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Desastres naturais em Santa Catarina: Histórico de ocupação nas áreas mais afetadas

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Curso de

Curso de Multiplicadores em Gestão de Riscos de Desastres Naturais Multiplicadores em Gestão de Riscos de Desastres Naturais

Desastres naturais em Santa Catarina:

Histórico de ocupação nas áreas mais afetadas

Maria Lúcia de Paula Herrmann Profª do Depto de Geociências da UFSC)

Florianópolis, 22 a 26 de fevereiro de 2010

são causados pelas adversidades são causados pelas adversidades atmosfericas atmosfericas, caracterizadas pelos , caracterizadas pelos

elevados elevados totais pluviom totais pluviomé étricos tricos que provocam inunda que provocam inundaç ções, escorregamentos e ões, escorregamentos e quedas de blocos,

quedas de blocos,

pelos prolongados meses de

pelos prolongados meses de estiagens estiagens e e

pelas pelas tempestades severas tempestades severas, que geram vendavais, granizos, tornados e mar , que geram vendavais, granizos, tornados e maré és de s de tempestades.

tempestades.

Al Alé ém disso, em mar m disso, em març ço de 2004 ocorreu o epis o de 2004 ocorreu o episó ódio in dio iné édito no Brasil, o dito no Brasil, o Furacão Furacão Catarina.

Catarina.

Essas ocorrências deixam comumente, um grande n Essas ocorrências deixam comumente, um grande nú úmero de desabrigados e mero de desabrigados e mortos, de residências destru

mortos, de residências destruí ídas, prejudicam a agricultura, pecu das, prejudicam a agricultura, pecuá ária e a infra ria e a infra- - estrutura p

estrutura pú ública dos munic blica dos municí ípios afetados. pios afetados.

Desastres Naturais

Desastres Naturais em Santa Catarina Santa Catarina

(2)

Desastres Naturais

Desastres Naturais - - per perí íodo odo de 1980 a 2007 de 1980 a 2007

Fig. 1- Demonstrativo dos totais das principais ocorrências de desastres naturais no Estado de Santa Catarina (1980 a 2007) (Herrmann Org. (2007)

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

N ú m e ro d e O c o rr ê n c ia s

IG IB ESC ES GR VE TOR MA

1229 ocorrências de inunda

1229 ocorrências de inundaç ções graduais, (IG) ões graduais, (IG) 701 de inunda

701 de inundaç ções bruscas, (IB) ões bruscas, (IB) 140 de escorregamentos, (ESC) 140 de escorregamentos, (ESC) 780 de estiagens, (ES)

780 de estiagens, (ES) 422 de granizos, (GR) 422 de granizos, (GR) 549 de vendavais (VE) e 549 de vendavais (VE) e 43 de tornados. (TOR) 43 de tornados. (TOR)

A partir de 1998, foram computados 28 de mar

A partir de 1998, foram computados 28 de maré és de tempestade, (MA) s de tempestade, (MA) No ano de 2004 o in

No ano de 2004 o iné édito epis dito episó ódio do Furacão Catarina dio do Furacão Catarina. .

3/3/2010 4

Desastres Naturais

Desastres Naturais - - Municí Munic ípios do Estado de Santa Catarina classificados com pios do Estado de Santa Catarina classificados com frequência frequência (Muito Alta) de Desastres Naturais no per

(Muito Alta) de Desastres Naturais no perí íodo 1980 a 2007 odo 1980 a 2007. .

Fonte: Elaborado com base em Herrmann et al., (2007).

(3)

Inunda

Inundaç ç ões graduais ões graduais

Ocorre quando “... as águas elevam-se de forma paulatina e previsível;

mantêm-se em situação de cheia durante algum tempo, e, a seguir escoam-se gradualmente.”

0 50 100 150 200 250 300

1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3

F re q ü ê n c ia

Freqüência anual Média

0 50 100 150 200 250

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

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Inunda

Inundaç ç ões bruscas ões bruscas

Popularmente conhecida como enxurrada, está associada a chuvas convectivas intensas e concentradas, que ocasionam o aumento súbito e violento do nível das águas.

0 20 40 60 80 100 120 140

1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3

F re q ü ê n c ia

Freqüência anual Média

0 20 40 60 80 100 120 140 160

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

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Dentre os pa

Dentre os paí íses ses Ibero Ibero- - Americanos o Brasil Americanos o Brasil é é o pa o paí ís que mais sofre a falta s que mais sofre a falta de gestão de riscos por inunda

de gestão de riscos por inundaç ções e escorregamentos ões e escorregamentos

At Até é 2001 o Brasil urbano registrava 2001 o Brasil urbano registrava perdas por inundaç perdas por inunda ções de U$ 1 bilhão ões de U$ 1 bilhão /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram 0,8% do

0,8% do Pib Pib. .

A falta de mecanismos de preven

A falta de mecanismos de prevenç ção aumenta custos devido aos deficits de ão aumenta custos devido aos deficits de saneamento e de

saneamento e de infra infra -estrutura. - estrutura.

No Estado de Santa Catarina, no per

No Estado de Santa Catarina, no perí íodo de 2000 a 2003 as inunda odo de 2000 a 2003 as inundaç ções ões trouxeram preju

trouxeram prejuí ízos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e zos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e deixaram mais de 13.000 desabrigados. (

deixaram mais de 13.000 desabrigados. (Herrmann Herrmann, , org org. in . iné édito). dito).

2000 Inundações Associado a outros eventos

Inundações graduais R$ 9.348.341,00 R$ 642.429,41 Inundações bruscas R$ 27.917.981,70 R$ 1.513.223,00

2001 Inundações Associado a outros eventos Inundações graduais R$ 36.021.062,00 R$ 17.018.280,00 Inundações bruscas R$ 86.633.688,75 R$ 24.407.321,00

2002 Inundações Associado a outros eventos

Inundações graduais R$ 70.000,00 -

Inundações bruscas R$ 29.325.852,00 R$ 20.428.032,00 2003 Inundações Associado a outros eventos

Inundações graduais R$ 106.666,00 -

Inundações bruscas R$ 35.505.362,20 R$ 33.751.537,62

0 5 10 15 20 25 30 35 40

P re ju íz o s E s ti m a d o s ( M il h õ e s d e R e a is )

2000 2001 2002 2003

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

P re ju íz o E s ti m a d o ( M il h õ e s d e R e a is )

2000 2001 2002 2003

Somat Somató ória dos preju ria dos prejuí ízos provocados pelas inunda zos provocados pelas inundaç ções ões – 2000 a 2003 2000 a 2003

Inunda

Inundaç ções graduais ões graduais inunda inundaç ções bruscas ões bruscas

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CONDICIONANTES INUNDA CONDICIONANTES INUNDAÇ ÇÕES ÕES

♦ ♦ FATORES NATURAIS FATORES NATURAIS

♦ ♦ Pluviometria; Pluviometria ;

♦ ♦ Relevo; Relevo;

Tamanho e forma da bacia; Tamanho e forma da bacia;

Gradiente hidrá Gradiente hidr áulico do rio; ulico do rio;

Dinâmica de escoamento pluvial. Dinâmica de escoamento pluvial.

♦ ♦ FATORES ANTR FATORES ANTRÓ ÓPICOS PICOS

Impermeabilizaç Impermeabiliza ção dos terrenos; ão dos terrenos;

Obras e intervenç Obras e interven ções estruturais diversas ao longo dos cursos ões estruturais diversas ao longo dos cursos d d’á ’água gua; ;

♦ ♦ Erosão e assoreamento. Erosão e assoreamento.

♦ ♦ Modifica Modificaç ções no ões no hidrograma hidrograma pela impermeabilizaç pela impermeabiliza ção da bacia ão da bacia

Escorregamentos Escorregamentos

Os escorregamentos ( slides ) representam a classe mais importante dentre todas as formas de movimento de massa - fenômeno relacionado com o processo natural de evolução das vertentes - comumente denominados de deslizamentos, desmoronamentos, quedas de barreira e desbarrancamentos, os quais referem-se, ao rápido movimento descendente de material inconsolidado ou intemperizado sobre um embasamento saturado de água, podendo inclusive, incluir as corridas de terra e de lama ( earth flow e mud flow ) e fluxo de detritos ( debris flow).

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3

F re q ü ê n c ia

Freqüência anual Média

0 5 10 15 20 25 30

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

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CONDICIONANTES CONDICIONANTES

♦ ♦ CONDICIONANTES NATURAIS DOS ESCORREGAMENTOS CONDICIONANTES NATURAIS DOS ESCORREGAMENTOS

Caracterí Caracter ísticas de solos e rochas sticas de solos e rochas

♦ ♦ Relevo (inclinaç Relevo (inclina ção, forma de encosta) ão, forma de encosta)

♦ ♦ Vegetaç Vegeta ç ão ão

♦ ♦ Clima e ní Clima e n ível vel d d’á ’água gua

CONDICIONANTES ANTRÓ CONDICIONANTES ANTR ÓPICOS DOS ESCORREGAMENTOS PICOS DOS ESCORREGAMENTOS

♦ ♦ Cortes e aterros Cortes e aterros

♦ ♦ Desmatamento Desmatamento

♦ ♦ Lanç Lan çamento de amento de á água servida em superf gua servida em superfí ície cie

♦ ♦ Fossas sanitá Fossas sanit árias rias

♦ ♦ Lixo e entulho Lixo e entulho

♦ ♦ Cultivo inadequado Cultivo inadequado

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Dentre os pa

Dentre os paí íses ses Ibero Ibero- - Americanos o Brasil Americanos o Brasil é é o pa o paí ís que mais sofre a falta s que mais sofre a falta de gestão de riscos por inunda

de gestão de riscos por inundaç ções e escorregamentos ões e escorregamentos

At Até é 2001 o Brasil urbano registrava 2001 o Brasil urbano registrava perdas por inundaç perdas por inunda ções de U$ 1 bilhão ões de U$ 1 bilhão /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram 0,8% do

0,8% do Pib Pib. .

A falta de mecanismos de preven

A falta de mecanismos de prevenç ção aumenta custos devido aos deficits de ão aumenta custos devido aos deficits de saneamento e de

saneamento e de infra infra -estrutura. - estrutura.

No Estado de Santa Catarina, no per

No Estado de Santa Catarina, no perí íodo de 2000 a 2003 as inunda odo de 2000 a 2003 as inundaç ções ões trouxeram preju

trouxeram prejuí ízos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e zos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e deixaram mais de 13.000 desabrigados. (

deixaram mais de 13.000 desabrigados. (Herrmann Herrmann, , org org. in . iné édito). dito).

Estiagem Estiagem

♦ ♦ Anomalia temporá Anomalia tempor ária originada pela deficiência na precipita ria originada pela deficiência na precipitaç ção ão durante um longo per

durante um longo perí íodo de tempo, geralmente por uma odo de tempo, geralmente por uma estaç esta ção do ano ou mais.. ão do ano ou mais..

0 20 40 60 80 100 120

1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3

F re q ü ê n c ia

Freqüência anual Média

0 20 40 60 80 100 120 140

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

(10)

Prejuízos econômicos estimados para as ocorrências de estiagens no período 2000 - 2003. Em 2004 o prejuízo foi superior = R$ 482. 277 942,67

Mesorregião Estação Prejuzos R$ Mesorregião Estação Prejuzos R$

Serrana (3) Ver/Inv 6.531.875,00 Serrana (11) Ver/Out 94.665.088,00

Sul Catarinense (1) Ver/Inv 2.611.000,00 Vale do Itajaí (15) Ver/Out 52.755.290,67 Oeste Catarinense (73) Ver/Out 335.317.564,00

2 0 0 4 2 0 0 2

Oeste Catarinense (98) Ver/Inv 227.684.812,89

0 50 100 150 200 250

P re ju íz o E s ti m a d o ( M il h õ e s d e R e a is )

2000 2001 2002 2003

♦ ♦ Granizo é definido como precipitação em forma de esfera ou pedaços irregulares de gelo, que possui, convencionalmente, um diâmetro mínimo de 5 mm. (GLICKMAN, 2000 )

0 5 10 15 20 25 30 35 40

1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3

F re q ü ê n c ia

Freqüência anual Média

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Granizo

Granizo

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Vendaval Vendaval

deslocamentos violentos de ar, na forma de rajadas, de uma área de alta pressão para outra de baixa pressão, associados a tempestades severas ,os quais podem gerar sérios danos e prejuízos, como destelhamentos e destruição de edificações, quedas de árvores e postes de energia elétrica, destruição de plantações e, ocasionalmente, feridos e mortes (CASTRO, 2003).

Quando essas tempestades ocorrem de forma isolada, apresentam diâmetros inferiores a 25 km e duração de uma a duas horas, podendo gerar precipitações intensas, granizo, vendavais e tornados (AYOADE, 2002).

Além disso, esses fenômenos também podem ocorrer associados a outros sistemas atmosféricos, como sistemas frontais, sistemas convectivos de mesoescala, ciclones extratropicais e tropicais (furacões) (VIANELLO e ALVES, 1991; AYOADE, 2002).

Os ciclones extratropicais mais severos geralmente apresentam ventos com intensidade que variam entre 89 a 117 km/h. A partir desta intensidade,

independente do tipo de fenômeno atmosférico, os ventos adquirem intensidade e

poder de destruição semelhantes aos de furacões (COCH, 1994; SPARKS, 2003).

(12)

À

Às maiores s maiores freq freq üencias ü encias (classe Muito Alta) estão todos localizados no Oeste Catarinens (classe Muito Alta) estão todos localizados no Oeste Catarinense. e.

Isso ocorre devido

Isso ocorre devido à à atua atuaç ção dos ão dos CCMs CCMs que ai atuam principalmente durante a primavera que ai atuam principalmente durante a primavera Feveiro

Feveiro de 1984 de 1984, no munic , no municí ípio de Brusque (Vale do Itaja pio de Brusque (Vale do Itajaí í), que deixou 20.000 desabrigados. ), que deixou 20.000 desabrigados.

Dezembro de 1987

Dezembro de 1987, acompanhado de granizo, no munic , acompanhado de granizo, no municí ípio de Campo pio de Campo Erê Erê (Oeste (Oeste Catarinense) que deixou 7.450 desabrigados.

Catarinense) que deixou 7.450 desabrigados.

Novembro de 1998

Novembro de 1998, no munic , no municí ípio de Ca pio de Caç çador, deixando 3.660 desabrigados. Ressalta ador, deixando 3.660 desabrigados. Ressalta- -se que se que todos esses eventos geraram vultosos preju

todos esses eventos geraram vultosos prejuí ízos aos munic zos aos municí ípios afetados. pios afetados.

vendavais de maior magnitude

Joa

Joaç çaba aba,1998 ,1998 Meleiro, 2002 Meleiro, 2002

(13)

0 10 20 30 40 50 60 70 80

1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3

F re q ü ê n c ia

Freqüência anual Média

-1 9 19 29 39 49 59 69 79 89

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

O tornado é considerado uma das mais violentas perturbações atmosféricas. Corresponde uma intensa coluna de ar giratória em contato com a superfície terrestre, pendente de uma nuvem cumulifome e, freqüentemente (mas não sempre) visível como uma nuvem funil (GLICKMAN, 2000).

Os tornados podem ser classificados segundo o local de ocorrência:

-Tromba d’água ( water spout ), quando ocorrem em superfície aquosa, como lagos, rios e oceanos; T -Tornados, quando ocorrem na superfície terrestre (GLICKMAN, 2000).

As trombas d’águas geralmente são menos intensas, mais frequentes e comuns do que os tornados

TORNADO

TORNADO

(14)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3

F re q ü ê n c ia

Freqüência anual Média

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

TORNADO

TORNADO

(15)

Houve registros de ocorrências de tornados em todas as mesorregiões do estado. Alguns municípios tiveram maior número de registros desse fenômeno, destacando-se: Xanxerê, Florianópolis, Canoinhas, entre outros.

♦ Dentre os episódios de tornados de maior magnitude ocorridos em Santa Catarina destacam-se o de Maravilha e São Joaquim, que foram classificados como F3.

O episódio de Maravilha ocorreu em outubro de 1984 causando 5 vítimas fatais, aproximadamente 200 feridos e 500 desabrigados.

O tornado no município de São Joaquim deixou 5 vítimas fatais, 80 feridos e 380 desabrigados. De acordo com Marcelino (2003).

As Figuras mostram a seqüência de formação de uma tromba d’água ocorrida em São Francisco do Sul, litoral norte catarinense, em janeiro de 1996. .

Santa Catarina registrou 74 municípios em Situação de Emergência por causa dos eventos adversos ocorridos no Estado no dia 8 de setembro 2009. Destes, 65 estão incluídos, por vendaval ou temporal.

Os demais, Araranguá, Balneário Gaivota, Içara, Imaruí, Meleiro, Orleans, Praia Grande, Três Barras e Turvo, decretaram após esta data por enxurrada.

Além das cidades com decretação, outras 8 foram afetadas pelas chuvas da última semana, totalizando 82 municípios atingidos.

Desabrigados e desalojados - o número de pessoas desabrigadas e desalojadas nesta terça, conforme novo relatório da Defesa Civil Estadual é de 1.887 desabrigados e 9.765 desalojados em todo o Estado .

vendavais e tornados set 2009

vendavais e tornados set 2009

(16)

É um tipo de inundação costeira causada pela sobre-elevação do nível do mar durante eventos de tempestade.

Ela resulta do empilhamento da água oceânica induzido pelo cisalhamento do vento e pela presença de gradientes de pressão atmosférica (CARTER, 1988).

Região Sul do Brasil, as marés de tempestade ocorrem durante a passagem de sistemas atmosféricos intensos como as frentes polares atlânticas e os ciclones extratropicais.

Sobre-elevações excepcionais ocorrem durante tempestades intensas associadas a marés de sizígia. Durante tais eventos a elevação do nível do mar causada pela maré de tempestade (maré meteorológica), somada aos níveis extremos de maré de sizígia (maré astronômica), pode causar inundações severas nas comunidades costeiras (WHITEHOUSE e BURTON, 1999).

No estado de Santa Catarina, Truccolo (1998) observou, para um período de cinco meses de monitoramento em São Francisco do Sul, uma sobre- elevação máxima de 115 cm devido à componente meteorológica da maré associada a ventos incidentes do quadrante sul.

Maré de tempestade, ( “ressaca”)

(17)

No per

No perí íodo de 1997 a 2003 foram identificados 26 registros de mar odo de 1997 a 2003 foram identificados 26 registros de maré és de tempestade.. s de tempestade..

Entre 2000 e 2003, as mar

Entre 2000 e 2003, as maré és de tempestade deixaram nove munic s de tempestade deixaram nove municí ípios em estado de emergência, um pios em estado de emergência, um em estado de calamidade p

em estado de calamidade pú ública, 84 desabrigados, 219 desalojados, 1.900 afetados. blica, 84 desabrigados, 219 desalojados, 1.900 afetados.

A A frequência frequência anual de mar anual de maré és de s de tempestades tempestadesindica indica m édia de 3,7mares de tempestades por ano. O pico dia de 3,7mares de tempestades por ano. O pico verificado em 2001 esteve relacionado ciclone extratropical inte

verificado em 2001 esteve relacionado ciclone extratropical intenso em condi nso em condiç ção de mar ão de maré é de sizí de siz ígia gia A

A frequência frequência mensal de mar mensal de maré és de tempestades s de tempestades, destaca o mês de maio como o mais intenso. mais severo , destaca o mês de maio como o mais intenso. mais severo dos

dos ú últimos 20 anos., onze munic ltimos 20 anos., onze municí ípios foram atingidos, deixando o de Barra Velha em estado de pios foram atingidos, deixando o de Barra Velha em estado de calamidade p

calamidade pú ública e os munic blica e os municí ípios pios Bal Bal. Barra do Sul, . Barra do Sul, Bal Bal. . Cambori Camboriú ú, Bombinhas, Itapema, Itapo , Bombinhas, Itapema, Itapoá á e e Navegantes em estado de emergência. Muitos desses munic

Navegantes em estado de emergência. Muitos desses municí ípios apresentam grandes concentra pios apresentam grandes concentraç ções ões urbanas na orla mar

urbanas na orla marí ítima, expondo casas, pr tima, expondo casas, pré édios, estradas, infra dios, estradas, infra- -estrutura urbana a estas estrutura urbana a estas adversidades

adversidades . .

0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4

19 97

19 98

19 99

20 00

20 01

20 02

20 03

Freqüência

F re q ü ê n c ia a n u a l M é d ia

0 2 4 6 8 10 12 14 16

F re q ü ê n c ia

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

♦ ♦

Bombinhas

Bombinhas ,maio de 2001 ,maio de 2001 Itapo Itapoá á, maio de 2001 , maio de 2001

(18)

Nos dias 27 e 28 de mar

Nos dias 27 e 28 de març ço de 2004 a região sul de Santa o de 2004 a região sul de Santa Catarina foi afetada por um fenômeno atmosf

Catarina foi afetada por um fenômeno atmosfé érico at rico atí ípico, pico, denominado como Furacão Catarina, .

denominado como Furacão Catarina, . Conforme publicado no Jornal da Ciência n

Conforme publicado no Jornal da Ciência nº º. 2802, de 01 de . 2802, de 01 de julho de 2005, os pesquisadores conclu

julho de 2005, os pesquisadores concluí íram que o Catarina foi ram que o Catarina foi classificado como um furacão, apesar de não ter apresentado classificado como um furacão, apesar de não ter apresentado caracter

caracterí ísticas t sticas tí ípicas durante o seu processo de forma picas durante o seu processo de formaç ção. ão.

Na noite do dia 27/03/04 e madrugada do dia 28/03/04, o Na noite do dia 27/03/04 e madrugada do dia 28/03/04, o Catarina atingiu a costa catarinense e ga

Catarina atingiu a costa catarinense e gaú úcha causando danos cha causando danos intensos, t

intensos, tí ípicos de um furacão.Foram relacionados picos de um furacão.Foram relacionados à às s edifica

edificaç ções (casas, galpões, estufas, postos de gasolina, etc.), ões (casas, galpões, estufas, postos de gasolina, etc.), infra

infra- -estrutura urbana (rede el estrutura urbana (rede elé étrica, telefonia, estradas, etc.), trica, telefonia, estradas, etc.), agricultura (milho, arroz, banana, etc.), flora e fauna, al

agricultura (milho, arroz, banana, etc.), flora e fauna, alé ém de m de afetar milhares de pessoas.

afetar milhares de pessoas.

Furacão Catarina

Furacão Catarina

(19)

Classe

Classe Caracter Caracterí ísticas sticas Muito Alta

Muito Alta Danos generalizados, com destrui Danos generalizados, com destruiç ção de muitas casas de ão de muitas casas de madeira e de tijolos. Grandes

madeira e de tijolos. Grandes á árvores tombadas e quebradas. rvores tombadas e quebradas.

Perda total na

Perda total na agricultura. agricultura.

Alta

Alta Destrui Destruiç ção de telhados, danos estruturais nas edifica ão de telhados, danos estruturais nas edificaç ções. ões.

Muitas

Muitas á árvores tombadas e quebradas. rvores tombadas e quebradas.

M

édia dia Destelhamentos freq Destelhamentos freqü üentes e destrui entes e destruiç ção de algumas estufas e ão de algumas estufas e galpões. Poucas

galpões. Poucas á árvores tombadas.Grandes perdas na rvores tombadas.Grandes perdas na agricultura.

agricultura.

Baixa

Baixa Perdas de algumas telhas (destelhamento leve). Muitos galhos de Perdas de algumas telhas (destelhamento leve). Muitos galhos de á

árvores quebrados. As maiores perdas foram na agricultura. rvores quebrados. As maiores perdas foram na agricultura.

(20)

Na Fig.1a,1b danos sobre as edificações. Fig. 1c e 1d representam os danos nas estufas de fumo, Nas Fig.2.a e 2b casas de madeira; (c) casa de tijolo; e (d) casa de alvenaria.

O número total de edificações danificadas e destruídas- 53.728 e 2.194, respectivamente corresponde a 36,4% do total de edificações existentes na área afetada pelo furacão . .

(d) (a)

(c)

(b)

(c)

(b)

(c) (a)

(d)

Sistemas atmosf

Sistemas atmosfé éricos que desencadearam os principais desastres naturais entre 1 ricos que desencadearam os principais desastres naturais entre 1980 980- -2004 2004 As inundações graduais geralmente ocorrem associadas a sistemas atmosféricos que, necessariamente, não apresentam intensas instabilidades convectivas. Entretanto, estes sistemas são caracterizados por permanecerem estacionados durante vários dias sobre uma mesma região do estado produzindo chuvas contínuas. Esse é o tipo de desastre natural mais comum em Santa Catarina, com destaque para as ocorrências nos seguintes anos: 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1986, 1987, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1995, 1996, 1997 e 1999.

Granizos, vendavais, inundações bruscas e tornados geralmente originam-se de sistemas atmosféricos semelhantes, pois necessitam de instabilidades atmosféricas intensas para ocorrerem. Os anos que se destacaram com relação às ocorrências de granizos foram: 1981, 1987, 1988, 1991, 1997 e 2003;

vendavais: 1987, 1998 e 2003; inundações bruscas: 1985, 1989, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998, 2000, 2001, 2002 e 2003.

As marés de tempestades geralmente atingem com maior intensidade o litoral catarinense. Quando os sistemas atmosféricos que desencadeiam esse tipo de fenômeno ocorrem, também podem desencadear vendavais e inundações costeiras. O ano de 2001, ocorreu um evento que atingiu praticamente todo o litoral catarinense.

As estiagens são marcadas por um período de escassez ou ausência de chuvas, podendo provocar

grandes prejuízos quando essa condição perdura ao longo de vários meses. Os anos que se destacaram

(21)

Desastres Naturais - Novembro de 2008

mapa do Estado de Santa Catarina apa do Estado de Santa Catarina- -BR, destacando a bacia do rio Itaja BR, destacando a bacia do rio Itajaí í

Baixo vale da bacia hidrogr

Baixo vale da bacia hidrográ áfica do rio Itaja fica do rio Itajaí í- -A çu. u.

Fonte: REFOSCO, 2003. Elabora

Fonte: REFOSCO, 2003. Elaboraç ção: Soraia L. ão: Soraia L. Porath Porath,,S/d ,,S/d

(22)

3/3/2010 43

No Alto Vale a drenagem encontra-se encaixada formando pequenos Canyons com alta velocidade de escoamento, intenso poder erosiva e grande capacidade de transporte de sedimentos; Os altiplanos estão esculpidos sobre rochas sedimentares paleozóicas (argilitos, siltitos folhelhos e arenitos) e mesozóicas (arenitos Botucatu e basalto Serra Geral).

No Médio Vale a ação da drenagem não é tão intensa, quanto a do Alto Vale, onde as rochas sedimentares existentes foram erodidas anteriormente aflorando rochas metamórficas nas suas margens;

No Baixo vale, ocorre o alargamento da planície sedimentar com altitudes muitas vezes abaixo de 100m, onde a drenagem apresenta baixa capacidade erosiva, menor velocidade de escoamento, baixa capacidade de transporte de sedimentos, surgindo as várzeas e as planícies de aluvião.

As serras litorâneas são esculpidas sobre rochas mais antigas do embasamento. As rochas magmáticas e metamórficas pré-cambrianas do embasamento geológico (Complexo Luiz Alves, Grupos Brusque e Itajaí, e granitos intrusivos diversos) constituem o substrato geológico da parte oriental da bacia.

Desastres Naturais

Desastres Naturais – Novembro de 2008 Novembro de 2008

A Bacia Hidrografia do Rio Itaja

A Bacia Hidrografia do Rio Itajaí í com uma com uma á área de aproximadamente 15 000 rea de aproximadamente 15 000 Km2 corresponde a maior bacia hidrogr

Km2 corresponde a maior bacia hidrográ áfica da vertente atlântica de Santa fica da vertente atlântica de Santa Catarina, ocupando, uma total de 16,15% do Estado (Frank e Pinhe

Catarina, ocupando, uma total de 16,15% do Estado (Frank e Pinheiro, 2003 iro, 2003

590000 690000

7000000

MESORREGIÃO IV – VALE DO ITAJAÍ

690000

Florianópolis Itajaí Blumenau

Rio do Sul

Lages

7000000

590000

São Francisco do Sul

MESORREGIÃO IV – VALE DO ITAJAÍ Carta Imagem do Satélite Landsat 7 – ETM+ Fusão dos canais – visível, infravermelho e pancromático

N

Pr ojeção Univer sal Transversa de Mercartor Datu m W GS 84 Fonte do Mosaico: U .S. Geolo gical Survey

25 km 0 25 50 km

0 10 20 30 40 50 60

%

IG IB ESC ES GR VE TOR

Desastres Naturais Total: 674

(23)

Desastres Naturais

Desastres Naturais – Novembro de 2008 Novembro de 2008

no mês de novembro de 2008 as chuvas foram excepcionais, com totais pluviométricos mensais desde então nunca antes registrados para o Estado, deixando mais de 50 municípios da zona costeira em estado de emergência, sendo que dez decretaram calamidade pública.

Na escala mensal os maiores volumes de chuva acumulados foram verificados no Vale do Itajaí e no Litoral Norte, com totais de :

1143 mm em São Francisco do Sul,

940 mm em Joinville,

912,4mm em Blumenau,

880 mm em Itapoá e

687,3mm em Itajaí.

Em relação à climatologia do mês de novembro, as chuvas acumuladas no Litoral Norte e Vale do Itajaí, estiveram entre 350 e 400% acima do esperado, e aproximadamente 270% acima da média climatológica na região da Grande Florianópolis

Recordes de novembro de 2008, comparados com julho/1983 e outros meses. Maria Assunção F. Silva Dias e colaboradore (http://www.catastrofesnaturais.sc.gov.br/

(24)

/ /

Recordes de

Recordes de novembro novembro e respectivos anos de ocorrência (esta e respectivos anos de ocorrência (estaç ções da ões da Epagri Epagri e ANA e ANA - - Agência Nacional Agência Nacional de

de Á Águas). Maria Assun guas). Maria Assunç ção F. Silva Dias e colaboradores ( ão F. Silva Dias e colaboradores (http://www.catastrofesnaturais.sc.gov.br http://www.catastrofesnaturais.sc.gov.br

♦ ♦ Segundo Segundo Ciram Ciram/ /Epagri Epagri- -SC SC, (2008), os maiores volumes de chuva acumulados em 24 , (2008), os maiores volumes de chuva acumulados em 24 horas ocorreram em

horas ocorreram em: :

São Francisco do Sul (295,6mm),

Blumenau (337,4mm e 283,1mm),

Balneário Camboriú (252,4mm e 233,8mm),

Joinville (232,1mm),

Itapoá ( 213,2mm e 195mm),

Luis Alves (192,6mm),

Itajaí (186,7mm) e

Florianópolis (160,1mm).,

num único dia choveu mais do que a média mensal.

O total acumulado dos dias 21 a 25 de novembro foi de 523,9 mm. E mensal

ao redor de 1.000mm

(25)

♦ ♦ Os totais de chuva horá Os totais de chuva hor ária podem ser classificados, de um ria podem ser classificados, de um modo geral, em

modo geral, em: :

♦ ♦ Chuva fraca (entre 0,25 mm/hora e 1,0 mm/hora) Chuva fraca (entre 0,25 mm/hora e 1,0 mm/hora)

♦ ♦ Chuva moderada (entre 1 e 4 mm/hora) Chuva moderada (entre 1 e 4 mm/hora)

Chuva forte (entre 4 e 16 mm/hora) Chuva forte (entre 4 e 16 mm/hora)

Chuva muito forte (entre 16 e 50 mm/hora) Chuva muito forte (entre 16 e 50 mm/hora)

♦ ♦ Chuva extrema (mais de 50 mm/hora) Chuva extrema (mais de 50 mm/hora)

♦ ♦ Maria Assun Maria Assunç ção F. Silva Dias e ão F. Silva Dias e colaboradore colaboradore ( ( http:// http://www.catastrofesnaturais.sc.gov.br www.catastrofesnaturais.sc.gov.br/ /

Recordes diários de novembro e respectivas datas de ocorrência - dia/ano -(estações Epagri e ANA).

Maria Assunção F. Silva Dias e colaboradores (http://www.catastrofesnaturais.sc.gov.br/

(26)

Recordes diários de novembro de 2008, comparados com julho/1983 e outros

meses. Maria Assunção F. Silva Dias e colaboradore (http://www.catastrofesnaturais.sc.gov.br /

117 óbitos

32 desaparecidos 21.269 desabrigados 47.895 desalojados

Números do Desastre de Santa Catarina- Nov. 2008 :

Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina, 03/12/ 08.

(27)

VITIMAS FATAIS Brusque: 01 Gaspar: 16 Blumenau: 24 Jaraguá do Sul: 13 Pomerode: 01

Bom Jardim da Serra: 01 Luís Alves: 10

Rancho Queimados: 02 Ilhota: 37

Benedito Novo: 02 Rodeio: 04 Itajaí: 02

São Pedro de Alcântara: 01 Florianópolis: 01

Timbó: 01

Números do Desastre de Santa Catarina:

Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina, 03/12/ 08.

T O T A L: 117 T O T A L: 117

♦ ♦ atualizado dia 05/03/09. atualizado dia 05/03/09.

♦ ♦ 2.637 desabrigados e 9.390 desalojados, totalizando 12.027 Regi 2.637 desabrigados e 9.390 desalojados, totalizando 12.027 Registros stros

♦ ♦ 135 Ó 135 ÓBITOS e BITOS e

♦ ♦ 02 desaparecidos . 02 desaparecidos .

A entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) destacou o evento climático no País como um dos mais sérios do ano no mundo.

Os estragos provocados pela chuva em Santa Catarina foram os piores em um século na região, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Para Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, as enchentes foram "excepcionais". Sabemos que as

mudanças climáticas vão tornar eventos como esse cada

vez mais intenso' — alertou Jarraud (Diário catarinense ) )

(28)

3/3/2010 55

Durante os meses de setembro até Durante os meses de setembro at é 19 de novembro de 2008, as chuvas ocorreram 19 de novembro de 2008, as chuvas ocorreram de forma continua, e de intensidade moderada a forte em alguns m

de forma continua, e de intensidade moderada a forte em alguns momentos, omentos, provocando a satura

provocando a saturaç ção do solo. ão do solo.

♦ ♦ No dia 19 de novembro a circulaç No dia 19 de novembro a circula ção mar ão marí ítima (predom tima (predomí ínio de ventos de leste), nio de ventos de leste), favorecida pela atua

favorecida pela atuaç ção de um sistema de alta pressão centrado no Atlântico, ão de um sistema de alta pressão centrado no Atlântico,

‘transportou transportou’ umidade do mar para o continente em ní umidade do mar para o continente em n íveis pr veis pró óximos ximos à à superf superfí ície, cie, resultando em tempo inst

resultando em tempo instá ável com chuva persistente da Grande Florian vel com chuva persistente da Grande Florianó ópolis ao polis ao Litoral Norte, no M

Litoral Norte, no Mé édio e no Baixo Vale do Itaja dio e no Baixo Vale do Itajaí í A çu. u.

♦ ♦ Entre os dias 21 e 23/11/2008 um vó Entre os dias 21 e 23/11/2008 um v órtice rtice ciclônico ciclônico, sistema de baixa pressão em , sistema de baixa pressão em m

édios n dios ní íveis da atmosfera, intensificou a instabilidade e a nebulosidade veis da atmosfera, intensificou a instabilidade e a nebulosidade. A chuva . A chuva passou de moderada a forte de maneira cont

passou de moderada a forte de maneira contí ínua, ampliando rapidamente as nua, ampliando rapidamente as áreas inundadas ao que se somaram a centenas de deslizamentos nas á reas inundadas ao que se somaram a centenas de deslizamentos nas encostas e encostas e eleva

elevaç ção r ão rá ápida do n pida do ní ível dos rios com transbordamentos e inunda vel dos rios com transbordamentos e inundaç ções a partir do ões a partir do dia 22/11/2008. (MINUZZI, R. e CAMARGO, C. 2008

dia 22/11/2008. (MINUZZI, R. e CAMARGO, C. 2008) )

As causas da chuva

episódio nov 2008

Resultado de uma combinação de sistemas de diferentes escalas espaciais e temporais.

No aspecto global, os meses de setembro, outubro e novembro, assim como as primeiras semanas de dezembro, foram caracterizados pela presença de fortes anomalias de pressão atmosférica, de sinal alternado, em praticamente todo o hemisfério sul

Anomalias de pressão atmosférica na superfície do mar, em hPa, com respeito à normal

climatológica (1961-1990) no período de setembro, outubro e novembro de 2008. As áreas com

cores quentes indicam a presença de anomalias positivas de pressão, vinculadas à ocorrência

de sistemas de alta pressão (anticiclones) de bloqueio. Maria Assunção F. Silva Dias e

colaboradore (http://www.catastrofesnaturais.sc.gov.br /

(29)

O termo “bloqueio” é utilizado quando áreas de alta pressão (que podem perdurar durante vários dias ou, inclusive, semanas) são muito intensas e estáveis, e bloqueiam o deslocamento de sistemas meteorológicos como as frentes frias, que são responsáveis pelas variações das condições de tempo.

Quando um bloqueio atmosférico se estabelece, as condições do tempo persistem quase sem variações até que o sistema se desloca ou dissipa.

A localização do anticiclone de bloqueio no oceano Atlântico (com ventos que giram no sentido anti-horário no Hemisfério Sul, determinou a ocorrência de ventos de leste sobre boa parte da costa da Região Sul. Esses ventos, devido à orientação Norte-Sul da costa, incidiram mais diretamente sobre o litoral de SC, transportando, portanto, a umidade típica do oceano para o continente.

Os ventos persistentes e úmidos vindos do mar foram levantados pela serra catarinense causando o esfriamento e a condensação do ar. Como consequência disso, chuvas de fraca ou moderada intensidade atingiram continuamente a região litorânea de SC .

Número de catástrofes naturais (EM-DAT, 2005) e de danos produzidos pelos mesmos no mundo durante

(30)

Número de deslizamentos na Itália (Guzzetti y Tonelli, 2004) e tendencias para os grandes tipos de catástrofes naturais no mundo (EM- DAT, 2005).

♦ ♦ As proje As projeç ções ões de cená de cen ários de mudan rios de mudanç ças clim as climá áticas para o s ticas para o sé éculo XXI culo XXI indicam

indicam

-aumento da incidência de - aumento da incidência de fenômenos fenômenos extremos de extremos de precipita

precipitaç ção para Santa Catarina. ão para Santa Catarina.

tendências sugerem: tendências sugerem:

-

-aumento nos extremos de chuva e não de chuvas distribu aumento nos extremos de chuva e não de chuvas distribuí ídas das regularmente no tempo e espa

regularmente no tempo e espaç ço o

-aumento na frequência e intensidade de eventos de chuva no - aumento na frequência e intensidade de eventos de chuva no sudeste da Am

sudeste da Amé érica do Sul. rica do Sul.

(31)

RISCOS NATURAIS:

RISCOS NATURAIS:

NTERA

NTERAÇ ÇÃO ENTRE DINÂMICA NATURAL E A ÃO ENTRE DINÂMICA NATURAL E AÇ ÇÃO ANTR ÃO ANTRÓ ÓPICA PICA

♦ ♦ -Riscos de movimentos de massa - Riscos de movimentos de massa

♦ Processo natural de evoluç Processo natural de evolu ção das vertentes, podem envolver a movimenta ão das vertentes, podem envolver a movimentaç ção de ão de pequenas part

pequenas partí ículas, at culas, até é à à queda de blocos e, ainda, fluxos lamacentos. Os queda de blocos e, ainda, fluxos lamacentos. Os movimentos r

movimentos rá ápidos escorregamentos, pidos escorregamentos, solifluxão solifluxão, etc.) ocorrem nos per , etc.) ocorrem nos perí íodos de odos de abundante precipita

abundante precipitaç ção ão. .

♦ Fatores Fatores de de suscetibildade suscetibildade natural natural: :

♦ Hidroclim Hidroclimá áticas ticas- - A infiltra A infiltraç ção, resultante da precipita ão, resultante da precipitaç ção, ão, ativa ativa a circulaç a circula ção ão subterrânea, que se escoa entre a rocha, inalterada e os dep

subterrânea, que se escoa entre a rocha, inalterada e os depó ósitos sobrejacentes. sitos sobrejacentes.

Quando estes caudais subterrâneos são elevados e associados

Quando estes caudais subterrâneos são elevados e associados à à á água infiltrada pela gua infiltrada pela chuva, podem contribuir para a fluidifica

chuva, podem contribuir para a fluidificaç ção dos dep ão dos depó ósitos sobrejacentes e criar sitos sobrejacentes e criar condi

condiç ções para o seu deslizamento, que muitas vezes se prolonga para j ões para o seu deslizamento, que muitas vezes se prolonga para jusante atrav usante atravé és s de fluxos lamacentos. (Pedrosa

de fluxos lamacentos. (Pedrosa et et. al . al. 2001) . 2001)

(32)

♦ ♦ Movimentos de massa induzidos pela a Movimentos de massa induzidos pela aç ção ão humana: humana:

♦ ♦ Nos cortes de vertentes com solos profundos, com fluxo subterrâ Nos cortes de vertentes com solos profundos, com fluxo subterrâneo neo interrompido, por muros, paredes, manta de concreto;

interrompido, por muros, paredes, manta de concreto;

Nas sequências de cortes e aterros conjugados em vertentes muito inclinadas, Nas sequências de cortes e aterros conjugados em vertentes muit o inclinadas, que possibilitam ultrapassar o limite natural de estabilidade .

que possibilitam ultrapassar o limite natural de estabilidade .

Nos morros e cabeceiras de drenagens com alta densidade de barr Nos morros e cabeceiras de drenagens com alta densidade de barrancos e ancos e favelas, onde não h

favelas, onde não há á prevenç preven ção com as ão com as águas servidas, que tendem a satura á guas servidas, que tendem a saturaç ção ão do solo.

do solo.

Nos cortes em baixa vertentes com solos saturados pelas Nos cortes em baixa vertentes com solos saturados pelas águas do fre á guas do freá ático tico cujo fluxo subterrâneo

cujo fluxo subterrâneo é é interrompido por muros de arrimo, interrompido por muros de arrimo, gabiões, concreto gabiões , concreto atirantado

atirantado. .

Remoç Remo ção da cobertura vegetal, que origina a exposi ão da cobertura vegetal, que origina a exposiç ção do solo, perda da ão do solo, perda da estrutura superficial e o aumento da infiltra

estrutura superficial e o aumento da infiltraç ção; ão;

Vazamento na rede de abastecimento de Vazamento na rede de abastecimento de á água, de esgoto e presen gua, de esgoto e presenç ça de fossas a de fossas que propiciam a satura

que propiciam a saturaç ção do solo e cria ão do solo e criaç ção de fluxos subterrâneos; ão de fluxos subterrâneos;

♦ ♦ Execu Execuç ção deficiente de aterros, quanto a compacta ão deficiente de aterros, quanto a compactaç ção, sobre canais de ão, sobre canais de drenagens, ou com deficiência de drenagens internas e superficia

drenagens, ou com deficiência de drenagens internas e superficiais; is;

♦ ♦ Lan Lanç çamento de entulho e lixo nas encostas cujo material heterog amento de entulho e lixo nas encostas cujo material heterogé éneo neo possibilita armazenar

possibilita armazenar á água durante as chuvas e se gua durante as chuvas e se instabilizar instabilizar; ;

Vibra Vibraç ções produzidas por explosões e circula ões produzidas por explosões e circulaç ção de tr ão de trá áfegos pesados fegos pesados Minera

Mineraç ção, entre outros ão, entre outros . .

onde se analisam os fatores onde se analisam os fatores fisicos fisicos –naturais naturais e socioeconomico e socioeconomico da da á área. ( rea. ( An Aná álise lise ) )

♦ ♦ Se determinam as formas de uso mais Se determinam as formas de uso mais corretas

corretas e necess e necessá árias rias (diagn (diagnó óstico stico ) )

♦ ♦ Estabelecimento de normas que regularizem Estabelecimento de normas que regularizem os usos (

os usos (recomenda recomendaç ção) ão)

♦ ♦ Para ordenaç Para ordena ção ,Manejo e gestão ão ,Manejo e gestão

Planejamento territorial

Planejamento territorial , ,

Referências

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