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Promovendo o envelhecimento ativo e saudável entre idosos beneficiados por um programa habitacional: um relato de experiência.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - CFP UNIDADE ACADÊMICA DE ENFERMAGEM - UAENF

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

FABRÍCIA CRISTINA VIDAL SILVA

PROMOVENDO O ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL ENTRE IDOSOS BENEFICIADOS POR UM PROGRAMA HABITACIONAL: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

CAJAZEIRAS-PB 2018

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FABRÍCIA CRISTINA VIDAL SILVA

PROMOVENDO O ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL ENTRE IDOSOS BENEFICIADOS POR UM PROGRAMA HABITACIONAL: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Unidade Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, campus Cajazeiras, como requisito parcial à obtenção do Grau de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª. Drª. Kennia Sibelly Marques de Abrantes

CAJAZEIRAS – PB 2018

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por sempre iluminar meu caminho, guiar meus passos e por todas as graças que me proporciona. O Senhor esteve ao meu lado todos esses anos, enfrentou e enfrenta comigo todos os meus medos, celebrou e celebra comigo as vitórias e me deu colo quando ninguém mais deu. Manteve-me firme e forte durante toda a caminhada acadêmica, me amou, me ama e me mostra a cada dia o sentido real da palavra amor.

À minha querida mãe Jerusa, minha amada vó Edite e ao meu segundo pai Silvan por me educarem e pelo incentivo a sempre estudar, independente das condições financeiras e da distância de casa.

À minha família de sangue (Vidal e Silva) e minha segunda família (Freitas e Mendes) pelo incentivo, força e energias positivas.

Ao meu namorado e fiel companheiro de todas as horas, Diêgo, por ter me ajudado nesse trabalho com toda dedicação e atenção possíveis, pela paciência inesgotável, por me dar forças sempre que pensei em desistir de tudo, por me incentivar a crescer cada vez mais, me ajudar sempre quando precisei, sanar minhas dúvidas, ser meu professor muitas vezes e estar sempre comigo, apesar da distância.

Às minhas companheiras de quarto, que são família, Aderlândia, que está ao meu lado há mais tempo, meu muito obrigado por ser minha amiga/irmã, pela paciência, por me dar carinho, importância, cuidar de mim e por estar presente sempre. Heloísa e Moema pela paciência, amizade e por me apoiarem sempre.

À minha orientadora Kennia Abrantes pela paciência, a disponibilidade, apoio e confiança que depositou em mim.

À minha melhor amiga Paula Barbosa, pelas orações, atenção, importância, carinho e amor. Que, apesar da distância, demonstrou estar presente quando eu mais precisei.

A todos os amigos que conquistei ao longo da vida, que vibram com tudo de bom que acontece comigo, me apoiam quando necessário e sempre demonstram preocupação com minha felicidade, Mayara, Bárbara, Alia, Rafaela e Joyce.

Agradeço aos meus amigos advindos da Universidade Federal de Campina Grande, em especial a Maísa, Bruno, Paloma, Rayara, Luana, Sara, Geísa, Leandro e Cryslanny, meus companheiros de luta, de dramas, sofrimentos e

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reclamações... Fé, alegria, aprovações, apoio, prestatividade, companheirismo, pelos conselhos e as trocas de conhecimento e vitórias.

À educadora/amiga Renata Diniz, pelo apoio, a paciência, os conselhos, a amizade e por ser essa pessoa tão iluminada e atenciosa que és.

Aos componentes do grupo de pesquisa LATICS, que contribuíram de forma significativa para meu crescimento pessoal e acadêmico. Em especial, à Marcelo Fernandes e à Fabiana Ferraz, por tudo, a paciência, a confiança e os ensinamentos.

À grande parte do corpo docente da Universidade Federal de Campina Grande que, no decorrer desses quase cinco anos, estiveram ao meu lado, ensinando e aprendendo junto.

À coordenação do Condomínio “Cidade Madura” pelo apoio à pesquisa, e a disponibilidade.

Aos idosos residentes no Condomínio pela paciência, por me receberem em suas casas, a hospitalidade e interesse em participar do estudo.

Enfim, a todos que contribuíram direto ou indiretamente para a conclusão deste meu trabalho. A todos o meu muito obrigado!

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SILVA, F. C. V. Promovendo o envelhecimento ativo e saudável entre idosos beneficiados por um programa habitacional: um relato de experiência. 42f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem). Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras - Paraíba, 2018.

RESUMO

O crescimento da população idosa tornou-se um fenômeno mundial, projeções indicam que em 2020 o Brasil ocupará o sexto lugar entre os países com maior número de idosos, que deverá exceder 41,5 milhões. Assim, o principal desafio da longevidade é a preservação da qualidade de vida, na presença das ameaças de restrição da autonomia e da independência. Fato que impulsionou a elaboração de um Projeto de Extensão com vista à melhoria da qualidade de vida por meio de atividades de educação em saúde que enfatizassem a ampliação do conhecimento sobre saúde. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada durante as atividades de educação em saúde desenvolvidas por meio de um Projeto de Extensão com idosos beneficiados por um programa habitacional, no sentido de promover o envelhecimento ativo e saudável. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência a respeito do desenvolvimento de ações de educação em saúde realizadas durante a execução de um Projeto de Extensão vinculado à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cajazeiras-PB, o qual intitula-se “Educação em Saúde: promovendo o envelhecimento ativo e saudável entre idosos beneficiados por um programa habitacional”, desenvolvido no período de Maio a Dezembro de 2017. As ações realizadas durante o projeto tiveram participação ativa dos idosos e incluíram rodas de conversas, orientações individuais, dinâmicas e uso de atividades lúdicas que empoderaram os mesmos de conhecimentos sobre saúde, proporcionaram o aprimoramento de mecanismos para a manutenção da independência e autonomia, serviram como suporte para o desenvolvimento do envelhecimento ativo e saudável, e melhoraram a qualidade de vida da população idosa moradora do condomínio. O envelhecimento populacional é uma realidade na população brasileira, porém não deve ser sinônimo de incapacidade e agravos à saúde. A educação em saúde é relevante na promoção do envelhecimento saudável, pois auxilia na orientação de hábitos de vida benéficos e possibilita troca de experiências, além de respeitar a singularidade dos indivíduos. Assim os cuidados à saúde não devem se restringir em prolongar a vida, mas em

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manter a capacidade funcional do indivíduo, de forma que o mantenha autônomo e independente. Desta maneira, acredita-se ter contribuído para a manutenção da saúde da comunidade idosa, a partir de um processo educacional atuante na prevenção dos principais agravos, com vistas na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida dos sujeitos envolvidos.

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SILVA, F. C. V. Promoting active and healthy aging among elderly people who benefit from a housing program: an experience report. 42f. Course Completion Work (Undergraduate Nursing). Federal University of Campina Grande, Cajazeiras - Paraíba, 2018.

ABSTRACT

The growth of the elderly population has become a worldwide phenomenon, projections indicate that in 2020 Brazil will occupy the sixth place among the countries with the largest number of elderly, which should exceed 41.5 million. Thus, the main challenge of longevity is the preservation of the quality of life, in the presence of threats of restriction of autonomy and independence. This fact led to the elaboration of an Extension Project aimed at improving the quality of life through health education activities that emphasized the expansion of health knowledge. In this sense, the present study aims to report the experience lived during the health education activities developed through an Extension Project with elderly people benefited by a housing program, in order to promote active and healthy aging. This is a descriptive study of the type of experience related to the development of health education actions carried out during the execution of an Extension Project linked to the Federal University of Campina Grande (UFCG), Cajazeiras-PB campus, which is entitled "Health Education: promoting active and healthy aging among the elderly beneficiaries of a housing program", developed in the period from May to December 2017. The actions carried out during the project had active participation of the elderly and included wheels of conversations, individual orientations, dynamics and use of recreational activities that empowered them with knowledge about health, provided the improvement of mechanisms to maintain independence and autonomy, served as a support for the development of active and healthy aging, and improved the quality of life of the elderly population living in the condominium. Population aging is a reality in the Brazilian population, but should not be synonymous with incapacity and health problems. Health education is relevant in the promotion of healthy aging, as it assists in guiding beneficial living habits and enables the exchange of experiences, in addition to respecting the individuality of individuals. Health care should not be limited to prolonging life, but maintaining the functional capacity of the individual, in a way that keeps him autonomous and independent. Thus, it is believed to have contributed to the maintenance of the health of the elderly community, based on an

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educational process that is active in the prevention of major diseases, with a view to promoting health and improving the quality of life of the individuals involved.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Mapa do Estado da Paraíba com destaque para a cidade de Cajazeiras-PB. 24

Figura 2 - Mapa da cidade de Cajazeiras-PB, em destaque o Condomínio “Cidade Madura”.

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LISTA DE SIGLAS

CEHAP - Companhia Estadual de Habitação Popular DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis HAS - Hipertensão Arterial Sistólica

HVE - Hipertrofia Ventricular Esquerda

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ONU - Organização das Nações Unidas

PA - Pressão Arterial

PAS - Pressão Arterial Sistólica

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

2 OBJETIVO 15

3 REVISÃO DE LITERATURA 16

3.1 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO 16

3.2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E AÇÕES DE EDUCAÇÃO

EM SAÚDE 19

4 METODOLOGIA 23

4.1 TIPO DE ESTUDO 23

4.2 LOCAL DE EXECUÇÃO DO PROJETO 23

4.3 PARTICIPANTES DO PROJETO 25

4.4 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO PROJETO DE EXTENSÃO 26

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 28

6 CONCLUSÃO 31

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1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo natural e irreversível marcado por alterações biológicas e psicológicas, que tendem a variar de um indivíduo para outro, visto a influência do estilo de vida e hábitos.

Segundo Schneider e Irigaray (2008), o processo de envelhecimento pode ser entendido através da análise da correlação existente entre os aspectos biológicos, cronológicos, psicológicos e sociais. Para Fechine e Trompieri (2012) e Oliveira (2012), cada ser humano entende o envelhecer de maneira particular, tornando-o algo heterogêneo. Algumas pessoas consideram a maturidade como algo proveitoso, o ápice da sabedoria, com serenidade e cautela. Já outros, entendem o envelhecimento como algo que leva à diminuição da capacidade funcional, caracterizado por um período de aumento da vulnerabilidade e dependência de terceiros.

O envelhecimento humano representa um desafio para as políticas públicas, uma vez que está presente na sociedade e causa grande impacto social. De acordo com Almeida et al. (2015), nos últimos anos vem acontecendo uma série de transformações no padrão etário da população, que está envelhecendo em números consideráveis, especialmente nos países da América Latina, a exemplo do Brasil. Isso se dá pela diminuição da fecundidade e mortalidade, ocasionando assim a elevação do número de idosos.

No Brasil, atualmente, o número de idosos é de aproximadamente 20 milhões, isso equivale a uma parcela de 12% do total da população. Além disso, projeções apontam que no ano de 2020 o Brasil ocupará o sexto lugar entre os países com maior número de idosos, o número de pessoas com idade acima de 60 anos deverá exceder 41,5 milhões (BODSTEIN; LIMA; BARROS, 2014; ERVATTI; BORGES; JARDIM, 2015).

Em virtude do crescimento da população idosa, problemas relacionados à diminuição da funcionalidade se tornam mais frequentes. O declínio da capacidade funcional geralmente ocorre de forma lenta e global, o que dificulta a realização de atividades. Isso ocorre em consequência do processo de envelhecimento, que pode resultar em condições desagradáveis ao bem-estar do indivíduo, ocasionando dependência, fragilidade, risco elevado de quedas, institucionalização e morte. Essas condições acarretam em complicações que necessitam de cuidados de longa

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duração (MACIEL; GUERRA, 2007; TEIXEIRA, 2010; SANTOS; PAVARINI; BARHAM, 2011).

Embora o processo de envelhecimento não esteja, necessariamente, relacionado a enfermidades e incapacidades, indivíduos idosos são frequentemente acometidos por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e outros agravos, devido, principalmente, às alterações morfofuncionais e psicológicas que não apenas favorecem o surgimento de múltiplas comorbidades, mas também comprometem a independência e autonomia desses indivíduos (SILVA et al., 2015).

Diversos estudos têm projetado um crescimento significativo da população idosa funcionalmente incapacitada. Este fenômeno tem chamado a atenção devido ao aumento de morbidades e mortalidade. Assim, surgem as perdas funcionais do organismo, as quais provocam alterações no estilo de vida dos idosos. Diante disso, o principal desafio da longevidade é a preservação da qualidade de vida, na presença das ameaças de restrição da autonomia e da independência, causadas pela deterioração da saúde e pelo empobrecimento da vida social (PARAHYBA; VERAS, 2008; MILLÁN-CALENTI et al., 2010).

Essa realidade impulsionou a elaboração de um Projeto de Extensão com o objetivo de incentivar a mudança de atitudes dos idosos visando o envelhecimento ativo e saudável com mais qualidade de vida, por meio de atividades de educação em saúde que enfatizassem a ampliação do conhecimento sobre a saúde. Para realização do projeto foi indicado o Condomínio “Cidade Madura”, localizado no município de Cajazeiras-PB, o qual se insere no Programa de Habitação criado pelo governo do Estado da Paraíba e a Companhia Estadual de Habitação Popular (CEHAP).

A Universidade Federal de Campina Grande, por sua própria natureza e missão, é uma instituição que se coloca a serviço do desenvolvimento integral do ambiente onde está inserida e de toda a sociedade, contribuindo permanentemente para a democratização do saber, buscando dinamizar a integração da Universidade com a sociedade.

Nesse caminho, a proposta de desenvolver ações com idosos não institucionalizados e beneficiados por um programa habitacional, proporciona o aprimoramento de mecanismos para a manutenção da independência e autonomia, além de servir como suporte para o desenvolvimento do envelhecimento ativo e saudável, melhora a qualidade de vida da população idosa, amplia o campo de

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pesquisa para os alunos e proporciona o desenvolvimento da criatividade para aplicação de novas metodologias e ações. O Condomínio “Cidade Madura” foi escolhido como local para execução das ações por acolher idosos que necessitam de cuidados relacionados à prevenção de doenças.

Importa destacar que há muito tempo, a educação em saúde é utilizada como uma das estratégias para garantir o desenvolvimento de ações de controle e prevenção de doenças, particularmente junto aos indivíduos mais vulneráveis da população, como os idosos. Porém, apesar disso, a educação em saúde demonstra fragilidade em sua implantação e os serviços de saúde utilizam pouco essa estratégia como modo de prevenção de doenças e agravos à saúde (LEITE et al., 2010).

Nesse contexto, a assistência à saúde deve ultrapassar o prolongamento da vida e garantir que o indivíduo permaneça autônomo e independente pelo maior tempo possível. Isso se dá a partir da avaliação holística da pessoa idosa, que tem como objetivo principal a manutenção da capacidade funcional. Logo, as ações de educação em saúde favorecem a construção do conhecimento dos idosos de forma a incentivá-los como protagonistas do processo saúde-doença, através da partilha de experiências e construção de novos saberes. Assim, visualiza-se a educação em saúde como prática integradora do cuidado, possível de ser desenvolvida por todos profissionais de atenção à saúde.

Destarte, o presente estudo tem relevância e trará contribuições para a Enfermagem e demais profissionais da saúde, pois ao se relatar a experiência acerca de ações de educação em saúde desenvolvidas por integrantes de um projeto de extensão será possível refletir sobre a importância de se promover atividades para o público idoso a fim de proporcionar melhor qualidade de vida e um envelhecer ativo e saudável.

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2 OBJETIVO

Descrever um relato de práticas de educação em saúde desenvolvidas por meio de um projeto de extensão universitária com idosos beneficiados por um programa habitacional, no sentido de promover o envelhecimento ativo e saudável.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é um processo biológico que traz inúmeras mudanças para o dia a dia da pessoa idosa. As alterações orgânicas, morfológicas e funcionais decorrentes desse caracterizam-se por senescência, já o envelhecer acompanhado por condições patológicas, é denominado de senilidade. Esta envolve uma perda progressiva das aptidões do organismo, algumas degenerações comuns a esse processo envolvem diminuição de força e resistência muscular, amplitude articular, perda de massa corporal e redução da flexibilidade (BRASIL, 2006; PAPALÉO NETTO; CARVALHO FILHO; SALLES, 2006).

Esquenazi, Silva e Guimarães (2014) afirmam que as alterações fisiológicas inerentes ao processo de envelhecimento são sutis e incapazes de gerar prejuízos à saúde na fase inicial. Contudo, com o passar dos anos, tende a acarretar limitações no desempenho de atividades. Segundo Civinski, Montibeller e Braz (2011), Amarya, Sinhg e Sabharwalh (2015), o processo de envelhecimento caracteriza-se por alterações morfológicas, sociais, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que levam a diminuição da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente. Para Fechine e Trompieri (2012), essas mudanças dependem de vários fatores, como condições socioeconômicas, estilo de vida, hábitos alimentares e doenças crônicas.

A musculatura esquelética compreende cerca de 50% do peso corporal, destarte, representa uma parte significativa da massa tecidual do corpo humano, motivo pelo qual influencia diretamente na homeostase bioenergética, sendo o principal ponto de transformação e armazenamento de energia, além de representar o suporte primário dos sistemas cardiovascular e pulmonar. O trofismo muscular é influenciado pelo uso ou desuso das fibras musculares. Alterações fisiológicas próprias da idade podem levar à atrofia e à sarcopenia. Além disso, alterações endócrinas, nutricionais, genéticas e comportamentais, como o sedentarismo, são determinantes para a distinção do grau de sarcopenia (ESQUENAZI; SILVA; GUIMARÃES, 2014).

Em relação ao sistema muscular, Fechine e Trompieri (2012) salientam que o organismo humano apresenta uma diminuição de 10 a 16% da massa

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muscular, esse fato ocorre entre os 25 e 65 anos de idade. A maioria das pessoas sofre um decréscimo acelerado da massa muscular após os 40 anos, isso acarreta na diminuição da força e resistência muscular. Conforme Orsatti et al. (2011), após os 70 anos a perda muscular gera um estado de redução da capacidade física, que dificulta e impossibilita a realização de atividades comuns do dia a dia, como subir escadas, levantar-se de cadeiras, varrer o chão ou tomar banho. Isso contribui para o desenvolvimento da fragilidade e diminuição funcional.

As principais alterações encontradas no sistema musculoesquelético decorrentes do processo normal de envelhecimento são a redução da massa óssea e muscular, diminuição da força, potência, resistência e flexibilidade muscular que geram declínios funcionais relevantes para o idoso, podendo, então, comprometer a sua qualidade de vida (CIVINSKI; MONTIBELLER; BRAZ, 2011; ARAÚJO; BERTOLINI; MARTINS JUNIOR, 2014).

De acordo com Ribeiro, Alves e Meira (2009), a partir da quarta década de vida, o número de osteoblastos diminui, ao passo que a atividade dos osteoclastos aumenta ou se mantém. Em consequência disso, há perda gradual de massa óssea, denominada de “osteopenia fisiológica” e pode acontecer em todas as pessoas, independente do gênero, especialmente após os 50 anos de idade (FECHINE; TROMPIERI, 2012). A redução da densidade mineral óssea pode ocorrer também devido a fatores externos, os quais são passíveis de prevenção através da prática de exercícios físicos, alimentação rica em vitamina D e cálcio, conforme refere Teixeira e Pereira (2010).

O sistema circulatório apresenta transformações funcionais e estruturais que induzem os mecanismos adaptativos compensatórios às condições de sobrecarga. A parede ventricular torna-se rígida e hipertrofiada, além do maior risco de disfunção diastólica e aumento da rigidez arterial, o que amplia o risco de doenças cardiovasculares. A rigidez arterial ocasiona a ruptura das fibras de elastina na parede das artérias e sua substituição por colágeno, resultando na diminuição da complacência arterial. Isso acarreta elevação da Pressão Arterial Sistólica (PAS), responsável pelo aparecimento de Hipertensão Arterial Sistólica (HAS), Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE) e aumento atrial. (WAJNGARTEN, 2010; CHAUDHARY; EL-SIKHRY; SEUBERT, 2011).

O sistema nervoso central e periférico se diferem quanto as constituições anatômicas, histológicas e funcionas. Entretanto, sofrem de forma semelhante com o

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processo de envelhecimento neuronal. O indivíduo passa a apresentar disfunção das células nervosas, o que dificulta a condução e transmissão de impulsos nervosos. Em consequência disso, ocorre o desequilíbrio estático e dinâmico, além do declínio cognitivo que afetam a independência e a qualidade de vida. (CHRISTOFOLETTI et al., 2006; TENKOVA; GOLDBERG, 2007; AMARYA, SINHG E SABHARWALH, 2015).

Para Esquenazi, Silva e Guimarães (2014), também são constatadas alterações fisiológicas no sistema vestibular que resultam na redução da densidade dos receptores responsáveis pelo equilíbrio. Segundo Jahn, Zwergal e Schniepp (2010), a degeneração do reflexo vestíbulo-ocular é a principal consequência do envelhecimento natural do sistema vestibular, ocasionando episódios de desequilíbrio, tontura, vertigem e quedas.

A função renal também é prejudicada, ocorre diminuição na massa renal, fluxo sanguíneo e elasticidade, além da redução do tônus muscular e capacidade de contração e relaxamento vesical. Essas alterações podem apresentar graus variados, mas, na maioria dos casos, é assintomática. Quanto ao sistema imunológico, há diminuição da resistência às infecções, o que leva à redução da expectativa de vida em idosos (AMARYA; SINHG; SABHARWALH, 2015).

Michael e Bron (2011) afirmam que o processo de envelhecimento propicia alterações visuais, a mais comum é a diminuição da capacidade de acomodação ou de focalização de objetos próximos. Ocorre atenuação da distinção das cores, do campo visual periférico, da noção de profundidade, adaptação ao escuro e a redução do reflexo fotomotor. A córnea torna-se menos sensível, o que dificulta a detecção de lesões. Devido à junção de componentes proteicos da lente, o cristalino torna-se menos flexível e esbranquiçado. A catarata representa a principal causa de cegueira reversível a nível global, envolvendo influências ambientais e genéticas (DOMINGUES et al., 2016).

Dos 15 aos 98 anos de idade, a massa de gordura aumenta em torno de 1,7% por década para mulheres e 1,5% para homens. A elevação da gordura corporal e a redução do tecido muscular ocorrem devido à atenuação da taxa metabólica basal. O tecido adiposo é depositado em maior quantidade no tronco e ao redor de órgãos viscerais, enquanto a gordura subcutânea aumenta levemente (FECHINE; TROMPIERI, 2012).

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Apesar das inúmeras alterações fisiológicas desfavoráveis para a manutenção da qualidade de vida, existem algumas estratégias que atuam retardando o aparecimento dessas modificações, tais como a adoção de um estilo de vida saudável, com prática regular de atividade física e uma alimentação balanceada, pois contribuem para manutenção de um adequado nível funcional dos sistemas orgânicos, além da amenização das alterações inerentes ao processo de envelhecimento humano.

3.2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A definição de idoso difere entre os países de acordo com o grau de desenvolvimento. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), nos países desenvolvidos, são consideradas idosas as pessoas com 65 anos ou mais. Já nos países em desenvolvimento, o corte etário passa a ser 60 anos ou mais. Este conceito foi proposto durante a Primeira Assembleia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento da População, onde se buscaram melhorias na qualidade de vida e na expectativa de vida, através da Resolução 39/125 (ONU, 1982).

A possibilidade da longevidade trouxe consigo a discussão do envelhecimento saudável. Viver mais, com saúde e qualidade de vida tornou-se o centro das atenções das políticas públicas de diversos países, gerando programas locais, nacionais e internacionais para o envelhecimento saudável (BOTH; MARQUES; DIAS, 2005; WHO, 2005; WHO, 2008; WENNBERG; HYDÉN; STÅHL, 2010; PLOUFFE; KALACHE, 2011).

O processo de envelhecimento humano provoca modificações de ordem biológica, física, psicológica e social. As adaptações às novas circunstâncias da vida refletem no estado psicológico dos idosos, e, essas demandas, exigem a construção de novas relações sociais (SANTOS, 2010).

Para isso, o processo de envelhecimento deve-se ancorar em três pilares: (1) redução da morbidade, (2) manutenção da capacidade funcional, e (3) engajamento social. Assim sendo, espera-se o aumento da expectativa de vida, a garantia do acesso aos modelos preventivos de saúde e a redução da disparidade entre os grupos populacionais. Ademais, é fundamental motivar o processo de autocuidado na busca de hábitos saudáveis. Assim, devem ser criadas estratégias

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que envolvam o indivíduo como protagonista no processo de envelhecimento (BRASIL, 2006).

Ações intersetoriais direcionadas à prevenção de doenças e promoção da saúde estão sendo idealizadas por meio das políticas púbicas, a fim de reduzir a prevalência das DCNT e outras morbidades. Entre essas ações estão o monitoramento de fatores de risco e a atenção à saúde centrada em dietas saudáveis, prática de atividade física, redução do tabagismo e do etilismo (BRASIL, 2011; SHIMIDT et al., 2011).

A mudança de hábitos alimentares deve favorecer a inserção de alimentos saudáveis, respeitando a identidade cultural e alimentar do idoso. Destarte, estratégias de educação nutricional devem ser planejadas e apresentadas, com o intuito de facilitar a adequação à realidade de cada indivíduo para que esses novos hábitos sejam verdadeiramente aderidos (BRASIL, 2005).

A prática de exercícios físicos interfere na redução da Pressão Arterial (PA), dos fatores de risco cardiovasculares e na diminuição da morbimortalidade. O exercício físico tem sido inserido como uma das mais relevantes terapêuticas direcionadas ao paciente hipertenso, além da associação com o tratamento medicamentoso e a melhora dos hábitos alimentares e comportamentais. Com o processo de envelhecimento, há uma tendência à inatividade física e isso prejudica o envelhecimento saudável. O idoso sedentário tem maior chance de acometimento pelas DCNT, déficits no equilíbrio e alterações na marcha (FAGARD; CORNELISSEN, 2007; BRASIL, 2009; PADOIN et al., 2010; NOGUEIRA et al., 2012).

Viver mais anos com qualidade de vida é possível através da busca do envelhecimento com boa saúde física e mental, participação social, independência, autonomia, ou seja, um envelhecer saudável e ativo. Na busca de uma melhor qualidade de vida tem-se investido no desenvolvimento de programas sociais e de saúde voltados para a preservação da independência e da autonomia, sendo metas fundamentais para o cuidado à população idosa (FERREIRA et al., 2012).

Com isso, são adotadas estratégias para promover o envelhecimento saudável, as quais devem estar ancoradas na educação em saúde, que possibilita a interação social, empoderam o indivíduo, transforma a realidade e favorece a longevidade do idoso. A educação em saúde pode ser desenvolvida por qualquer pessoa que se aproprie do assunto a ser tratado, deve ser planejada e executada de

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maneira que possibilite o entendimento do sujeito (RUMOR et al. 2010; SOUZA et al. 2010).

Ainda de acordo com os autores supracitados, a educação em saúde estabelece a relação dialógico-reflexiva entre o facilitador e o público-alvo, visa a conscientização deste sobre sua saúde e a percepção como participante ativo na transformação de vida. Pode ser compreendida como prática inovadora para promover qualidade de vida. Com isso, é preciso identificar as possíveis lacunas existentes no processo de envelhecimento, como a escassez de estudos voltados às atividades que atendam às necessidades dos idosos e visem um melhor envelhecer, para então conhecer as estratégias de educação em saúde mais indicadas para cada público.

A educação em saúde é uma prática que transforma as condutas e comportamentos da vida dos indivíduos e da coletividade, por isso proporciona qualidade de vida. É uma ferramenta eficiente na busca pelo envelhecimento saudável. Pode estar presente nos mais diversos ambientes (em casa, na rua, no trabalho, na igreja e nas instituições) e deve ocorrer como forma de envolvimento dos idosos no processo de cuidado, assim como estimular seus interesses, valorizar habilidades, motivações e experiências (PATROCÍNIO; TODARO, 2012; GIRONDI; SANTOS, 2011).

É imprescindível perceber o idoso como sujeito ativo dentro de sua comunidade, capaz de promover mudanças e aumentar a autoconfiança, além de compartilhar saberes e, ao fazer isso, promover ações de educação em saúde junto a outros idosos, sua família e comunidade. As ações de educação em saúde devem ser feitas participativa e dialogicamente e têm de considerar o conhecimento prévio e a história de vida dos participantes (MARTINS et al., 2007; MARTÍNEZ-MALDONADO; CORREA-MUÑOZ; MENDOZA-NÚÑEZ, 2007; CAMPOS et al., 2012; PATROCINIO; PEREIRA, 2013).

Nesse âmbito, cabe à educação em saúde promover hábitos de vida saudáveis ao articular saberes técnicos e populares, além de mobilizar recursos individuais e coletivos. As atividades educacionais podem melhorar a percepção de saúde, a vitalidade e a qualidade de vida dos idosos. Nesse sentido, os profissionais de saúde devem envolvê-los na participação ativa dessas atividades, as quais devem ser elencadas de acordo com as necessidades da população (ZABALEGUI et al., 2006; MARTINS et al., 2007; RANA et al., 2009; FERNANDES; SIQUEIRA, 2010;

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COSTA; ROCHA; OLIVEIRA, 2012; TAMARI et al. 2012; TAVARES; DIAS; MUNARI, 2012; PATROCINIO; PEREIRA, 2013;. MALLMANN et al. 2015).

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4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, a respeito do desenvolvimento de ações de educação em saúde realizadas durante a execução de um Projeto de Extensão vinculado à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cajazeiras-PB, o qual intitula-se “Educação em Saúde: promovendo o envelhecimento ativo e saudável entre idosos beneficiados por um programa habitacional”. O projeto foi desenvolvido no período de 15 de Maio de 2017 a 29 de Dezembro de 2017. Para Aragão (2011) os estudos descritivos, são executados com o intuito de conhecer melhor o objeto de estudo, por isso são de grande relevância.

4.2 LOCAL DE EXECUÇÃO DO PROJETO

O projeto de extensão, sobre o qual foram relatadas as suas ações, foi desenvolvido no Condomínio “Cidade Madura” localizado no município de Cajazeiras. O referido município situa-se no Sertão do Estado da Paraíba a aproximadamente 468 quilômetros de João Pessoa, Capital do Estado. Este município foi escolhido por sediar a Universidade Federal de Campina Grande a qual a autora em questão encontra-se inserida. É o principal município da região do Alto Piranhas, limitando-se, em sentido horário, com os municípios de São João do Rio do Peixe (norte e a leste), Nazarezinho (sudeste), São José de Piranhas (sul), Cachoeira dos Índios e Bom Jesus (a oeste) e Santa Helena (noroeste).

De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Cajazeiras possui 58.446 habitantes, sendo 52,2% (30.508) da população composta por mulheres e 47,8% (27.938) por homens. Desse número total de habitantes, 7.539 (12,85%) são pessoas com 60 anos ou mais. O município corresponde ao oitavo mais populoso da Paraíba, sua área territorial é de aproximadamente 566km2 (IBGE, 2010).

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Figura 1 - Mapa do Estado da Paraíba com destaque para a cidade de Cajazeiras-PB.

Fonte: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/cajazeiras/panorama> (2018)

Importa destacar que o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2013) em seu artigo 37 trata especificamente da Política de Habitação enfatizando que o idoso tem direito à moradia digna, no seio da família ou não, em instituições públicas ou privadas que mantenham padrões compatíveis às suas necessidades (BRASIL, 2003). Com isso, o governo do Estado da Paraíba e a Companhia Estadual de Habitação Popular desenvolveram o Programa de Habitação denominado Condomínio “Cidade Madura” visando a promoção do acesso à moradia adequada para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Trata-se de um condomínio fechado com 40 residências, cada uma com 54m² de área, localizado na Rodovia Governador Antônio Mariz – BR 230. Além de ser idoso, para habitar o condomínio, é preciso ter uma renda de até cinco salários mínimos, morar só ou com o cônjuge e ser independente.

As casas foram construídas para atender as necessidades específicas da terceira idade. O condomínio possui guarita de vigilância, praça, um Núcleo de Assistência à Saúde, pista de caminhada, equipamentos de ginástica ao ar livre, mesas para xadrez e dama, horta comunitária e centro de vivência. O Condomínio “Cidade Madura” foi inaugurado na cidade de Cajazeiras no mês de março de 2016, sendo assim um projeto pioneiro e o terceiro a ser implantado no Estado da Paraíba.

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Figura 2 - Mapa da cidade de Cajazeiras-PB, em destaque o Condomínio “Cidade Madura”.

Fonte: <https://www.google.com.br/maps/place/Condominio+Cidade+Madura/@> (2018)

4.3 PARTICIPANTES DO PROJETO

O condomínio abriga atualmente 46 pessoas, entre homens e mulheres, destes, 44 são idosos. Dessa maneira, foram incluídos nas ações idosos que concordaram participar espontaneamente e que estavam disponíveis, independente da idade e do tempo de moradia.

No entanto, indiretamente, outras pessoas foram beneficiadas com as ações executadas durante o projeto, como funcionários do condomínio e pessoas do convívio dos idosos, embora não fosse considerado o público alvo. Além de auxiliarem no processo de construção do conhecimento, os participantes desse projeto atuaram como agentes disseminadores de informações e auxiliaram na mudança do comportamento individual e do meio ambiente de uma forma mais ampla.

É necessário informar que os idosos eram comunicados previamente quanto à realização das ações, com o objetivo de garantir o maior número possível de participantes em todos os momentos do projeto.

Considera-se também como participantes deste projeto, as alunas extensionistas do curso de Graduação em Enfermagem que foram selecionadas

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para o integrarem, como também as professoras coordenadora e orientadoras do projeto.

4.4 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO PROJETO DE EXTENSÃO

O referido projeto teve caráter intervencionista e buscou fortalecer o vínculo da universidade com a comunidade. Para o seu desenvolvimento utilizou-se uma metodologia problematizadora, participativa e interativa que permitiu contribuir com o empoderamento da população idosa, em um processo educacional com enfoque na promoção da saúde e prevenção de doenças, assim como na melhoria da qualidade de vida dos sujeitos envolvidos.

Portanto, foram realizadas ações a fim de promover um envelhecimento ativo e saudável. As ações incluíram rodas de conversas, orientações individuais, entrevistas, atividades lúdicas e exposição didática e foram realizadas no âmbito do Condomínio, seja em ambientes individuais ou coletivos. Contou com o acompanhamento e supervisão periódica da Professora coordenadora do projeto e das Professoras orientadoras.

Para o alcance do objetivo proposto, o referido projeto desenvolveu-se em três momentos, a saber:

1º MOMENTO: VISITAS TÉCNICAS AO CONDOMÍNIO “CIDADE MADURA”

Após apresentação do projeto ao coordenador do Programa Habitacional “Cidade Madura” e sua respectiva autorização para o desenvolvimento do mesmo, realizou-se, através de uma visita técnica, um levantamento do número de idosos, bem como o reconhecimento do condomínio no que diz respeito à estrutura física e rotinas estabelecidas. Nesse momento, após conhecermos os moradores, os mesmos foram abordados coletivamente e questionados sobre a disponibilidade e interesse em participar das ações do projeto. Foram apresentados os objetivos e relevância para a comunidade residente no Condomínio “Cidade Madura”, como também os funcionários que lá atuam. Em seguida, realizou-se um primeiro encontro com os idosos e funcionários do condomínio a fim traçar o perfil dos idosos com vistas a contribuir efetivamente na escolha da atividade educativa a ser

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desenvolvida, mediante agendamento prévio dos dias e horários especificados em reunião e em comum acordo com todos os sujeitos.

2º MOMENTO: CAPACITAÇÃO DE DISCENTES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Para o cumprimento das atividades do projeto, os alunos (bolsista e voluntários) foram convidados a participar de encontros sequenciais a fim de receber capacitações sobre as temáticas propostas a serem abordadas entre os idosos do Condomínio Cidade Madura. Essas capacitações ocorreram continuamente até o término do projeto, concomitantes ao planejamento e execução das atividades, diferentemente do que foi proposto inicialmente, pois entendemos que dessa maneira tornaríamos a implementação do projeto mais dinâmica e como resultado teríamos maior envolvimento dos alunos nas atividades e principalmente um maior contato com os idosos, uma vez que as visitas ao condomínio ocorreram durante todos os momentos de realização do projeto. Destaca-se que as capacitações incluíram atividades de leitura e discussão de artigos, manuais e outras bibliografias, produção de materiais didáticos para serem utilizados nas ações e discussão sobre as metodologias mais apropriadas para permitir o envolvimento dos idosos. As capacitações foram realizadas semanalmente com a professora coordenadora e professoras orientadoras.

3º MOMENTO: IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES VOLTADAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

As ações educativas em saúde foram realizadas semanalmente, sob a supervisão das professoras e ocorreram através de rodas de conversas, orientações individuais e atividades lúdicas mantendo o grupo em semicírculo (quando necessário), o que permitiu maior contato e integração entre os alunos e os participantes. Foram utilizados recursos audiovisuais, incluindo cartazes, panfletos, projetor de multimídia e vídeos.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No sentido de atender o objetivo do presente projeto, que foi essencialmente desenvolver atividades de educação em saúde com idosos beneficiados por um programa habitacional, realizou-se atividades grupais periódicas de orientações sobre o processo de envelhecimento, prevenção de doenças e acidentes visando o autoconhecimento e o autocuidado entre os idosos, para conhecer, identificar e agir mediante os principais agravos que acometem a população idosa, assim como atividades a serem executadas no sentido de promover o envelhecimento saudável dos idosos, fortalecer a autonomia e independência e estimular o desenvolvimento cognitivo através de atividades lúdicas.

A educação em saúde é válida quando se objetiva orientar determinado público a respeito de temas diretamente relacionados com bem estar e saúde. A partir do primeiro contato com os idosos e durante as reuniões realizadas pelas integrantes do projeto, foram elencados os temas a serem discutidos, a saber: automedicação na terceira idade, violência contra o idoso, autoestima na terceira idade, atividade física na terceira idade, quedas em idosos, adaptação e o reconhecimento do processo de envelhecimento, espiritualidade, alimentação saudável, hiperdia (Hipertensão Arterial e Diabetes), prevenção de acidentes domésticos e osteoporose.

Alguns moradores estavam presentes em todas as ações e participaram ativamente destas. Buscou-se trabalhar com rodas de conversa por se tratar de uma metodologia de fácil aplicabilidade e melhor interação entre o público e os organizadores das ações. Contudo, apesar de proporcionar dinamicidade, viu-se a necessidade de mesclar a forma de abordagem dos conteúdos, devido à redução da assiduidade do público para com as ações grupais, com isso passaram a ser discutidos também através de orientações individuais, acrescidas das atividades lúdicas planejadas anteriormente. Isso proporcionou melhor adesão às práticas educativas objetivadas pelo projeto em decorrência da adaptação à realidade de cada idoso. Na abordagem individualizada, observou-se maior disponibilidade e atenção, o que acarretou em melhores resultados quanto à aprendizagem dos temas abordados.

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Determinou-se que ao final de cada ação seriam desenvolvidas atividades lúdicas, como jogos, dinâmicas e reflexões a fim de obter retorno quanto aos conteúdos abordados.

A prática de atividades lúdicas é uma excelente estratégia para promover a mudança no estilo de vida dos idosos. Este tipo de estratégia de educação em saúde está intimamente associada com a diminuição do uso de serviços de saúde e de medicamentos. É importante salientar que as atividades lúdicas também estão relacionadas com momentos de bem-estar físico, mental e de interação interpessoal. Isso pode propiciar melhora significativa na qualidade de vida de idosos, além do fortalecimento da autonomia, autoestima, descontração, reflexão e melhor compreensão do tema em discussão (COSCRATO; PINA; MELLO, 2010; FLEURÍ et al., 2013; PINHEIRO; GOMES, 2014).

Assim, foi possível avaliar o interesse, a capacidade de absorção, reprodução das informações e o desenvolvimento cognitivo do indivíduo. Ademais, verificou-se que as atividades lúdicas proporcionaram entretenimento, o que facilitou o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais prazeroso. Diante do exposto, além das consequências positivas advindas do uso do lúdico, os participantes tinham sua autonomia como algo indispensável, fato este que estimulou o idoso a ser o protagonista no processo de autocuidado.

Durante as abordagens, buscou-se associar o saber popular com o conhecimento científico, pois ao passo que se considerou a sabedoria dos participantes, obteve-se o estabelecimento do vínculo e melhor adesão das práticas que contribuíram com a melhoria e manutenção da qualidade de vida. Em concordância com Martins et al. (2007); Fernandes e Siqueira (2010); Patrocinio e Pereira (2013) e Mallmann et al. (2015), as intervenções educativas devem considerar o modo de pensar e viver dos participantes, pois, frequentemente, são confundidas com a transmissão de informação em saúde, o que desconsidera o saber popular. Assim, o conhecimento popular ganha importância, uma vez que os conteúdos e ações partem do senso comum e do contexto em que vivem os participantes, a fim de potencializar as suas capacidades e incentivar as mudanças.

Um aspecto relevante observado durante o projeto foi à construção do vínculo com os moradores do Condomínio, através da relação de afetividade e confiança. Isso permitiu o aprimoramento da corresponsabilização do cuidado, o que carrega consigo um potencial terapêutico. Ademais, viabilizou a diminuição dos

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riscos de agravos decorrentes do processo de envelhecimento. Isso também pôde ser evidenciado por Martins et al. (2007); Melo et al. (2009) e Fernandes e Siqueira (2010), que referiram a superioridade da dinâmica de trabalho compartilhada e não confiar apenas aos idosos a responsabilidade pela aquisição de hábitos saudáveis, pois é necessário integração dos aspectos físico, emocional e social, para a promoção do envelhecimento ativo.

Durante as visitas realizadas, percebeu-se integridade funcional entre os idosos. Uma das exigências para se morar no Condomínio é a independência do idoso na realização das atividades do cotidiano. O fato de morarem ou passarem boa parte do dia sozinhos se correlacionou com a manutenção da independência quanto a realização de atividades complexas, como cozinhar, fazer compras ou ir a lugares distantes. Contudo, observou-se que a ociosidade é uma realidade entre muitos residentes do Condomínio “Cidade Madura”. Apesar de ter um generoso espaço físico, não são oferecidas atividades que promovam interação entre os idosos, “quebra da rotina” e ocupação do tempo livre ao passo que possam exercitar a mente e prevenir incapacidades funcionais. Diante disso, as ações educativas foram planejadas com o objetivo de potencializar a autonomia e independência da pessoa idosa.

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6 CONCLUSÃO

O envelhecimento populacional no Brasil é uma irrefutável realidade, entretanto, esse processo não deve ser sinônimo de incapacidade e agravos à saúde. Para vivenciar o envelhecer de uma forma saudável, o idoso deve se empoderar quanto ao processo de autocuidado, exercer sua autonomia, independência e praticar hábitos que estimulem o bem-estar físico, mental e social.

A educação em saúde demonstrou relevância na promoção do envelhecimento saudável, pois auxiliou na orientação de hábitos benéficos, ao passo que possibilitou a troca de experiências e respeito à singularidade dos indivíduos. Na medida em que se selecionou, de forma conjunta (integrantes do projeto e idosos), temas a serem tratados, houve o favorecimento do envolvimento e o interesse dos participantes.

Optou-se por utilizar uma linguagem adequada que facilitasse o entendimento, além de metodologias que possibilitassem o entendimento do processo de envelhecimento e o relacionassem aos fatores que cercam o indivíduo, como as crenças, valores, normas e estilo de vida. Assim, a implementação de novas ações foram idealizadas de acordo com as necessidades dos idosos.

A utilização de atividades lúdicas demonstra uma alternativa para possibilitar a interação entre os idosos e melhorar as relações interpessoais. Ao passo que cada indivíduo representou um agente disseminador do conhecimento adquirido, a hospitalidade oferecida às integrantes do projeto contribuiu para que houvesse estímulo e dedicação no preparo e intervenção das atividades.

Apesar dos benefícios advindos das ações do projeto, é necessário que haja estímulo à aplicação periódica de atividades que busquem promover ações continuadas que incentivem a longevidade, o autocuidado, adesão de hábitos de vida saudável.

É nítida a utilidade e benefícios que o programa habitacional “Cidade Madura” traz à população idosa. Todavia, a qualidade de vida dos moradores poderia ser melhorada com planejamento de ações que visem o estímulo à atividade física, cognição, lazer e convívio social. A falta dessas atividades possibilita a ociosidade entre os idosos, o que garante maior permanência intradomiciliar, pouca interação entre eles e descontentamento com o dia a dia. Isso proporciona restrição na qualidade de vida e maior chance de comprometimento funcional. Além disso, os

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idosos referiram dificuldades de acesso às Unidades de Saúde, pois o condomínio está localizado distante da zona urbana da cidade. Apesar de possuir uma Unidade própria, esta não conta assiduamente com profissionais atuantes, o que constitui um agravante para a manutenção da saúde.

Destaca-se que, embora a independência seja pré-requisito para habitar no condomínio, permanece em segundo plano, devido à ausência de atividades que a estimulem. As visitas ao condomínio foram válidas para se estabelecer um vínculo entre os idosos e os alunos, o que possibilitou o reconhecimento de quaisquer riscos existentes e intervenções para melhora da qualidade de vida através de rodas de conversa, diálogo, troca de saberes e jogos que conscientizaram os idosos acerca da importância da preservação da saúde.

Assim, diante do envelhecimento da população, a meta do atendimento à saúde não deve se restringir apenas em prolongar a vida, mas, principalmente, em manter a capacidade funcional do indivíduo, de forma que o mantenha autônomo e independente pelo maior tempo possível. Para isso, o sistema de saúde precisa garantir o acesso universal aos cuidados progressivos de saúde. São importantes intervenções que auxiliem na manutenção da longevidade, como o uso de tecnologias leves, capacitação dos profissionais, o planejamento de cuidados aos idosos, infraestrutura, equipamentos sociais e serviços cada vez mais eficientes e complexos. Além de um olhar crítico acerca das alterações do envelhecimento e suas consequências, a fim de proporcionar empoderamento e bem-estar do idoso.

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