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Fármacos que afetam a homeostase mineral dos ossos

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Fármacos

que afetam a

homeostase

mineral dos

ossos

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA

(2)

Osteoporose

 As causas mais comuns são a deficiência de

estrógeno na pós-menopausa e a deterioração da homeostasia óssea relacionada com a idade.

 Também pode surgir devido à administração crônica

de glicocorticoides, doenças endócrinas, como

tireotoxicose ou hiperparatireoidismo, síndrome de má absorção, abuso de álcool ou fumo e condições

(3)

Fármacos utilizados no

tratamento de doenças ósseas

 Atualmente, dois tipos de agentes são utilizados para

o tratamento da osteoporose:

 1. Fármacos antirreabsortivos, que reduzem a perda

óssea: bisfosfonatos, calcitonina, moduladores

seletivos do receptor de estrógenos (SERMs), cálcio.  2. Agentes anabólicos que aumentam a formação

óssea: PTH, teriparatida.

(4)

Fármacos utilizados no

tratamento de doenças ósseas

O raquitismo e a osteomalácia

resultam na deficiência de

vitamina D e são tratados com

(5)

Etidronato (1ª geração, menos potente), alendronato,

risedronato, ibandronato, zoledronato, pamidronato, tiludronato

 São incorporados no osso em remodelagem e permanecem

nesse local por meses ou anos.

 Formam complexos com o cálcio na matriz óssea e são

liberados quando ocorre a reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos, expondo os osteoclastos a seus efeitos tóxicos.

Inibem a reabsorção óssea, atuando principalmente nos

osteoclastos. Aumentam a densidade óssea e reduzem o risco de fraturas de quadril, coluna e outros locais.

(6)

Os fármacos mais antigos (etidronato, pamidronato)

provocam defeitos na mineralização óssea e

perdem sua eficácia após 12 meses de tratamento.

O alendronato e o risedronato provocam menos

problemas ósseos, sendo eficazes por pelo menos 5 anos. Estes dois fármacos são comumente usados para tratar a osteoporose induzida por

glicocorticoides e em mulheres na pós-menopausa.

O alendronato, utilizado com a terapia de reposição

hormonal, aumenta a massa óssea em pacientes na pós-menopausa.

(7)

Farmacocinética

 Em geral, ingeridos oralmente e pouco absorvidos.  A biodisponibilidade oral dos bisfosfonatos é baixa

(<10%), e os alimentos afetam sua absorção,

principalmente o leite.

 Podem ser administrados intravenosamente nas

neoplasias.

 Acumulam-se em locais de mineralização óssea,

onde permanece possivelmente por meses ou anos, até que o osso seja reabsorvido.

 O fármacos livre é eliminado na forma inalterada

pelos rins.

(8)

Usos clínicos  Osteoporose:

 - prevenção primária de fraturas em indivíduos de

alto risco (p. ex., com osteoporose estabelecida, muitos fatores de risco para osteoporose,

sistemicamente tratados com glicocorticoides).

 Nas mulheres na pós-menopausa, a terapia crônica

com bisfosfonatos atrasa o progresso da osteoporose e reduz o risco de fraturas.

 - prevenção secundária após fratura osteoporótica.

Bisfosfonatos

(9)

Usos clínicos  Osteoporose:

O alendronato via oral é o bisfosfonato de escolha,

administrado diariamente ou semanalmente, em conjunto com cálcio e preparações de vitamina D.

O risedronato ou o etidronato são alternativas.

O zoledronato é administrado anualmente através de

infusão intravenosa, porém é de custo elevado.

Utilizado em casos selecionados de osteoporose (pós-menopausa ou em homens).

(10)

Usos clínicos

Osteoporose:

Na prevenção e tratamento da osteoporose

, a

administração semanal de uma dose

relativamente grande de um bisfosfonato é tão

eficaz quanto a administração diária de uma

dose menor e não resulta em maior toxicidade.

(11)

Usos clínicos

 Doença maligna envolvendo o osso (p. ex., câncer

de mama metastático, mieloma múltiplo): para reduzir a lesão e a dor óssea e a hipercalcemia (p. ex., clodronato, ibandronato, zoledronato).

O ibandronato é administrado de forma intravenosa a

cada 3-4 semanas em pacientes com câncer de

mama metastático ósseo ou a cada 3 meses para o tratamento de osteoporose pós-menopausa.

 Doença de Paget do osso (p. ex., etidronato, pamidronato, alendronato, zoledronato).

(12)

Efeitos adversos

 Alterações gastrintestinais, incluindo úlcera péptica

e esofagite.

 Ocasionalmente, dor nos ossos.

Alguns bisfosfonatos (principalmente o zoledronato)

administrados por via iv podem causar osteonecrose na mandíbula.

 Os pacientes devem ingerir estes fármacos com

grande quantidade de água, ficarem de pé por 30 minutos e evitarem situações que permitam o

refluxo esofágico (atividades que aumentam a pressão intra-abdominal).

(13)

 Hormônio secretado pela tireoide.

 Efeito principal reduzir o cálcio e o fosfato séricos

através de ações sobre os ossos e rins; também

inibe a reabsorção óssea pelos osteoclastos.

 Embora não aumente, de forma significativa, a

massa óssea, reduz a velocidade da perda óssea  útil no tratamento da osteoporose.

(14)

 Durante os estágios iniciais da administração

de calcitonina exógena, a formação óssea não é prejudicada.

 Entretanto, com o uso contínuo, a formação e

a reabsorção óssea diminuem.

(15)

 A principal preparação disponível para uso clínico é a salcatonina (calcitonina sintética do salmão).

 A calcitonina humana sintética também está

disponível atualmente.

 Administrada através de injeção subcutânea ou

intramuscular (pode ocorrer efeito inflamatório restrito ao lugar da injeção) ou spray nasal.

(16)

Efeitos adversos  Náusea e vômito  Rubor facial

 Sensação de formigamento nas mãos  Gosto desagradável na boca.

Usos clínicos

 Hipercalcemia (p. ex., associada à neoplasia).  Doença de Paget do osso.

 Osteoporose pós-menopausa e induzida por

corticosteroide (com outros agentes).

 Reduz o risco de fraturas, mas apenas na espinha.

Calcitonina

(17)

 A forma pós-menopáusica da osteoporose pode ser

acompanhada por níveis reduzidos de calcitriol e diminuição do transporte de cálcio no intestino.

 Essa forma de osteoporose é secundária à redução

da produção de estrogênio.

Há evidências de que a administração de estrógenos

como terapia de reposição hormonal (TRH) pode melhorar essa condição (evita ou atrasa a perda óssea).

(18)

 Entretanto, a preocupação com o aumento no risco

de cânceres de mama e endométrio, bem como os

efeitos adversos cardiovasculares reduziram

drasticamente o entusiasmo com esta terapia.

 Desenvolvidos agentes não hormonais, denominados

moduladores seletivos de receptores de estrógenos (SERMs). O mais importante é o raloxifeno.

 Embora não tão eficiente como os estrógenos no

aumento da densidade óssea, o raloxifeno reduz as fraturas ósseas (protege os ossos da coluna, mas não do quadril) e pode diminuir o risco de câncer de

mama e uterino.

(19)

Raloxifeno

 Estimula os osteoblastos e inibe os osteoclastos.  Bem absorvido no TGI e sofre metabolismo de

primeira passagem pelo fígado, originando os

glicuronídeos  apenas 2% de biodisponibilidade.

 A colestiramina, administrada juntamente com o

raloxifeno, reduz o ciclo êntero-hepático deste em até 60%.

 Convertido em um metabólito ativo no fígado,

pulmões, ossos, baço, útero e rim.

 Meia-vida média: 32 horas.

 Eliminado principalmente nas fezes.

(20)

Raloxifeno

 Efeitos adversos

 Ondas de calor, cãibras nas pernas, sintomas

semelhantes aos da gripe e edema periférico.

 Mais raramente, tromboflebite e tromboembolismo,

trombocitopenia, alterações gastrintestinais, exantemas, elevação da pressão sanguínea e tromboembolismo arterial.

 Não é recomendado para prevenção primária de

fraturas osteoporóticas, porém é uma alternativa aos bisfosfonatos para prevenção secundária em

mulheres na pós-menopausa que não conseguem tolerar os bisfosfonatos.

(21)

Sais de cálcio

Os sais de cálcio usados terapeuticamente

incluem gluconato de cálcio e lactato de

cálcio, administrados oralmente.

O gluconato de cálcio é também usado por

injeção intravenosa (injeção intramuscular

não é usada, por causar necrose local).

(22)

Usos clínicos

 Deficiência da dieta.

 Hipocalcemia causada por hipoparatireoidismo ou

má absorção (via intravenosa para tetania aguda).

 Prevenção e tratamento da osteoporose (muitas

vezes com estrógenos, bisfosfonatos, vitamina D ou calcitonina).

(23)

Efeitos adversos

 A administração oral pode causar alterações

gastrintestinais.

 A administração intravenosa necessita

cuidados, especialmente nos pacientes que fazem uso de glicosídeos cardíacos.

(24)

 Ao regular o fluxo de cálcio e de fosfato pelas

membranas celulares nos ossos e rins, o PTH

aumenta o cálcio e reduz o fosfato séricos.

 Nos rins o PTH também estimula a produção de

calcitriol.

 Embora o PTH potencialize a reabsorção e a

formação ósseas, o efeito geral do excesso de PTH é o aumento da reabsorção óssea.

(25)

 Entretanto, quando administrado em doses

pequenas, intermitentes, o PTH aumenta a formação óssea sem estimular a reabsorção óssea.

 Com base nesse efeito, foi aprovado o PTH

recombinante 1-34 (teriparatida) pelo FDA para o

tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa.

(26)

Teriparatida

 Possui efeitos anabólicos no osso.

 Reverte a osteoporose através da estimulação da

formação de um novo osso, o qual parece ser estruturalmente normal e está associado a

substancial redução na incidência de fraturas.

 Aumenta a massa óssea, a integridade estrutural e a

força óssea, por aumentar o número de osteoblastos e pela ativação daqueles osteoblastos já existentes no osso.

 Reduz a apoptose dos osteoblastos.

(27)

Teriparatida

 Administrada subcutaneamente 1x/dia, em uma

dose de 20 mcg.

 Efeitos adversos

 Bem tolerada e seus efeitos adversos graves são

poucos.

 Podem ocorrer náuseas, vertigens, cefaleia e

artralgias.

 Relatos de hipercalcemia discreta, hipotensão

ortostática transitória e cãibras nas pernas.

(28)

Teriparatida  Usos clínicos

 É utilizada para o tratamento da osteoporose

(protege os ossos da coluna e do quadril).

 Existe controvérsia em relação a qual fármaco deve

ser administrado sequencialmente, ou em

combinação com um dos bisfosfonatos; no entanto, um bisfosfonato deveria ser administrado ao final de uma sequência de teriparatida para prevenir a

perda óssea devido à retirada da teriparatida.

(29)

Ranelato de estrôncio

 O estrôncio (administrado como sal ranelato) inibe a

reabsorção óssea e também estimula a formação óssea.

 Eficaz na prevenção de fraturas vertebrais e não

vertebrais em mulheres mais idosas.

 Alternativa aos bisfosfonatos para prevenção

primária ou secundária de fraturas osteoporóticas, quando os bisfosfonatos não são tolerados.

 Alguns autores o considerem como fármaco de

primeira linha para o tratamento da osteoporose devido à sua positiva relação risco/benefício.

(30)

 Mecanismo de ação?

 Assim como o cálcio, é absorvido pelo intestino,

incorporado ao osso e eliminado pelos rins.

 Os átomos de estrôncio são adsorvidos pelos cristais de

hidroxiapatita, mas eventualmente são trocados por cálcio nos minerais ósseos e permanecem no osso por muitos

anos.

Efeitos adversos  Bem tolerado

 Náusea e diarreia (baixa incidência).

(31)

Preparações de

vitamina D

Ergocalciferol: principal preparação utilizada

clinicamente.

Alfacalcidol, calcitriol.

 Podem ser administrados oralmente e são bem

absorvidos no intestino.

 São lipossolúveis e os sais biliares são necessários

para sua absorção.

(32)

 A ingestão excessiva de vitamina D causa

hipercalcemia (os níveis plasmáticos de cálcio devem ser monitorados durante o tratamento).

 Se a hipercalcemia persiste, os sais de cálcio são

depositados nos rins, causando insuficiência renal e calculose renal.

A vitamina D esteroidal, o paracalcitol, é um

análogo da vitamina D, com menor potencial para causar hipercalcemia.

Preparações de

vitamina D

(33)

Usos clínicos

 Tratamento das deficiências de vitamina: prevenção e

tratamento do raquitismo, osteomalácia e deficiência de vitamina D devido à má absorção e doenças hepáticas (ergocalciferol).

 Hipocalcemia causada pelo hipoparatireoidismo

(ergocalciferol). O hipoparatireoidismo agudo necessita do uso de cálcio iv e preparações de vitamina D injetável.

 Osteodistrofia da insuficiência renal crônica, que é a

consequência da diminuição da geração de calcitriol (calcitriol ou alfacalcidol).

Preparações de

vitamina D

(34)

Usos clínicos

 Também utilizados com suplementos de cálcio e de

outros fármacos na prevenção e tratamento da

osteoporose em idosos.

 Para contrabalançar a redução do transporte de

cálcio no intestino associada à osteoporose, é usada a terapia com vitamina D mais suplementação de

cálcio na alimentação, mas existe pouca evidência

confirmando se as doses farmacológicas de vitamina D apresentam mais benefícios do que os estrógenos cíclicos e a suplementação com cálcio.

Preparações de

vitamina D

(35)

Referências

PANUS, Peter C. Farmacologia para

fisioterapeutas. Porto Alegre: AMGH, 2011.

RANG, H. P (Et al.). Farmacologia. 7. ed. Rio de

Referências

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