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A proliferação dos simulacros: Vozes, formas, memórias e histórias em A Cidade ausente

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Academic year: 2022

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(1)

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A PROLIFERA ÇÃ O DOS SIMU MEM Ó RIA E HIST Ó RIAS EM ,

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' a u s e n t e de Ricardo Piglia nous offre la possibilité de pen

-

t hèm e s majeurs pour les études culturelles: la production de la subje

-

ctivité

,

l

'

identité nationale et l

'

universalité de l

'

idée d

'

amour

.

Dans l

'

opération de territorialiser et territorialiser des thèmes

,

des per

-

sonnages et des récits de cultures diverses

,

la machine littéraire de Macedonio Fernández traduit et produit des simulacres mais

,

surtout

,

construit des diffé

-

rences irreductibles

.

Les vitles et les cités sont ainsi perçues non seulement par

ce qu

'

elles partagent en commun mais aussi par les absences avec lesquelles elles nous interrogent

.

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A vidatemurn logosque seaumentaasimesmo, Heráclito(frag.115)

INTRODUÇÃO

Omaisparticular é o sujeito

,

o sujeitocom suas dores

,

com seus silêncios

,

com seusafetos

,

com seu

gozo

,

com seussentimentos

,

seuspensamentos

,

com seusbotões

.

Masasdobrasque fazem asubjetivação

nadatêm de muito

particular ,

diz-nos

Gilles Deleuze leitor

de

Foucault , "

o

lado de dentro

do lado de

fora "

(1988

,

p

.

104)

,

como umgrandetecido que

,

dobrado

,

fizesseum forro

,

e para além

,

ali e acolá do

forro

,

continuasse extenso

tecido .

O forro guarda em si algumas reservas

,

no entanto

elas

sâo sempre

passíveis de se desdobrarem bemcomo de se comporem em novas dobras

.

I

R e v ís i a I N T E R F A C E S Núm e r o 9 / 2 0 0 5 - C e n t r o d e L e t r a s e A r t e s d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o d e Janeiro

(2)

O mais

universal

seria então o tecido

que

participa

do

maior número de

dobraduras

, está presenteem mais forrações.Masdevemospensar

o forro também ¡

materialmente,

como os movi-

mentos que fazem as dobras, as forças que ges- ticulam osmovimentos, reviram nas dobras e se-

guem;contudo,

deixam

asmarcasde suapresença:

forças capazes

de desmancharem

as

dobras

, desfazendo o forro no fora; ou de reforçarem as dobrasem novasdobrascomo numa memória

.

A cidade ausente

,

do argentino Ricardo

Piglia

,

narra-nos,

inicialmente

, a

investiga

ção de um

jornalista

(

J

únior) sobreuma máquina misteriosa

.

Entretanto

,

informar-se sobreamáquina é

descobrir

a

hist

ória de um

homem

(Macedónio Ferná

ndez

) atravessado porumapotência que,desde sempre,

podemos

ver como

formadora

desubjetividade. O amor de um

homem

por uma

mulher

como

algo

capaz deultrapassar a morte,de todos os

hero

ísmos e

desmedidas

dequeé capazo apaixonado,forma

dentro

desta narrativa

,

então,um nóerh queestão

amarradoso maisparticular e o mais universal

.

Al

émdisso,associa esseuniversal doamor,aum

outro tema universal, à

quele

que

Philippe

Breton

chamou de tradição do automatismo

.

O inte-

ressante na apresentação que P. Breton faz desse

tema éque ele vê

naquela

tradição o

fundamento

do fenômeno recente da informática

.

Pois,

para ele

,

aquela

preocupação

bastante

antiga de construir máquinas que disponham

de alguma

autonomia

"

testemunha apreocupação de imitar

a natureza no que ela criou de mais fantástico:o movimento da

vida "

(1991,p

.

25);e a informática

responde a esse antigo

sonho

.

O primeiro automatismo

conhecido

,

lembra

o

autor,é a

armadilha

do caçador primitivo, não é propriamente uma quina, mas é de uma so-

fistica

ção criativa

consider

á

vel

para osprimeiros

caçadores. Com

ela

ohomem

utiliza

-sedoconhe-

cimento a respeito do comportamento dosanimais

para produzir um acontecimento quase gico, emqueo animal vemde motopróprio entregar-se

morto ao caçador

.

Assim, imbricando o conhe- cimento e atécnica de

produzir

objetos

,

o homem produz o automatismo e, através dele, instru-

mentalizao tempo e omovimento,podemosdizer também,copia a naturezaeaproxima-nosdopoder dos

deuses

.

A

hist

ória do automatismo apresentada por P.

Breton é uma

hist

ória emque semisturam nomes de relojoeiros, inventores

,

cientistas

,

filósofos

envolvidos

na construção de

engenhocas

: a

clep

- sidra, o relógio mecânico

,

amáquina de

calcular

,

autómatospara fins sexuais... aponta uma riede

autómatosque

chamaram

atençãoem suasépocas, oteatrode marionetes

,

autómatosdosmaisdiversos animais,bonecas falantes

, homens

a vapor

, criadas

deouro

,

estátuastornadasgente,gigantesde barro simulacros

realizados

emautomatismosmecânicos ouna literatura,nossonhosou

pesadelos

de filósofos

,

no imaginário

das

maisdiferentes

mitologias .

É interessante nos reportarmos a esse capí

tulo

inicial da Históriada informática,

onde

P. Breton

relaciona tal

fenômeno recente de nossa

cultura,

tão aparentemente só pensável enquanto sofis- ticada

tecnologia eletr

ónica

,

com

desejos

e

sonhos

que percorrem diferentes

culturas

desde o início da humanidade, pois

ele

nos dá

,

em resumo

,

a

profundidade do material mítico,onírico,ances-

tral

com que trabalha

, tamb

ém neste tocante, a narrativa de Acidade ausente

.

E nosdá,também,

pela importância da informática nosdiasdehoje,

a noçãoda força atual dessesdesejosde

controlar

o tempo, dominar o movimento, criar a vida e

,

conseqíientemente, possuirmos poderes quase

mágicos

.

f i t

DE ENGENHOCAS E AUTÓMATOS

A narrativa

de

ACidadeausente sedesenvolve inteira em torno

de

uma máquina que se torna

autónomae

foge

a todo

controle

e

prevtsibil

idade.

Mas,

longe

de ser uma criatura que trai o criador,

ela,dessemodo,

realiza

oobjetivodoseu criador,

que era o de construí-la para ocupar o

lugar

da

amada

morta.

"

Uma ré

plica

rebeldedaEva futura

"

(1993

,

p. 67),

definida

a máquina desse modo, o narrador associa essa narrativa com L

'

Ève future

de

Villiersde

L

' Isle

-Adam,em que se apresenta o drama de um jovem nobre apaixonado por uma

mulher

muito

linda

, mas

vulgar

, sendo resolvido por um engenheiro

fabuloso

,que constrói

"

a Eva

do futuro

"

, com a beleza da amada

do

jovem e programada com

discos el

étricos para ter um

espírito nobre

.

Mais

adiante

, em outra

alus

ão literária, a

máquinadeMacedonío será

comparada

por Russo

,

n

K e v t t t* I N T E R F A C E S - Núm e r o 9 / 2 0 0 5 - C e n t r o d t L e t r a s t A r l e» d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o d e Janeiro

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