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Uma estratégia de guerra no combate aos carrapatos

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Academic year: 2021

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ma estratégia de guerra no combate aos car-rapatos – ectoparasitos que sugam o sangue dos bovinos e os lucros do produtor – é o que sugere o pesquisador John Furlong, da Em-brapa Gado de Leite. Traça-la é um processo que se divide em três etapas: a primeira inclui conhecer o inimigo, saber como ele se reproduz e quais as condições ideais para seu desenvolvimento; a se-gunda é escolher a arma certa, ou seja, ter convic-ção sobre qual o melhor carrapaticida para a pro-priedade; e a terceira – e provavelmente mais difí-cil de ser vencida – é dar o tiro certo, ou seja, apli-car corretamente o produto. As falhas em uma ou mais dessas três etapas, infelizmente ainda cons-tantes no Brasil, promoveram o surgimento de um fenômeno preocupante: a resistência dos parasitas aos produtos químicos. "Em muitos casos, os produtores, quando não obtêm sucesso com um tipo de carrapaticida, trocam de produto, sem sequer buscar a origem do pro-blema, e, assim, esgotam, de forma prematura, as opções de combate ao parasita e possibilitam o surgimento de gerações resistentes a mais tipos de

carrapaticidas. Hoje, chega-se ao ponto de se da-rem de 15 a 18 banhos por ano nos animais e ne-nhum produto de contato apresentar efi-ciência superior a 80% na maior parte das propriedades", afirma Furlong. Os parasi-tas são capazes de levar o gado à morte – em razão da tristeza parasitária bovina – e provocar quedas de produção, que, segundo estimativas, variam entre 20% e 25%.

Existem carrapatos que apresentam tolerância inata aos carrapaticidas, ou seja, já nascem com predisposição a não sofrerem os efei-tos dos produefei-tos, antes mesmo de entra-rem em contato com eles. Assim, a eliminação to-tal dos parasitas é quase inviável e eles vão conti-nuar a se reproduzir, transmitindo, às suas futuras gerações, a capacidade de não serem afetadas pe-los carrapaticidas. Mas tolerância e resistência não são a mesma coisa: a resistência se desenvolve ao longo do tempo, por meio de mudanças metabó-licas na fisiologia dos carrapatos, de acordo com a sua exposição aos produtos químicos. "Todos os carrapatos, em algum momento, 26 P R O D U T O R | O U T U B R O 2 0 0 2

Uso sem critério ou incorreto

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ma e da quantidade de aplicação dos carrapaticidas na propriedade", afirma Furlong. Se um produto é mal-aplicado, por exemplo, carrapatos que sobrevivem desenvolvem a capacidade de resistência,transmitida aos seus descen-dentes. "Geralmente, com uma aplicação correta dos carrapati-cidas, os carrapatos não con-seguem desenvolver a resistên-cia de maneira forte antes de oito gerações, ou seja, dois anos. Uma vez criada a resistência a um tipo de produto químico, não adianta com-prar qualquer outro carrapaticida que tenha o mesmo princípio ativo, seja da mesma família, isto é, uma das armas contra o inimigo estará perdida", diz o

pesquisador.

Segundo Furlong,os parasitas desen-volvem alguns mecanismos fisiológi-cos para resistir aos efeitos do carra-paticida. Eles podem, por exem-plo, conseguir uma penetração menor do produto no seu organis-mo,acelerar o próprio metabolis-mo e a desintoxicação ou

dimi-Os piretróides são os produtos que, hoje, oferecem menos eficácia no combate aos carrapatos. "Quando chegaram ao mercado, a propaganda era de que sua permanência nos animais era mais longa, e isso diminui o número de banhos carrapaticidas. De fato, os piretróides apresen-tam maior período residual, mas com a luz do sol ele vai enfraquecendo,favorecendo a subdosa-gem e a formação de carrapatos resistentes", ex-plica o pesquisador. O principal problema pa-ra o produtor é que as alternativas de carpa-rapa- carrapa-ticidas estão se esgotando. Para entender a situação,Furlong faz uma analogia: "Imagine uma corrida com cinco cavalos,que são as alter-nativas de famílias ou grupos carrapaticidas exis-tentes.Em vez de apostar em um de cada vez,muitos produtores investem em todos ao mesmo tempo, fa-zendo com que cheguem empatados,ou seja,ao usa-rem vários tipos de produtos de forma incorreta ou indiscriminada, estão colaborando para criar re-sistência a todos os poucos grupos químicos ou famílias de carrapaticidas que podem comba-ter o carrapato", diz. Chegou a ser comer-cializada, no Brasil, uma vacina

com eficiência variável de 50% a 70%, mas ela não

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conquistou o mercado nacional. Ago-ra, outros centros de pesquisa estão desenvolvendo vacinas anti-carrapa-to, porém os experimentos ainda estão em fase de testes e devem levar pelo menos dois anos para que elas possam ser comercializadas, se for comprova-da sua eficiência.

TIPOS

Existe um grupo de medicamentos sistêmicos que apresentam bons resul-tados,mas, no caso do rebanho leiteiro, não podem ser aplicados nas vacas em lactação. "São produtos usados por meio de injeções, no fio do lombo dos animais ou na forma de spray, que en-tram na corrente sangüínea e são ab-sorvidos pelos carrapatos quando eles se alimentam", explica. Um dos tipos de carrapaticidas sistêmicos são os ini-bidores de crescimento, à base de flua-zuron. O produto impede que o para-sita complete o seu desenvolvimento e se reproduza, fazendo com que a po-pulação sofra um decréscimo signifi-cativo. O outro grupo de sistêmicos é derivado das avermectinas, que agem sobre os estímulos nevosos dos carra-patos e provocam sua morte por esgo-tamento de energia.

Uma das vantagens dos sistêmicos está no fato de que o erro de dosagem e a má aplicação são menores, já que o cálculo é feito com base no peso da va-ca. O preço dos inibidores de cresci-mento ainda afasta os produtores des-sa alternativa (um litro custa aproxi-madamente R$ 100), enquanto as avermectinas são mais acessíveis, prin-cipalmente depois da quebra de paten-te, o que possibilitou o surgimento de genéricos, com preço até 20 vezes me-nor do que o anteriormente praticado. Outra vantagem das avermectinas é que agem também contra alguns

ver-mes e bernes que afetam o rebanho. No entanto, os produtos mais usa-dos continuam sendo os carrapatici-das de contato (fosforados, amidíni-cos, piretróides, fipronil e thiazolina). Segundo Furlong, os resultados de análises feitas no laboratório da Em-brapa Gado de Leite indicam que os piretróides são os que, atualmente, apresentam menor eficiência no com-bate aos parasitas, uma vez que a resis-tência ao produto já está disseminada. Os melhores resultados têm sido con-quistados com associação de produtos fosforados e de fosforados com pire-tróides.É preciso fazer com que o vene-no atinja, na quantidade adequada, o corpo do carrapato, para que consiga intoxicá-lo e matá-lo. Por isso, o banho com o carrapaticida escolhido precisa ser feito de forma cuidadosa. O pri-meiro passo para garantir a eficácia do produto químico é fazer a sua diluição correta em água, conforme indicação da bula.A homogeneidade é obtida di-luindo-se o carrapaticida em uma pe-quena quantidade de água, para, só de-pois, ir acrescentando o restante. Feito isso, é o momento de dar "o tiro certo". O banho carrapaticida, única prática realizada na propriedade para comba-ter os carrapatos, precisa ser muito

bem executado, para evitar que os pa-rasitas sobrevivam e possam acelerar o processo de resistência. "É preciso aplicar pelo menos quatro litros da so-lução por animal, de forma que ele fi-que completamente molhado", afirma Furlong. O pesquisador diz que os aparelhos pulverizadores costais, por serem incômodos, muitas vezes fazem com que o produtor não aplique o car-rapaticida com capricho.Assim, suge-re o uso de lava-jatos ou bombas casei-ras, que não têm custo elevado e fun-cionam bem. Mas alerta: se destinados à aplicação de carrapaticidas, não de-vem ser usados também para outra fi-nalidade. No caso dos lava-jatos, o equipamento deve ter a pressão redu-zida ao mínimo para não machucar os animais e o banho precisa ser feito de baixo para cima, no sentido contrário ao dos pêlos. O local em que se faz o banho também deve ser adequado. O pesquisador sugere o brete de cordoa-lha. O animal deve ser colocado no corredor e, nas laterais, duas pessoas devem ser posicionadas – uma de cada lado – para garantir que todo o corpo seja atingido.

A época recomendada para a aplica-ção é o período mais quente do ano, quando a reprodução acontece de for-S A Ú D E

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29 ração mais vulnerável dos carrapatos,

que, desaparecendo, não dará origem às três gerações posteriores, como é comum acontecer no Brasil", diz Fur-long. Os banhos devem ser dados de 21 em 21 dias, num total de cinco ou seis vezes ao ano. Com isso, restarão poucos carrapatos no pasto, o que ga-rante um intervalo bom até que uma nova geração se forme.

ESCOLHA

Para saber qual é o carrapaticida in-dicado para a sua propriedade, o pro-dutor deve se basear em análises crite-riosas. O laboratório da Embrapa Ga-do de Leite, em Minas Gerais, por exemplo, junto com uma rede de ins-tituições parceiras pelo Brasil, realiza gratuitamente essa análise, em um pe-ríodo de aproximadamente 40 dias. "O responsável pela propriedade deve ter em mente que o seu problema pode ser diferente do encontrado no vizi-nho e, por isso, tem de buscar a solução específica", alerta Furlong.

Para fazer a coleta do material a ser analisado,o produtor deve separar dois ou três animais do rebanho e não apli-car apli-carrapaticidas neles. Assim que o número de parasitas for grande, é pre-ciso recolher aproximadamente 200 fê-meas ingurgitadas – as bem grandes – lavá-las e colocá-las em um pote ou sa-co plástisa-co, que devem ser furados pa-ra permitir a entpa-rada de ar. A amostpa-ra deve ser enviada, via Sedex, para que chegue em tempo hábil e não seja dani-ficada. Para garantir precisão no resul-tado, é fundamental que os parasitas não tenham tido contato com qual-quer carrapaticida nos últimos 25 dias anteriores à data da coleta (o tempo so-be para 45 dias se o produtor estiver

aplicando sistêmicos).A partir da aná-lise feita pela Embrapa, o produtor vai saber qual o estado de resistência dos carrapatos existentes na propriedade.

Outro teste pode ser feito pelo pro-dutor na fazenda. Deve-se preparar o carrapaticida conforme indicação do fabricante e depositá-lo em um reci-piente limpo – um pote plástico ou de vidro. Em uma outra vasilha, coloca-se água. Para cada recipiente, coloca- separa-se dez fêmeas ingurgitadas, que são imersas nos líquidos por cinco minu-tos. O grupo na água serve para con-trole. Sete dias depois (em locais de baixa temperatura, o prazo deve ser ampliado), é possível avaliar o resulta-do, que só será válido se as fêmeas em água colocarem ovos.

Se o produto testado for eficiente, is-to é, não existir resistência, as fêmeas que foram banhadas com o carrapatici-da morrem antes de colocar ovos,ou,se põem alguns, eles têm cor escura, são secos e separados. Se os carrapatos não resistirem no teste ou colocarem ovos secos, mas sobreviverem quando o produto é aplicado nas vacas, compro-va-se um erro na aplicação.

Caso o produto não funcione, as fê-meas em contato com o carrapatici-da não morrem e colocam ovos

pare-produto, pois os carrapatos já apre-sentam resistência ao que foi testado.

CONTROLE

Para evitar a formação de resistên-cia aos carrapaticidas, existem três es-tratégias básicas a serem adotadas. A primeira é selecionar adequadamente os produtos químicos. Fazendo uma análise criteriosa, o produtor evita a aplicação de produtos de diferentes fa-mílias e a criação de resistência a elas. Os medicamentos não devem favore-cer um alto nível de resistência e não devem ter persistência muito longa. A segunda é a redução no número de tratamentos. Quanto mais o carrapato é pressionado pela aplicação de pro-dutos químicos, mais rapidamente ele evolui geneticamente, a fim de conse-guir resistir aos seus efeitos. Para isso, é fundamental adotar o controle estraté-gico, que consiste na aplicação dos car-rapaticidas na época mais quente do ano, quando o ciclo de vida dos parasi-tas é acelerado e sua morte no pasto também. A terceira alternativa é fazer mistura de famílias de carrapaticidas com princípios ativos diferentes, para que suas propriedades possibilitem uma eficiência somatória.

Para quem usou indevidamente os produtos e esgotou as possibilidades de resultado com os carrapaticidas de con-tato, nem tudo está perdido. Umas das saídas é o aumento na concentração do carrapaticida utilizado, sempre na de-pendência das características e da toxi-dade do produto. A alternativa nem sempre é viável, porque, em alguns ca-sos, a elevação na toxidade intoxica e mata o animal.Por isso,deve ser sempre a última alternativa e é preciso consultar um veterinário impreterivelmente. TESTE PODE SER FEITO NA PROPRIEDADE

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Uma outra alternativa é trocar a fa-mília dos produtos químicos que está sendo empregada. A viabilidade dessa prática depende do histórico da pro-priedade. "Se o produtor usou indis-criminadamente todos os tipos de produtos, possivelmente os carrapa-tos serão resistentes a todos eles", ex-plica Furlong.

Se nenhuma das opções anteriores resolver o problema, pode-se, ainda, tentar o emprego dos produtos sistê-micos. Sua aplicação é proibida nas va-cas em lactação, já que se detectam re-síduos do medicamente no leite até 45 dias após sua aplicação. Por isso, para tratar os carrapatos, é preciso separar os animais em lotes, de forma que os que recebem o medicamento não par-ticipem da produção de leite. "Assim, vale a pena empregar esse tipo de carra-paticida em bezerras, novilhas e vacas secas", completa o pesquisador.

Estão aparecendo novos produtos naturais para combater os carrapatos, baseados em produtos derivados de plantas,minerais e homeopáticos."En-tretanto,é preciso ter cautela na hora de utilizar essas novas alternativas, uma vez que muitas delas ainda necessitam de pesquisas para validação e quantifi-cação de sua eficiência",alerta Furlong.

PREJUÍZOS

O gado leiteiro é o que mais sofre com os carrapatos. Os prejuízos são diversos, passando pela queda de pro-dução e podendo até resultar em mor-te, decorrente da tristeza parasitária Bovina, cujos parasitas são transmiti-dos pelos carrapatos e afetam princi-palmente os animais jovens. "O pri-meiro prejuízo é visual, pois o produtor interpreta a presença de carrapatos co-mo relaxamento e sente desestímulo",

afirma o pesquisador. Outra causa das perdas é a coceira provocada pela inser-ção do aparelho bucal do carrapato na pele da vaca, o que a faz se lamber, dei-xando de ingerir alimentos e ruminar adequadamente."Há também o fato de que os carrapatos são máquinas de condensar sangue". O sangue é funda-mental para a produção e leite – esti-ma-se que sejam necessários de 300 a 500 litros de sangue passando pela glândula mamária para que seja pro-duzido um litro de leite – e cada carra-pato consegue sugar de 0,3 ml a 0,5 ml de sangue diariamente.

Segundo Furlong, animais bem ali-mentados conseguem fazer frente a uma população média de 20 a 25 fê-meas ingurgitadas, teleóginas, ou ma-monas/jabuticabas, por dia, sem pre-juízo. Esse número é constantemente encontrado no campo, de forma que a produção é afetada de maneira fácil. Estima-se que o prejuízo causado por carrapatos em vacas em lactação seja de 20% a 25% da produção de leite. Mas esse índice é relativo, na medida em que animais adultos são mais

resis-tentes ao carrapato que os jovens, e que, se plenamente alimentados para expressar todo o seu potencial de pro-dução de leite, podem suportar cargas maiores, de até 60 carrapatos/dia.

"Talvez o efeito mais importante do carrapato seja sobre os bezerros e novi-lhas de reposição,considerando-se o re-tardo de crescimento e o risco de morte – pela tristeza parasitária bovina", afir-ma Furlong. Isso sem contar os gastos com carrapaticidas, cada vez maiores em razão da resistência desenvolvida pelos parasitas e do preço mais elevados dos que chegam ao mercado.

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ANIMAIS ADULTOS SÃO MAIS RESISTENTES

metalarva

O inimigo

Carrapatos são encontrados em quase todo o mundo: 75% do rebanho bovino do planeta está infestado por este ectoparasita. Para combatê-lo, é importante conhecer o seu ciclo de vida. Veja, na ilustração ao lado, como os parasitas se desenvolvem e reproduzem. metoninfa adultos sexuados macho: neandro – gonandro fêmea: neógina paternógina teleógina kenozina ovos neolarvas larvas infestantes larva parasitária ninfa

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Os carrapatos são capazes de trans-mitir elementos patógenos aos ani-mais que eles sugam. São micro-organismos que agem sobre o san-gue dos animais, causando anemia e febre, e podem levá-los à morte. A doença mais comum provocada por eles, que ataca principalmente os bezerros, é a tristeza parasitária bo-vina. Ela pode ser transmitida pela anaplasmose (Anaplasmose

margi-nale) ou pela babesiose (Babesia bi-gemina ou Babesia bovis) – com

fre-quência as duas agem juntas) – e sua gravidade varia conforme a ida-de do animal e sua resistência aos agentes patógenos. "Há casos em que o animal morre de dois a três dias depois de diagnosticados os pri-meiros sintomas", afirma Furlong. Um dos problemas é quando os be-zerros, após receberem o colostro, são completamente isolados do am-biente em que vão viver depois – e em que estarão em contato com o carrapatos. "Alguns produtores se vangloriam de criarem os bezerros

em locais limpos, completamente esterilizados, afirmando que, assim, estão livrando os animais da doen-ça. Mas, ao contrário, estão tornan-do-os mais vulneráveis, porque, sem ter contato com os carrapatos, e sen-do em pequena quantidade, eles não desenvolvem imunidade à ana-plasmose e a babesiose", explica Furlong. Então, de forma controlada, o produtor sempre deve deixar que o bezerro tenha contato com os para-sitas, para adquirir resistência. O problema da falta de produção natural de anticorpos é mais co-mum nos estados da Região Sul, em que o frio intenso praticamente eli-mina os carrapatos no inverno, não dando chance de adquirirem parasi-tas, enquanto ainda estão protegi-dos pela ação do colostro. "Bezerros que nascem nesse período não esta-rão preparados para enfrentar os carrapatos quando eles aparece-rem", diz. No caso dos animais adul-tos, a resistência também cai em ra-zão da redução no número de

carra-patos no inverno e, por isso, o cuida-do deve ser recuida-dobracuida-do no início cuida-do período quente. Nesse casos, em que a imunização natural acaba não acontecendo, é comum a aplicação de vacinas.

A melhor forma de controlar a triste-za parasitária é a observação. Mais atingidos pela doença, os bezerros apresentam sintomas facilmente perceptíveis por aqueles que os tra-tam. "Os bezerros costumam ser ale-gres, pular e mugir quando estão prestes a ser alimentados. Como o nome da doença diz, o animal afeta-do fica triste, muda de comporta-mento", explica Furlong. As anaplas-mas e as babesias agem da mesma forma no organismo, atingindo e destruindo as hemácias, os glóbulos vermelhos. Assim, provocam ane-mia, febre alta, depauperamento, perda de apetite, mucosas pálidas, etc. O tratamento geralmente é fei-to com associação de dois produfei-tos que atingem tanto os anaplasmas quanto as babesias. 31 Av. Independência, 70 CEP 18087-50 Sorocaba - SP (15) 228-2404 (15) 228-1391 (11) 4193-3052

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