Físico-Química II
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Substâncias Puras
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2 Otávio Santana
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• CONTEÚDO
–Transformações Físicas (Substâncias Puras):
•Diagramas de Fases, Estabilidade e Transições de Fases,
Superfície dos Líquidos.
– Soluções Não-Eletrolíticas (Misturas Simples). – Diagramas de Fase (Sistemas Binários e Ternários). – Soluções Eletrolíticas (Eletroquímica de Equilíbrio).
Programa da Disciplina: Conteúdo
Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Cont.
3 Otávio Santana
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• Definições
–Diagrama de FasesDiagrama de Fases: Mapa de pressões e temperaturas nas quais cada fase de uma substância é mais estável.
• Forma compacta de exibição das mudanças de estado físico.
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Otávio Santana • Definições
–Diagrama de FasesDiagrama de Fases: Mapa de pressões e temperaturas nas quais cada fase de uma substância é mais estável.
–FaseFase: Forma de matéria homogênea em composição química e estado físico.
• Ex.: Fases sólida (gelo), líquida e gasosa (vapor) da água.
–Transição de FaseTransição de Fase: Conversão de uma fase em outra. Ocorre em uma temperatura característica em uma dada pressão.
• Ex.: Fusão/Solidificação e Ebulição/Condensação.
–Temperatura de TransiçãoTemperatura de Transição: Temperatura característica em que duas fases estão em equilíbrio.
• Ex.: Temperaturas de Fusão/Solidificação, ...
Diagramas de Fases
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• Importante
– A Termodinâmica trata de sistemas em equilíbrio, nada informando sobre a cinética da transformação.
• Ex.: Diamante.
- Nas condições normais de temperatura e pressão o diamante é menos estável que a grafita.
- Portanto, existe uma tendência natural do diamante virar grafita!
- No entanto, isto não ocorre em uma velocidade mensurável (exceto em altas temperaturas).
•Fase Metaestável: Fase termodinamicamente instável que não se Fase Metaestável: altera por impedimento cinético.
Diagramas de Fases
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• Definições
–Diagrama de FasesDiagrama de Fases: Mapa de pressões e temperaturas nas quais cada fase de uma substância é mais estável. –Curvas de EquilíbrioCurvas de Equilíbrio: Curvas que separam as regiões em
suas diferentes fases. • Apresentam os valores de
pressão e temperatura nas quais as fases coexistem.
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Otávio Santana • Definições
–Pressão de VaporPressão de Vapor: Pressão do vapor em equilíbrio com a fase condensada (sólida ou líquida).
–ConclusãoConclusão:
• Em um diagrama de fases, as curvas de equilíbrio que fazem fronteira entre a fase gasosa e a condensada mostram como a pressão de vapor varia com a temperatura.
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• Definições
–EbuliçãoEbulição: Condição na qual bolhas de vapor se formam no interior do líquido.
–Ponto de EbuliçãoPonto de Ebulição: Temperatura na qual a pressão do vapor se iguala a pressão externa.
• Sistema aberto.
–Ponto de Ebulição Normal:Ponto de Ebulição Normal: •Teb sob 1 atm de pressão externa.
–Ponto de Ebulição PadrãoPonto de Ebulição Padrão: •Teb sob 1 bar de pressão externa.
➔1 atm = 1,01325 bar (exato). ➔1 bar = 0,98692 atm (aprox.).
Diagramas de Fases
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• Definições
–Ponto de FusãoPonto de Fusão: Temperatura na qual as fases líquida e sólida coexistem (equilíbrio) em uma dada pressão. –Ponto de CongelamentoPonto de Congelamento: Temperatura na qual as fases
líquida e sólida coexistem... • A curva de equilíbrio sólido-líquido
mostra como a temperatura de fusão/congelamento varia com a pressão.
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• Pontos Característicos: Ponto Crítico (pc & Tc)
– A ebulição não ocorre em um recipiente fechado sob volume constante.
• Nestas condições a pressão de vapor aumenta continuamente com a temperatura.
• Com o aumento da pressão de vapor a densidade do vapor aumenta.
• Com o aumento da temperatura a densidade do líquido diminui.
• Há um ponto na qual as densidades se igualam e a superfície entre as fases desaparece.
•Resultado:Resultado: Fluido Supercrítico. Fluido Supercrítico.
Diagramas de Fases
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• Pontos Característicos: Ponto Crítico (pc & Tc) Diagramas de Fases
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• Pontos Característicos: Ponto Triplo (p3 & T3)
– Condição de pressão e temperatura na qual três fases coexistem (em geral as fases sólida, líquida e gasosa).
• O ponto triplo, assim como o crítico, é uma característica da substância.
➔Ex.: Água.
p3 = 6,11 mbar; T3 = 273,16 K.
pc = 221,2 bar; Tc = 647,30 K.
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• Exemplos de Diagramas de Fases
–ÁguaÁgua:
Diagramas de Fases
Caso geral Caso da água
Gás
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• Exemplos de Diagramas de Fases
–ÁguaÁgua:
Diagramas de Fases
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• Exemplos de Diagramas de Fases
–ÁguaÁgua:
Diagramas de Fases
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• Exemplos de Diagramas de Fases
–Dióxido de CarbonoDióxido de Carbono:
Diagramas de Fases
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Diagramas de Fases
Fim da Parte 1
Fim da Parte 1
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• Condição de Estabilidade
– A condição termodinâmica de espontaneidade é:
– Energia de Gibbs Molar (Gm): Energia G por mol de substância. • Obs.: A Energia de Gibbs Molar (Gm) depende da fase da substância
e é denominada “Potencial Químico” (μ).
– Para uma transição de n mols da fase 1 para a fase 2: Sistema+Vizinhança Sistema
ΔS> 0 ⇔ ΔG< 0
G=nGm=nμ
ΔG=G(2) −G(1) =nGm(2) −nGm(1) =n[μ (2) −μ(1)]
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• Condição de Estabilidade
–ConclusõesConclusões:
1. Uma substância pura tem a tendência espontânea de mudar para a fase com a menor energia de Gibbs molar.
ΔG = n · [ μ(2) - μ(1) ] < 0 ⇒ μ(2) < μ(1).
2. Duas fases estão em equilíbrio quando:
Gm(1) = Gm(2) ⇔ μ(1) = μ(2).
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Termodinâmica da Transição
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• Variação com as Condições do Sistema
– Para determinarmos a fase mais estável quando as condições de pressão e temperatura do sistema variam, precisamos determinar como G varia quando p e T variam.
– A equação diferencial para a variação da energia de Gibbs quando a pressão e a temperatura variam é:
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Termodinâmica da Transição
Demonstração… dGm=Vmdp− SmdT ⇒
∂Gm ∂p =Vm
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• Variação com a Temperatura
– Para um sistema no qual apenas a temperatura varia:
•Conclusão #1Conclusão #1: Como as entropias molares são positivas (Sm > 0), a energia de Gibbs molar diminui (dGm < 0) com o
aumento da temperatura (dT > 0).
•Conclusão #2Conclusão #2: Para uma determinada variação de temperatura, a variação resultante na energia de Gibbs molar é maior para substâncias com entropia molar maior.
Termodinâmica da Transição
dp=0 ⇒d Gm= −SmdT ⇔
(
∂Gm∂T
)p
= −Sm24 Otávio Santana
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• Variação com a Temperatura
– Para um sistema no qual apenas a temperatura varia: Substâncias Puras
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Termodinâmica da Transição
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• Variação com a Pressão
– Para um sistema no qual apenas a pressão varia:
•Conclusão #1Conclusão #1: Como os volumes molares são positivos (Vm > 0),
a energia de Gibbs molar aumenta (dGm > 0) com o aumento da
pressão (dp > 0).
•Conclusão #2Conclusão #2: Para uma determinada variação de pressão, a variação resultante na energia de Gibbs molar é maior para substâncias com volume molar maior.
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Termodinâmica da Transição
dT =0 ⇒d Gm=Vmdp ⇔
(
∂Gm26 Otávio Santana
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• Variação com a Pressão
– Para um sistema no qual apenas a pressão varia:
`
Gás Líquido Sólido
p
µ g
s ℓ
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• Variação com a Pressão
– A maioria das substâncias funde a uma temperatura maior quando submetida a uma pressão externa maior.
• Exceção água.
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Termodinâmica da Transição
Vm(s) < Vm(ℓ) Vm(s) > Vm(ℓ)
(
∂Gm ∂p)T
=Vm28 Otávio Santana
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• Efeito da Pressão Aplicada sobre a Pressão de Vapor
– Quando se aplica pressão a uma fase condensada a pressão de vapor aumenta.
• Ou seja, o excesso de pressão contribui para expulsar moléculas da fase líquida para a fase vapor.
• Pode-se aumentar a pressão sobre a fase condensada pela ação mecânica de um pistão ou pela presença de gás inerte.
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Termodinâmica da Transição
Possíveis Problemas
Possíveis Problemas:
1. O gás inerte pode se dissolver na fase condensada, alterando as propriedades desta fase.
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• Efeito da Pressão Aplicada sobre a Pressão de Vapor
– Quando se aplica pressão a uma fase condensada a pressão de vapor aumenta.
• Para um excesso de pressão ΔP sobre a fase condensada: ➔p0≡ Pressão de vapor inicial.
➔p ≡ Pressão de vapor após a aplicação de pressão extra ΔP. ➔ΔP≡ Excesso de pressão sobre a fase condensada.
Termodinâmica da Transição
Demonstração… p= p0e
VmΔP/RT ≈
p0
(
1+ VmΔPRT
)
, VmΔPRT ≪1
∴p− p0
p0
≈ VmΔP RT
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• Ex.#1: Efeito da pressão aplicada.
– Calcule o aumento relativo e percentual da pressão de vapor da água quando se aumenta a pressão externa em 10 bar (1 bar = 105 Pa).
Dados: Vm = 18,1 cm3/mol, T = 25°C, ΔP = 10 bar. Termodinâmica da Transição
Resp.: δrp = 7,3x10 -3.
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• Ex.#2: Efeito da pressão aplicada.
– Calcule o efeito de um aumento de 100 bar (1 bar = 105 Pa) na
pressão externa sobre a pressão de vapor do benzeno, a 25°C. Dados: ρ = 0,879 gcm-3, M ≈ 78 gmol-1.
Termodinâmica da Transição
Resp.: %δrp = 43 %.
Grande variação de pressão Comportamento de gás ideal
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• Localização das Curvas de Equilíbrio
–CondiçãoCondição: Gm,α(p,T) = Gm,β (p,T) ⇔μα(p,T) = μβ(p,T).
– Para cada fase: dμα = dμβ⇔dμ = Vmdp – SmdT.
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• Localização das Curvas de Equilíbrio
–CondiçãoCondição: Gm,α(p,T) = Gm,β (p,T) ⇔μα(p,T) = μβ(p,T).
– Para cada fase: dμα = dμβ⇔dμ = Vmdp – SmdT.
– Portanto: Vm,αdp - Sm,αdT = Vm,βdp - Sm,βdT
(Vm,α - Vm,β)dp = (Sm,α - Sm,β)dT
–Equação de ClapeyronEquação de Clapeyron:
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Termodinâmica da Transição
Demonstração… dp
dT = ΔStrs ΔVtrs
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• Curvas de Equilíbrio Sólido-Líquido Termodinâmica da Transição
Demonstração… Equação de uma reta
y ≈y0+ m⋅(x −x0)
p2≈ p1+ ΔHfus T1ΔVfus
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• Curvas de Equilíbrio Líquido-Vapor Termodinâmica da Transição
p2≈ p1exp
[
− ΔHvapR
(
1 T2−1 T1
)
]
dlnpdT = ΔHvap
RT2
Eq. Clausius-Clapeyron
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• Curvas de Equilíbrio: Caso Geral Termodinâmica da Transição
p2≈ p1+ ΔHfus T1ΔVfus
(T2−T1)
p2≈ p1exp
[
− ΔHvapR
(
1 T2−1 T1
)
]
p2≈p1exp[
−ΔHsub R
(
1 T2
−1 T1
)
]
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Termodinâmica da Transição
• Questão 4: Curvas de Equilíbrio.
– A pressão de vapor de uma substância, a 20,0 °C, é 58,0 kPa e sua entalpia de vaporização é 32,7 kJ·mol-1. Estime a
temperatura em que a pressão de vapor é de 66,0 kPa.
44 Otávio Santana
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• Questão 5: Curvas de Equilíbrio.
– O volume molar de um certo sólido é de 142,0 cm3mol-1 no
ponto de fusão, a 1,00 atm e 427,15 K. O volume molar do líquido, no mesmo ponto, é de 152,6 cm3mol-1. A 1,2 MPa, a
temperatura de fusão é de 429,26 K. Calcule a entalpia e a entropia de fusão do sólido.
Resp.: 2,4 kJ·mol-1 e 5,5 J·K-1mol-1.
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Termodinâmica da Transição
• Questão 6: Curvas de Equilíbrio.
– A pressão de vapor de um líquido, entre 200 K e 260 K, ajusta-se à expressão: ln(p/torr) = 18,361 – 3036,8/(T/K). Estime (a) a entalpia de vaporização e (b) a temperatura de ebulição normal do líquido.
Resp.: ΔHvap = +25,25 kJ·mol
-1, T = 260 K (-13 °C).
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Termodinâmica da Transição
• Questão 7: Curvas de Equilíbrio.
– A pressão de vapor de um líquido, entre 15 °C e 35 °C, ajusta-se a expressão: log(p/torr) = 8,750 – 1625/(T/K). Estime (a) a entalpia de vaporização e (b) a temperatura de ebulição normal do líquido.
Resp.: ΔHvap = +31,11 kJ·mol
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Termodinâmica da Transição
• Questão 8: Curvas de Equilíbrio.
– Quando um líquido se congela a -3,65 °C sob 1 atm de pressão, a densidade passa de 0,789 g·cm-3 para 0,801 g·cm-3.
A entalpia de fusão da substância é 8,68 kJ·mol-1. Estime o
ponto de congelamento da substância a 100 MPa. Dado: M = 46,07 g·mol-1.
Resp.: T = 272 K (-1 °C).
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• Regra das Fases
– Seria possível quatro fases estarem em equilíbrio? • Neste caso: Gm(1) = Gm(2); Gm(2) = Gm(3); Gm(3) = Gm(4).
Três equações com duas variáveis (p e T) → Solução impossível! – A generalização deste resultado é dada pela regra das fases.
• Definições:
F = Número de graus de liberdade (variáveis independentes).
C = Número de componentes (espécies independentes).
P = Número de fases. •Regra das FasesRegra das Fases: F = C – P + 2.
Termodinâmica da Transição
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• Regra das Fases
– Exemplo: Sistema com um componente (C = 1 →F = 3 – P). Uma fase: P = 1 →F = 2 →p e T podem variar (região). Duas fases: P = 2 →F = 1 →p ou T podem variar (linha). Três fases: P = 3 →F = 0 →p e T fixos (ponto triplo). Quatro fases: P = 4 →F = -1 → Condição impossível!
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Fim da Parte 2
Fim da Parte 2
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Substâncias Puras
• Tensão Superficial
– Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. •Conseqüência #1Conseqüência #1:
Quantidade maior de moléculas no interior da fase líquida.
•Conseqüência #2Conseqüência #2:
Resultante das forças na superfície e no interior são diferentes.
Superfície dos Líquidos
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• Tensão Superficial
– Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. •Questão #1Questão #1:
Qual a razão termodinâmica para esta observação?
•Questão #2Questão #2:
Como expressar isto matematicamente?
•Energia LivreEnergia Livre:
“Trabalho máximo realizado por um sistema em uma determinada transformação.”
ou:
“Trabalho mínimo necessário para promover uma transformação no sistema.”
•Funções TermodinâmicasFunções Termodinâmicas:
Energia Livre de Gibbs (p constante) e Helmholtz (V constante).
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• Tensão Superficial
– Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. •TratamentoTratamento:
➔O trabalho (dw) necessário para modificar a área superficial (σ) de uma amostra (volume constante) é proporcional a variação (dσ):
dw = γdσ,
γ
γ≡≡ Tensão Superficial Tensão Superficial (Constante de Proporcionalidade).
[γ] = Energia/Área = J/m2 = N·m/m2 = N/m.
➔O trabalho dw para um sistema a volume constante e temperatura constante é igual a energia livre de Helmholtz (A):
dA = γdσ < 0 (para uma transformação espontânea).
Superfície dos Líquidos
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• Tensão Superficial
–Exemplo #1Exemplo #1:
Trabalho para erguer um fio metálico de comprimento ℓ na superfície de um líquido e formar uma película de altura h
(desprezando a energia potencial gravitacional):
∫dw = ∫γdσ ⇒ w = γσ σ = 2hℓ (duas faces)
w = 2γhℓ Superfície dos Líquidos
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• Tensão Superficial
–Exemplo #2Exemplo #2:
Trabalho para formar uma cavidade esférica de raio r no interior de um líquido de tensão superficial γ
(interior da cavidade = uma face).
∫dw = ∫γdσ ⇒ w = γσ
62 Otávio Santana
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• Bolhas, Cavidades e Gotículas
–BolhaBolha: Região em que o vapor está confinado em uma fina película de um líquido. [Duas superfícies]
–CavidadeCavidade: Região em que vapor está confinado no interior do líquido. [Uma superfície]
–GotículaGotícula: Pequeno volume de líquido imerso em seu vapor. [Uma superfície]
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• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– A pressão pin no lado interno (côncavo) de uma interface é
sempre maior que a pressão pex no lado externo (convexo).
–Equação de LaplaceEquação de Laplace:
2γ/r≡ Pressão de Laplace Nota: De acordo com a equação, a diferença entre as pressões tende a zero quando r→∞ (superfície plana). Superfície dos Líquidos
Demonstração… pin = pex +
2γ r
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Superfície dos Líquidos
• Questão 16: Equação de Laplace.
– Calcule a diferença de pressão do etanol entre as duas faces de uma gotícula esférica de 220 nm de raio, a 20 °C. Dado: γetanol = 22,39 mN·m-1.
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• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para um líquido disperso como gotículas de raio r a pressão interna excedente 2γ/r aumenta a sua pressão de vapor. ➔ Equação de KelvinEquação de Kelvin:
Superfície dos Líquidos
pin = pex + 2γ
r
p= p0e VmΔP/RT
, ΔP = +2γ r
p=p0e +2γVm/rRT
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• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para um líquido disperso como gotículas de raio r a pressão interna excedente 2γ/r aumenta a sua pressão de vapor. ➔ Como resultado, uma gotícula tende a se evaporar mais
rápido que um líquido disperso em uma superfície plana!
➔ Como uma nuvem pode se formar, se as gotículas inicialmente formadas tendem a se evaporar?
➔ NucleaçãoNucleação: partículas de poeira ou outros materiais constituem sítios onde moléculas de água podem se aderir, formando gotículas grandes, de modo que a pressão extra é pequena.
Superfície dos Líquidos
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• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para uma cavidade de raio r a pressão reduzida de 2γ/r diminui a pressão do vapor em seu interior.
➔ Equação de KelvinEquação de Kelvin:
Superfície dos Líquidos
pex=pin− 2γ
r
p= p0e VmΔP/RT
, ΔP = −2γ r
70 Otávio Santana
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• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para uma cavidade de raio r a pressão reduzida de 2γ/r diminui a pressão do vapor em seu interior.
➔ Como resultado, é possível superaquecer um líquido! ➔ As cavidades inicialmente formadas
em um líquido próximo da ebulição tendem a desaparecer devido a baixa pressão em seu interior. ➔ NucleaçãoNucleação: pode-se utilizar
pequenos fragmentos de cerâmica ou vidro para introduzir centros de formação de cavidades, evitando o risco de uma ebulição violenta.
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Superfície dos Líquidos
• Questão 14: Equação de Kelvin.
– Calcule a pressão de vapor de uma gotícula esférica de água, com raio de 20,0 nm, a 35,0 °C. A pressão de vapor de uma grande massa de água, nesta temperatura, é de 5,623 kPa, e sua densidade 994,0 kg·m-3.
Dado: γágua = 72,75 mN·m -1.
Resp.: págua = 5,920 kPa.
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• Capilaridade ou Ação Capilar
– A tendência de líquidos ascenderem em tubos de pequeno diâmetro é uma consequência da tensão superficial.
➔ Equação de LaplaceEquação de Laplace:
pin = pex + 2γ/r ⇔ pex = pin - 2γ/r
➢ NotaNota: Admite-se que o raio de curvatura r coincide com o do tubo capilar!
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Otávio Santana
• Capilaridade ou Ação Capilar
– A tendência de líquidos ascenderem em tubos de pequeno diâmetro é uma consequência da tensão superficial.
➔ Equação de LaplaceEquação de Laplace:
pin = pex + 2γ/r ⇔ pex = pin - 2γ/r
–Ao nível da superfície do menisco: p = patm - 2γ/r [ pex = p, pin = patm = P ]
– Ao nível da superfície do líquido:
patm = patm - 2γ/r + ρgh Superfície dos Líquidos
= 0
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• Capilaridade ou Ação Capilar
– A tendência de líquidos ascenderem em tubos de pequeno diâmetro é uma consequência da tensão superficial.
➔ Equação de JurinEquação de Jurin:
h = 2γ/ρgr ⇔ γ = ½ρghr
➔ Ou seja, pode-se calcular a tensão superficial a partir da ascensão capilar ascensão capilar h.
➔ Quando as forças adesivas forem mais fracas que as coesivas, a superfície será convexa: depressão capilar depressão capilar .
Superfície dos Líquidos
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Superfície dos Líquidos
• Ex.#1: Ascensão Capilar.
– A água, a 25 °C, ascende a uma altura de 7,36 cm em um capilar de 0,200 mm de raio interno. Calcule a tensão superficial da água nesta temperatura.
Dado: ρágua = 0,997 g·cm
-3, g = 9,81 m·s-2.
γ = ½(0,997x103 kg·m-3)(9,81 m·s-2)(7,36x10-2 m)(0,200x10-3 m) γ = 7,20x10-2 kg·s-2
77 Otávio Santana
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• Questão 15: Ascensão Capilar.
– Calcule a tensão superficial da água, a 30 °C, sabendo que, nesta temperatura, a altura da ascensão capilar em um tubo de diâmetro interno de 0,320 mm é de 9,11 cm, e que a sua densidade é de 0,9956 g·cm-3.
Dado: g = 9,81 m·s-2.
Resp.: γágua = 71,2 mN·m -1.
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• Capilaridade e Ângulo de Contato
– A tendência de líquidos molharem as paredes do tubo capilar é consequência da relação entre as forças de adesão e coesão.
➔ AdesãoAdesão: Medida das forças que ligam as moléculas do líquido a uma superfície.
➔ CoesãoCoesão: Medida das forças que ligam as moléculas do líquido entre si.
● Adesão > Coesão: Ascensão. Adesão < Coesão: Depressão.
Superfície dos Líquidos
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• Capilaridade e Ângulo de Contato
– A tendência de líquidos molharem as paredes do tubo capilar é quantificada pelo ângulo de contatoângulo de contato α.
Superfície dos Líquidos
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• Capilaridade e Ângulo de Contato
– A tendência de líquidos molharem as paredes do tubo capilar é quantificada pelo ângulo de contatoângulo de contato α.
➔ A equação da ascensão (depressão) capilar admite que o ângulo de contato é 0° (180°). ➔ Neste caso, o raio do tubo r coincide com o
da curvatura R.
➔ Quando este não é o caso, corrige-se a expressão para o ângulo de curvatura R.
Superfície dos Líquidos
R= r
cosα ⇒ γ =½ ρghr cosα
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Substâncias Puras
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Fim da Parte 3
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Substâncias Puras
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Exercícios Adicionais
• Questão 9: Potência da Radiação x Evaporação.
– Considere que a radiação da luz solar incidente no nível do solo tem uma densidade de potência de 0,87 kW·m-2, ao
meio-dia. Qual a taxa máxima de evaporação da água de um lago que recebe esta radiação, sendo a área iluminada de 1,0 ha? Dado: 1 ha = 104 m2, ΔH
vap
(água) = 44,0 kJ·mol-1.
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• Questão 11: Curvas de Equilíbrio.
– O ponto de ebulição normal do hexano é de 69 °C. Estime (a) a entalpia de vaporização e (b) a pressão de vapor a 25 °C e a 60 °C.
Dado: ΔSvap ≈ +85 J·K-1·mol-1 (regra de Trouton).
Resp.: (a) 29 kJ·mol-1; (b) 0,22 atm e 0,76 atm.
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Exercícios Adicionais
• Questão 12: Curvas de Equilíbrio.
– Calcule o ponto de fusão do gelo sob pressão de 10 MPa. Admita que a densidade do gelo, nestas condições, seja, aproximadamente, de 0,915 g·cm-3, e a da água líquida de
0,998 g·cm-3.
Dado: ΔHfus = 6,01 kJ·mol -1.
Resp.: 272,40 K (-0,75 °C).
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Exercícios Adicionais
• Questão 13: Relação Entalpia x Trabalho.
– Que fração da entalpia de vaporização da água é consumida na expansão do vapor de água?
Dado: ΔHvap = 43,5 kJ·mol-1.
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Otávio Santana Exercícios Adicionais
Fim da Parte 4
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