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Palavra-Chave: Estruturas de concreto, Cobrimento, Armadura, Durabilidade e Pacometria.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Análise Qualitativa e Quantitativa da Execução do Cobrimento de Armadura em Estruturas de Concreto Armado na Cidade de Catalão -

GO

Anderson de Souza Alves e Giovane Monteiro Abreu

Universidade UNA de Catalão – Campus Santa Cruz

Davidson de Oliveira França Júnior; Professor Orientador, Curso de Engenharia Civil anderson@wgo.com.br; vipnorte@live.com

Resumo

Para execução de estruturas na construção civil o concreto armado é um dos materiais mais utilizados, com vantagens pela facilidade de aquisição dos materiais constituintes, a infinita diversidade de formas geométricas e a alta durabilidade do material. Em relação a durabilidade diversos fatores são fundamentais para garantir a vida útil de projeto executado, entre esses fatores destaca-se o cobrimento da armadura, que é a espessura do concreto entre a barra de aço e a camada externa do elemento estrutural. Esse cobrimento tem a importante função de proteger o aço de possíveis choques físicos e contra agentes ambientais agressivos. O descuido desse parâmetro no momento da parte executiva do projeto tem resultado em diversas patologias, e assim impondo a necessitando de recuperação estrutural, gerando custos adicionais as construtoras e aos proprietários. A eficiência e qualidade dessa camada de cobertura está relacionada com a garantia de espessura mínima através do uso de espaçadores, conforme determina a NBR 6118 (ABNT, 2014), bem como aspectos relacionados com a qualidade e execução do concreto.

Nesse sentido, o objetivo do trabalho é verificar a variação em espessuras de cobrimento, comparando com os valores recomendados pela norma, em algumas obras do cidade de Catalão – GO, e ainda, verificar através de um questionário a visão dos engenheiros desta cidade a respeito do tema. Para isso, foram feitas análises individuais de elementos estruturais com utilização de instrumento pacometro (ensaio pacometria), bem como foi distribuido perguntas pertinentes ao tema para diversos profissionais da região. A partir dos resultados, constatou-se com as inspeções que 75% dos elementos analisados não estão em conformidade com o especificicado em norma, ou seja, não possuem cobrimento mínimo de concreto na proteção das armaduras, com isso contribuindo majoritariamente para surgimento de patologias. O questionário aplicado demonstra o entendimento dos profissionais no cuidado da execução do cobrimento das armaduras e reforça a importancia sobre o tema.

Palavra-Chave: Estruturas de concreto, Cobrimento, Armadura, Durabilidade e Pacometria.

Abstract

For the execution of structures in civil construction, reinforced concrete is one of the most used materials, favored by the ease of acquisition of the constituent materials, the infinite diversity of geometric shapes and the high durability of the material. Regarding durability, several factors are essential to ensure the life of the executed project, among these factors, the reinforcement cover, which is the thickness of the concrete between the steel bar and the external layer of the structural element, stands out. This covering has the important function of protecting the steel from possible physical shocks and against aggressive environmental agents. The neglect of this parameter at the time of the executive part of the project has resulted in several pathologies and, therefore, requiring structural recovery, thus generating costs for construction companies and owners. The efficiency and quality of this covering layer is related to the guarantee of minimum thickness through the use of spacers, as determined by NBR 6118 (ABNT, 2014), and also with the quality of the concrete. The objective of this work is to verify the variation in covering thicknesses, comparing with the values recommended by the standard, in some works in the city of Catalão - GO. Individual analyzes of structural elements were carried out using a pacometer instrument and a graph was generated with the results, as well as a questionnaire distributed to the main professionals in the region with questions relevant to the topic. From the results, it was found that 75% of the analyzed elements are not in accordance with the specified in the standard, that is, they cannot guarantee minimum coverage of the steel reinforcement, thus contributing mainly to the emergence of pathologies.

Keywords: Concrete structures, Cover for the reinforcement, Reinforcement, Durability.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1. INTRODUÇÃO

O concreto armado está entre as técnicas construtivas mais utilizadas para sistemas estruturais de edificações, com moldagem feita in loco ou não, fomentada pela facilidade de aquisição dos materiais utilizados no mercado local em diversas regiões.

Fator importante para divulgação do seu emprego está relacionado a durabilidade do material, que pode durar mais de cem anos em ambientes não agressivos, sem precisar de manutenção (COUTO et al., 2013). Diversas ações realizadas e coordenadas durante as etapas da execução influencia na durabilidade do concreto, e um desses fatores frequentemente citados em normas técnicas, como NBR 6118 (ABNT, 2014) e NBR 14931 (ABNT, 2004), é o cobrimento das armaduras, que possui papel decisivo para a proteção da estrutura e com isso evitar o desenvolvimento de patologias.

O fator da mão de obra especializada e qualificada, que não depende do cenário econômico que movimenta o segmento, sempre foi um gargalo na indústria da construção, sendo determinante para a qualidade das construções. Em algumas ocasiões ocorreu a grande oferta de emprego nesse segmento devido ao grande número de empreendimentos, que resultou na necessidade de contratação de mão de obra com pouca qualificação (COSTA, 2010). Dito isto, é fundamental na construção civil requerer um alto nível de detalhamento na realização dos projetos e elevado controle na execução das obras, a fim de evitar falhas no processo executivo e construtivos que resultem em futuras patologias.

Segundo Helene (1997), o número de patologias nas estruturas aumentou a cada ano, relacionada principalmente a problemas de corrosão das armaduras, consequente da perca ou falta da proteção natural oferecida pelo cobrimento de concreto, em função da camada protetora insuficiente e da baixa qualidade do material.

Em diversas obras observa-se uma despreocupação com o cobrimento da armadura, o que é proveniente da boa credibilidade proporcionada pelas propriedades/características do concreto armado (CA), entretanto a saúde da estrutura está diretamente ligada ao cobrimento. Conforme Campos (2013), o desleixo desse parâmetro construtivo de muita relevância tem resultado em diversas obras de recuperação estrutural de estruturas em CA, quase sempre, envolvendo altos custos para as construtoras e aos proprietários.

Conforme Couto et al. (2013), as estruturas de concreto armado duram mais de cem anos sem manutenção em ambientes não agressivos. A vida útil do concreto é influenciada por diversos fatores, entre eles: a composição do concreto; adensamento e cura efetiva do concreto na estrutura; e ainda, o cobrimento das armaduras. Dentre esses fatores a utilização de espaçadores entre a armadura e a fôrma da estrutura é a mais efetiva solução para se manter o cobrimento do concreto especificado em projeto. Sendo fundamental para sua garantia, o nível de controle ou qualidade de execução empregada pela construtora.

1.1. Objetivo geral

Com base no que foi explicado, este trabalho traz uma abordagem técnica sobre a

variação das medidas de cobrimento, através de uma pesquisa qualitativa e quantitativa

com diversos escritórios/engenheiros realizada na cidade de Catalão - GO, com intuito de

apresentar um panorama geral da execução desses elementos estruturais em

concordância com a especificação da norma em vigor.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica apresenta algumas generalidades em relação as estruturas de concreto armado, com finalidade de melhor entender e compreender a importância do cobrimento das armaduras. Assim, nessa etapa é feita uma breve descrição do elemento concreto armado, sua durabilidade e vida útil, manifestações patológicas, e uma descrição sobre cobrimento de armadura e espaçadores utilizados.

2.1. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

No século XIX surgiu na Europa o concreto armado, com a finalidade de resolver um problema detectado na época relacionado a fraca resistência a tração do concreto como pedra artificial. Na atualidade é o material mais utilizado na construção de estruturas de edifícios e grandes obras. Seu emprego é conhecido em todo o mundo, sendo que a estrutura de concreto armado em ambientes não agressivos, dura mais de cem anos sem manutenção (COUTO et al., 2013)

O concreto armado é o produto resultante da união de barras de aço envolvidas por concreto, com perfeita aderência entre os dois materiais, que proporciona que ambos resistam solidariamente aos esforços a que são submetidos. Nessa relação com o aço, o concreto exerce uma proteção da armadura garantindo a durabilidade da estrutura contra a oxidação do aço (MEHTA e MONTEIRO, 2008).

2.1.1. Durabilidade e Vida útil das estruturas de concreto armado

Sendo pauta constante de estudos científicos, a durabilidade das edificações é de extrema importância para o desenvolvimento dos processos e materiais utilizados na construção civil.

A NBR 6118 (ABNT, 2014) tem como definição para durabilidade a capacidade da estrutura de resistir as influências do meio ambiente, devendo ser avaliada pelo projetista estrutural durante o desenvolvimento do projeto e com o consentimento do proprietário.

Ainda, sobre sua exigência e necessidade, quando realizadas conforme recomendado em projeto, mantém sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente a sua vida útil.

As estruturas de concreto armado possuem vida útil imensurável, que dependerá de vários fatores como adensamento, cura, cobrimento das armaduras, dos materiais utilizados para a sua fabricação e do meio ambiente em que está instalada. O concreto tem o início da sua deterioração originada por fatores internos e externos em razão de ações físicas, químicas e mecânicas que apresentam como sintomas as fissuras, a desagregação e que podem ser facilmente constatados devido a visibilidade que elas apresentam (COUTO et al., 2013).

Em geral, conforme apontado por Helene (1997) quatro fatores influenciam a durabilidade da estrutura do concreto: composição/traço do concreto, adensamento efetivo do concreto na estrutura, cura efetiva do concreto e cobrimento das armaduras.

2.1.1.1 Fatores contribuintes para durabilidade das estruturas de concreto armado

Na concepção estrutural e planejamento do projeto deve-se analisar um conjunto de

variáveis que resultarão na durabilidade dos elementos de uma estrutura de concreto

armado, sendo que a principal delas é a resistência dos elementos frente as ações

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ambientais, agente principal de deterioração. Araújo (2010, p. 46) salienta os principais fatores que devem ser observados na fase de projeto, “[...] devem-se incluir a especificação de um concreto de qualidade apropriada, de cobrimentos mínimos para as armaduras, a verificação da abertura das fissuras e o correto detalhamento das armaduras”. E enfatizando ainda que a durabilidade é altamente dependente da espessura e da qualidade do concreto de cobrimento e das suas características.

Em relação a critérios que contribuem para durabilidade da estrutura, Couto et al.

(2013) descreve os seguintes critérios à serem observados durante o projeto:

a) drenagem eficiente;

b) evitar formas arquitetônicas e estruturais inadequadas;

c) garantir concreto de qualidade apropriada principalmente nas regiões superficiais dos elementos estruturais;

d) garantir cobrimento de concreto apropriado para proteção das armaduras, e) detalhamento adequado das armaduras;

f) controlar fissuração das peças, prever espessuras maiores ou revestimento protetores em regiões sob condição de exposição ambiental muito agressiva;

g) definir um plano de inspeção e manutenção preventiva.

De acordo com NBR 6118 (ABNT, 2014), a durabilidade das estruturas depende principalmente das características do concreto, a espessura do concreto e, juntamente com a dosagem adequada do material, garantirá sua qualidade.

O que influencia diretamente no grau de qualidade do concreto sendo fundamental para para uma boa durabilidade é a seleção dos materiais constituintes da mistura. A dosagem objetiva encontrar uma mistura mais econômica garantindo a obtenção de um concreto com todas características capazes de atender às condições de resistência, de serviço, e de durabilidade, utilizando os materiais disponíveis (MEHTA e MONTEIRO, 2008).

A resistência do concreto deve atender as solicitações estruturais e ser estabelecida conforme grau de agressividade do ambiente, com atenção a relação a/c (água cimento), que influência no grau de porosidade do concreto limitando sua resistência. No momento da escolha de qual cimento usar, pode ser escolhido o que melhor resistirá a certos agentes, como:

a) Sulfatos: cimento de resistência a sulfato.

b) Agregados reativos: cimento com pozolanas, baixo teor de álcalis.

c) Desprendimento de calor: Cimento com baixo calor de hidratação.

2.1.1.2 Mecanismos de envelhecimento e deterioração

São fatores externos e internos que dão origem a deterioração do concreto, em razão de ações físicas, químicas ou mecânicas. Metha e Monteiro (2008) destaca como agente de deterioração a água que, devido as suas moléculas pequenas, penetra em poros ou cavidades poros extremamente finos, com sua característica de solvente universal, e a facilidade de transportar, muito mais substâncias do que qualquer outro líquido. Essa propriedade proporciona a presença de muitos íons e gases em certas águas, sendo de fundamental importância para a decomposição de matérias sólidas. A água tem uma tendência de retardar a evaporação quando penetra em um material poroso e em condições normais de temperatura, com isso demora a deixar o material seco.

Helene (1997) discorre sobre os mecanismos preponderantes à deterioração de

cada componente da estrutura do concreto armado, conforme apresenta o item 6.3 da

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

NBR 6118 (ABNT, 2014), destacando os mais importante e frequentes como sendo:

1º) Mecanismos de deterioração ao concreto:

a) Lixiviação: “Por ação de água puras, carbônicas agressivas e ácidas que carreiam os compostos hidratados da pasta cimento[..]redução do pH do extrato aquoso dos poros superficiais do concreto do componente estrutural com risco de de despassivação da armadura. ”

b) Expansão: “por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfato dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado[...]redução da dureza e resistência do concreto [...] redução do pH do extrato aquoso dos poros superficiais do concreto do componente estrutural com riso de despassivação da armadura.”

c) Expansão por álcalis: “por ação das reações entre álcalis do cimento e certos compostos e agregados reativos [...] Sintomatologia é uma expansão geral da massa de concreto com fissuras superficiais, profundas [...]”

d) Reações deletérias “superficiais de certos agregados decorrente de transformação de produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica. Destaca-se como exemplo os problemas oriundos com agregados que contêm pirita que pode acarretar manchas de ferrugem, cavidades e protuberâncias na superfície dos componentes de concreto.

2º) Mecanismo de deterioração da armadura:

a) Despassivação por carbonatação: “por ação de gás carbônico da atmosfera que penetra por difusão e reage com os hidróxidos alcalinos da solução dos poros do concreto reduzindo o pH dessa solução.” quando a carbonatação “atingir a armadura, dependendo das condições de umidade ambiente pode promover séria corrosão com aparecimento de manchas, fissuras, destacamentos de pedaços de concreto e até perda da seção resistente e da aderência, promovendo o colapso da estrutura ou de suas partes.

b) Despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto),”por penetração do cloreto através de processos de difusão, de impregnação ou de absorção capilar de águas contendo teores de cloreto [...] despassivam a superfície do aço e instalam a corrosão. Ao atingir a armadura pode promover séria corrosão com aparecimento de manchas, fissuras, destacamentos de pedaços de concreto e até perda da seção resistente e da aderência, promovendo o colapso da estrutura ou de suas partes.”

2.1.1.3 Classificação das ações do meio ambiente.

Conforme NBR 6118 (ABNT, 2014), a agressividade do meio ambiente está relacionada as ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e quaisquer outras perspectivas no dimensionamento da estrutura de concreto armado.

Assim, à norma descreve que a agressividade do ambiente pode ser classificada

de acordo com o quadro 1.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Quadro 1 – Classes de agressividade ambiental.

Classes de agressividade

ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito

de projeto

Risco de deterioração da

estrutura

I Fraca Rural

Insignificante Submersa

II Moderada Urbana 1),2) Pequeno

III Forte Marinha1)

Grande Industrial1),2)

IV Muito forte

Industrial 1),3)

Elevado Respingos de maré

1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiro, cozinhas e áreas de serviço de atendimentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).

2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuvas em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.

3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em

industrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014)

De acordo com o item 7.4.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014), ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade, devido ao tipo e nível de agressividade previsto em projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a serem atendidos. Na falta desses e devido a existência da correspondência entre a relação água/cimento, a resistência à compressão do concreto, permite-se adotar os requisitos mínimos expressos no Quadro 2.

Quadro 2 – Exigências de qualidade do concreto em função da agressividade do meio ambiente

Fonte: Campos (2013)

2.2. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO ARMADO

As manifestações patológicas se originam em falhas ou anomalias, ocorridas no

momento das etapas executivas da construção, apontando também falhas no sistema de

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

controle de qualidade. As causas dessas manifestações patológicas podem ser decorrentes de falhas na concepção do projeto, falha de materiais, falha na execução ou na utilização (SOUZA e RIPPER, 2009).

Essas manifestações patológicas, salvo raras exceções, apresentam manifestações externas peculiares que possibilita um início do estudo do problema.

(FRANÇA JR, 2020).

Conforme Souza e Ripper (2009) materiais e componentes para as estruturas, têm normas específicas para qualidade e forma de aplicação, entretanto ocorre falhas no sistema de controle dos construtores, não ocorre uma fiscalização em relação a aceitação dos materiais, assim como os procedimentos de execução. São frequentes as falhas humanas durante a construção, na maioria dos casos proveniente da deficiência de qualificação profissional, principais falhas humanas que ocorrem:

a) Deficiência de concretagem: Ocorridas durante os processos de transporte, lançamentos, juntas frias de concretagem, adensamento ruim e cura mal feita;

b) Instalação inadequada de escoramentos e formas;

c) Deficiência das armaduras: Devido à leitura errada dos projetos, armaduras mal dimensionadas, armaduras mal posicionadas, cobrimento de concreto insuficiente, dobramento das barras, deficiência nas ancoragens, deficiência nas emendas, má utilização de anticorrosivos;

d) Utilização incorreta dos materiais de construção: resistência característica a compressão (fck) inferior ao especificado, aço diferente do especificado em projeto, utilização de agregados reativos, utilização inadequada de aditivos, dosagem inadequada do concreto.

Conforme Tinoco e Figueiredo (2001) a corrosão da armadura é a manifestação patológica de maior ocorrência na maioria dos países. E devido a propriedade de resitência a tração do aço bem como a sua importância ao sistema do concreto armado, essa deterioração em caso extremo pode levar a estrutura ao colapso. Com isso trata-se de uma das manifestações patológicas mais sérias e difícil de ser resolvida.

2.2.1 Corrosão das armaduras

Conforme Helene (1986), a corrosão é o desgaste gradual proveniente de uma interação destrutiva do material com o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica. Ela acontece em meio aquoso e é determinante o contato com a armadura, devido a destruição da camada passivadora pela presença de quantidade suficiente de cloreto ou diminuição da alcalinidade do concreto.

A formação de pilhas eletroquímicas no interior do concreto conduz para o mecanismo de corrosão do aço, que formam óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão avermelhados, pulverulentos e porosos, denominada ferrugem, e só ocorre quando existe um eletrólito, uma diferença de potencial e a presença de oxigênio.

Agentes agressivos contidos ou absorvidos pelo concreto, como íons sulfato, cloretos e dióxido de carbono e outros, podem acelerar a corrosão (MENEZES e AZEVEDO, 2009).

Ainda conforme Menezes e Azevedo (2009), a depender da concentração de

oxigênio presente na sua molécula, o hidróxido de ferro poderá formar outros agentes de

corrosão, com características evolutivas, e de resultante expansiva, e que podem ocupar

de 3 a 10 vezes o volume original do aço. Nesse processo de expansão pode ocorrer a

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

fissuração do concreto, podendo até gerar tensões internas que cheguem a até 15 MPa.

Das fissuras, originam-se o lascamento do concreto, e em seguida o destacamento da camada de cobrimento. A Figura 2 mostra o processo evolutivo de uma corrosão.

Figura 2 – Processo evolutivo da corrosão

Fonte: MENEZES e AZEVEDO (2009).

2.3. COBRIMENTO DE ARMADURAS

2.3.1 Definição e função do cobrimento de armadura

Define-se como cobrimento de armadura, a espessura de concreto entre a armadura e o limite ao meio externo do elemento estrutural, conforme figura 3 (FRANÇA JR, 2020).

Figura 3 – Camada de cobrimento de armadura.

Legenda: c = espessura de cobrimento Fonte: Fusco (2007).

A função do concreto como cobrimento de armadura é assegurar proteção física, química e mecânica ao concreto armado. Essa formação de barreira entre a armadura de aço e o ambiente externo é essencial para o bom desempenho e durabilidade da estrutura impedindo a formação de mecanismos que provocariam a corrosão (CAMPOS, 2013).

A impermeabilidade do concreto proporciona a proteção física e é resultado da

qualidade do concreto. Já a película protetora da armadura, formada em ambientes

alcalinos, proporciona a proteção química. O cobrimento também proporciona uma

proteção mecânica contra choques, que a estrutura possa eventualmente sofrer, por ser a

camada externa. (TAKATA, 2009).

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

2.3.2 Cobrimento mínimo de armadura

Não basta apenas se preocupar com a qualidade do concreto, é preciso determinar um cobrimento mínimo para as armaduras. A espessura de cobrimento deve estar indicada no projeto estrutural e para determinar essa espessura dever ser analisada e classificada de acordo com a classe de agressividade ambiental.

A NBR 6118 (ABNT 2014) estabelece alguns requisitos básicos que são exigidos para a elaboração e determinação do cobrimento mínimo a ser considerado em projeto, sendo:

[...]o cobrimento mínimo da armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento considerado e que se constitui num critério de aceitação.

Com a finalidade de garantir o cobrimento mínimo, Araújo (2010) ressalta que deve ser considerado um espaçamento nominal para o projeto e a execução, que é o espaçamento mínimo acrescido da tolerância. Conforme item 7.4.7.2 da NBR 6118 (2014):

Para garantir o cobrimento mínimo (Cmin), o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal (Cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (∆c). Assim, as condições das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos nominais estabelecidos no Quadro [...] 3, para ∆c=10mm.

“O cobrimento nominal [...] está sempre referido a superfície da armadura externa, em geral a face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma determinada barra deve sempre ser [...]” maior ou igual ao diâmetro da barra ou feixe.

Desse modo a NBR 6118 (ABNT, 2014), estipula o cobrimento da armadura conforme classe ambiental ao qual a edificação está inserida, conforme Quadro 3.

Quadro 3 – Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para ∆c= 10 mm.

Tipo de estrutura Componente ou elemento

Classe de agressividade ambiental

I II III IV

Combrimento monimal mm

Concreto armado

Laje¹ 20 25 35 45

Viga/pila r

25 30 40 50

Elementos estruturais em contato com o solo²

30 40 50

¹ Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelas de 7.4.7.5 (NBR 6118,2014), respeitando um cobrimento nominal maior igual a 15 mm.

² No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter cobrimento nominal maior igual a 45 mm.

Fonte: Adequada de NBR 6118 (ABNT, 2014).

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

2.4 ESPAÇADORES

Afim de garantir a proteção dos elementos estruturais com espessura ideal da camada de cobertura do concreto armado é essencial a utilização de espaçadores. A NBR 14.931 (2004) regulamenta quanto a montagem e posicionamento das armaduras:

O cobrimento especificado para a armadura no projeto deve ser mantido por dispositivos adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais exposta. É permitido o uso de espaçadores de concreto ou argamassa, desde que apresente relação água/cimento menor ou igual a 0,5 e espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a forma revestidas com material plástico ou similar. Não devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, tenha espessura menor do que o especificado no projeto.

Os espaçadores devem ser posicionados de forma que a armadura permaneça travada durante a concretagem, o ideal é colocá-lo entre a armadura e a fôrma do elemento a ser concretado, mantendo a correta posição da armadura durante a montagem, lançamento e o adensamento, garantindo com isso o cobrimento mínimo prescrito em projeto (TAKATA, 2009).

Em relação aos tipos de espaçadores, Menezes (2009) afirma que espaçadores de argamassa e de plástico são os mais utilizados nas obras. No próprio canteiro de obras pode-se produzir os espaçadores de argamassa apresentando um custo menor em relação aos de plástico, mas demanda tempo para serem confeccionados. Já os espaçadores de plásticos permite aumento de produtividade por serem peças prontas e devido ao seu formato específico possui maior aderência ao concreto.

No mercado existem vários modelos disponíveis dos espaçadores de plásticos, e variam de acordo com tipo de elemento estrutural a que serão (pilar, laje, viga, bloco de fundação e outros) e seu espaçamento desejado (Silva 2012). Os quatro modelos de espaçadores mais empregados em obras são: o circular, centopeia, cadeirinha e cavalete (ou garra). Conforme Figuras 4, 5, 6 e 7.

Figura 4 – Espaçador circular. Figura 5 – Espaçador centopeia

Fonte: Silva (2012). Fonte: Silva (2012).

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Tendo em vista a importância do cobrimento das armaduras na durabilidade de estruturas de concreto armado, avaliar o cobrimento tanto na fase executiva quanto pós execução é primordial para se realizar alguma tomada de decisão quanto a medidas preventivas e corretivas nestas estruturas.

A determinação do cobrimento das armaduras pode ser realizada basicamente de duas formas: a primeira por uma forma direta, através de uma medição in loco, quando se pode visualizar algum trecho das armaduras após concretagem, como por exemplo, topo dos pilares. A segunda através do ensaio de pacometria, determinando o posicionamento da barra no interior do concreto com uso do pacômetro. O ensaio de pacometria é apresentado no item 2.5 a seguir.

2.5 ENSAIO DE PACOMETRIA

O ensaio de pacometria é utilizado para determinar a dimensão, o posicionamento das armaduras (disposição das barras) em estruturas de concreto, mostrando consequentemente a quantidade de aço, espaçamento e o cobrimento do concreto, uma vez que se sabe a posição das armaduras em relação a superfície externa do elemento (FRANÇA JR, 2020;).

O pacômetro funciona por ondas eletromagnéticas com finalidade de detectar estruturas de aço dentro do raio do sensor. No brasil não existe uma norma específica para execução do ensaio, sendo seguido as prescrições do American Concrete Institute (ACI) através da normativa ACI 228 2R-98 (2004), referente a testes não destrutivos para avaliação do concreto, em que a pacometria e seus efeitos de reflexão das ondas eletromagnéticas determinam a localização de objetos metálicos.

Os resultados do ensaio são uteis em qualquer estudo de patologia de estruturas, avaliação da vida útil, manutenção e auxilia na realização de outros ensaios.

Na figura 8 é possível ver o Pacômetro em operação.

Figura 6 – Espaçador tipo cavalete ou garra Figura 7 – Espaçador tipo cadeirinha.

Fonte: Silva (2012). Fonte: Silva (2012).

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(a)Ensaio com Pacômetro (b) Equipamento do Pacômetro

Figura 8 – Ensaio e equipamento de Pacômetro utilizado em obras na cidade de Catalão – GO.

3. METODOLOGIA

Para a realização desta pesquisa foi feito uma revisão bibliográfica, primeiramente sobre aspectos relacionados as estruturas de concreto armado e da sua vida útil e durabilidade dessas estruturas. Foi apresentado os fatores que contribuem para a durabilidade das estruturas e quais são e como ocorrem os mecanismos de deterioração.

Foram apresentados os mais recorrentes mecanismos que deterioram as armaduras e as estruturas de concreto, explicando cada um deles.

Na citação da NBR 6118 (ABNT, 2014) apresentamos a classificação das ações do meio ambiente e grau de agressividade para que pudéssemos pesquisar e descrever as manifestações patológicas que ocorrem, principalmente sobre a corrosão nas armaduras.

Além de abordar características do correto cobrimento, foi explorado sobre a sua função e a importância do cobrimento mínimo. Além disso, foram estudados os principais tipos de espaçadores utilizados para uma correta cobertura na armadura bem como o ensaio de pacometria que pode ser feito para determinação do cobrimento das armaduras nas estruturas de concreto.

A partir disso, foi elaborado um questionário e aplicado na cidade de Catalão/GO para os escritórios de engenharia, com intuito de que os engenheiros respondessem perguntas que contemplam sobre a temática da cobrimento de armadura em estruturas de concreto armado. Foi aplicado este questionário em diversos escritórios e a profissionais autônomos, num total de 25 profissionais. O total de retornos foram de 15 questionários respondidos. Vale ressaltar que foi pesquisado na internet e em diversas visitas in loco a maior quantidade de escritórios possíveis na cidade de Catalão – Go, na qual um total de 25 foram encontrados e aplicado o questionário. A cidade de Catalão é um município do interior do estado de Goiás, que possui uma população de 111000 habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados estimados no ano de 2020. Assim, foi possível assumir que a quantidade de 15 escritórios traz cerca de valores representativos na resposta do questionário aplicado na cidade.

Paralelamente ao envio do questionário, foram visitadas 8 obras na cidade em

distintos bairros e realizado o ensaio de pacometria em 24 elementos estruturais, entre

pilares e vigas totais das obras. Com os resultados dos questionários e das visitas

técnicas nas obras, foram elaborados gráficos com as respostas das perguntas

correspondentes, que permitiram demostrar a importância e visão sobre a realização do

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

cobrimento das armaduras em estruturas de concreto no âmbito municipal. A verificação do cobrimento em obras na cidade permitiu obter in loco a situação na execução desta etapa nas obras, bem como confrontar com as respostas do questionário.

Vale ressaltar que o questionário foi enviado por e-mail e formulário encontra-se em apêndice. Durante as visitas técnicas em obras, os procedimentos quanto a segurança nas obras e relacionados a COVID-19 foram feitos. Destaca-se ainda que os escritórios e profissionais não foram identificados, bem como as fotos retiradas nas diversas obras.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTA DO QUESTIONÁRIO

A partir do questionário aplicado, conseguimos identificar respostas qualitativas e quantitativas, que demonstram o verdadeiro cenário atual quanto a visão dos profissionais de engenharia da cidade de Catalão/GO sobre cobrimento de armaduras em estruturas de concreto armado. Assim sendo, foi construído gráficos coerentes e exatos, conformes as respostas recebidas. Ao todo foram 15 questionários respondidos, onde consta em anexo o formulário.

Na primeira etapa o objetivo era identificar a quantidade de obras de estruturas de concreto que são desenvolvidas pelos entrevistados mensalmente, tanto na elaboração do projeto ou na sua execução. Referente a pergunta n

o

1 do questionário em anexo os resultados são visualizados na figura abaixo.

Figura 9 – Análise do quantitativo da realização de projetos e execuções pelos engenheiros em obras da cidade de Catalão – GO.

Notamos que 40% dos engenheiros entrevistados projetam ou executam mais de 5

obras por mês. Com isso questionamos na pergunta de n

o

2, feita a todos os engenheiros,

se é possível respeitar o cobrimento das armaduras de todos os elementos estruturais

nas obras executadas, de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014). Na figura 10 abaixo é

apresentado o resultado do questionamento.

(14)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Figura 10 – Percentual de respostas quanto da correta realização do cobrimento das armaduras em projetos executados pelos engenheiros em obras da cidade de Catalão – GO.

Pela figura 10 é visto que para 40% dos entrevistados não é possível respeitar o cobrimento das armaduras em estruturas de concreto. Esse percentual de 40% foi direcionado a responder uma pergunta, de n

o

3, na qual solicita qual o motivo ou causa de não ser possível atender ao cobrimento mínimo. Na figura 11 os engenheiros citam os principais motivos que vem contribuindo com esse percentual alto de não conformidades na execução dos cobrimentos das armaduras. O intuito de tal análise crítica não é de julgar os escritórios ou engenheiros, mas sim estudar as variáveis e ações que fazem com que essa não conformidade ocorra.

Figura 11 – Percentual de respostas quanto os principais motivos para não executar o cobrimento correto nas obras da cidade de Catalão – GO

Através da figura 11 é possível observar que a falta de espaçadores é o principal

motivo para o não respeito ao cobrimento das armaduras. Após a realização desta

pesquisa, ao analisar o gráfico alguns profissionais foram novamente procurados e

questionados sobre o motivo dessa falta de espaçadores na obra, sendo que a maioria

(15)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

justificaram a dificuldade em encontrar tal material disponível no comércio municipal nas empresas de material de construção.

Mediante todo desenvolvimento dessa pesquisa entedemos e explicitamos ao longo do artigo a importância do cobrimento e as possíveis consequências patológicas que podem ocorrer proveniente da execução errada. Nas perguntas de n

o

4 e n

o

5 do questionário, buscamos ouvir dos profissionais se eles acham importante ou não respeitar o cobrimento e por qual motivo, na Figura 12 pode-se ver que 100% dos profissionais acham importante.

Figura 12 – Percentual de respostas quanto a importância de respeitar o cobrimento das armaduras pelos engenheiros da cidade de Catalão – GO.

Na Figura 13 podemos analisar os principais motivos escolhidos pelos entrevistados para realizar corretamente o cobrimento, ficando com 46,66% os profissionais que acreditam que aumentar a durabilidade da estrutura, outros 40%

apenas atender os critérios da NBR 6118 (ABNT, 2014) é mais importante e 13,34%

optam por evitar patologias, como podemos observar abaixo.

(16)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Figura 13 – Percentual de respostas quanto o motivo de respeitar o cobrimento citado pelos engenheiros da cidade de Catalão – GO

Buscamos desenvolver junto aos profissionais uma participação em relação a opinião técnica de cada um, relacionada ao fato de que Catalão possui uma região industrial ampla com diversas industriais, inclusive que liberam partículas de vários elementos químicos no ar podendo alterar a classe de agressividade em locais específicos, na pergunta 7 foi indagado se essas possíveis alterações no “ar” da cidade poderiam afetar a durabilidade das estruturas de concreto. Assim, podemos ver na Figura 14 a visão dos profissionais entrevistados.

Figura 14 – Percentual de respostas quanto aos que acreditam que a mudança no ambiente possa afetar as estruturas de concreto citado pelos engenheiros da cidade de Catalão – GO

No gráfico acima 60% responderam que acreditam que a modificação no ambiente

possa afetar a durabilidade das estruturas de concreto. Assim, é nítido que a percepção

também dos profissionais quanto algumas regiões próximas a industrias possa afetar a

durabilidade das estruturas. Com isso, na pergunta de n

o

8 solicitamos, apenas a esse

grupo que acreditam que o ambiente possa ser afetado pelas industrias, se diante de

regiões com essas características eles já aumentaram o cobrimento em relação ao

(17)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

mínimo exigido, para obter uma margem de segurança ainda maior para mitigar essas possíveis alterações. Na Figura 15 pode-se ver que 73,33% optou por adotar uma margem de segurança e aumentar o cobrimento e 26,67% optaram por seguir o normativo, mesmo acreditando que possa ter alterações no ambiente e afetar a durabilidade nas estruturas.

Figura 15 – Percentual de respostas de engenheiros que optaram por aumentar a cobertura das armaduras em projetos executados próximos a regiões industriais (meios mais agressivos) na cidade de Catalão – GO

Para entendermos o quantitativo de manifestações patológicas referente ao tema, na pergunta de n

o

9, os engenheiros foram questionados se já visualizaram fissuras típicas de corrosão nos elementos estruturais ou a corrosão propriamente vista nas armaduras em obras na cidade de Catalão. Assim, na Figura 16, 80 % dos entrevistados já presenciaram a manifestação patológica citada.

Figura 16 – Percentual de engenheiros que já precenciaram fissuras típicas de corrosão ou barras de aço corroídas em estruturas na cidade de Catalão – GO.

Com base na Figura 16 nota-se que em obras ou empreendimentos na cidade de

Catalão existe manifestações patológicas em estruturas de concreto armado relacionadas

a problemas de corrosão nas armaduras, uma das principais patologias que podem levar

ao colapso dessas estruturas. Na próxima pergunta, de n

o

10 foi perguntado aos 80% a

quantidade de edificações que os mesmos já presenciaram as manifestações patológicas,

(18)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

mencionadas no parágrafo anterior, neste ano de 2021. Na Figura 17 vemos que 33,34%

já encontraram a referida manifestação patológica em mais de 10 edificações, demonstrando que as manifestações patológicas do tipo corrosão estão presentes no município.

Figura 17 – Percentual da quantidade de edificações em que os engenheiros já presenciaram manifestações nas estruturas na cidade de Catalão – GO

Caminhado para as últimas perguntas, na questão de n

o

11, foi pedido aos entrevistados que enumerasse, em grau de relevância, quais das atividades/ações dentre as listadas são mais importantes para garantir a durabilidade das estruturas de concreto armado frente ao efeito da corrosão. Na Figura 18 pode-se observar a resposta dos entrevistados.

Figura 18 – Percentual do grau de relevância de quais das atividades é mais importante para garantir a durabilidade das estruturas de concreto na cidade de Catalão – GO.

(19)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Através da figura 18 é possível visualizar que a maioria dos engenheiros se preocupam com ações preventivas em que os elementos estruturais estão dispostos em situações mais desfavoráveis para entrada de agentes agressivos. Na pergunta de n

o

12 foi questionado se os profissionais conhecem ensaios que podem auxiliar a determinação do cobrimento das armaduras. Após a análise das respostas, observamos que 46,67%

dos entrevistados responderam, conforme podemos ver na Figura 19 abaixo, que não conhecem sequer nenhum ensaio que possa auxiliar ou avaliar o cobrimento das armaduras.

Figura 19 – Percentual dos engenheiros na cidade de Catalão – GO que conhecem ou não algum ensaio que auxilie na avaliação do cobrimento de armaduras.

Com base nos entrevistados que responderam que conhecem ensaios que avaliem o cobrimento das armaduras (sendo 8 profissionais - 53,33%), foi então questionado qual o tipo de ensaio. Segue, na Figura 20, os tipos de ensaios informados com seus respectivos percentuais para os entrevistados.

Figura 20 – Percentual dos tipos de ensaios que os engenheiros conhecem na cidade de Catalão – GO

Com base na figura 20, pode-se observar que a maioria dos profissionais conhece

a pacometria. Parte dos profissionais (25%) conhece ensaios invasivos/destrutivos, em

que se retira algum testemunho ou se realiza a quebra de parte do cobrimento da

estrutura de concreto e se avalia o cobrimento.

(20)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Por fim, na pergunta de n

o

14 foi perguntado para todos os entrevistados se conhecem o ensaio de pacometria, e ainda, se já realizou ou viu alguém realizar esse ensaio. Na Figura 21 é possível visualizar que 73,33% que conhecem o ensaio de pacometria já viram ou realizaram o mesmo.

Figura 21 – Percentual de quantos engenheiros na cidade de Catalão – GO conhecem o ensaio de pacometria.

Além da pesquisa de carácter qualitativo, foram realizadas visitas técnicas em 8 obras na cidade de Catalão – GO com intuito de verificar o cobrimento das armaduras nas obras. Os resultados são discutidos no item 4.2 a seguir.

4.2 ANÁLISE DOS COBRIMENTOS EM OBRAS NA CIDADE DE CATALÃO

Na primeira obra visitada, conforme a Figura 22, utilizamos o pacômetro para

analisar o cobrimento das armaduras de três pilares, na qual as medidas de cobrimento

estão de acordo com a NBR 6118/2014. A referida norma solicita que de acordo com a

classe de agressividade ambiental II, seu cobrimento seja de 3cm. Assim, através das

medidas, o cobrimento no pilar encontrado foi inferior a 3 cm de espessura (Figura 23),

não estando em acordo com o mínimo normativo.

(21)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(a) Varredura com o pacômetro para identificar as armaduras (b) Marcação das barras Figura 22 – Utilização do pacômetro em obra na cidade de Catalão – GO.

(c) Posição das Barras (d) Medição do Cobrimento

Figura 23 – Análise de cobrimento mínimo em obra na cidade de Catalão – GO.

Conforme apresentado na Figura 22, a realização do ensaio consiste em passar o sensor do pacômetro na estrutura de concreto. Ao identificar a presença de barras no interior do furo do equipamento é possível realizar a demarcação com um giz de cera (cor verde) e marcar o posicionamento na prumada do pilar. Vale ressaltar que em um mesmo pilar medido, conforme visto na figura 23, em uma face o cobrimento não era respeitado e na outra face o cobrimento era respeitado. Tal situação demonstra um possível deslocamento da armadura em relação as fôrmas ou vice e versa. Além disso, mesmo que uma face do pilar o cobrimento seja respeitado, o fato de uma das faces não estar em acordo com a norma já demonstra o não atendimento ao cobrimento para a execução desse serviço.

Na segunda obra visitada foram analisados os alguns pilares aleatoriamente, na

qual podemos verificar in loco que o cobrimento nos pilares atendeu os requisitos da

norma. A inspeção é apresentada na Figura 24. As vigas desta e de outras obras não

foram verificadas, pois estavam em fase de montagem, como demonstrado na Figura 25 e

26. Apenas questões relacionadas ao tipo de espaçador e ao serviço são comentadas.

(22)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Figura 24 – Análise de cobrimento mínimo em pilar na obra da cidade de Catalão – GO

Figura 25 – Verificação de montagem de viga e tipo de espaçador em obra na cidade de Catalão – GO Nessa viga foi observado a utilização de pequenas barras de aço com espaçadores.

(23)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Figura 26 – Verificação de montagem de viga e tipo de espaçador empregado em obra na cidade de Catalão – GO

Nas vigas em fase de montagem foi possível observar que na lateral foram utilizadas pequenas barras aço como espaçador para posicionar as formas e para garantir o cobrimento do concreto na viga. Na figura 26 é possível observar uma viga curva, em que a dificuldade no posicionamento da armadura é maior. Em todos os casos, deve-se garantir com isso um correto adensamento do concreto, com atenção para não ocorrer deslocamento dessas barras e consequentemente da armadura de modo geral, comprometendo com isso o cobrimento mínimo desejado.

Em outras obras visitadas observamos que em alguns elementos estruturais o

cobrimento estava nas especificações mínimas adequadas, conforme a Figura 27. Outro

aspecto que vale ressaltar é a sensibilidade em determinar o posicionamento da barra

pelo pacômetro, pois como a análise do cobrimento necessita de medidas muito

pequenas e precisas, foi assumido neste trabalho que o cobrimento não estava respeitado

quando toda a barra de aço estava contida na região do cobrimento, ou seja, no caso de

vigas e pilares quando a barra estava próxima a superfície do elemento, toda contida

dentro da camada de 3cm. Além da análise do cobrimento, foi encontrado in loco

situações em que o elemento além de não possui o cobrimento mínimo, tinha inclusive a

armadura visivelmente exposta, de acordo com a Figura 28.

(24)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Figura 27 – Análise de cobrimento mínimo em pilar na obra da cidade de Catalão – GO .

Figura 28 – Análise de cobrimento mínimo em pilar na obra da cidade de Catalão – GO

De uma maneira geral, foram visitadas 8 obras na cidade de Catalão, e com a utilização do pacômetro foram feitos os ensaios nos elementos estruturais de pilares e vigas nessas obras. Para os 24 elementos inspecionados, tivemos um total de 18 elementos que não respeitaram o cobrimento mínimo e apenas 6 elementos que estavam com todos os cobrimentos respeitados. O gráfico apresenta o resultado.

Exposição da armadura sem recobrimento.

(25)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Figura 29 – Percentual de elementos estruturais entre vigas e pilares, em conformidade ou não, dos cobrimentos de armadura mínimos avaliados nas obras da cidade de Catalão – GO.

Com base nos resultados abordados é possível observar que apesar dos engenheiros entenderem sobre a importância do cobrimento das armaduras conforme apresentado nas respostas do questionário, a situação de várias obras no município através das medições realizadas retrata um número significativo de elementos fora dos limites normativos. Com isso, o presente trabalho não tem o intuito de julgar ou condenar as edificações, bem como os seus profissionais envolvidos, mas sim apresentar as adversidades regionais quanto ao tema proposto e, principalmente, sugerir que os profissionais se atentem a estes detalhes que fazem a diferença na durabilidade de estruturas de concreto armado.

5. CONCLUSÃO

Este trabalho mostrou uma análise quantitativa e qualitativa do cobrimento de armadura em estruturas de concreto armado com a utilização a realização da pacometria em obras na cidade de Catalão – Go. Com o estudo foi possível ver na revisão da literatura fatores que influenciam nesse cobrimento, alguns tipos de espaçadores, a norma que regulamentadora e manifestações patológicas devido à falta de cobertura.

A partir disso, nos resultados foi observado que devem-se ter uma atenção especial no momento da execução, com atenção especial ao espaçamento destinado ao cobrimento da armadura, com a finalidade de se ter elementos íntegros, duráveis e com a resistência adequada desejada e especificada em projeto. Por fim, destaca-se que os objetivos desse trabalho foram cumpridos e que propicia uma pesquisa única e incentivadora, acrescentando informações a respeito do cenário construtivo para leitores e próximos estudantes do curso de engenharia civil na cidade de Catalão.

Como sugestão de políticas informativas sobre o assunto abordado, gostaríamos

de sugerir ao Órgão do CREA – GO, criar ou fazer uma campanha de divulgação sobre a

importância do recobrimento das armaduras em elemento estrutural e tipos de patologias

que podem aparecer devido a não respeitar a NBR 6118/2014.

(26)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Como sugestão de trabalhos futuros, indicamos a avaliação dos cobrimentos em elementos de fundação (blocos, estacas e sapatas), um estudo mais aprofundado de outros tipos de manifestações patológicas, bem como manchas fissuras, trincas, rachaduras, etc.

Referências

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(ABNT). NBR-14931: Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2004.

53 p.

CAMPOS, D. Cobrimento de armadura em estruturas de concreto armado: análise comparativa entre valores antes, durante e depois da concretagem. Monografia de conclusão de curso. UFRGS, 2013.

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FB LAUDOS DE ENGENHARIA. Ensaio de pacometria, 2017. Disponível em:

https://www.fblaudosengenharia.com.br/single-post/2017/09/12/Ensaio-de-Pacometria. Data de acesso: 25/04/2021.

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Faculdade UNA Catalão, 2020

FUSCO, P. B. Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2007

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HELENE, P. R.L. Corrosão em armaduras para concreto armado. São Paulo: PINI, 1986.

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Disponível em: https://www.mapadaobra.combr/inovacao/veja-comofunciona-ensaio-de- esclerometria/. Data de acesso: 25/04/2021.

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(27)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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– Programa de Pós Graduação em

Construção Civil, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2009.

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APÊNDICE A – MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO

QUESTIONÁRIO

1 INFORMAÇÕES PRÉVIAS

O escritório/engenheiro/construtora não será identificado na pesquisa, pois somente será alimentado um banco de dados para termos um parâmetro sobre o tema, refletindo uma situação real da importância de respeitar o cobrimento de proteção das armaduras nas obras de engenharia na cidade de Catalão - Go. As fichas não precisam ser identificadas e serão transformadas em gráficos com resultados da grande parte dos escritórios/engenheiros/construtoras de Catalão - Go.

Responda as seguintes questões

1) Em média quantos projetos e/ou execuções de estruturas de concreto por mês o escritório/engenheiro realiza?

2) De todos os projetos e/ou execuções de estruturas de concreto realizados, é possível respeitar o cobrimento das armaduras de todos os elementos estruturais?

(Responda apenas sim ou não).

3)

Caso responda “não” na questão 2, assinale qual o motivo principal para o não

atendimento do cobrimento mínimo das armaduras, dentre os listados abaixo:

(28)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Encarregado não realizou a dobra do aço dos estribos adequadamente;

A falta de espaçadores na obra;

A especificação inadequada no projeto estrutural dos cobrimentos das armaduras;

As fôrmas e/ou as armaduras ficam fora do prumo e comprometem o cobrimento do elemento;

O excesso de armaduras no elemento estrutural (viga ou pilar) dificulta a montagem do sistema e compromete o cobrimento das armaduras;

O deslocamento da fôrma no momento da concretagem;

O excesso de vibração provoca um deslocamento das armaduras e afeta o seu cobrimento (Fixação/travamento);

Outros. Descreva: ____________________________________________________

4) O engenheiro acha importante respeitar o cobrimento das armaduras? Responda apenas Sim ou Não.

5)

Caso responda que “sim” na questão 4, assinale qual o motivo principal dentre os

listados abaixo:

Aumentar a durabilidade da estrutura de concreto;

Atender exclusivamente aos critérios da NBR 6118/2014;

Evitar patologias relacionadas a “nichos de concretagem”;

Proteger as armaduras da corrosão devido ao efeito da carbonatação;

Proteger as armaduras da corrosão devido ao efeito do ataque de cloretos;

Proteger as armaduras da corrosão devido ao efeito do ataque de sulfatos;

Outros motivos: Descreva qual: __________________________________________

6)

Caso responda que “não” na questão 4, assinale qual o

motivo principal dentre os listados abaixo:

O custo do cobrimento inviabiliza a sua execução (economia de concreto e espaçadores);

O cliente não acha necessário a utilização de espaçadores para a obra;

Na cidade de Catalão a compra destes espaçadores é de grande dificuldade;

Existe uma dificuldade de o pedreiro/encarregado executar os espaçadores e, consequentemente, respeitar o cobrimento das armaduras;

Outros motivos: Descreva qual: __________________________________________

7) Catalão e região por ser zona urbana é caracterizada pela classe de agressividade ambiental II segundo a NBR 6118/2014. Nota-se em alguns locais na cidade a presença de diversas industriais (mineradoras, misturadoras de adubos, empresas de fertilizantes etc) que trazem modificações no ambiente em seu entorno. Desta forma, o engenheiro/escritório acredita que tal modificação no ambiente possa afetar ainda mais a durabilidade das estruturas de concreto da cidade? (Responda apenas “sim” ou “não”).

8)

Caso responda “sim” na questão 7, em algum projeto/execução de estrutura de

concreto o engenheiro/escritório foi mais criterioso e aumentou o cobrimento das armaduras em relação ao mínimo solicitado pela NBR 6118/2014? (Responda apenas

“Sim” ou “não”).

(29)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

9) O engenheiro/escritório já visualizou fissuras típicas de corrosão nos elementos estruturais e/ou a corrosão das armaduras na cidade de Catalão? Responda se Sim ou não.

10) Caso

responda que “sim” na questão 9, quantas edificações com essas

manifestações patológicas foram visualizadas neste ano 2021?

11) Para garantir a durabilidade das estruturas de concreto armado frente ao efeito da corrosão, quais das atividades abaixo é mais importante na sua opinião.

Respeitar o cobrimento das armaduras;

Atender a resistência característica à compressão (fck) do concreto;

Garantir um bom lançamento e adensamento do concreto nas fôrmas, evitando nichos de concretagem;

Respeitar os espaçamentos mínimos das armaduras para uma adequada homogeneização do concreto em todo elemento estrutural;

Em elementos estruturais em contato com excesso de umidade (vigas baldrames, reservatórios, contenções etc) executar uma adequada impermeabilização para impedir a penetração de agentes agressivos ao concreto.

12) O engenheiro/escritório conhece ensaios para avaliar o cobrimento das armaduras?

(Responda apenas “sim” ou “não”).

13) Caso responda que “sim” na questão 12, qual o ensaio que o engenheiro/escritório conhece para avaliar o cobrimento das armaduras?

14) O escritório/engenheiro conhece o ensaio de pacometria? Ensaio realizado com uso

do equipamento pacômetro. (Responda apenas se “sim” ou “não”).

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