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LEI Nº 2.760, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010.

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LEI Nº 2.760, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010. Fl.-01

INSTITUI E REGULAMENTA NO MUNICÍPIO DE CAPÃO DA CANOA O SISTEMA DE TRANSPORTE DE ENCOMENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ATRAVÉS DE MOTOCICLETAS E SIMILARES, DENOMINADO MOTO-FRETE.

O Prefeito Municipal de Capão da Canoa.

Faço saber que o Poder Legislativo aprovou e eu, em cumprimento ao Artigo 56, Inciso IV da Lei Orgânica do Município, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I Das Disposições gerais

Art. 1º. Fica instituído e regulamentado o serviço remunerado de transporte de mercadorias com entrega e coleta de pequenas cargas por meio de motocicletas, motonetas , no Município de Capão da Canoa, denominado moto-frete, a que se refere a Lei nº 12.009, de 29 de julho de 2009,Resolução nº 32/2010,de 03 de agosto de 2010, do Cetran-RS, Resolução nº 356 , de 02 de agosto de 2010, do Contran e Portaria Detran/RS, de 29 de julho de 2010, mediante o cadastramento no Departamento de Trânsito do Município e a concessão de alvará municipal, nos termos da presente Lei;

§1º. Para fins desta lei, entende-se por pequenas cargas:objetos, documentos,alimentos, medicamentos, que acondicionados em compartimento próprio instalado no veículo ou presos na estrutura do veículo, ou ainda em carro lateral(side-car), possuam volume e massa compatíveis com a estrutura do veículo;

§2º. Fica vedado o transporte de produtos que pela sua natureza possam oferecer riscos à saúde ou à segurança das pessoas e meio ambiente, sem que as empresas estejam seguindo a legislação específica para tal;

Art. 2º. O serviço poderá ser prestado por condutor autônomo ou por pessoa jurídica, constituída sob a forma de sociedade empresarial, associação ou cooperativa, que explore esse serviço, por meio de frota própria ou de terceiros, desde que tenha registro de álvara municipal e conte com condutores devidamente cadastrados no Departamento de Trânsito Municipal;

Art. 3º. O serviço de moto-frete somente poderá ser realizado mediante a concessão prévia de alvará municipal, para posterior licenciamento através de um Centro de Registro de Veículos Automotores(CRVA),observado o disposto no artigo seguinte:

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§ 1º. O alvará é individual, inalienável, intransferível e terá validade na circunscrição municipal, renovado anualmente, a partir da data da expedição;

§ 2º-É requisito para a concessão do alvará municipal, estar cadastrado no Departamento de Trânsito, do município.

Art. 4º. Para se cadastrar no Departamento de Trânsito Municipal: I-À pessoa jurídica:

a)dispor de sede no Município;

b)alvará de localização e funcionamento;

c)registro na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul; d)cópia autenticada do contrato de pessoa jurídica;

e)certificado geral junto ao Ministério da Fazenda-CNPJ;

f)comprovante de endereço emitido há no máximo, sessenta dias; g)certidões negativas de débitos municipais, estaduais e federais; h)certidões de regularidade do INSS e FGTS;

i)relação dos veículos que serão utilizados na prestação do serviço, com o devido CRLV para comprovação da propriedade e contrato de comodato, aluguel ou arrendamento, se for o caso; j)cadastro dos condutores que realizarão o serviço junto à respectiva pessoa jurídica;

k)comprovante de contribuição sindical, conforme artigo 579, da CLT.

l)as empresas prestadoras de serviços de moto-frete, deverão oferecer seguros de vida, bem como para invalidez no valor correspondente a 328 PTM's ( Padrão Tributário Municipal) aos seus funcionários;

m)as empresas que oferecem motos aos seus funcionários, poderão licenciá-las em nome de mais de um condutor.

II-À pessoa física:

a)Ser maior de vinte e um anos;

b)estar habilitado no mínimo há dois anos, na categoria “A”;

c)apresentar comprovante de endereço emitido há no máximo, trinta dias;

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morte, em valor de correspondente a 216 PTM's (Padrão Tributário Municipal), sem prejuízo do seguro obrigatório-DPVAT e observados os valores estabelecidos em Convenção Coletiva do Sindicato Trabalhos;

e)apresentar documento de identificação;

f)prontuário de condutor expedido pelo DETRAN-RS, com extrato de pontuação por infrações de trânsito;

g)certidão de antecedentes criminais, expedida pelo Cartório do Distribuidor Criminal e pela Vara das Execuções Criminais da Comarca da Capital, bem como pela Justiça Federal;

h)certidões negativas de débitos municipais, estaduais e federais; i)certidão de regularidade do INSS;

j)cópia do CRLV do veículo que será utilizado na prestação do serviço, para comprovação da propriedade e contrato de comodato, aluguel ou arrendamento, se for o caso;

k)comprovante de contribuição sindical, conforme artigo 579, da CLT.

§ 1º. será negada a inscrição no Cadastro, o condutor que tiver ultrapassado 20(vinte) pontos em seu prontuário;

§ 2º. será negada a inscrição no Cadastro,se constar dos documentos referidos no inciso II do “caput” deste artigo, mandato de prisão expedido ou ainda processo criminal em andamento, contra o interessado.

Art. 5º. Somente poderão ser utilizadas no serviço de moto-frete, veículos com até 8(oito) anos de uso, excluído o ano de fabricação.

Art. 6º. As motocicletas e motonetas, utilizadas no serviço de moto-frete, precisam ainda ser originais de fábrica, e ter pelo menos 120 cilindradas.

Art. 7º. Fica permitido aos prestadores dos serviços regulados nesta Lei, a utilização dos compartimentos e carros laterais instalados no veículo, para a veiculação de propaganda comercial, institucional e eleitoral.

§ 1º. tratando-se de propaganda eleitoral, deverá estar de acordo com a legislação eleitoral vigente.

§ 2º. É vedada a colocação de propaganda de cigarros, materiais ligados ao tabagismo, bebidas alcoólicas ou entorpecentes, literatura pornográfica ou atentados à moral e política.

CAPÍTULO II

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Art. 8º. Para exercer atividade de moto-frete, o veículo deverá ser registrado na categoria aluguel e possuir os seguintes equipamentos obrigatórios e de segurança:

I-instalação de dispositivo de proteção para pernas e motor(mata-cachorro), em caso de tombamento do veículo, fixado em sua estrutura, conforme Anexo IV, da Resolução nº 356, de 02 de agosto de 2010, do Contran, obedecidas as especificações do fabricante do veículo no tocante à instalação;

II-instalação de dispositivo de aparador de linha antena corta-pipas, fixado no guidon do veículo, conforme Anexo IV, da Resolução nº 356, de 02 de agosto de 2010, do Contran;

III-instalação de dispositivo de fixação permanente ou removível, devendo ser alterado o registro do veículo,para carga,conforme preconiza a Resolução nº 356, de 02 de agosto de 2010, do Contran;

IV-comprovante de regularização perante o município da circunscrição do exercício da atividade(alvará);

V-ser aprovado em curso especializado, na forma regulamentada pelo Contran, em data a ser definida;

VI-estar vestido com colete de segurança, dotado de dispositivos retrorrefletivos,nos termos do Anexo III, da Resolução nº 356, de 02 de agosto de 2010, do Contran;

VII-utilizar capacete que atenda as exigências da Resolução 203/2006, de 29 de setembro de 2006, do Contran e conter faixas conforme especificação no Anexo II, da Resolução nº 219, de 11 de janeiro de 2007, do Contran;

Parágrafo único:o protetor de motor( mata-cachorro) e o aparador de linha antena corta-pipas, serão exigidos assim que regulamentados pelo Contran.

VIII-ser aprovado em curso especializado, na forma a ser regulamentado pelo Contran, em data a ser definida.

Art. 9º. Os dispositivos de transporte de cargas em motocicleta e motoneta,poderão ser do tipo fechado(baú) ou aberto(grelha), alforjes, bolsas ou caixas laterais, sidecar, desde que atendidas as dimensões máximas fixadas na Resolução nº 356, de 02 de agosto de 2010, do Contran, e as especificações do fabricante do veículo no tocante à instalação e ao peso máximo admissível.

§ 1º. no caso do equipamento tipo aberto(grelha), as dimensões da carga a ser transportada não podem extrapolar a largura e comprimento da grelha;

§ 2º. Nos casos de montagem combinada dos dois tipos de equipamento,a caixa fechada(baú) não pode exceder as dimensões de largura e comprimento da grelha, admitida a altura do conjunto em até 70 com da base do assento do veículo;

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§ 3º. os dispositivos de transporte,assim como as cargas, não poderão comprometer a eficiência dos espelhos retrovisores;

§ 4º. o equipamento do tipo fechado(baú), deve conter faixas retrorrefletivas, conforme especificação no Anexo I, da Resolução nº 356, de 02 de agosto de 2010, do Contran, de maneira a favorecer a visualização do veículo durante sua utilização diurna e noturna;

§ 5º. é proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou tóxicos, e de galões nos veículos de que trata a Lei 12.009, de 29 de julho de 2009, com exceção de botijões de gás, com capacidade máxima de 13 kg e de galões contendo água mineral, com capacidade máxima de 20 litros, desde que com auxílio de sidecar.

Art. 10. O transporte de cargas em sidecar ou semireboques, deverá obedecer aos limites estabelecidos pelos fabricantes ou importadores dos veículos homologados pelo Denatran, não podendo a altura da carga exceder o limite superior do assento da motocicleta em mais de 40(quarenta) cm.

Parágrafo único: É vedado o uso simultâneo de sidecar e semireboque.

Art. 11. A posição do dispositivo, baú ou grelha, e a forma de fixação do objeto a ser transportado, não podem interferir na utilização, na montagem ou no funcionamento de nenhum equipamento original da moto;

Art. 12. Quando o dispositivo(baú) ocupar parcialmente o assento do veículo, não será permitido o transporte de passageiro;

Art. 13. O dispositivo(baú) não poderá ultrapassar a altura do motociclista, devendo este permanecer visível aos condutores dos demais veículos.

Art. 14. As caixas especialmente projetadas para a acomodação de capacetes não estão sujeitas as prescrições da Resolução nº 356, de 02 de agosto de 2010, do Contran, podendo exceder a extremidade traseira do veículo em até 15 cm.

CAPÍTULO III Das disposições finais,

Art. 15. O descumprimento das prescrições desta Lei, sem prejuízo da responsabilidade solidária de outros intervenientes nos contratos de prestação de serviços instituída pelos artigos 6º e 7º da Lei 12.009, de 29 de julho de 2009 , sujeitará o infrator às penalidades e medidas administrativas previstas nos artigos do Código do Trânsito Brasileiro, conforme o caso: art. 230, V,IX, X e XII; e art. 231, IV,V, VIII, X; art. 232; e art. 244, I,II,VII e IX.

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GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL , em 20 de dezembro de 2010.

AMAURI MAGNUS GERMANO, Prefeito Municipal.

Registre-se e Publique-se

CRISTIANO DA SILVA SIELICHOW,

Secretário Interino de Administração.

SUSETE BORBA PEREIRA,

Secretária da Saúde. MARLI CONZATTI,

Secretária de Educação

.

DAVENIR LIMA DE LIMA, Secretário de Obras e Saneamento.

MARCO ANTONIO LIMA,

Secretário de Meio Ambiente e Planejamento.

ALEX DOBLER,

Secretário da Cidadania, Trabalho e Ação Comunitária. MARIA ELISETE MACHADO GERMANO,

S

ecretária de Assistência e Inclusão Social

.

JOÃO BATISTA BASSANI,

Secretário da Fazenda. ANDRÉ AVELINO DOS SANTOS,

Referências

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