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O que nos une e o que nos separa?

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Academic year: 2022

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O que nos une e o que nos separa?

Inicialmente, comecemos a analisar o que geralmente nos separa.

Nós, seres humanos, nos separamos da natureza, muitas vezes achando que não fazemos parte dela, tanto que falamos em preservar a natureza sem nos incluir nessa preservação.

Também nos separamos em razão de etnia, de raça, de cor, de religião, de ideologia política, de sexo, de nacionalidade, de filosofia e muitas outras coisas, como profissão.

Taxistas e motoboys, por exemplo, são muito unidos, e param para acudir uns aos outros no caso de um se acidentar no trânsito, e muitas vezes essa defesa é até mesmo violenta, em razão da profissão comum, não importando às vezes quem teve razão no acidente, o que demonstra uma união por atividade profissional, como se fosse uma religião ou um partido político.

Homens e mulheres se separam em grupos, às vezes rivais, com segredos próprios dos sexos, e mesmo casadas as pessoas muitas vezes estão interiormente separadas pela diferença sexual.

Pessoas se matam por questões políticas e religiosas, como vemos atualmente, mas sendo uma questão antiga, dentro de Israel.

Pessoas se matam na África por questões de diferenças de etnia, sendo fisicamente iguais, e apenas com culturas ligeiramente diferentes.

Pessoas brigam na fronteira entre a Índia e o Paquistão, sendo todos iguais fisicamente, e oriundos da mesma terra, antes tudo Índia, tendo sido o país dividido em dois por causa de

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conflitos entre os seguidores das duas religiões, hinduísmo e islamismo.

O que hoje está acontecendo em Israel aconteceu de forma muito semelhante também na Índia após a morte de Gandhi, e logo d e p o i s d a i n d e p e n d ê n c i a d o p a í s . B r i g a p o r c a u s a principalmente de religião.

Tanto em Israel quanto na Índia a questão religiosa está muito acima da questão política.

O judeu é judeu acima e antes de se considerar Israelense, americano, brasileiro, etc, o mesmo acontecendo geralmente com os muçulmanos mais fanáticos.

Árabes muçulmanos já brigaram muito entre si por causa de petróleo. Basta lembrar a invasão do Kweit pelo Iraque sob o comando de Sadam Russein.

Muçulmanos xiitas e sunitas brigam e se matam no Iraque, por causa de diferenças pequenas em suas interpretações do alcorão.

Americanos já brigaram com americanos em uma guerra civil sangrenta e que deixou marcas durante décadas, por divergências tolas, como a questão da escravidão. Não que a escravidão seja tolice, mas que não justificava uma guerra civil como a acontecida nos Estados Unidos.

Capitalistas e comunistas já lutaram muitas lutas, sempre indiretamente, nos países dos outros, como ocorreu na Coréia no início dos anos 50, no Vietnan nas décadas de 60 e 70, e até hoje há ainda povos meio escravisados por pessoas inescrupulosas sob o manto ideológico do comunismo, como na Coréia, hoje o país mais fechado do mundo, e na pobreza e atraso cultural.

Por que os seres humanos criam tantas diferenças, tantas coisas para se separarem uns dos outros, para brigarem, para

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se desunirem?

Até quando viveremos separados por barreiras idológicas, políticas, religiosas, étnicas, raciais, nacionais, profissionais, financeiras, de classe, de sexo?

Quantas barreiras ainda manteremos, e por quanto tempo, nos mantendo separados, sendo todos nós apenas seres humanos, e mais que isso, espíritos, que apenas estamos aqui de passagem, em um planeta escola?

Quando é que compreenderemos que já estivemos em corpos escuros e claros, quanto à pele, de olhos redondos e também mais oblíquos, de cabelos claros e escuros, altos e baixos, homem e mulher, judeu, muçulmano, cristão, hindu, e praticamos também diversas outras religiões além dessas principais e maiores?

Quando perceberemos que já tivemos a experiência do capitalismo e do comunismo, da riqueza e também da pobreza, do deserto quente e do frio do norte do planeta?

Já brigamos, já odiamos, já matamos demais, em muitas vidas, já fizemos incontáveis inimigos em nome de uma ideologia política ou de uma religião.

Já perseguimos e fomos perseguidos depois da morte. Já fomos obsidiados e também obsessores. Vítimas, mas também algozes muitas vezes.

Ninguém tem o passado limpo e sem sangue neste planeta. Somos todos ainda atrasados, e individados com o nosso próximo.

Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra, já dizia Jesus, pois ele sabia que entre a multidão não havia santo. E entre nós ainda não há santos. Somos todos ainda pecadores, se utilizarmos uma fala cristã, ou muçulmana. Por isso não devemos julgar os outros, pois, com o mesmo rigor com que julgarmos, seremos igualmente julgados também.

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Ainda vivemos no erro, em muitos aspectos de nossas vidas, e ainda continuamos nos dividindo e nos separando por causa de pequenas coisas, como clubes de futebol, sexo, vícios diversos, ideologia política, religião, etnia, nacionalidade, etc.

Somente quando nos sentirmos verdadeiramente espíritos imortais, e tivermos a certeza de que não somos, mas apenas estamos hoje brasileiros ou americanos, chineses ou britânicos, brancos ou negros, ou asiáticos, judeus ou muçulmanos, hindus ou muçulmanos, ricos ou pobres, capitalistas ou socialistas, então nos sentiremos todos iguais em essência, e não nos dividiremos mais por causa de aparência, nem por causa de diferenças superciais tolas e passageiras.

O espírito é como a água. Não tem cor, sabor, nem cheiro. Ora está líquida, ora está gasosa, e ora está sólida.

O espírito ora está na forma feminina, ora na masculina, mas não tem sexo eterno. Está hoje num país, amanhã em outro, pois o espírito não tem nacionalidade eterna. Tem uma crença religiosa hoje e outra amanhã, em cada vida.

O espírito é um ser eternamente mutante, eternamente em transformação, e para evoluir precisa transcender todas as coisas que nos limita, nos separa e nos divide, como religião, ideologia, sexo, raça, etnia, etc.

Enquanto estivermos presos e condicionados a essas limitações terrenas, aqui permaneceremos vinculados, sem chance de avançar mais, e alçar voos a alturas para nós hoje ainda inimagináveis em outras dimensões no mundo espiritual.

Descondicionamento. Essa deve ser nossa palavra de ordem daqui para frente.

Precisamos nos libertar de todas as nossas amarras, que nos prendem a este plano físico limitado, se quisermos subir para

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planos mais evoluídos após o desencarne, e mesmo em projeção astral, para aqueles que a praticam ou desejam praticá-la.

Sejamos seres humanos com vistas a uma espiritualidade superior. Cidãdos do mundo, e mais que isso, cidadãos do universo, sem qualquer tipo de condicionamento limitador de f o r m a , c o r , e t n i a , r e l i g i ã o , i d e o l o g i a p o l í t i c a , nacionalidade, etc.

Amemo-nos uns aos outros independentemente de todos os nossos atributos externos e temporários, pois em verdade não somos esses atributos.

Somos apenas espíritos, sem quaisquer “ismos”. Apenas espíritos.

Não tomemos partido em lutas e disputas territoriais, étnicas, religiosas, políticas, principalmente se for para colocar lenha na fogueira e enviarmos energias que somente contribuirão para acirrar o conflito. Só devemos nos envolver se for para ajudar a pacificar, a intermediar soluções pacíficas, sem sangue, sem ódio.

Não fomentemos a discórdia, a desunião, o ódio de qualquer tipo.

Se não pudermos separar os contendores, não aumentemos a tensão e o ódio.

Irmãos que somos, e marinheiros do mesmo barco redondo boiando nas águas do univeso, unamo-nos em um só abraço, como um só povo humano, com uma só humanidade, para vivermos em paz, em harmonia, com amor, sem guerras nem ódios de qualquer tipo ou grau.

Sejamos sempre simpáticos com judeus e muçulmanos, e jamais, jamais mesmo falemos mal de um ou de outro, assim também em relação a hindus e muçulmanos, cristãos, budistas, etc, bem como não odiemos os comunistas, nem tampouco os capitalistas,

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e ainda não tenhamos preconceitos de raça, nem de etnia, e não tenhamos qualquer forma de discriminação pela preferência sexual dos outros, por mais que não achemos correto o que eles façam com seus corpos e com suas vidas.

Somos todos iguais em essência. Somos todos água. Somos todos espíritos, criações e manifestações de Deus.

Deixemos o Pai manifestar o seu Amor em nós, e através de nós, para que a nossa felicidade seja plena mesmo na Terra.

Muita Paz.

Salvador, 15 de janeiro de 2009.

Luiz Roberto Mattos

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