• Nenhum resultado encontrado

Methylglyoxal effects on protein aggregation and amyloid formation

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Methylglyoxal effects on protein aggregation and amyloid formation"

Copied!
195
0
0

Texto

(1)UNIVERSIDADE DE LISBOA  FACULDADE DE CIÊNCIAS  DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E BIOQUÍMICA   .    . Methylglyoxal effects on protein  aggregation and amyloid formation   . Luís Miguel Araújo da Silva Oliveira   . Doutoramento em Bioquímica  (Especialidade: Biofísica Molecular)    Tese orientada por:   Prof. Doutor Alexandre Luís de Matos Botica Côrtes Quintas   Doutor Carlos Alberto Alves Cordeiro    . 2009    .

(2)

(3)   De acordo com o disposto no artigo n°. 40 do Regulamento de Estudos Pós‐Graduados da  Universidade  de  Lisboa,  Deliberação  n°  961/2003,  publicada  no  Diário  da  República  –  II  Série  n°.  153 – 5 de Julho de 2003, foram incluídos nesta dissertação os resultados dos seguintes artigos:         Luís M. A. Oliveira, Carlos Cordeiro, Ana Ponces Freire, Carla Ascenso, Alexandre Quintas. 2007.  Unveiling  heme  proteins  conformational  stability  through  a  UV  absorbance  ratio  method  Anal  Biochem. 371: 253‐5    Alexandre  Quintas,  Luís  M.  A.  Oliveira.  2008.  Protein  hierarchy  levels  of  structural  organization  for  amyloidogenesis:  Biochemical  and  biophysical  aspects  underlying  misfolding  and  disease.  Protein Misfolding in Biology and Disease T. F. Outeiro, Research Signpost: 1‐34.    Ricardo A. Gomes, Luís M. A. Oliveira, Mariana Silva, Carla Ascenso, Alexandre Quintas, Gonçalo  Costa,  Ana  V.  Coelho,  Marta  Sousa  Silva,  António  E.  N.  Ferreira,  Ana  Ponces  Freire,  Carlos  Cordeiro. 2008. Protein glycation in vivo: Functional and structural effects on yeast enolase. Biochem  J. 416: 317‐26             .  .    .

(4)    .

(5)                                                                                                                      Aknowledgments/Agradecimentos   . Aknowledgments/Agradecimentos    Chegada a conclusão desta etapa com mais de quatro anos, não a poderia deixar terminar  sem  agradecer  a  todos  os  que,  directa  ou  indirectamente,  contribuíram  para  a  realização  deste  trabalho.    Em primeiro lugar quero expressar o meu mais profundo agradecimento ao Professor Doutor  Alexandre  Quintas,  orientador  principal  deste  trabalho,  por  todo  o  seu  apoio,  amizade,  compreensão  e  disponibilidade.  Desde  que  começámos  a  trabalhar  juntos  que  sempre  manteve  a  nossa relação numa base de confiança, transmitindo‐me a ideia de que somos uma equipa. E uma  equipa  luta  junta  pelos  seus  objectivos.  As  suas  qualidades  humanas  e  científicas  que  sempre  marcaram presença são uma referência. Estou certo que no futuro ainda muito mais irei aprender  com ele. Por tudo, o meu mais sincero obrigado.    Ao  Doutor  Carlos  Cordeiro,  segundo  orientador  deste  trabalho,  agradeço  a  preocupação  e  ensinamentos que me fizeram crescer como investigador desde o primeiro dia que integrei o grupo  de  enzimologia.  A  sua  serenidade,  ponderação  e  conhecimento  contribuíram  de  forma  extremamente  positiva  para  o  desenrolar  deste  trabalho  e  para  a  minha  aprendizagem  como  investigador.    À Professora Doutora Ana Ponces, uma palavra especial por tudo o que representa. Desde os  tempos  de  licenciatura  que  é  uma  referência  minha  pelos  ensinamentos,  pela  sua  capacidade  invulgar de gerar motivação, pelo apoio, amizade e postura perante a vida. Uma pessoa que admiro  profundamente que me ensinou e preparou a ser o investigador que sou.    Aos  amigos  e  colegas  do  Laboratório  de  Patologia  Molecular,  onde  passei  a  maior  parte  do  meu  doutoramento,  quero  agradecer  a  simpatia,  amizade,  companheirismo  e  boa  disposição  que  sempre  pautou  a  nossa  investigação.  O  meu  destaque  à  Professora  Carla  Ascenso  pelo  apoio,  ao  Carlos Família, com quem partilho o laboratório desde o início, e à Lena pela amizade. Carlos fica a  frase: “Oi pessoal tudo bem? Vai um café?”. À Ana e ao Miguel pela amizade, companheirismo e  espírito  de  grupo  criado.  Não  esquecerei  a  entreajuda  estabelecida  convosco  bem  como  as .    .

(6) Aknowledgments/Agradecimentos                                                                                                                    aventuras por Lausanne e Copenhaga. Espero sinceramente que não fiquem por aqui. À Joana pela  alegria, amizade e bom espírito. É bom ter‐te no laboratório. Ao Gonçalo pelo espírito e amizade. À  Catarina que foi marcante pelo furacão de alegria que sempre trazia consigo quando entrava pelo  laboratório.  Uma  amiga  que  ficou.  E  finalmente,  aos  colegas  que,  não  fazendo  parte  do  nosso  grupo, estão tão perto: à Teresa e à Susana pela amizade e carinho e ao Henrique, à Inês e ao Paulo  pelo bom espírito e profissionalismo que trazem sempre consigo. You make my day!!!    Agradeço também a todas as pessoas do Grupo de Enzimologia, o grupo que inicialmente me  acolheu  e  formou.  Foi  muito  o  que  aprendi  junto  de  vós.  O  meu  agradecimento  especial  ao  Professor António Ferreira pelos conhecimentos e disponibilidade que sempre mostrou. Ao Ricardo  Gomes  por  ser  um  colega  espectacular.  Diversão,  capacidade  de  trabalho,  entreajuda,  amizade,  espírito empreendedor, sempre foram qualidades que estiveram presentes. Ao Nuno Lages por ser  um  grande  amigo  com  quem  partilhei  bons  e  maus  momentos  ao  longo  destes  anos.  Ao  Hugo  Miranda  pela  longa  amizade  e  por  todos  os  desafios  que  superámos  em  conjunto  ainda  desde  a  licenciatura. À sempre sorridente Lídia pela amizade e boa disposição. E finalmente à Mariana, ao  Gonçalo e à Marta pela amizade e apoio.    Uma  palavra  também  para  o  Doutor  Tiago  Outeiro  que  desde  o  início  se  revelou  ser  uma  pessoa  inspiradora  que  me  leva  sempre  a  tentar  ser  um  investigador  cada  vez  melhor.  Admiro  muito a sua capacidade de comunicação, trabalho e toda a ciência que produz. O meu obrigado por  toda  disponibilidade,  serenidade  e  confiança  que  sempre  esteve  presente  na  nossa  relação,  bem  como a ajuda fornecida para que fosse possível trabalhar no laboratório do Professor Doutor Hilal  Lashuel.    Ao  Professor  Doutor  Hilal  Lashuel  o  meu  muito  obrigado  por  me  ter  acolhido  no  seu  laboratório.  As  suas  qualidades  científicas  são  do  melhor  que  tive  a  possibilidade  de  presenciar.  Apesar  do  pouco  tempo  que  estive  no  seu  laboratório,  foram  inúmeros  os  conhecimentos  que  obtive  e  a  aprendizagem  que  fiz.  Para  isso  contribuiu  também  sem  dúvida  a  orientação  mais  estreita da Doutora Katrina Paleologou com quem foi um prazer enorme trabalhar. A todos o meu  muito obrigado em especial aos colegas Abid, Asad, Margot e Mirva.    Aos  amigos,  que  estão  sempre  lá,  para  a  ciência  e  para  tudo  o  resto.  Não  há  palavras  para  descrever a vossa importância na minha vida. Sinto‐me um privilegiado por poder chamar amigo a .

(7)                                                                                                                      Aknowledgments/Agradecimentos  muita  gente,  mas  não  consigo  deixar  de  vos  destacar.  Obrigado  João  Luís,  Sónia  Pais,  Margarida  Neves de Sousa, Ana Rita Moreira, João Lopes, Sara Gomes e a todos os Scramble por fazerem parte  da minha vida.    Por último o meu agradecimento a toda a família… aos avós, aos padrinhos, aos tios e primos  que, embora longe, são tão importantes e sabem estar tão perto; e duas palavras de grande carinho:  para com a minha mãe por tudo o que me proporcionou desde que nasci. Este meu ínfimo sucesso é  sem dúvida fruto do seu amor, trabalho e dedicação… e eu não sou fácil de aturar!!! É impossível  verbalizar  a  importância  que  tens  na  minha  vida;  e  para  com  o  meu  pai  a  quem  quero  muito  dedicar  este  trabalho.  A  tua  partida  a  meio  deste  caminho  deixa‐me  uma  mágoa  inigualável.  Era  capaz  de  escrever  outra  tese  sobre  a  pessoa,  o  exemplo  e  a  referência  que  és  e  como  te  tenho  presente  nos  meus  dias,  nas  minhas  atitudes  e  decisões.  Sei  que  ninguém  estaria  mais  orgulhoso  que tu por me ver chegar aqui e por isso sei que o que fiz também é teu. .  .    .

(8) Aknowledgments/Agradecimentos                                                                                                                   .

(9)                                                                                                                      Aknowledgments/Agradecimentos . Table of Contents    AKNOWLEDGMENTS/AGRADECIMENTOS...........................................................................................V  TABLE OF CONTENTS ............................................................................................................................... IX  SUMMARY.................................................................................................................................................. XIII  RESUMO .......................................................................................................................................................XV  ABBREVIATIONS ..................................................................................................................................... XIX  CHAPTER I...................................................................................................................................................... 2  1. PROTEIN STRUCTURE .................................................................................................................................. 3  1.1 Secondary structure ............................................................................................................................. 5  1.1.1 Helical structures ........................................................................................................................................... 5  1.1.2 Beta structures ............................................................................................................................................... 6  1.1.3 Non-repetitive secondary structure ................................................................................................................ 7 . 1.2 Tertiary structure................................................................................................................................. 7  1.3 Protein dynamics and flexibility .........................................................................................................10  1.4 Natively unfolded proteins ..................................................................................................................11  2. THE PROTEIN FOLDING PROBLEM ...............................................................................................................14  2.1 The folding code .................................................................................................................................14  2.2 The folding process.............................................................................................................................15  3. PROTEIN MISFOLDING IN BIOLOGY AND DISEASE ........................................................................................18  3.1 Protein structure and amyloidosis ......................................................................................................19  3.1.1 Intrinsically unstructured proteins in conformational diseases .....................................................................21  3.1.2 Monomeric proteins in conformational diseases...........................................................................................24  3.1.3 Oligomeric proteins in conformational diseases ...........................................................................................26  3.1.4 The intrinsically unstructured, monomeric and oligomeric proteins in amyloidogenesis .............................28 . 3.2 Molecular mechanisms of amyloidosis ...............................................................................................29  3.3 Cellular aspects of protein misfolding and disease ............................................................................32  4. POST-TRANSLATIONAL PROTEIN MODIFICATIONS .......................................................................................35  4.1 Polyamine binding ..............................................................................................................................36 .    .

(10) Table of Contents                                                                                                                                                4.2 Oxidation ............................................................................................................................................36  4.3 Nitration..............................................................................................................................................37  4.4 Ubiquitination.....................................................................................................................................37  4.5 Sumoylation ........................................................................................................................................38  4.6 Phosphorilation ..................................................................................................................................38  4.7 Glycation ............................................................................................................................................39  4.7.1 Methylglyoxal...............................................................................................................................................42  4.7.2 Glycation and amyloidosis............................................................................................................................46 . CHAPTER II ...................................................................................................................................................51  1. ABSTRACT .................................................................................................................................................53  2. INTRODUCTION ..........................................................................................................................................53  3. MATERIAL AND METHODS ..........................................................................................................................55  3.1 Methylglyoxal preparation .................................................................................................................55  3.2 Cytochrome c glycation ......................................................................................................................55  3.3 Cytochrome c aggregation..................................................................................................................55  3.4 Structural analysis of cytochrome c....................................................................................................56  3.5 Conformational stability measurements .............................................................................................56  4. RESULTS AND DISCUSSION .........................................................................................................................57  4.1 Glycation induces cytochrome c aggregation.....................................................................................57  4.2 Structural changes of cytochrome c upon glycation ...........................................................................59  4.3 Conformational stability of cytochrome c species ..............................................................................63  5. CONCLUSION..............................................................................................................................................66  CHAPTER III..................................................................................................................................................69  1. ABSTRACT .................................................................................................................................................71  2. INTRODUCTION ..........................................................................................................................................71  3. MATERIAL AND METHODS ..........................................................................................................................73  3.1 Methylglyoxal preparation .................................................................................................................74  3.2 Yeast strains and growth conditions ...................................................................................................74  3.3 Enolase purification............................................................................................................................74  3.4 In vitro glycation of purified enolase by methylglyoxal......................................................................75  3.5 Western blot and HPLC analysis........................................................................................................75  3.6 MS analysis.........................................................................................................................................76  3.7 Structure and stability analysis...........................................................................................................77  3.8 Enolase activity assay.........................................................................................................................78  3.9 Protein structure.................................................................................................................................78  4. RESULTS AND DISCUSSION .........................................................................................................................78 .                                                                                                                                                                                 x   .

(11)                                                                                                                                                    Table of Contents  4.1 Characterization of enolase glycation by MS .....................................................................................78  4.2 Glycation effects on enolase folding structure and enzyme activity ...................................................84  5. CONCLUSION..............................................................................................................................................87  6. ACKNOWLEDGEMENTS ...............................................................................................................................90  CHAPTER IV ..................................................................................................................................................93  1. ABSTRACT .................................................................................................................................................95  2. INTRODUCTION ..........................................................................................................................................95  3. EXPERIMENTAL PROCEDURES ....................................................................................................................98  3.1 Methylglyoxal preparation .................................................................................................................98  3.2 Insulin preparation .............................................................................................................................98  3.3 Expression and purification of human α-synuclein ............................................................................99  3.4 Protein glycation ..............................................................................................................................100  3.5 Fibril formation ................................................................................................................................100  3.6 Analysis of fibrillation kinetics .........................................................................................................100  3.7 Fluorescence measurements .............................................................................................................101  3.8 Circular dichroism measurements....................................................................................................101  3.9 Conformational stability measurements ...........................................................................................101  3.10 Size-exclusion and native-PAGE experiments ................................................................................102  3.11 Transmission electron microscopy .................................................................................................102  4. RESULTS AND DISCUSSION .......................................................................................................................103  4.1 Methylglyoxal reduces protein fibril formation ................................................................................103  4.2 Methylglyoxal causes protein oligomerization .................................................................................106  4.3 Effects of methylglyoxal on insulin structure and stability ...............................................................109  5. CONCLUSION............................................................................................................................................112  6. ACKNOWLEDGEMENTS .............................................................................................................................115  CHAPTER V .................................................................................................................................................117  APPENDIX ....................................................................................................................................................125  REFERENCES ..............................................................................................................................................133 .    .    .

(12)      .  .

(13)                                                                                                                                                                  Summary .   Summary  Proteins are the core of life, providing functional support for all chemical processes in living  cells.  To  perform  this  task,  proteins  must  have  a  specific  structure  achieved  by  folding  from  its  primary level to a three dimensional architecture. Disturbing this process inevitably leads to serious  metabolic  and  physiological  changes.  Throughout  evolution,  molecular  chaperones  and  complex  protein quality control mechanisms evolved to keep protein structures functional in their lifespan.  When  something  goes  astray  in  this  process,  misfolded  proteins  may  aggregate  leading  to  conformational  diseases  such  as  Alzheimer,  Parkinson,  Huntington,  Andrade  and  Amyotrophic  Lateral  Sclerosis.  Several  factors  may  contribute  to  protein  misfolding,  including  point  mutations,  chemical  stress,  post‐translational  modifications  and  impairment  of  protein  quality  control  mechanisms.  Post‐translational  modifications  play  a  very  important  role  in  protein  misfolding,  since  proteins are extensively modified to achieve three dimensional structures, to regulate its activity or  to  target  to  degradation.  Contrary  to  controlled  post‐translational  modifications,  like  phosphorylation or glycosilation, where enzymes specifically modify proteins to produce a specific  cellular  effect,  glycation  is  a  non‐enzymatic  process  where  arginine  and  lysine  side  chains  are  irreversibly  modified  by  carbonyl‐containing  molecules.  Moreover,  there  are  several  carbonyl‐ containing  molecules  in  vivo,  like  glucose  and  methylglyoxal  that  irreversibly  modify  proteins  through  the  Maillard  reaction.  Thus,  it  is  expected  that  the  extensive  unregulated  modification  of  particular  proteins  might  have  a  deleterious  effect  on  protein  structure  and  function  and  to  be  associated  with  cell  and  tissue  damage  observed  in  some  pathologies  and  aging.  The  observation  that  AGE‐modified  proteins  accumulate  in  connexion  with  the  clinical  complications  of  several  human pathologies links protein glycation to human diseases such as diabetes mellitus, age‐related  disorders,  atherosclerosis  and  conformational  diseases.  Methylglyoxal  is  likely  to  be  the  most  important glycation agent in vivo and its synthesis occurs in all living cells, in an uncontrolled way,  mainly as a non‐enzymatic by‐product of glycolysis. However, in spite of all the evidences that link  protein  glycation  with  human  pathological  conditions,  the  molecular  mechanisms  underlying  the  effects of protein glycation by methylglyoxal remains unclear.  The  major  goal  of  the  investigations  presented  in  this  thesis  is  the  understanding  of  the  biochemical  effects  of  methylglyoxal  on  structure,  thermodynamic  stability  and  aggregation  of .    .

(14) Summary                                                                                                                                                              proteins. Chapter I introduces and describes the theme. Following a brief description about protein  structure and the folding problem, the importance of protein misfolding in biology and disease is  presented. A review of the protein hierarchy levels of structural organization and their relation to  amyloidogenesis  was  made.  This  chapter  also  introduces  protein  glycation  and  methylglyoxal  metabolism as well as the implications of protein glycation in several human pathologies.   In  chapter  II,  cytochrome  c  was  chosen  as  a  protein  model  to  study  the  effects  of  methylglyoxal  glycation.  The  results  show  a  substantial  decrease  in  conformational  stability  after  glycation which potentiated the formation of aggregates that retained native‐like structure. This is  the  first  evidence  that  methylglyoxal  glycation  might  be  associated  to  protein  native‐like  protein  aggregation.  In  parallel  a  novel  method  for  the  determination  of  the  conformational  stability  of  heme proteins with a two state unfolding model was developed and described in the appendix.  Chapter III presents a detailed comparison between the effects of in vitro and in vivo glycation  on  enolase,  previously  demonstrated  to  be  a  major  glycation  target  in  yeast.  Our  results  demonstrate  that  glycation  causes  enolase  unfolding  and  structural  changes,  leading  to  loss  of  enzyme  activity.  Evidences  emerge  for  the  existence  of  differences  between  in  vitro  and  in  vivo  glycation  effects,  particularly  on  the  nature  and  molecular  location  of  specific  advanced  glycation  end‐products.  Results  regarding  enolase  structure,  thermal  stability  and  enzyme  activity  show  comparable in vitro and in vivo glycation effects.  The experiments described in chapter IV use two amyloidogenic proteins as glycation targets.  Human  α‐synuclein  and  insulin  are  both  related  to  specific  human  diseases.  In  spite  of  having  distinct  structures  and  different  fold  types,  the  fibrillation  of  both  proteins  was  decreased  in  the  presence of methylglyoxal. Instead of amyloid fibrils, aggregation was directed to the formation of  soluble aggregates. Regarding α‐synuclein, an increase in protofibrils concentration, some of them  with ring‐like structures, was observed upon glycation. Similar to cytochrome c, these aggregation  pathways seem to occur with only slight changes on protein structure upon glycation.  The  concluding  remarks  in  chapter  V  provide  an  integrative  framework  of  the  findings  presented in this thesis. The relevance of this work and perspectives for further investigations are  also highlighted in this chapter. .  .                                                                                                                                                                                xiv   .

(15)                                                                                                                                                                     Resumo . Resumo  As  proteínas  desempenham  um  papel  fundamental  de  suporte  para  todos  os  processos  químicos  que  ocorrem  numa  célula,  sendo  essenciais  à  vida.  Para  executar  as  suas  funções,  as  proteínas  possuem  uma  estrutura  tridimensional  específica  que  é  obtida  no  processo  de  folding.  Uma  perturbação  deste  processo  leva  ao  aparecimento  de  uma  estrutura  diferente,  levando  a  alterações  metabólicas  e  fisiológicas.  Ao  longo  da  evolução,  a  célula  desenvolveu  chaperones  moleculares  e  um  complexo  sistema  de  controlo  de  qualidade  de  proteínas  com  o  objectivo  de  manter  as  estruturas  proteicas  funcionais  durante  o  seu  tempo  de  vida.  Quando  algo  falha  neste  processo,  as  proteínas  podem  sofrer  um  misfold  parcial  e  agregar  levando  ao  aparecimento  de  patologias  conformacionais  como  é  o  caso  das  doenças  de  Alzheimer,  Parkinson,  Huntington,  Andrade e Esclerose Amiotrófica Lateral. Vários factores podem contribuir para o misfold parcial de  proteínas, incluindo mutações pontuais, stress químico, modificações pós‐traducionais e danos no  sistema de controlo de qualidade das proteínas.  As modificações pós‐traducionais têm um papel muito importante no misfolding de proteínas,  uma  vez  que  as  estas  são  extensivamente  modificadas  para  adquirirem  a  sua  estrutura  tridimensional,  regularem  a  sua  actividade  e  serem  marcadas  para  degradação.  Geralmente  as  modificações  pós‐traducionais são controladas  por enzimas  que modificam as proteínas  em  locais  específicos  de  forma  a  produzirem  um  determinado  efeito,  como  é  o  caso  da  fosforilação  ou  glicosilação,  mas  a  glicação  é  um  processo  não‐enzimático.  Neste  caso  as  cadeias  laterais  dos  resíduos  de  lisina  e  arginina  são  irreversivelmente  modificados  por  moléculas  que  contenham  grupos  carbonilo.  In  vivo,  existem  várias  moléculas  com  carbonilos  capazes  de  modificar  irreversivelmente  proteínas  através  da  reacção  de  Maillard,  como  é  o  caso  da  glucose  ou  do  metilglioxal.  Dada  a  influência  que  as  modificações  pós‐traducionais  têm  na  estrutura  nativa  de  uma  proteína,  é  espectável  que  uma  extensiva  e  não  regulada  modificação  de  determinadas  proteínas possa culminar em alterações nocivas da estrutura e função dessas proteínas, que possam  estar  associadas  a  lesões  em  células  e  tecidos  que  são  observadas  em  algumas  patologias.  Em  doenças como a diabetes mellitus, aterosclerose e patologias conformacionais é possível observar a  acumulação de proteínas modificadas por AGE, o que estabelece uma ligação entre estas doenças e  a  glicação  de  proteínas.  O  metilglioxal  é  o  mais  importante  agente  glicante  in  vivo  e  a  sua  síntese  ocorre em todas as células vivas de forma não controlada, maioritariamente como um subproduto  da via glicolítica. Ainda assim, e apesar de todas a observações que ligam a glicação de proteínas .    .

(16) Resumo                                                                                                                                                                   com  algumas patologias humanas, os mecanismos moleculares subjacentes  aos efeitos  da  glicação  de proteínas pelo metilglioxal mantêm‐se desconhecidos.  O  principal  objectivo  da  investigação  apresentada  nesta  tese  encontra‐se  focado  na  compreensão dos efeitos da glicação na estrutura, estabilidade e agregação de proteínas. O capítulo  I  introduz  e  descreve  o  tema.  Após  uma  breve  apresentação  da  estrutura  de  proteínas  e  do  seu  processo de folding, a importância biológica do misfolding de proteínas em contexto de patologia é  discutida através de uma revisão da relação entre os níveis hierárquicos de organização estrutural  de  proteínas  e  a  formação  de  amilóide.  Este  capítulo  introduz  ainda  a  glicação  de  proteínas,  o  metabolismo do metilglioxal e as relações entre glicação e diversas patologias humanas.  No  capítulo  II,  são  estudados  os  efeitos  da  glicação  pelo  metilglioxal  no  citocromo  c.  Os  resultados mostram uma diminuição substancial da estabilidade conformacional da proteína após  glicação, o que potencia a formação de agregados que mantêm uma estrutura idêntica à nativa. Este  capítulo  envolve  pela  primeira  vez  a  glicação  de  proteínas  pelo  metilglioxal  em  fenómenos  de  agregação  de  proteínas  que  mantêm  uma  estrutura  idêntica  ao  estado  nativo.  Paralelamente,  foi  desenvolvido  um  novo  método  para  a  determinação  da  estabilidade  conformacional  de  proteínas  hémicas  com  modelos  de  unfolding  de  dois  estados,  num  processo  que  se  encontra  descrito  em  anexo.  O  capítulo  III  apresenta  uma  comparação  entre  os  efeitos  da  glicação  in  vitro  e  in  vivo  no  enolase,  que  foi  previamente  demonstrado  ser  um  alvo  preferencial  de  glicação  em  levedura.  Os  resultados mostram que a glicação causa alterações estruturais e unfolding no enolase, o que leva à  perda  de  actividade  enzimática.  As  diferentes  metodologias  usadas  para  a  glicação  do  enolase  revelam  a  existência  de  diferenças  ao  nível  da  natureza  e  localização  molecular  dos  produtos  avançados  de  glicação.  Os  resultados  obtidos  para  as  alterações  estruturais,  de  Tm  e  actividade  enzimática mostram um efeito comparável entre as duas metodologias de glicação utilizadas.  As experiências descritas no capítulo IV usam duas proteínas amiloidogénicas como alvos de  glicação.  Quer  a  α–sinucleína  quer  a  insulina  são  proteínas  envolvidas  em  patologias  humanas  específicas. Apesar de possuírem estruturas distintas e tipos de fold diferentes, em ambos os casos a  formação de fibras amilóides por partes destas proteínas foi reduzida na presença de metilglioxal.  Em  vez  de  fibras  amilóides,  a  agregação  foi  direccionada  para  a  formação  de  agregados  solúveis.  No caso da α–sinucleína, foi observado, após glicação, um aumento da concentração de protofibras,  algumas  contendo  estruturas  anelares.  Tal  como  foi  observado  no  citocromo  c,  estas  vias  de  agregação parecem ocorrer apenas a partir de ligeiras alterações na estrutura. .                                                                                                                                                                                xvi   .

(17)                                                                                                                                                                     Resumo  O capítulo V fornece um quadro integrador dos diversos resultados apresentados nesta tese,  assim como realça a importância deste trabalho.  Os  resultados  e  conclusões  apresentados  são  relevantes  não  apenas  porque  este  tipo  de  estudos  sistemáticos  aumenta  o  nosso  conhecimento  sobre  os  efeitos  bioquímicos  e  estruturais  da  glicação em diferentes proteínas, mas também porque foi obtida informação importante que sugere  que a glicação possui um papel dinâmico na estabilização de agregados oligoméricos de proteínas  relevantes  em  contexto  de  patologia,  com  diferentes  tipos  de  fold,  o  que  poderá  estar  relacionado  com um aumento da toxicidade destas proteínas. A completa compreensão dos efeitos da glicação  na estrutura, estabilidade e agregação de proteínas amiloidogénicas será certamente de importância  vital no desenho e criação de estratégias terapêuticas novas ou melhoradas para inibir a glicação de  proteínas e combater os seus efeitos prejudiciais .  .    .

(18) Resumo                                                                                                                                                                    .                                                                                                                                                                                xviii   .

(19)                                                                                                                                                           Abbreviations .   Abbreviations  Aβ – Amyloid β‐peptide  AD – Alzheimer’s disease  AGE – Advanced glycation end‐products  Ala – Alanine  ALS – Amyotrophic lateral sclerosis  ANS – 1‐anilino‐8‐naphthalene sulfonate  Arg ‐ Arginine  CD – Circular Dichroism  CEL – Nε‐(carboxyethyl)lysine  Cys – Cysteine  DEAE – Diethylaminoethyl  DHAP – Dihydroxyacetone phosphate  DHB – 2,5‐Dihydroxibenzoic acid  DLB – Dementia with Lewy bodies  DNA – Deoxyribonucleic acid  EDTA – Ethylenediamine tetraacetic acid  ESI‐FTMS – Electrospray ionization – Fourier transformed mass spectrometry  fALS – Familial amyotrophic lateral sclerosis  FAP – Familial amyloid polyneuropathies  FTICR‐MS – Fourier‐transform ion cyclotron resonance mass spectrometry  GAP – Glyceraldehyde‐3‐phosphate  GdnHCl – Guanidinium hydrochloride  Gln – Glutamine  GLO1 – Yeast glyoxalase I gene  Glu – Glutamate  Gly ‐ Glycine  HPLC – High performance liquid chromatography  HSD – Hallervorden‐Spatz disease .                                                                                                                                                                                 xix   .

(20) Abbreviations                                                                                                                                                       Hsp – Heat shock protein  Ile – Isoleucine  IR – Infrared  IUP – Intrinsically unstructured protein  LB – Lewy bodies  Leu ‐ Leucine  Lys ‐ Lysine  MAGE – Methylglyoxal‐derived advanced glycation end‐products  MALDI‐TOF‐MS – Matrix‐assisted laser‐desorption ionization–time‐of‐flight mass spectrometry)  MAPK – Mitogen‐activated protein kinase  MG–H – Hydroimidazolone  MODIC – Lysine‐arginine methylglyoxal‐derived cross‐link  MOLD – Methylglyoxal‐lysine dimmers  MSA – Multiple system atrophy  NAC – non‐Aβ component of Alzheimer’s disease  NACP – non‐Aβ component of Alzheimer’s disease precursor  NAD – Nicotinamide adenine dinucleotide (oxidized)  NADPH – Nicotinamide adenine dinucleotide phosphate (reduced)  NMR – Nuclear magnetic resonance  NRMSD – Normalized root mean square deviation  NSF – N‐ethylmaleimide‐sensitive factor  PAGE – Polyacrilamide gel electrophoresis  PD – Parkinson’s disease  PDB – Protein Data Bank  PGPH – Peptidyl glutamyl peptide hydrolase  Phe – Phenylalanine  PMSF – Phenylmethylsulfonyl fluoride  Pro – Proline  PTM – Post‐translational modification  PVDF – Polyvinylidene difluoride  RAGE – Advanced glycation end‐products receptor  RNA – Ribonucleic acid .                                                                                                                                                                                 xx   .

Referências

Documentos relacionados

2010 JJA Mean SKT Diurnal Cycle (°C) in the Évora-centred domain: satellite-lst (red), control (green) and revised (yellow) simulations, and the 100 perturbations with the

The domain structure, clustering analysis and a three dimensional model of LaPABP, basically obtained by homology modeling on the structure of the human poly-A binding protein,

Desta forma, confirma-se a hipótese 2 que refere que a tendência de estimativa relativa à altura máxima de salto de uma plataforma para o solo não é influenciada pelo

Most of these studies has involved comparisons of DNA and protein sequences among colicin, immunity, and lysis genes, and encoded proteins to infer evolutionary relationship

Changes in soil structure that are induced by both NT and CT cultivation practices generate significant differences in aggregation, bulk density, and pore discontinuity and

iii RESUMO Constantes mudanças dos meios de comunicação e como eles articulam diferentes modos semióticos na construção de significados demandam dos sujeitos contemporâneos

A partir do que Georges Perec (1936-1982) chamou de infraordinário; e do que Marcel Duchamp (1887-1968) chamou de inframince, em uma concepção com o fotográfico, teríamos algo como

(1) to compare effects of TCM-based acupoint selection versus effects of points out of the known conduit system; (2) to compare needling with laser acupuncture so as to