Momentos:

a) propaganda antecipada (extemporânea) b) propaganda de campanha

3 Propaganda negativa 4 Propagandas vedadas 5 Direito de Resposta

6 Regras específicas da propaganda política em 2016: a) outdoor

b) brindes

c) impressos de propaganda d ) alto-falantes ou amplificadores e ) carro de som

f) trio elétrico e minitrio g) comícios

h) showmício

i) utilização de símbolos e imagens j) simuladores de urnas eletrônicas k) bens públicos l) bens particulares m) placas n) faixas o) cartazes p) pinturas q) internet r) mensagens eletrônicas

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s) carreata

t) caminhada ou passeata u) propaganda na imprensa v) propaganda no dia das eleições

x) retirada da propaganda após as eleições 7 Outros temas interligados:

a) roteiro de prazos (calendário do TSE) b) pesquisa eleitoral

c) desincompatibilizações d ) inelegibilidade

8 Procedimentos Judiciais e Penas Aplicáveis: a) ações eleitorais

b) crimes eleitorais c) recursos eleitorais d) penas

Dia 7 - das 13h30 às 17h

O Marketing Político Institucional

1 Conceitos e Diretrizes

a) objetivos: transparência e missão institucional b) funções da mídia na gestão pública

c) atribuições do gestor da comunicação: a notícia e os relacionamentos 2 Planejando para o Sucesso na Comunicação:

a) estratégias para construção da mídia positiva e gestão de crises b) identificando o informacional e o interacional

c ) o aproveitamento das redes sociais 3 Atividades práticas

a) media training: técnicas básicas para entrevistas b) elaboração da agenda de trabalho: o que farei e como Dia 8 - das 9h às 11h

O Poder Público Local e a Propaganda Política

1 Vedações aos Órgãos Públicos para o ano eleitoral

2 As Limitações da Lei 9.504/97 e LRF (Lei Complementar 101/2000) a) gastos

b) publicidade e bens públicos c) divulgações eleitoreiras d) outros atos vedados

3 Propaganda Eleitoral com Recursos Públicos a) antecipada

b) em campanha

4 Posturas locais e a propaganda política eleitoral: a) higiene Pública

b) estética Urbana c ) sossego Público d) meio ambiente e) trânsito

5 Quem exercerá o Poder de Polícia: a) fiscalização

b) coerção

c) aplicação de penalidades

6 Instruções Municipais para evitar ilicitudes no período a) órgãos e funções a serem orientadas

b) orientações necessárias c) minutas modelo

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Professores:

Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração Pública e Direito Constitucional

Rogério Carlos Born: Mestre em Direito Constitucional, especialista em Direito Público, Eleitoral e Militar, Membro da

Comissão de Direito Internacional da OAB-PR, Professor Universitário, Servidor da Justiça Eleitoral, Autor das obras "Ação Rescisória no Direito Eleitoral", "Direito Eleitoral Internacional e Comunitário", Direito Eleitoral Militar", "Objeção de consciência: restrições aos direitos políticos", "Sentença no Direito Penal Militar: teoria e prática"; "Direito Eleitoral para Concursos"; "Direito Penal Militar para Concursos"; "Direito Processual Penal Militar para Concursos" e "Assédio Sexual na Relações de Trabalho".

Cora Catalina Quinteros: Relações Públicas, mestre em Comunicação e Linguagens, Pós graduada em Marketing e Bacharel

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Sumário

ESTUDO SOBRE A PUBLICIDADE OFICIAL DOS MUNICÍPIOS ... 1

AS REGRAS PARA A PROPAGANDA POLÍTICA 2016 ... 7

O MARKETING POLÍTICO INSTITUCIONAL ... 19

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1

ESTUDO SOBRE A PUBLICIDADE OFICIAL DOS

MUNICÍPIOS

Jonias de O. e Silva

01 A Publicidade Oficial dos Municípios

De modo geral, os termos PUBLICIDADE e PROPAGANDA se equivalem, quando se trata da divulgação oficial pelos órgãos públicos.

No entanto, numa melhor análise, podemos separa-las!

É que o termo propaganda é mais amplo, sendo utilizado também pela iniciativa privada.

E pelo próprio poder público, quando na oferta de produto ou serviço que tenham concorrência no mercado. Aliás, propaganda tem a ver com mercado...

Já a publicidade, é derivada de “levar a público”, mais no sentido de obediência ao ditame constitucional de divulgação dos atos e ações do poder público.

Inclusive, a publicidade foi instituída como um dos 5 (cinco) princípios básicos da Administração Pública (art. 37, caput, da CF).

Com isso, tem-se que com a publicidade o gestor realiza a prestação de contas, promove transparência em sua gestão, e permite o melhor controle da coisa pública.

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Todos são interligados!

02 Transparência Pública no Brasil

Desde o nascimento de nossa pátria, em 22 de abril de 1500, a população jamais teve acesso ás formas de utilização dos bens públicos e de administração dos recursos financeiros arrecadados do próprio povo.

Tanto a monarquia (até 14 de novembro de 1889), quanto no governo civil que comanda o país de lá pra cá, praticamente todos os gestores não tinham a obrigação ou o costume de prestar contas de seus atos.

É certo que o faziam, mas de forma genérica, apenas para órgãos de controle.

O povo (contribuinte direta ou indiretamente), não conseguia individualmente saber do que se passava no âmbito dos Poderes da nação.

No entanto, com o advento da globalização e da evolução rápida e espetacular das tecnologias de comunicação, houve também um grande avanço nos direitos dos cidadãos.

Aqui no Brasil, após a Constituição Federal de 1988, muito se conquistou desses direitos.

A própria Carta Magna reservou uma lista grande de direitos e garantias individuais e coletivas (em especial, nos art. 5º, 6º e 7º).

03 Transparência Pós-CF/88

De toda forma, criando verdadeiro divisor na história do Brasil, a nossa CF/88 acendeu nos nacionais o desejo de conhecer de perto e participar da vida do país.

Mais que isto: passou a discutir os seus direitos enquanto membros da nação.

Representados no governo, tanto nas casas legislativas, quanto nos demais poderes (Executivo e Judiciário), passamos a conquistar espaço e elaborar instrumentos que exigem (forçam) os gestores a dar transparência em sua atuação.

Dentre esses instrumentos, podemos citar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que desde o seu nascimento (em 2000) já previa certas obrigações aos governantes, para levar ao povo o conhecimento de seus atos e ações.

Mas foi exatamente em 2010, pela Lei Complementar nº 131 de 27 de maio de 2009, que houve uma implementação maior da obrigatoriedade de transparência nos meio público, aplicando-se, inclusive, regras específicas sobre a divulgação tecnológica via internet.

Com isso, desencadeou no Brasil, em todos os órgãos públicos, a obrigação de publicar mais amplamente as informações que poderiam ter o interesse público.

Essa é a chamada Transparência Ativa, pois, independentemente de alguém solicitar, o órgão público tem a obrigação de divulgar.

E diga-se mais:

A divulgação (publicação) deverá ser eficiente e eficaz. Ou seja:

O canal disponibilizado deverá ser de boa qualidade, permitindo o acesso de forma rápida e fácil, e evitando os subterfúgios (mesmo que da tecnologia) para esconder dados e informações.

A Lei Complementar Federal nº 101/2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), exige que ocorram publicações trimestrais.

04 Prestação de Contas

Dar conhecimento ao contribuinte do que o gestor faz com os recursos públicos é prestar contas.

Publicidade

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3

Seguindo a evolução social humana, sobretudo após a identificação da figura do estado moderno (povo, território, governo), a exigência de os governantes ou particulares dar satisfação aos contribuintes sobre o uso e aplicação dos recursos públicos (financeiros e de bens) tem crescido mais e mais.

Já na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada e aceita por muitos povos na era da Revolução Francesa (1789), consta essa exigência:

“Art. 15 – A Sociedade tem o Direito de pedir conta a todo agente público de sua administração.”

Segundo o texto divulgado no site do Tribunal de Contas do Estado do Paraná:

“A Prestação de Contas é dever constitucional dos que utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam ou administram dinheiros, bens e valores públicos.”

http://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/prestacao-de-contas-municipios/214

05 Publicidade Oficial Obrigatória

Dentre eles, a obrigação ao Estado de promover a divulgação de seus atos e ações, tornando a publicidade um dos princípios básicos da Administração Pública (art. 37, caput).

É que o legislador constituinte entendeu como sendo prioridade a divulgação dos atos e ações dos governantes, para que o povo (contribuinte-eleitor) acompanhe as atuações dos eleitos, bem como, com a coisa pública.

Embasadas na Carta Maior da República, muitas leis editadas depois de 1988 criaram obrigação de publicar certos atos, quando se tratar de recursos públicos (financeiros, patrimoniais, funcionais, etc.).

Os Atos Oficiais de publicação obrigatória, devem ser divulgados em um único meio de comunicação, escolhido por cada ente da federação, conforme previsão na legislação esparsa (licitações-contabilidade-tributação-orçamentária...).

No caso do Municípios, deverá ser apenas 01 para o Executivo e para o Legislativo, contratado por Licitação, cuja homologação deverá ocorrer após Autorização Legislativa.

06 Publicidade oficial Facultativa

A CF de 1988 também autorizou despesas com a divulgação de caráter educativo e informativo, ou de orientação social (art. 37, §1º).

No entanto, de lá pra cá muita polêmica foi gerada, discutindo sobre o que poderia se aceitar, referente às despesas com publicidade.

É que a interpretação anterior impunha uma separação severa na publicidade oficial, entre a obrigatória e a facultativa.

Entendia-se que a obrigatória era apenas aquela especificada na lei, como a publicação de atos como: leis, decretos, portarias, resoluções, editais...

Quando se divulgava as ações do poder público, questionava-se se aquela despesa se enquadrava como educacional, de orientação social, ou de informação exigida (serviços de utilidade pública).

07 Publicidade Institucional

Porém, com a evolução do conceito, e com a crescente demanda do povo sobre a atuação do poder público e as ações governamentais, ampliou-se em muito as possibilidades de realizar despesas para esse fim.

Portanto, além da publicação obrigatória e daquelas enquadradas como “serviços de utilidade pública” , passou-se a entender que o gestor deva divulgar amplamente as atividades de cada órgão público, para manter a população por dentro dos acontecimentos que envolvem recursos dos contribuintes.

De certo modo, essa divulgação não obrigatória, pode ser considerada como publicidade institucional, pois, além de informar ao povo sobre as ações do órgão, promove este diante da opinião pública, fortalecendo-o institucionalmente.

E para essa divulgação, o TCE/PR definiu que os poderes municipais (Executivo e Legislativo) poderão

contratar serviços de comunicação tanto diretamente, quanto por intermédio de agências (de comunicação ou de publicidade).

No caso de contratação de agências, as regras a serem obedecidas deverão ser aquelas da lei federal nº 12.232/2010. (Vide cópia da Lei no material eletrônico)

Resumindo, as regras do TCE/PR, para a comunicação institucional é:

1- Serviços de criação e administração da publicidade, exigem contratação de Agência de Comunicação (ou de Publicidade), por Licitação no tipo TÉCNICA e PREÇO, por exigência da Lei nº 12.232/2010.

A Comissão de Licitação, se não possuir conhecimentos técnicos da área, deverá nomear SUB-COMISSÃO, para julgar a melhor técnica.

2- Para contratar os serviços para objeto específico, como por exemplo, para produzir jornal (impresso ou eletrônico), programa de rádio ou TV, ou outros tipos de comunicação, poderá ser feita a licitação apenas pelo MELHOR PREÇO.

Mas para isso, terá que indicar exatamente o tipo do serviço (por ex: tamanho do jornal, quantas páginas, periodicidade, etc.).

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Insta lembrar, também, que a partir de 2006, o TCE/PR passou a autorizar as Câmaras Municipais a publicar não apenas seus atos oficiais, mas também, a contratar emissoras de Radiodifusão, de Televisão a cabo ou de sites de internet, ou outros serviços de publicidade e de propaganda (Acórdão 1139/2006 – Prejulgado 02), para divulgar:

a)- transmissões de sessões

b)- divulgação e transmissão de audiências públicas

c)- mensagens alusivas a eventos, serviços, campanhas, programas e homenagens a personalidades

Porém, instruiu e indicou obediência:

a)- ao planejamento orçamentário e financeiro da entidade

b)- princípios constitucionais do caput do art. 37 da Magna Carta Federal c)- §1º, art. 37, da Constituição da República

d)- as normas contidas na Lei de Licitações - Lei Federal nº 8666/93 e)- as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal

f)- indicações da Lei de Imprensa.

Lembrando que existem Atos Oficiais que devem ser obrigatoriamente divulgados em um único meio de comunicação, escolhido por cada ente da federação, conforme previsão na legislação esparsa (licitações-contabilidade-tributação-orçamentária...).

E atenção!

O Órgão Oficial nos Municípios deverá ser apenas 01, para o Executivo e para o Legislativo, contratado por Licitação, cuja homologação deverá ocorrer após Autorização Legislativa.

Vide Acórdão nº 409760-5 do TJ/PR e Processo nº 229723/06 do TCE/PR, no AVA.

Inclusive, o Município poderá optar por apenas um Diário Oficial Eletrônico, ou este e mais o Diário Oficial Impresso, segundo o TCE/PR (Acórdão nº 3830/13).

Aliás, o TCE/PR, passou a autorizar as Câmaras Municipais a partir de 2006, a publicar não apenas seus atos oficiais, mas também, a contratar emissoras de Radiodifusão, de Televisão a cabo ou de sites de internet, ou outros serviços de publicidade e de propaganda (Acórdão 1139/2006 – Prejulgado 02), para divulgar:

- transmissões de sessões

- divulgação e transmissão de audiências públicas

- mensagens alusivas a eventos, serviços, campanhas, programas e homenagens a personalidades

Porém, instruiu e indicou obediência:

- ao planejamento orçamentário e financeiro da entidade

- princípios constitucionais do caput do art. 37 da Magna Carta Federal - §1º, art. 37, da Constituição da República

- as normas contidas na Lei de Licitações - Lei Federal nº 8666/93 - as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal

- indicações da Lei de Imprensa.

Atenção, de novo!

A lei federal nº 12.232/2010, criou regras específicas para a contratação de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda. (Vide cópia da Lei no material eletrônico)

O TCE/PR definiu que os poderes municipais (Executivo e Legislativo) poderão contratar serviços de comunicação tanto diretamente, quanto por intermédio de agências (de comunicação ou de publicidade).

Resumindo:

a)- Serviços de criação e administração da publicidade, exigem contratação de Agência de Comunicação (ou de Publicidade), por Licitação no tipo TÉCNICA e PREÇO, por exigência da Lei nº 12.232/2010.

A Comissão de Licitação, se não possuir conhecimentos técnicos da área, deverá nomear SUB-COMISSÃO, para julgar a melhor técnica.

b)- O TCE/PR tem se posicionado (vide acórdão 308/2012 no AVA) no sentido de que a contratação dos serviços para objeto específico, como por exemplo, para produzir jornal (impresso ou eletrônico), programa de rádio ou TV, ou outros tipos de comunicação, poderá ser feita a licitação apenas pelo MELHOR PREÇO.

Mas para isso, terá que indicar exatamente o tipo do serviço (por ex: tamanho do jornal, quantas páginas, periodicidade, etc.).

08 Publicidade Oficial em Período Eleitoral!

Referentemente aos gastos com publicidade e propaganda em período eleitoral, o Tribunal de Contas do Paraná (TCE/PR) editou em 2011 o Prejulgado nº 13 (acórdão 892/2011), tratando do assunto.

Na definição da Corte, as regras básicas são:

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2º - Para o período de três meses que antecedem as eleições, ou seja, basicamente, nos meses de julho, agosto e setembro, a lei eleitoral, em seu art. 73, VI, “b”, permite apenas os gastos com publicidade em situações de grave e urgente necessidade pública, cabendo apenas à Justiça Eleitoral o reconhecimento dessas exceções em sede de consulta;

3º - Para o período que se encerra três meses antes do pleito, ou seja, o primeiro semestre do ano eleitoral, a análise deverá levar em conta a média anual dos três anos anteriores ou do ano anterior, qual for a menor. Conforme decisão do TSE, esse exame levará em conta a média anual ficando vedada a adoção de qualquer outra proporcionalidade seja mensal ou semestral;

4º - As implicações da extrapolação dos limites dos gastos com publicidade previstos na lei eleitoral serão ditadas pela análise contextual de cada caso.

Agora, com a alteração do inciso VII do art. 73, da Lei 9.504/97, pela Lei nº 13.165/2015 (reforma política), é provável que o TCE volte a se manifestar sobre tais regras.

Mas entendemos que manterá seu posicionamento, eis que já acompanhava a jurisprudência no mesmo sentido dessa alteração...

E diga-se de passagem, a Corte de Contas paranaense julgou e condenou vários gestores municipais, por extrapolação dessa despesa!

Vide decisões no AVA.

Como visto, na confecção da Lei Eleitoral (9.504/97), tanto na via original quanto nas alterações inseridas, o legislador pensou várias situações nas quais o poder público poderá influir no pleito, por intermédio do “uso da

máquina”, ou promovendo desigualdades entre os candidatos.

E impôs vedações e limites, para coibir tais condutas.

E uma das vias mais importantes de imposição de controle, é a da publicidade e da propaganda.

Inclusive, começa proibindo que o poder público faça qualquer tipo de doação a candidatos, “inclusive por

meio de publicidade de qualquer espécie”.

Vejamos:

“Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:

I - entidade ou governo estrangeiro;

II - órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenientes do Poder Público;

III - concessionário ou permissionário de serviço público;

IV - entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória em virtude de disposição legal;

...

X - organizações não-governamentais que recebam recursos públicos; XI - organizações da sociedade civil de interesse público.”

Outra vedação da Lei 9.504/97 ligada à publicidade (divulgação), está no art. 57-E, onde adverte:

“São vedadas às pessoas relacionadas no art. 24 a utilização, doação ou cessão de cadastro eletrônico de seus clientes, em favor de candidatos, partidos ou coligações.”

Ora!

Mais do que justa essa proibição, pois, além de proteger contra a divulgação do cadastro das pessoas, ainda evita o abuso político e o desequilíbrio entre candidatos.

Pois bem!

A lista de vedações legais do art. 73 da Lei 9.504/97 inclui propaganda e publicidade institucional:

“VI - nos três meses que antecedem o pleito: ...

b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;

...

VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)”

Inclusive, a propaganda política é proibida em bens públicos (uso comum, especiais e dominiais).

Entretanto, no âmbito do Poder Legislativo (Câmara, no Município), a lei deixou a critério da Mesa Diretora a regulamentação do uso dos bens para a divulgação política:

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“Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)

...

§ 3º Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da Mesa Diretora.”

Por isto, colacionamos no AVA alguns exemplos e minuta de Ato Regulamentar para as Casas Legislativas. De se lembrar que o caput do art. 37 da CF inclui a publicidade como um dos princípios básicos da Administração Pública.

É que o legislador constituinte entendeu como sendo prioridade a divulgação dos atos e ações dos governantes, para que o povo (contribuinte-eleitor) acompanhe as atuações dos eleitos, bem como, com a coisa pública.

E indo além, a CF advertiu:

“Art. 37... ...

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.”

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AS REGRAS PARA A PROPAGANDA POLÍTICA 2016

Rogério Carlos Born

CALENDÁRIO ELEITORAL – DATAS IMPORTANTES 01/01 – Data a partir da qual toda pesquisa para divulgação deverá ser registrada

02/04 – Data até a qual os que pretendem sair candidatos deverão estar com a filiação deferida pelo Partido 04/05 – Prazo final para alistamento, transferência e revisão eleitoral

20/07 a 05/08 – Período para realização das convenções partidárias 15/08 – Data limite para registro das candidaturas

16/08 – Data de início da propaganda eleitoral de rua 26/08 – Início do Horário Eleitoral Gratuito em rádio e TV Programa em bloco: apenas Prefeito

De segunda a sábado – das 7h às 7h10min e das 12h às 12h10min (rádio) – das 13h às 13h10min e das 20h30min às 20h40min (TV) Inserções: Prefeito (60%) e Vereadores (40%) – total de 60 minutos diários No intervalo compreendido entre 5 da manhã e meia-noite.

15/09 – Data para divulgação da parcial de prestação de contas

29/09 – Último dia do Horário Eleitoral Gratuito e realização de debates

30/09 – Último dia para propaganda em mídia impressa + reprodução na internet 01/10 – Último dia para propaganda de rua (até as 22 horas)

02/10 – Eleição (primeiro turno) 30/10 – Eleição (segundo turno)

01/11 – Prazo final para entrega das prestações de contas (primeiro turno) 19/11 – Prazo final para entrega das prestações de contas (segundo turno) 19/12 – Diplomação dos eleitos

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HIERARQUIA DAS FONTES do direito eleitoral

A interpretação das leis brasileiras, com inspiração na pirâmide normativa de Hans Kelsen, é seguida, no patamar, o artigo 59, da Constituição da República como norma hipotética fundamental que abarca, no segundo degrau, as emendas à Constituição e os tratados internacionais de direitos humanos aprovados por três quintos e dois turnos; no terceiro degrau, por decisão do Supremo Tribunal Federal, os demais tratados de direitos humanos; no quarto degrau, as leis complementares; no quinto degrau, em mesma hierarquia, as leis ordinárias, as leis delegadas, as medidas provisórias; os decretos legislativos; os decretos-leis ainda existentes e as resoluções do Congresso nacional; em sexto degrau os atos normativos e, por fim, os contratos e estatutos privados.

As principais normas eleitorais previstas na Constituição estão previstas no artigo 12 a 15, que dispõe acerca dos direitos políticos; no artigo 16, que prevê o princípio da anterioridade Eleitoral; no artigo 17, que dispõe sobre direito partidário e nos artigos 118 a 121 que disciplina a competência e organização da Justiça Eleitoral.

As matérias eleitorais que a Constituição reserva à lei complementar são as inelegibilidades, a competência e organização da Justiça Eleitoral; a fixação do número de deputados federais, estaduais e distritais e a autorização para os Estados legislarem sobre matéria eleitoral.

As inelegibilidades são disciplinadas pela Lei Complementar 64/1990 – Lei das Inelegibilidades – que foi alterada pela Lei Complementar 135/2010, conhecida lei da “ficha limpa”.

A competência e a organização da Justiça Eleitoral está prevista na parte segunda da Lei 4.737/1965 - Código Eleitoral. Ressalte-se que, como o Código Eleitoral foi editado sob a égide da Constituição de 1946, a parte segunda e somente está foi recepcionada como lei complementar.

Órgão Competência Ministério Público Assistência Judiciária TSE Eleições Presidenciais Procurador Geral da República Defensor Público Categoria Especial

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9 TRE Eleições Estaduais e Federais Procurador Regional da República Defensor Público de Primeira Categoria Juízes e Juntas Eleições Municipais Promotor Eleitoral (Estadual/Distrital) Defensor Público de Segunda Categoria

A fixação do número de deputados encontra-se previsto pela Lei Complementar 78/1993 que fixa o número de 513 deputados federais e disciplina a forma de cálculo dos deputados estaduais e distritais, atribuindo ao Tribunal Superior Eleitoral a execução da distribuição proporcional.

Por fim, o artigo 22, parágrafo único, da Constituição permite que o Congresso Nacional, por lei complementar, autorize que os Estados e o Distrito Federal, legislem sobre direito eleitoral em matéria específica, mas não existe a edição de qualquer lei neste sentido.

No grupo de normas editadas pelo Poder Legislativo em última escala, em ordem cronológica, tem-se como principais leis ordinárias a Lei 9.709/98, que regulamenta o plebiscito e referendo; a Lei 9.504/97, a Lei das Eleições, a Lei 9.096/95, dos Partidos Políticos e, exceto a parte segunda, a Lei 4.737/65 conhecida como Código Eleitoral, nos capítulos onde mantem o status de lei ordinária.

No degrau das normas não editadas na atividade legislativa, tem se os atos normativos editados pelos tribunais e juízos eleitorais.

Em primeiro plano, as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral que, na prática, possuem uma discutível força de lei ordinária, devido a uma suposta autorização normativa contida no artigo 1º, parágrafo único e 23, X, do Código Eleitoral e artigo 105 da Lei nº 9.504/97. Depois, as resoluções dos tribunais regionais e as portarias dos juízos eleitorais.

PROPAGANDA POLÍTICA

Modalidades de propaganda política

A propaganda política é dividida em quatro categorias no Brasil que são a “Publicidade” Institucional, prevista no artigo 37, § 1º, da Constituição; a propaganda intrapartidária, contida no artigo 36, § 1º, da Lei 9.504/1997, a propaganda partidária, disciplinada no artigo 45, da Lei 9.096/95 e a propaganda Eleitoral, no art.36, Lei 9.504/1997.

“PUBLICIDADE” INSTITUCIONAL

A “publicidade” institucional, na verdade, são as propagandas do governo, a qual destaca-se entre aspas pela falta de rigor técnico do constituinte, uma vez que o marketing utiliza o termo “publicidade” para o comércio de produtos e serviços e “propaganda” para ideologia política, religiosa, filosófica e governamental.

O artigo 37, § 1º, da Constituição limita que a publicidade de programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicas tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social, não podendo constar símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades e servidores públicos.

A Constituição de Santa Catarina foi além ao estabelecer no artigo 180 que “o uso, pelo Poder Público estadual, dos meios de comunicação social se restringirá a publicidade obrigatória de seus atos oficiais e a divulgação de notas e avisos oficiais de esclarecimento; campanhas educativas de interesse público e campanhas de racionalização e racionamento do uso de serviços públicos e de utilidade pública.

O artigo 40, da Lei 9.504/1997 sanciona a promoção pessoal quando prevê que “o uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime, punível com detenção, de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 10.000 a 20.000 UFIR”.

O uso indevido da propaganda institucional também é uma conduta vedada prevista no artigo 73, VI,b, da L.9.504/97 que traz a proibição aos agentes públicos, servidores ou não, nos três meses que antecedem o pleito, com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral.

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10 PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIA

A propaganda intrapartidária é aquela destina a promoção de pré-candidatos no âmbito interno dos partidos e coligações.

O artigo 36, §1º, da Lei 9.504/97 estabelece como período em que que poderá ser vinculada, a quinzena anterior à escolha pelo partido, de propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.

O artigo 36-A, da mesma lei, prevê não será considerada propaganda eleitoral antecipada a realização de prévias partidárias e sua divulgação pelos instrumentos de comunicação intrapartidária.

Consoante a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, “a propaganda intrapartidária veiculada em período anterior ao legalmente permitido e dirigida a toda a comunidade, e não apenas a seus filiados, configura propaganda eleitoral extemporânea e acarreta a aplicação de multa” (Ac.-TSE, de 3.5.2011, no RESPE n° 43736).

Na propaganda intrapartidária não se veda o uso de faixas e cartazes para realização de propaganda intrapartidária, desde que em local próximo da realização das prévias, com mensagem aos filiados, mas a confecção de panfletos para distribuição aos filiados, dentro dos limites do partido, não encontra, por si só, vedação na legislação eleitoral.

Segundo a jurisprudência, ainda, as mensagens eletrônicas, o envio de cartas, como forma de propaganda intrapartidária, são permitidos por ocasião das prévias, desde que essas sejam dirigidas exclusivamente aos filiados do partido, mas é incabível autorizar matérias pagas em meios de comunicação, uma vez que ultrapassam ou podem ultrapassar o âmbito partidário e atingir, por conseguinte, toda a comunidade.

Por fim, O partido pode receber doações apenas de pessoas físicas para financiar a propaganda intrapartidária, bem como para a realização das prévias partidárias, não sendo possível, contudo, no tocante ao postulante a cargo eletivo, haja vista que a destinação de verbas do Fundo Partidário estende-se às despesas congêneres efetuadas pelo partido político na propaganda intrapartidária (prévias partidárias).

PROPAGANDA PARTIDÁRIA GRATUITA

“A Constituição, no artigo 17, § 3º, garante que “os partidos políticos têm direito a recursos do Fundo Partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei” e o artigo 52, da Lei 9.096/1995 concede as emissoras de rádio e televisão o direito a compensação fiscal pela cedência do horário gratuito

A Lei 9.096/95, com a redação pela Lei 13.165, de 29/09/2015, prevê que:

Os partidos com pelo menos um representante em qualquer das Casas do Congresso Nacional têm assegurados os seguintes direitos relacionados à propaganda partidária:

I - a realização de um programa a cada semestre, em cadeia nacional, com duração de: Redação pela Lei 13.165, de 29/09/2015

a) 5 minutos cada, para os partidos que tenham eleito até 4 Deputados Federais; b) 10 minutos cada, para os partidos que tenham eleito 5 ou mais Deputados Federais;

II - a utilização, por semestre, para inserções de 30 segundos ou um minuto, nas redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras estaduais, do tempo total de:

a) 10 minutos, para os partidos que tenham eleito até 9 Deputados Federais; b) 20 minutos, para os partidos que tenham eleito 10 ou mais deputados federais.

Parágrafo único. A critério do órgão partidário nacional, as inserções em redes nacionais referidas no inciso II do caput deste artigo poderão veicular conteúdo regionalizado, comunicando-se previamente o Tribunal Superior Eleitoral.” (NR) O horário partidário gratuito nacional será autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral e os estaduais e distrital pelos tribunais regionais eleitorais.

Quanto ao período, o art. 36, § 1º, da Lei 9.504/97 prevê que “no segundo semestre do ano da eleição, não será veiculada a propaganda partidária gratuita prevista em lei nem permitido qualquer tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão”.

Em relação ao conteúdo, consoante o artigo 45, I a IV, da Lei 9.096/95, (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015, o horário partidário gratuito tem por finalidade difundir os programas partidários; transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos eventos com este relacionados e das atividades congressuais do partido; divulgar a posição do partido em relação a temas político-comunitários; promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento) do programa e das inserções a que se refere o art. 49.

É vedada a participação de pessoa filiada a partido diverso daquele responsável pela veiculação do programa; a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses pessoais ou de outros partidos; a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos audiovisuais ou quaisquer outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação.

As transmissões serão em cadeia nacional ou em inserções individuais de 30 segundos ou 1 minuto, a serem veiculadas no intervalo da programação normal das emissoras, as inserções nacionais serão veiculadas às terças-feiras,

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quintas-feiras e sábados e, as estaduais, às segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras, mas somente serão autorizadas até 10 inserções de 30 segundos ou 5 inserções de 1 minuto por dia.

A programação em bloco ocorrerá às quintas-feiras, podendo o Tribunal Superior Eleitoral, se entender necessário, deferir a transmissão em outros dias. Havendo coincidência de datas, terá prioridade o partido que tiver apresentado o requerimento em primeiro lugar, vedada a transmissão de mais de um programa na mesma data.

Os programas em bloco não poderão ser subdivididos ou transformados em inserções e as edições deverão conter no início e no fim das transmissões em cadeia, dever-se-á trazer, com preservação do tempo reservado aos partidos, a identificação da agremiação responsável e a menção à Lei n° 9.096/95, que determinou a veiculação.

A grei que violar as normas relativas a propaganda partidária gratuita serão sancionadas com a perda do tempo que, quando ocorrer nas transmissões em bloco, sofrerão a cassação do direito de transmissão no semestre seguinte e quando a infração ocorrer nas transmissões em inserções, estarão sujeitos a cassação de tempo equivalente a 5 (cinco) vezes ao da inserção ilícita, no semestre seguinte.

PROPAGANDA ELEITORAL Propaganda antecipada

A partir da Lei 13.165, de 29/09/2015 que alterou o artigo 36, da Lei 9.504/1997, a propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição, sujeitando os responsáveis e beneficiários que efetuarem a divulgação de candidaturas com pedido explícitos e implícitos de votos antes deste período, desde que comprovado o seu prévio conhecimento, à multa no valor de R$ 5.000,00 a R$ 25.000,00, ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.

O artigo 36-A, da Lei 9.504/1997, com a redação determinada pela Lei 13.165, de 29/09/2015 estabelece que não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet: I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico; II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação intrapartidária. III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos; IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos. V - a manifestação e o posicionamento pessoal sobre questões políticas nas redes sociais. (Redação pela Lei 12.891, de 11/12/2013). VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias.

Acrescenta o dispositivo, ainda, no § 1º que é vedada a transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão das prévias partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comunicação social, no § 2º que são permitidos o pedido de apoio político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas desenvolvidas e das que se pretende desenvolver e no § 3º que o disposto no § 2º não se aplica aos profissionais de comunicação social no exercício da profissão.

Material impresso

Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, adesivos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou candidato.

O artigo 38, §§ 1°e 2º, da Lei 9504/97 exige que todo material impresso de campanha eleitoral contenha o número de inscrição no CNPJ CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem e, quando o material impresso veicular propaganda conjunta de diversos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, ou apenas naquela relativa ao que houver arcado com os custos.

Na propaganda dos candidatos a cargo majoritário, conforme o artigo 36-A, § 4º, da Lei 9.504/1997 com redação pela Lei 13.165, de 29/09/2015, deverão constar, também, o nome dos candidatos a vice ou a suplentes de Senador, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% do nome do titular.

O uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime, punível com detenção, de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 10.000 a 20.000 UFIR.

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Não é permitido na campanha eleitoral, consoante o artigo 39, § 6º, da Lei 9.504/1997, a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

Atos em recinto aberto

A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não depende de licença da polícia, mas candidato, partido ou coligação promotora do ato fará a devida comunicação à autoridade policial em, no mínimo, 24 horas antes de sua realização, a fim de que esta lhe garanta, segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tencione usar o local no mesmo dia e horário.

É proibida a realização de “showmício” e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral, mesmo que o próprio candidato seja artista.

Propaganda em bens públicos

O artigo 37, da Lei 9.504/1997, com redação pela Lei 13.165, de 29/09/2015, desautoriza a propaganda em bem público de uso comum e equiparado ao estabelecer que “nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados”. É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. A mobilidade estará caracterizada com a colocação e a retirada dos meios de propaganda entre as 6 e 22 horas.

A Lei considera com bens de uso comum, para fins eleitorais, os definidos pela Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil e também aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.

Prevê o artigo 37, § 3º, da Lei 9.504/1997 que “nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da Mesa Diretora”.

Propaganda em bens particulares

Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral, desde que seja feita em adesivo ou papel, não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado) e não contrarie a legislação eleitoral, e deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade.

Também é vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, inclusive eletrônicos, sujeitando-se a empresa responsável, os partidos, as coligações e os candidatos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

Sonorização

A Lei 9.504/1997 permite a utilização nas campanhas de sonorização fixa no horário das 8 às 24 h e móvel das 8 às 22h, embora no comício de encerramento este horário é estendido, pois abrange das 8h às 24h e 0h às 2h.

O funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som, ressalvada a hipótese contemplada no parágrafo seguinte, somente é permitido entre as 8 e as 22 horas, sendo vedados a instalação e o uso daqueles equipamentos em distância inferior a 200 metros das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros estabelecimentos militares; dos hospitais e casas de saúde; das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento; dos hospitais e casas de saúde; das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.

O artigo 39, § 4º, da Lei 9.504/1997, prevê, ainda, que “a realização de comícios e a utilização de aparelhagens de sonorização fixas são permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas, com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais 2 (duas) horas”.

A Lei 9.504/1997 permite a circulação de carros de som e minitrios como meio de propaganda eleitoral, desde que observado o limite de 80 (oitenta) decibéis de nível de pressão sonora, medido a 7 (sete) metros de distância do veículo. A Lei considera como carro de som os veículos automotores que usam equipamentos de som com potência nominal de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts e como minitrio com amplificação maior que 10.000 (dez mil) watts e até 20.000 (vinte mil) watts. A nova redação da Lei 13.165/2015 considera como carro de som, qualquer veículo, motorizado ou não, ou ainda tracionado por animais, que transite divulgando jingles ou mensagens de candidatos.

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13 Dia da eleição

Na data do pleito, é vedado até o término do horário de votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, bem como os instrumentos de propaganda referidos no caput, de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos.

Para coibir a propaganda, o artigo 39, § 5º, da Lei 9.504/1997 tipifica a “boca de urna” como crime consistente em no dia da eleição punível com detenção, de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 5.000 a 15.000 UFIR, o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca-de-urna; a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos.

3. DEBATES

A realização de debates está disciplinada pela Lei 9.504/97, que sofreu alterações pela Lei 13.165, de 29/09/2015 que prevê no artigo 46 que “independentemente da veiculação de propaganda eleitoral gratuita no horário definido nesta Lei, é facultada a transmissão por emissora de rádio ou televisão de debates sobre as eleições majoritária ou proporcional, sendo assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação superior a 9 deputados, e facultada a dos demais”.

Nos debates, será admitida a realização de debate sem a presença de candidato de algum partido, desde que o veículo de comunicação responsável comprove havê-lo convidado com a antecedência mínima de 72 horas da realização do debate.

Em relação as eleições proporcionais, os debates deverão ser organizados de modo que assegurem a presença de número equivalente de candidatos de todos os partidos e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se em mais de um dia. Poderão ser realizados em conjunto, estando presentes todos os candidatos a um mesmo cargo eletivo e serão divididos em grupos, estando presentes, no mínimo, 3 candidatos, sendo vedada a presença de um mesmo candidato a eleição proporcional em mais de um debate da mesma emissora.

O debate será realizado segundo as regras estabelecidas em acordo celebrado entre os partidos políticos e a pessoa jurídica interessada na realização do evento, dando-se ciência à Justiça Eleitoral. Para aprovação, consoante o artigo 46 § 5º, da Lei 9.504/97, com a redação determinada pela Lei 13.165, de 29/09/2015, para os debates que se realizarem no primeiro turno das eleições, serão consideradas aprovadas as regras, inclusive as que definam o número de participantes, que obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) dos candidatos aptos, no caso de eleição majoritária, e de pelo menos 2/3 (dois terços) dos partidos ou coligações com candidatos aptos, no caso de eleição proporcional.

PESQUISAS

De acordo com o artigo 33, da Lei 9.504/97, as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até 5 dias antes da divulgação.

Este registro deve informar o nome do contratante e do pagador com a nota fiscal, o valor e origem dos recursos, a metodologia e período de realização da pesquisa, o plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e margem de erro, o sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo, o questionário completo, nome do estatístico responsável pela pesquisa e o número de seu registro no competente Conselho Regional de Estatística, número do registro da empresa responsável pela pesquisa no Conselho Regional de Estatística, caso o tenha e a indicação do Município abrangido pela pesquisa.

Deste a vigência da Lei 12.891/2013 é vedada, no período de campanha eleitoral, a realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral.

As informações relativas às pesquisas serão registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral aos quais compete fazer o registro dos candidatos, ou seja, nas eleições presidenciais no Tribunal Superior Eleitoral; nas eleições estaduais/distrital, nos tribunais regionais eleitorais e, nas eleições municipais, no juízo da zona eleitoral designada pelo tribunal regional eleitoral ou a mais antiga do município se não designada. Consoante a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, “o registro de pesquisa eleitoral não é passível de deferimento ou Indeferimento (Ac.-TSE n° 4.654/2004)” e “não pode o magistrado proibir a publicação de pesquisa eleitoral mesmo sob alegação do exercício do poder de polícia (Ac.-TSE n° 357/2004)”.

A Justiça Eleitoral afixará no prazo de 24 horas, no local de costume, bem como divulgará em seu sítio na Internet, aviso comunicando o registro das informações a que se refere este artigo, colocando-as à disposição dos partidos ou coligações com candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo prazo de 30 (trinta) dias.

O Ministério Público Eleitoral, os candidatos e os partidos políticos ou coligações estão legitimados para impugnar o registro e/ou a divulgação de pesquisas eleitorais perante o tribunal ou juízo competente, quando não atendidas as exigências e considerando a relevância do direito invocado e a possibilidade de prejuízo de difícil

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reparação, o órgão competente poderá determinar a suspensão da divulgação dos resultados da pesquisa impugnada ou a inclusão de esclarecimento na divulgação de seus resultados.

Na divulgação dos resultados de pesquisas devem ser informados, com clareza, o período da coleta de dados, a margem de erro, o número de entrevistas, o nome da entidade ou empresa que a realizou e, se for o caso, de quem a contratou e o número de registro da pesquisa, não sendo obrigatória a menção aos concorrentes, desde que o modo de apresentação dos resultados não induza o eleitor em erro quanto ao desempenho do candidato em relação aos demais.

A divulgação de pesquisa sem o prévio registro sujeita os responsáveis à multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00 e haverá incidência de multa aos responsáveis, ainda que a divulgação ocorra em entrevista, de forma parcial, ou tenha apenas reproduzido o que os meios de comunicação veicularam indevidamente (Ac.-TSE, de 15.9.2011, no REspe n° 21227), ou no caso de divulgação de que o candidato lidera as pesquisas, sem registro; irrelevância de não se divulgar índices concretos (Ac.-TSE, de 17.8.2006, no REspe n° 26.029).

O veículo de comunicação social arcará com as consequências da publicação de pesquisa não registrada, mesmo que esteja reproduzindo matéria veiculada em outro órgão de imprensa.

O artigo 20, § 2º, da Lei 9.504/97 sanciona ainda qualquer ato que vise a retardar, impedir ou dificultar a ação fiscalizadora dos partidos políticos constitui crime, punível com detenção de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de R$ 10.641,00 a R$ 21.282,00. Pelos crimes serão responsabilizados penalmente os representantes legais da empresa ou entidade de pesquisa e do órgão veiculador (Lei nº 9.504/97, art. 35).

Por fim, a comprovação de irregularidade nos dados publicados sujeita os responsáveis às penas mencionadas no caput, sem prejuízo da obrigatoriedade de veiculação dos dados corretos no mesmo espaço, local, horário, página, caracteres e outros elementos de destaque, de acordo com o veículo usado.

RESTRIÇÕES AOS DIREITOS POLÍTICOS

PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS

A cassação dos direitos políticos é vedada na Constituição brasileira, a suspensão é temporária e poderá haver a reabilitação quando desaparecer a causa e a perda é definitiva, embora os sancionados pela perda, desaparecendo a motivação, poderão readquiri-la, ou seja, adquirir novos direitos políticos como se tivesse completado 16 anos naquele momento.

O artigo 15, da Constituição relaciona as hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos de forma genérica, sem separá-las, remetendo a interpretação ao legislador e aos tribunais distingui-las.

Consequentemente, a doutrina e a jurisprudência reconhecem como causa de perda o cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado (ou a perda da nacionalidade por via indireta, a recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5°, VIII. Frise-se que a legislação infraconstitucional reconhece este último caso como suspensão, embora não seja aplicado, na prática, com esta natureza

Como causa de suspensão dos direitos políticos a incapacidade civil absoluta e condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos ou por improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4°.

elegibilidade e inelegibilidade

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Assim, para que alguém seja candidato a um cargo eletivos, é necessário que preencha como requisito positivo as condições de elegibilidade e como requisitos negativos que não sejam inelegíveis ou incompatíveis

As condições de elegibilidade, previstos no art.14, § 3º, são a nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos (não incorrer em perda e suspensão e possuir a quitação eleitoral), o alistamento eleitoral, filiação partidária e domicílio eleitoral na circunscrição.

Em relação as inelegibilidades o artigo 14, §9º prevê que “lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta (abuso do poder político).

A inelegibilidade não se confunde com a suspensão dos direitos políticos, sendo inclusive aplicada após o cumprimento desta, como se pode observar abaixo:

A Constituição denomina de inelegibilidade tanto as inelegibilidades em sentido estrito quanto as incompatibilidades, separação esta que é promovida pela Lei Complementar 64/1990. A inelegibilidade, embora divergente no Supremo Tribunal Federal, é uma sanção e a incompatibilidade é uma medida preventiva de afastamento dos agentes públicos no período pré-eleitoral.

Decoro parlamentar

Dentre as situações de inelegibilidade é importante frisar o caso daqueles que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, (...) para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura.

Embora nominalmente a inelegibilidade tenha a duração de 8 anos, pela fórmula de calculo, ela poderá atingir a 12 anos para deputado e 19 anos para senador como pode ser observado nos quadros abaixo:

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16 Rejeição das Contas.

Os eleitores ex-ocupantes de cargos eletivos que tiveram suas contas rejeitadas por irregularidades insanáveis por ato doloso de improbidade administrativa pelo órgão competente ficarão inelegíveis por 8 anos.

Os órgãos competentes para julgar as contas do chefe do Poder Executivo é o Poder Legislativo e dos demais cargos são os tribunais de contas da União, dos Estados e do Distrito Federal.

A inelegibilidade por rejeição somente poderá ser afastada se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário.

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AÇÕES E RECURSOS ELEITORAIS

As ações e recursos na Justiça Eleitoral são os seguintes:

AÇÃO/RECURSO PREVISÃO LEGAL

Ação de impugnação de mandato eletivo (AIME)

Artigo 14, CF e artigo 22, XV, LC nº 64/90

Ação de impugnação de registro de candidatos (AIRC)

Artigo 2º, LC 64/90

Recurso contra diplomação Artigo 262, CE

Consulta Artigo 23, XII, CE (TSE) Artigo, 30, VII, CE (TRE) Pedido de Direito de Resposta

Propaganda Artigo 58, Lei nº 9.504/97 Resolução-TSE (rito) Representações Propaganda Artigo 96, Lei nº 9.504/97 Resolução-TSE

Ação penal eleitoral Artigo 355, CE Ação rescisória eleitoral Artigo 22, I, j, CE Agravo de Instrumento Artigo 279, 282, CE

Recurso Eleitoral Art. 121, § 4º,CF; art.280, CE. Recurso Especial Artigo 276, I, CE

Recurso Ordinário Artigo 276, II, CE

O recurso deverá ser interposto em 3 dias da publicação do ato, resolução ou despacho sempre que a lei não fixar prazo especial. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos Presidentes.

O Enunciado 728, da Súmulado Tribunal Superior Eleitoral prevê, ainda, que é de 3 dias o prazo para a interposição de recurso extraordinário contra decisão do tribunal superior eleitoral, contado, quando for o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento.

O Recurso Especial está previsto no artigo 121, § 4º, da Constituição e no artigo 271, do Código Eleitoral que prevê que das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais;

O Recurso Ordinário, também está previsto no mesmo dispositivo que prevê que “das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais.

A ação rescisória eleitoral esta prevista no artigo 22, I, j, do Código Eleitoral que fixa a competência do Tribunal Superior Eleitoral para I – processar e julgar originariamente: j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de 120 dias de decisão irrecorrível.

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O MARKETING POLÍTICO INSTITUCIONAL

Cora Catalina Quinteros

INTRODUÇÃO

De certa forma, todos os livros convergem sobre o conceito e colocam o marketing como uma ferramenta para avaliação de oportunidades, satisfação de desejos e que possibilita a definição de estratégias para estimular uma troca positiva entre produtores e consumidores. Assim, o conceito de marketing envolve as atividades que promovem relações de troca entre um emissor e um receptor, um produtor e um comprador. Essa relação precisa ocorrer no momento certo, por meio de canais adequados e mensagens apropriadas aos públicos a quem se deseja alcançar. No marketing há sempre alguém que produz ou vende serviços, produtos ou ideias, e sempre alguém que compra e consome.

O Marketing Político Partidário é um processo de longo prazo, praticado pelo partido político, destinado à construção e ao fortalecimento de uma boa imagem pública na sociedade, criando condições favoráveis para eleger seus candidatos. Não basta ter candidatos com prestígio, há sim, a necessidade de recorrer a princípios de marketing.

No marketing político, ao querer se comunicar com o eleitor (público), o candidato (emissor) apresenta ao eleitor as suas comunicações ideias, seu programa e compromissos. O eleitor analisa, interpreta e assimila as comunicações do candidato, realimentando-o, no dia da eleição, com o voto (feedback). As ideias do candidato são transmitidas por meio da mídia – jornal, radio, revistas, material de propaganda, televisão, internet e, também, por comunicações diretas – reuniões, visitas domiciliares, cartas, discursos. Assim se dá o processo de interação entre o candidato e eleitor, podendo desenvolver simpatia por suas propostas e iniciar uma relação de empatia.

Muitas vezes a empatia acontece por meio da postura e da forma como se apresenta o candidato. O eleitor pode gostar, ou não. Mesmo que não decida de imediato em quem vai votar, poderá exigir mais informações do candidato. Com o tempo, esse processo acaba aproximando ou distanciando o candidato, conforme os acertos ou desacertos das estratégias de marketing da campanha.

“O marketing político praticado nas últimas décadas é transnacional: campanhas bem-sucedidas em um contexto ou país são copiadas e remodeladas para reaproveitamento em outros, muitas vezes em contextos muito diferentes entre si, o que vem a corroborar a primazia dos aspectos cosméticos sobre o conteúdo programático no atual modelo político-publicitário”. (Observatório da Imprensa)

Referências

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