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PARECER. PT Unida na diversidade PT 2010/0355(NLE) da Comissão do Desenvolvimento. dirigido à Comissão das Pescas

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AD\867404PT.doc PE458.740v03-00

PT

Unida na diversidade

PT

PARLAMENTO EUROPEU 2009 - 2014

Comissão do Desenvolvimento

2010/0355(NLE) 12.5.2011

PARECER

da Comissão do Desenvolvimento

dirigido à Comissão das Pescas

sobre a proposta de decisão do Conselho relativa à celebração de um novo protocolo que fixa as possibilidades de pesca e a contrapartida financeira previstas no Acordo de Parceria no domínio da pesca entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe

(COM(2010)0735 – C7-0000/2011 – 2010/0355(NLE))

Relatora de parecer: Isabella Lövin

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PE458.740v03-00 2/6 AD\867404PT.doc

PT

PA_Legapp

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AD\867404PT.doc 3/6 PE458.740v03-00

PT

JUSTIFICAÇÃO SUCINTA

O protocolo do Acordo de Parceria no domínio da pesca entre a Comunidade Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe terminou em 31 de Maio de 2010. O novo protocolo, já aplicado a título provisório na pendência do processo de aprovação pelo Parlamento Europeu, terá uma vigência de 3 anos.

Nos termos do n.° 2 do artigo 43.° e do n.° 6, alínea a), do artigo 218.° do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o Parlamento Europeu pode conceder a sua aprovação ou recusá-la. A possibilidade de recusa da aprovação deve ser encarada como um último recurso, assente na prova de que o âmbito de aplicação do acordo não é devidamente respeitado, a menos que o Parlamento não aprove a celebração do protocolo por outras razões.

Segundo o projecto de acordo, as Partes comprometem-se a promover um quadro de parceria para o desenvolvimento de uma política de pesca sustentável e para a exploração responsável dos recursos haliêuticos na zona de pesca santomense, no interesse de ambas as Partes.

O texto do novo protocolo traduz a preocupação das Partes em reforçar a parceria e a

cooperação no sector das pescas através do conjunto dos instrumentos financeiros disponíveis.

A contrapartida financeira ascende a 2 047 500 EUR para o período de três anos de vigência do protocolo. Este montante corresponde a:

455 000 EUR por ano, equivalente a uma tonelagem de referência de 7 000 toneladas por ano para 40 navios, e

227 500 EUR por ano, correspondente à dotação adicional paga pela União Europeia para apoiar a aplicação da política sectorial das pescas da República Democrática de São Tomé e Príncipe.

A esta verba acresce os montantes pagos pelos armadores em taxas de licença de pesca de 6 125 EUR por atuneiro cercador e 2 275 EUR por palangreiro de superfície, mais 35 EUR por cada tonelada pescada na ZEE de São Tomé e Príncipe.

São Tomé e Príncipe aufere assim €100 EUR por cada tonelada de atum pescada, sendo garantido um pagamento mínimo de 7 000 toneladas por ano. Beneficia também de dotações suplementares destinadas ao desenvolvimento do sector das pescas nacional.

Se a quantidade global das capturas efectuadas pelos navios da União Europeia nas águas de São Tomé e Príncipe exceder 7 000 toneladas por ano, o montante total da contrapartida financeira anual será aumentado de 65 EUR por cada tonelada suplementar capturada a pagar pela UE e de 35 EUR por tonelada a pagar pelos armadores.

Sempre que as quantidades capturadas pelos navios da União Europeia excederem as quantidades correspondentes ao dobro do montante anual total, o montante devido pela quantidade que excede este limite será pago no ano seguinte. Para os países em

desenvolvimento, isto pode ser problemático por várias razões.

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PE458.740v03-00 4/6 AD\867404PT.doc

PT

À luz da avaliação do acordo, é conveniente ter em conta as seguintes questões durante a aplicação do acordo:

 São Tomé e Príncipe faz parte dos países menos desenvolvidos e figura também entre os países altamente endividados. O peixe constitui 74% das proteínas de origem animal do regime alimentar do país.

 A administração, a gestão e o desenvolvimento do sector das pescas santomense continuam a ser frágeis, não obstante o apoio financeiro concedido no âmbito do anterior Acordo de Parceria no domínio da pesca, como indica a avaliação do acordo.

 Navios que arvoram pavilhão da Guiné Equatorial e do Gabão, mas que pertencem a armadores europeus, dispõem de licenças de pesca a título privado nas águas

territoriais de São Tomé e Príncipe. A Comissão deveria investigar esta questão, que reduz a eficácia da cláusula de exclusividade do Acordo de Parceria no domínio da pesca.

 As vantagens do presente acordo para São Tomé e Príncipe limitam-se à contrapartida financeira, dado que, segundo a avaliação, não existem desembarques, escalas,

empregos locais ou quaisquer outros benefícios económicos.

 Não foram colocados observadores a bordo dos navios da União Europeia, e o cumprimento dos requisitos em matéria de prestação de informações suscita preocupações.

 Algumas das espécies capturadas suscitam preocupação, especialmente o atum-patudo e o tubarão-anequim. É igualmente preocupante a pesca com palangre com grandes capturas acessórias de aves marinhas e tartarugas.

O acordo permitiu no entanto prestar um contributo importante para o orçamento da administração das pescas de São Tomé e Príncipe. Foi criado um ficheiro dos navios e os controlos foram melhorados. Foram dados os primeiros passos no sentido da utilização de um sistema de localização de navios por satélite. Como indica a avaliação, "embora de um modo geral os progressos tenham sido lentos e numerosas questões continuem ainda por abordar, as Partes não deveriam subestimar a contribuição do acordo em termos de apoio orçamental a essas realizações".

******

A Comissão do Desenvolvimento convida a Comissão das Pescas, competente quanto à matéria de fundo, a propor que o Parlamento dê a sua aprovação à celebração do protocolo.

A Comissão do Desenvolvimento considera que a Comissão deve ter devidamente em conta as seguintes questões durante a aplicação do acordo:

(a) A transparência dos procedimentos de identificação das capturas totais deve ser

melhorada, bem como as medidas de luta contra a pesca ilegal, a pesca não declarada e não regulamentada (INN), nomeadamente através da melhoria das infra-estruturas de monitorização e de controlo das actividades de pesca exercidas na zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe, a fim de garantir o desenvolvimento de uma pesca responsável e sustentável;

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AD\867404PT.doc 5/6 PE458.740v03-00

PT

(b) O acesso dos navios da UE ao excedente dos recursos haliêuticos deve ser limitado em conformidade com a máxima captura sustentável, depois de preenchidas as necessidades nutricionais da população local;

(c) Devem ser promovidas práticas de pesca sustentáveis, assegurando que todas as actividades de pesca exercidas ao abrigo do Acordo de Parceria no domínio da pesca cumpram os mesmos critérios de sustentabilidade que as actividades de pesca exercidas em águas da UE;

(d) A probidade de todos os mecanismos previstos no Acordo de combate à corrupção não deve suscitar qualquer dúvida;

(e) A responsabilidade do governo local deve ser reforçada e este deve garantir igualmente a melhoria das condições de vida dos pescadores locais e o desenvolvimento da pescaria e de indústrias de transformação de peixe de carácter local, sustentável e artesanal, e o respeito pelas normas ambientais;

(f) As normas mínimas e as condições acordadas a nível regional, nomeadamente no que se refere ao embarque de observadores e aos requisitos em matéria de prestação de

informações, devem ser respeitadas;

(g) Devem ser elaborados relatórios anuais sobre a aplicação do acordo, que devem ser transmitidos ao Parlamento e ao Conselho, a fim de fomentar a transparência e garantir que a dotação adicional destinada a apoiar a política sectorial das pescas seja

efectivamente utilizada para esse efeito;

(h) Tanto o espírito como a letra da cláusula de exclusividade devem ser respeitados.

(6)

PE458.740v03-00 6/6 AD\867404PT.doc

PT

RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO

Data de aprovação 2.5.2011

Resultado da votação final +:

–:

0:

23 0 0 Deputados presentes no momento da

votação final

Thijs Berman, Corina Creţu, Leonidas Donskis, Charles Goerens, Catherine Grèze, Eva Joly, Miguel Angel Martínez Martínez, Gay Mitchell, Norbert Neuser, Bill Newton Dunn, Maurice Ponga, Birgit Schnieber-Jastram, Alf Svensson, Eleni Theocharous, Ivo Vajgl Suplente(s) presente(s) no momento da

votação final

Kriton Arsenis, Proinsias De Rossa, Agustín Díaz de Mera García Consuegra, Enrique Guerrero Salom, Martin Kastler, Krzysztof Lisek, Csaba Őry, Bart Staes

Suplente(s) (nº 2 do art. 187º)

presente(s) no momento da votação final

Edit Bauer

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