ALVENARIA ESTRUTURAL – Breve
Histórico, Noções Gerais,
Definições, Normalizações,
Resistências Características de
bloco, prisma e à compressão.
Cuiabá/MT Abril - 2017
ALVENARIA ESTRUTURAL
Pirâmide 2500 a.C.
O uso da alvenaria como elemento estrutural é uma das mais antigas formas de construção empregadas pelo homem.
Construções de Alvenaria (de pedra) remontam à Antiguidade. A forma piramidal permitia atingir uma determinada altura de forma estável.
pirâmide de Queops;
blocos de arenito;
147m de altura;
por muitos séculos, considerada a mais alta construção humana .
ALVENARIA ESTRUTURAL
Estruturas de alvenarias com blocos cerâmicos são encontras a pelo menos 10.000 anos;
Tijolos secados ao sol = Adobe (solo argiloso, areia, água, com adição de material orgânico podendo ser palha, restos de animais, etc.); Utilização: Babilônia, Egito, Espanha, América do Sul, etc; Produção: amassamento e rolamento manual; Atualmente: evolução para tijolos retangulares.
ALVENARIA ESTRUTURAL
Evolução: queima dos blocos (início: em fogueiras a lenha improvisadas);
Surgimento: no Oriente Médio a cerca de 3.000 anos a.C.; Controle da produção: não tinha e havia variação das dimensões. Controle da qualidade: só ocorreu com a introdução dos fornos escavados no solo.
ERA CRISTÃ:
Os Romanos produziam blocos queimados em fornos móveis que podiam ser transportados por suas legiões
Nessa época havia o uso de moldes e prensagem manual. Surgimento da primeira máquina: foi patenteada em 1619.
Grande avanço só ocorreu com a introdução do forno tipo Hoffman que permitiu a introdução do processo contínuo de produção.
ALVENARIA ESTRUTURAL
Produção Atual: ocorre de forma totalmente automatizada em todas as fases do processo, desde a mineração, secagem, queima e esfriamento, paletização e entrega.Excelente qualidade, maior entendimento sobre o comportamento estrutural e conhecimento detalhado sobre o material. Admite: que grande parcela das construções nacionais (residenciais ou comerciais de vãos moderados e baixa ou média altura, seja executada em alvenaria estrutural).
ALVENARIA ESTRUTURAL
São - Miguel das Missões – RS
ALVENARIA ESTRUTURAL
São - Miguel das Missões – RS
ALVENARIA ESTRUTURAL
São - Miguel das Missões – RS
ALVENARIA ESTRUTURAL
São - Miguel das Missões – RS
ALVENARIA ESTRUTURAL
São - Miguel das Missões – RS
ALVENARIA ESTRUTURAL
Nascimento da Engenharia de Estruturas e da Alvenaria Estrutural As formas arquitetônicas antigas permitiam que a estrutura resistisse à compressão apenas, então essas alvenaria deveriam ter elevada resistências à compressão.
Os materiais antigos falhavam com baixas tensões de tração. Lembrando que a técnica de se utilizar o aço resistindo à tração em uma seção mista de alvenaria armada (ou de concreto armado) só surgiu nos últimos 200 anos, as construções até então tinham que ser solicitadas à compressão somente.
A pirâmide de Sakkara foi construída com blocos de adobe a cerca de 6.000 anos, e seu construtor, o egípcio Imhotep, é considerado o primeiro engenheiro da humanidade.
ALVENARIA ESTRUTURAL
1901: Prédio da Prefeitura da Filadélfia nos EUA.
O maior edifício em alvenaria estrutural da época e atualmente.
Com 185 metros de altura
Com paredes de 6,6 metros de espessura.
Nessa fase da alvenaria estrutural o procedimento de cálculo era empírico baseado na experiência de construtores, com paredes de excessiva espessura.
ALVENARIA ESTRUTURAL
Chicago (EUA). Ed. Monadnock: Chicago 1889 a 1891 16 andares, 65 metros de altura Paredes de 1,80m de espessura O modelo estrutural previa que todo o esforço lateral devia ser resistido pela parede de fachada.ALVENARIA ESTRUTURAL
Basiléia (Suíça).
Já a partir de 1950 ocorre o surgimento da alvenaria estrutural propriamente dita através de teorias de cálculo. O crédito da revolução nesta área é dado a Paul Haller (Suíça) que dimensionou e construiu em 1951 a Basiléia um edifício de 13 andares de 41,40 metros de altura , sendo 12 andares de alvenaria não armada, com paredes internas de 15 cm de espessura e externas de 37,50 cm de espessura.
Obs: Paul Haller realizou cerca de 1.600 ensaios de parede!!!
ALVENARIA ESTRUTURAL
Atualmente a alvenaria estrutural é extensivamente utilizada em todas as regiões do Brasil e no mundo.
Definições (NORMA ANTIGA):
alvenaria estrutural não armada: estrutura em que todas as paredes contém armaduras apenas construtivas (não levadas em conta no
cálculo).
alvenaria estrutural armada: estrutura em que todas as paredes
contém armaduras verticais e horizontais (unidas a alvenaria através
do grauteamento) utilizadas para absorver parte dos esforços, devendo ser respeitada uma taxa de armadura mínima de 0,2%.
alvenaria estrutural parcialmente armada: estrutura em que alguns pontos são armados para absorver os esforços calculados, não sendo
necessário obedecer critérios de armadura mínima.
Alvenaria de vedação: suporta apenas seu próprio peso.
alvenaria estrutural não armada: elemento de alvenaria no qual a armadura é desconsiderada para resistir aos esforços solicitantes.
alvenaria estrutural armada: elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras passivas que são consideradas para resistência dos esforços solicitantes, definição alterada em relação a outras
normas mais antigas que exigia taxa de armadura mínima para consideração como armada, não mais necessária na definição atual.
alvenaria estrutural parcialmente armada: Não existe mais!
Definições (NOVA NORMA):
Definições:
Alvenaria Não-Armada: Resistência: compressão ↓ tração ↑
Alvenaria Protendida ou Armada: Resistência:
compressão ↑ tração ↑
Alvenaria Armada:
Vantagens:
Economia de formas
Redução de especialidades e tipos de materiais na obra
Técnica de execução simplificada
Racionalização (eliminação de rasgos para embutir instalações) facilidade de integração com outros sistemas
Redução de espessuras de revestimentos
Execução e planejamento da obra simplificado
Desvantagens:
baixa flexibilidade do “lay-out” arquitetônico paredes não removíveis
necessidade de mão-de-obra especializada
maior interferência entre projetos arquitetura - estrutura - instalações
Necessidade de resolver interferências previamente: não são admitidas improvisações na obra como quebras.
Principais Usos:
Alvenaria não armada: edifícios baixos e médios
Alvenaria Armada: edifícios médios e altos
Alvenaria Armada ou Protendida: edifícios sujeitos a terremotos ou furacões, paredes de contenção (caixas d’água, muros de arrimo), edifício industriais
Alvenaria Armada/Protendida:
Carga lateral predominante:
reservatórios de água muros de arrimo edifícios térreos silos galpões coberturas
paredes sujeitas a impactos
acidentais
vigas e lajes painéis pré-moldados
Exemplo:
Minimizar esforços de tração.
Instalações Elétricas:
Elétricas, telefone, TV
Horizontal pela laje
Vertical : vazios dos blocos
Pequenos trechos horizontais: em canaletas grauteadas dentro da alvenaria (solução a ser evitada)
cx. luz previamente instalada nos blocos
Vertical:
paredes não estruturais Shafts
Pequenos trechos – bloco
Horizontal Parede não estrutural sob laje
enchimento em frente a parede estrutural enchimento sobre piso (cozinha)
Instalações Hidráulicas:
Instalações Hidráulicas:
Shafts.
DEFINIÇÕES
Bruta:
Área de um
componente (bloco) ou elemento
(parede)
considerando-se as suas dimensões externas,
desprezando-se a existência dos vazios.
Líquida:
Área de um
componente (bloco) ou elemento
(parede)
considerando-se as suas dimensões externas,
descontando a existência dos vazios.
Efetiva:
Área
um
elemento
(parede)
considerando
NORMAS ABNT
BLOCOS
Componentes
cerâmicos
-Parte
1
-
Blocos
cerâmicos
para
alvenaria
de
vedação
-Terminologia e requisitos – NBR 15270-1. Rio de
Janeiro, 2005.
Componentes
cerâmicos
-Parte
2
-
Blocos
cerâmicos para alvenaria estrutural -Terminologia e
requisitos – NBR 15270-2. Rio de Janeiro, 2005.
Componentes
cerâmicos
-Parte
3
-
Blocos
cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação –
Método de ensaio – NBR 15270-3. Rio de Janeiro,
2005.
ARGAMASSA :
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Preparo da mistura e determinação do índice de Consistência – NBR 13276.
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da retenção de água– NBR 13277.
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado– NBR 13278.
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão – NBR 13279.
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido – NBR 13280.
GRAUTE E PRISMA
Graute: Ensaio à compressão de corpos de prova
cilíndricos de concreto - NBR 5739. Rio de Janeiro,
2007.
Prisma: atualmente apenas para blocos de
concreto: Prismas de blocos Vazados de concreto
simples para alvenaria estrutural - Preparo e ensaio
à compressão – NBR 8215, Rio de Janeiro, 1983
PAREDE
Paredes
de
alvenaria
estrutural
-Determinação da resistência ao cisalhamento
– NBR 14321. Rio de Janeiro, 1999.
Paredes de alvenaria estrutural - Verificação
da resistência à flexão simples ou à
flexo-compressão – NBR 14322. Rio de Janeiro, 1999.
Paredes de alvenaria estrutural - Ensaio à
compressão simples – NBR 8949. Rio de
Janeiro, 1985.
PROJETO
Blocos de Concreto:
Cálculo de alvenaria estrutural de blocos
vazados de concreto – NBR 10837. Rio de
Janeiro, 1989. (em processo de revisão)
Blocos Cerâmicos:
Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos
Parte 1: Projetos- NBR 15812-1. Rio de Janeiro,
2010.
PROJETO
Blocos de Concreto:
Alvenaria estrutural — Blocos de concreto
— Parte 1: Projetos. NBR 15961. Rio de Janeiro.
2011.
Blocos Cerâmicos:
Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos —
Parte 1: Projetos. NBR 15812. Rio de Janeiro.
2010
EXECUÇÃO
Blocos de Concreto:
Execução e controle de obras em alvenaria de blocos
vazados de concreto – NBR 8798. Rio de Janeiro, 1985.
Blocos Cerâmicos:
Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos Parte 2:
Execução e controle de obras - NBR 15812-2. Rio de
Janeiro, 2010.
Blocos Sílico-Calcário:
Bloco sílico-calcário para alvenaria - Parte 2: Execução
e controle de obras – NBR14974-2. Rio de Janeiro, 2003.
EXECUÇÃO
Blocos de Concreto:
Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 2:
Execução e controle de obras.
NBR 15961. Rio de Janeiro.
2011.
Blocos Cerâmicos:
Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos — Parte 2:
Execução e controle de obras.
NBR 15812. Rio de Janeiro.
2010.
Materiais e Componentes:
bloco, argamassa, graute,
Materiais constituintes da alvenaria e seu
comportamento
Objetivo:
DISCUTIR
AS
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
FÍSICOMECÂNICAS
DAS
PAREDES DE ALVENARIA E QUE
FATORES
TEM
INFLUÊNCIA
NESTAS
CARACTERÍSTICAS
ALVENARIA
“Componente complexo constituído por blocos ou
tijolos unidos entre si por juntas de argamassa,
BLOCO DE CONCRETO
ENSAIOS DE BLOCOS DE CONCRETO
NBR 6136 (BLOCOS DE CONCRETO)
-ESPECIFICAÇÃO
Dimensional:
tolerância de + 2 para a largura e + 3 para altura e
comprimento. Paredes com espessura ≥ 25mm
(parede longitudinal
≥ 32mm para blocos de
19x19x39)
Retração:
≤ 0,065%
Absorção:
NBR 6136 (BLOCOS DE CONCRETO)
-ESPECIFICAÇÃO
Classe A – Com função estrutural, para uso em elementos de
alvenaria acima ou abaixo do nível do solo
Classe B - Com função estrutural, para uso em elementos de
alvenaria acima do nível do solo.
Classe C - Com função estrutural, para uso em elementos
de alvenaria acima do nível do solo,
Nota: Recomendam-se os blocos designados M10 para
edificações de no máximo um pavimento, os designados M12,5 para edificações de no máximo dois pavimentos e os designados de no mínimo M15 para edificações de no máximo 3 pavimentos.
Classe D - Sem função estrutural, para uso em elementos de
alvenaria acima do nível do solo.
NBR 6136 (BLOCOS DE CONCRETO)
-REQUISITOS
NBR 6136 – CÁLCULO DO Fbk (FABRICANTE SEM
DESVIO PADRÃO CONHECIDO)
Fbk est = Resistência Característica a Compressão
estimada
NBR 6136 – CÁLCULO DO Fbk (FABRICANTE SEM
DESVIO PADRÃO CONHECIDO)
Fbk, est = Resistência Característica a Compressão
NBR 6136 – AMOSTRAGEM
Inspeção – Lotes:
Os lotes devem ser constituídos a critério do comprador, sendo satisfeitas as seguintes condições:
a) o lote de inspeção (do comprador) deve ser formado por um conjunto de blocos com as mesmas características, produzidos pelo mesmo fabricante, sob as mesmas condições e com os mesmos materiais, competindo ao fornecedor a indicação, no documento de entrega, da resistência característica à compressão e data do seu atendimento, data de fabricação e número de identificação do lote de fábrica.
b) Um lote poderá ser composto por blocos com datas de fabricação diferenciadas respeitando-se os requisitos do item a. A idade de controle será de 28 dias contados a partir da data de produção mais recente dos diversos carregamentos que compuseram o lote.
c) O lote deve corresponder aos blocos empregados na construção de no máximo 1000m² de parede.
d) Nenhum lote pode constituir-se de mais de 20.000 blocos.
NBR 6136 – ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
NBR 6136 – ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270
Componentes cerâmicos - Parte 2 - Blocos
cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia
e requisitos – NBR 15270-2. Rio de Janeiro, 2005.
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
Desvio em relação ao esquadro
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
Execução da determinação da Área líquida dos blocos
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
BLOCOS CERÂMICOS – NBR 15270 - REQUISITOS
ARGAMASSAS
Definições:
Argamassa:
Função de ligação entre os blocos, solidarização, absorção dos esforços pela movimentação da estrutura, distribuição uniforme dos esforços nas paredes e acomodação das armaduras horizontais.
Composição: cimento, cal e areia.
Não são recomendadas argamassas fortes (só cimento e areia) são muito rígidas com baixa capacidade de absorver deformações.
Argamassas muito fracas (só cal e areia) têm resistência à compressão e aderência muito baixas, prejudicando a resistência da parede.
A resistência à compressão da parede deve ser próxima de 70% da
resistência do bloco.
ARGAMASSAS
Consistência da argamassa deve estar dentro dos limites previstos para permitir adequada trabalhabilidade, compatível com as ferramentas de aplicação (colher, bisnaga, canaleta).
São desejáveis níveis de retenção alta especialmente no caso de blocos com IRA elevados
Um teor de ar muito elevado prejudica assentamento: ideal < 8% As argamassas devem ter resistência inferior à dos blocos para permitir acomodação de deformações e para que qualquer fissura ocorra nas juntas
A resistência de aderência de uma parede depende especialmente da argamassa
ARGAMASSAS
ARGAMASSAS – ESCOLHA – Traços Básicos
Cimento Cal Areia Resistência Média Esperada (MPa, 28 dias, cilindro 5x10
cm)
USO/NOTAS 1 0,25 3 17 Traço muito forte, suscetível a
fissuras 1 0,5 4,5 12 Traço ainda forte, recomendado
apenas para casos de alvenarias aparentes ou enterradas, ou ainda sujeitas a carga lateral predominante (muro de arrimos,
reservatórios, etc). 1 1 5 a 6 5 Traço adequado para edificação
de baixa altura em paredes revestidas 1 2 8 a 9 2,5 Traço apenas para alvenaria de
vedação
Fonte: PARSEKIAN, G. A.; SOARES, M. M. Alvenaria estrutural em blocos cerâmicos. SP: O Nome da Rosa, 2010. Página 42.
ARGAMASSAS - ESCOLHA
Classificação da Argamassa Segundo à NBR 13281/2005RESISTÊNCIA MÉDIA DE COMPRESSÃO DA ARGAMASSA (MPa) 1,5 a 3,4 3,5 a 7,0 Acima de 7,0 Classificação NBR 13281/2005 P2 e P3 P4 e P5 P6 Traço Referência esperado (cimento:cal:areia) em volume 1: 2: 9 1: 1: 6 1: 0,5: 4,5
Fonte: PARSEKIAN, G. A.; SOARES, M. M. Alvenaria estrutural em blocos cerâmicos. SP: O Nome da Rosa, 2010. Página 44.
GRAUTE
É um microconcreto com agregado fino e alta plasticidade;
Utilização: preencher vazios dos blocos em pontos onde são acomodadas armaduras verticais e as amarrações das paredes através de grampos.
Deseja aumentar a resistência localizada da alvenaria e também preenchimento das canaletas.
Composição: cimento, areia e pedrisco, tem alta fluidez, com slump entre 20 cm e 28 cm, com relação a/c =~ 0,9.
Para reduzir a retração e garantir plasticidade, aconselha-se utilizar
cal até o volume máximo de 10% do volume de cimento.
É recomendável realizar ensaios de prisma.
Adotar eficiência 60% e traço com resistência igual ao bloco na área
líquida.
GRAUTE
É um micro-concreto (concreto com pedrisco)
Alta fluidez
Serve para:
Aumentar a resistência em pontos localizados (verga,
contraverga, coxim)
Aumentar a resistência a compressão de uma parede
Unir armaduras às paredes armadas
Fg = material do bloco (na área liquida) , ou seja, nos
vazios.
GRAUTE
Cimento + areia grossa (graute fino)
cimento + areia grossa + brita (graute grosso)
Slump entre 20 e 28 cm
A/C ~ 0,7 a 0,9
Elevada quantidade de água reduz a resistência
à compressão do graute.
Aconselhável utilizar cal até o volume máximo
de 10% do volume do cimento.
Adição de plastificante ou cal
Principais Características:
a) Consistência
GRAUTE
Recomenda-se que a resistência do graute não seja
inferior a 15 MPa (valor mínimo).
Em pontos com armadura para garantir aderência o é
obrigatório o uso de graute com 15 MPa.
Fazer dosagem experimental para obras grandes.
O
graute
têm
a
mesma
resistência
do
bloco,
considerando sua área líquida.
Blocos cerâmicos vazados = 2,3 x F
bk .Ou seja, se um
bloco têm 8 Mpa x 2,3 = 18,4 MPa. Ou seja o graute deverá
ter 20 MPa de resistência.
Blocos cerâmicos vazados = 2,3 x Fbk . Ou seja, se um
bloco têm 6 Mpa x 2,3 = 13,8 MPa. Ou seja o graute deverá
ter 15 MPa de resistência.
GRAUTE
Recomenda-se aproximar esse valor para classes de
resistência de concreto: 15, 20, 25, 30 MPa.
Para definição da resistência do graute verificar sempre
a tabela abaixo para definição do graute recomendado.
GRAUTE
Dosagem Básica para obras de pequeno
vulto, com blocos de até 6 Mpa (Traço em
volume seco):
Traço CIMENTO
(saco) (dm³)CAL BRITA (dm³) (Dmáx = 4,8 mm) BRITA (dm³) (Dmáx = 19 mm) ÁGUA (litros) Graute Fino (cimento: 1: 3 a 1: 4 areia)
1 Até 3,5 Até 88 - Até 37
Graute
Grosso 1: 2 a 3: 1 a 2(cimento: areia, brita 0)
GRAUTE – Dosagem Básica
Fonte: PARSEKIAN, G. A.; SOARES, M. M. Alvenaria estrutural em blocos cerâmicos. SP: O Nome da Rosa, 2010. Página 45.
Fonte: PARSEKIAN, G. A.; SOARES, M. M. Alvenaria estrutural em blocos cerâmicos. SP: O Nome da Rosa, 2010. Página 42.
RESISTÊNCIA INDICADA PARA ARGAMASSA E GRAUTE EM FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA DO BLOCO, PARA EDIFÍCIOS COM PAREDES REVESTIDAS
Fonte: PARSEKIAN, G. A.; SOARES, M. M. Alvenaria estrutural em blocos cerâmicos. SP: O Nome da Rosa, 2010. Página 49. RESISTÊNCIA A COMPRESSÇÃO – CÁLCULO DE FpkDE ACORDO COM A
PRISMA
Utilizado como referência
no projeto e para controle
tecnológico da obra
É o conjunto de bloco +
argamassa
Produção da Alvenaria
Execução da Parede;
Avaliação contínua da conformidade ;
Geralmente feita pela equipe de produção (mestre
ou encarregado);
Requisito
para
aceitação,
liberação
de
pagamentos;
Principais característica:
prumo, a planicidade, a posição e a perfeição
geométrica dos vãos das paredes e o nivelamento
dos referenciais de horizontalidade (peitoris e fiada
de apoio das lajes)
Produção da Alvenaria
Exercício:
Cálculo de fbk e fpk.
Especificação de argamassa e graute em
função do fbk.
Como se comporta esse
componente composto
de
vários materiais?
Resistência a compressão
-Tipo de bloco (forma, material, etc)
-Tipo de argamassa
-Esbeltez da parede
-Forma de assentamento
-Qualidade da mão-de-obra:
-Espessura da junta horizontal
-Tempo gasto no assentamento das unidades
-Retempero e tempo útil da argamassa
-Desalinhamento vertical
Capacidade Resistente da Parede
RESISTÊNCIA DO MATERIAL (ALVENARIA):
a) depende do tipo de bloco (alta qualidade e
resistência);
b)mão-de-obra,
c) argamassa (mais baixas/médias)
SEÇÃO TRANSVERSAL DAS PAREDES (ÁREA)
ESBELTEZ DAS PAREDES
EXCENTRICIDADE DO CARREGAMENTO
Determinação da Resistência à Compressão
Interação Bloco/Argamassa
Rompimento de Prisma
Rompimento de Prisma
Rompimento de Prisma
Resistência da Alvenaria
Depende fundamentalmente dos blocos:
argamassa tem influência secundária
geometria do bloco e espessura da junta
horizontal são fundamentais
depende do número e configuração das
juntas
Quanto MAIOR a resistência do bloco
MAIOR a influência da resistência da
argamassa
Resistência da Alvenaria
Fatores ligados à execução:
Abertura de rasgos
Juntas mal preenchidas
Juntas irregulares
Falta de aderência
Excentricidade e desaprumos (tensões
concentradas)
Condições de cura
Resistência da Alvenaria
Fatores ligados à execução:
depende de fiscalização e controle
exige treinamento
pode aumentar 100 %
Determinação da Resistência à Compressão
da Alvenaria
Determinação da Resistência à Compressão
da Alvenaria
Determinação da Resistência à Compressão
da Alvenaria
Determinação da Resistência à Compressão
da Alvenaria
O projeto é baseado na resistência do prisma A obra compra bloco
Então: Quem Resiste os Esforços São as
Paredes
Referências para especificação:
fpk/fbk ~ 0,8 para blocos de resistência
moderada
Referências para especificação:
fpk/fbk ~ 0,5 para blocos de resistência
moderada e bons fabricantes
Referências para especificação:
fpk/fbk ~ 0,6 para blocos de resistência
moderada e bons fabricantes
Conclusões do Trabalho:
Correlação entre prisma e bloco:
0,50 para os blocos cerâmicos vazados ou
perfurados
0,60 para bloco cerâmicos de paredes
maciças
0,80 para os blocos de concreto
Média dos ensaios
Observações:
Resultados indicam valores que podem ser
adotados em projeto
É necessário o controle da resistência (bloco
e prisma na obra): confirmação da hipótese
adotada no projeto
Mudança na forma ou material pode alterar
correlações
Observações:
SELECTA BLOCOS disponível em <http://www.selectablocos.com.br/> acessado 31/01/2016.
Equipe de Obra <http://www.equipedeobra.com.br/> Acessado em: 31 de janeiro de 2016.
PARSEKIAN, G. A.; SOARES, M. M. Alvenaria estrutural em blocos cerâmicos. SP: O Nome da Rosa, 2010.
DRYSDALE, R.; HAMID, A.; PARSEKIAN, G. Comportamento e dimensionamento de alvenaria estrutural. São Carlos: Edufscar, 2012. PARSEKIAN, G. A. Parâmetros de projeto de alvenaria com blocos de concreto. SP: O Nome da Rosa, 2010.