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Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação em estabelecimentos de saúde

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA – DAELN CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

RAFAEL ELOY FIORIN

PESQUISA SOBRE O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

Curitiba - PR 2016

(2)

RAFAEL ELOY FIORIN

PESQUISA SOBRE O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná como requisito básico

para a conclusão do Curso de

Especialização em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Orientador Prof. Christian Mendes

Curitiba – PR 2016

(3)

RAFAEL ELOY FIORIN

PESQUISA SOBRE O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

Esta monografia foi apresentada às 17 horas, do dia 11 de novembro de 2016, como requisito parcial para obtenção to título de ESPECIALISTA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, do Programa de Pós-Graduação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O estudante foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou a trabalho APROVADO.

______________________________ Prof. Msc. Alexandre J. Miziara

Coordenador de Curso

Departamento Acadêmico de Eletrônica

BANCA EXAMINADORA

Curitiba,_____ de _________________ 2016

______________________________ Prof. Msc. Alexandre J. Miziara Coordenador de Curso

______________________________ Prof. Christian Mendes Orientador - UTFPR

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Agradecimentos

Agradeço a Deus, por todas as coisas boas e más que me aconteceram. Cada uma delas, ao seu modo, me fizeram chegar onde eu cheguei, e me fizeram ser quem eu sou. Agradeço também pelas pessoas que o Senhor colocou em meu caminho. Algumas delas me inspiram, me ajudam, me desafiam e me encorajam a ser cada dia melhor.

Ao meu orientador, Prof. Christian Mendes, pela paciência, disponibilidade e todo suporte durante a preparação deste trabalho. E a minha amada esposa, pela força, incentivo e contribuição na coleta das informações do questionário.

(5)

RESUMO

Temos inúmeras potencialidades propiciadas pela adoção intensiva e estratégica das TIC para a obtenção de avanços no setor da saúde. Com o objetivo de acompanhar a implementação das metas no Brasil e tendo como referência indicadores internacionalmente comparáveis, este trabalho de pesquisa do programa de pós-graduação em Gestão em TIC da UTFPR, inicia-se em TIC Saúde: Pesquisa sobre uso das tecnologias de informação e comunicação em estabelecimentos de saúde no Brasil. Esse estudo é uma pesquisa descritiva de opinião, onde serão utilizados três estabelecimentos de saúde como amostragem para entrevistar 107 profissionais médicos, enfermeiros e demais profissionais das UMS. Espera-se que com os resultados obtidos das entrevistas, feitas por questionários manuais, produzir indicadores do uso das TIC por profissionais da rede pública de saúde. Para contribuir em análises regionais e nacionais, direcionando a tomada de decisão e influenciando políticas governamentais na área de informática em saúde.

Palavras chave: Tecnologia da Informação e Comunicação, Estabelecimentos de saúde.

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ABSTRACT

Descrever o uso das tecnologias de informação e comunicação em estabelecimentos de saúde, adoção intensiva e estratégica das TIC para a obtenção de avanços no setor da saúde. 2016. 41 f. Monografia (Especialização em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2016.

This paper proposal is to describe the use of information technology and communication in health establishments, intensive and strategic adoption of TIC (Technology Information and Communication) to achieve progress in the health area. Basically, it will help to indentify how health’s professionals are using TIC in their jobs and related functions.

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LISTA DE SIGLAS

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação UMS – Unidade Básica de Saúde

WSIS - World Summit on the Information Society

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OMS – Organização Mundial de Saúde

UIT – União Internacional de Telecomunicações

CEPAL - Comissión Economica para America Latina y Caribe CGI - Comitê Gestor da internet no Brasil

NIC - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br CETIC - Centro de Estudos sobre as TIC - (CETIC.br)

TISS - Troca de Informações na Saúde Suplementar ANSS - Agência Nacional de Saúde Suplementar TUSS - Terminologia Unificada da Saúde Suplementar XML - Extensible Markup Language

CNES - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde DATASUS - Departamento de Informática do SUS

SUS – Sistema Único de Saúde CF – Constituição Federal

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: CATEGORIA PROFISSIONAL ... ... 29

TABELA 2: UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR ... 29

TABELA 3: ACESSO AO COMPUTADOR ... 30

TABELA 4: COMPARTILHAMENTO DO COMPUTADOR ... 30

TABELA 5: COMPARTILHAMENTO E ATENDIMENTO PRESTADO ... 31

TABELA 6: SUPRIMENTO DAS FUNÇÕES ... 31

TABELA 7: SISTEMA E-SAÚDE ... 32

TABELA 8: FALHAS NO SISTEMA ... 33

TABELA 9: TREINAMENTO E-SAÚDE ... 33

TABELA 10: ADEQUAÇÃO SISTEMA E-SAÚDE ... 34

TABELA 11: VOLUME DE DADOS SISTEMA E-SAÚDE ... 35

TABELA 12: FUNCIONALIDADES DO SISTEMA E-SAÚDE ... 35

TABELA 13: CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE NO SISTEMA ... 36

TABELA 14: COMPARTILHAMENTO DE USUÁRIO ... 36

TABELA 15: SISTEMA ADICIONAL AO E-SAÚDE ... 37

TABELA 16: RELATÓRIOS E ESTATÍSTICAS DO E-SAÚDE ... 38

TABELA 17: SUGESTÕES, CRÍTICAS E MELHORIAS ... 39

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: CATEGORIA PROFISSIONAL... 28

GRÁFICO 2: UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR ... 29

GRÁFICO 3: ACESSO AO COMPUTADOR ... 30

GRÁFICO 4: COMPARTILHAMENTO DO COMPUTADOR ... 30

GRÁFICO 5: COMPARTILHAMENTO E ATENDIMENTO PRESTADO ... 31

GRÁFICO 6: SUPRIMENTO DAS FUNÇÕES ... 31

GRÁFICO 7: SISTEMA E-SAÚDE ... 32

GRÁFICO 8: FALHAS NO SISTEMA ... 32

GRÁFICO 9: TREINAMENTO E-SAÚDE ... 33

GRÁFICO 10: ADEQUAÇÃO SISTEMA E-SAÚDE ... 34

GRÁFICO 11: VOLUME DE DADOS SISTEMA E-SAÚDE ... 35

GRÁFICO 12: FUNCIONALIDADES DO SISTEMA E-SAÚDE ... 35

GRÁFICO 13: CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE NO SISTEMA ... 36

GRÁFICO 14: COMPARTILHAMENTO DE USUÁRIO ... 36

GRÁFICO 15: SISTEMA ADICIONAL AO E-SAÚDE ... 37

GRÁFICO 16: RELATÓRIOS E ESTATÍSTICAS DO E-SAÚDE ... 38

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 12

1.1 BENEFÍCIOS E CARACTERÍSTICAS ... 13

1.2 CATEGORIAS E POTENCIALIDADES ... 13

1.3 REGULAMENTAÇÕES E PADRÕES SISTÊMICOS ... 14

1.3.1 CGI, CETIC E NIC.BR ... 16

1.4 PADRÃO TISS ... 17

1.4.1 COMPONENTES PADRÃO TISS ... 18

1.5 SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL ... 19

1.6 SUS (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE) ... 20

1.6.1 REGULAMENTAÇÃO ... 21 1.6.2 FISCALIZAÇÃO E CONTROLE ... 22 1.6.3 EXECUÇÃO ... 23 2. OBJETIVOS ... 24 2.1 OBJETIVO GERAL ... 24 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 24 3. MATERIAL E MÉTODO ... 25 3.1. POPULAÇÃO E AMOSTRA ... 25 3.2. COLETA DE DADOS ... 27 3.3. RESULTADOS ESPERADOS ... 27

4. ESTATÍSTICAS E ANÁLISE DOS DADOS ... 28

4.1 CATEGORIA PROFISSIONAL ... 28

4.2 UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR ... 29

4.3 ACESSO AO COMPUTADOR ... 30

4.4 COMPARTILHAMENTO DO COMPUTADOR ... 30

4.5 COMPARTILHAMENTO E ATENDIMENTO PRESTADO ... 31

4.6 SUPRIMENTO DAS FUNÇÕES ... 31

4.7 SISTEMA E-SAÚDE ... 32

4.8 FALHAS NO SISTEMA ... 32

4.9 TREINAMENTO E-SAÚDE ... 33

4.10 ADEQUAÇÃO SISTEMA E-SAÚDE ... 34

(11)

4.12 FUNCIONALIDADES DO SISTEMA E-SAÚDE ... 35

4.13 CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE NO SISTEMA ... 36

4.14 COMPARTILHAMENTO DE USUÁRIO ... 36

4.15 SISTEMA ADICIONAL AO E-SAÚDE ... 37

4.16 RELATÓRIOS E ESTATÍSTICAS DO E-SAÚDE ... 38

4.17 SUGESTÕES, CRÍTICAS E MELHORIAS ... 38

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 40

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 41

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1. INTRODUÇÃO

A área de estudo que deu início há várias décadas com denominação de informática em saúde, tem sido cada vez mais incrementada com os recursos atualmente disponibilizados no cenário mundial e consequentemente muitos outros termos surgiram como e-health, saúde digital, registro eletrônico de saúde, prontuário digital, dentre outros.

A utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC) gera reflexos importantes para área de saúde, sobretudo no que diz respeito a qualidade do atendimento ao cidadão e na oferta de serviços de saúde, eficiênia nos estabelecimentos de saúde e melhor controle das informações dos pacientes. O conceito atual mais utilizado é o de e-Health, entendido de forma abrangente como o uso coordenado das TIC no setor de saúde.

Desde 2003, teve destaque no Plano de Ação da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (World Summit on the Information Society - WSIS) como uma das aplicações fundamentais das TIC para o desenvolvimento humano e social. Garantindo a conexão de centros de saúde e hospitais a internet até 2016 é uma das metas assumidas no âmbito do WSIS, o que posiciona o tema da Saúde como um dos elementos prioritários para os objetivos definidos pela Cúpula WSIS.

No âmbito da América Latina, a promoção do uso das TIC em diversos setores estratégicos tem sido acompanhada pelo Plano de Ação para a sociedade da informação e do Conhecimento na América Latina e no Caribe, que dentre suas linhas de ação para 2020 inclui a promoção do uso das TIC para as ações de saúde e seguridade social. O desenvolvimento das tecnologias digitais e redes nos sistemas de saúde é o maior desafio essa integração do e-Health às estratégias nacionais e cooperação regional nessa esfera.

Com o objetivo de acompanhar a implementação das metas no Brasil e tendo como referência indicadores internacionalmente comparáveis,essa pesquisa no programa de pós-graduação da UTFPR, inicia uma pesquisa sobre TIC saúde: Utilização sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação em estabelecimentos de saúde no Brasil.

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1.1 BENEFÍCIOS E CARACTERÍSTICAS

Esse estudo representa uma fonte de dados e informações que sustentarâo as pesquisas e os direcionamentos dos estudos e investigações possíveis no uso de tecnologia para melhoria no atendimento em saúde. Os dados obtidos pela investigação também visam contribuir com gestores para a formulação de políticas públicas específicas da área de saúde, gerando insumos para gestores públicos, estabelecimentos de saúde, profissionais de saúde e sociedade civil.

A pesquisa terá como referência o e-Health, que considera as TIC como ferramentas fundamentais para aumentar a eficiência do serviço prestado e da gestão dos estabelecimentos de saúde e para promover o aprimoramento da qualidade do atendimento oferecido aos cidadãos.

De acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), também é fundamental ressaltar que as TIC são valiosas na medida em que desenvolve redes de competência e especiais em torno do campo da saúde. As TIC ainda são apresentadas como instrumentos importantes para o desenvolvimento de campanhas educativas e preventivas, mesmo em áreas remotas e para o enfrentamento das epidemias emergentes e desastres naturais relacionados à saúde.

No contexto da adoção das TIC, outro conceito importante para o setor é o m-Health, que se refere às práticas de Medicina e Saúde Pública através de suportes móveis, que também se apresentaram como importantes promotores do aprimoramento dos serviços de saúde para uma parcela cada vez maior da população.

Do ponto de vista da atuação dos estabelecimentos de saúde, há inúmeros analistas que apontam as TIC como fator importante de incremento e sua produtividade e melhoria no atendimento.

1.2 CATEGORIAS E POTENCIALIDADES

As potencialidades propiciadas são vantajosas pela adoção intensiva e estratégica das TIC para obtenção de avanços no setor de saúde. Segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), as tecnologias podem dar suporte aos

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tratamentos, contribuir para o provimento de informações para o público em geral, estimulando o intercâmbio de dados entre os profissionais da área. Elas também oferecem uma plataforma para o compartilhamento de conhecimento, para a disseminação de alertas sobre saúde e para o apoio a funções administrativas.

Os potenciais benefícios da aplicação das TIC podem ser agrupados em algumas categorias complementares tais como: (a) aumento da qualidade dos tratamentos e eficiência; (b) Redução dos custos de operação dos serviços clínicos; (c) Redução de custos administrativos e (d) Aberturas das possibilidades para novos modelos de tratamento.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE), grande parte da ineficiência de sistemas tem origem em deficiências na transmissão de informações, o que pode ser melhorado através do uso das tecnologias.

A percepção sobre os benefícios potenciais das tecnologias para o campo de saúde pode ser verificada na medida em que são exploradas as diversas oportunidades geradas por recursos baseados nas TIC. Os registros e prontuários eletrônicos, por exemplo, podem gerar um atendimento mais essencial permitindo pronto acesso e a facilitação na transmissão das informações médicas dos pacientes.

1.3 REGULAMENTAÇAO E PADRÕES SISTÊMICOS

O registro eletrônico de saúde ou prontuários eletrônicos carregam inúmeras vantagens, uma vez que a informação do prontuário em papel esteja disponível somente a um profissional ao mesmo tempo, com baixa mobilidade estando sujeito a ilegibilidade, ambiguidade, perda da informação, multiplicidade de informações, dificuldade na pesquisa coletiva, falta de padronização, dificuldade de acesso, fragilidades no papel e destacando que sua guarda requer o uso de amplos espaços nos serviços de arquivamento.

Outro elemento que permite o aumento da eficiência e qualidade dos serviços de saúde é a capacidade de troca de informações entre diferentes estabelecimentos de saúde, funcionalidade que ainda não está plenamente desenvolvida e implementada mesmo nos países mais desenvolvidos.

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Enquanto as organizações de atenção à saúde possuem um número crescente de tecnologias de informação à sua disposição, muito desses sistemas não são integrados ou seja, não conversam entre si.

As TIC também colaboram para a diminuição de assimetria de informação que tradicionalmente caracteriza a relação entre paciente e profissionais de saúde, permitindo os indivíduos participar mais ativamente da tomada de decisões sobre sua própria saúde. Sistemas que permitem a marcação de consultas online, comunicação segura com médicos, sistemas de informação controlados pelos pacientes em uso de redes sociais estão entre os aspectos mais inovadores a serem explorados.

Outro recurso amplamente usado que deve ser também investigado é quanto ao uso da Telessaúde e Telemedicina nos sistemas de saúde, aplicações que permitem que se transmita voz, dados, imagens e informações ao invés de mover fisicamente os pacientes e profissionais de saúde. Tais aplicações são sem dúvida a possibilidade de ampliar o acesso a conveniência e reduzir os custos de deslocamento, principalmente em solicitar segunda opinião para tratamento e diagnósticos mais complexos.

Na América Latina, o debate sobre a Telesaúde também tem avançado, conforme aponta documento patrocinado pela Comissión Economica para America Latina y Caribe (CEPAL). Na América Latina se instala cada vez mais com força o conceito da Telessaúde, algo novo e mais amplo que a telemedicina ao incorporar, junto com esta, a educação a distância para capacitar e prover educação continuada com equipes de saúde em várias áreas e zonas geográficas com carência de recursos humanos especializados e com difícil acesso a oferta educativa.

Porém vale destacar que ao mesmo tempo em que têm sido desenvolvidos processos altamente avançados de aplicação das TIC na saúde, os países da América Latina e do Caribe ainda convivem com restrições importantes do ponto de vista da infraestrutura e da integração das ações com planos e políticas mais amplas. Ou seja, embora apresente grande variedade de projetos destinados a prover atenção à saúde em localidades remotas, conectar centros de atenção primária especialistas em centros de maior complexidade, obter informação epidemiológica mais adequada capacitar pessoal de saúde em localidades distantes

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e melhorar a sistemas de gestão, muitos desses projetos são de alcance reduzido, sem sustentabilidade e não integrados com políticas de saúde locais e regionais.

Nesse contexto um desafio fundamental para impulsionar a adoção das TIC no campo da saúde e a consolidação de indicadores internacionalmente reconhecidos. A UIT, em seu relatório, avalia que os indicadores que poderiam ser utilizados para mensurar a meta 5 do plano de ação aprovado pela WSIS, que envolve a conexão de centros de saúde e hospitais à internet até 2020, ainda são medidas amplas e indiretas, ou seja, precisam ser revistas e consolidadas para realmente se converterem em instrumentos efetivos e eficazes.

O primeiro grande estudo dedicado à coletar e analisar fontes de informação sobre e-Health para construção de um grupo de indicadores comparáveis internacionalmente foi coordenado pela comissão Europeia. A pesquisa identificou 4.400 indicadores relacionados ao tema nos países da União Europeia, Islândia, Noruega, Canadá e Estados Unidos.

No entanto, vale destacar que devido ao grande número de indicadores que podem ser apontados e a ausência de pesquisas substanciais e independentes sobre o tema, existe um reconhecimento entrave para o desenvolvimento de e-Health nos países da América Latina.

Considerando esse cenário internacional e os recursos que o Brasil possui, bem como o destacado desenvolvimento na informática em saúde e nos recursos tecnológicos que possui, entende-se que o momento é propício e adequado para estudos nacionais possam ser realizados com a finalidade de contribuir com as pesquisas mundiais na busca de indicadores consistentes que possa medir a contribuição e impacto do uso de tecnologia para saúde da população.

1.3.1 CGI, CETIC E NIC.BR

Nesse aspecto, a instituição com maior autoridade para realização desse estudo é o Comitê Gestor da internet no Brasil - CGI.br que contribui de fato no desenvolvimento de políticas mais adequadas para utilização dos recursos tecnológicos existentes, melhorando a tomada de decisão e fazendo incrementar as melhores práticas em saúde.

O Comitê Gestor da internet no Brasil - CGI.br foi criado pela Portaria Interministerial n.147 em Maio de 1995 e alterada pelo Decreto Presidencial n.4.829

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em Setembro/2003, tem como missão coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços de internet no Brasil, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a

disseminação dos serviços ofertados. Dentre as suas atribuições e

responsabilidades, o CGI.br coleta, organiza e dissemina informações, indicadores e estatísticas sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no Brasil.

Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br é uma entidade civil privada sem fins lucrativos e foi criada para implementar as decisões e projetos do CGI.br. O centro de estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) é um departamento do NIC.br e tem como objetivo conduzir pesquisas especializadas, produzir e divulgar indicadores, estatísticas e informações estratégicas sobre o desenvolvimento da internet brasileira.

O CETIC.br vem concentrando seus esforços para ampliação e melhoria da qualidade dos indicadores e das estatísticas produzidas anualmente em suas pesquisas, com o objetivo de garantir a confiabilidade dos dados, geração de melhores informações e sobretudo, melhor nível de comparabilidade internacional. Atualmente o CETIC.br realiza as seguintes pesquisas sobre o uso das TIC no Brasil: TIC Domicílios, TIC Empresas, TIC Educação, TIC Saúde, TIC Governo Eletrônico, TIC Crianças, TIC Centros Públicos de Acesso, TIC Organizações sem Fins Lucrativos e TIC Provedores.(www.cetic.br, www.nic.br)

Portanto é natural que no momento, o estudo na área de saúde seja conduzido e para tanto a parceria entre empresas privadas e saúde Publica.

1.4 PADRÃO TISS – TROCA DE INFORMAÇÕES NA SAÚDE SUPLEMENTAR

Outro padrão importante é a TISS (Troca de Informações na Saúde

Suplementar), estabelecida como um padrão obrigatório para as trocas eletrônicas de dados de atenção à saúde dos beneficiários de planos, entre os agentes da Saúde Suplementar. O objetivo é padronizar as ações administrativas, subsidiar as ações de avaliação e acompanhamento econômico, financeiro e assistencial das operadoras de planos privados de assistência à saúde e compor o Registro Eletrônico de Saúde.

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O padrão TISS tem por diretriz a interoperabilidade entre os sistemas de informação em saúde preconizados pela ANSS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e pelo Ministério da Saúde, e, ainda, a redução da assimetria de informações para os beneficiários de planos privados de assistência à saúde.

1.4.1 COMPONENTES PADRÃO TISS

O padrão TISS está organizado em cinco componentes:

1) Organizacional: O componente organizacional do Padrão TISS estabelece o conjunto de regras operacionais.

2) Conteúdo e estrutura: O componente de conteúdo e estrutura do Padrão TISS estabelece a arquitetura dos dados utilizados nas mensagens eletrônicas e no plano de contingência, para coleta e disponibilidade dos dados de atenção à saúde.

3) Representação de Conceitos em Saúde: O componente de representação de conceitos em saúde do Padrão TISS estabelece o conjunto de termos para identificar os eventos e itens assistenciais na saúde suplementar, consolidados na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar - TUSS.

4) Segurança e Privacidade: O componente de segurança e privacidade do Padrão TISS estabelece os requisitos de proteção para assegurar o direito individual ao sigilo, à privacidade e à confidencialidade dos dados de atenção à saúde. Tem como base o sigilo profissional e segue a legislação.

5) Comunicação: O componente de comunicação do Padrão TISS estabelece os meios e os métodos de comunicação das mensagens eletrônicas definidas no componente de conteúdo e estrutura. Adota a linguagem de marcação de dados XML - Extensible Markup Language.

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1.5 SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

Para entender exatamente o que representa o SUS, veremos as definições básicas como saúde direito, seus objetivos, suas funções e seus princípios e diretrizes técnico-assistenciais e gerenciais. A base desta análise é exclusivamente a CF art.193-200 e as Leis 8.080 e 8.142. O Sistema Único de Saúde nasce num grande acordo entre conservadores e progressistas.

O Sistema Público de Saúde resultou de décadas de luta de um movimento que se denominou Movimento da Reforma Sanitária. Foi instituído pela Constituição Federal (CF) de 1988 e consolidado pelas Leis 8.080 e 8.142. Esse Sistema foi denominado Sistema Único de Saúde (SUS). Algumas características desse sistema de saúde, começando pelo mais essencial, dizem respeito à colocação constitucional de que Saúde é Direito do Cidadão e Dever do Estado.

A relevância pública dada à saúde declarada na CF tem o significado do destaque e proeminência da saúde entre tantas outras áreas e setores. Destaque-se que foram consideradas como de relevância pública tanto a saúde pública como a privada. Os juristas entendem nessa relevância pública uma limitação ao simples entendimento de que a saúde seja apenas, pura e simplesmente, um bem de mercado. Os serviços privados de saúde, além de serem de relevância pública, estão subordinados à Regulamentação, Fiscalização e controle do SUS. Aí se incluem tanto o sistema privado lucrativo exercido por pessoas físicas ou jurídicas individuais ou coletivas, prestadoras ou proprietárias de planos, seguros, cooperativas e autogestão, quanto o sistema privado não lucrativo, filantrópico ou não. Incluem-se: hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios bioquímicos, de imagem e outros, de todas as profissões de saúde e com todas as ações de saúde.

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1.6 SUS (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE)

Quando falamos dos objetivos da saúde pensamos em tratar das pessoas doentes. Isso no público e no privado. Porém, o maior objetivo da saúde é impedir que as pessoas adoeçam. Incluim-se na CF e na Lei 8.080 outra visão desses objetivos.

Na CF art.196 consta: "saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante... o acesso igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".

CF art.198: "atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais".

CF art.200: "ao SUS compete, além de outras atribuições no termo da lei... (a listagem de várias ações do SUS)".

A lei que regulamentou a CF foi a 8.080,5 que definiu, bem claramente, os objetivos do SUS: identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde; formular a política de saúde para promover os campos econômico e social, para diminuir o risco de agravos à saúde; fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação integrando ações assistenciais e preventivas.

A saúde deve fazer estudos epidemiológicos sobre os condicionantes e determinantes da saúde; trabalho, salário, comida, casa, meio ambiente, saneamento, educação, lazer, acesso aos bens e serviços essenciais e divulgá-los. Ao não identificar e divulgar as causas das doenças e seus condicionantes e determinantes, passa-se a atribuir à área de saúde a responsabilidade única pela falta de saúde.

Formular a política de saúde de modo a promover, nos campos econômico e social, "o dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação" (Lei 8.080,2,1). Aqui se identifica o poder dos dirigentes do SUS de atuar na política de saúde, interferindo no campo econômico e social.

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Finalmente, o SUS tem que se dedicar às ações de assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.

Promoção da Saúde, segundo o Glossário do Ministério da Saúde, é "o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo… indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente". Mais comumente, dizemos que promover a saúde é trabalhar nas causas do adoecer, com participação efetiva das pessoas como sujeitos e atores de sua própria vida e saúde.

Recuperação da saúde é cuidar daqueles que já estejam doentes ou tenham sido submetidos a todo e qualquer agravo à saúde. É a ação mais evidente dos serviços de saúde. Somos, infelizmente, tendentes a reduzir a ação do setor saúde a essa área. Costumo dizer que quando temos que tratar de doentes ou de acidentados, tenho uma sensação de fracasso dos serviços de saúde e da sociedade por não ter nem conseguido evitá-los.

1.6.1 REGULAMENTAÇÃO

Regular alguma coisa é estabelecer as regras para que exista, funcione, consiga os resultados etc. As regras da saúde, na verdade, começam na CF, que estabelece o direito à saúde e as linhas gerais desse direito. Depois vêm as Leis 8.080 e 8.142 que regulamentam melhor esse direito. A partir daí, vão surgindo as regulamentações menores. Na saúde, além de ser necessário regular a organização do sistema público e privado, também se regulamentam as ações e serviços de saúde. Regulação do SUS, de um lado, é estabelecer como devem funcionar os hospitais públicos e privados, as unidades de saúde, os consultórios privados, quem pode exercer a função de médico, dentista etc., quais são os dados essenciais que devem ser gerados pelos serviços; de outro lado, como serão tratadas determinadas doenças de interesse público, quais os medicamentos, quais as dosagens, como será feita a vacinação de adultos, crianças etc., como as pessoas devem entrar no sistema de saúde público para serem atendidas corretamente. Tudo isso e muito mais coisas fazem parte da função de Regulação.

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1.6.2 FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

Esses dois termos, previstos na CF e na Lei 8.080, se misturam e se completam com outro que é a auditoria. Digo que os termos: Fiscalizar, Controlar e Auditar têm em sua gênese a mesma ferramenta e processo, que é Avaliar. Todos os três termos usam da avaliação que é feita do comparar duas coisas ou duas realidades e emitir um juízo de valor. Avaliar é comparar o que se observa com o que se quer como bom e certo, com um paradigma, um ótimo, uma situação ideal e emitir o juízo de valor se aquilo está do jeito que deveria estar, ou se mais longe ou mais perto do ótimo. Os três termos Fiscalizar, Controlar e Auditar são baseados em avaliação de conformidade. Essa é a grande igualdade entre eles. Entretanto, começam a ser feitas separações entre eles tentando estabelecer diferenças para caracterizar que são processos diferentes. As diferenças podem ser estabelecidas pelo ponto de vista de quem avalia: se de dentro, é controle, se de fora, é fiscalização-auditoria. Não é o de fora da instituição é o de fora do cenário onde acontece, da responsabilidade pelo fazer acontecer. Aí dizem: quem faz deve controlar, e depois nós de fora (de outro departamento, de outro nível, de fora do setor ou da instituição) vamos fiscalizar-auditar. Outros querem separar pelo corte que controle é de processo e que fiscalização-auditoria é de sistema. Aí se misturam e digladiam definidos e definidores. Prefiro ver imensa igualdade entre uma e outra coisa. Apenas vislumbro uma nuance do controle ligado a quem tem a incumbência de garantir que as coisas devam acontecer, e fiscalização-auditoria seja de alguém mais externo e que pode olhar com outro olhar de quem só vai fiscalizar e não tem a incumbência de fazer acontecer.

A fiscalização e controle no SUS pode ser dentro do próprio público ou do privado (contratado-conveniado ou não): da ação de saúde, do serviço, da instituição, dos profissionais, dos contratos-convênios, dos planos e seguros de saúde etc.

Podemos ainda falar em controle público que é a especificidade de se controlar o público e que se divide em controle público institucional e social. O controle público institucional é aquele exercido pela própria instituição pública, sobre o público. O controle público social é aquele exercido pela sociedade, pelos cidadãos sobre a instituição pública.

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1.6.2 EXECUÇÃO

O SUS tem que executar, fazer as ações de saúde. É a incumbência do SUS precípua, explicitada em outros locais da CF e da Lei 8.080 e que vamos comentar logo a seguir. Essa execução das ações deve ser feita diretamente ou através de terceiros e também por pessoa física ou jurídica de direito privado. O SUS tem que ter serviços próprios para executar diretamente e tem a possibilidade de contratar terceiros para completar os serviços que não der conta de executar por si próprio. Além disso, a execução de serviços de saúde é livremente permitida ao privado, pessoa física ou jurídica.

Que ações o SUS executa? É interessante, pois o SUS é reconhecido como o Sistema Público de Saúde. Deve, portanto, exercer ações públicas. Antigamente, quando se falava em ações públicas de saúde se pensava na concepção antiga da saúde pública: ações mais coletivas e de promoção e proteção à saúde e para as doenças de maior interesse coletivo e com pouco apelo comercial, como tuberculose, hanseníase, malária, febre amarela, doença mental etc. Hoje, a concepção e o campo da saúde pública, enquanto SUS, é abrangente, incluindo o individual e o coletivo, com ações de promoção, proteção e recuperação da saúde em todos os campos e fazendo todos os campos como vigilância sanitária, epidemiológica, saúde do trabalhador, alimentação e nutrição, saúde da pessoa portadora de deficiência e todos os procedimentos: consultas, exames, urgências, internações, cirurgias, transplantes, UTI etc.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral é identificar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação em saúde no Brasil, compreendendo o estágio de adoção das TIC nos estabelecimentos de saúde brasileiros e sua apropriação pelos profissionais de saúde.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Com base nesse contexto, a pesquisa possui os seguintes objetivos específicos:

- Penetração da TIC nos estabelecimentos de saúde;

- Identificar a infraestrutura de TIC disponível nos estabelecimentos de saúde.

- Investigar uso dos sistemas e aplicações baseados em TIC destinados a apoiar serviços assistenciais e a gestão dos estabelecimentos;

- Apropriação das TIC por profissionais de saúde;

- Investigar as atividades realizadas com o uso das TIC e as habilidades possuídas pelos profissionais para essa utilização;

- Compreender as motivações e barreiras para a adoção das TIC e seu uso por profissionais de saúde;

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3. MATERIAL E MÉTODO

Este estudo é uma Pesquisa descritiva que visa as características em forma de amostragem de determinados profissionais de saúde, envolvendo o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados como o questionário.

Ainda, pode ser caracterizada como pesquisa de opinião ou enquete, que são pesquisas que obtém informações sobre prevalência, distribuição e inter-relações de variáveis, coletam informações sobre ações, conhecimentos, intenções, opiniões e atitudes dos profissionais entrevistados, ou seja, os participantes do estudo respondem a uma série de perguntas. As maiores vantagens deste tipo de pesquisa são a flexibilidade e amplitude, podendo ser usadas com muitas outras regionais de saúde, focar uma variedade de tópicos e servir a muitos propósitos.

3.1. POPULAÇÃO E AMOSTRA

Os participantes desse estudo serão profissionais com cargos de administração e os profissionais de atendimento assistencial: médicos, dentistas, enfermeiros e auxiliares que atuam nos estabelecimentos de saúde do país. Assim, por se tratar de um estudo nacional, o cadastro utilizado para a seleção dos estabelecimentos de saúde será o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde(CNES), mantido pelo Departamento de Informática do SUS(DATASUS) do Ministério da Saúde, que possui informações sobre estabelecimentos de saúde referentes à localização, área física, recursos humanos, equipamentos e serviços ambulatoriais e hospitalares ofertados, contemplando a totalidade dos hospitais existentes no país, de unidades ambulatoriais vinculados ou não ao SUS.

Visando a inclusão de estabelecimentos que trabalham com uma infraestrutura e instalações físicas destinadas exclusivamente a ações na área de saúde, a pesquisa tem como escopo os estabelecimentos de saúde públicos e privados cadastrados no CNES, que possuam CNPJ próprio ou de mantenedora, além de instalações físicas destinadas, exclusivamente a ações na área de saúde e que possuam ao menos um médico ou um enfermeiro.

Serão excluídos da amostra os estabelecimentos cadastrados como pessoas físicas, consultórios isolados, estabelecimentos de saúde que atendem a clientela restrita, estabelecimentos de saúde dedicados exclusivamente à pesquisa ou ao ensino que não realizem atendimento ou exames de pacientes regularmente,

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estabelecimentos criados em caráter provisório e de campanha, unidades móveis (terrestres, aéreas ou fluviais) estabelecimentos dedicados exclusivamente à assistência odontológica e estabelecimentos destinados à gestão do sistema, como Secretarias de Saúde, Centrais de Regulação e outros órgãos com estas características que se encontram cadastrados no CNES.

Para identificação dos profissionais de saúde nos estabelecimentos, serão convidados os funcionários com perfis citados e que possuam conhecimentos sobre a totalidade do estabelecimento. Além dos profissionais responsáveis por funções clínicas, serão entrevistados todos que tenham interação com o sistema e-saúde. O estudo nessa fase terá a importância de todos os profissionais que atuam na área de saúde na rede pública.

A amostra será selecionada por técnica de amostragem quantitativa. Decidiu-se por uma amostra principal que foi selecionada considerando uma estratificação com 3 níveis: a) Categoria Profissional; b) Uso do computador; c) Mapeamento das falhas do sistema e-saúde (questionário aplicado em 3 UMS da região sul de Curitiba.

A amostra serviu para garantir as opiniões deste profissionais que são de suma importância no desenvolvimento da saúde regional. O potencial inicial foi realizar o número total de 107 entrevistas, porém foram entrevistados 46 profissionais. Assim, a amostra deverá ser composta de cerca de 3 estabelecimentos de saúde contemplando:

- 4 (quatro) Médicos. - 5 (cinco) Enfermeiros. - 3 (três) Dentistas.

- 11(onze) Auxiliares/Técnicos de enfermagem. - 4 (quatro) ASB (Auxiliares saúde Bucal). - 3 (três) TSB (Técnicos saúde Bucal).

- 13(treze) ACS (Agentes comunitário de saúde) - 3 (três) Administrativo.

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3.2. COLETA DOS DADOS

A pesquisa TIC Saúde será aplicada, em sua etapa quantitativa, por intermédio de um questionário condizentes com seus objetivos gerais e específicos. O questionário será aplicado aos profissionais que trabalham com o sistema e-saúde de diferente níveis e servirá para investigar, a utilização das TIC nos estabelecimentos de saúde e o sistema utilzado como interface. compreendendo a apropriação das TIC pelos profissionais de Saúde.

O questionário será aplicado manualmente na UMS, devido a impossibilidade de acesso a internet pelos profissionais no ambiente.

3.3. RESULTADOS ESPERADOS

Tendo em vista os objetivos estabelecidos pela pesquisa TIC, serão produzidos indicadores de adoção das TIC nos estabelecimentos de saúde e sua apropriação pelos profissionais de saúde.

No âmbito dos estabelecimentos, os indicadores estarão distribuídos em dimensões que cobrem a infraestrura de TIC disponível no estabelecimento de saúde, as aplicações destinadas a apoiar serviços de assistência e a gestão dos estabelecimentos e os aspectos que envolvem a integração dos sistemas disponíveis, tanto do ponto de vista da interoperabilidade como no que se refere à segurança dos dados.

No que se refere aos profissionais, os indicadores pretendem investigar o acesso às TIC no local de trabalho, as atividades realizadas por meio do uso das TICs e as habilidades dos profissionais para esta utilização. Tendo em vista a crescente ampliação do uso das TIC no setor, também serão mapeadas as motivações e barreiras para a adoção e uso das TICs no cotidiano destes profissionais.

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4. ESTATÍSTICAS E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Pesquisa elaborada sobre a utilização de Tecnologia da informação e comunicação (TIC) no ambiente de saúde. O objetivo é indentificar a utilização das TIC’s e mapear as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da rede pública de saúde. O questionário possui 17 questões relacionadas a sua rotina de trabalho, com tempo estimado de 10 minutos para seu preenchimento.

A pesquisa foi aplicada em 3 UMS da região sul da cidade de Curitiba, o formulário está disponível como APÊNDICE 1. Os profissionais entrevistados fazem parte de atendimento ao usuário/paciente. Foi indetificado grandes dificuldades com os recursos de TIC e infraestrutura nas unidades.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A plataforma do sistema e-Saúde utilizado apresentou diversas falhas, e as oportunidades são claras de melhorias e otimizações em diferentes processos do sistema. Conclui-se que é imprescindível atender a vários requisitos básicos, tais como identificação única dos pacientes, o desenvolvimento, integração e manutenção da base de dados, desempenho, utilização e classificação dos parâmatros do sistema.

Bem como a aplicação de medidas de segurança para assegurar itens essencias de segurança da informação: confidencialidade e disponibilidade dos dados. Estas tarefas vão além desenvolvimento de sistemas de computador e muitas vezes são de igual ou maior dificuldade, pois eles têm uma natureza organizacional sem motivação de mudanças.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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6.1 APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO E-SAÚDE - QUESTÕES 1 à 4

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6.1 APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO E-SAÚDE - QUESTÕES 5 à 8

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6.1 APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO E-SAÚDE – QUESTÕES 9 à 13

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Referências

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