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Pyrexias

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Academic year: 2021

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(1)f IH -1. P Y. tt. E. X. I. A S. DE 60NCUBSO. DR.. MANUEL JOAQUIM SARAIVA.

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(5) PYREXÍÀS. DE CONCURSO A. CADEIRA DE PATHOLOGIA GERAL DA. \y. PELO. DR.. MANUEL JOAQUIM SARAIVA. ox-intorno do Hospital da Caridade, Oppositor da Secção de Scicncias Medicas, Primeiro Cirurgião <V Armada, Cavalleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, Cavalleiro c Oíflcial da Imporia! Ordem da Rosa, Cavalleiro da Ordem de Christo,. condecorado. com a medalha da batalha naval de Riachuelo, com a medalha da passagem de Humaitá,. com a medalha dos Argentinos « Aos Vencedores de Corrientes », com a medalha da campanha do Paraguay, a qual inscreve-lhe quatro. annos. de. guerra. BAHIA IMPRENSA 22. —. Rua. dos. ECONÓMICA Alglbebes. 1874. — 22.

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(7) ,. FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA DIRECTOR O Exm.. Conselheiro Dr.. BR.. ANTONIO JANUÁRIO DK FARIA. VICE-DIRECTOR O. Exm.. Sn.. CONSKliHBmo. Dit.. VICENTE FERREIRA DE MAGALHÃES. LENTES PROPRIETÁRIOS Os Illms. _,. 1". Srs. Drs,. .. Anno. „. ,,. , Cous. Vicente Ferreira de Magalhães ,. '. | .. j. Francisco Rodrigues da Silva Barão do Itapoan. Physica em geral, e partlculannente ; m 8uag applíoaooeg & me dicina. Chimica e mineralogia. (. Anatomia 2o. desoriptiva,. Anno. Antonio dc Cerqueira Pinto Jeronymo Sodré Pereira Antonio Mariano do Bomflm Barão do Itapoan. Chimica orgânica. Phypiologia.. Botânica c Zoologia. Repetição de Anatomia descrlptira. 3o. Anno. Cona. Elias José Pedroza. Anatomia geral. Jeronymo Sodró Pereira. Pathologla geral. Continuação do Physiologia. 4o. Domingos Carlos da. Anno Pathologla externa. Pathologla Interna.. Silva. Demétrio Cyrlaco Tourinho. Con, Mathias Moreira Sampaio |. 5o. Demétrio Cyriaco Tourinho ,. ,. ._. ,. .. .. ~. ^'mS^rSS^^. Anno. ,. Luiz Alvares dos Santos _. c Pathologica,. ... ). José Antonio de Freitas. Continuação do Pathologla interna. Matéria medica c therapeutica. Anatomia topographica, Medicina * opuratoria £ ppai clll0S .. ]. 6o. Rozendo Aprígio Pereira Guimarães. Cous. Salustiano Ferreira Souto Domingos Rodrigues Seixas. .. Anno Pharmacia. Medicina legal. Hygieno, e Historia da Medicina.. .. Clinica externa, do 3 o e 4 o anno. Clinica interna, do 5 o e 6 o anno.. José Affonso Paraizo de Moura Cons. Antonio Januário do Faria. OPPOSITORES Ignacio José da Cunha Pedro Ribeiro d' Araujo José Ignacio de Barros Pimentel VirgilioClimaco Damazio José Alves de Mello. \. / ). Seoçilo Accessoria.. \ /. Augusto Gonçalves Martins Antonio Pacifico Pereira Alexandre Alfonso de Carvalho José Pedro de Souza Braga Claudemiro Augusto de Moraes Caldas. Ramiro Alfonso Monteiro. Egas Muniz d' Aragão Manuel Joaquim Saraiva José Luiz de Almeida Couto. I >. Secção cirúrgica.. \ / \. j >. Secção Medica.. \ /. SECRETARIO O. A. Dr.. O. Sr. Dr.. OFFICIAL DA SECRETARIA THOMAZ D'AQUINO GASPAR. Faculdade não appiova. apresentadas.. CINCINNATO PINTO DA SILVA. Sk.. nem. reprova as opimOes emittidas na3 theses que lhe são.

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(9) %. CONCURRENTES os illms. sns.. .. RAMIRO DU.. AFFONSO. EGAS MUXIZ. MONTEIRO. D' ARAGÃO. E O AITTHOR.

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(11) I. PY REXIAS.

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(13) utrorà o. raciocínio sobre as sensações e pa-. lavras vagas vedava aos médicos o conhe-. cimento das relações mutuas das sciencias, conhecimento. bem. necessário para conduzir a generali-. sações da mais alta importância. em. relação á ac-. ção vital nas suas modalidades.. Mas o. espirito positivo. da actualidade medica. com. subjuga a. fé. feito, hoje,. a philosophia medica repelle o ideal pelo. á demonstração. scientifica. ;. ef-. actual.. Por mais seductora que possa se, se. na. historia real. ser. da natureza. uma hypothe-. um. só pheno-.

(14) meno a. cila se. dppõé, a hypothese. é,. de direito e. expressamente, abandonada.. Para certos rima dor ptíveis. O. ;. abandono pode ser. esiiritos este. todavia. quem. é. fiel. ás verdades susce-. de demonstração aceita esta âòt.. organismo animal, preso por laços íntimos ao. exterior,. é o laboratório onde a matéria,. circulação geral, attinge •de organisação.. ;i. em. sua. sua gerarcliia superior. Realmente é ò seu destino. ser al-. ternativamente morta e viva. «. ma. E. so a matéria reveste a cada instante afór-. viva, fazendo a" cada. momento do animal um. animal novo, o estudo da origem e fim dos materiaes,. de continuo renovados, não poderiam ser. -questões estranhas •. Quem. sc-iencia. d* vida » (Beciard).. desconheço na actualidade que a pb3rsÍQ-.

(15) m. logia normal e a physiologia pathologica não. tem. outro metíiodo senão a chiniica, e esta outro senão. a prrysica? Importa, pois, ao medico aceitar os problemas. do estudo das sciencias fandamentaes, o. a solução. sollicitar. d'clles.. Importa que, antes de cqnsignar-sc qualquer ponto de limite traçado na sciencia biológica, se determine sua gia geral. :. sentido de. signiiicaçilo. tomamos aqui. no domínio da physiolo-. esta ultima expressão. no. sua ctyniologxa grega — natureza. 1. Seria, portanto,. a propósito acabar com o. vita-. lismo de convenção, phantasmaqiie não correspon-. de. nem. uma. a. uma. doutrina. nem a uma. victoria fácil aquella. o principio. vital,. bypotbese.. &. que se adquire negando. ou outro ser de creacão imagina-.

(16) ;. ria. em. busca de domicilio, fluctuando extrínseco. acima ou abaixo da matéria.. A. physiologia experimental prova peremptoria-. mente que não. existe propriedades vitaes extrínse-. cas independentes da matéria organisada.. Toda propriedade, sendo inherente á matéria organisada e não podendo. existir,. concebida pelo espirito íóra. d'ella,. nem mesmo. ser. o conhecimento. da matéria organisada implica o conhecimento de suas propriedades.. Toda a. força é de sua natureza indestructivel. daqui é manifesto que nada se crêa na natureza,. nada se destroe.. A. sciencia renunciou. aniquilação. das. conceber o começo e a. propriedades. ou affecções das. quaes a matéria não pôde ser despojada..

(17) V t. A. força não pôde surgir do. nada nem. se perder.. Ella não actua, não opera senão quando passa. quer. um. em. parte, quer. em totalidade d'um. outro, apparecendo neste ultimo. corpo para. na medida,. segundo a qual desappareceu do primeiro.. Lancemos a. vista para a importância dos factos. que precedem e nos será permittido lembrar então. uma lei. das. leis. mais importantes da natureza. da permanência das. forças,. uma. —a. das maiores. questões da sciencia hodierna.. Esta. lei. tem. sido o ponto de partida de muitos. phenomenos de que o organismo. E. é o theatro.. fallando deste principio que imprimiu a mar-. cha do movimento luminoso na sciencia do orga-. nismo que o sábio presidente da academia de Vienna, de Braimgartner, dizia. em. plena sessão, « este.

(18) rr. na sciencia uma acção. principio exercerá. regeneradora. O. ;. suas perspectivas são immensas. principio que. absoluto. ,. forte e. vejamos. ».. acabamos de resumir, sendo. como. se applica á. matéria. viva.. Physiologieamente, materiaes a estado de tensão, e preparados pelo movimento cliimico, são cons-. tantemente introduzidos na economia pela nutrição e pelo ar.. A. quantidade do força activa ou latente. que entra assim, deve exactamente contrabalançar a quantidade que sae, fazendo-se a deducção da porção que resta latente nas substaucias chmiicas, ou. que torna-se activa na. caloririciição. do próprio. corpo.. Esses. movimentos se effeeluam por grandes. mascas-; trabalho mechauíco. ;. por pequenas massas.

(19) Vil. ou a estado molecular. :. calor, electricidade,. nu-. trição.. A. força latente da nutrição se. mede. pela quan-. tidade de calor latente que contém a nutrição.. O. equivalente mecânico do calor sendo conhe-. cido, se. pôde calcular assim a proporção do traba-. lho que cada substancia alimentar pôde produzir.. O gem. movimento, qualquer que obrigada. um movimento. seja,. tem por. ori-. equivalente que o. tem precedido. É,. pois, saliente a relação. mutua das. sciencias,. relação que conduz ao infinito generalisações do. mais subido valor: a demonstração de Grove, entrevista simultaneamente por. uma. das notabilida-. des medicas entre nós, não tardou a estender-se ás forças vitaes ou âs leis. que presidem ao desenvol-.

(20) VIII. vimento, a nutrição, a contractilidade bilidade.. e. a excita-. Prendeu-se desta arte o animal á cadeia. do universo.. O. conflicto, velho. quanto o mundo, entre a me-. cânica e a vida, sujeita-se agora a outra ordem de idéas.. Sendo dado o movimento, tão complexo quanto se o possa imaginar, resta investigar o seu motor. :. a physiologia aqui contrafaz-se ante o horror do mysticismo, declara a indagação quasi perigosa, voltando-lhe prudentemente os olhos.. Mas, ninguém se desprende facilmente de similhantes problemas, quando é obrigado a estabelecel-os.. Ou cem. o ser vivo tem propriedades que não perten-. aos aggregados materiaes. (. aos quaes nós re-.

(21) IX. cusamos abertamente o nome de organismos que por mais. forte razão. ),. e. não pertencem ás molé-. ou a distincção entre o orgânico. culas separadas,. e o não orgânico é desprovida de sentido.. É. nesta ordem de idéas que affirmamos e sus-. tentámos a existência da Ella não ó. Sem. uma. irritabilidade.. força independente da matéria.. a idéa da irritabilidade não ha medicina. pratica possivel. :. estaríamos fora do estado de en-. tendermos a acção dos medicamentos, Wirchow. proclamando esta propriedade orgânica não mais do que consagrar se. uma. destas verdades, que. pode chamar de senso commum, tanto. capam á contradicção. :. deu. fez. um. ellas es-. logar á demonstra-. ção da íuncção.. Custa tanto ao entendimento admittir a. irrita-.

(22) X. bilidade,. como a. contractilidade. uma, abandona o melhor do seu. ;. quem. acceita. para negar. direito. a outra. Offerece-se a occasião de generalisarmos estes princípios. (alguns. dos quaes. são. axiomáticos. presentemente) até a pathologia.. Tomemos, por exemplo,. a febre, esse alvo de. tantas concepções doutrinarias e de todos os syste-. mas na medicina. e conforme as predilecções da. sciencia actual.. Este processo liga-se ao augmento insólito do calor e constitue-se no organismo. uma. modali-. dade anormal da nutrição (accrescimo nas oxidações).. Estas duas forças. silo. em. relação directa. certa quantidade de calor, produzindo. uma. :. uma certa.

(23) XI. quantidade de nutrição, e vice-versa,. uma, nem outra pode. mas nem. ser creada do nada.. Cada uma tem por antecedente algum outro movimento mecânico, chimico ou do da irritabilidade). ,. vital. (no senti-. que exagera os movimentos. constantes e normaes que se fazem no estado são.. A. febre será. mento. ;. proporção ao excesso do movi-. continuará até que o movimento nutritivo. insólito se. aquelle. em. em. transforme excesso,. em. calor.. Não sendo mais. entra então na. medida do. que se chama saúde. Aquelles que crêem ter da matéria e da força. uma noção mais. profunda, condemnarão estas. vistas achando-as eivadas de materalismo.. Comtudo, consignaremos neste logar que o espiritualismo do nosso tempo, e de igual. modo. o.

(24) XII. materialismo, só differem porque o primeiro admit-. d'uma matéria. e o segundo nega a existência. te,. imponderável força,. ;. nenhum consente suppor-se uma. actuando sem matéria, como não consenti-. ria-nos acreditar nos. phantasmas impalpáveis.. Nestas linhas expendemos. em. largos traços o. testemunho das idéas que nos guiam nos estudos.. A. rapidez obrigada da composição autoriza por. vezes certo arrojo e incorrecção que se desculpa. em sem. todos os improvisos. o tempo de. cem, comtudo,. uma. um. Os trabalhos das. sufficiente. madurez,. real interesse. as tendências de cada. um. ;. theses offere-. acha-se nelles. e os signaes de cada. epocha.. Mas. é tempo de terminar esta introducção, que. teve por fim o desenvolvimento, ainda que succinto,.

(25) XIII. de algumas opiniões que abraçamos, e cujo valor. não é fora de propósito previamente. Somos,. pois,. precisar.. chegados ao assumpto que escolhe-. mos, como objecto deste trabalho, assumpto que,. além de. ter. muita cousa de especulativo, é. princi-. palmente notável pelo interesse pratico que desperta.. A. applicação do estudo. do movimento. nas suas manifestações próprias. febril. e sua natureza. intima aos caracteres geraes das differentes pyrexias, é. Nós mento. um. de. uma. necessidade real.. faremos, pois, preceder o estudo do movifebril. d'elles. ao das pyrexias, consagrando a cada. uma. parte distincta. em. nossa these..

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(27) ;. PRIMEIRA PARTE. ESTUDO ANALITYCO DA FEBRE febre to. é uni estado. da temperatura. os outros. :. mórbido complexo. é o. O augmen-. seu pheuomeno constante. a displicência, a cephalalgia, a diminuição. das secrecções, variam conforme a natureza da moléstia. productora da febre.. Todo mundo de accordo unanime admitte hoje que ha. uma. As. elevação de temperatura na febre.. apreciações exactas, por meio da exploração. d'uma. simplicidade elementar, forneceram para os interesse». da sciencia, provas que outro methodo. medica. um. PVK.. ;. o. em. vão se poderia inquirir de. thermometro. offerece. á investigação. meio de observação cuja solidez. é legitima. 1.

(28) Junto as noções de ordem ao estado. scientifica,. antigos tinham. febril, os. augmento da temperatura. ;. e, se. bem. relativamente. reconhecido o. durante certo tempo,. se ligou mediocre attenção a esse facto, para pôl-o. no. primeiro plano dos outros symptomas, é porque faltava. um. instrumento d'uma sensibilidade delicada, como o. thermometro aperfeiçoado de nossos. dias,. que tem con-. vencido a todos da constância do excesso de temperatura. em *. todas as moléstias febris. « Somente este excesso. basta para especificar e para definir a febre. ». A. observação methodica pelo thermometro, tornan-. do-se habitual, dissipou todas as duvidas que existiam a este respeito.. Por toda parte a temperatura tem sido contrabalançada nas moléstias, e os resultados precisos tem sido o. phenomeno. O em. constante.. numero. e a. conformidade das observações pozeram. evidencia leis thermometricas de. Não. um. grande valor.. só a elevação da temperatura é constante,. como. ainda o gráo d'essa elevação pôde servir de medida á intensidade da febre; a extineção desse augmento insólito é pararello á extineção do processo febril. ;. a volta á. temperatura normal coincide com a convalescença.. Por outro. chegou a ver que da combustão exa-. lado, se. gerada traduzida pelo calor anormal, decorre a serie de accidentes diversos. ;. d'aqui. provem o perigo das febres.

(29) :. intensas, pois que nossos órgãos não. podem supportar. essas altas temperaturas.. Em uma. palavra, toda questão da febre, a despeito. das lacunas que a acercam, gira ao redor da questão da temperatura.. Esta anomalia primordial é. um. facto tão capital. que. por ella se define a febre.. A. febre é o. augmento. insólito e durável. da tempera-. tura. « Tal é, diz o Dr. Jaccoud, a restricta justeza desta. definição que ella pôde ser invertida. sem nada perder de. sua exatidão, e ser expressa debaixo desta outra fórma todo individuo, cuja temperatura soífre durável,. tem febre.. um. accreseimo. ». Pouco preoccupa o desarranjo, que suppõe no organis-. mo uma elevação da temperatura, a quem, no estudo desphenomeno, não pretende. te. vista restricto,. como tem. se collocar. feito. em um ponto de. a maior parte dos autores,. nas varias tentativas para explicar a essência da febre.. Pôr a questão. :. sobre que base repousa a elevação. thermometrica da temperatura ? diverge muito desfoutra. :. qual é a causa essencial da febre. ?. Ora, como diz o Dr. Jaccoud, « seria contra a lógica assentar cido te,. ;. uma. definição sobre. um. esta desordem primitiva não cahiria, provavelmen-. debaixo da observação directa. O. phenomeno desconhe-. ».. que a experiência demonstra é que a elevação da.

(30) temperatura, aliás susceptível de medidas precisas, ê. um. ponto de apoio muito mais seguro para julgarmos da. marcha geral d'uma moléstia, que qualquer outro phenomeno, ou mesmo que o ajuntamento dos symptomas. bem que. febris.. Se. pírico,. comtudo. menor para. Em viria. nos escape a traducção do facto em-. elle. não constitue-se com legitimidade. dissipar delicados escrúpulos.. resumo, a explicação theorica da causa da febre. a se partir contra o impossível.. Cumpre, no estudo analytico da vista desordens. da. febre, passar. calorificação, desordens. em. re-. da nutrição,. desordens da circulação, desordens da enervação.. CALORIFICAÇÃO. É. impossível não reconhecer-se presentemente que a. producção do calor animal é o resultado de oxidações lentas que se. O. executam no organismo.. sangue, o fóco do calor, atêa o calor por toda a. parte onde penetra, mediante seus glóbulos, os agentes. moveis da respiração peripherica.. Houve um tempo em que ram ao lor. ;. attrito o. os iatro-mecanicos attribui-. desenvolvimento d'uma parte deste ca-. não é necessário hoje refutar longamente simi-. Ihantes theorias..

(31) Lembraremos, apenas, que. elles. partiam de dado». inexactos.. É. verdade que o attríto do sangue nas artérias desen-. volve o calor. ;. mas dispensa. trabalho útil. velocidade do sangue. Ora, esta. tem. mesma. :. reduz a. ligeireza não. sido obtida senão graças ao calor transformado. calórico. não. é, pois,. ;. o. produzido, é simplesmente resti.. tuido.. Quaes são os limites da temperatura normal do ho-. mem ?. Póde-se dizer d'uma maneira geral que os limi-. tes entre os quaes são. comprehendidas as temperaturas. da axilla no homem, no estado de saúde, são 36° a 38° centígrados.. Diversos observadores têm procurado estabelecer fras. mais precisas. media da. chegaram, quanto a temperatura. axilla, aos resultados seguintes. 37°,8. As. e. ci-. :. segundo Bperensprung. 36°,9. ». Froelich. 36°,9. >. Lichtenfels. 3 7 o,. ». Wunderlich. 37°,2. ». Dr. Jaccoud. oscillações no estado de saúde variam entre. 36°,25 e 37° 3 9. (Wunderlich). 36° 3 » 37° } 9 ;. (Billroth). 35°,9 » 37°.5. (Damrosch). 36°,7 3 37°,5. (Baarensprung). :.

(32) —6— Nem a idade, nem. o sexo. produzem uma notável. dif-. ferença na temperatura do corpo humano.. A. influencia das raças é ineffectiva.. Ohoniem tem o poder de accommodar-se aos altos climas. e. ás estações. :. isto. prova a independência da sua. temperatura das mudanças externas. cício. imprimem modificações. E, pois, o. homem. possue. O somno. e o exer-. temporárias.. uma. temperatura fixa no. seu estado de saúde, quaesquer que sejam as condições externas, debaixo de todas as influencias,. com. tanto que. não lhe promovam doenças. Ora, se isto succede no estado de saúde, observamos,. por outro lado, oscillações marcadas da temperatura no. homem. doente. em. :. outros termos,. vemos o. calor. do. individuo soffrer notáveis desvios, que tornam-se mais. ou menos duráveis.. A temperatura geral do corpo, tal qual tal. observamol-a,. qual é indicada pelo thermometro nas partes super-. ficiaes, é. o producto de dous factores,. outro negativo. :. um. positivo e. o factor positivo é o ajuntamento de. processos chimicos, oxidações, trocas nutritivas; o factor. negativo realisa-se na dispersão do calórico (refrigeração por differentes apparelhos) e no acto da transfor-. mação do. calor. em movimento. :. seria. a propósito lem-. brar os processos de solidificação no acto nutritivo,. consignara Bichat,. como.

(33) Quando dissemos,. neste ultimo periodo. ratura tal qual é indicada pelo thermometro superficiaes, etc. »,. a tempe-. «. :. ?ias. evitamos intencionalmente. infringido contra a physiologia. animaes a sangue quente pode. :. com. ser,. effeito,. partes. um. erro. o corpo dos. debaixo do ponto de. em. vista da distribuirão do calor, dividido. tres zonas. concêntricas.. A zona externa apresenta a temperatura a mais baixa, submettida que é directamente á perda de calórico. Eona interna, ao contrario, forma. uma. estas. uma. duas zonas reina. outra,. a. sorte de núcleo. máximo. central onde a temperatura attinge seu. ;. ;. entre. estabelecendo a. transição entre o calor central e o periplierico.. A. espessura da zona intermediaria varia. cillações do. ambiente. e o. ção dos vasos cutâneos. manece. um. invariável.. O. ;. com. as os-. gráo de distensão ou constric-. mas a temperatura. central per-. que resulta d'ahi? Resulta que. thermometro collocado na zona intermediaria pôde. registrar variações, oscillando,. na verdade,. em. estreitos. limites quando, entretanto, a temperatura geral do ani-. mal não. A. varia.. temperatura. dura\iel. febril, constituida. por. um. acima do máximo physiologico. accrescimo. — 38°. e 38°,5. pôde ser determinada por muitas condições, se exercendo de harmonia ou não.. E. reflectindo-se na cooperação simultânea de muitas.

(34) —8— causas, que se pôde acreditar, que rentes, caso,. ou. uma. em. dous casos. dous períodos diversos de. uma mesma. só e. mórbida possa. em. diffe-. um mesmo. elevação da temperatura. ter diversa interpretação,. como. distincta-. mente formulou Wmiderlich. Este estudo é. um. dos padrões de gloria da physio-. pathologia moderna. Elie tem projectado muita luz sobre a linguagem dos factos nas febres intensas graves.. A uma. elevação da temperatura pôde ser o resultado de « stase. thermica. d'ahi o calórico se. ». :. a perda do calórico é menor, e. accumula no corpo. e. a temperatura. do sangue se eleva.. Traube teve o grande mérito de bre a possibilidade d'uma. mudança das condições que. presidem á perda do calórico. stase.. representa aqui. um. fixar a attenção so-. O. calor proveniente da. papel accessorio.. Entretanto muita gente é do parecer de considerar o. pkenomeno da temperatura constante dependente da contracção dos vasos cutâneos, de tal sorte que, debaixo. da influencia do netra. da. frio, as artérias,. menos sangue durante. pelle,. e que,. sendo contrahidas, pe-. um tempo. dado, no interior. por conseguinte, o corpo cede menos. calor ao ar ambiente do. que nas condições oppostas. o*. vasos sendo dilatados pelo calor.. Ora, é evidente que ee. uma. neos continuasse durante. um. contracção de vasos cutâcerto tempo, o. meio am-.

(35) —o— biente, achando-se. cumulo de. com uma temperatura. calórico,. elevada, o ac-. se deveria produzir. que neste caso. no interior do organismo, ultrapassaria a medida nor-. mal. reciprocamente. :. fizesse. se. uma. dilatação de vasos se. no meio d'uma temperatura. livelmente. A. :. um. fria,. resultaria infal-. resfriamento da massa total do sangue.. elevação geral da temperatura pôde ser o resulta-. do de mnfòeo. local de hgpergenese thermica.. Ora, na ordem. chronologica dos accidentes, nas moléstias. rompe. vemos que em. certo. desordem. :. que pro-. local. grupo de casos a febre precede á. bastaria isto para enfraquecer a hypo-. O. rhese da hyperfhermogenese.. origem. em. mantem-se a elevação geral da temperatura, nós. e. crescimento do calor de. local representará, puis,. um. papel. também. ac-. cessorio.. Produzem-se no sangue, fora de toda participação dos nervos,. transformações chimkas, dando togar a sua combustão. exagerada d'este. O. :. parece verosímil que as cousas se passam. modo em. certas febres.. calor febril ainda. pôde ser o resultado d'uraa. composição orgânica rápida. Este calói será. muito excepcional. pecificados: está na. mesma. ;. modo. dá-se. rfe-. de producção do. em. casos raros es-. cathegoria dos outros. ;. é se-. cundário e aocídental. Misturam-se no sangue corpos que fornecem. e. entretém. transformações chimicas, dando togar a combustões eragêraJ'VH.. 2.

(36) — das.. Não. bem. é. simples admittir-se que os líquidos pú-. sem intervenção do systema nervoso,. tridos injectados,. devam augmentar no sangue. A. —. 10. e entreter. os processos. da oxidação. ?. actividade mórbida do centro medular. em. pôde. certos. casos cooperar para elevar o calor pyretico.. Todas estas diversas influencias podem associar-se, e complicar-se, de. modo que não possamos. apreciar a. resultante final.. Em. resumo, a producção anormal do calórico, que é. ligada á exageração das combustões nutritivas, é o ele-. mento gerador. mento. A. capital. da temperatura. febril. ;. é o ele-. constante.. ascenção, quer brusca, quer progressiva, do nivel. do thermometro, sua elevação complicada, quer de. re-. missões, quer de intervallos, variam segundo as moléstias.. Em. cada. uma. esta. marcha. faz-se. segundo. um. typo. dado, do qual pouco se affasta, e isto nos conduz a ser-. virmo-nos de curvas da temperatura. :. dá representação. graphica de todos estes elemertos, para auxiliar a distincçâo d'ellas.. Este simples facto bastaria para justificar. dade de risar. uma. uma. a esterili-. só observação tlierm'ometrica para caracte-. evolução febril no seu ajuntamento.. Estabeleçamos,. pois, clinicamente. que ocyclother-.

(37) — mometrico. 11. um período de invasão,. offerece. uni período de estádio,. to, tes,. —. um. de augmen-. periodo terminal.. An-. porém, de tratarmos deste assumpto, deixaremos. impressas algumas direcções concernentes á pratica applicação do thermometro.. Clinicamente o calor só pode ser medido. mometro a. com. o ther-. álcool ou a mercúrio.. Os instrumentos mais grapho de Marey,. precisos, taes quaes o. thermo-. e os diversos apparelhos thermo-ele-. ctricos, são. d"uma grande. scientificas,. mas devem. utilidade. em certas indagações. ser regeitados. d'uma maneira. absoluta á cabeceira do doente.. Niederkorn fez. a máxima. e. uma. applicação util do thermometro. a mínima nestes últimos tempos, e Bobre a. qual não insistiremos.. A. exploração pôde ser feita na axilla e no recto.. Em se da. clinica, logo. que. se falia. temperatura tomada na. É com. effeito o. da temperatura, trata-. axilla.. commodo. lugar de applicação o mais. e o mais seguro. Entretanto,. em. certos casos, se intro-. duz o thermometro na vagina, ou no. recto.. Importa, pois, saber que entre essa temperatura pro-. funda e a da axilla a differença é notável.. Segundo Wunderlich, let diz. a. seria de 0°,1. a 0°,4. que esta differença attinge 0°,8 a. 1°,6, e. ;. maa. 1°,4 e. Bil-. mesmo. que o thermometro marcando 37° na axilla deve.

(38) —. 12. —. subir perto de 38° e 30°,2 no recto. Portanto é de cerca. um. de. gráo.. O thermometro do. mesmo Quanto. ao. mesmo. deverá sempre se collocar na axilla. lado. for possível, o. mesmo thermometro. servirá. doente.. A applicação do. thermometro deverá durar ao menos. dez minutos.. A. temperatura toma-se duas vezes por. dia, e o. mais. que fôr possível nas mesmas condições.. As. cifras obtidas são transportadas. ção sobre. um. em. cada observa-. papel methodicamente dividido, afim de. organisar o traço graphico.. Uma. descripção desse traço seria deslocada. neste. trabalho.. Continuemos, pois, com o estudo dos períodos do cyclo thermometrico.. Augmento — Estádio inicial. pirogenetico ou período. — Este primeiro período é d'uma duração variá-. vel; elle precede toda sensação subjectiva. :. Hirtz, por. observações próprias, allega que esta antecipação do calor ao calefrio. Ha um. pôde ser d'uma hora.. completo antagonismo então entre a tempe-. ratura interna e externa. A' medida que a temperatura interna sóbe, diz este celebre escriptor, o thermornetro.

(39) — desce á superfície. uma. e outra. —. medida que. á. ;. íâ. o calefrio. diminue,. temperatura tendem ao equilíbrio.. Concebe-se que este período possa subtrahir-se á observação. :. ou porque os doentes são vistos muito tarde,. ou porque o typo possa cando. um. se obscurecer,. a moléstia ata-. individuo muito febricitante.. Este período termina com o apparecimento das localisações mórbidas. ;. ou, para fallar de. um modo. mais. absoluto, quando a temperatura aftinge o gráo mais alto. no curso. duma. febre.. Este primeiro período pode ser curto, de duas a tres horas, e a invasão é brusca (fig.. temperatura tem. modo. uma. :. é o. modo de. typho exanthematico. O. ;. outras. vezes a. ascenção gradual. Este ultimo. de invasão é ainda agudo,. brusco. I). mas não. é rápido. nem. invasão da febre typhoidea e do. *. .. primeiro typo é interrompido por pequenas remis-. que variam. sões. meio.. Ao. de algumas horas a. contrario, o. um. dia,. e dia e. segundo typo conduz ao máximo. por oscillações vespertinas. e. matinaes, cuja reunião per-. corre de tres a seis dias.. É. o que o Dr. Jaccoud denomina de avgmmto a. ções ascendentes (fig. II).. *. oscilla-. A ascensão é ás vezes lenta e ir-. Oa traços .graphlcoa sobre a marcha da temperatura pan do Tract. de. Path. Int. do Dr. Jaccoud. cencia «ao do Kov. Dic,. t.. Os traços grapliícos sobre os VI.. t.vpoa. da Ueíerve?-.

(40) — regular, constituindo netico. 14. —. um terceiro. typodoestadio pyroge-. dá-se isto nas moléstias a eyclo. ;. taes quaes o. rheumatismo. a pericardite. (iig. 111).. Fastígio. — Período. ma. 1. definido,. articular agudo, a pleurisia,. de estádio. — Este. período,. que é possível observar-se completamente, tanto na nica nosocomial,. como na. hospitalar,. tervallo que decorre entre o. tinge seu. máximo. comprehende. momento em que. e a primeira descida. com uma intensidade que. a natureza da moléstia. tinuidade absoluta. ha febre continua são. ;. :. Não. D'uma. diversifica. se trata aqui. ;. conforme. d'uma con-. exacerbações vespertinas e matinaes. hora, e. durando. menos ainda nas. um. de certas. febres de acces-. na pneumonia, escarlatina. a dous septenarios na febre ty-. phoidea e o rheumatismo agudo. (fig.. V), este período. excepcionalmente excede nestas duas moléstias de 39°. a 40°. Esta cifra é. um pouco mais. elevada na pneumonia,. ao passo que na erysipela, typho, escarlatina ultrapassa 31°.. Jamais o calor mantem-se, altura,. dissemos. ;. :. no sentido da thermometria, não. so (fig. IV), de alguns dias. e typho. o calor at-. durante este. um phenomeno constante, mesmo no auge. febres.. o in-. do thermometro. em outros termos, a temperatura permanece período, e. cli-. isto é tanto. em. rigor,. na mesma. mais verídico, quando.

(41)

(42)

(43) ». succede que é n^sse período que se produzem as manifestações pneumonicas, miliares e erysipelatosas.. No. fim d' um tempo variável opera-se. lução na temperatura, segundo o typo tecer. que a febre. fatal. terminação;. matinaes, ou. se aggrave, é o caso. em que. em que. e então. alto. ascenção, isto. do 40° a 41° e alem. o calor pôde fazer. eede que a terminação tenda. remissões naturaes. (fio-.. o fastígio. uma. VI). ser favorável, e. a. ;. mas. :. m. ultra. ou suc-. assim as. augmentam (temporariamente no. começo) muitas vezes até a remisssão definittva. diz Hirtz. uma. faltam as remissões. mantém muito é.. evo-. ou pode acon-. eneaminhando-se a. são fracas, e. ;. uma nova. «Ora a exacerbação. volta,. Como. muitas vezes viva,. transitória; ora a remissão é precedida d' uma ele-. vação. preoriticu. que sua brevidade impedirá confundil-a. com uma aggravação.. A. ultra-. asemção é. ludio da agonia. ;. um. sigual fatal, quasi. entretanto. sempre pre-. nem sempre, porque não. sendo este signa! absoluto, ha mais o que attender-se, ella. deve ser julgada pelos outros elementos de diagnos-. tico,. como pelos seus. próprios elementos.. A> hemorrhagias, perforações. podem tado. substituir o grande calor d'este período pelo es-. syncopal. doente.. intestinaes, gangrenas,. com. algidez real. no qual suecumbe o.

(44) — Terminação — fervescencia. —É. 16. —. Período descendente ou. estabelecido que ha. uma. de-. certa rela-. ção de proporcionalidade entre a duração do primeiro a. do ultimo período;. uma. nariamente a versa. ora,. ',. da descida succede ordi-. a rapidez. ascenção igualmente rápida e á. máximo. d'uma hora, nós vemos, por outro. Na pneumonia,. sias. dá-se, as vezes,. a. mesma. o. stancia. ;. perioâo final differe elle é fatal. é. O cção,. e outras. phlegma-. ou favorável. é fatal. numa ou. :. noutra cireum-. — Ha duas formas, a brusca. o que os antigas. Pedimos permissão para. Ha. que a descida. A. segundo a natureza da moléstia.. vescencia brusca. gressão. realisa-se no fim. ou favorável.. Terminação favorável ou gradual,. :. desproporcionalidade.. terminação d'uma moléstia. assim,. vice-. alguns casos. lado,. durará muitas horas.. A. em. pôde deixar de ser assim. na febre intermittentê, se o. e. chamavam. intercallar aqui. uma. defer-. a crise.. breve di-. :. crises?. que. é crise?. A. despeito da authoridade da tradi-. devemos primeiramente pôr esta questão.. Estudos ])resentes apoiam esta verdade fundamental, a saber, a existência das crises. Considere-se a moléstia vivo contra. a. como uma. luta. do organismo. influencia (ruma, matéria morbifica,. con-.

(45) como uma suecessão de phenomenos rompen-. sidere-se. do o equilíbrio physiologiGOj cuja estabilidade produz a saúde, ha uni facto que fica .saliente na sceusâ pathologiea. —. é o. ,. da cessação da. aquella da volta ao. luta,. estado normal.. Renunciando tomar em consideração a. ideia abstracta. da matéria morbifica que corresponde antes a. hypothese que a. uma. realidade, recusando seguir. ganismo doente as aventuras cante,. é. e peripécias de. tosca. no. humor. or-. pec-. mister acceitar o que ha e proclamar que a. moléstia é constituída por. começo,. uma. um. uma. desenvolvimento. serie. nm. e. Este facto recommenda-se a. si. de actos tendo. um. fim.. próprio pela obser-. vação.. A divisão d'uma moléstia em períodos distinctos, ligados uns aos outros por laços necessários e fataes, é. uma. necessidade do ensino fundada sobre a interpretação rigorosa dos factos funccional, quer. ;. com. uma. eífeito,. lesão,. não. é. quer. menos. perturbação, que esta desordem tem as. uma. perturbação. certo que esta. leis ás. quaes resta. mais das vezes subordinada,. Porque o medico não nho,. sem previsão. e. leis. como. um. simples testemu-. sem esperança ante o que. debaixo dos seus olhos. que ha. fica. ?. se passa. Porque a experiência lhe ensina. physiologicas e pathologicas. ?. Que fazemos.

(46) — em. —. 18. todas as nossas observações, senão iprocnrar o espi-. rito. das. leis. da economia humana. Não ha prova mais. ?. clara da realidade da evolução. coordenada da moléstia, que a existência incontestada. do cyelo thermometrico.. Cada período tem seu valor próprio por tendências determinadas. e é caracterisado. o facto das crises é. ;. uma. destas tendências da economia viva e doente, facto con-. que tem tanto mais exercido a sagacidade dos. siderável,. médicos, quanto. elle toca. interessante da moléstia. Os. á historia da phase a mais. — a historia do regresso á saúde.. partidários da crise avultam. que a physica e a. harmonisando com a. clinica,. tem. á observação dos phenomcnos críticos. um. cliimica medicas, se oíferecido. é. :. rigor notável.. Quando. tbermometro. o. temperatura. febril. faz ver. em que momento. é trazida para a. normal. ;. a. quando o. sphygmographo demonstra a diminuição da frequência do pulso. e. acompanham. as modificações. essa frequência. mica permitte. verificar. de ;. tensão. vascular. que. quando a analyse. clii-. que os princípios constituintes. da urina, momentaneamente mudados na sua proporção relativa,. tornam pouco a pouco ao equilíbrio physiolo-. gico, se é authorisado a reconhecer. nos críticos, pois que. Que. é pois a crise?. elles. que ha phenomc-. julgam as moléstias.. A palavra. derivada do grego. si-.

(47) —. Em medicina, crise corresponde ao momen-. gnifica juizo.. to. em. trar. —. 19. que o organismo manifesta sua tendência a en-. no estado normal. Tal. é a accepção. mais geral da. palavra.. As. definições de todos os authores são. unanimes. em. reconhecer que a crise tem logar para a terminação das moléstias.. Era reservado â. sciencia dos nossos dias precisar os. dados do problema, e dizer. mente a. crise. «. A crise,. em. que consiste principal-. clinicamente demonstrada, não. physiologicamente senão. é outra consa. cia rápida, diz Hirtz. ». «. uma defervescen-. Os symptomas da. crise. pode-. rão ser tomados por equivalentes áquelles da defervescencia febril. ;. e realmente elles se. confundem com esta. ultima debaixo d'um grande numero de pontos o. mesmo. ,a crise. :. a reunião de actos que jul-. rapidamente a febre nas moléstias ayudas.. derá negar que a defervescencia seja tável. ;. e. ainda. author.. Definiremos, pois,. gam. »:. Não. se po-. um phenomeno no-. não se poderá desconhecer que constitue. grande mudança, que. influo. uma. sobre a terminação das. moléstias.. Em lencia,. resumo, se ha. não. é. um. acto final da febre por excel-. a defervescencia. ?.

(48) — Poremos termo a da. —. esta digressão. defervescencia brusca. Definindo a. 20. crise,. ou. assumindo o estude. critica.. fizemos presentir o papel immen-. so que representa a defervescencia na producção dos phe-. nomenos. críticos.. Este papel. preponderante. assignado. á queda da. temperatura se explica por este facto, a saber, que a doutrina moderna da febre apoiou-se sobre numerosas. observações thermometricas.. Este estudo permittra reconhecer nas oscillações do. movimento. sua significativa importância. febril. mittiu ainda descobrir. a relação d'ellas. com. ;. per-. a mani-. festação das crises.. A. defervescencia deve oceupar na reunião de todos os. phenomenos. críticos o. Que vemos. com. nós,. primeiro logar. effeito,. no momento da termi-. nação d'uma pyrexia? Quaes são os factos observados pelo thermometro. Nós vemos sem suor. :. I. o ,. notável,. cumstancias. em. ?. que a defervescencia pode existir. sem. fluxo. ;. 2. o ,. que. em. só,. certas cir-. que estes fluxos se produzem, são ge-. ralmente precedidos pela defervescencia. Logo, ã resolução d\ima pyrexia é subordinada á defervescencia.. OiuVora. se observava, sobretudo. no declinar das mo-. léstias, a. queda do pulso: a medida da temperatura não. podendo. ser apreciada senão d' uma. v. maneira superficial..

(49) — Hoje. se. concede. uma. —. 21. significação. ainda maior á. queda da temperatura.. A crise. se. annuncia quer pela diminuição da exacer-. bação vesperal,. quer pelo augmento da remissão da. manhã. Esta differença na modificação precriticà da temperatura deve necessariamente despertar novas observa-. modo. ções, afim de que seu. de ser receba. uma. solução. clara.. Na. defervescencia critica ha. um. abaixamento da tem-. peratura d^im gráo e meio (Hirtz); de dons a tres. grãos (Dr. Jaccoud).. Todo abaixamento mais. uma. inferior a. um. defervescencia critica,. grão e meio não. é. mas uma remissão, a. qual tem as mais das vezes Togar de manhã, a temperatura vesperal pre. uma. soffrendo. ao contrario quasi. sem-. exacerbação.. Por outro. lado, o desvio entre a exacerbação da tarde. e a remissão da. manhã pode. Se poderia, pois, crer. numa. se estender de. 1. a 3 grãos.. defervescencia real, quando. se trata apenas d' uma remissão. ;. não se deverá então. reconhecer a defervescencia senão na condição que o. thermometro. caia na cifra physiologica. ou abaixo da. normal, sendo a defervescencia essencialmente volta á. medida normal da temperatura.. uma.

(50) ;. Ainda não está definitivamente determinado o espaço de tempo, durante o qual deva permanecer o abaixa-. mento da temperatura que permitte. caracterisar o pe-. ríodo critico.. Hirtz quer que este espaço seja menor de vinte e quatro horas, o Dr. Jaccoud quer que seja de doze a trinta e seis horas.. Os typos da defervescencia são em numero de. Ha. tres *. defervescencia muito rápida (2 a 4 horas), que se. encontra na febre intermittente, na febre ephemera. Ha. :. ;. o typo rápido (24 a 48 horas) que se observa nas. infiammações francas, febres eruptivas, pyemia, e na febre puer peral. Ha. A. o typo a o&cillações descendentes (3 a 5 dias).. convalescença começa. passagem d'um ao outro. com. a extincção da crise.. insensivel que torna-se difficultoso, muita vez. por. um. modo. estado faz-se de ,. A tão. separal-a. traço.. Todavia a temperatura hyponormal, trinta e sete, e até trinta e seis, é o indicio da convalescença.. Mas seja dito que. a fixação da cifra normal da tempe-. ratura é o signal cabal. Em. d'uma convalescença completa.. quanto a temperatura. oscilla. abaixo da normal,. durante o curso da convalescença, pôde soffrer desvios. * Veja-se a representação defervescencia,. grapbica,. incluída ucstc trabalho,. relativa á.

(51) —. 23. —. debaixo das causas as mais ligeiras exforços physicos. commummente. bastam para elevar o gráo do. calor.. primeira alimentação produzir. mas. assim. é. que os. irregularidades de. e intellectuaes,. regimen, tornam-se. ;. circumstancias que. Não. uma. é raro vêr-se a. ascensão súbita,. passageira, no thermometro.. Se a ascensão puder ser legitimamente attribuida. á. qualquer das influencias fortuitas referidas, não deve causar apprehensões. um. ou dous. ;. tanto mais se é temporária (de. dias).. Terminação. — Typo. fatal. ascendente. —A. marcha da temperatara do periodo preaçomco,. tal. qual observamol-a por meio do thermometro, é deter-. minada em grande parte pela moléstia desenvolvimento e lesões. graves. :. essencial e seu. ha também numerosas complicações. ultimas inhereutes aos. ou mortaes,. das. quaes. temperatura d'este periodo.. processos mórbidos. também depende. Assim julga-se. a. perfeita-. mente do estado preajjonico por meio do thermometro. ;. importando,. comtudo, tomar. em. consideração. outros phenonienos que apresente o caso, phenomenos affectando a. marcha thermonietrica.. Este periodo, trica,. baseando-se na evolução thermome-. permitte que qualifiquemos seus typos. Typo ascendente. —. é o caso. cm que. se vê a. :. tempera-.

(52) —. —. 24. tura subir sempre até a manifestação da agonia (forma. ascendente do estado preagonico) é. ;. mas. esta ascensão. interrompida por pequenas remissões matinaes.. O. começo do período preagonico. pôde ser obscu-. recido conforme o caracter do período precedente este ultimo. :. se. houver sido progressivo, ou amphibolo,. obscurecerá o começo do outro.. É. a ascensão ultima do período. conduz a temperatura ás graves. em. cifras. questão que. de 41°,8, 42°,. 42°,5 e até a mais, 42°,8.. Em. em que. muitos casos. a columna thermometriea. attinge a estas enormes cifras, vezes, febril,. d'uma. indicando. cifra. e d'ahi cresce. tem. uma. com uma. partido,. muitas. temperatura pouco. elevação extremamente. rápida.. Quando. com. modo, com rápida ascensão, dissipa as duvidas. este. seu começo,. sobre. período. o. que. é,. preagonico. apresenta-se. como acabamos de. dizer,. obscurecido por certas circumstancias. Resulta,. muitas vezes, que a continuidade d'esta. ascensão é tal que seu traço é representado então por. uma. linha pouco afastada da vertical.. Esta marcha não. é. excepcional no período de agonia,. ao envez é apresentada por Wunderlich como normal.. Em. opposição a estes factos,. em. consequência de. accidcntes que não são inherentes á moléstia, nota-se a. ascensão na agonia qnebrar-se de súbito. e. cair. pro-.

(53) fundamente. ;. taes são os aceidentcs de que falíamos, a. hemorrhagia pulmonar, a. mesmo. no. A. intestinal,. ou. uma perfuração. órgão.. violência de qualquer d'elles pode proporcionar a. morte, e o doente morre no meio (Teste abaixamento rápido.. Logo que não telada,. é assim, se a terminação da vida é pro-. o thermometro. assume o gráo que marcava. antes da queda accidental.. O. Dr.. nico o. o. zes,. Jaccoud dá a esta forma do período ago-. nome. de typo ascendente quebrado. Muitas ve-. período. agonico. que especificam typos cendente. lhorar, tos. distinctos,. outros caracteres. taes são o typo des-. e o irregular.. Typo descendente. modo que. apresenta. se segue. :. — Esta. forma caracterisa-se do. nenhum symptoma. tende a me-. mas a temperatura segue. fatalmente, por mui-. uma. queda gradual até a. dias,. sua marcha por. morte.. No momento prévio á este se. passam. d'este. modo. :. ultimo resultado, as cousas. ou o doente morre no meio da. descida progressiva até o col lapso. ;. ou no meio d'uma. elevação, qiv: faz-se subitamente, tocando mais e. um. gráo. Uma. e. um. gráo,. meio, na colurnna thermometrica.. similhante evolução é frequente no typho abdo-. Pyr.. 4.

(54) ;. —. 26. minai e exanthematico, nos exanthemas agudos com. algumas complicações, na escarlatina sobretudo,. rara-. mente nas pneumonias.. Typo irregular. — Elie. é. bem. Com. caracterisado.. muitas vezes, enormes elevações que. al-. ternam com rapidez descommunal com descidas, se. re-. effeito, vê-se,. As. petindo no decorrer de vinte e quatro horas.. cousas. encaminham-se d'um modo crescente por dous a dias, dirigindo-se. a. uma terminação. fatal,. tres. que realisa-se. no momento d'uma queda da temperatura mais sensivel que as outras, ou. As. aífec-. fim do fastígio. nem. mesmo n'uma. elevação.. ções pyemicas offerecem este typo.. Estádio amphilobo. —O. sempre é distincto e limitado ciso, encadeia-se. a. Wunderlich sob o. um. ;. por vezes vago, inde-. estado particular designado por. titulo. de estádio amphibolo.. Mais ou menos apparente, o estádio amphibolo visto nos casos graves. O. com ou sem terminação. estádio amphibolo é todo irregular. tações thermometricas. sões de proporções. variáveis e. rencia. ?. dia.. suas manifes-. inconstantes. em. outros. com exacerbações sem razão de. quer horas do. fatal.. exhibem exacerbações e remis-. remissões dão-se pela manhã, ora depara-se. ;. é. ;. ora as. momentos. ser. em. quaes-. Qual é a cansa de toda esta incohe-. Esta causa é as vezes despojada de confusão. :.

(55) !. —. 27. —. as influencias therapeuticas e certos processos, tendo. na economia durante similhante estádio, dão a. logar. solução do motivo, que promove tal irregularidade.. O. estádio amphibolo desenha-se na febre typhoidea. grave, onde é mais intenso e duradouro. ;. manifesta-se. além disto nas pneumonias graves d'uma resolução. re-. tardada, no typho exanthematico, no rheumatismo articular é. agudo. e. na meningite epidemica. Se sua duração. de alguns dias, pode. também. ampliar-se até algumas. semanas.. O. desenvolvimento dos phenomenos capitães da ca-. lorificação offerecm. uma fonte fecunda. e inexgotavel de. ensino. Se o calor é. um agente. vida, o excesso torna-se. bre o organismo. uma. indispensável a actividade da. um. agente toxico, que tem so-. acção tanto mais funesta quanto. dura mais tempo e sempre. com a mesma. intensidade.. Ora, supponhamos que a febre seja violenta, que a. temperatura permaneça elevada de. manhã. sem remissão notável de manhã, que. e a tarde,. este estado. dure. muitos dias, veremos o doente gastar sua própria substancia e esgotar-se. ;. em uma. soffrerão a degeneração gordurosa. fígado, rins, serão atacados,. palavra, seus órgãos :. coração, músculos,. c o doente. meio de accidentes convulsivos, ou de fundo.. morrerá no. um coma. pro-.

(56) —. — Mas. o medico. 28. —. guiado pelos ensinos da observação. thermometrica, que interpreta estes factos, com os. mentos. de apreciação. exercer. um. por ella ministrados,. juizo solido. em. ele-. poderá. relação ao diagnostico, ao. prognostico e os resultados therapeuticos.. NUTRIÇÃO. Funeeões digestivas — A modifica de. uma maneira. febre. diminue ou. particular a energia physiolo-. gica dos órgãos da digestão.. Ante a experimentação. um. esta asserção. constituiu-se. problema até data bem recente (71a 74). ;. todavia. a clinica desde as eras primitivas da medicina consignou. como phenomenos. principaes observados do lado das. fr.ncções digestivas. augmento da. xia, o. As. no começo de toda. febre,. a anore-. sêde, náuseas, vómitos.. desordens da nutrição são das mais notáveis,. e. traduzem-se por modificações nas seccressões, sobretudo da urina, e por emmagrecimento.. Seccressões. Urina. —A. febre sendo essencial-. mente constituída por uma superoxidação geral dos elementos orgânicos, concebe-se toda importância que. tomou que. nestes últimos annos, o estudo das variações. soffre a. composição da urina nos diíferentes perio-.

(57) dos das moléstias agudas. com. ;. por analyses. effeito,. successivas se tinha o meio efficaz de seguir nas suas. gradações as mais delicadas as oscillações do movimento febril.. De. todos os tempos a urina tinha sido o objecto da. attenção dos doentes e dos médicos.. Seu aspecto exterior, sua consistência, os sedimentos de côr variada, que n^lla se encontra, tudo passava. debaixo do rigor do exame.. Além. d'isto,. quem não. se. lembra das praticas. ridí-. culas da uromancia outr'ora?. Hoje numerosos trabalhos têm sido emprehendidos. no fim de estabelecer-se de mais febre. com. em mais. as relações da. as alterações qualitativas e quantitativas da. urina, trabalhos que. têm. esclarecido. vivamente esta. interessante questão.. Os conhecimentos devem. adquiridos,. que á ella ligam-se,. ser actualmente familiares a todos os médicos.. A urina é modificada. na febre desde o momento da. invasão até a defervescencia. Das modificações, as principaes são:. a diminuição da quantidade, o crescimento. da densidade, o augmento de uréa e de acido úrico, a diminuição dos chloruretos tes. normaes, a. ;. de 28 a 32 grammas, limi-. cifra quotidiana. da uréa pôde elevar-se,. a despeito da dieta, a 35, 40, 50. grammas. ;. a do acido.

(58) :. — úrico sobe de. mas ou a. em 1 1. 1. —. 30. 50 ou 55 centigrammas a 80 centigram-. gramma. e os chloruretos que,. ;. chlorureto de sódio,. avaliados. têm uma proporção media de quatro horas, caem a uma. ^grammas durante vinte e. gramma, a algumas centigrammas, ou mesmo a. A dystrophia. febril. zero.. dando conta das alterações da. urina torna-se evidente que durante o fastígio estas alterações sejam. A. bem. pronunciadas.. seccressão do sueco gástrico resente-se. do estado. Eis as conclusões deduzidas da physio-patholo-. febril.. gia experimental. O. «. sueco gástrico tem muita actividade por. mas perde-a em. prio,. totalidade. ou. em. si. pró-. parte pela. addição de acido. «. O. sueco dos animaes. digestivo fraco, que. um «. augmenta debaixo da. um. poder. influencia de. acido.. Nos animaes atacados de. gástrico é assaz fraca. acerescenta. A. um. ;. febre,. a acção do sueco. torna-se mais intensa quando se. acido (Manassem). ». experimentação confirma que a quantidade de. acido excretada não é. As. A. anemicos tem. em. relação. seceressões intestinaee. com a da. também. pepsina.. são diminuídas.. constipação que existe de ordinário no começo e. durante o fastígio da febre tem n'estes factos.. uma. explicação cabal.

(59) um. Entretanto, observa-se que. apresenta dyarrhea. mencionados. em. é o caso. :. lesão do intestino, ou. ou outro febricitante. qualquer dos dous periodos. em. que se pôde admittir. uma. alguma perturbação funccional. enérgica e accidental ao processo febril, se passando. dentro dos seus limites.. ordem em. um. perturbação da. mesma. órgão visinho, como o fígado, pôde pro-. também a. duzir. Uma. dyarrhea.. A seccressão sudoral é. A noção. diminuida.. que temos. sobre a modificação chimica do suor na febre é quasi. Sabemos que a seccressão da. nulla.. a. um producto. alcalino no estado da moléstia. afasta ella da seccressão minaria ser. pelle não. :. mas sua. ;. dá logar n'isto se. acidez pôde. diminuida e a reacção torna-se neutra. Viscosidade. e reacção neutra são cousas equivalentes. :. póde-se, pois,. concluir que o regresso á acidez normal, quando esta. acidez tenha sido suspensa, é. A. diminuição da quantidade de uréa. febre typhoidea e. agudo, é. O. ner.. um. é. signal.. em um. caso de. outro de rheumatismo polyarticular. muito particular indicado por Meis-. suor não é a crise da febre. é a crise. rária,. em. facto. com Hirtz que uão. um bom. ;. mas pôde. se dizer. de alguma sorte a crise do calor. da febre, porque. é. uma. influencia. :. tempo-. toda incompleta para ter acção sobre a combus-. tão molecular.. A. relação do suor. com. a defervescencia parece, pois,.

(60) —. 32. —. muito claramente descriminada. Elie precede a defervescencia tornando-a mais prompta e mais. observação clinica demonstra, artificial está. mente tal,. com. effeito,. um. um symptoma. que o suor. moderador da temperatura,. e. como. favorável nas pyrexias.. Os suores profusos do primeiro periodo. máo. A. longe de fazer cair sempre a febre. Final-. o suor é. são de. efficaz.. agouro. Os suores críticos. e. do fastígio. têm alguns. ca-. racteres physicos, <pie são úteis quanto á sua signifi-. cação. :. devem. ser de. alguma abundância, mas não ex-. cessivos.. E. mister. também que apresentem uma. dez, sendo a viscosidade. O. emmaçrecimento. augmento. é. um symptoma. notável. fatal.. a consequência necessária. insólito de todas as. flui-. do. combustões orgânicas,. das quaes as alterações da urina sobretudo, e as do ar. expirado dão a medida exacta. Ora, se não ha lesão de equilibrio no calor physiologico, pode-se dizer. com Hirtz que a. febre é. um. incêndio. que consome rapidamente os elementos do corpo.. A. ruptura deste equilibrio no sentido do calor no. movimento. febril,. tendendo a conduzir lentamente o. organismo a ruina, ainda sua alliança. com a. é. aggravada efficazmente por. abstinência que faz o febricitante de. quasi todo alimento..

(61) —. 33. —. Era termos bem definidos, o emmagreciniento. é a. equação entre o calor mórbido e os productos da com-. como. bustão,. disse-o. com toda. justeza o. mesmo. es-. criptor.. As. analyses de Traube Leyden e Liebermeister des-. criminaram a parte que. tomam. os rins e os pulmões na. eliminação dos diíferentes elementos excrementicios da. combustão pyretica. ;. e. é inútil accrescentar. vio-se que todos os elementos do corpo. ellas. parte. neste. ultimo. que por. tomam. movimento essencialmente des-. truidor.. Por. estes dados adquiridos na sciencia, estabeleceu-. com todo. se. rigor scientifico a simples relação que exis-. te entre a. temperatura e os productos da combustão. eliminados. — e o emmagreciniento.. Ao terminarmos. esta parte consignaremos o facto de. não haver distincção entre unia febre chronica e febre de processo cia. agudo no que. da consumpção. ;. uma. diz respeito a existên-. pois que esta é a expressão de. acto applicavel a todas as febres, a saber. um. — a combustão.. CIRCULAÇÃO. O valor. dos phenomenos da circulação é todo subor-. dinado, contrariamente as crenças de Harvey, Boerhaave e Marey, ao apoio dos quaes vieram Pvn.. muito recente5.

(62) — mente. as. theorias. da. —. 34. Huter. de. febre. Bieh-Hir-. e. schfélá,. Estabelecida a questão nestes termos. o sphygnio-. :. grapho pôde realmente registrar o movimento todo caso de sua existência a temperatura. e. o pulso. ?. respondemos. :. em. febril. não, porque. não correspondem sempre. :. pôde haver febre sem acceleração e impulsão forte do órgão motor, e com é o caso. um pulso. mediano. e até lento. da meningite indicado por Hirtz.. E. ;. tal. inversa-. mente, batimentos do coração accelerados, com. uma. impulsão forte apreciada pela palpação, juntos a tons. normaes claros. mia. e certas. Em. e. bem. distinctos,. pódem. existir. na ane-. nevroses vasculares.. parallelo a estes. factos. vem. o da asystolia car-. díaca no meio da febre, e a modificação do coração daria. um. ensino negativo sobre a existência d'este processo,. A própria asystolia de outra origem. determinará. uma. frequência insólita do pulso e por muitos dias, e entretanto este. phenomeno não oaracterisa. a febre. :. a obser-. vação thermometrica solveria a questão.. Apezar d'estas divergências que provam a subordinação do valor semeiotico das modificações do pulso e. do coração, é o. e que, demais, a. symptoma pathognomonico do. se estabelecido. em. desordem da calorificação. geral,. estado de febre, acha-. que a temperatura. e o pulso. simultaneamente na força da. marcham,. febre..

(63) — Existe cia. mesmo uma. 35. —. relação regular entre a frequên-. do pulso e a temperatura, ao menos nos principaes. períodos, que estes. elementos contribuem a formar. ambos augruentam ou diminuem de Assim no. accordo.. calefrio as artérias periphericas são con-. trahidas, sua tensão. augmenta; a. eschemia, sem distensão, toma. então. :. no estado de. pelle. uma. É. côr azulada.. quando nos vasos profundos constitue-se uma. congestão collateral,. e acha-se. com. até o coração, que bate frequente e. Logo que. em aúgmento. o sangue. energia.. o calefrio falta, ou quardo termina, as con-. dições tornam-se inversas:. ao tetanos arterial, permit-. ta-se-nos a expressão, succede a atonia vascular,. consequência é o calor peripherico. acha-se enfraquecida. os vasos túrgidos. e. substituição da pallidez por. bro vivo. ;. A tensão. uma. sanguínea d'aqui. ;. colorisação de. a do pulso profundo por. uma. cuja. um. a. ru-. artéria cheia. e dura.. Emfim,. na. defervescencia. estabelece-se. um. pulso. mole, largo, sem exageração de dicrotismo.. O. coração é accelerado durante a concentração vas-. cular,. como no momento da abundante. guínea dos tegumentos. ;. irrigação san-. é impossível, pois,. submetter. sua acceleração ás condições mecânicas da circulação superficial.. V.

(64) —. —. 36. IMERVAÇÃO perturbações nervosas exprimem-se de. As riável. :. modo. va-. são desordens ccrebraes, a cephalalgia e outras. sensações penosas, taes quaes a insomnia, o peso, as vertigens, a surdez, a photophobia, o delírio, o estupor, e o. coma. desordens espinhaes, dores na columna ver-. ;. tebral associadas a perturbações spasmodicas, canceira. muscular. ligeira. talticas, taes. ou profunda. ;. são ainda acções dias-. quaes os movimentos automáticos que os. doentes prostrados executam. com. mãos quasi para-. as. lyticas.. Estas desordens são constantes ou inconstantes.. As. dem do. hyperesthesias e anesthesias fortes comprehen-. dependem da impressibilidade. estas ultimas, que. sujeito,. e sobretudo. da natureza. e vigor. da causa pyretogenica,. do gráo da temperatura. febril.. Acreditamos com Liebermeister que a elevação excessiva e. demorada da temperatura explica a maligni-. dade de todas as moléstias. febris.. Todo mundo sabe. que as moléstias acompanhadas d'uma elevação considerável d'esse elemento. grave. ;. e resulta de. um. comportam. um. prognostico. grande numero de observações. de authores que a morte surge rapidamente quando o calor attinge 42°..

(65) Estes factos lembram os effeitos da insolação.. Os saes. da elevação da temperatura são univer-. effeitos. na economia animal. não pode subtrahir-se. ;. assim o systema nervoso. d'elles.. Accidentes nervosos se produzem. na febre typhoidea. em. —. ;. mas. em. são observados. ás quaes. outras moléstias febris,. todos os grãos. elles. também. imprimem. o caracter typhico.. Esta explicação de certas desordens nervosas nas. fe-. bres graves e intensas já houvera sido indicada por aathores. antigos,. presentemente Traube e Niemeyer. e. todo prestigio de sua authoridade.. juntaram-lhe. thermometria. demonstra a. ascenção da temperatura. e os. relação. A. simples entre a. phenomenos em questão:. aos gráos do thermometro correspondem os gráos da excitação nervosa. sação de. frio,. intellectual,. ;. com pequena. coma. como. sen-. fadiga muscular, dores vagas, agitação. susceptibidade viva dos sentidos e ligeira. com. insomnia, coincide pequena ascensão; forte,. como. excitação,. sobresaltos, prostração,. excitação. delírio,. e agonia, coincide a elevação ao. estupor,. máximo. d' este. instrumento.. Fôra desnecessário accrescentar que para ter. isto é mis-. que a elevação do calor seja durável.. Este modo de considerarmos os temperaturas demoradas. effeitos. das altas. não obsta a que encaremos.

(66) —. —. 38. o elemento pernicioso das febres. como ura syndromo. clinico.. desordens nervosas terminaremos a analyse. Pelas. dos phenomenos principaes do movimento. tem de. ellcs. essencial. ;. mas convém. febril,. no que. estabelecer o en-. cndeiamento successivo de todos os phenomenos representando o quadro completo da febre, cujo estudo, applicado áquelle dos caracteres geraes das pyrexias, nos. permittirá penetral-os.. ANATOMIA PATHOLOG ICA As. lesões inflammatorias,. e a pleurisia,. da febre. taes quaes a. não constituem a anatomia pathologica. pois que ellas não. ;. pneumonia. são a lesão primordial,. podendo obrigal-a, impol-a.. Ha se e. casos. não ha. Se esta logia,. e. é. em. que cada lesão deste género manifesta-. febre.. uma combustão como. nos ensina a physio-. a thermometria confirma, é no sangue,. tecidos, e nas seceressões. que. nos. se deve procurar seus. traços.. Similhante estudo, aliás árduo, requereria toda perfeição te. da analyse chimica. no presente.. e microscópica ainda deficien-.

(67) —. 39. — uma. Se fosse possível determinar-se cada ção cellular. e. modifica-. ehimiea que permanecem como destro-. ços da febre na economia,' seria fácil talvez surprehen-. der o agente pyregeno primordial. — dynamico, chimico. ou miasmatico.. Apezar da incompetência dos meios de investigação,. algum. já nós possuímos. ensino, mediante o. traçado ao estudo moderno da febre to, é real, e. ensino incomple-. todo provisório no presente.. uma. Para fazer-se. combustão. :. programma. febril,. mórbida sobre. idéa dos traços deixados. pela. no intento de construir-se a anatomia. lembraremos. as bases que indicamos,. que ha pyrexias que. se. mais altas temperaturas,. tornam mortaes depois das que estes traços são suas. e. lesões únicas, acc asando sua influencia deletéria.. Consignemos. os resultados. dos trabalhos realizados. afferentes as determinações chimicas e anatómicas da febre,. pondo em relevo o valor de alguns.. fibrina indicado por se applica e,. pois,. Andral. e. O augmento. Gavarret, é. somente a febre inflammatoria. :. um. da. dado que. é consecutivo,. não dá revelação do processo da febre primitiva.. A quantidade tuem dados. dos glóbulos. e sua qualidade. '. inconstantes.. As erupções espécie da febre.. diversas,. consti-. quando. muito indicam a.

(68) — Os. músculos. em. soffrem vezes,. 40. orgânicos. sua textura. :. em gordura ou em. — músculos. os. ,. estriados. os primeiros degeneram, as. outra formação orgânica, os. segundos, como demonstrou Zenker, tornam-se colloides.. O. nervoso se atrophia, se amollece.. tecido. sangue pôde coagular-se durante a vida rico. em. em. carbono,. albumina. (. Andral. encerra traços. uréa. (. Hepp. Gavarret,. e. mais evidentes. ). ;. ;. parece mais. encerra. Huppert. de. O. leucina,. menos. e Riess ). ;. creatina,. creatinina, thyrosina, hypoxantina, productos de forma-. ções regressivas, detritos da. desintegração molecular. orgânica.. A maior parte combustão. febril. destas lesões demonstra a evidencia a :. desordem nutritiva mani-. justifica a. festando-se desde a degeneração gordurosa até o au-. gmento de carbono. Taes. destroços. podem. ser. únicas nas pyrexias mortaes. temperaturas. ;. são. os. em. como. lesões. consequência das altas. vestígios. caracterisando sua anatomia as lesões que a sciencia. achados. legitimos da. febre,. pathologica real, unidos. tem consignado pelos trabalhos. de Louis, Andral, Giett.. Mas qual é o corpo pyrogeno. primordial, o que accende. a febre, perturbando a destribuição normal do curso. sanguíneo? miasmatico?. É um. agente dynamico,. chimico,. ou. Esta questão que parece resolvida para.

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