• Nenhum resultado encontrado

Dental Press J. Orthod. vol.16 número3

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Dental Press J. Orthod. vol.16 número3"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

Dental Press J Orthod 6 2011 May-June;16(3):6

Planejar é preciso, correr perigo

não é preciso

ED I T O R I A L

Ao longo de anos orbitando assuntos na fron-teira das possibilidades ortodônticas, várias vezes respondi perguntas sobre os riscos dos tratamen-tos. Isso se iniciou junto com as primeiras aulas sobre ancoragem esquelética, há cerca de quinze anos. Olhos preocupados se atentavam — e ainda se atentam — para novas formas de tratar. É de se esperar essa preocupação, pois aqueles que são responsáveis têm receio de, com um novo tratamento, não atingir o resultado esperado. Isso é especialmente verdadeiro quando estamos à volta com tratamentos complexos, que envolvem novas etapas ou mais conhecimento. Mas será que necessariamente esses tratamentos oferecem maiores riscos?

É provável, vá lá, mas não sempre. Porém, para dar uma melhor resposta para essa pergunta, é muito importante esclarecer que existe uma gran-de diferença entre “correr perigo” e “correr risco”. Essa diferença é denominada planejamento. Pla-nejar envolve identificar exatamente o problema; compreender sua evolução e as consequências da sua não solução; estabelecer diferentes cenários de resolução e optar por um, de forma consciente; e, por fim, registrar passo a passo as ações que serão executadas. Na Segunda Guerra Mundial, o maior comandante das Forças Aliadas, general Dwight Eisenhower, uma vez disse: “Planos são nada, planejamento é tudo”.

Os novos recursos para o planejamento não se esgotam, e recentemente testemunhei um ex-celente exemplo disso. Em um congresso, assisti uma apresentação que está entre as melhores que já vi. Ela tratava de uma nova perspectiva

do diagnóstico das mordidas abertas anteriores, permitindo um planejamento de tratamento realmente focado na etiologia do problema. A pa-lestrante, Dra. Flávia Artese, mostrava o trabalho desenvolvido por seu pai, Prof. Alderico Artese, enquanto nós, audientes, nos encantávamos com as insólitas revelações do trabalho. É incrível que, na era de fantásticos diagnósticos por imagem e exames sofisticadíssimos, uma nova forma de diagnóstico — e para um problema tão antigo — seja trazida à baila pelas mãos da observação crítica e da inteligência aguçada.

O trabalho foi condensado para a seção Tópico Especial desse número. Nesse artigo observa-se que a falta de conobserva-senso sobre a etiologia da mordida aberta anterior originou tratamentos variados, o que provavelmente explica o alto índice de instabilidade pós-tratamento dessa má oclusão. E mais, ele oferece critérios de diagnós-tico e tratamento da mordida aberta baseados nas diferentes posturas de língua. Algo tão claro que choca o fato de ninguém ter percebido isso antes.

Novamente: planos são nada, planejamento é tudo. Mas como podemos planejar se sequer entendemos a causa do problema? Sugiro for-temente a leitura desse artigo, que marcará a literatura sobre essa que é uma das anomalias de mais difícil correção.

Boa leitura.

Jorge Faber Editor-chefe

Referências

Documentos relacionados

FIGURE 8 - Indirect or undermining bone resorption (arrows) on mesial face of murine M1 st M distobuccal root after application of intense forces for 9 days, and more

efeitos semelhantes aos do tratamento combinado de expansor com máscara facial, mas seus efeitos demoram muito mais tempo para se manifestar 3.. No paciente em que se suspeita

millimeter or more, and almost 50% of treated patients presented with improvement in molar relationship of 2 mm or greater, without any definitive Class II mechanics

Inclusion criteria for selecting articles were: » Studies based on magnetic resonance imag- ing (MRI), computed tomography (CT) and/ or volumetric cone-beam tomography, which assessed

In view of this fact, the aim of this study was to test the hypothesis that cytotoxicity is present in different types of alloys (CrNi, TMA, NiTi) commonly used in

Based on the results of this study, application of an additional layer of resin to the occlusal surfaces of the tube/tooth interface enhanced bond strength of

Results and Conclusions: Girls were at more advanced stages in all phases of skeletal growth than boys for the ages under study; 50% of the girls had reached pubertal growth

correctly employed, it causes an extrusive effect on the permanent upper molars, an increase in the anteroposterior facial height and rotation of the mandibular plane in