Físico-Química II
Físico-Química II
Termodinâmica de Soluções
Termodinâmica de Soluções
Substâncias PurasEste material está disponível no endereço: https://sites.google.com/site/otavioquimica/ https://sites.google.com/site/otavioquimica/ 2 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras • CONTEÚDO
– Transformações Físicas (Substâncias Puras):
• Diagramas de Fases, Estabilidade e Transições de Fases, Superfície dos Líquidos.
– Soluções Não-Eletrolíticas (Misturas Simples). – Diagramas de Fase (Sistemas Binários e Ternários). – Soluções Eletrolíticas (Eletroquímica de Equilíbrio). Programa da Disciplina: Conteúdo
Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4
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Otávio Santana Otávio Santana
• Definições
– Diagrama de FasesDiagrama de Fases: Mapa de pressões e temperaturas nas quais cada fase de uma substância é mais estável.
➢ Forma compacta de exibição das
mudanças de estado físico.
➢ Importante: Importante
A Termodinâmica trata de sistemas em equilíbrio, nada informando sobre a velocidade das transformações. Ex.: Diamante Grafita.→
Fase
Metaestável EstávelFase
4 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras • Definições
– Diagrama de FasesDiagrama de Fases: Mapa de pressões e temperaturas nas quais cada fase de uma substância é mais estável.
– FaseFase: Forma de matéria homogênea (química e fisicamente), na qual todas as propriedades intensivas são constantes.
• Ex.: Fases sólida (gelo), líquida e gasosa (vapor) da água.
– Transição de FaseTransição de Fase: Conversão entre fases, que ocorre em uma temperatura característica em uma dada pressão.
• Ex.: Fusão/Solidificação e Ebulição/Condensação.
– Temperatura de TransiçãoTemperatura de Transição: Temperatura característica em que duas fases estão em equilíbrio.
• Ex.: Temperaturas de Fusão/Solidificação, ...
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• Definições
– Diagrama de FasesDiagrama de Fases: Mapa de pressões e temperaturas nas quais cada fase de uma substância é mais estável.
– Curvas de EquilíbrioCurvas de Equilíbrio: Curvas que separam as regiões em suas diferentes fases.
• Apresentam os valores de pressão e temperatura nas quais as fases coexistem.
Diagramas de Fases 11 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras • Definições
– Pressão de VaporPressão de Vapor: Pressão do vapor em equilíbrio com a fase condensada (sólida ou líquida).
– ConclusãoConclusão:
• Em um diagrama de fases, as curvas de equilíbrio que fazem fronteira entre a fase gasosa e a condensada mostram como a pressão de vapor varia com a temperatura.
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• Definições
– EbuliçãoEbulição: Condição na qual “bolhas de vapor” (cavidades) se formam no interior do líquido.
– Ponto de EbuliçãoPonto de Ebulição: Temperatura na qual a pressão do vapor se iguala a pressão externa.
• Sistema aberto.
– Ponto de Ebulição Normal:Ponto de Ebulição Normal: • Teb sob 1 atm de pressão externa.
– Ponto de Ebulição PadrãoPonto de Ebulição Padrão: • Teb sob 1 bar de pressão externa. ➔ 1 atm = 1,01325 bar (exato). ➔ 1 bar = 0,98692 atm (aprox.).
13 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras • Definições
– Ponto de FusãoPonto de Fusão: Temperatura na qual as fases líquida e sólida coexistem (equilíbrio) em uma dada pressão. – Ponto de CongelamentoPonto de Congelamento: Temperatura na qual as fases
líquida e sólida coexistem...
• A curva de equilíbrio sólido-líquido mostra como a temperatura de fusão/congelamento varia com a pressão.
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• Pontos Característicos: Ponto Crítico (pc & Tc)
– A ebulição não ocorre em um recipiente fechado sob volume constante.
• Nestas condições a pressão de vapor aumenta continuamente com a temperatura.
• Com o aumento da pressão a densidade do vapor aumenta.
• Com o aumento da temperatura a densidade do líquido diminui.
• Quando as densidades se igualam a superfície entre as fase desaparece.
• Resultado:Resultado: Fluido Supercrítico. Fluido Supercrítico.
Diagramas de Fases 15 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras
• Pontos Característicos: Ponto Crítico (pc & Tc)
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• Pontos Característicos: Ponto Crítico (pc & Tc)
CO2 17 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras
• Pontos Característicos: Ponto Triplo (p3 & T3)
– Condição de pressão e temperatura na qual três fases coexistem (em geral as fases sólida, líquida e gasosa).
• O ponto triplo, assim como o crítico, é uma característica da substância. ➔ Ex.: Água.
p3 = 6,11 mbar; T3 = 273,16 K.
pc = 221,2 bar; Tc = 647,30 K. Diagramas de Fases
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• Exemplos de Diagramas de Fases – ÁguaÁgua: Diagramas de Fases Caso geral Caso da água Gás 19 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras
• Exemplos de Diagramas de Fases – ÁguaÁgua:
Diagramas de Fases
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Otávio Santana Otávio Santana
• Exemplos de Diagramas de Fases – ÁguaÁgua: 21 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras
• Exemplos de Diagramas de Fases – Dióxido de CarbonoDióxido de Carbono:
22 Otávio Santana Otávio Santana Diagramas de Fases
Fim da Parte 1
Fim da Parte 1
Substâncias Puras 23 Otávio Santana Otávio Santana • Condição de Estabilidade– A condição termodinâmica de espontaneidade é:
– Energia de Gibbs Molar (Gm): Energia G por mol de substância.
• Obs.: A Energia de Gibbs Molar (Gm) depende da fase da substância e é denominada “Potencial Químico” (μ).
– Para uma transição de n mols da fase 1 para a fase 2: Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição Sistema+Vizinhança Sistema ΔS > 0 ⇔ ΔG < 0 G = nGm = n
μ
ΔG = G(2) − G (1) = nGm(2) − nGm(1) = n[μ
(2) −μ
(1)]24
Otávio Santana Otávio Santana
• Condição de Estabilidade – ConclusõesConclusões:
1.Uma substância pura tem a tendência espontânea de mudar para a fase com a menor energia de Gibbs molar.
ΔG = n · [ μ(2) - μ(1) ] < 0 μ(2) < μ(1).
2.Duas fases estão em equilíbrio quando: ΔG = 0 Gm(1) = Gm(2) μ(1) = μ(2).
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• Variação com as Condições do Sistema
– Para determinarmos a fase mais estável quando as condições de pressão e temperatura do sistema variam, precisamos determinar como G varia quando p e T variam.
– A equação diferencial para a variação da energia de Gibbs quando a pressão e a temperatura variam é:
Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição Demonstração… dGm = Vmdp − SmdT ⇒ ∂Gm ∂p = Vm ∂Gm ∂T = −Sm Equação Fundamental
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• Variação com a Temperatura
– Para um sistema no qual apenas a temperatura varia:
• Conclusão #1Conclusão #1: Como as entropias molares são positivas
(Sm > 0), a energia de Gibbs molar diminui (dGm < 0) com o aumento da temperatura (dT > 0).
• Conclusão #2Conclusão #2: Para uma determinada variação de temperatura, a
variação resultante na energia de Gibbs molar é maior para substâncias com entropia molar maior.
Termodinâmica da Transição dp = 0 ⇒ d Gm = −SmdT ⇔
(
∂Gm ∂T)p
= −Sm 28 Otávio Santana Otávio Santana• Variação com a Temperatura
– Para um sistema no qual apenas a temperatura varia: Substâncias Puras
Substâncias Puras Termodinâmica da Transição
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Otávio Santana Otávio Santana
• Variação com a Pressão
– Para um sistema no qual apenas a pressão varia:
• Conclusão #1Conclusão #1: Como os volumes molares são positivos (Vm > 0), a energia de Gibbs molar aumenta (dGm > 0) com o aumento da pressão (dp > 0).
• Conclusão #2Conclusão #2: Para uma determinada variação de pressão,
a variação resultante na energia de Gibbs molar é maior para substâncias com volume molar maior.
dT = 0 ⇒ d Gm = Vmdp ⇔
(
∂Gm∂p
)T
= Vm30
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• Variação com a Pressão
– Para um sistema no qual apenas a pressão varia: Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição ` Gás Líquido Sólido p g s ℓ
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• Variação com a Pressão
– A maioria das substâncias funde a uma temperatura maior quando submetida a uma pressão externa maior.
• Exceção água. Termodinâmica da Transição Vm(s) < Vm(ℓ) Vm(s) > Vm(ℓ)
(
∂Gm ∂p)T
= Vm 32 Otávio Santana Otávio Santana• Efeito da Pressão Aplicada sobre a Pressão de Vapor – Quando se aplica pressão a uma fase condensada a pressão de
vapor aumenta.
• Ou seja, o excesso de pressão contribui para expulsar moléculas da fase líquida para a fase vapor.
• Pode-se aumentar a pressão sobre a fase condensada pela ação mecânica de um pistão ou pela presença de gás inerte. Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição Possíveis Problemas Possíveis Problemas:
1. O gás inerte pode se dissolver na fase condensada, alterando as propriedades desta fase.
2. O gás inerte pode atrair moléculas da fase condensada, solvatando-as na fase gasosa.
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• Efeito da Pressão Aplicada sobre a Pressão de Vapor – Quando se aplica pressão a uma fase condensada a pressão de
vapor aumenta.
• Para um excesso de pressão ΔP sobre a fase condensada: ➔ p0 Pressão de vapor inicial.
➔ p Pressão de vapor após a aplicação de pressão extra ΔP. ➔ ΔP Excesso de pressão sobre a fase condensada.
Demonstração… p = p0eVmΔP /RT ≈ p 0
(
1 + VmΔP RT)
, VmΔP RT ≪1 ∴p − p0 p0 ≈ VmΔP RT 35 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras• Ex.#1: Efeito da pressão aplicada.
– Calcule o aumento relativo e percentual da pressão de vapor da água quando se aumenta a pressão externa em 10 bar (1 bar = 105 Pa).
Dados: Vm = 18,1 cm3/mol, T = 25°C, ΔP = 10 bar.
Termodinâmica da Transição
Resp.: δrp = 7,3x10-3.
Pequena variação de pressão Comportamento de gás ideal
δrp = p − p0
p0 ≈
VmΔP
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• Ex.#2: Efeito da pressão aplicada.
– Calcule o efeito de um aumento de 100 bar (1 bar = 105 Pa) na pressão externa sobre a pressão de vapor do benzeno, a 25°C.
Dados: ρ = 0,879 gcm-3, M ≈ 78 gmol-1.
Termodinâmica da Transição
Resp.: %δrp = 43 %.
Grande variação de pressão Comportamento de gás ideal
p = p0eVmΔP /RT
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• Localização das Curvas de Equilíbrio
– CondiçãoCondição: Gm,(p,T) = Gm,(p,T) μ(p,T) = μ(p,T). – Para cada fase: dμ = dμ dμ = Vmdp – SmdT.
Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição
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• Localização das Curvas de Equilíbrio
– CondiçãoCondição: Gm,(p,T) = Gm,(p,T) μ(p,T) = μ(p,T). – Para cada fase: dμ = dμ dμ = Vmdp – SmdT.
– Portanto: Vm,dp - Sm,dT = Vm,dp - Sm,dT (Vm, - Vm,)dp = (Sm, - Sm,)dT – Equação de ClapeyronEquação de Clapeyron:
dp
dT =
ΔStrs ΔVtrs
Aplicação à cada caso…
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Substâncias Puras Substâncias Puras
• Curvas de Equilíbrio Sólido-Líquido Termodinâmica da Transição
Equação de uma reta y ≈ y0 + m⋅(x − x0)
p2 ≈ p1 +
ΔHfus
T1ΔVfus(T2−T1)
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• Curvas de Equilíbrio Líquido-Vapor Termodinâmica da Transição d ln p dT = ΔHvap RT2 Eq. Clausius-Clapeyron p2 ≈ p1exp
[
− ΔHvap R(
1 T2− 1 T1)
]
Demonstração… 45 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras• Curvas de Equilíbrio: Caso Geral Termodinâmica da Transição p2 ≈ p1 + ΔHfus T1ΔVfus(T2−T1) p2 ≈ p1exp
[
−ΔHvap R(
1 T2− 1 T1)
]
p2 ≈ p1exp[
−ΔHsub R(
1 T2 − 1 T1)
]
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• Questão 4: Curvas de Equilíbrio.
– A pressão de vapor de uma substância, a 20,0 °C, é 58,0 kPa e sua entalpia de vaporização é 32,7 kJ·mol-1. Estime a temperatura em que a pressão de vapor é de 66,0 kPa.
Resp.: 23 °C. 48 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição
• Questão 5: Curvas de Equilíbrio.
– O volume molar de um certo sólido é de 142,0 cm3mol-1 no ponto de fusão, a 1,00 atm e 427,15 K. O volume molar do líquido, no mesmo ponto, é de 152,6 cm3mol-1. A 1,2 MPa, a temperatura de fusão é de 429,26 K. Calcule a entalpia e a entropia de fusão do sólido.
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Otávio Santana Otávio Santana
Termodinâmica da Transição
• Questão 6: Curvas de Equilíbrio.
– A pressão de vapor de um líquido, entre 200 K e 260 K, ajusta-se à expressão: ln(p/torr) = 18,361 – 3036,8/(T/K). Estime (a) a entalpia de vaporização e (b) a temperatura de ebulição normal do líquido.
Resp.: ΔHvap = +25,25 kJ·mol-1, T = 260 K (-13 °C).
53 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição
• Questão 7: Curvas de Equilíbrio.
– A pressão de vapor de um líquido, entre 15 °C e 35 °C, ajusta-se a expressão: log(p/torr) = 8,750 – 1625/(T/K). Estime (a) a entalpia de vaporização e (b) a temperatura de ebulição normal do líquido.
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Otávio Santana Otávio Santana
• Questão 8: Curvas de Equilíbrio.
– Quando um líquido se congela a -3,65 °C sob 1 atm de
pressão, a densidade passa de 0,789 g·cm-3 para 0,801 g·cm-3. A entalpia de fusão da substância é 8,68 kJ·mol-1. Estime o ponto de congelamento da substância a 100 MPa.
Dado: M = 46,07 g·mol-1. Resp.: T = 272 K (-1 °C). 58 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras
• Regra das Fases
– Seria possível quatro fases estarem em equilíbrio? • Neste caso: Gm(1) = Gm(2); Gm(2) = Gm(3); Gm(3) = Gm(4).
Três equações com duas variáveis (p e T) Solução impossível!
– A generalização deste resultado é dada pela regra das fases. • Definições:
F = Número de graus de liberdade (variáveis independentes). C = Número de componentes (espécies independentes). P = Número de fases.
• Regra das FasesRegra das Fases: F = C – P + 2. Termodinâmica da Transição
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Otávio Santana Otávio Santana
• Regra das Fases
– Exemplo: Sistema com um componente (C = 1 F = 3 – P).
Uma fase: P = 1 F = 2 p e T podem variar (região). Duas fases: P = 2 F = 1 p ou T podem variar (linha). Três fases: P = 3 F = 0 p e T fixos (ponto triplo). Quatro fases: P = 4 F = -1 Condição impossível! Termodinâmica da Transição 60 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Termodinâmica da Transição
Fim da Parte 2
Fim da Parte 2
Substâncias Puras61
Otávio Santana Otávio Santana
• Tensão Superficial
– Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. • Consequência #1Consequência #1:
Quantidade maior de moléculas no interior da fase líquida.
• Consequência #2Consequência #2:
Resultante das forças na superfície e no interior são diferentes.
62 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras • Tensão Superficial
– Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. • Questão #1Questão #1:
Qual a razão termodinâmica para esta observação?
• Questão #2Questão #2:
Como expressar isto matematicamente?
• Energia LivreEnergia Livre:
“Trabalho máximo realizado por um sistema em uma determinada
transformação.”
ou:
“Trabalho mínimo necessário para promover uma transformação
no sistema.”
• Funções TermodinâmicasFunções Termodinâmicas:
Energia Livre de Gibbs (p constante) e Helmholtz (V constante). Superfície dos Líquidos
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Otávio Santana Otávio Santana
• Tensão Superficial
– Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. • TratamentoTratamento:
➔ O trabalho (dw) necessário para modificar a área superficial () de uma amostra (volume constante) é proporcional a variação (d): dw = d,
Tensão Superficial (Constante de Proporcionalidade). Tensão Superficial [] = Energia/Área = J/m2 = N·m/m2 = N/m.
➔ O trabalho dw para um sistema a volume constante e temperatura constante é igual a energia livre de Helmholtz (A):
dA = d < 0 (para uma transformação espontânea).
Superfície dos Líquidos
64 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras • Tensão Superficial – Exemplo #1Exemplo #1:
Trabalho para erguer um fio metálico de comprimento ℓ na superfície de um líquido e formar uma película de altura h (desprezando a energia potencial gravitacional):
∫dw = ∫d w = = 2hℓ (duas faces)
w = 2hℓ
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• Tensão Superficial – Exemplo #2Exemplo #2:
Trabalho para formar uma cavidade esférica de raio r no interior de um líquido de tensão superficial
(interior da cavidade = uma face).
∫dw = ∫d w = = 4r2 (uma face) w = 4r2 66 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras
• Bolhas, Cavidades e Gotículas – BolhaBolha: Região em que o vapor está
confinado em uma fina película de um líquido.
[Duas superfícies]
– CavidadeCavidade: Região em que vapor está confinado no interior do líquido.
[Uma superfície]
– GotículaGotícula: Pequeno volume de líquido imerso em seu vapor.
[Uma superfície]
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Otávio Santana Otávio Santana
• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– A pressão pin no lado interno (côncavo) de uma interface é sempre maior que a pressão pex no lado externo (convexo).
– Equação de LaplaceEquação de Laplace:
2/r Pressão de Laplace Nota: De acordo com a equação, a diferença entre as pressões tende a zero quando r (superfície plana). Superfície dos Líquidos
Demonstração… pin = pex + 2
γ
r 69 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Superfície dos Líquidos• Questão 16: Equação de Laplace.
– Calcule a diferença de pressão do etanol entre as duas faces de uma gotícula esférica de 220 nm de raio, a 20 °C.
Dado: etanol = 22,39 mN·m-1.
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Otávio Santana Otávio Santana
• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para um líquido disperso como gotículas de raio r a pressão interna excedente 2/r aumenta a sua pressão de vapor.
➔ Equação de Kelvin:Equação de Kelvin pin = pex + 2
γ
r p = p0eVmΔP /RT, Δ P = +2γ
r p = p0e +2 γVm/rRT 72 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para um líquido disperso como gotículas de raio r a pressão interna excedente 2/r aumenta a sua pressão de vapor.
➔ Como resultado, uma gotícula tende a se evaporar mais
rápido que um líquido disperso em uma superfície plana!
➔ Como uma nuvem pode se formar,
se as gotículas inicialmente formadas tendem a se evaporar?
➔ Nucleação: partículas de poeira ou Nucleação outros materiais constituem sítios onde moléculas de água podem se aderir, formando gotículas grandes, o que diminui o efeito.
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Otávio Santana Otávio Santana
• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para uma cavidade de raio r a pressão reduzida de 2/r diminui a pressão do vapor em seu interior.
➔ Equação de Kelvin:Equação de Kelvin Superfície dos Líquidos
pex = pin − 2
γ
r p = p0eVmΔP /RT, ΔP = −2γ
r p = p0e −2 γ Vm/rRT 74 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras• Bolhas, Cavidades e Gotículas
– Para uma cavidade de raio r a pressão reduzida de 2/r diminui a pressão do vapor em seu interior.
➔ Como resultado, é possível superaquecer um líquido! ➔ As cavidades inicialmente formadas
em um líquido próximo da ebulição tendem a desaparecer devido a baixa pressão em seu interior.
➔ Nucleação: pode-se utilizar Nucleação pequenos fragmentos de cerâmica ou vidro para introduzir centros de formação de cavidades, evitando o risco de uma ebulição violenta. Superfície dos Líquidos
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Otávio Santana Otávio Santana
• Questão 14: Equação de Kelvin.
– Calcule a pressão de vapor de uma gotícula esférica de água, com raio de 20,0 nm, a 35,0 °C. A pressão de vapor de uma grande massa de água, nesta temperatura, é de 5,623 kPa, e sua densidade 994,0 kg·m-3.
Dado: água = 72,75 mN·m-1.
Resp.: págua = 5,920 kPa.
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Otávio Santana Otávio Santana
Substâncias Puras Substâncias Puras
• Capilaridade ou Ação Capilar
– A tendência de líquidos ascenderem em tubos de pequeno diâmetro é uma consequência da tensão superficial.
➔ Equação de Laplace:Equação de Laplace
pin = pex + 2/r pex = pin - 2/r ➢ Nota: Admite-se que o raio de Nota
curvatura r coincide com o do tubo capilar!
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Otávio Santana Otávio Santana
• Capilaridade ou Ação Capilar
– A tendência de líquidos ascenderem em tubos de pequeno diâmetro é uma consequência da tensão superficial.
➔ Equação de Laplace:Equação de Laplace
pin = pex + 2/r pex = pin - 2/r
– Ao nível do menisco:
p = patm - 2/r [ pex = p, pin = patm = P ] – Ao nível da superfície plana de líquido:
patm = patm - 2/r + gh Superfície dos Líquidos
= 0 79 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras
• Capilaridade ou Ação Capilar
– A tendência de líquidos ascenderem em tubos de pequeno diâmetro é uma consequência da tensão superficial.
➔ Equação de Jurin:Equação de Jurin h = 2/gr = ½ghr
➔ Ou seja, pode-se calcular a tensão superficial a partir da ascensão capilar
ascensão capilar h.
➔ Quando as forças adesivas forem mais fracas que as coesivas, a superfície será convexa: depressão capilar depressão capilar.
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Otávio Santana Otávio Santana
• Capilaridade ou Ação Capilar
– A tendência de líquidos molharem as paredes do tubo capilar é consequência da relação entre as forças de adesão e coesão.
➔ Adesão: Medida das forças que Adesão
ligam as moléculas do líquido a uma superfície.
➔ Coesão: Medida das forças que Coesão
ligam as moléculas do líquido entre si.
● Adesão > Coesão: Ascensão.
Adesão < Coesão: Depressão.
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Otávio Santana Otávio Santana
Substâncias Puras Substâncias Puras Superfície dos Líquidos
• Ex.#1: Ascensão Capilar.
– A água, a 25 °C, ascende a uma altura de 7,36 cm em um capilar de 0,200 mm de raio interno. Calcule a tensão superficial da água nesta temperatura.
Dado: ρágua = 0,997 g·cm-3, g = 9,81 m·s-2.
= ½(0,997x103kg·m-3)(9,81m·s-2)(7,36x10-2m)(0,200x10-3m) = 7,20x10-2 kg·s-2
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Otávio Santana Otávio Santana
Superfície dos Líquidos
• Questão 15: Ascensão Capilar.
– Calcule a tensão superficial da água, a 30 °C, sabendo que, nesta temperatura, a altura da ascensão capilar em um tubo de diâmetro interno de 0,320 mm é de 9,11 cm. Dado: ρágua = 0,996 g·cm-3, g = 9,81 m·s-2. = ½(0,996x103kg·m-3)(9,81m·s-2)(9,11x10-2m)(0,160x10-3m) = 7,12x10-2 kg·s-2 = 71,2 mN·m-1 86 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Superfície dos Líquidos
Fim da Parte 3
Fim da Parte 3
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Otávio Santana Otávio Santana
• Questão 9: Potência da Radiação x Evaporação. – Considere que a radiação da luz solar incidente no nível do
solo tem uma intensidade de 0,87 kW·m-2, ao meio-dia. Qual a taxa máxima de evaporação da água de um lago que recebe esta radiação, sendo a área iluminada de 1,0 ha?
Dado: 1 ha = 104 m2, ΔHvap(água) = 44,0 kJ·mol-1. Nota: Intensidade = Densidade de Potência
Nota: Intensidade = Energia por Unidade de Tempo e Área
Resp.: 3,6 kg·s-1. 89 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Exercícios Adicionais
• Questão 11: Curvas de Equilíbrio.
– O ponto de ebulição normal do hexano é de 69 °C. Estime (a) a entalpia de vaporização e (b) a pressão de vapor a 25 °C e a 60 °C.
Dado: ΔSvap ≈ +85 J·K-1·mol-1 (regra de Trouton).
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Otávio Santana Otávio Santana
Exercícios Adicionais
• Questão 12: Curvas de Equilíbrio.
– Calcule o ponto de fusão do gelo sob pressão de 10 MPa. Admita que a densidade do gelo, nestas condições, seja, aproximadamente, de 0,915 g·cm-3, e a da água líquida de 0,998 g·cm-3.
Dado: ΔHfus = 6,01 kJ·mol-1.
Resp.: 272,40 K (-0,75 °C). 93 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Exercícios Adicionais
• Questão 13: Relação Entalpia x Trabalho.
– Que fração da entalpia de vaporização da água é consumida na expansão do vapor de água?
Dado: ΔHvap = 43,5 kJ·mol-1.
95 Otávio Santana Otávio Santana
Fim da Parte 4
Fim da Parte 4
Substâncias Puras 96 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Problemas Adicionais • Problema 1:– A pressão de vapor da água a 25°C é 23,75 torr. (a) Se é colocado 0,360 g de água a 25°C em um recipiente rígido vazio de 10,0 L, indique as fases presentes em equilíbrio e a massa de água em cada uma das fases. (b) Quais as massas de água em cada fase se o volume do recipiente for de 20,0 L?
Dado: R = 62,36 torr·L K-1mol-1, MH2O = 18,02 g·mol-1.
Resp.: (a) mH2O(gás) ≈ 0,230g, m
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Problemas Adicionais • Problema 2:
– Algumas pressões de vapor do Hg líquido são:
(a) Estime ΔHvap,m no intervalo de temperatura considerado. (b) Estime a pressão de vapor a 160°C.
(c) Estime o ponto de ebulição normal.
Resp.: (a) 61,3 kJ·mol-1; (b) 4,211 torr; (c) 350°C.
θ/°C 80 100 120 140 p/torr 0,0888 0,2729 0,7457 1,8450 100 Otávio Santana Otávio Santana Substâncias Puras Substâncias Puras Problemas Adicionais • Problema 3:
– A pressão de vapor do SO2(s) é 1,00 torr a 177,0 K e 10,0 torr a 195,8 K. A pressão de vapor do SO2(ℓ) é 33,4 torr a 209,6 K e 100,0 torr a 225,3 K. Determine a temperatura e a pressão do ponto triplo do SO2.
Nota: se as referências forem identificados por pitrs e Titrs, onde
“trs” identifica a transformação (“sub” ou “vap”) e i o ponto de referência (“1” ou “2”), mostre que a temperatura é dada por:
a partir do qual se obtém a pressão do ponto triplo.
Resp.: p3 = 15,4 torr; T3 = 200 K. T =
(
ΔHsub− ΔHvap R)
[
(
ΔHsub RT1sub− ΔHvap RT1vap)
+ln(
p1sub p1vap)
]
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