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CARTA. MENSAL Quem vive a. Caridade. vive em Deus EQUIPES DE NOSSA SENHORA. Ano LX outubro/novembro 2020 n 536

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CARTA

EQUIPES DE NOSSA SENHORA

MENSAL

Ano LX • outubro/novembro • 2020 • n° 536

O Pilar da O Pilar da Caridade Caridade

página 12 página 12

O caminho da O caminho da pós-pandemia pós-pandemia

página 10 página 10

Quem

vive a

caridade

vive em

Deus

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EDITORIAL

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa”

Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros:

Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros.

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 - Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável:

Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D.  Rejowski - Imagens: (Capa: Web) Pixabay / Can Stock Photos; Tiragem desta edição: 26.000 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser envia- dos para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, an- tes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

Editorial

...1

Super-Região Santíssima Virgem Maria, caminho escolhido por Deus ... 2

Viver dignamente a Missão ...4

Tema do ano: Capítulo VIII ... 5

Jesus Cristo, Rei do universo. Cristo, Senhor da paz e da unidade ... 7

Tema do ano: Capítulo IX: Balanço ...8

Festum Ominium Sanctorum ...9

Correio da Eri Iniciamos o caminho da pós-pandemia para uma “nova” normalidade ...10

Igreja Católica O Pilar da Caridade ... 12

Fiducia Christianorum resurrectio mortuorum; illam credentes, sumus ...14

Palavra do Papa ...15

Raízes do Movimento Triunfo da Caridade ...16

Datas comemorativas Os Direitos da Criança ...17

Discernimento para CRE: a importância desse serviço para o Movimento ...18

Vida de Casal e Santidade ...19

As Equipes de Nossa Senhora aparecem em nossa vida no momento certo... ... 20

Testemunho Oração Conjugal em trânsito ... 21

O amor mais forte que a morte ...22

Um chamado vocacional nas ENS ...23

Partilha e PCE Regra de Vida ... 24

Uma Resposta ao Apelo do Senhor ...25

Considerações sobre o encarte “Casados de vida santa” ... 26

Formação Na piedade e no temor do Senhor o casal cristão vive para Deus ... 28

Reflexão Reuniões mensais via satélite... quem diria! ... 29

A esperança cristã em tempo de isolamento social ... 30

Contos e reflexões A mochila e as pedras ...32

Índice

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ACESSE CARTA MENSAL SONORA:

no 536 outubro/

novembro 2020

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EDITORIAL

Débora e Marquinho CR Carta Mensal Olá queridos equipistas,

Iniciemos com a Oração de São Bernardo à Nossa querida Mãe:

“Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, de que nunca se ouviu dizer que algum dos que recorreram à vos- sa proteção, imploraram a vossa assis- tência e clamaram por vosso socorro tenha sido por Vós desamparado” e lembremo-nos de que celebrar a so- lenidade de Cristo Rei é preparar para viver a vida a que fomos chamados, ou seja, a vida que Cristo viveu.

No mês de outubro temos a importan- te missão de discernir à luz do Espírito Santo sobre quem será o CRE do ano seguinte. Para isso, vejam o artigo de Do Carmo e Paulo. Seguindo na linha dos compromissos equipistas, Vanessa e Rômulo nos recordam que em no- vembro deveremos fazer o balanço...

será que produzimos os frutos que Nosso agricultor projetou no início deste ano? Como foi nossa evolução em relação à santidade em casal?

O artigo do SCE da ERI, Pe. Ricardo Londoño, trata do caminho pós pan- demia e apesar de nos interrogar so- bre o que aconteceu dentro de nós e o que mudou em nosso relacionamento com Deus, com os outros e com a Casa Comum, nos permite ver e avançar em relação às possibilidades que fo- ram descobertas... Nesta linha, temos ainda vários artigos de grande riqueza!

Em relação à Diretriz da ação evange- lizadora, Pe. Antônio Xavier diz que a caridade exige de nós a capacidade de agir, ou seja: fazer o bem a quem dele necessita e, de outro lado, Pe. Hélio Cordeiro nos situa sobre o dom da

piedade, como algo que nos impulsio- na a viver com o coração voltado para Deus e para o próximo.

O artigo sobre finados nos leva a com- preender que as mudanças dolorosas que tivemos de incorporar só são pos- síveis através do mergulho profundo na fé e com a certeza do abraço con- fortador do Cristo Bom Pastor, que restaura, cuida e dá a vida pelas suas ovelhas (Jo 10, 11).

Amigos, graças a Deus, em cada edi- ção podemos contar com as histórias da vida real dos nossos irmãos, que nos encorajam rumo à santidade, mostran- do que ser santo é possível a todos que buscam o Senhor e tentam se aperfei- çoar através dos PCEs. Sobre o itine- rário de santidade em casal, Cristina e Flávio nos apontam as características necessárias. Assim fica mais fácil ca- minhar, não é?

Então, amigos(as), esse é o nosso tempo de carregar pedras, conforme o conto “A mochila e as pedras”, com confiança e perseverança, pois sabe- mos que não estamos sós! E com as considerações do Pe. Franciel, concluí- mos: “Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos”.

Boa leitura!

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SUPER-REGIÃO

Santíssima Virgem Maria, caminho escolhido por Deus

Caríssimos equipistas, amados e amadas de Deus.

Em uma oração à Santíssima Virgem, São Bernardo assim iniciava: “Lembrai- -vos, ó puríssima Virgem Maria, de que nunca se ouviu dizer que algum dos que recorreram à vossa proteção, implo- raram a vossa assistência e clamaram por vosso socorro tenha sido por Vós desamparado”. Verdadeiramente, as

manifestações da presença de Maria em socorro da Igreja, dos seus fiéis e da humanidade inteira foram e são sempre atestadas por aqueles que as percebe- ram e delas alcançaram conforto, su- peração e vitória nas situações difíceis.

Para nós é uma felicidade que o nos- so Movimento, sendo cristocêntrico, reconheça a impossibilidade de apro- ximar-se da plenitude do mistério de Cristo sem o contato também com

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SUPER-REGIÃO

a Santíssima Virgem Maria. Ela foi o caminho que Deus escolheu para tornar-se próximo de nossa huma- nidade, compartilhando-a conosco.

O Pai a escolheu como caminho da entrada de seu Filho na humanidade.

O Espírito Santo a escolheu como seu Templo puríssimo, preservado desde a concepção da mancha do pecado ori- ginal. Do alto da cruz, Cristo a esco- lheu para conceder à Igreja nascente uma presença feminina e materna. O Movimento também a escolheu como padroeira de cada equipe a ser formada, reunida como pequena ecclesia, para viver e manifestar a santidade na vida conjugal e a missão que decorre desta vida santificada no matrimônio para o bem da família, da Igreja e do mundo.

Nestes meses, aproximamo-nos do mistério de Cristo através de duas so- lenidades: Jesus Cristo Rei do Universo (novembro) e Nossa Senhora da Con- ceição Aparecida (outubro). A soleni- dade de Jesus Cristo Rei lembra-nos a vitória definitiva de Cristo e de seu reinado, além da vitória daqueles que o seguem e fazem parte de seu povo (leigos e leigas). Em vista disto, ve- mos Maria como o caminho a ser tri- lhado para que vivamos plenamente no reinado de Cristo. Ela é modelo e também auxílio, como nos atesta a história do encontro da imagem nas águas do rio Paraíba.

No momento de aflição, de necessi- dade e de medo, a aparição da imagem surge como uma resposta a uma per- gunta não formulada (o que faremos?) e como um convite para entender que não estamos sozinhos nas afli- ções e angústias do tempo presente.

Deus lembra-se de nós e estende-nos seu auxílio, através das mediações que ele mesmo escolheu, dos seus anjos e dos seus santos.

Contemplar a imagem de Aparecida faz a mente e o coração se recorda- rem do significado de ter uma mãe e de sua importância em nossa vida (até o Pai Eterno quis que seu Filho unigê- nito tivesse uma mãe na terra); faz a mente e o coração perceberem que existe amor e onde ele existe, Deus aí está; e que com a presença de Deus tudo muda, tudo se transforma, tudo se converte, tanto as mentes e os co- rações humanos como as realidades que os afetam.

Assim, neste tempo, olhemos ainda mais para Maria, que tem tantos nomes e títulos, mas é uma só e única “Mãe e Medianeira nossa”. Celebremos a ação de Deus em Maria, aguardando aquilo que também Ele realizará em nós, tor- nando-nos partici-

pantes do seu reino.

D. Moacir Arantes SCE Super-Região

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Lu e Nelson CR Super-Região

Viver dignamente a Missão

SUPER-REGIÃO

Olá queridos amigos!

O mês de outubro, como todos sabem, é conhecido como o mês das Missões, que inicia no dia de Santa Terezinha do Menino Jesus, conhecida como padro- eira das Missões.

Para nós cristãos, a partir do nosso ba- tismo recebemos a missão de evange- lizar e levar adiante a palavra e os ensi- namentos de Jesus.

Nos dias de hoje essa missão fica bastan- te comprometida quando acabamos nos deixando envolver pelas tribulações que nos cercam. Em todos os cantos vemos violência, agressão, egoísmo, ganância, confrontos entre as pessoas causados pela concorrência do mercado de tra- balho, diferenças políticas, etc.

Para viver dignamente a missão a nós confiada precisamos da Doçura e da Mansidão sugeridas pelo Apóstolo Pau- lo na carta aos Colossenses 3, 12-14.

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternura e compai- xão, bondade, humildade, doçura (mansi- dão), paciência, suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, também vós deveis perdoar. E, acima de tudo, revestir- -se de amor, que é o auge da perfeição”.

Na reunião virtual da ERI realizada entre os dias 30 de agosto a 5 de setembro re- fletimos através das pistas dadas pelo Pe.

Ricardo Londoño SCE da ERI esta pas- sagem da carta de Paulo, onde todos os dias, no início de cada reunião, vimos a partir de suas colocações o quanto estas atitudes são necessárias para nossa vida e principalmente quando assumimos a responsabilidade de missionários de Jesus.

Quando Paulo fala Revesti-vos, ele nos pede que assumamos essas atitudes como uma veste, uma roupagem que a partir do momento que a assumimos, nos tornamos como Jesus.

“A mansidão nos permite deixar os outros se aproximarem, a entrarem em nossa vida, fazerem parte dela e contribuírem com ela. Os casais precisam de mansidão para deixarem um colocar a mão na vida do outro, pois o que era meu, no matri- mônio tornou-se nosso... o corpo da es- posa é o corpo do marido, a felicidade do marido é a alegria da esposa, a tristeza dos filhos é o sofrimento dos pais. Deixar colocar a mão na vida financeira, afeti- va, espiritual. Quem não é manso torna- -se rebelde e até violento. É um desafio desenvolver confiança suficiente para nos entregarmos e nos deixarmos con- duzir tanto por Deus, como também por quem nos acompanha. Precisamos viver a mansidão diante do Movimento e da Igreja, pois Deus age na vida dos casais através deles. Precisamos ser mansos para entrar com cuidado na vida e na história do outro quando vamos em missão” (Dom Moacir Arantes).

Este mês também é muito especial para nós pois comemoramos o mês da nossa Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Que ela possa, então, interceder por todos nós, seus filhos, para que possamos nos vestir destas atitudes necessárias

para seguir e anunciar os ensinamentos de seu filho Jesus.

Amém!

Vamos em frente com muito entusiasmo...

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SUPER-REGIÃO

Tema do ano: Capítulo VIII

Espiritualidade conjugal: contribuição específica das ENS para a santidade do casal

Quando somos batizados, te- mos a Graça de ser chamados filhos de Deus.

No sacramento do matrimônio nos unimos àquela(e) com quem vamos dividir, por toda vida, as nossas ale- grias, tristezas, sucessos e devemos fazer a partir desta decisão uma ca- minhada a dois.

Quando os casais começam sua caminhada nas ENS e até mesmo antes, para aqueles que iniciam nas Experiências Comunitárias já existe um direcionamento. Os casais terão oportunidade de vivenciar momen- tos de oração, de diálogo e da Escu- ta da Palavra de Deus, como prepa- ração ou base para posteriormente ingressarem nas ENS.

Durante a Pilotagem, além dos pontos apresentados na Experi- ência Comunitária, paulatinamen- te serão apresentados os PCEs, mês a mês, como ferramentas de conversão e crescimento de for- ma segura, respeitando os limites individuais e a condição do casal.

Cada cônjuge tem seu momento de oração, tem o seu tempo e o

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Alegrar-se pela Espiritualidade Conjugal. Comprometer-se com a

vivência do Carisma, Reconhecer a importância do

Sacramento da Ordem e do Acompanhamento Espiritual.

SUPER-REGIÃO

seu jeito de buscar a Deus, por- tanto a sua espiritualidade. Aos poucos, esta espiritualidade in- dividual passa a ser do casal! Os dois com os mesmos objetivos e pensamentos comuns se unem em busca de Deus, que é amor, que é Luz, que é o bem maior. É Deus que transforma os cora- ções para, juntos, vivenciarem o amor a Deus e ao próximo. Este amor se manifesta no cuidado um com o outro, no carinho, na preocupação e no zelo, ou seja, nas pequenas coisas, nos peque- nos gestos... Assim, rezar juntos, rezar um pelo outro, participar da Santa Missa juntos, comungar a Santa Eucaristia, meditar a pa- lavras e buscar a todo instante a vontade de Deus são caminhos que levam o casal à santidade.

O casal equipista tem um obje- tivo: caminhar para Cristo, em Cristo e por Cristo, juntos. O ob- jetivo é se santificar juntos, um ajudando o outro, um levantando o outro nos momentos de fragi- lidade e de queda! Com certe- za unidos chegarão à santidade.

Atualmente, devemos ser firmes para não nos afastarmos do ca- minho. Precisamos ter fé e mui- ta perseverança na caminhada.

O casal equipista tem a graça de contar com a ajuda de um Sacerdote ou Acompanhante Espiritual em sua caminhada es- piritual. Tudo são bênçãos der- ramadas na vida de todo casal que permanece nas Equipes de Nossa Senhora.

Que nesta caminhada os casais sejam iluminados por nossa boa Mãe Maria. Que

Ela proteja to- dos, em busca da santidade.

É Deus que transforma os corações para, juntos,

vivenciarem o amor a Deus e ao próximo

Maria e Amâncio CRP NE II

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Jesus Cristo, Senhor da paz e da unidade

A Igreja se reveste de plena alegria ao celebrar solenemente o Cristo, Rei da reconciliação, Rei do perdão e Rei que veio para servir. Reconhecendo que Jesus é Rei, cremos que com ele Deus manifestou plenamente a rea- lização do homem. Não há ação do homem que não esteja sob o juízo de Deus. Não pode haver lugar na história sem relação com Deus por meio de Jesus. A doutrina do senhorio de Cristo nos ensina ainda que a vida a que somos chamados é a mesma que viveu Jesus Cristo: vida de serviço aos irmãos. Vivendo-a confessamos seu senhorio e nos tornamos como Ele, homens de paz e de reconciliação.

No reinado de Cristo aprendemos a nos reconciliar com Deus e com o ir- mão. Cristo é Rei, porque perdoando e morrendo na cruz para remissão dos pecados, cria uma nova unidade en- tre os homens. Assim, aprendemos neste reinado a vivência do perdão, para que perdoando o nosso próximo possamos também merecer de Deus o perdão. O reinado de Jesus é tam- bém um forte apelo para que apren- damos dele, a mansidão e a humildade para assim servir ao próximo como o próprio Jesus ensinou aos seus discí- pulos: “Eu vim para servir, e não para ser servido”(Mt 20,28), e dar a vida pelas ovelhas(Jo 10,11).

Em dois momentos de sua vida Jesus manifesta o seu reinado: ao entrar em Jerusalém, como um Rei pobre, mon- tado em um jumento emprestado, e ser humilhado na paixão, revestido com o manto de púrpura e coroa de

espinhos; e ao morrer despido, com o peito transpassado na cruz. Rei da paz e Rei do amor sem limites até a morte. A realeza de Jesus é a realeza do amor incondicional de Deus por toda humanidade.

A solenidade de Jesus Cristo, Rei do universo, é uma grande oportunidade que nos proporciona reconhecer que na cruz de Cristo o poder dominador e opressor foi definitivamente der- rotado. “Por duas Chagas nós fomos curados” (Is 53,5b). Nos faz compre- ender também que o seu reinado não se dá na glória, e nas honrarias deste mundo, mas na totalidade da entre- ga e morte na cruz, ele dá a vida pela salvação de todos.

Esta solenidade foi instituída na litur- gia da Igreja em 1925 pelo Papa São Pio XI. É celebrada no último domin- go do Ano Litúrgico, ou seja, entre os dias 20 e 26 de novembro. O objetivo desta festa, é despertar no ser huma- no um desejo de viver os valores mais elevados, isto é, os valores do reino inaugurado por Jesus.

Que pela graça de Deus possamos per- mitir que Cristo reine plenamente em nossa alma e em seu coração.

SUPER-REGIÃO

Frei Paulo Sérgio SCEP NE II

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Vanessa e Rômulo CRP – NE I

Tema do ano: Capítulo IX

BALANÇO

Todos os anos o Movimento nos con- vida a realizar no mês de novembro o Balanço da nossa caminhada equipista.

É uma grande oportunidade de com- partilhar e revisar o nosso caminho de santidade pessoal e de casal vivido ao longo do ano.

No tema deste ano fomos todos convi- dados a ser santos, e aprendemos que a santidade está nas pequenas coisas, nos pequenos gestos diários de amor. São João Paulo II nos diz que: “Quem não se decide a amar para sempre, é difí- cil que possa amar deveras um só dia.”

Temos que renovar nosso compromis- so de amar sem medidas a cada novo dia que começa.

Em nossa reunião de balanço iremos refletir sobre a parábola da figueira que apesar de plantada no meio de uma vinha, um lugar privilegiado, depois de crescida continuava a não produzir frutos.

Fazendo um paralelo entre a parábola da figueira e nossa caminhada equipista:

A figueira somos todos nós que tive- mos a graça de sermos plantados nes- ta grande vinha que são as Equipes de Nossa Senhora.

Nas equipes, recebemos todos os adu- bos necessários para que possamos dar frutos, que são nossos PCEs, Formações, Reuniões Formais, Informais, Mutirões....

E por que muitas vezes, ao final do ano, casais e algumas equipes não dão os frutos esperados pelo “Agricultor Je- sus Cristo?”

Pe. Caffarel, em um texto denominado

“Cansei-me para encontrar Deus”, que está no nosso livro tema, nos alerta para

as equipes e casais que perderam o en- tusiasmo inicial. Ele nos diz: “Se o en- tusiasmo cristão estiver afrouxando em vossa equipe, entre os seus membros, não será porque se perdeu o espírito da descoberta? Para descobrir, é preci- so procurar; para procurar, é preciso ter o desejo de encontrar, para desejar en- contrar, é preciso que se creia que exis- te alguma coisa a encontrar.” E finaliza dizendo: “Acreditais que existe ainda al- guma coisa por encontrar, ou sois como aqueles cristãos que, tendo assistido a algumas conferências e participado de alguns retiros, se contentam com aquilo que ouviram?”.

Precisamos voltar às fontes e rescobrir o nosso Carisma Fundador. Não devemos nos contentar em apenas viver a vida da nossa equipe, transformando-a em uma ilha. Temos que avançar para águas mais profundas e descobrir que além da nos- sa equipe existe um Movimento lindo e que ao fazermos parte dele temos o compromisso e o dever de viver segun- do as suas orientações.

Agradecemos a Deus Pai, dono da nossa vinha que todos os anos nos dá oportu- nidade de realizarmos o balanço de nossa caminhada equipista, para iniciarmos um novo ano com o compromisso de percor- remos um caminho

de santidade, nem mais, nem menos.

SUPER-REGIÃO

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Festum Ominium Sanctorum

(Festa de Todos os Santos)

Esse é o nome que o latim nos deixou por herança para lembrarmos aqueles homens e mulheres que assumiram as ações de Cristo Jesus, por meio do ba- tismo, na ordem da Criação: “Façamos o Homem segundo a nossa imagem e se- gundo a nossa semelhança” (Gn 1,26).

Deus  Trindade é o autor da santificação humana. Deu-nos a razão, para que pu- déssemos entender o quanto ele quis pre- cisar de nós (Karl  Rahner, teólogo).

O início dessa festa foi no século IV para homenagear os mártires, na Antioquia, no primeiro domingo após Pentecostes.

O Papa Gregório IV oficializa em 1º de novembro do ano 835.

No Primeiro Testamento, da liberta- ção do povo da escravidão no Egito, ao longo do caminho da história da salva- ção, Deus fala a Moisés: “Dirás a toda a assembleia de Israel o seguinte: Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19,1-2). Deus reforça a Aliança da Criação; a essência da huma- nidade, que deve trazer em si a essência da divindade, a santidade. Deus é Santo!

No Segundo Testamento, os apóstolos de Jesus reafirmam a santidade de Deus, e, por sua vez, reafirmam também o querer de Deus à santidade do Homem: “Sede santos, como o vosso Pai celeste é santo”

(Mt 5,48). Lembremos que este capítulo 5 de Mateus, é o célebre capítulo das Bem- -Aventuranças. Mateus nos apresenta rea- lidades não fáceis para alcançar a santida- de; contudo, enfatiza: “Bem-Aventurados – Felizes são...”

Pedro, na sua primeira carta, exorta a todos aqueles que seguem à Jesus a

tomar o seu exemplo, como chamados e escolhidos para darem testemunhos da maneira como vivem: “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede vós também santos, em toda a vossa maneira de viver” (1Pd 1,15). Os santos canonizados pela Igreja assumiram essa exortação do apóstolo para as suas vidas.

As ENS, por meio da vida de Pe. Henri Caffarel, atendendo ao pedido daqueles primeiros casais, apresenta ao mundo um carisma centralizado em Cristo Evangelho vivo, para dar ao matrimônio uma Espiri- tualidade Conjugal que visa a santidade.

São os santos de hoje que, em meio a tan- tos outros, no seu dia a dia, representam o martirológio do Sim assumido com os sacramentos do batismo e do matrimô- nio. Que são tantas vezes crucificados por meio de comentários ofensivos por valorizarem ainda a aliança matrimonial querida por Deus. Que são estigmatizados por devotarem suas vidas a uma busca de oração contínua quando lutam por seus cônjuges e filhos, que parecem ter perdido o sentido da vida e dos valores.

A Festa de Todos os Santos, além do reconhecimento das virtudes de todos aqueles homens e mulheres canoniza- dos, é também uma festa de todos nós, como antecipação da glória de Deus, no que devemos ser,

em vida, propaga- dores do amor, da verdade-justiça e da comunhão-aliança.

Pe. Fábio José Costa, fsa SCE – Província NE I

SUPER-REGIÃO

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Iniciamos o caminho da pós-pandemia para uma

“nova” normalidade

Queridos membros das ENS:

Passamos alguns meses de incerte- zas, dúvidas, precauções, preocupa- ções, angústias.

Temos vivido imersos na realidade vir- tual, transformamos nossos hábitos e costumes com respeito às celebrações sacramentais, experimentamos uma relativa participação em cerimônias e reuniões sem presença física nos es- paços. Em muitos lugares, ainda não é possível ir à igreja e, em outros, a possi- bilidade é restrita e requer a observân- cia de turnos, distâncias e muito pou- co contato físico com outras pessoas.

Muitas de nossas atividades comuns

definitivamente mudaram e teremos que construir a “normalidade”.

Pela nossa vida espiritual, pela nos- sa participação eucarística, por tudo aquilo que, ao longo de nossas vidas, estávamos habituados a fazer e a vi- ver, é necessário agora algo novo, algo diferente, algo transformado.

É possível que no transcorrer dos dias, semanas e meses de quarentena, de confinamento, de prevenção e cor- responsabilidade, tenhamos sido ca- pazes de nos perguntar muito séria e serenamente qual é verdadeiramen- te a essência de nossa vida cristã e de nossa espiritualidade. Tivemos que mudar paradigmas e algumas

CORREIO DA ERI

(13)

convicções; tivemos que rever nos- sas crenças e afirmações; pudemos também encontrar novos caminhos e maneiras de viver.

Agora, pouco a pouco, abre-se a pos- sibilidade de voltar às igrejas e celebra- ção. As telas são deixadas um pouco de lado para olhar para os irmãos cara a cara e trocar algumas palavras, gestos e sorrisos. Com medo, com prevenção, mas com imensa alegria!

O que aconteceu dentro de nós? O que mudou em nosso relacionamen- to com Deus, com os outros, com a Casa Comum?

Olhemos para nossa espiritualidade e para nossa vivência eucarística. O que nos trouxe a virtualidade na oração, no encontro, no diálogo, no compromisso?

Acreditamos que estamos saindo do confinamento com novas ferramentas, novos desafios, novos olhares? Existe em nós a disponibilidade para um com- promisso responsável com o sofrimen- to, os abandonados à beira do caminho, aqueles que imploram misericórdia ou

aqueles que, sem manifestá-la, estão sedentos de compaixão?

Voltar à comunhão eucarística é reco- nhecer o Corpo de Cristo no corpo so- fredor dos irmãos. Voltar aos templos e locais habituais de culto é reencontrar nos espaços convites aos cuidados da criação colocada em nossas mãos ad- ministradoras. Reunir-nos fisicamente com nossos entes queridos é olhar no- vamente para a precariedade da exis- tência e a fragilidade de quem somos e, claro, aproveitar a nova oportunidade de continuar caminhando. Como? De que forma? Aqui está um desafio que nos interpela e nos chama!

Peçamos a Deus a capacidade de não sermos inferiores à

nossa vocação e ao nosso destino.

Pe. Ricardo Londoño SCE ERI

É possível que no transcorrer dos dias, semanas e meses de quarentena,

de confinamento, de prevenção e corresponsabilidade, tenhamos

sido capazes de nos perguntar muito séria e serenamente qual é verdadeiramente a essência de nossa vida cristã e de nossa espiritualidade

CORREIO DA ERI

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O Pilar da Caridade

“Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e seu amor em

nós é consumado” (1Jo 4,12)

Na continuidade dos pilares estabe- lecidos nas Diretrizes para a Ação Evan- gelizadora na Igreja, apresentaremos o terceiro pilar, a caridade. Caridade e amor são utilizados como sinônimos dentro da Sagrada Escritura por influência da língua latina. No entanto, existem al- gumas diferenças entre as palavras seja em nosso uso habitual, seja na sua utili- zação histórica. Amor descreve melhor a dimensão subjetiva, aquilo que sente interiormente, que nos impulsiona a

agir, iniciando como um sentimento e depois comprometendo o coração. Ca- ridade é utilizada em sentido mais obje- tivo, seria o amor quando se transforma em ação. Esta ação amorosa, entendida como caridade, é direcionada a quem possui alguma carência, uma necessi- dade, algo que não poderia ou lhe seria difícil realizar sozinho. Caridade, assim, é o amor demonstrado em ato suprindo a necessidade, material ou espiritual, de alguém. Uma pergunta poderia emergir:

IGREJA CATÓLICA

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*Obras consultadas: 1. Missal, Romano, p. 667; 2. Missal Cotidiano, p. 1754-1755; 3. Altaner-Stuiber, Patrologia, EP, 1995, p.394-404.

é possível amar sem ter atitudes? Em- bora as atitudes sejam o testemunho do amor, para serem autênticas, elas fazem parte de um segundo momento.

Existem situações em que o amor não produz atos diretos por não dispor dos meios, assim funciona inclusive com as pessoas que possuem certas doenças, pessoas presas etc. Um exemplo é o per- dão, que é um gesto de amor, mas não é caridade em sentido estrito. O amor é possível a todos, já a caridade depen- de muito da situação particular em que cada um se encontra.

Assim, este pilar não se refere a sermos capazes de amar, que já é pressuposto, e sim a nossa capacidade de fazer al- gum bem a quem dele necessita. Neste tempo de pandemia temos muitas ini- ciativas de caridade que nos mostram a necessidade de ajudar quem sofre mais que nós. Esta preocupação vem desde a origem da Igreja, relembrada por Paulo em seu encontro com Pedro em Jerusalém (Gl 2,10). No entanto, as diretrizes apresentam uma forma de caridade que se dirige a nosso Mo- vimento de forma direta: “Priorizar as ações com as famílias e com os jovens, como resposta concreta aos sínodos da família (2014 e 2015) e da juventude (2018). Esta forma de caridade dis- creta é talvez nossa maior necessida- de, sustentar e animar as famílias e os jovens, que um dia serão famílias, para que sejam sal da terra e luz do mundo.

Ajudá-los a superar momentos de cri- se, fazer com que a esperança jamais ceda lugar ao desespero, equilibrar com

nosso bom testemunho de vida, a re- alidades difíceis e sofridas de tantos matrimônios em nosso tempo.

Como o amor impõe prioridade, não podemos descuidar dos mais próximos antes de nos lançarmos na direção dos mais distantes, sendo sempre bom es- tar atento àqueles que a providência de Deus aproxima de nós para que cuide- mos. Uma das belas coisas que me en- cantaram no Movimento foi essa ca- pacidade de dilatar as famílias, criando vínculos em nossas equipes que muitas vezes superam os vínculos de sangue, seja no amor, seja no compromisso de uns com os outros. Essa caridade ca- tivante é uma grande marca do Movi- mento, e com certeza nossa prioridade.

Casais santos que santificam outros ca- sais pela presença e pelo testemunho, quando é possível. Santidade é como a beleza, ninguém possui defesa contra ela. Nesse sentido termino com uma frase de grande escritor russo, Dostoié- vski, utilizada pelo Papa João Paulo II em sua carta aos artistas (1999): “A beleza salvará o mundo”.

Deus abençoe a todos.

Padre Antonio Xavier Eq. 101 C – Região BSB I Província Centro-Oeste

IGREJA CATÓLICA

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Fiducia Christianorum resurrectio mortuorum; illam credentes, sumus

“A confiança dos cristãos é a ressurreição dos mortos; crendo nela, somos cristãos”

1

1. Tertuliano, Res.,1,1.

Fomos surpreendidos extraordina- riamente por um vírus que, como um vento forte, fez-nos já celebrar o dia de finados com tanta robusticidade de fé ou em profunda fraqueza espiritual em cada manhã, tarde, noite, madrugada ao longo deste ano... quantas experiências profundas de dor e fé! Que vendaval agitou nossos corações, visitou nossos lares e invadiu nosso cotidiano. Contu- do, de igual modo o Espírito Santo em sua dinamicidade visitou-nos por meio de tantos momentos oferecidos pelo nosso Movimento: formações, terços, reuniões preparatórias e formais, e até informais, foram nos ajudando fazer deste processo um itinerário profundo para a santidade.

Esse caminho feito ajuda-nos a pensar em como vivenciarmos este tempo de fé em que muitos de nós ainda estamos viven- ciando o luto de uma separação “inespera- da” e literalmente “separados”, sem des- pedidas, proximidade, presença física a até o tocar, olhar e poder dar o último adeus.

Diante de tal realidade em que fomos to- cados profundamente, crer na ressurreição dos mortos é um elemento essencial para a renovação da nossa fé.

Pelo batismo, já somos sacramentalmente

“mortos com Cristo” para vivermos uma vida nova, e se morremos na graça de Cris- to, a morte física consuma este “morrer com Cristo” e completa, assim, nossa in- corporação a Ele. Quantos irmãos nossos fizeram esta experiência silenciosa, dolo- rosa, contudo plena de fé, de abandono

e de sentido, mesmo sem entenderem o porquê sofriam, na fé deram sentido e partiram, e crendo na fé que professaram enfrentaram seu calvário na alma, utili- zando respiradores, deitados nas macas, dentro das UTI’s, corredores, e até sem nenhuma assistência hospitalar dentro dos seus lares, pela fé gritaram silencio- samente: “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito” (Lc 23, 46).

“Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu!” (Lc 24,39). É dia de experimentar- mos pela fé a graça da “Ressureição do coração”, mesmo dirigindo atenciosa- mente, com toda a piedade e gratidão nossas orações, e por meio de gestos de cuidado: nas intenções das missas, flo- res, velas como carinhosamente anual- mente fazemos. Esse ano é necessário sentirmos a força, a graça e a presença do Ressuscitado conosco, olharmos com os olhos da fé, que as marcas da Paixão impressas em Jesus, é o caminho seguro onde devemos direcionar o nosso olhar, e na profundidade da nossa dor que é desperta pela saudade deixarmo-nos ser visitados pelo grande dom do Res- suscitado: a Paz! (Jo 20, 19).

Por fim, celebrar este ano os fiéis defuntos deverá ser um mergulho profundo de fé, e de igual modo um abraço confortador do Cristo Bom Pastor que restaura, cuida e dá a vida pelas suas ovelhas (Jo 10, 11).

Pe. Anderson Luiz S. dos Santos SCE - Região CE I IGREJA CATÓLICA

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IGREJA CATÓLICA

Palavra do Papa

Enamorados de Deus em unidade

Na homilia na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (29/6/2020) o Papa Francisco clamou por “Enamora- dos de Deus”, como esses dois apósto- los ao anunciarem Jesus. Ora, disso nós entendemos. O Padre Caffarel nos quer

“Buscadores de Deus”1. Ele “acreditou no amor humano, particularmente no amor entre um homem e uma mulher. Via nisso um reflexo do Amor de Deus”2 e desejou:

“Ó se houvesse pelo mundo afora casais que realmente se amam, realmente fe- lizes, realmente cristãos, o rosto deste mundo seria realmente mudado”3. Sen- do enamorados no Amor de Deus, somos Enamorados de Deus e, como fruto do matrimônio santamente vivido, assim podemos anunciar Jesus.

O Papa Francisco, na mesma homilia, refletiu sobre a unidade, “um princí- pio que se ativa com a oração, porque a oração permite ao Espírito Santo intervir, abrir à esperança, encurtar as distâncias, manter-nos juntos nas dificuldades” [...]

“Só a oração desata as algemas, como a Pedro; só a oração deixa livre o caminho para a unidade.”

Valiosa orientação aos que buscamos a unidade como força para nossa mística.

Rezamos o Magnificat todos os dias, a nossa oração da unidade, com a família,

com a equipe, com o Movimento, com a Igreja, com Nossa Senhora, com Jesus!

A Carta de Fátima nos exorta à união com a Igreja, quando diz que “hoje mais do que nunca as Equipes de Nossa Se- nhora têm um papel concreto e um dever que devemos assumir”4, referindo-se à nossa ação no mundo.

Assim como cuidamos da unidade no Mo- vimento, seguindo os “Pontos Fundamen- tais para a Unidade”5, nos dedicamos à uni- dade com a Igreja, pois “o Movimento está plenamente inserido e integrado à Igreja”6, seja atuando missionariamente na comu- nidade católica, como nos convidou o San- to Padre, no encontro com os CRRs7, em 10/9/2015, seja integrado à vida da Igreja, como na Oração Litúrgica de nossa Reu- nião Mensal, “quando rezamos em unidade com todo o povo de Deus”8.

Senhor, concede-nos a unidade da Igreja e de nosso

Movimento.

Rita e Fernando Eq. N. S. de Guadalupe Belém-BA

1. CM 524 – Abril/2019, pág. 13; 2. Carlo e Maria-Carla Volpini na apresentação de Profeta do Ma- trimônio”. pág. 3; 3. Pe. Caffarel, Profeta do Matrimônio. pág. 59; 4. CM 519 – Setembro/2018. pág.

20; 5. Carisma, Mística e Espiritualidade. pág.3; 6. A Responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora.

pág.41; 7. CM 495 – Dezembro/2015. pág 16; 8. Maria Regina e Carlos Eduardo Heise, Memórias &

Histórias. pág. 79

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Triunfo da Caridade

É necessário que a caridade frater- na se desenvolva sem cessar nas vos- sas equipes.

Quando alguns casais se exercitam no auxílio mútuo e no amor fraterno, pou- co a pouco o seu coração se engrandece.

E, gradualmente, o seu amor conquista a casa, o bairro, o país... até alcançar as paragens mais longínquas.

Construir uma igreja é importante: dia e noite o Cristo eucarístico terá nela a sua morada. Para a cristandade, não é menos necessário possuir equipes de caridade: é uma outra maneira de fazer com que Cris- to esteja presente no meio dos homens.

“Onde se encontra o amor fraterno, aí está Deus”, canta a liturgia da Quinta-Feira Santa. “Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome, promete Jesus Cristo, Eu estarei presente no meio deles”.

Presença de Cristo é por isso presença da Igreja. Onde há cristãos que se amam, aí está a Igreja. Sob condição, no entanto, de que esta pequena comunidade quei- ra, ela própria, estar presente na Igreja a serviço da Igreja.

O poder de intercessão dos cristãos, quando estão unidos, é de uma eficá- cia extraordinária: “Se dois dentre vós se juntarem na terra para pedir alguma coisa, em verdade eles o conseguirão de meu Pai que está nos céus”.

O amor fraterno é de uma fecundidade excepcional. À sua volta o mal retrai-se e o deserto floresce. Um pároco dos subúr- bios dizia-me: “Quando uma rua de minha paróquia está demasiado contaminada, peço a casais cristãos para virem instalar- -se nela e darem apenas o testemunho do seu amor fraterno. Ao fim de seis meses, os moradores da rua respiram um novo ar”.

Uma comunidade fraterna é uma men- sagem de Deus aos homens. Sua men- sagem mais importante, aquela que revela a vida íntima de Deus, sua vida trinitária. Não há discurso sobre Deus mais eloquente e persuasivo do que o espetáculo de cristãos que “são um”

como o Pai e o Filho são Um.

Não há nada que dê maior glória a Deus do que cristãos unidos. É a grande obra- -prima da graça divina. Deus põe aí as suas complacências, descobre nisso um reflexo da sua vida trinitária. “Os céus cantam a glória de Deus”, o amor fra- terno canta o Amor eterno.

Seja isto, pois, a vossa, grande preocupa- ção: fazer da vossa equipe UM TRIUNFO DA CARIDADE.

HENRI CAFFAREL

Colaboração de:

Mª Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. Mãe de Deus e Nossa Piracicaba-SP RAÍZES DO MOVIMENTO

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DATAS COMEMORATIVAS

Os Direitos da Criança

No ritmo da cantoria A gente se desafia Mexer em nossas lembranças.

Lembrar-se do que fazia E de como se sentia Quando a gente era criança.

O desafio está posto Cada um tem o seu gosto

E defende o que diz.

Não quero ser saudosista Mas no meu ponto de vista

A gente era mais feliz.

A lei era a do coração Todos nos davam atenção Enchiam-nos de cuidados.

Com conselhos e carinhos Apresentavam os caminhos

Às crianças do passado.

Nossa lei era mais didática Nós aprendíamos na prática

A amar e ser amados.

Antes de falar em direito Praticava-se o respeito Na educação do passado.

Cada um tem o seu jeito E todos têm o direito

De dar sua opinião.

Eu sou um homem agora, Pra mim a criança de outrora

Tinha mais educação.

Eu já fui um catequista E hoje como equipista Esta missão e alcança.

No passado ou no presente É obrigação da gente Cuidar de nossas crianças.

Não me sinto saudosista Sou apenas um cordelista

Semeando a esperança.

Também não sou repentista Mas eu sou um equipista

Em defesa da criança.

Ana e Jorge Eq. 6 – N. S. da Assunção Setor Ceará Centro A Quixadá-CE

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DATAS DO MOVIMENTO

Discernimento para CRE:

a importância desse serviço para o Movimento

A nossa vida é um CHAMADO para entrega e abandono nas mãos do Pai para O SERVIR, como para toda voca- ção, o apelo de Deus ao casal cristão acompanhado por uma missão a exer- cer um serviço. Um chamado através do serviço para viver um grande amor. E dentro do próprio Movimento das Equi- pes de Nossa Senhora em sua estrutura proporciona possibilidades a SERVIR.

Por isto, são realizados os DISCERNI- MENTOS, escolha sob o olhar de Deus e no mistério do Sopro do Espírito San- to, um casal é escolhido para ser Casal Responsável de Equipe, a cada ano, que consiste em amar, animar e dar vida à equipe de base, encorajando e refor- çando os esforços de seus membros em relação a esta pequena comuni- dade a fim de que a ajuda mútua seja efetiva e cada um se sinta verdadeira- mente aceito, reconhecido e amado.

É importante que todos os casais da equipe passem por esta responsabili- dade, pois assumir este serviço os faz

crescer como pessoa e também como casal. O Papa Francisco insiste em nos chamar a praticar “A Arte de Acompa- nhar”, nos caminhos do aperfeiçoamen- to, promovendo tomada de decisão para ação. Padre  Caffarel aprovava uma ação conectada na fonte divina, pelo amor de Deus e deste amor brota a graça que é dada ao CRE que o fortifica quando “to- mar posição unido a Cristo”, é assim que se opera a transformação do casal para o ajudar a melhor discernir e agir, daí bro- ta a força missionária do casal, tornan- do sua equipe em uma comunidade de amor. Por outro lado, o CRE vincula a equipe ao Setor, informando os casais de sua equipe sobre a vida do Movimento, encorajando-os a participar ativamente nas reuniões organizadas nos diferentes níveis, e assim, num Espírito de Fé e leal espírito de disciplina, serão os mediadores naquele ano entre a base e os demais ní- veis do Movimento para o fortalecimento e a manutenção do espírito de unidade que inspirou o Movimento, propondo- -nos cada vez mais um compromisso fundado na estabili-

dade do amor.

Que Nossa Senhora abençoe os Casais Responsáveis de to- das as equipes.

Do Carmo e Paulo CRR PE II Província NE II

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DATAS DO MOVIMENTO

Vida de Casal e Santidade

Casados há 23 anos e com dois fi- lhos. Nos conhecemos bastante jovens e começamos a namorar em julho de 1989... Já faz tempo, não é mesmo?

E como conseguimos nos manter uni- dos por tanto tempo nesse mundo tão descartável e cheio de tentações?

Nascidos em famílias cristãs, católicas, muito cedo tivemos a presença da Igre- ja em nossas vidas, mas sem nenhum compromisso maior que não fosse a participação nas missas dominicais, orientação cristã dos filhos (sacra- mentos) e orações pessoais. Sempre soubemos e sentimos que Deus nos havia preparado um para o outro. Ape- sar de sermos bastante diferentes em muitos aspectos, temos muita sinto- nia e afinidade alimentadas pelo amor diário. Mas faltava algo...

Entramos nas ENS em agosto de 2013 e logo percebemos que as orientações e a metodologia proposta pelo Pe.

Caffarel iam nos permitindo viven- ciar momentos de transformação no diálogo conjugal e familiar. Passamos a rezar juntos e a ouvir a prece um do outro, fortalecendo nossa união em casal e nossa relação com Deus. Nos aprofundamos na Escuta da Palavra, alimento diário que orienta e guia nosso dia a dia. Aos poucos fomos conhecendo melhor as obras do Pe.

Caffarel e a riqueza de sua mensagem e o testemunho de outros casais nos ensinavam quão especial era ter a vida focada em Cristo! Na verdade, enten- demos que quando nos dispomos a ser instrumentos em Suas mãos, Ele

nos concede muito mais que aquilo que ofertamos.

Somos gratos a Deus por nos permi- tir acordar todos os dias e sentir que caminhamos lado a lado, cientes de que a maior missão que Ele nos con- fiou foi levar um ao outro à santidade.

Ser santo não significa algo extraor- dinário e inatingível... Estamos longe da perfeição, nossas falhas e fraque- zas humanas são os motivos que nos fazem perceber que precisamos estar na permanente busca d’Ele... as difi- culdades nos moldam para sermos, a cada dia, pessoas melhores. A santi- dade está nos pequenos gestos que nos fazem crescer em maturidade espiritual. Confiantes que Ele é nos- so farol e aliado à sabedoria do Espírito Santo seguimos firmes e conscientes de Sua presença leve e constante em nossas vidas.

Alrieta e Vicente Eq. 4 - N. S. das Graças Setor Sobral A

Passamos a rezar juntos

e a ouvir a prece um

do outro, fortalecendo

nossa união em casal e

nossa relação com Deus

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É com grande alegria que partilha- mos nosso testemunho de amor e de fé cristã. Casados há quase 32 anos, e em meados de 2017 nosso contato com as ENS.

Naquela época, nossa família passava por diversas atribulações: Marcos ha- via descoberto uma doença crônica a qual deveria aprender a conviver com os cuidados que nada tinham conso- nância com os hábitos corriqueiros; na empresa da família, diversas desaven- ças aconteciam constantemente, e o diálogo apaziguador era raridade. Ele se escondia muitas vezes na bebida para não falar sobre o que sentia ou pensa- va. Eu (Da Guia) atravessava contur- bações na minha família, com irmãos e minha mãe já idosa e debilitada. Em meio a tudo isso, surge o convite para conhecer as ENS, e uma pergunta nos inquietava: Seria esse o momento para iniciar nossa caminhada nas ENS? Mas o tempo de Deus não é o nosso tempo.

O convite veio por intermédio da nos- sa filha e genro (equipistas) e firma- do com o nosso “sim” após visita do CRS, Cassia e Júnior. A partir dali, não imaginávamos que iríamos viver mo- mentos tão importantes e transforma- dores. Fomos muito bem acolhidos, e tivemos a importante colaboração do casal piloto Lígia e Gustavo. Os PCEs nos ensinavam dia após dia, a viver a espiritualidade conjugal, a sermos pes- soas melhores, e a ter discernimen- to para lidar com as adversidades do

cotidiano. Não havia mais problemas que superassem a nossa vontade de viver o matrimônio, a família e a nos- sa rotina cristã.

No final de 2018, mais uma surpre- sa: fomos escolhidos para ser CRE no ano seguinte. Novamente a dúvida nos rodeava. Iríamos ter condições de assumir a missão? Não éramos muito imaturos no Movimento? Seria esse o momento? Chegamos a pensar em desistir. Mas Deus prepara tudo: nossa filha e genro também foram escolhi- dos CRE da equipe que fazem parte.

Ajudamo-nos, nos demos forças e perseveramos na missão.

Hoje, temos a missão de ser equipistas e de viver as maravilhas que o Movi- mento nos proporciona, e afirmamos que não nos vemos sem as ENS. Re- descobrimos o amor de Deus em nos- so lar, em nosso casamento, em nossa família e aprendemos a lidar com sere- nidade com as adversidades da vida. E nos enche de alegria saber que nossos dois filhos, genro e nora também nos acompanham na caminhada cristã.

Por fim, não há melhor definição para nós senão um trecho da oração Magnificat: “O poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o seu nome”.

Da Guia e Marcos Eq. 07 N. S. dos Remédios Setor Acari-RN DATAS DO MOVIMENTO

As Equipes de Nossa Senhora aparecem

em nossa vida no momento certo...

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TESTEMUNHO

Sempre encontramos dificuldade para rezarmos juntos devido à cor- reria do dia a dia e com três filhos. En- contrar um momento propício, sem que eles interferissem... eis o desafio!

Foi então que decidimos fazer as ora- ções dentro do carro, todas as manhãs, na ida para o trabalho. Começando bem o nosso dia. A partir daí tudo foi se transformando em nossa vida, per- cebemos que tudo estava muito bem entre nós dois, mas nossos filhos esta- vam dando muito trabalho e isso, de certa forma, nos afetava!

Daí tivemos a ideia de inseri-los nas orações. Colocamos em prática a ora- ção em família! Percebemos, a partir de então, que a nossa vida se transformou.

As dificuldades de relacionamento en- tre nós e eles foram transformadas em alegria. Passamos a viver dias de mui- tas graças, aprendendo a sermos mais compreensivos uns com os outros e a nos amarmos mais.

O mais interessante é que acháva- mos que eles não iriam se interessar por este momento, entretanto eis a grande surpresa, além de aceitarem ainda se empolgam na hora da par- tilha. Cada um tem seu momento de orar, partilhar, ouvir e isso fez nossos filhos crescerem espiritualmente a ponto de o mais velho decidir entrar no Ministério Jovem da RCC.

Hoje eles fazem questão de estar en- volvidos em algum serviço da igreja,

sabem partilhar o Evangelho e nos enchem de orgulho com os dons que temos recebido, fruto da nossa fideli- dade aos PCEs. No último dia de cada mês, a família se reúne para ver quais foram os pontos fortes e os fracos daquele mês e programar o próximo.

Assim, passamos a identificar melhor as necessidades deles e onde estamos errando e o que podemos fazer para melhorarmos. Passamos a ter uma conversa mais aberta e compreensi- va. Eles ainda não têm idade para fazer parte do Movimento, mas não vemos a hora de também eles desfrutarem da graça de serem equipistas.

Família que reza unida permane- ce unida!

Cris e Nando Eq. 12 - N. S. de Lourdes Setor C - RNI - RN

Oração durante o

caminho para o trabalho

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TESTEMUNHO

O amor mais forte que a morte

Agora compreendo melhor aquele trecho da Oração pela Canonização do Padre Henri Caffarel! Antes, porém, uma citação do nosso fundador sobre uma santa que convivi:

“ Um santo não é... como muita gen- te imagina, uma espécie de campeão que realiza proezas de virtudes ou façanhas espirituais 5-17/3/. É, em primeiro lugar, um homem seduzido por Deus. E que entrega a Deus toda a sua vida” (Pe. Caffarel)

Reflexões de um esposo: Minha queri- da Adeilda (13/5/1975 – 17/3/2020) cresceu em um sítio no município de Pão de Açúcar-AL. Ela teve sempre apreço por esse lugar. Quando as dificuldades da vida na cidade a queriam sufocar, era ao velho sítio que retornava em busca de sossego e paz.

Sertaneja, forte, trabalhou desde crian- ça. Filha de agricultores, conseguiu es- tudar as séries iniciais. Na adolescência teve que sair de casa para trabalhar de doméstica. Trabalhou em Palmeira dos Índios-AL e depois em São Paulo-SP.

Após retornar de SP, minha querida con- seguiu novo “emprego” na sua cidade natal. Foi aqui que nos conhecemos e pude ver a luta de classe no seu lado mais desumano: patrões cheios de direitos e empregados sobrecarregados de obriga- ções. Trabalhando e estudando, Adeilda terminou o ensino médio e nos casamos.

Com família pra cuidar, Minha Querida ingressou na faculdade: fez graduação e pós-graduação e passou em concurso público para professora. Quanta luta!

Iniciou a profissão na zona rural: dis- tância da família e transporte precário.

Tivemos dois filhos, agora uma neta.

Exageradamente carinhosa com os filhos e comigo, Adeilda cuidou e me amou até o fim. As ENS foram para ela (nós) uma segunda família! Foram praticamente 9 anos de Movimento e missão nos dando muitos amigos: padres, freira, irmãos(ãs) equipistas. Na missão, um fato simples e marcante: nossa viagem de avião a São Paulo! Aquela menina do interior realizou o sonho de voar. Enquanto eu quase tremia de medo, ela fez questão de ir à janela “sentir caminhar sobre as nuvens”, como ela disse. O tempo nas ENS foi concomitante ao período em que conviveu com o câncer de mama.

Amor e dor se alternavam ou se entre- laçavam, porém até o último momento Minha Guerreira não perdeu a fé. Sempre com a Bíblia ou o terço ao lado, queria estar com Deus.

Agradeço a Deus por me ter dado uma tão grande Mulher!!! E termino com a mensagem:

“O amor mais forte que a morte”. Nes- sa orientação conjugal se reconhece a marca do Pe. Caffarel, que ajudou as vi- úvas fundadoras a anunciar, meditar e viver a intuição do amor mais forte que a morte...” (O Padre Caffarel: Das Equi- pes de Nossa Senhora à Casa de Oração, 2011, p.100).

Concluindo com Papa Francisco: “Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor... nos doentes... Esta é muitas vezes a santidade ‘ao pé da porta’, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus...” (GE 7).

Veloso da Adeilda Eq. N. S. da Saúde, Pão de Açúcar-AL

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TESTEMUNHO

Um chamado vocacional nas ENS

Segundo o apóstolo Paulo, “todo sumo sacerdote, escolhido entre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas que dizem respei- to a Deus” (Hb 5,1). A carta paulina resgata o caráter humano na vocação sacerdotal. Portanto, aquele que vem dos homens e está a serviço dos ho- mens, imitando Jesus Cristo no anún- cio do Evangelho.

Dessa forma, o menino que nasceu em Três Corações, cidade no sul de Minas Gerais; o adolescente inserido na co- munidade paroquial que amadureceu nos sacramentos e aprendeu com os diversos desafios pastorais; e o jovem seminarista que acreditou nas dimen- sões da formação traduzem o único Flávio Henrique, aquele que veio do povo e se colocou a serviço dele.

Todavia, essa caminhada vocacional com dimensões temporais se trans- forma quando resgata a imagem fa- miliar. Isso porque existe ainda o único filho da Cristina e do Adilson. Um ca- sal singelo e perseverante, que a vinte e poucos anos decidiu viver com ade- são de coração, o carisma e a mística das Equipes de Nossa Senhora.

Assim, o filho do casal equipista apren- deu com os PCEs, pois sentiu a neces- sidade de rezar assiduamente a Palavra de Deus e traduzi-la regando sua vida espiritual. O filho do casal equipista cresceu com a ENS Aparecida, e com ela experimentou a verdadeira amizade.

E, por fim, assumiu o desafiador traba- lho de acompanhante espiritual.

Desse modo, o convite à vida sacerdotal acontece de diversas maneiras, porém com a singular intenção de colocar o jovem a serviço da Igreja e do mundo.

O meu chamado vocacional se reforça com a ordenação diaconal que se apro- xima. Peço que permaneçamos rezan- do ao Servo de Deus Padre Caffarel, para que

continue suscitan- do voca- ções para Cristo.

Flávio Henrique Ribeiro Seminarista Eq. N.S. do Santíssimo Sacramento Eq. N.S. Desatadora dos Nós Três Corações-MG

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Regra de Vida

“O reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo, embora seja a menor entre todas as sementes, quando cresce torna-se uma das maiores plantas e atinge a altura de uma árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos” (Mt 13, 31-32).

Assim se alicerça a Regra de Vida, que deve ser um Ponto Concreto de Esforço a nascer no coração de cada equipista. Ela serve para melhorarmos a nossa resposta ao Amor de Deus, para melhorarmos a nós mesmos e a nossa relação com os outros. O nosso cresci- mento humano e espiritual com a re- gra de vida deve ser como um grão de mostarda da parábola, onde devemos começar devagar e ir crescendo gra- dativamente até irradiarmos a nossa espiritualidade a todos, de uma forma que leve outros equipistas a busca- rem o cumprimento dos PCEs, e em especial, a Regra de Vida, que deverá se tornar uma árvore frondosa, pois o Senhor Jesus Cristo se refere ao grão de mostarda fazendo menção à nos- sa fé, que devemos sempre estar em crescimento constante.

A oração e o diálogo são alimentos para que nossa árvore fique cada vez mais frondosa. Não devemos encarar a regra de vida como um fardo, pois assim não iremos conseguir cumpri- -la, mas devemos nos alicerçar come- çando devagar, um passo de cada vez.

Devemos deixar florescer em nós esta semente e com o passar do tempo se tornará algo maravilhoso e prazeroso

de se viver. Não devemos desistir nas primeiras dificuldades de realizar este PCE, pois, para crescermos, às ve- zes nos exige um pouco de sacrifício.

Uma árvore, mesmo que sofra alguns danos da natureza, isso não a impede de crescer sempre.

“A Mística das Equipes, para ser viva e duradoura, exige uma regra. Mística e regra, como a alma e o corpo, não se podem dispensar uma à outra: a mística deve ser a alma da regra; a regra, o suporte e a salvaguarda da mística” (Pe. Henri Caffarel, Carta das ENS, 1947)

A Regra de Vida, portanto, é a opor- tunidade de rever constantemente a nossa vida, uma chance de transfor- mação diária, onde nela encontramos nosso ponto de equilíbrio, aprendemos a discernir e caminhar juntos, rumo à santidade, sempre com foco naquilo que é verdadeiramente essencial, dei- xando florescer em nossos corações a vontade de Deus. Esta semente, tão pequena, plantada e regada com mui- to amor, mudou nossas vidas.

A Paz de Cristo e o Amor de Maria a todos.

Hildegard e Ody CRR - PE III – Província NE II PARTILHA E PCE

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PARTILHA E PCE PARTILHA E PCE

Uma Resposta ao Apelo do Senhor

Nas equipes há 16 anos e hoje pen- samos no caminho feito. Abertos à ação do Espírito Santo, permitimos nos conhecer, viver os PCEs e cres- cer no amor conjugal através dessas atitudes. Assim, a Regra de Vida é para nós uma ferramenta eficaz para crescer no amor a Deus e ao outro.

Muitas vezes é um PCE esquecido e considerado de difícil vivência, pois exige um olhar para dentro e o es- forço maior para responder ao ape- lo do Senhor.

Por meio dele, nos avaliamos e damos passos para nossa vocação. Aperfei- çoamos talentos ou corrigimos defei- tos e podemos vivê-lo de forma in- dividual, conjugal ou em equipe. São determinações pequenas, precisas e práticas que farão diferença na formação do ser cristão. Guardadas as proporções, podemos comparar a ação deste PCE como quando vive- mos o jejum e atingimos o domínio próprio. Por exemplo:

• Estabelecer a meta de fazer um elogio sincero por dia;

• Guardar 30 minutos da noite para conversa familiar;

• Aprender a agradecer;

• Se afastar do celular na convi- vência em casa;

• Se permitir ouvir antes de falar ou deixar de ser tão rabugento.

Pequenas coisas que nos tocam, cada

um vivendo no seu ritmo. Vem forte no coração a Regra de Vida que faz dar passos para viver a harmonia com o cônjuge. Tantas vezes chateados por algo que o outro fez e nos obri- gamos a aproximar, acolher, fazer carinho, conversar, quebrar de algum modo a barreira construída pela de- savença conjugal. Às vezes, nos sen- tindo cheios de razão, é preciso res- pirar fundo ao decidir ir ao encontro do outro. São progressos simples que nos fazem mais felizes. Lembramos daquele dito popular que diz “é me- lhor ser feliz que ter razão”. É para o bem da família. Para que medir for- ças? Rogamos a Deus que possamos aproveitar a graça deste PCE, definir e praticá-lo da melhor forma. Que primeiro nos encontremos com Ele e deixemos que revele o que espera de nós. Depois, nos sentindo amados, conseguiremos ser mais exigentes conosco e transformaremos nossas vidas em busca da santidade. Ora, na caminhada não viveremos um pro- gresso contínuo, teremos que reco- meçar, por isso é preciso criar novas regras, reavaliar nossa prática e se- guir adiante. Sigamos!

Que maravilha é saber que temos um grande intercessor no Céu. Aquele que disse “façamos o caminho jun- tos” rogará por nós!

Rossandra e Charles CRS – Setor D Natal-RN

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PARTILHA E PCE

Considerações sobre o encarte

“Casados de vida santa”

Sejam felizes: o Senhor aguarda este louvor, e os que os cercam, esse testemunho

(Pe, Caffarel)

É com muita felicidade que par- tilhamos nossa experiência com o Encarte Especial Casados de vida santa que nós, casais equipistas, ti- vemos oportunidade de estudar, pa- ralelamente, ao tema do ano “Casal Santo: alegria da Igreja, testemunho para o mundo”.

Quando estudamos cada capítulo do tema do ano, associando-o à leitura da história de cada casal sugerido no

encarte, vimos que ambos estavam intrinsecamente interligados, nos mostrando que o desafio de viver uma vida santa não é algo utópico ou distante dos desafios da nossa épo- ca. Somos chamados a ser santos nas pequenas coisas, nos pequenos ges- tos, em cada palavra e em todo lugar.

A experiência de cada casal apresen- tado no encarte nos mostrou o ma- trimônio como um caminho natural da santidade, onde cada um pode vi- ver a experiência de amor a Deus e ao cônjuge. Desse modo, todos nos mostraram que a santidade não é estar separado do mundo ou da re- alidade em que vivemos. Ao contrá- rio, ser santos é transformar essa re- alidade. “Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos, também vós, em todo o vosso proce- der” (1 Ped 1, 15).

Além disso, alguns pontos, em espe- cial, nos chamaram muito a atenção durante a leitura do encarte:

1. Em todos os relatos, encontramos casais ou cônjuges que tinham uma experiência íntima com Deus, através dos sacramentos

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PARTILHA E PCE PARTILHA E PCE

e da vivência profunda da ora- ção, assim como nos ensinava o Padre Caffarel: “A fonte do amor cristão não está no coração do homem. Ela está em Deus”. Isso nos faz concluir que quanto mais buscamos a Deus, mais amamos nosso cônjuge e estaremos mais próximo de viver a nossa vocação em plenitude;

2. Todos expressavam a caridade e a misericórdia para com o próxi- mo, e, em alguns momentos, esse próximo foi aquele mais próximo:

o cônjuge, que caminha em rit- mos diferentes e que precisa des- se mesmo amor que ofertamos a outros irmãos;

3. Todos tiveram o desejo de cuidar da missão que lhes foi confiada, compreendendo que o ato de cui- dar necessita de tempo, amor e dedicação e se concretiza no olhar amoroso para com Deus e para com todos os que nos rodeiam.

Desse modo, podemos pensar o

cuidado como uma oportunida- de de conversão para nós e para aqueles que naquele momento fazem parte da nossa busca pela santidade;

4. Todas as histórias nos levam a concluir que não devemos es- perar ser santos apenas quan- do nos aposentarmos, os filhos crescerem, arranjarmos um tra- balho melhor ou quando o tempo nos ofereça melhores condições de vida. Somos desafiados a ser santos hoje, e por essa razão não devemos deixar a graça passar.

A partir de tão rica leitura, concluímos que devemos pedir a graça da santi- ficação todos os dias, reconhecendo que somos frágeis, porém chama- dos a viver com autenticidade nossa missão, que é testemunhar o amor conjugal, em todas as circunstâncias que a vida nos apresente.

Cristina e Flávio Eq. N. S. Rainha dos Apóstolos Campina Grande-PB

A experiência de cada casal apresentado no encarte nos mostrou o matrimônio

como um caminho natural da santidade, onde cada um

pode viver a experiência de

amor a Deus e ao cônjuge.

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FORMAÇÃO

Na piedade e no temor do Senhor o casal cristão vive para Deus

O dom da piedade nos impulsiona a viver com um coração voltado para Deus e para o próximo. É um dom que forma o coração do homem para nutrir sen- timentos de compreensão, tolerância e perdão. Virtudes tão necessárias à vida matrimonial. Um casal piedoso é aquele cuja vida está inclinada para Deus, bem como inclinados a amar incondicional- mente e sem reservas o seu cônjuge.

Os casais piedosos não se permitem fechar no círculo das suas próprias preocupações. São abertos à ação de Deus em suas vidas, ao mesmo tempo que se abrem para o serviço do pró- ximo. O dom da piedade dá ao casal a consciência de que Deus não é um apêndice nas suas vidas, mas uma ne- cessidade, que se busca suprir com a oração, com o cuidado mútuo, com vida sacramental assídua, sobretudo a eucaristia e a confissão.

O dom da piedade gera no casal cristão uma abertura de coração para Deus, de um para com o outro e para com o próximo. Uma abertura que liberta o casal de toda dureza de coração, de toda indiferença. Este dom infunde no coração dos cônjuges uma nova capa- cidade de amar à maneira do coração de Jesus Cristo.

A este amor desinteressado se soma o dom do temor de Deus, que não se confunde com o medo. O temor de Deus se relaciona com o amor não com o medo. Um amor que arrasta o casal cristão para viver santamente a

sua vocação matrimonial, de um modo que seja agradável a Deus.

O casal temente a Deus é aquele que se reconhece humildemente necessitado de conversão, de reconciliação. Que se deixa mover pelo arrependimento sincero diante dos próprios pecados.

Que procura se mover na vida não pelo medo de Deus, nem pela indiferença para com Ele. Mas que deixa mover- -se pelo amor de Deus, que é fonte de reconciliação e salvação.

Um casal temente a Deus sabe reco- nhecer que sua união matrimonial não é uma mera aventura humana. Mas um autêntico caminho de conversão e santificação a três: esposo, esposa e Cristo. Por isso não teme pedir perdão, não teme reconhecer-se necessitado de reconciliação. Movido por este san- to temor de Deus os cônjuges cristãos fogem do pecado e procuram insisten- temente crescer nas virtudes, no amor mútuo, na fidelidade, na castidade, na mansidão, na humildade, na serenidade.

Por fim, o dom da piedade e o dom do temor de Deus formam o casal cristão para uma autêntica vivência da Espiri- tualidade Conjugal. Pautada numa vida inclinada para Deus e para o próximo, bem como numa sincera abertura de coração à conversão e ao arrependi- mento. Próprias de quem confia não em suas próprias forças, mas no amor de Deus, que tudo transforma e salva.

Pe. Hélio Cordeiro E-mail: cordeiro-80@hotmail.com

Referências

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