Curso de
Curso de Multiplicadores em Gestão de Riscos de Desastres Naturais Multiplicadores em Gestão de Riscos de Desastres Naturais
Desastres naturais em Santa Catarina:
Histórico de ocupação nas áreas mais afetadas
Maria Lúcia de Paula Herrmann Profª do Depto de Geociências da UFSC)
Florianópolis, 22 a 26 de fevereiro de 2010
♦
♦ são causados pelas adversidades são causados pelas adversidades atmosfericas atmosfericas, caracterizadas pelos , caracterizadas pelos
♦
♦ elevados elevados totais pluviom totais pluviomé étricos tricos que provocam inunda que provocam inundaç ções, escorregamentos e ões, escorregamentos e quedas de blocos,
quedas de blocos,
pelos prolongados meses de
pelos prolongados meses de estiagens estiagens e e
♦
♦ pelas pelas tempestades severas tempestades severas, que geram vendavais, granizos, tornados e mar , que geram vendavais, granizos, tornados e maré és de s de tempestades.
tempestades.
♦
♦ Al Alé ém disso, em mar m disso, em març ço de 2004 ocorreu o epis o de 2004 ocorreu o episó ódio in dio iné édito no Brasil, o dito no Brasil, o Furacão Furacão Catarina.
Catarina.
♦
♦ Essas ocorrências deixam comumente, um grande n Essas ocorrências deixam comumente, um grande nú úmero de desabrigados e mero de desabrigados e mortos, de residências destru
mortos, de residências destruí ídas, prejudicam a agricultura, pecu das, prejudicam a agricultura, pecuá ária e a infra ria e a infra- - estrutura p
estrutura pú ública dos munic blica dos municí ípios afetados. pios afetados.
Desastres Naturais
Desastres Naturais em Santa Catarina Santa Catarina
Desastres Naturais
Desastres Naturais - - per perí íodo odo de 1980 a 2007 de 1980 a 2007
Fig. 1- Demonstrativo dos totais das principais ocorrências de desastres naturais no Estado de Santa Catarina (1980 a 2007) (Herrmann Org. (2007)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
N ú m e ro d e O c o rr ê n c ia s
IG IB ESC ES GR VE TOR MA
1229 ocorrências de inunda
1229 ocorrências de inundaç ções graduais, (IG) ões graduais, (IG) 701 de inunda
701 de inundaç ções bruscas, (IB) ões bruscas, (IB) 140 de escorregamentos, (ESC) 140 de escorregamentos, (ESC) 780 de estiagens, (ES)
780 de estiagens, (ES) 422 de granizos, (GR) 422 de granizos, (GR) 549 de vendavais (VE) e 549 de vendavais (VE) e 43 de tornados. (TOR) 43 de tornados. (TOR)
A partir de 1998, foram computados 28 de mar
A partir de 1998, foram computados 28 de maré és de tempestade, (MA) s de tempestade, (MA) No ano de 2004 o in
No ano de 2004 o iné édito epis dito episó ódio do Furacão Catarina dio do Furacão Catarina. .
3/3/2010 4
Desastres Naturais
Desastres Naturais - - Municí Munic ípios do Estado de Santa Catarina classificados com pios do Estado de Santa Catarina classificados com frequência frequência (Muito Alta) de Desastres Naturais no per
(Muito Alta) de Desastres Naturais no perí íodo 1980 a 2007 odo 1980 a 2007. .
Fonte: Elaborado com base em Herrmann et al., (2007).
Inunda
Inundaç ç ões graduais ões graduais
Ocorre quando “... as águas elevam-se de forma paulatina e previsível;
mantêm-se em situação de cheia durante algum tempo, e, a seguir escoam-se gradualmente.”
0 50 100 150 200 250 300
1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3
F re q ü ê n c ia
Freqüência anual Média
0 50 100 150 200 250
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Inunda
Inundaç ç ões bruscas ões bruscas
♦ Popularmente conhecida como enxurrada, está associada a chuvas convectivas intensas e concentradas, que ocasionam o aumento súbito e violento do nível das águas.
0 20 40 60 80 100 120 140
1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3
F re q ü ê n c ia
Freqüência anual Média
0 20 40 60 80 100 120 140 160
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Dentre os pa
Dentre os paí íses ses Ibero Ibero- - Americanos o Brasil Americanos o Brasil é é o pa o paí ís que mais sofre a falta s que mais sofre a falta de gestão de riscos por inunda
de gestão de riscos por inundaç ções e escorregamentos ões e escorregamentos
At Até é 2001 o Brasil urbano registrava 2001 o Brasil urbano registrava perdas por inundaç perdas por inunda ções de U$ 1 bilhão ões de U$ 1 bilhão /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram 0,8% do
0,8% do Pib Pib. .
A falta de mecanismos de preven
A falta de mecanismos de prevenç ção aumenta custos devido aos deficits de ão aumenta custos devido aos deficits de saneamento e de
saneamento e de infra infra -estrutura. - estrutura.
No Estado de Santa Catarina, no per
No Estado de Santa Catarina, no perí íodo de 2000 a 2003 as inunda odo de 2000 a 2003 as inundaç ções ões trouxeram preju
trouxeram prejuí ízos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e zos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e deixaram mais de 13.000 desabrigados. (
deixaram mais de 13.000 desabrigados. (Herrmann Herrmann, , org org. in . iné édito). dito).
♦
♦ 2000 Inundações Associado a outros eventos
Inundações graduais R$ 9.348.341,00 R$ 642.429,41 Inundações bruscas R$ 27.917.981,70 R$ 1.513.223,00
2001 Inundações Associado a outros eventos Inundações graduais R$ 36.021.062,00 R$ 17.018.280,00 Inundações bruscas R$ 86.633.688,75 R$ 24.407.321,00
2002 Inundações Associado a outros eventos
Inundações graduais R$ 70.000,00 -
Inundações bruscas R$ 29.325.852,00 R$ 20.428.032,00 2003 Inundações Associado a outros eventos
Inundações graduais R$ 106.666,00 -
Inundações bruscas R$ 35.505.362,20 R$ 33.751.537,62
0 5 10 15 20 25 30 35 40
P re ju íz o s E s ti m a d o s ( M il h õ e s d e R e a is )
2000 2001 2002 2003
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
P re ju íz o E s ti m a d o ( M il h õ e s d e R e a is )
2000 2001 2002 2003
♦
♦ Somat Somató ória dos preju ria dos prejuí ízos provocados pelas inunda zos provocados pelas inundaç ções ões – – 2000 a 2003 2000 a 2003
Inunda
Inundaç ções graduais ões graduais inunda inundaç ções bruscas ões bruscas
CONDICIONANTES INUNDA CONDICIONANTES INUNDAÇ ÇÕES ÕES
♦ ♦ FATORES NATURAIS FATORES NATURAIS
♦ ♦ • • Pluviometria; Pluviometria ;
♦ ♦ • • Relevo; Relevo;
♦
♦ • • Tamanho e forma da bacia; Tamanho e forma da bacia;
♦
♦ • • Gradiente hidrá Gradiente hidr áulico do rio; ulico do rio;
♦
♦ • • Dinâmica de escoamento pluvial. Dinâmica de escoamento pluvial.
♦ ♦ FATORES ANTR FATORES ANTRÓ ÓPICOS PICOS
♦
♦ • • Impermeabilizaç Impermeabiliza ção dos terrenos; ão dos terrenos;
♦
♦ • • Obras e intervenç Obras e interven ções estruturais diversas ao longo dos cursos ões estruturais diversas ao longo dos cursos d d’á ’água gua; ;
♦ ♦ • • Erosão e assoreamento. Erosão e assoreamento.
♦ ♦ Modifica Modificaç ções no ões no hidrograma hidrograma pela impermeabilizaç pela impermeabiliza ção da bacia ão da bacia
Escorregamentos Escorregamentos
♦ Os escorregamentos ( slides ) representam a classe mais importante dentre todas as formas de movimento de massa - fenômeno relacionado com o processo natural de evolução das vertentes - comumente denominados de deslizamentos, desmoronamentos, quedas de barreira e desbarrancamentos, os quais referem-se, ao rápido movimento descendente de material inconsolidado ou intemperizado sobre um embasamento saturado de água, podendo inclusive, incluir as corridas de terra e de lama ( earth flow e mud flow ) e fluxo de detritos ( debris flow).
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3
F re q ü ê n c ia
Freqüência anual Média
0 5 10 15 20 25 30
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
CONDICIONANTES CONDICIONANTES
♦ ♦ CONDICIONANTES NATURAIS DOS ESCORREGAMENTOS CONDICIONANTES NATURAIS DOS ESCORREGAMENTOS
♦
♦ • • Caracterí Caracter ísticas de solos e rochas sticas de solos e rochas
♦ ♦ • • Relevo (inclinaç Relevo (inclina ção, forma de encosta) ão, forma de encosta)
♦ ♦ • • Vegetaç Vegeta ç ão ão
♦ ♦ • • Clima e ní Clima e n ível vel d d’á ’água gua
♦
♦ CONDICIONANTES ANTRÓ CONDICIONANTES ANTR ÓPICOS DOS ESCORREGAMENTOS PICOS DOS ESCORREGAMENTOS
♦ ♦ • • Cortes e aterros Cortes e aterros
♦ ♦ • • Desmatamento Desmatamento
♦ ♦ • • Lanç Lan çamento de amento de á água servida em superf gua servida em superfí ície cie
♦ ♦ • • Fossas sanitá Fossas sanit árias rias
♦ ♦ • • Lixo e entulho Lixo e entulho
♦ ♦ • • Cultivo inadequado Cultivo inadequado
Dentre os pa
Dentre os paí íses ses Ibero Ibero- - Americanos o Brasil Americanos o Brasil é é o pa o paí ís que mais sofre a falta s que mais sofre a falta de gestão de riscos por inunda
de gestão de riscos por inundaç ções e escorregamentos ões e escorregamentos
At Até é 2001 o Brasil urbano registrava 2001 o Brasil urbano registrava perdas por inundaç perdas por inunda ções de U$ 1 bilhão ões de U$ 1 bilhão /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram /ano, e em 2004 de U$ 3 bilhões/ano. Os Impactos comprometeram 0,8% do
0,8% do Pib Pib. .
A falta de mecanismos de preven
A falta de mecanismos de prevenç ção aumenta custos devido aos deficits de ão aumenta custos devido aos deficits de saneamento e de
saneamento e de infra infra -estrutura. - estrutura.
No Estado de Santa Catarina, no per
No Estado de Santa Catarina, no perí íodo de 2000 a 2003 as inunda odo de 2000 a 2003 as inundaç ções ões trouxeram preju
trouxeram prejuí ízos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e zos de U$ 255.128.953,00 , causaram 15 mortes e deixaram mais de 13.000 desabrigados. (
deixaram mais de 13.000 desabrigados. (Herrmann Herrmann, , org org. in . iné édito). dito).
Estiagem Estiagem
♦ ♦ Anomalia temporá Anomalia tempor ária originada pela deficiência na precipita ria originada pela deficiência na precipitaç ção ão durante um longo per
durante um longo perí íodo de tempo, geralmente por uma odo de tempo, geralmente por uma estaç esta ção do ano ou mais.. ão do ano ou mais..
0 20 40 60 80 100 120
1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3
F re q ü ê n c ia
Freqüência anual Média
0 20 40 60 80 100 120 140
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Prejuízos econômicos estimados para as ocorrências de estiagens no período 2000 - 2003. Em 2004 o prejuízo foi superior = R$ 482. 277 942,67
Mesorregião Estação Prejuzos R$ Mesorregião Estação Prejuzos R$
Serrana (3) Ver/Inv 6.531.875,00 Serrana (11) Ver/Out 94.665.088,00
Sul Catarinense (1) Ver/Inv 2.611.000,00 Vale do Itajaí (15) Ver/Out 52.755.290,67 Oeste Catarinense (73) Ver/Out 335.317.564,00
2 0 0 4 2 0 0 2
Oeste Catarinense (98) Ver/Inv 227.684.812,89
0 50 100 150 200 250
P re ju íz o E s ti m a d o ( M il h õ e s d e R e a is )
2000 2001 2002 2003
♦ ♦ Granizo é definido como precipitação em forma de esfera ou pedaços irregulares de gelo, que possui, convencionalmente, um diâmetro mínimo de 5 mm. (GLICKMAN, 2000 )
0 5 10 15 20 25 30 35 40
1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3
F re q ü ê n c ia
Freqüência anual Média
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Granizo
Granizo
♦
♦ Vendaval Vendaval
♦
♦ deslocamentos violentos de ar, na forma de rajadas, de uma área de alta pressão para outra de baixa pressão, associados a tempestades severas ,os quais podem gerar sérios danos e prejuízos, como destelhamentos e destruição de edificações, quedas de árvores e postes de energia elétrica, destruição de plantações e, ocasionalmente, feridos e mortes (CASTRO, 2003).
♦ Quando essas tempestades ocorrem de forma isolada, apresentam diâmetros inferiores a 25 km e duração de uma a duas horas, podendo gerar precipitações intensas, granizo, vendavais e tornados (AYOADE, 2002).
♦ Além disso, esses fenômenos também podem ocorrer associados a outros sistemas atmosféricos, como sistemas frontais, sistemas convectivos de mesoescala, ciclones extratropicais e tropicais (furacões) (VIANELLO e ALVES, 1991; AYOADE, 2002).
♦ Os ciclones extratropicais mais severos geralmente apresentam ventos com intensidade que variam entre 89 a 117 km/h. A partir desta intensidade,
independente do tipo de fenômeno atmosférico, os ventos adquirem intensidade e
poder de destruição semelhantes aos de furacões (COCH, 1994; SPARKS, 2003).
À
Às maiores s maiores freq freq üencias ü encias (classe Muito Alta) estão todos localizados no Oeste Catarinens (classe Muito Alta) estão todos localizados no Oeste Catarinense. e.
Isso ocorre devido
Isso ocorre devido à à atua atuaç ção dos ão dos CCMs CCMs que ai atuam principalmente durante a primavera que ai atuam principalmente durante a primavera Feveiro
Feveiro de 1984 de 1984, no munic , no municí ípio de Brusque (Vale do Itaja pio de Brusque (Vale do Itajaí í), que deixou 20.000 desabrigados. ), que deixou 20.000 desabrigados.
Dezembro de 1987
Dezembro de 1987, acompanhado de granizo, no munic , acompanhado de granizo, no municí ípio de Campo pio de Campo Erê Erê (Oeste (Oeste Catarinense) que deixou 7.450 desabrigados.
Catarinense) que deixou 7.450 desabrigados.
Novembro de 1998
Novembro de 1998, no munic , no municí ípio de Ca pio de Caç çador, deixando 3.660 desabrigados. Ressalta ador, deixando 3.660 desabrigados. Ressalta- -se que se que todos esses eventos geraram vultosos preju
todos esses eventos geraram vultosos prejuí ízos aos munic zos aos municí ípios afetados. pios afetados.
vendavais de maior magnitude
Joa
Joaç çaba aba,1998 ,1998 Meleiro, 2002 Meleiro, 2002
0 10 20 30 40 50 60 70 80
1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3
F re q ü ê n c ia
Freqüência anual Média
-1 9 19 29 39 49 59 69 79 89
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
♦ O tornado é considerado uma das mais violentas perturbações atmosféricas. Corresponde uma intensa coluna de ar giratória em contato com a superfície terrestre, pendente de uma nuvem cumulifome e, freqüentemente (mas não sempre) visível como uma nuvem funil (GLICKMAN, 2000).
Os tornados podem ser classificados segundo o local de ocorrência:
-Tromba d’água ( water spout ), quando ocorrem em superfície aquosa, como lagos, rios e oceanos; T -Tornados, quando ocorrem na superfície terrestre (GLICKMAN, 2000).
As trombas d’águas geralmente são menos intensas, mais frequentes e comuns do que os tornados
TORNADO
TORNADO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3
F re q ü ê n c ia
Freqüência anual Média
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
TORNADO
TORNADO
Houve registros de ocorrências de tornados em todas as mesorregiões do estado. Alguns municípios tiveram maior número de registros desse fenômeno, destacando-se: Xanxerê, Florianópolis, Canoinhas, entre outros.
♦ Dentre os episódios de tornados de maior magnitude ocorridos em Santa Catarina destacam-se o de Maravilha e São Joaquim, que foram classificados como F3.
O episódio de Maravilha ocorreu em outubro de 1984 causando 5 vítimas fatais, aproximadamente 200 feridos e 500 desabrigados.
O tornado no município de São Joaquim deixou 5 vítimas fatais, 80 feridos e 380 desabrigados. De acordo com Marcelino (2003).
As Figuras mostram a seqüência de formação de uma tromba d’água ocorrida em São Francisco do Sul, litoral norte catarinense, em janeiro de 1996. .
Santa Catarina registrou 74 municípios em Situação de Emergência por causa dos eventos adversos ocorridos no Estado no dia 8 de setembro 2009. Destes, 65 estão incluídos, por vendaval ou temporal.
Os demais, Araranguá, Balneário Gaivota, Içara, Imaruí, Meleiro, Orleans, Praia Grande, Três Barras e Turvo, decretaram após esta data por enxurrada.
Além das cidades com decretação, outras 8 foram afetadas pelas chuvas da última semana, totalizando 82 municípios atingidos.
Desabrigados e desalojados - o número de pessoas desabrigadas e desalojadas nesta terça, conforme novo relatório da Defesa Civil Estadual é de 1.887 desabrigados e 9.765 desalojados em todo o Estado .
vendavais e tornados set 2009
vendavais e tornados set 2009
♦ É um tipo de inundação costeira causada pela sobre-elevação do nível do mar durante eventos de tempestade.
♦ Ela resulta do empilhamento da água oceânica induzido pelo cisalhamento do vento e pela presença de gradientes de pressão atmosférica (CARTER, 1988).
♦ Região Sul do Brasil, as marés de tempestade ocorrem durante a passagem de sistemas atmosféricos intensos como as frentes polares atlânticas e os ciclones extratropicais.
♦ Sobre-elevações excepcionais ocorrem durante tempestades intensas associadas a marés de sizígia. Durante tais eventos a elevação do nível do mar causada pela maré de tempestade (maré meteorológica), somada aos níveis extremos de maré de sizígia (maré astronômica), pode causar inundações severas nas comunidades costeiras (WHITEHOUSE e BURTON, 1999).
♦ No estado de Santa Catarina, Truccolo (1998) observou, para um período de cinco meses de monitoramento em São Francisco do Sul, uma sobre- elevação máxima de 115 cm devido à componente meteorológica da maré associada a ventos incidentes do quadrante sul.
Maré de tempestade, ( “ressaca”)
No per
No perí íodo de 1997 a 2003 foram identificados 26 registros de mar odo de 1997 a 2003 foram identificados 26 registros de maré és de tempestade.. s de tempestade..
Entre 2000 e 2003, as mar
Entre 2000 e 2003, as maré és de tempestade deixaram nove munic s de tempestade deixaram nove municí ípios em estado de emergência, um pios em estado de emergência, um em estado de calamidade p
em estado de calamidade pú ública, 84 desabrigados, 219 desalojados, 1.900 afetados. blica, 84 desabrigados, 219 desalojados, 1.900 afetados.
A A frequência frequência anual de mar anual de maré és de s de tempestades tempestadesindica indica mé m édia de 3,7mares de tempestades por ano. O pico dia de 3,7mares de tempestades por ano. O pico verificado em 2001 esteve relacionado ciclone extratropical inte
verificado em 2001 esteve relacionado ciclone extratropical intenso em condi nso em condiç ção de mar ão de maré é de sizí de siz ígia gia A
A frequência frequência mensal de mar mensal de maré és de tempestades s de tempestades, destaca o mês de maio como o mais intenso. mais severo , destaca o mês de maio como o mais intenso. mais severo dos
dos ú últimos 20 anos., onze munic ltimos 20 anos., onze municí ípios foram atingidos, deixando o de Barra Velha em estado de pios foram atingidos, deixando o de Barra Velha em estado de calamidade p
calamidade pú ública e os munic blica e os municí ípios pios Bal Bal. Barra do Sul, . Barra do Sul, Bal Bal. . Cambori Camboriú ú, Bombinhas, Itapema, Itapo , Bombinhas, Itapema, Itapoá á e e Navegantes em estado de emergência. Muitos desses munic
Navegantes em estado de emergência. Muitos desses municí ípios apresentam grandes concentra pios apresentam grandes concentraç ções ões urbanas na orla mar
urbanas na orla marí ítima, expondo casas, pr tima, expondo casas, pré édios, estradas, infra dios, estradas, infra- -estrutura urbana a estas estrutura urbana a estas adversidades
adversidades . .
0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4
19 97
19 98
19 99
20 00
20 01
20 02
20 03
Freqüência
F re q ü ê n c ia a n u a l M é d ia
0 2 4 6 8 10 12 14 16
F re q ü ê n c ia
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
♦ ♦
Bombinhas
Bombinhas ,maio de 2001 ,maio de 2001 Itapo Itapoá á, maio de 2001 , maio de 2001
Nos dias 27 e 28 de mar
Nos dias 27 e 28 de març ço de 2004 a região sul de Santa o de 2004 a região sul de Santa Catarina foi afetada por um fenômeno atmosf
Catarina foi afetada por um fenômeno atmosfé érico at rico atí ípico, pico, denominado como Furacão Catarina, .
denominado como Furacão Catarina, . Conforme publicado no Jornal da Ciência n
Conforme publicado no Jornal da Ciência nº º. 2802, de 01 de . 2802, de 01 de julho de 2005, os pesquisadores conclu
julho de 2005, os pesquisadores concluí íram que o Catarina foi ram que o Catarina foi classificado como um furacão, apesar de não ter apresentado classificado como um furacão, apesar de não ter apresentado caracter
caracterí ísticas t sticas tí ípicas durante o seu processo de forma picas durante o seu processo de formaç ção. ão.
Na noite do dia 27/03/04 e madrugada do dia 28/03/04, o Na noite do dia 27/03/04 e madrugada do dia 28/03/04, o Catarina atingiu a costa catarinense e ga
Catarina atingiu a costa catarinense e gaú úcha causando danos cha causando danos intensos, t
intensos, tí ípicos de um furacão.Foram relacionados picos de um furacão.Foram relacionados à às s edifica
edificaç ções (casas, galpões, estufas, postos de gasolina, etc.), ões (casas, galpões, estufas, postos de gasolina, etc.), infra
infra- -estrutura urbana (rede el estrutura urbana (rede elé étrica, telefonia, estradas, etc.), trica, telefonia, estradas, etc.), agricultura (milho, arroz, banana, etc.), flora e fauna, al
agricultura (milho, arroz, banana, etc.), flora e fauna, alé ém de m de afetar milhares de pessoas.
afetar milhares de pessoas.
Furacão Catarina
Furacão Catarina
Classe
Classe Caracter Caracterí ísticas sticas Muito Alta
Muito Alta Danos generalizados, com destrui Danos generalizados, com destruiç ção de muitas casas de ão de muitas casas de madeira e de tijolos. Grandes
madeira e de tijolos. Grandes á árvores tombadas e quebradas. rvores tombadas e quebradas.
Perda total na
Perda total na agricultura. agricultura.
Alta
Alta Destrui Destruiç ção de telhados, danos estruturais nas edifica ão de telhados, danos estruturais nas edificaç ções. ões.
Muitas
Muitas á árvores tombadas e quebradas. rvores tombadas e quebradas.
M
Mé édia dia Destelhamentos freq Destelhamentos freqü üentes e destrui entes e destruiç ção de algumas estufas e ão de algumas estufas e galpões. Poucas
galpões. Poucas á árvores tombadas.Grandes perdas na rvores tombadas.Grandes perdas na agricultura.
agricultura.
Baixa
Baixa Perdas de algumas telhas (destelhamento leve). Muitos galhos de Perdas de algumas telhas (destelhamento leve). Muitos galhos de á
árvores quebrados. As maiores perdas foram na agricultura. rvores quebrados. As maiores perdas foram na agricultura.
Na Fig.1a,1b danos sobre as edificações. Fig. 1c e 1d representam os danos nas estufas de fumo, Nas Fig.2.a e 2b casas de madeira; (c) casa de tijolo; e (d) casa de alvenaria.
O número total de edificações danificadas e destruídas- 53.728 e 2.194, respectivamente corresponde a 36,4% do total de edificações existentes na área afetada pelo furacão . .
(d) (a)
(c)
(b)
(c)
(b)
(c) (a)
(d)
Sistemas atmosf
Sistemas atmosfé éricos que desencadearam os principais desastres naturais entre 1 ricos que desencadearam os principais desastres naturais entre 1980 980- -2004 2004 As inundações graduais geralmente ocorrem associadas a sistemas atmosféricos que, necessariamente, não apresentam intensas instabilidades convectivas. Entretanto, estes sistemas são caracterizados por permanecerem estacionados durante vários dias sobre uma mesma região do estado produzindo chuvas contínuas. Esse é o tipo de desastre natural mais comum em Santa Catarina, com destaque para as ocorrências nos seguintes anos: 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1986, 1987, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1995, 1996, 1997 e 1999.
Granizos, vendavais, inundações bruscas e tornados geralmente originam-se de sistemas atmosféricos semelhantes, pois necessitam de instabilidades atmosféricas intensas para ocorrerem. Os anos que se destacaram com relação às ocorrências de granizos foram: 1981, 1987, 1988, 1991, 1997 e 2003;
vendavais: 1987, 1998 e 2003; inundações bruscas: 1985, 1989, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998, 2000, 2001, 2002 e 2003.
As marés de tempestades geralmente atingem com maior intensidade o litoral catarinense. Quando os sistemas atmosféricos que desencadeiam esse tipo de fenômeno ocorrem, também podem desencadear vendavais e inundações costeiras. O ano de 2001, ocorreu um evento que atingiu praticamente todo o litoral catarinense.
As estiagens são marcadas por um período de escassez ou ausência de chuvas, podendo provocar
grandes prejuízos quando essa condição perdura ao longo de vários meses. Os anos que se destacaram
Desastres Naturais - Novembro de 2008
mapa do Estado de Santa Catarina apa do Estado de Santa Catarina- -BR, destacando a bacia do rio Itaja BR, destacando a bacia do rio Itajaí í
Baixo vale da bacia hidrogr
Baixo vale da bacia hidrográ áfica do rio Itaja fica do rio Itajaí í- -A Aç çu. u.
Fonte: REFOSCO, 2003. Elabora
Fonte: REFOSCO, 2003. Elaboraç ção: Soraia L. ão: Soraia L. Porath Porath,,S/d ,,S/d
3/3/2010 43
No Alto Vale a drenagem encontra-se encaixada formando pequenos Canyons com alta velocidade de escoamento, intenso poder erosiva e grande capacidade de transporte de sedimentos; Os altiplanos estão esculpidos sobre rochas sedimentares paleozóicas (argilitos, siltitos folhelhos e arenitos) e mesozóicas (arenitos Botucatu e basalto Serra Geral).
♦ No Médio Vale a ação da drenagem não é tão intensa, quanto a do Alto Vale, onde as rochas sedimentares existentes foram erodidas anteriormente aflorando rochas metamórficas nas suas margens;
♦ No Baixo vale, ocorre o alargamento da planície sedimentar com altitudes muitas vezes abaixo de 100m, onde a drenagem apresenta baixa capacidade erosiva, menor velocidade de escoamento, baixa capacidade de transporte de sedimentos, surgindo as várzeas e as planícies de aluvião.
♦ As serras litorâneas são esculpidas sobre rochas mais antigas do embasamento. As rochas magmáticas e metamórficas pré-cambrianas do embasamento geológico (Complexo Luiz Alves, Grupos Brusque e Itajaí, e granitos intrusivos diversos) constituem o substrato geológico da parte oriental da bacia.
Desastres Naturais
Desastres Naturais – – Novembro de 2008 Novembro de 2008
A Bacia Hidrografia do Rio Itaja
A Bacia Hidrografia do Rio Itajaí í com uma com uma á área de aproximadamente 15 000 rea de aproximadamente 15 000 Km2 corresponde a maior bacia hidrogr
Km2 corresponde a maior bacia hidrográ áfica da vertente atlântica de Santa fica da vertente atlântica de Santa Catarina, ocupando, uma total de 16,15% do Estado (Frank e Pinhe
Catarina, ocupando, uma total de 16,15% do Estado (Frank e Pinheiro, 2003 iro, 2003
590000 690000
7000000
MESORREGIÃO IV – VALE DO ITAJAÍ
690000
Florianópolis Itajaí Blumenau
Rio do Sul
Lages
7000000
590000
São Francisco do Sul
MESORREGIÃO IV – VALE DO ITAJAÍ Carta Imagem do Satélite Landsat 7 – ETM+ Fusão dos canais – visível, infravermelho e pancromático
N
Pr ojeção Univer sal Transversa de Mercartor Datu m W GS 84 Fonte do Mosaico: U .S. Geolo gical Survey
25 km 0 25 50 km