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A IMPLANTOLOGIA TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA. Frederico Nigro Luis Guillermo Peredo-Paz

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A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

Frederico Nigro

Luis Guillermo Peredo-Paz

(2)

Implantes em Regiões Estéticas:

Implantes Imediatos,

Manipulação e Preservação

dos Tecidos Duros e Moles

01

capítulo

28

Limite entre Endodontia e

Implantodontia:

Quando Condenar um Dente?

02

capítulo

62

Novas Tecnologias

Imaginológicas Aplicadas na

Implantodontia

04

capítulo

110

Regeneração Naturalmente

Guiada com o Uso de PRF-L

06

capítulo

180

Limite entre a Periodontia e a

Implantodontia:

Quando Condenar um Dente?

03

capítulo

88

Tecnologia CAD/CAM Aplicada

em Prótese Sobre Implantes

05

capítulo

140

Luis Guillermo Peredo-Paz Frederico Nigro

Mario Zuolo Daniel Kherlakian Maria Inês R C Fagundes Maria Cristina Coelho de Carvalho José Eduardo de Mello Jr

Renato Tiosso Christian Rado Jarry Frederico Nigro

Luis Guillermo Peredo-Paz

Israel Chilvarquer Jorge Elie Hayek Michel Lipiec

Marcia de Mello Provenzano

José Valdivia Osório Marcia Valdivia Delgado Frederico Nigro

(3)

Enxerto de Seio Maxilar com

Técnicas Minimamente Invasivas

1 1

capítulo

338

Sistemas Piezoelétricos:

Indicações, Vantagens e

Cuidados no Uso

07

capítulo

232

Estágio Atual das

Cirurgias Guiadas

08

capítulo

252

Reabilitações com Próteses

Telescópicas em Implantodontia

10

capítulo

298

O Uso do Laser na

Implantodontia

09

capítulo

278

Luis Guillermo Peredo-Paz Frederico Nigro

Frederico Nigro

Luis Guillermo Peredo-Paz

César Augusto de Magalhães Alves Panighel Elcio Martins Mendes

Wilson dos Santos Jr Frederico Nigro

Luis Guillermo Peredo-Paz

Hermes Pretel Luciana Almeida Lopes Frederico Nigro

Luis Guillermo Peredo-Paz José Maria Arano Sesma Frederico Nigro

(4)

Tecnologia CAD/CAM Aplicada em

Prótese Sobre Implantes

José Valdivia Osório

Marcia Valdivia Delgado

Frederico Nigro

Luis Guillermo Peredo-Paz

(5)
(6)

capítulo

A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

05

1 4 2

A

s estruturas metálicas para prótese sobre implantes, tradicionalmente obtidas por meio das técnicas de fundição, implicam sempre um risco de induzir tensões e/ou pressões inadequadas sobre os implantes, afetando o tão almejado assentamento passivo das pró-teses, que mais parece um mito do que uma realidade clínica1.

Nesse contexto, a reabilitação sobre implantes tem experimentado, nos últimos anos, um salto tecnológico, no qual tem sido possível substituir os tradicionais procedimentos de fundição para a elaboração das estruturas protéticas sobre implantes por processos totalmente automatizados, mediante tecnologia CAD/CAM2,3.

A qualidade dos sistemas CAD/CAM disponíveis no mercado é impressionante. De fato, tem-se tornado difícil para os especialistas e técnicos de laboratório acompanhar a evolução e tomar uma decisão consciente na hora de optar e adquirir esse tipo de tecnologia. Ainda existe confusão, inclu-sive, sobre as funções básicas e do fluxo de trabalho da tecnologia CAD/CAM, tanto no laboratório como na clínica 4.

A sigla CAD/CAM (Computer Aided Design / Computer Aided Manufacturing) indica que tanto o desenho como a fabricação das estruturas protéticas são realizados com ajuda do computador. Basicamente, em um sistema com essa tecnologia existem três fases de trabalho: digitalização da preparação protética, desenho ou planejamento virtual da restauração ou estrutura e, finalmen-te, a produção ou manufatura; consequentemente devemos identificar três tecnologias ou equi-pamentos fundamentais: o escâner, ferramenta que captura e digitaliza tridimensionalmente a imagem do preparo dental, implante ou pilar sobre implante para criar, desta forma, um troquel ou modelo de trabalho na tela do computador. Esses aparelhos, tanto para o consultório como para o laboratório, têm tido uma evolução muito grande nos últimos anos, gerando imagens muito precisas e de fácil manipulação.

Os escâneres para uso intraoral têm evoluído notoriamente, gerando imagens de alta precisão e velocidade, por meio de dispositivos cada vez menores, quase do tamanho de uma peça de mão de uso habitual no consultório (Figura 01A-E). Entretanto, ainda existem limitações no seu uso, principalmente nos casos em que as margens da preparação cervical estão subgengivais. O esca-neamento de modelos de gesso, obtidos a partir de uma moldagem com materiais convencionais, pode ser realizado com aparelhos de captação ou leitura óptica ou mecânica, de acordo com o sistema selecionado para fabricar a restauração.

Os escâneres ópticos trabalham emitindo feixes de luz ou raio laser, que refletirão nas superfícies do modelo de gesso em diferentes direções, captadas por sensores que transmitirão as informações para um software, o qual, por sua vez, irá gerar um modelo virtual (Figura 01A-E).

(7)

TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

143

01 A-E ■ Diferentes opções de escâneres de uso odontológico.

01A 01B 01C

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05

capítulo

1 4 4

A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

O segundo componente é o software de desenho (CAD), que também tem evoluído muito e está longe da necessidade de um expert em sistemas como alguns anos atrás, porque a maioria dos passos é totalmente automatizada e permite realizar quaisquer desenhos dentro de uma ampla va-riedade de opções restauradoras em vários tipos de materiais. Os programas de uso em consultório dental têm que ser muito amigáveis e de uso rápido já que estão desenhados para a construção de restaurações individuais em diferentes materiais, tais como coroas, inlays, onlays e facetas (Figura 02A-E). Os programas para laboratório dental e centros de produção possuem uma variedade maior de opções de procedimentos, com alternativas mais complexas, para dar soluções a uma ampla variedade clínica existente. A fase CAD culmina com a elaboração do desenho da restaura-ção, dados que serão interpretados pelos equipamentos de produção computadorizada (CAM) que podem estar na clínica do profissional ou no laboratório dental local ou inclusive em outros países.

02 A-E ■ Os diferentes sistemas CAD permitem uma grande liberdade no desenho e na personalização das restaurações.

02A 02B

02C

02D

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TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

145

Para alguns a fase final de manufaturação pode ser percebida como de menor importância nessa sequência digital; entretanto nesta fase estão agregados vários fatores que são funda-mentais na obtenção de uma melhor qualidade, precisão e longevidade possível no trabalho final. A nitidez na fresagem, a qualidade das fresas, do equipamento e a calibragem da tem-peratura de sinterização são elementos fundamentais na construção final da peça, assim como nas propriedades físico-mecânicas.

Outro aspecto importante a ser citado é que existem sistemas CAD/CAM de procedimento fechado ou aberto; a diferença entre ambos está em que, uma vez obtido o desenho da restauração ou da estrutura a ser confeccionada na tela do computador, no sistema fechado os dados não ficam livremente disponíveis para o cirurgião-dentista nem para o laboratório de prótese – eles devem ser enviados para o centro de fresagem do fabricante. Já no sistema aberto os dados e desenhos obti-dos podem ser enviaobti-dos a qualquer centro de produção ou unidade de fresagem; desta maneira a vantagem dos sistemas abertos é que não existe limitação a um só sistema de fresagem e opções de produção (Figura 03A-E). Entretanto devemos estar conscientes de que, ao não se utilizar as unida-des de produção recomendadas pelo fabricante do sistema, todo o controle no fluxo de trabalho e o resultado final passam a ser de responsabilidade do laboratório encarregado da produção, motivo pelo qual muitos sistemas fechados afirmam que podem oferecer um melhor controle de qualidade do produto por meio da padronização do processo e da calibragem na fabricação. De fato, cada componente da parte digital do sistema foi feito para atuar em conjunto com os outros componen-tes do próprio sistema e assim obter uma qualidade uniforme do princípio ao fim.

03 A-E ■ Diferentes sistemas de manufaturas automatizadas de estruturas protéticas dentais.

03A 03B

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05

capítulo

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A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

APLICAÇÃO CLÍNICA

O Dr. PI Branemark revolucionou a Odontologia com o descobrimento da osseointegração; este acontecimento, junto com o vertiginoso desenvolvimento da tecnologia, tem permitido uma mu-dança radical no planejamento da reabilitação do paciente parcial ou totalmente edêntulo5.

Mais de 20 anos após muita pesquisa e provas clínicas para otimizar a elaboracão de peças dentais, mediante procedimentos robotizados, foram disponibilizados sistemas que permitem obter, por meio de fresagem, estruturas de titânio e zircônia para a reabilitação sobre implantes6.

Ambos os materiais têm mostrado ser absolutamente biocompatíveis; o titânio já vem sendo am-plamente estudado e, mais recentemente, os estudos estão centrados no desenvolvimento das zircônias7,8,9,10, onde podemos salientar:

• Ausência de corrosão do material.

• A colonização microbiana é menor que no titânio, especialmente dos microrganismos mais pa-togênicos.

• A zircônia mostra crescimento celular ósseo contínuo e diminui a expressão das metaloproteina-ses de matriz (MMP-9).

• A zircônia não é potencialmente tóxica para as células do corpo humano e não produz sen-sibilização alérgica.

Do ponto de vista biomecânico, vários estudos têm mostrado que o titânio e a zircônia cumprem com os requisitos de resistência à flexão para serem usados em reabilitação oral sobre dentes natu-rais e/ou implantes10,11,12,13.

Do ponto de vista clínico, todas as características de ambos os materiais são passíveis de serem tra-balhadas com a tecnologia CAD/CAM1. A seguir apresentaremos e descreveremos passo a passo os

procedimentos clínicos para a confecção de estruturas obtidas com a tecnologia CAD/CAM.

PILARES CERÂMICOS PERSONALIZADOS

Desde que iniciamos nossos trabalhos com a tecnologia CAD/CAM, um dos maiores desafios era poder contar com a possibilidade de desenhar e manufaturar um pilar personalizado para a rea-bilitação sobre implantes na substituição de um elemento dental no segmento anterior da maxila. Esse propósito foi alcançado com o pilar Procera, com as seguintes características:

• Pilar completamente personalizado para cada implante na forma, angulação, altura e perfil de emergência.

• Pode ser solicitado em titânio, alumina densamente sinterizada ou em zircônia. Destes três ma-teriais, na atualidade, quase a totalidade dos casos é solicitada em zircônia devido à sua alta resis-tência à flexão e estética.

A exigência estética tem levado a uma mudança importante na forma de planejar a reabilitação sobre implantes, especialmente quando se trata da substituição de um único elemento dental an-terior. A Implantodontia tem se consolidado para restaurar tanto estética como funcionalmente os pacientes. Esses resultados estão intimamente ligados ao tipo de material utilizado.

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TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

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Os pilares devem satisfazer os seguintes quesitos:

Biológicos: o material deve ser biocompatível, promover a adesão epitelial e não favorecer a forma-ção do biofilme microbiano.

Funcionais: o pilar deve ter propriedades mecânicas suficientes para resistir e transmitir as forças ao implante e ao osso.

Estéticos: deve ter contornos anatômicos adequados, inclinação ideal que permita a inserção da peça protética e cor que favoreça a reprodução das propriedades ópticas do dente natural.

Os pilares metálicos inicialmente ganharam popularidade com a introdução do pilar UCLA, que permite a sua individualização por meio de enceramento e fundição, tanto para coroas cimentadas quanto parafusadas. Posteriormente uma ampla variedade de pilares maquinados em titânio foi oferecida como solução para os casos unitários (CeraOne,TiAdapt, Snapy, Esthe-tic,etc.), entretanto a solução estética chegou com o aparecimento do pilar Procera (Figura 04), um conceito de pilar completamente personalizado e em material cerâmico (óxido de alumínio ou óxido de zircônia). Alguns aspectos devem ser considerados na indicação destes pilares em comparação aos pilares metálicos 11:

• Quando o tecido gengival é muito fino e o pilar metálico seria visível;

• Quando o tecido mole é de espessura normal, porém o implante ficou muito superficial; • Quando existem problemas na angulação

do implante e o orifício de entrada do parafu-so da prótese sai por vestibular;

• Quando é necessário manter a linha de ci-mentação no nível do tecido gengival, espe-cialmente na área interproximal.

Em todas essas situações o uso de um pilar ce-râmico personalizado permitiria um resultado estético mais favorável. Em geral, reabilitar um elemento unitário na região anterior da ma-xila pressupõe um apelo estético forte; desta maneira deve-se evitar o uso de pilares metáli-cos que podem gerar um halo escuro no nível cervical, com exposição do metal por recessão gengival ou por transparência do tecido gen-gival em um biótipo fino, características essas que dificilmente permitirão a obtenção de um resultado estético desejado11.

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05

capítulo

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A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

PROCEDIMENTO CLÍNICO PARA PILARES PERSONALIZADOS COM TECNOLOGIA

CAD/CAM SOBRE IMPLANTE DE HEXÁGONO EXTERNO

A primeira fase do trabalho para a obtenção de um pilar personalizado, uma vez que se tenha atin-gido a osseointegração do implante, é realizar uma moldagem direta do implante com o auxílio um pilar de transferência que capture o hexágono externo do implante. Para verificar se o posiciona-mento do transferente está correto sobre o hexágono externo do implante devemos fazer um con-trole radiográfico e, se necessário, repetir o procedimento até constatar o posicionamento correto do componente (Figuras 05A,B). Esta moldagem deve ser realizada com silicona pesada e leve em uma fase, podendo ser com moldeira fechada (Figuras 06A,B); ao remover-se a moldeira da boca o pilar fica em posição. No passo seguinte, remove-se o transferente da boca e acopla-se uma réplica de implante a este para, posteriormente, tornar a inserir o conjunto pilar de moldagem/réplica no local correspondente da moldagem, tomando cuidado de orientar o pilar seguindo os planos guias (Figuras 06C) com a finalidade de transferir para o modelo de trabalho a mesma posição que o hexágono externo do implante tem na boca. Nessa sessão também devemos fazer a moldagem do arco antagonista e um registro intermaxilar.

No passo seguinte o técnico de laboratório adapta um cilindro de titânio no modelo de gesso (Fi-guras 07A) com a réplica do implante, seguindo a necessidade de cada caso, de tal maneira que permita dar ao padrão de cera ou resina a forma anatômica do elemento dental a ser substituído, com perfil de emergência, tamanho, forma e angulação necessária ao pilar personalizado (Figura 07B). Outro cuidado no desenho do pilar está relacionado com a altura da base protética ou por-ção subgengival do pilar, que deveria estar no máximo 1 mm intra-sulcular. Uma vez concluída a construção do padrão este pode ser provado na boca ou escaneado diretamente sem ser provado. Quando o técnico escanea o padrão do pilar, tem a opção de escolher o tipo de material a ser usado – titânio, alumina ou zircônia. Posteriormente a fresadora inicia seu trabalho, que produzirá um pilar idêntico ao padrão confeccionado sobre o modelo, agora no material selecionado (Figuras 08A-D). Posteriormente, uma coroa livre de metal com estrutura de óxido de alumínio, zircônia ou e.max será confeccionada para ser cimentada sobre este pilar personalizado (Figuras 08E-G). O procedimento que gera maior precisão e segurança é provar o pilar fresado na boca, certificando-se de que este está de acordo com o padrão de resina quanto ao certificando-seu posicionamento, angulação e posicionamento intra-sulcular (Figuras 09A,B). Para este procedimento deve-se instalar o pilar sobre o implante e parafusá-lo manualmente, fazer um controle radiográfico se certificando que o hexágono do pilar se adaptou perfeitamente sobre o hexágono do implante, para só então dar o torque final no parafuso do pilar recomendado pelo fabricante (45Ncm). No passo seguinte, veda-se a entrada do parafuso com teflon e resina fotopolimerizável, veda-sempre respeitando o contorno do pilar. Caso haja necessidade de se retocar o pilar, isto deverá ser feito com uma ponta diamantada de granulação média em alta rotação e refrigeração abundante. Nesta fase instala-se uma coroa provisória em resina (Figura 09C).

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TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

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05 A,B ■ Radiografias mostrando um transferente desadaptado e outro corretamente posicionado.

06 A-C ■ Moldagem em silicona mostrando os guias de inserção e o transferente acoplado a uma réplica do implante (A,B).Conjunto trans-ferente e réplica do implante inseridos no molde de silicona (C).

07 A,B ■ Modelo de gesso mostrando a réplica de implante (A). Padrão de resina no modelo de gesso mostrando a forma e o contorno desejado para o caso (B). 05A 05B 06B 06C 07B 07A 06A

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A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

08 A-G ■ Vista vestibular do pilar em resina e do pilar fresado em zir-cônia. Observe a cópia exata do pilar de zircônia em relação ao padrão de resina (A,B). Vista palatina do pilar em resina e do pilar fresado em zircônia (C,D). Infraestrutura em zircônia e o elemento dental com a cerâmica aplicada sobre a infraestrutura (E-G).

08A

09A

09B 09C

08E 08F 08G

08B 08C 08D

09 A-C ■ Pilar instalado sobre o implante, com a entrada do parafuso vedada e com a coroa provisória instalada.

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TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

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A moldagem para a coroa definitiva deve ser realizada na sessão seguinte para permitir que o tecido gengival possa se adaptar ao contorno do novo pilar e provisório; posteriormente trata-se a área como um protocolo de uma prótese fixa unitária livre de metal até a fixação ou cimentação final. Quando a posição e a inclinação do implante permitirem e o orifício de acesso do parafuso estiver por palatina, existe a possibilidade de se realizar uma coroa com base de zircônia parafusada diretamente sobre o implante sem ter a necessidade de produzir o pilar e a coroa separadamente. Nesses casos faz-se um padrão em resina observando-se os conceitos de perfil de emergência cervical anatômico para sustentação das papilas interdentais e contorno cervical dos tecidos moles e deixando-se espaço para posterior aplicação da cerâmica sobre o pilar de zircônia fresado (Figuras 10A-C).

Quando se trata da substituição de um dente posterior também podemos usar a tecnologia CAD/ CAM tanto para coroas cimentadas ou parafusadas sobre implantes. Sempre que o caso permitir prefere-se as coroas parafusadas, como mostram as Figuras 11A-D.

10 A-C ■ Implante instalado em uma posição adequada para a realização de uma prótese fresada em corpo único. Observe o perfil de emergência obtido pelo condicionamento dos tecidos moles com o uso de uma coroa provisória (A). Coroa final pronta, com a cerâmica aplicada sobre uma infraestrutura de zircônia fresada (B). Prótese final instalada na boca. Observe o excelente contorno gengival obtido (C).

10A 10B

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capítulo

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A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

11 A-D ■ Implantes instalados na região de molar e pré-molar (A). Vista oclusal das coroas em cerâmica com infraestrutura fresada em zircônia. Devido ao bom posicionamento dos implantes é possível realizar essas coroas aparafusadas em vez de serem cimentadas (B). Vista oclusal das coroas com a entrada dos parafusos devidamente restaurada (C). Vista vestibular das coroas mostrando o ótimo perfil de emergência conseguido (D).

11A 11B

11C

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TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

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UTILIZAÇÃO DE PILARES PERSONALIZADOS NA REABILITAÇÃO

DO DESDENTADO PARCIAL

Este tipo de trabalho é bastante requisitado, principalmente quando a exigência estética do pa-ciente é muito elevada, tanto para casos parciais como para extremos livres com acesso difícil ao parafuso de fixação. Nessa opção os pilares da prótese parcial fixa (PPF) são preparados de mesma maneira como foi descrito anteriormente para o Procera unitário, com a diferença de que se deve observar o paralelismo entre eles para permitir a inserção da PPF (Figura 12A).

Uma vez confeccionados os pilares em zircônia, eles são instalados e os orifícios de entrada dos parafusos selados da forma anteriormente relatada. A prótese final também pode ser realizada pelo sistema CAD/CAM com uma infraestrutura em zircônia para aplicação de cerâmica (Figuras 12B,C). O desenho do conector (pôntico) das próteses parciais fixas fresadas em zircônia sobre implante para a região posterior é um tema de muita relevância e foi pesquisado por Valdivia12 em uma tese

de doutorado, na qual apresentou cinco desenhos para a secção transversal dos mesmos, concluin-do que o formato ovoide de disposição vertical apresentaria a maior resistência à fratura12.

Em geral, a maioria dos sistemas CAD/CAM atualmente disponíveis para fresar próteses em zircô-nia sobre implantes cumpre com os valores de resistência requeridos para serem usados no seg-mento posterior da cavidade bucal, inclusive em pacientes bruxômanos que apresentam maiores exigências funcionais12,13,14 ,15 ,16.

12 A-C ■ Pilares fresados em zircônia para servir de base para uma PPF. Observar o paralelismo entre ambos, permitindo um plano de inserção para a PPF (A). Infraestrutura fresada em zircônia da PPF. Observar o formato do pôntico (B). PPF final com cerâmica aplicada e instalada sobre os pilares de zircônia (C).

12A

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capítulo

A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

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PROCEDIMENTO CLÍNICO PARA PILARES PERSONALIZADOS COM TECNOLOGIA

CAD/CAM SOBRE IMPLANTE DE CONEXÃO INTERNA

Na atualidade existe praticamente um consenso em relação ao setor anterior da maxila, região de maior demanda estética, onde se faz necessário a utilização de implantes de conexão interna. Este conceito é mais relevante ainda quando da instalação imediata do implante17,18.

O tratamento com implante imediato e carga imediata na região anterior é considerado um de-safio muito grande do ponto de vista estético e vários são os fatores a serem considerados (ver capítulo 1), dentre os quais a seleção do tipo de implante deve ser muito criteriosa. No caso apre-sentado da Figura 13A, foi realizado o procedimento com a utilização de um implante Amplified PI Branemark (superfície Micro/Nano, porção cervical cônica para maior assentamento ósseo, presença de microrroscas para melhor distribuição das forças, terço apical também cônico com presença de câmera coletora e incorporação do conceito plataforma switching, que contribui na conservação do nível ósseo cervical, assim como na estabilidade do tecido gengival peri-implan-tar19) , de 15 mm de comprimento e 4 mm de diâmetro com plataforma protética de 4,3 mm

(Figura 13B). Após a extração do elemento dental e a instalação do implante, o gap entre este e o alvéolo foi preenchido com osso coletado durante a fresagem e misturado com Bio Oss. Na sequência, foi instalado um pilar estético com cinta de 3 mm de transmucoso sobre o implante (Figura 13C). Este pilar, por ter um menor diâmetro na sua união com a plataforma do implante, oferece um espaço mais adequado para a manutenção do espaço biológico ao redor do implan-te. Posteriormente, foram dados forma e contorno ao perfil de emergência do provisório e este cimentado provisoriamente sobre o pilar (Figura 13D).

Transcorridos 5 meses, fez-se uma nova radiografia periapical para avaliação do nível ósseo cervi-cal, o qual foi muito favorável (Figura 14A); removeu-se também a coroa provisória para avaliar o volume de tecido gengival (Figuras 14B,C). Desta avaliação clínico-radiográfica concluiu-se que o pilar metálico deveria ser substituído por um pilar personalizado com o propósito de se obter um melhor contorno cervical do tecido mole e, ao mesmo tempo, evitar que a linha de cimentação ficasse muito profunda subgengivalmente (Figuras 14B,C) . Ao se utilizar um pilar personalizado de zircônia tem-se uma maior liberdade na confecção de um perfil de emergência que dê um maior suporte ao tecido mole e leve a linha de cimentação mais próxima possível à margem gengival. O pilar personalizado foi feito em zircônia por meio de um link metálico para sua fixação e parafusado sobre o implante (Figuras 15A-D). Após a instalação do pilar é dado um torque adequado (35 Ncm) e o orifício de acesso ao parafuso é vedado com resina fotopolimerizável (Figura 15E). Posterior-mente uma coroa Procera-Zr foi cimentada sobre o pilar, obtendo-se desta forma uma reabilitação harmônica com os dentes vizinhos (Figura 15F).

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TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

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13 A-D ■ Radiografia do caso inicial de um incisivo central perdido. Observe a perda óssea ao redor da raiz (A). Implante P.I. Branemark (B). Radio-grafia mostrando o implante instalado com o respectivo pilar em posição (C). Provisório imediato instalado sobre o pilar estético (D).

13A 13B

13D 13C

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capítulo

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A IMPLANTOLOGIA

TECNOLÓGICA E MINIMAMENTE INVASIVA

14 A-C ■ Radiografia após 5 meses da instalação imediata do implante. Observe o excelente nível ósseo obtido (A). Avaliação do tecido peri--implantar com a remoção da coroa provisória. Vista vestibular (B). Avaliação do tecido periperi--implantar com a remoção da coroa provisória. Vista palatina (C).

14A 14B

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TECNOLOGIA CAD/CAM APLICADA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES

157

15 A-F ■ Vista vestibular do pilar de zircônia com o link metálico (A).Vista proximal do pilar de zircônia com o link metálico (B). Vista palatina do pilar de zircônia com o link metálico (C). Radiografia do pilar instalado sobre o implante (D). Pilar de zircônia instalado na boca com o orifício do parafuso vedado (E). Coroa Procera de zircônia cimentada sobre o pilar fresado de zircônia. Observe a manutenção da qualidade do tecido periodontal (F).

15A 15B 15C 15D

15E

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ISBN 978-85-60842-74-2

contato@editoranapoleao.com.br

Referências

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