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Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública

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Academic year: 2021

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Código / Área Temática Educação Indígena

Código / Nome do Curso Política Linguística para a Educação Escolar Indígena

Etapa de ensino a que se destina Educação Básica Pública

Nível do Curso Aperfeiçoamento

Rede Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública

Objetivos Geral

 Formar professores e gestores da educação escolar indígena, no que diz respeito à promoção do reconhecimento das línguas indígenas, da valorização e manutenção do uso dessas línguas no âmbito escolar, com vistas a contribuir para a promoção e preservação da identidade linguística dos povos indígenas brasileiros.

Específicos

 Promover a formação teórica para a abordagem informada sobre as realidades contemporâneas dos Povos Indígenas no Brasil nas propostas pedagógicas das escolas.

 Oferecer formação para apropriação de referenciais conceituais para conhecimento e valorização das línguas indígenas e definição de políticas linguísticas no âmbito escolar.

 Identificar e desconstruir noções equivocadas e preconceituosas sobre os Povos Indígenas, valorizando a multietnicidade e a pluralidade linguística como patrimônio da sociedade brasileira.

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 Ampliar, por intermédio da EAD, o acesso às tecnologias educacionais para a formação docente.

Ementa Formar professores e gestores da educação escolar indígena, no que diz respeito à promoção do reconhecimento das línguas indígenas e da valorização e manutenção do uso dessas línguas no âmbito escolar, com vistas a contribuir para a preservação e a promoção da identidade linguística dos povos por meio da reflexão e definição de políticas linguísticas adequadas às diferentes realizadas sociolingüísticas.

Fundamentos

Teóricos Metodológicos

No Brasil, a política linguística (PL) adquiriu maior relevância como área de estudos na década de 1960, devido à pluralidade de línguas e de usos, evidenciando claramente níveis de poder definidos por meio do domínio linguístico da língua oficial, de maior prestígio, inclusive nos contextos sociais indígenas. É neste contexto, portanto, que o curso de política linguística vem ocupar-se de esclarecer e fazer conhecer com propriedade a importância das línguas indígenas e dos seus usos para as comunidades indígenas, bem como a valorização do processo linguístico específico de cada povo, de acordo com sua condição social e de contato. Na educação escolar, a PL também deve ser a base da ação dos Sistemas de Ensino, no sentido de reconhecer e priorizar a condição linguística de determinado contexto social, como recurso facilitador do processo de ensino e de aprendizagem, e não promover a intervenção da língua portuguesa, como língua oficial, negando a diversidade linguística local.

Com o objetivo de criar escolas indígenas verdadeiramente bilíngues ou multilíngues, a presença e os usos das línguas em cada situação deve ser uma questão política a ser abordada, considerando-se que é a condição da diversidade sociolinguística a única responsável por determinar os parâmetros escolares, com base no registro das evidências linguísticas que denotam quais são as línguas em uso, o grau de bilinguismo ou de multilinguismo naquele contexto, que línguas são promovidas ou proibidas (política de status), como as línguas são instrumentalizadas para determinados usos (política de corpus) etc. Além disso, o curso de PL prioriza as intervenções e decisões locais sobre o uso das línguas, sobretudo a promoção das línguas no âmbito escolar, com vistas à criação de programas de registro, revitalização e manutenção da identidade linguística, dos direitos linguísticos e do patrimônio linguístico para um maior desenvolvimento

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pedagógico e um melhor desempenho didático das escolas indígenas.

Título Concedido / Certificação Formação Continuada em Política Linguística

Metodologia A metodologia será desenvolvida de forma semipresencial com encontros presenciais e a distância a partir da interatividade do tutor com os cursistas, via internet, na plataforma Moodle. O curso terá como portais de referência, para o desenvolvimento das atividades, o Portal da Rede de Educação para a Diversidade e o Portal do Professor. Os tutores acompanharão os cursistas que poderão formar grupos de estudo a fim de facilitar a leitura, a compreensão e a elaboração de novos textos de maneira virtual na Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede.

O curso estará disponível também off-line, por meio de material impresso e multimídia. A metodologia do curso contemplará o desenvolvimento de um percurso individual de aprendizagem, no qual o aluno compõe a sua trajetória mediante opção pelos módulos da formação.

Modalidade de Ensino O Curso será desenvolvido de forma semipresencial com encontros presenciais e a distância a partir da interatividade do tutor com os cursistas, via internet, na plataforma Moodle.

Curso com Oferta Interestadual

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Carga Horária Duração mínima de 240 horas não contendo as horas para elaboração do trabalho final Número de estudantes por turma 35 alunos Periodicidade de Monitoramento I Módulo e VI Módulo Infraestrutura Recomendada Sala de Recursos Multifuncionais Localização da Escola Localização Diferenciada da

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Escola

Custo/Aluno estimado R$ 1,70

Período de Oferta do Curso

Média de seis meses

Coordenação responsável no MEC ou na CAPES

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Organização do Curso (Módulos)

Tipo Nome Modalidade Hora

Aula (Mim.) Hora Aula (Máx.) Carga Horária Presencial Exigida % (Mim.) Carga Horária Presencia l Exigida % (max.) Descrição da Subdivisão

I EAD e Ferramenta Moodle semipresencial 15 EAD + Introdução à Educação para Diversidade

II Conhecendo os Povos Indígenas no Brasil Contemporâneo – desconstruindo preconceitos

semipresencial 40 A sociodiversidade indígena no Brasil - onde estão e quais são os povos indígenas; Territorialidade e povos indígenas - Dados gerais sobre a demografia indígena; Classificação dos povos indígenas pela diversidade linguística - troncos e famílias lingüísticas. Terminologias utilizadas para conhecer os povos indígenas - povos / tribos / comunidades / etnia; primitivo / aculturado / integrado; branco / índio puro / índio misturado etc. – estereótipos e preconceitos.

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III Marcos conceituais referentes à Variação Lingüística

semipresencial 70 Constituição das Línguas Brasileiras; Línguas Autóctones (ou nativas); Línguas Crioulas; Pidgins ou línguas de contato.

Conceitos de língua e dialeto; dinâmicas das línguas em contexto de relações interétnicas; Língua e Poder; Prestígio linguístico: a oralidade como recurso de transmissão, produção / reprodução cultural; preconceito linguístico.

Definição de monolinguismo, bilinguismo, multilinguismo, graus de bilingüismo.

IV Métodos de ensino e aprendizagem de línguas

semipresencial 60 Sistemas de escrita; letramento; formulação do conhecimento; métodos de ensino de língua indígena como primeira língua, métodos de ensino de língua indígena como segunda língua; métodos de ensino e aprendizagem de língua portuguesa como segunda língua. V Transformando a realidade: Projeto de compreensão e análise da realidade sociolinguistica de uma comunidade indígena

semipresencial 30 Construção de um projeto de levantamento para conhecimento e

análise da realidade sociolinguística em sua relação com os usos linguísticos no âmbito escolar.

VI Seminários Locais de avaliação curso (presencial)

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O módulo 2 é pré-requisito para os outros módulos.

Os tempos presenciais deverão ocorrer durante todo o curso, como espaço de reflexão sobre os conteúdos e elaboração de projetos de pesquisa a serem desenvolvidos nas escolas.

Os módulos 5 e 6 serão realizados com o objetivo de orientar os projetos de intervenção local (trabalho de final de curso) e a avaliação dos educandos.

EQUIPE

Categoria de Membro de Equipe Qtd. Função

Função Mínimo Máximo Unidade de Referência

Nível de Escolaridade

Atribuição Outros Requisitos

Formador 1 para cada 3 turmas

Prof. Conteudista 1 bolsa para cada

10h

Coordenador Institucional 1 por IPES

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Supervisor de Tutoria 1

Tutor 1 por turma

Apoio Técnico e Apoio Administrativo

1 por curso

Público Alvo

Função Exercida Todas as prefeituras/secretarias municipais que apresentam a demanda por essa formação no PAR dos Municípios/Estados que possibilitarem algum tipo de acesso à internet banda larga, seja na própria Secretaria de Educação, em Polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em Núcleos Tecnológicos de Educação (NTE) ou Pontos de Cultura com computadores disponíveis para usuários da rede de ensino durante cerca de 90 (noventa) minutos/dia;

Prioritariamente, em municípios de baixo IDEB, inseridos nos Territórios Etnoeducacionais.

Nível de escolaridade permitido Formação superior

Disciplina(s) que leciona Todas as disciplinas, de acordo com o nível e modalidade de ensino.

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Modalidade em que leciona Todas as modalidades

Outras Exigências Técnicos e gestores, inclusive dos conselhos de educação, deverão estar em exercício nos sistemas públicos estaduais ou municipais.

Curso disponível para demanda social? Sim

Percentual máximo de participantes na demanda social

Reservar a porcentagem de 20% das vagas para demanda social.

Público-alvo da demanda social Integrante da Comissão Gestora dos Territórios Etnoeducacionais (TEEs) Integrante da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena

Integrante do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena

Integrante de Fórum/Comitê ligado à temática da Educação Escolar Indígena Servidores da FUNAI

CONTATO NO MEC OU CAPES

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Telefone Adicional (61) 2022-9063

Nome Rita Gomes do Nascimento

E-mail ritanascimento@mec.gov.br

Site

Outras Informações O curso não deverá aparecer no PDE Interativo.

Os tutores dos cursos, preferencialmente, devem ser egressos das licenciaturas interculturais.

Bibliografia CALVET, Louis-Jean. Sociolinguística: uma introdução crítica. Trad. de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2002. CÂMARA Jr., J. M. (1965) Introdução às Línguas Indígenas Brasileiras. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica.

FREIRE, José Ribamar Bessa. Rio Babel – a história das línguas na Amazônia. Rio de Janeiro: Atlântica; EdUERJ, 2004. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. (Org.). Índios no Brasil. São Paulo: Global, 1998.

HAVELOCK, Eric (1997) “A Equação Oralidade – Cultura Escrita: uma fórmula para a mente moderna”. Em: Olson, D. R. & N. Torrance [Orgs.] Cultura Escrita e Oralidade. V. L. Siqueira (trad.) Coleção Múltiplas Escritas. São Paulo: Editora Ática.

LABOV, William. Modelos sociolinguísticos. Trad. José Miguel Marinas Herreras. Madrid: Cátedra, 1983.

LUCIANO, Gersem dos Santos. O Índio Brasileiro: O que Você Precisa Saber sobre Os Povos Indígenas no Brasil Hoje. Coleção Educação para Todos. Série Vias dos Saberes, Volume 12. Brasília: Ministério de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Rio: LACED/Museu Nacional, 2006.

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MARQUES, Maria Emília Ricardo. Sociolinguística. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.

MOLLICA, Maria Cecília; BRAGA, Maria Luiza. Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2003.

OLIVEIRA, João Pacheco de, FREIRE, Carlos Augusto da Rocha. A presença Indígena na formação do Brasil. Coleção Educação para Todos. Série Vias dos Saberes, Volume 13. Brasília: Ministério de Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Rio: LACED/Museu Nacional, 2006.

PATTANAYAK, D. P. (1997) “A Cultura Escrita: um Instrumento de Opressão”. Em: Olson, D. R. & N. Torrance [Orgs.] Cultura Escrita e Oralidade. V. L. Siqueira (trad.) Coleção Múltiplas Escritas. São Paulo: Editora Ática.

Aprendendo Português nas Escolas do Xingu: Livro 2. Projeto de Formação de Professores Indígenas no Parque Indígena do Xingu para o Magistério. Apoio à Publicação: Embaixada Britânica – Brasília/DF, 2000.

Povos Indígenas no Brasil, 1996/2000. Instituto Socioambiental. São Paulo: 2001.

SILVA, Rosa Virgínia Mattos e. Contradições no ensino de português: a língua que se fala X a língua que se ensina. São Paulo: Contexto, 1995.

TARALLO, Fernando. A pesquisa sociolinguística. 5 ed. São Paulo: Ática, 1997.

TEBEROSKY, A. (1997) “Para que aprender a escrever?” Em: A. Teberosky & L. Tolchinsky [Orgs.] Além da Alfabetização: A aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. 3a Ed. São Paulo: Editora Ática. pp. 19-36.

____________ & L. Tolchinsky (1997) “Além da Alfabetização” Em: Além da Alfabetização: A aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. 3a Ed. São Paulo: Editora Ática. pp. 7-18.

TEIXEIRA-PINTO, Marnio. 2002. História e Cosmologia de um Contato: a atração dos Arara. In: ALBERT, Bruce & RAMOS, Alcida. (Org.). Pacificando o branco: Cosmologias do Contato no Norte-Amazônico. São Paulo: Ed. UNESP.

Referências

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