• Nenhum resultado encontrado

NORMALIZAÇÃO FORTE PARA A LÓGICA INTUICIONISTA DE 1ª ORDEM COM REDUÇÕES PERMUTATIVAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "NORMALIZAÇÃO FORTE PARA A LÓGICA INTUICIONISTA DE 1ª ORDEM COM REDUÇÕES PERMUTATIVAS"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

NORMALIZAçÃO FORTE PARA

A

LÓGICA

INTUICIONISTA

DE

IA

ORDEM

coM

REDUçÕBs

pnRuurATrvAS

LUIZ CARLOS P. D, PEREIRA Universidade Estadual de Campinas

. Podemos distinguir três tipos de resultados fundamentais em Teoria da Prova:

l.

Teorenw

da

Forma Normal:

Estabelece para

um

certo

sistema

formal

S que,

se

f F

A,

então existe uma proi'a normal de

A

g f

F

A.

2.

Teorema

da

Normolização:

Estabelece

que, dada uma

derivação

I1 de

f

F

A,

então

Il

pode ser

efetivamente transformada

em

uma

derivaçaio

normal

de

A c f

l-

A.

Em outras palavras, temos um conjunto de operações, usualmente chamadas

de

reduções,

com

as quais podemos

construir uma

seqüência

de

deri-vações

IIr,,..,[n

tal

que:

(i)

IIr

= n

(iÐ

Vi

(l

-<

i

(

n),

II¡

reduz-se a

[t

+t

(iii) IIn

é normal.

3.

Teorema da Normalizaçõo

Forte:

Estabelece que, se

é uma derivação de

f

F

A,

então qualquer seqüência de reduções para

II

termina em uma forma normal única. Isso significa que não

importa o

modo

(ou

a ordem) como efetuamos as reduções; o resultado após um número

finito

de passos será sempre o mesmo.

A

quantidade de informação

contida

em resultados de

tipo 2

é obviamente maior

do

que

a

contida

em resultados de

tipo

l,

e

o

mesmo vale para resultados.de

tipo

3 em relação a resultados de

tipo

2.

Temos resultados

de

Normalização

Forte

para os mais diversos sistemas formais

(cf.

Prawitz (8), Girard

(2),

Iæivant

(5)

e Stenlund

(9)),

e as provas tradicionais seguem as seguintes idéias:

l.

Definimos urna propriedade P aplicável às derivações de um certo sistema

formal

S.

2.

Mostramos,

então,

que

nossa propriedade

P

é

mais

forte do

que

a

propriedade de ser normalizável fortemente (de agora em diante, SN), ou seja,

qur:

vrl

(P

(D

+

sN

(D)

3.

Provamos, então,

que

VfI

P

(n).

Existe

de

imediato

ao

menos

uma

objeção

a

este

tipo

de

prova (algumas vezes

erradamente chamada

de

semântica): uma vez

que

a finitude

das seqüências

de

re-duções poderia ser expressa por uma

fórmula

II!,

nós não estaríamo

Cadernos de História e Filovtfia da Ciência 7 (1984), pp. 103-l I g.

(2)

lO4

Luiz

Carlos P'D. Pereira

a l'orça da interpretação

intuicionista

dos quantificadores,

no

sentido da possíbilidade

de se

extrair um limite

pata o comprimento das seqi.iêttcias de reduçÕes para uma dada

.O

Sistema

14,

A

linguag'em

do

sistema

lap

ê a

usual

(ver, p.ex., Prawitz

(9)). Além

das regras de inferência usuais, temos em

I¡"

dois esquemas de axiomas:

Axl

:

A

-+ VXr

...

V*'

(P

(x,

,..,,

xn)

-

P

(x,

,.'.,

xn))

Ax2:

Y

x,

...

Vx,,

(P

(x,

,...,

xn)

t

P

(x1 ,.'., x,,))

Antes

de

apfesentarmos

as

reduções

para

I4p,

defìniremos certas

contruções

APn,s

e

APg,

chamadas ðe ampliøções, por indução sobre B.

Base:B é a

fórmula

atômica P

(t,

, ...,

t,r).

Sejam

II4,"

e

IIg

as seguintes derivações:

A A +

Vxr

...

Vxn(P(xr,...,xn)

-

P(xr,...,x,r))

Vxr

...

V*n

(P("t,...,xn)

-->

P(xt,...,xn))

II

A,ll

Vx,

...

V*n

(P(tr,'.

',xn) -

P(tr,...,xn))

P(t,,...,tn) -

P(tr,...,tn)

Vx, ...

Vxn(P(xt,...,xn)

+

P(xr,...,xn))

n

Vx, ... V*n(P(t,,...,xn)'

P(tr,.'.,*,'))

B

P(t,,...,tn) +

P(tr,

,

t,,)

(3)

Norrnalízação Forte para a I'ógica

Intuicionista

105 de

l.a

Ordem com Reduções Permutativas

Æo,,

e

AP,

são então defìnidas da seguinte forma

Ä

II

A,B

A

BB->BTI

A,B

A

B->BTI

APo,t

APB

:

B B TIB

BB->BrIB

B B

+

B

TIB

B-+B

B A,B

B +B

B

Denotaremos

APo,,

por

B

A

e

AP,

por

B

B

Passodelndução:BéCvD

B

Cv D

C

v

D

B

(c)

A

(D)

A

c

D

Æo,cvo

=

CD

CvD

(4)
(5)

to7

As redugões

para

Io,

,

chamadas de AP-reduções, são definidas da seguinte maneira:

;;

AnB

A

reduz-se

a A

B

(ii)

reduzrse a

BA

A^B

(iíÐ reduz-se a

(A)

A

A+B

B

BA

Normalizøção Forte para ø Lögica

Intuicionista

de

I.ø

Ordèm com

Reduþes

Perrnutatiws

A

A

B B B

(A)

;

]_

B

(6)

108

Luiz

Carlos P.D. Pereira

(iv)

A

AvB

(v)

(B)

c

A

C B

c

C

;

B

c

t

(7)

Forte

pøa

a Lógica

Intuicíonista

co m Redu çõ e s Pçr¡a/tøt iva s

A(t)

reduz.se

a

(A

(t))

109 (viÐ (viiÐ B

(A)

(B)

3xA

(x)

B

(A(t))

.(alt)

B

AvB

cc

reduzse a

(A)

(B)

cDc

D

E

c

D

AvB

E E E

3xA (x)

D

onde

a premissa maior de uma regra de eliminação.

(ix)

(A(a)

reduz-se a

3xA(x)

B B

D

(A(a))

c

c

B

c

\-onde B é a premissa maior de urna regra de eliminação.

(8)

rl

. Resultados

(3)

para

Iap o

teorema da

Normali

rch

forma nórmal), dos quais se segue

âå

Il

reduz-se a

[I,,

então o compri_

'

Definição:

uma

derivação

II'

é

chamada uma ampliaçõo imedfuta de

II

se

[I,

pode ser

obtido

de

[I

através da substituição de algumas oconências de fórmulas

A

em

Ii

por

A

I

l0

Luiz

Carlos P.D. Pereira

Definiçõo:

o

comprimento de uma derivação

Il,

denotado por

I

(II),

é igual ao número de ocorrências de fórmulas em

II.

AB

AA

A

noção geral de ampliação

pode

ser

obtida

através do fechamento

transitivo

da noção de ampliação

imediat

.

. Lema: Sejam

Il

e

II'

derivações no sistema usual

I

para aLógica

dela

ordem

Intuicio-nista, tais que

II

se

reduz

a

It'.

seja

)

uma amphãção de

r.

Então,

existe uma

am-pliação

2'de

Il'

tal que Ð reduz-se a

)'.

Frova:

Por

indução

sobre

o

comprimento

de Ð.

consideraremos somente alguns casos representativos. ou

l.

ilé

l.l. >

é

e

II'

é

Ilr

AvB

n,

II.

C

n"

AvB

il'"

Il'3

c

C

c

c

C \r þl

AvB

tt

"2

p3

cc

C

(9)

Normglização Forte para a Lógica

Intuicionista

de 1.u Ordem com Redu@es Permutativas

lll

Pela hipótese de indução, existe uma

ì'i

(i

:

1,2)

tal que

reduz-se a

2'¡

e

Ð'i

é

uma ampliação de

II'¡

. Podemos tomar

X'

como:

E"

AvB

2'z

2'a

c

L2.>é

E,

AvB

AvB

c

Podemos

tomar

X'

como

E'I

AvB

cc

(A)

(B)

>2

>3

cc

(A)

(B)

2',

)'¡

cc

AvB

c

(10)

I

c

>2

c

(11)

Nornalização Forte para a Lôgica

Intuicianista

de 1,4 Ordem com

Reduþes

Permttativøs 113

2.1.

Ð

é

>r

AvB

AvB

Pela defìnição

dr

ÆD,A

g

,

E

se reduz a

(B)

D

g

+

(AvB)

D

D

c

21

A

A

AvB

c

(12)

T"

114

Luiz

Carlos P.D. Pereira Podemos então

tomar

Ð'

como:

5"=

3. il

ê

(B)

t3

c

+

A

(A)

B

-+Ç

e

Il'é

z2

c

llr

AvB

(A)

(B)

n2

II3

C+D

C

-->

(A)

(B)

II+ n2 n4

[I3

C C-+D C C+D

D

D

C-+D

D

II4

Ilr

AvB

c

3.1.

)

é

D

tr

AvB

C D

(A)

t

--) D

c

D

(B)

>3

-)

c

--> D E >4 C D

l:.

¡ù*

C -> D

(13)

Normalizaçíio Forte para a Lögica

Intuícionista

I I s de

I.o

Ordem com Redu@es Permutativøs

Pela defìnição de

E

se reduz a 24

AvB

C-+D

(A)

>2

C-+D

C-+D

c

D E

(B)

>3 24

c

C'+D

D

Podemos então

tomar

Ð'

como:

tr

AvB

D

D

E D

t4

c

(B)

>4

>3

C C+D

D D E D 24

c

D

(14)

T

116

Luiz

Carlos P.D. Pereim Teoremn

Prova:

A

seqüência de reduções pata uma dada

deri-vação

II

seqüência de reduções para uma ampliação

Ð de

II.

amente

do

teorema da Normalização Forte

para

I4p.

Além

disso,

o

comprimento de qualquer seqüência de reduções para

II

será

menoi d-o que

Z(Z'),

onde

)'

é a derivação normal associada a

).

Possíveis extensões

L

Entre

as possíveis extensões da aplicação do método acima, talvez fosse interessante considerar

o

caso da

Aritmética

de Heyting, obtida a

partir

do sistema aqui exposto pela usual adição de uma base atômica

(aritmética)

e da regra de indução,

A(0)

A(a)

tI

A(a')

A(Ð

Talvez

pudéssemos

tomaf

as seguintes reduções,

relativas

a um

sistema

HA¡p,

visando à extensão mencionada acima:

Ill

A(0)

(A(u))

[I,

A(a')

reduz-se

a

[r

(A(a))

II,

A(a')

A(0)

A(a)

-

A(a')

A(0)

(15)

Normnlização

Forte

para a Lógica

Intuicionistø

ll7

de 1.4 Ordem com Reduções Pqrmttativas

Ill

A(0)

(A(a))

fi2

A(a')

n1

A(0)

II2

A(l)

n2

A(2)

reduz-se a

A(n)

A(n)

A(n)

2.

Devido ao número de sistemas aos quais o método é aplicável (ver Gandy

(l)),

passa a ser interessante a questão da existência ou não de algum sistema que satisfaça nor-malização simples

de

Church

&

Rosser

(ou

pelo

menos

um tipo de

"Church

&

Rosser

forte")

e näo satisfaça Normalização Forte.

3.

Se estivêssemos considerando

o

sistema C para

alÁgica

clássica com todososseus

operadores

(i. e.,

{

A

,

V

,

*

,

f

, V

,

3

}),

então as reduções para o absurdo clássico

introduzidas

por R.

Statmam pareceriam satisfazer as condições de monotonicidade.

s

þl

(A) Bt

,'

tn

8,,

)n

B

(-rB)

(rA)

I

,)r

A

Br,....,8,1

1

(r

A)

il

I

B

A

(16)

I

l8

Luiz

Cørlos P.D. Pereira

Agradecimento

Gostaria

de

agradecer ao

Prof.

Jean Yves

Girard por

tornil

acessível seu material

sobre Normalização

Forte

a ser publicado em breve, e onde o tema deste artigo apare-ce como um exercício,

REI.'ERENCIAS

(l)

G¿ndy, R. O.

-

Prool's of strong Nornralization, em To Haskell Cury:EssøysinCombínatory Logic, Lambda Calculus ønd Formalism, ed, por J. Seldin

ð{

J. R. Hindley, Academy Press, I 980.

(2) Gjra¡d, J. Y.

-

Une Extension de I'Intetpretation de Gödel a L'Analyse et son Application des Coupures dans I'Analyse et la Theorie des Types, em hoceedings

of

the Second Scandinavian Logic Symposium,ed.por J. E. Fenstad, No¡th-Holland, Amsterdam, 1971.

(3) Girard, J.Y.

-

Strong Normtlizatíon (a ser publicado).

(4) Jervell,

H. R.

- A

Normal

Form

in

First

O¡der Arithmetic, em hoceedings

of

the Seco¡td Scødituvion Logic Symposium, ed.

por

J.

E.

Fenstad, North-Holland, Amste¡dam, t97 r.

(5) Leivant, D.

-

S!.¡rong No¡malization for A¡ithmetic, em Proof Theory Symposíum, Kiel 1974,

ed. por J. Diller

&

G. H. Mülle¡, Springer, 1975,

(6) Martin-Löf, P.

-

Hauptsatz for the Intuitionistic Theory of lnductive Definitions, emProceed-ings

of

the Second Scandinøvían Logic Symposium, ed, por J. E, Fenstad, North-Holland,

Amsterdam,l97l.

(7) Pereira,

L.

C.

-

On the Estimation

of

the Lenglh of Normal Derivations, Akademilitte¡atu¡, Stockholm, 1982.

(8) P¡awitz, D.

-

Ideas and Results in Proof Theory, em Proceedings of the Second Scandinavían Log[c Symposium,ed.por J. E. Fenstad, North-Holland, Amste¡dam, 1971.

(9) Stenlund, S.

-

Combinøtors,

x-

tetms and Proof Theory, D, Reidel, Dordrecht-Holland,1972.

Referências

Documentos relacionados

Neste trabalho o objetivo central foi a ampliação e adequação do procedimento e programa computacional baseado no programa comercial MSC.PATRAN, para a geração automática de modelos

Ousasse apontar algumas hipóteses para a solução desse problema público a partir do exposto dos autores usados como base para fundamentação teórica, da análise dos dados

Na hepatite B, as enzimas hepáticas têm valores menores tanto para quem toma quanto para os que não tomam café comparados ao vírus C, porém os dados foram estatisticamente

The fourth generation of sinkholes is connected with the older Đulin ponor-Medvedica cave system and collects the water which appears deeper in the cave as permanent

Dentre essas variáveis destaca-se o “Arcabouço Jurídico-Adminis- trativo da Gestão Pública” que pode passar a exercer um nível de influência relevante em função de definir

Pré-avaliação sobre a compreensão dos princípios fundamentais: para soluções e colóides, equilíbrio de fase, electroquímica e química

Conforme debatido anteriormente nos capítulos teóricos deste trabalho, com o avanço das TIC, sobretudo após a ascensão da web 2.0, uma infinidade de ferramentas

Outrossim, o fato das pontes miocárdicas serem mais diagnosticadas em pacientes com hipertrofia ventricular é controverso, pois alguns estudos demonstram correlação