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Mario Cesar Newman
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1DoutoremCiência daLiteraturapelaFaculdade deLetrasda UFRJ.
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' a u s e n t e de Ricardo Piglia nous offre la possibilité de pen
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’ t hèm e s majeurs pour les études culturelles: la production de la subje
-
ctivité
,
l'
identité nationale et l'
universalité de l'
idée d'
amour.
Dans l
'
opération de déterritorialiser et réterritorialiser des thèmes,
des per-
sonnages et des récits de cultures diverses
,
la machine littéraire de Macedonio Fernández traduit et produit des simulacres mais,
surtout,
construit des diffé-
rences irreductibles
.
Les vitles et les cités sont ainsi perçues non seulement parce qu
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elles partagent en commun mais aussi par les absences avec lesquelles elles nous interrogent.
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A vidatemurn logosque seaumentaasimesmo, Heráclito(frag.115)
INTRODUÇÃO
Omaisparticular é o sujeito
,
o sujeitocom suas dores,
com seus silêncios,
com seusafetos,
com seugozo
,
com seussentimentos,
seuspensamentos,
com seusbotões.
Masasdobrasque fazem asubjetivaçãonadatêm de muito
particular ,
diz-nosGilles Deleuze leitor
deFoucault , "
olado de dentro
do lado defora "
(1988,
p.
104),
como umgrandetecido que,
dobrado,
fizesseum forro,
e para além,
ali e acolá doforro
,
continuasse extensotecido .
O forro guarda em si algumas reservas,
no entantoelas
sâo semprepassíveis de se desdobrarem bemcomo de se comporem em novas dobras
.
I
R e v ís i a I N T E R F A C E S Núm e r o 9 / 2 0 0 5 - C e n t r o d e L e t r a s e A r t e s d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o d e Janeiro
O mais
universal
seria então o tecidoque
participado
maior número dedobraduras
, está presenteem mais forrações.Masdevemospensaro forro também ¡
materialmente,
como os movi-mentos que fazem as dobras, as forças que ges- ticulam osmovimentos, reviram nas dobras e se-
guem;contudo,
deixam
asmarcasde suapresença:forças capazes
de desmancharem
asdobras
, desfazendo o forro no fora; ou de reforçarem as dobrasem novasdobrascomo numa memória.
A cidade ausente
,
do argentino RicardoPiglia
,narra-nos,
inicialmente
, ainvestiga
ção de umjornalista
(J
únior) sobreuma máquina misteriosa.
Entretanto
,
informar-se sobreamáquina édescobrir
a
hist
ória de umhomem
(Macedónio Fernández
) atravessado porumapotência que,desde sempre,podemos
ver comoformadora
desubjetividade. O amor de umhomem
por umamulher
comoalgo
capaz deultrapassar a morte,de todos os
hero
ísmos edesmedidas
dequeé capazo apaixonado,formadentro
desta narrativa,
então,um nóerh queestãoamarradoso maisparticular e o mais universal
.
Al
émdisso,associa esseuniversal doamor,aumoutro tema universal, à
quele
quePhilippe
Bretonchamou de tradição do automatismo
.
O inte-ressante na apresentação que P. Breton faz desse
tema éque ele vê
naquela
tradição ofundamento
do fenômeno recente da informática.
Pois,para ele
,aquela
preocupaçãobastante
antiga de construir máquinas que disponhamde alguma
autonomia
"
testemunha apreocupação de imitara natureza no que ela criou de mais fantástico:o movimento da
vida "
(1991,p.
25);e a informáticaresponde a esse antigo
sonho
.O primeiro automatismo
conhecido
,lembra
oautor,é a
armadilha
do caçador primitivo, não é propriamente uma máquina, mas é de uma so-fistica
ção criativaconsider
ável
para osprimeiroscaçadores. Com
ela
ohomemutiliza
-sedoconhe-cimento a respeito do comportamento dosanimais
para produzir um acontecimento quase mágico, emqueo animal vemde motopróprio entregar-se
morto ao caçador
.
Assim, imbricando o conhe- cimento e atécnica deproduzir
objetos,
o homem produz o automatismo e, através dele, instru-mentalizao tempo e omovimento,podemosdizer também,copia a naturezaeaproxima-nosdopoder dos
deuses
.A
hist
ória do automatismo apresentada por P.Breton é uma
hist
ória emque semisturam nomes de relojoeiros, inventores,
cientistas,
filósofosenvolvidos
na construção deengenhocas
: aclep
- sidra, o relógio mecânico,
amáquina decalcular
,autómatospara fins sexuais... aponta uma sériede
autómatosque
chamaram
atençãoem suasépocas, oteatrode marionetes,
autómatosdosmaisdiversos animais,bonecas falantes, homens
a vapor, criadas
deouro
,
estátuastornadasgente,gigantesde barro simulacrosrealizados
emautomatismosmecânicos ouna literatura,nossonhosoupesadelos
de filósofos,
no imaginário
das
maisdiferentesmitologias .
É interessante nos reportarmos a esse capí
tulo
inicial da Históriada informática,onde
P. Bretonrelaciona tal
fenômeno recente de nossacultura,
tão aparentemente só pensável enquanto sofis- ticada
tecnologia eletr
ónica,
comdesejos
esonhos
que percorrem diferentes
culturas
desde o início da humanidade, poisele
nos dá,
em resumo,
aprofundidade do material mítico,onírico,ances-
tral
com que trabalha, tamb
ém neste tocante, a narrativa de Acidade ausente.
E nosdá,também,pela importância da informática nosdiasdehoje,
a noçãoda força atual dessesdesejosde
controlar
o tempo, dominar o movimento, criar a vida e
,
conseqíientemente, possuirmos poderes quasemágicos
.
f i t
DE ENGENHOCAS E AUTÓMATOS
A narrativa
de
ACidadeausente sedesenvolve inteira em tornode
uma máquina que se tornaautónomae
foge
a todocontrole
eprevtsibil
idade.Mas,
longe
de ser uma criatura que trai o criador,ela,dessemodo,
realiza
oobjetivodoseu criador,que era o de construí-la para ocupar o
lugar
daamada
morta."
Uma réplica
rebeldedaEva futura"
(1993
,
p. 67),definida
a máquina desse modo, o narrador associa essa narrativa com L'
Ève futurede
Villiersde
L' Isle
-Adam,em que se apresenta o drama de um jovem nobre apaixonado por umamulher
muitolinda
, masvulgar
, sendo resolvido por um engenheirofabuloso
,que constrói"
a Evado futuro
"
, com a beleza da amadado
jovem e programada comdiscos el
étricos para ter umespírito nobre
.
Mais
adiante
, em outraalus
ão literária, amáquinadeMacedonío será