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(1)

DEPARTAMENTO DE VIAS DE TRANSPORTES E TOPOGRAFIA - STT

AEROFOTOINTERPRETAÇÃO E FOTOMETRIA NOTAS DE AULA

DICIPLINA: STT-133 TOPOGRAFIA II.

Paulo de Cesar de Lima Segatine

.~· -

/

(2)

i' ,

APRESElft'AÇÃO

Estas notas de aula constituem uma sintese de alguns tó picos sobre Aerofotogrametria e Fotointerpretação.

O seu objetivo é servir de guia de estudo durante parte do curso de Topografia.II (Aerofotogrametria e Fotointerpretação) da Escola de Engenharia de São Carlos - EESC/USP.

Vale a pena acrescentar que, este trabalho nao se trata

-

de uma inovação dos assuntos enfocados, tanto. que, algumas partes des te apanhado didático trata-se de compilação de trechos de

ções da citada bibli_ografia.

publica

Como em nossas vidas nada se materializa sem ~ colabora

- -

çao de outros, nao posso furtar-me ao agradecimento aos Profs. Ale- xandre Benetti parreira e Irineu da Silva pela elaboração do progr~

ma do curso e de notas de aulas que me foram de grande valia na pre- paração deste trabalho. Ag,radeço também ao serviço de Datilografia e a preparação dos desenhos executados pelos técnicos do STT.

O Autor

..

... , ...

. ,.

• I

(3)

AEROFOTOGRAMETRIA

INDICE

I . FOTOGRAMETRIA . . . . . . . . . . • • • • • . • . • . . . • • . • . • • • • . • • . . • . • . . . 01 - I . l . GENERA.LIDADES . . . • . • . . . • . . . . . . . . • . • . • . • • • . . . • . ·•· • • . • . . 01 I . 2 • DEFINIÇÃO DA FOTOGRAMF.TRIA ••••••• ••••••••••••••••••••• •••• •• 01 I. 3. UM BREVE HIST0RICO DA FOTOINTERPRETAÇÃO ••••••••••••••••••••• •• 02 I . 4. APLICAÇÕES DA FOTOGRAMETRIA ••••••• -•••••••• ; •••••••••••••••••• 03 I • 5 • OS PROBLEMAS DA FOTOGRAMETRIA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 06

-

I.6. C~RAS AEROFOTOGRAMETRICAS •••••••••••••••••••••••••••••••••• 07 I. 6. 1. CÂMARAS FOTOGRÂFICAS COMUNS •••••••••••••••••• ••••••••••• ~ •• 07 I .6.1.1. DISTÂNCIA FOCAL E ESCALA DA IMAGEM ••••••••••••••••• ~ •••••• 11

I . 6. 2. CÂMARAS FOTOGRÂFICAS _AÉREAS •••••••••••••••••••••••••••••••• 11

I.6. 2.1. PADRÕES MÍNIMOS DE PRECISÃO DE UMA CÂMARA AtREA •••••••••• 16 I.6.2.2. OBTENÇÃO DE UMA AEROFOTO E SUA TERMINOLOGIA ••••••••••••••• 17 I . 6. 2. 3. INDICAÇ0ES CONSTANTES DE UMA FOTO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 18 I. 7. TIPOS DE FOTO AÉREAS ••••• · • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 18 I.7.1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GEOMETRIA ••••• -••••••••••••••••••••••• 19 I. 7. 1. 1. FOTOGRAFIAS AÉREAS VERTICAIS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 19 I. 7 .1. 2. FOTOGRAFIAS AÉREAS OBLÍQUAS ••••• ··• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 21 I.7.1.2.l.FOTOS OBLÍQUAS ALTAS OU PANORÃMICAS •••••••••••••••••••• •• 22 I • 7. 1. 2. 2. FOTOS OBLÍQUAS BAIXAS • • • • • • • • • • • • • • • • ••• • • • • • • • • • • • • • 23

I.8. FATORES QUE AFETAM O VÕO AEROFOTOGRAMÉTRICO ••••••••••••••••••• 25

I.8.1. I.8.2.

r.;.:a 3.

I.8.4. I.8. 5.

.AE RONA ~ • . • . • • . • • • • • • • . • • • • . • • .•• · • . • . • . • • • • • • • • • •· • • • • • • . 25 CONDIÇ0-ES DO TEMPO ••••••••••••••• ~ ••• .- ••••••••••••• , • • • • • • • 26 PO.SIÇAO DO SOL . . . . . . . . . . . . . . . . • . • . . . . • • . . . . • . . • . . . . . . • . . . . 26 ALTITUDE DE VOO . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . • . . . . . • . . . . . • . . . . . . . • 26 DIREÇÃO DE VOO . • . . . • . . . • . • . • . • . . • • ·• •.•.•••••• · • • . . • . • . • . . 26

I . 8. 6. HABILIDADE DOSOPERADORES ~ •••••••••• ·• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 27 I . 9. VOOS FOTOGRÂFICOS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 27

II. ANÂLISE DA FOTOGRAFIA DE EIXO VERTICAL- PROBLEMAS GEOMETRICOS •• 31 II .1. ESCALA DE UMA AEROFOTO ••••••••••••• ~ '. • • • • • • • • • • • • • • • • • • 3i I I.2. COt4PARAÇÃO ENTRE UMA FOTOGRAFIA E UM MAPA •••••••••••••••••• 33 II~3. ANÂLISE DA :I:MAGEM DE UM <,DBJETO VERTICAL ••••••••••••••••••••• • 35 II.3.1. DISTORÇÃO DA DIREÇÃO (DESLOCAMENTO DE PARALAXE) ••••••••• •• 38 I I • 4 • SISTEMAS DE COORDENADAS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 39 I I . 4 , 1. FOTOCOORDENADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . 39 I I . 4. 2. COODENADAS TERRESTRES ••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ••. 39

I )

(4)

III.2. SISTEMA AUXILIAR DE FOTOS COORDENADAS PARA FOTOS INCLINADAS .. 42

III.3. ESCALA DE UMA FOTO INCLINADA ....•.••.•.•.•.•••••••••.••.••.•. 44

III.4. OBTENÇÃO DAS COORDENADAS TERRESTRES A PARTIR DAS FOTOCOORDEN~ DAS DE ut4A FOTO INCLINADA ...••..•...•.•••••••.•...••••.•.. 48

III.S. ANALISE DA IMAGEM DE UM OBJETO VERTICAL .•••••••••••••••.•...• 49

III.6. ANÂLISE DO DESLOCAMENTO DA IMAGEM DEVIDO A INCLINAÇÃ0 ••.•.•.• 5Q IV. ESTEREOSCOPIA .••...••...•.•.•...•...•••••••••••.••.••••. 55

IV o l . GENERALIDADES • • . • . • . • • • . . . • . . . • . . . • . • . • . • . . . • I • • • • • . • • • • • • • • • • • 55 IV. 2- PERCEPÇÃO DA PROFUNDIDADE .•...•.•••.•.•.•.•••••••••••.••••.••. 55

IV. 3. O OLHO H'UMANO ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 56 IV.4. PERCEPÇÃO ESTEREOSC6PiaA DE PROFUNDIDADE-VISÃO BINOCULAR .NOR- MA.L • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ·-57 IV.S. VISÃO ESTEREOSC6PICA DE FOTOGRAFIAS .••...•••••.•.•.••.•••••.•. 59

IV.6. TERMINOLOGIA DE UM PAR ESTEREOSC6PIC0 .••.••••••••••••.•••..•.• 62

IV. 7. ESTEREOSC6PICOS ••.•...•.•...••.•••.•••••.••••.•••... 63

IV .7.1. ESTEREOSC6PICO DE REFRAÇÃO OU DE LENTE (OU DE BOLS0} • . . . 63

IV.7.1-l.VANTAGENS DO USO DOS ESTEREOSC6PICOS DE LENTE .••••.•....•.. 66

IV. 7 .1. 2. DESVANTAGENS DO USO DOS ESTEREOSC6PIOS DE LENTE ••.•••.... ·66

IV.7.2. ESTEREOSC6PIOS DE REFLEXÃO OU DE ESPELHOS •••••••.••.••••...• 66

IV.7.2.1. VANTAGENS DO USO DOS ESTEREOSC6PIOS DE ESPELHOS .•.••.•.••• 67 IV. 7. 2. 2. DESVANTAGENS DO USO ESTEREOSC6P IOS DE ESPELHOS ••...••.•..•. 68

IV~ 1.3 O USO DO ESTEREOSC<5PIO .•.•...••.•..••••••••••••••.•..••.• 68

IV.7.4 EXAGERO VERTICAL DO ESTEREOMODEL0, •..•...•••••.••..•••...••• 69

IV .8. ORTINrAÇÃO DE UM PAR DE FOTOGRAFIAS PARA OBSERVAÇÂO ESTEREOSCÕP_! CA G o . . . 1111 • • • Q o o o • • o • • • • • • •· • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 71 IV:9. FATORES QUE INTERFEREM NA ESTEREOVISÃ0 .••••••••••••••.••.••.•. 73 V,. P&~oooooooooooooo••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••75 V o 1 . INTRODUÇAO o . . . ,. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 75 ·

V.2. SISTEMA DE COORDENADAS FOTOGRÂFICAS DA LINHA DE V00 . • • • . • . . . 78

V.3. MtTODOS DE MEDIÇÃO DE PARALAXE ...••••••.•.•••••.•.••..••.. 79

V. 4. PRINC1PIO DA MARCA FLUTUANTE ...•....••.•••.••••••••..•.. · ·80

V.S. MtTODO ESTEREOSC6PICO DE MEDIDA DE PARALAXE .•••••••.••.•... 81

V. 5 . 1 . - COMO USAR A BARRA DE P ARALAXE . . . • . • • • • • . • . • . . • • . • . . • • 83

V. 6. EQUAÇÕES DE PARALAXE . . . • • • • . • • • • . • . • • • . . . -~5

V.7. CÁLCULO DE ELEVAÇÕES POR DIFERENÇA DE PARALAXE ..••.•.•.••..•.•. 89

(5)

VI VI.L VI.2.

VL3

PLANEJAMENTO DE UM VÔO AEROFOTOGRAMÉTRICOo ELEMENTOS BÂSICOS PARA UM PLANO DE VÔO.

J)rUSSÃO DE VÔO .••. o •.•. o .•••.

FINALIDADES DAS FOTOGRAFIAS.

PARA FOTOGRAFIAS At~AS ••

VII.

VII.L

SISTEMA DE CONTROLE

SELEÇÃO DOS PONTOS DE CONTROLE FOTOGRÂFICO .•••••

VIII,.

VIII. L

INSTRUMENTOS RESTITUIDORES ..•••••..•.••. o.

ESTEREOPLOTERES DE PROJEÇÃO ÕTI~ DIRETA.

VIII.l.l. COMPONENTES ••••.•••

. . . . . . . .

VIII~ SI.STEMA DE PROJEÇÃO.

. . . ....

VIII.l.3. SISTEMA OCULARES .•

. ..

VIII.2. ESTEREOPLOTERES DE VISÃO ÕTiaA-MEC~ICA.

. . .

FOTOINTERPRETAÇÃO •. o·o···

IX~l. N1VEIS DE FOTOINTERPRETAÇÃO •.

I .2. ESTÂGIOS DA FOTOINTERRPETAÇÃO.

IX.3. E~APAS DA FOTOINTERPRETAÇÃO . . .

CARACTER!STICAS DE UM FOTOINTERBRETE.

IX. l. ACUIDADE VISUAL ••.•.•..•..•

IX.4.2. PACitNCIA E ADAPTABILIDADE •.

IX.4.3. DISCERNIMENTO E BOM-SENSO.

EXPERI~NCIA PROFISSIONAL ..

..

.•

.

. .

• • • o •

. . .

. . . . . . . .

. . . . . ..

..

. . .

. .

. .

. .

. .

. ..

~

...

IX.4.5.

IX. S.

OUTRAS CARACTER1STICAS o • • • • • • o • • • • ~

IX.6.

. . .

QUALIDADES DO FOTOINTERPRETE •.

ELEMENTOS DE RECONHECI~NTO (FATÔRES

. . . . . . . .

GUIAS)

...

IX.6.1. TONALIDADE TOPOGRÁFICA.

. . . . . . .

o • ..

IX® 6 Q 2'"" FOF14A. ... . IX.6.3. PADRÃO OU MODELO.

IX.6.4.

IX.6.5.

IX.6 6.

IX~6 7.

DEMSIDADE •••

DECLIVIDADE.

TEXTURA .••

TAMANHO.

. .

IX. 6. 8. SOMBAA.c .•

IX. 6. 9.~. POSIÇÃO (GEOGRÁFICA OU

e & e o o o

. ..

. .... - ... .

• • o •

. .

. . . . ... .

o o a • e • • • o

REGIONAL)

IX.6.10 ADJACi!:NCIAS • • . . • • • • . . • . • • • • . . . -· . . o • • o • -. . . .

.

~

.

97

99 101 101 102

llC

112 113

115 116 118

ue

112 118 119 119

(6)

QUENA DISTÂ-NCIA • . • • • • . • . • . . • . • . . . • • . • • • • . • · ••••••••••••••••••••• 121 X. 2 . TIPOS :)E CÂl"íARAS TERRESTRES. • . • . • • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • . • 122 X. 2 . 1. FOTOTEODOLITOS • • • • . . . • • • . • . • . • . • . • • • • . • • • • • • • • ••••• • ••• • • • • • · 123 X. 2. 2. c_::!\,MA_;:{AS ESTEREO~'FRICAS •••.•.•••••••••••••.•••••••••••••••••• 123 X. 3. ÂNGULO HORIZONTAL E VERTICAL OBTIDOS ATRA'Vt:S DE UMA FOTO HORIZON

Tli<.-L . • . ., .. . . • • • • • • • • . . • • • • • • • . • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . 124 LOCAÇÃO DE PONTOS PELA INTERPRETACÃO DE DUAS OU MAIS FOTOS HORI

-

. -

ZONTAIS • • . • • • • • • • • • . . • • • • • • • • . . • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 126 X. 5. DE PARA.IAXE ... "" ••••••••• eo . . . o • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 128 X.S.l. CÂMARAS LOCALIZADAS EM ESTAÇÕES DE IGUAL ELEVAÇ~O •••••••••••• 128 X.5.2 CÃMARAS LOCALIZADAS EM ESTAÇÕES DE ELEVAÇÃO DIFERENTE •••••••• 130 X. 6. FOTOS TERRESTRES OBLÍQUAS ••••••••••••••••••••••••••••••••••••• • 131

(7)

01

AEROFOTOGRAMETRIA

I) Fotograrnetria I . l - Generalidades:

A palavra Fotograrnetria ê de origem grega, ·derivada de três palavras, tendo o seguinte siginificado: luz, descrição e medidas.

O uso mais comum da fotograrnetria ê na preparaçao de mapas plani-altirnêtricos a partir de fotos aéreas, podendo-se tam- bém, obter medidas confiáveis de urna fotografia, corno por ex: o comprimento de um aeroporto, de urna rua, a posição de urna autoestra da, o traçado de curvas de nível, a determinação da elevação de urna queda d'água, a posição relativa de dois automóveis depois de urna

colisão, etc •.

A fotograrnetria tem também sido usada nas estradas e nas explorações do espaço, vestígios de furacões e outros

bios da natureza que se movem através da terra.

X.2

~ Definição de Fotogrametria:

distur-

Fotograrnetria pode ser ·definido corno sendo a arte, a ciência e a tecnologia de se obter informações confiáveis de obje- tos físicos e do meio ambiente, através de fotografias, por medidas

e interpretações de imagens e objetos ..

A partir desta definição, a Fotograrnetria pode ser di vidida em duas áreas distintas:

a) Fotograrnetria Métrica : envolve medidas precisas e computacio- nais para determinar a forma e as dimensões dos objetos. ~ apli- cada na preparação dos mapas planirnétricos e topográficos.

b) Fotograrnetria Interpretativa identificação dos objetos.

ocupa-se com o reconhecimento e

• I

Pode-se classificar a fotograrnetria em duas outras ca tegorias:

c) Fotograrnetria Terrestre : as fotografias sao formadas a partir de câmaras localizadas na superfície da terra.

d) Fotograrnetria Aérea ou Aerofotograrnetria : as fotografias sao to rnadas a partir de câmaras localizadas numa estação no espaço

~or ex. um balão, avião,satélite, papagaio, etc). Atualmente é a

(8)

categoria mais difundida

A Fotogrametria interpretativa divide-se em:

*

Fotointerpretação : envolve estudos sistemáticos de imagens foto- gráficas, com finalidades de identificar objetos.

*

Sensoriamente Remoto : é um novo ramo da fotogrametria interpret~

tiva semelhante a fotointerpretação, aplicqdo para reconhecimen- to e identificação de objetos, sem contato fisico com eles, em que aviões e satélites são as plataformas mais comuns.

I . 3 - Um Breve Histórico da Fotogrametria:

" Por volta do ano 350 A.C. , ARIST6TELES, fez referên- cia sobre processos de projeção de imagens Õticamente, os quais fi- caram sem explicação por mais de 2. 000 ano5'.(ref. 6 e 9-)

Sómente no século XVIII, o Dr. Brook Taylor publicou seu estudo sobre perspectiva linear, e mais tarde, seu sobrinho, J.

H. Lambert sugeriu que o principio da perspectiva poderia ser usada na preparaçao de mapas.

A prática da fotogrametria nao poderia ocorrer, até que, o processo fotográfico fosse desenvolvido.

A partir do sec. XIX, o desenvolvimento da fotogram~

tria pode ser assim analisado:

*

1839 Invenção da fotografia por Louis Daguerre (Paris)

*

1840 Arago, geodesista françês, demonstrou o uso da fotografia no levantamento topográfico.

*

1849 : Cel. Aimé Laussedat, françês, usou a fotogrametria no ma- peamento topográfico. Laussedat, que é considerado o "Pai da foto grametria", trabalhou prodigiosamente e deixou um grande numero de trabalhos nesse campo. S~a maior contribuição foi seu método de usar teodolito em combinação com a máquina fo~ográfica foto teodolito. Este método de mapeamento é chamado atualmente de Foto grametria Terrestre.

*

1858 : Felix de Turnachon, Françês, conhecido por Nadar, fou uma área próxima a Paris a bordo de um balão.

fotogr~

*

1860 : primeiras fotografias aéreas realizadas nos E.U.A. a bordo de balÕes.

(9)

03

*

1867 : foi tirada a 1~ foto-teodolito da cidade de Paris pelo Cél.

Laussedat.

*

durante a Guerra Civil Americana o exército do norte tomou :roto- grafias aéreas, através de balÕes, das instalações de defesa do exército Sulino.

*

1917-1920: durante a Primeira Guerra Mundia~, fotografias aereas

-

através de aviões, eram tomadas por exércitos de ambos os lados, mostrando as situações e defesa do inimigo.

*

1920-19~0: inúmeros trabalhos foram publicados, aplicando-se a fo tointerpretação

à

geologia,

à

engenharia civil,

à

geo~Dafia,

à

e- cologia, à arqueologia e

à

engenharia florestal.

*

1939-1945: durante a Segunda Guerra Mundial, as fotografias ae- neas tomadas por aviões foi uma arma muito importante sobre as p~

sillções e dados do inimigo.

*Grandes desenvolvimentos surgiram a partir da Segunda Grande Guer ra mundial, não somente nos E~U.A. como também na Europa.

No Brasil por volta de 1900, foi fe:btó ·o :prim9ird tra- balho de Aerofotogrametria, com o mapeamento da Ilha do Governador

(RJ}.

O primeiro grande passo nesta área foi a obtenção de imagens radamétricas e de satélites no Projeto RADAM, hoje RADAMBRA SIL,incumbido de mapear a região amazônica através de imagens produ zidas por intermédio·de radar apropriado. Inicialmente em associa~

ção com a Gooddyear Aerospace Corporation, diretora da Tecnologia.a LASA Engenharia e prospecções S.A., completou em 1976 o mapeamento de todo o território brasileiro.

I . 4 - Aplicações da Fotogrametria:

Em face da maioria das aplicações dos métodos fotogr~

métricos na arte do mapeamento, pensa-se geralmente que a fotogram~

tria

é

a ciência das medidas para os inventários da superfície da Terra. Entretanto, a Fotogrametria pode ser usada em diferentes cam pos. A lista descrita abai~o apresenta os diferentes campos de atua çoes da fotogrametria.

1. Cartografia : confecções de mapas

(10)

~.1 :ons~~ucao de Est~adas

~econhecimento para ante-projeto;

para elaboração de projeto final;

c-:.::.lc ã.o moviment.o de terra · eto de drenagem;

*

localização de jazidas;

outros.

de Barragens

*

escolha do eixo da barragem;

estudo das condições do terreno da fúndação;

*

outros~

Cons-crução de Porcos e Canàis

_ Es~udo ae Localizacão Industrial

Transmissão e Distribuição de Energias El~trica

2.6 Construção de Aeroportos

escolha da orientação da pista;

es das elevações para estudo das interferên- cias nas superficies de proteção;

outros.

- 7

determinação das bacias hidrográficas;

*

cálculo de áreas de reservatório; ' le de enchentes

outros, 3 - GEOLOGIA

(11)

*

relevo;

*

recursos minerais;

*

mapeamento;

*

geotecnia;

*

outros.

4 - PLANEJAMENTO ·DE CIDADES E DESENVOLVIMENTO URBANO

*

estudo do melhoramento do tráfego;

*

estudo do crescimento urbano;

*

aumento das áreas de estacionamento;

*

aumento das utilidades públicas (praças, parques, etc . . . ) .

5 - AGRICULTURA

*

cadastramento;

*

planejar o uso da terra;

*

determinar o tipo e a qualidade do solo;

*

planejar o contrôle de erosão;

*

programar reflorestamentos;

*

estudar o uso atual da terra;

*

outros-r

6 - MEDICINA E CIRURGIA

*

fotografias de raio x;

*

localização e medidas de fraturas;

*

crescimentos de corpos estranhos;

*

e outros;

7 - ODONTOLOGIA

05

*

estudos de cavidades e anormalidades com os dentes

*

e outros~

8. - ARQUITETURA E ESCULTURA

*

delinear e duplicar a arte da gravura, modelos e

(12)

9 - ASTRONOMIA E TECNOLOGIA DO ESPAÇO

10 - FINS MILITARES

11 -ENGENHARIA FLORESTAL

*

inventário de florestas;

*

estimativa volumétrica;

*

outros.

I . S - Os Problemas da Fotogrametria:

As dificuldades que os fotogrametristas encontram p~

ra obter medidas precisas e cópias seguras, de mapas,ern outras da- tas diferentes daquelas que as fotos foram lfieitas e obtidas são:

a) as condições de obtenção dos negativos e seu posterior armazena- . 1Jhento, não se aproximam das condições ideais;

b) astransferências de informações contidas nos negativos originais para os mapas compilados raramente pode ser feita com completa ~

xatidão;

c) a superlí~e da terra nao é plana, horizontal e lisa.

A fim de apresentar a grande dificuldade para bhten- çao de fotografias sob as condições ideais,

é

apresentado abaixo os principais problemas inerentes · a fotogrametria:

1) Cada exposição deveria ser feita exatamente na posição ideal e na altitude ·previamente determinada;

2) O eixo ótico da lente deveria ser fei~~ exatamente na ~cal no momento da exposição (para as fotografias verticais) ou o ângu- lo de desvio a partir da vertical deveria ser exatamente cálcula do;

3) A câmara deveria ser orientada, no momento da exposição, cem:> foi planejado com antecedência;

4) Não deveria haver nenhum movimento do avião com relação

à

terra no momento da exposição (periodos de tempos durante o qual o obturador da câmara permanece aberta.

(13)

07

5) A câmara deveria ser completamente livre da distorção das lentes e óticamentes perfeitas;

6) A câmara deveria ser perfeitamente ajustada de maneira a perma- necer estável no instante de exposição (a parte mecânica da má- quina funcionando perfeitamente);

7) A superficie de emulsão do filme e do prato deveria ser perfeita mente orientada com respeito às lentes, no momento da ·exposiçao

(perpendicular ao eixo ótico das lentes);

8) A emulsão deveria ser de espessura uniforme e deveria ter uma re solução infinita;

9) A base do filme deveria ser perfeitamente estável em·dimensão;

10) As condições atmos:6.éricas deveriam ser pet:fei tas no momento da exposição (sem a presença de nuvens e névoas, de modo, a reduzir a refração atmosférica).

Devido aos problemas fotogramétricos acima relacio- nados, derivam-se limitações da fotointerpretação, que passamos a enumerar a seguir:

a) deslocamento radial, a partir do centro da fotografia, distorções, ou seja, distâncias e direções imprecisas;

b) menores erros na porção central da fotografia;

c) as elevações não são vistas em forma absoluta, gerando posições e alturas gerais de montes e vales;

·gerando

·s.omente d) baixa confiabilidade na observação de fotografia submersa;

e) regiÕes planas recobertas por florestas densas, etc.

I.6 - Câmaras Aerofotogramétricas I.6.1- Câmaras Fotográficas Comuns

Em sua concepçao básica, a câmara fotográfica é uma caixa escura composta por um sistema de·Lentes (objetiva), um dia- fragma, um obturador e de um anteparo (filme) sobre o qual será pr~

jetado uma imagem.

-

Passamos a analisar as partes principais de uma cama- ra fotográfica comum:

*

Objetiva:

t

composta de um conjunto de lentes convergentes cuida- dosamente. confeccionadas e instaladas, no qual, projeta sobre o filme uma imagem plana invertida do objeto.

(14)

O

objetiva

Figura 1: Esquema de uma máquina fotográfica comum

A imagem projetada será nítida somente se o filme es- tiver localizado a uma distância especificada da lente. Essa .. ; distân

cia dependerá da distância focal da lente e da distância do bbj.eto a lente. O contrôle'dessa distância é'feita por um sistema regula- dor de focalização.

A objetiva fotográfica e, sem dúvida , a parte delicada e de maior custo de todo o equipamento.

A figura 2 apresenta o esquema da objetiva da fotográfica, · sendo representada simplesmente pelo ponto "0"', ja, o centro Ótico da lente.

mais

-

camara ,ou se

*

Obturador: consiste de um sistema montado, entre os elementos da objetiva (lentes), ou sobre o filme (o tipo empregado mais oomu-

- " q

nente e

o

entre lentes).

A função do obturador é de controlar o tempo de exposição do fil- me

à

luz.

Nas máquinas atuais esses tempos variam de 1/100 s a 1/ÍOOO s. Lo go, esse intervalo de tempo deve ser suficientemente pequeno para .que o deslocamento da imagem não atinja o limite da acuidade vi-

sual, o que produziria imagens arrastadas.

(15)

f

f

H

+-

N {terreno) NADIR

negativo

09

8

Figura 2: Esquema da objetiva da câmara fotográfica. ( REF. 2)

*

Diafragma: Asstm como o obturador, o diafragma controla a exposi- ção do filme, ou seja, controla o diâmetro do feixe luminoso em função da intensidade da luz do espaço objeto. Exerce ainda a fun çao de reduzir as aberrações esféricas eliminando os raios lumino sos incidentes próximos aos bordos das lentes do sistema.

Nas máquinas mais modernas o diafragma é regulável conforme a es- Cala denornin:ado . "f" - números em série, _tais

4,0; 5,6; 8,0; 11,0; 16,0i 22,0; 321f}.Estes te proporcionais ao quadrado da quantidade

como: 1;, 4; 2 , O i 2,. 8;

números são inversamen de luz absorvida.

Uma cãmara fotográfica rudimentar tem o obturador com o tempo de abertura fixo de 1/40 s, o diafragma com apenas uma a- bertura fixa e o sistema de lentes fixo, de maneira a produzir ima- gens nítidas para objetos localizados a mais de 2m da câmara.

A lente que forma a imagem na câmara é uma lente con-

(16)

vergente que na sua forma maís simples seria uma lente bi-convexa. Es te tipo de lente capta os raios de luz paralelos e converge-=os para o ponto atrás da lente, denominado foco, derivando uma imagem real e invertida. A distância deste ponto, chamada distância focal, de- pende do raio de curvatura da lente e das prioridades próprias do material da lente. Vide figura 3.

f

p p I

Figura 3: Mostrando· a detenninação gráfica de imagens para objetos considerados no infinito. (REF .1)

*

Da figura 3 temos:

em que:

*-0, centro Ótico da lente;

*

F foco da lente;

*

f distância focal;

*

P distância do objeto a lente;

*

p' : distância da imagem a lente.·

A distância focal de uma lente pode ser dada por:

1 f

n

( n - 1 )

sao os raios das lentes utilizadas;

indice de refração do lente.

(lJ

(17)

11

A equaçao (1) é chamada Equação das Lentes ~Delgadas

po~ permite calcular a distância focal de uma lente em função dos raios de curvatura e do indice de refração do material. Podemos tam bém escrever a equaçao (1) da seguinte maneira:

+ 1 ==

p•·

1 f

OBS: A utilização~ equações (1) e (2) requer o conhecimento

(2)

vio da convenção de sinais dos parâmetros indicados. A conven- ção normalmente aplicada é demonstrada na referência (1).

1.6.1.1- Distância Focal e Escala de Imagem

A escala de imagem ou escala de reprodução, é a razao entre o tamanho da imagem e o tamanho do objeto, por ex. 1/20.

Para um dado objeto a uma dada distância, a escala da imagem dependerá da dtstância focal da lente. Uma câmara noiDmà~us~

almente tem uma distância focal aproximadamente igual a diagonal do quadro coberto pela imagem.

Uma lente com maior distância focal dará uma imagem em escala maior , mas necessariamente cobrirá uma parte maior da ce na em frente a câmara.

~A'B'O'

ou seja,

Da fig. (3) por semelhança dos triângulos ~ABO' e AB

A'B'

BO' B'O'

o

=

p

i P'

(3)

1.6.2 - Câmara Fotográfica Aérea

Apesar de o funcionamento dessas câmaras se basear nos mesmos principies que regulam o das câmaras comuns, . distinguem-se destas pelas muitas adaptações técnicas acrescentadas para a finali dade a que se destinam. Assim,entre outras, possuem maior capacida-

(18)

de de filme e o formato de cada foto é bem maior que o normal, além disso, o funcionamento é automático e nela acham-se incorporados~

tos outros mecanismos adicionados com a finalidade de tornar as op~

rações o mais possivel simples e velozes e a obter resultados de al ta precisão.

Mesmo com um grande número variado de camaras aereas existentes no mercado, podemos, de um modo geral, representar a es- trutura de uma câmara aérea, distinguindo três partes básicas que a compoe: o cone porta-objetiva, o corpo ·da câmara e o magazine.

Na figura 4 temos um esquema de uma camara aerea,e na figura 5 e apresentado esquematicamente a sua instalação num avião

'

I

'

I

obtu.ro.dor

Figura 4: Esquema de câmara aerofotográfica . ( REF. 2 )

1) Cone Porta-Objetiva (A), sobre o qual é montado:

*

Obturador: tem caracteristicas semelhantes as camaras comuns;

*

diafragma: Nas câmaras aéreas está situado entre as lentes e antes

(19)

@

Cone porta objetiva

@

Corpo da câmara

@

Chassis do filme

@

Q,sposifivo de suspensão

@

Reqvlador de recobnmenfo

Figura 5: Câmara Fotogramétrica RJVIK 21/lS(Zeiss-Aerotopograph) e sua instalação num avião.(REF.3)

'

, )

(20)

do obturador. Apresenta características de funcionamento sernelhan tes as câmaras comuns;

*

Sistemas de Lentes: estabelece a convergênqia dos raios luminosos, procedentes do espaço objeto, no foco. Sempre que possivel, deve estar isento das aberrações e distorções, bem corno, deve ~ossuir

alto poder resolutivo e grande luminosidade.

*

filtro: filtros coloridos costumam ser colocados em frente

à

obj~

tiva para evitar a influência nociva, para o filme, dos raios a- zuis da atmosfera; são também usados para compensar a nevoa sem- pre presente na atrnosfera,ern maior ou menor densidad~e para ob- ter, juntamente com emulsÕes fotográficas especiais, efeitos foto gráficos ressaltando certas côres em re1ação a outras, para da- dos tipos de fotointerpretação.:

2) Corpo da Câmara (B), na qual é montada na frente o cone da Porta objetiva e atrás o chassi do material sensivel (filme); aqui e arranjada a maior parte dos dispositivos(conexões elétricas)para regular o tempo de exposição(intervalôrnetro), para o funcionamen- to do obturador, para enrolamento do firne e para dispor o filme perfeitamente distendido no plano de exposição. Comumente , nas máquinas mais recentes, o corpo da câmara constitui um todo Úni-

co com o cone porta-objetiva.

3) Magazine (chassi de material sensivel (C), é o dispositivo dest!

nado a conter o filme fotográfico que está enrolado numa bobina e que se desenrola passando sobre o plano de exposição e enro- lando-se novamente em urna seg~nda bobina. Este êhassi tem urna ca pacidade de filme no~rnalrnente suficiente para algumas

de exposições.

centenas

Além desses dispositivos, as máquinas :fotográficas ae reas podem ser dotadas de outros disp~sitivos adicionais; entre.

os mais importantes podemos citar:

a) Mecanismo de Suspenção(D)

Cuja função é amortizar as vibrações do avião, sendo também, frequentemente, dotado de um movimento cardârnico (movimento em todos os sentidos em torno de um ponto)que junto, a um nivel de bolha, permite ao operador manter a orientação da câmara em urna po- sição relativamente correta.

(21)

15

b) Regulador de recobrimento (E)

Permite tirar automáticamente fotografias sucessivas a intervalos pré-determinados. ~ dotado de um visor por meio do qual o operador pode observar a exata área coberta por cada fotogr~

fia e estabelecer assim o intervalo de tempo correto entre as su cessivas exposiçÕes, além de poder orientar corretamente a câmaraem relação a linha de vôo.

A câmara aérea

é

caracterizada pelo formato do negatl vo , pela distância focal da objetiva e pelo ângulo de campo da ob-

jetiva.

As dimensões mais comuns dos negativos sao 23 X 23 em e 18 Xl8 em.

As distâncias focais variam por sua vez normalmente entre 100 rnrn e 305 rnrn, sendo as mais cumunentes encontradas: 88 rnm, 100 mrn, 131 mm, 153 rnm, 210 rnm e 305 mm. As três primeiras são do tipo 11ângulo largo", as qtilais são convenientemente usadas na produ- çao de fotografias para instrumentos estéreo-plotadores de primei- ra ordem.

Lentes com curta distância focal, sendo cons.tante o formato fotográfico e a altura do vôo, permite a ampla cobertura do terreno (as fotos resultantes terão, portanto, menor escala); as distorções óticas das imagens nas margens das fotos, ou seja, osdés locarnentos das imagens devido ao relevo são, contudo , maiores, sen do tanto mais danosas quanto mais acidentada, fotográficamente, for a região fotografada. Desejando-se reduzir os deslocamentos das ima gens devido ao relevo, mantendo constante a área do terreno coberta por urna única fotografia de urna dado formato, podemos usar distãn cias focais maiores desde que ,se voe a cota mais elevadas. Devido a isso, prefere-se, para regiÕes muito montanhosas, usar objetivas com gran de distância focal, enquanto objetivas de distância focal média 210 rnm ) são frequentemente, de melhor'utilização para regiÕes me- diamante montanhosas.

Em relaÇão a ângulos de campo, distinguem-se lentes de grande ângulo, quando este é superior a 1009, as lentes de ângulode campo normal, quando este

é

compreendido· entre 759 e 1009 e lenues

·telefotos com ângli:!.lo ;inferior a 759.

(22)

Os padrÕes mínirros de uma camara aerea de precisão, ca librada para tirar fotografias verticais, a serem utilizadas em ma peamento através de instrumentos estereofotogramétricos, são os seguintes

1) a camara aerea deve ser equipada com um sistema de lentes de alta resolucão e mínima distorcão.

" "

Ex: Câmara Aérea ZEISS RMK A 15/23 Câmara Aérea Wild RC-5.

2) O plano focal da cân>ara aérea precisa ser colocado de maneira a ter a distância focal no redor de 153 mm. A variação máxima pe~

mitida dessa distância focal

é

de± 3,0 mm;

3) A câmara &ve funcionar na altitude especificada e expor uma fil- me de formato de 23 em X 23 em. As lentes, a distância focal e

as marcas fiduciais precisam estar orientadas uma com a outra e permanentemente fixadas nessa orientação;

4) A câmara precisa produzir as marcas fiduciais em cada negativo para uma locação precisa do ponto principal (centro geométrico).

5) O magazine onde o filme

é

colocado, deve ser equipado por um sistema formado de vácuo no plano focal, de modo que, no momen- to exato da exposição o filme fique be:.":l esticado e perfeitamente na horizontal. Isso

é

muito importante para as fotografias aereas visto que, a falta de horizont~lidade do filme proporciona dis- torções inadmissíveis da imagem do terreno.

I.6.2.2. Obtenção de uma Aerofoto Vertical e sua Termilogia.

O esquema básico para obtenção de uma fotografia ae- rea é demonstrado na figura 2, onde:

f: distância focal da câmara (distância entre o foco da lente e o negativo da película);

H: distância da perpendicular entre o centro Ótico e o terreno no momento da exposição, ou seja,

é

a al tura relativa do vôo;

(23)

17

Nadir: é a projeção vertical do centro da camara sobre o terreno ho momento da exposição. Quando a fotografia é absolutamentever

tical o "nadir" coincide com o p~nto central, isto é, com a prOJeção de eixo Ótico.

I.6.2.3 Indicações Constantes de uma Foto:

a) Marcas Fiduciais

são também chamadas de "marcas de colimação", as quais sao registradas no negativo, em cada exposição, no meio dos quatro lados da fotografia. Essas marcas podem ser dos mais variados tiposi mas o mais comum é visto na figura 6, a qual é projetada de 3mm a Smm, em direÇão ao centro da fotografia. A inbersecção das duas li~

nhas que unem as marcas fiduciais opostas estabalece o "centro Ótico ou ponto principal) e também o eixo geométrico da fotografia. O e±- xo "X" da fotografia é usualmente a linha de vôo e o eixo "Y" é pe!_

pendicular a linha de vôo.

pk:Ístico transparente

,onto príncipe!

Figura 6: Marca Fiducial e ponto principal da fótografia aérea. (REF. 2 ) b) Indicadores de VÔo: (vide figura 7)

*

nível de bolha: proporciona a análise da inclinação da foto;

*

relógio: facilita a análise das sombras;

*

altímetro: dá a altitude de voo (barométricamente). ~ um pro- cesso impreciso, podendo ocasionar erros de até 2%.

(24)

L

0 _

oltimetro

!

at cto ciuae na

0--

atnfeto

distlReie focol

Figura 7: Foto Aérea com os indicadores de vôo. ( REF. 3)

OBS: Quando se deseja uma maior precisão da altura , utiliza-se b

~P-.R. (!Airborm Profile Records) baseado na emissão de ondas eletromagnéticas. Neste processo o desvio médio padrão é cerca de 3m.

I . 7 - Tipos de Fotografias Aéreas:

As fotos aéreas sao usualmente classificadas seguintes critérios:

a) quanto a geométr~a, ou seja, orientação do eixo da câmara

*foto vertical;

* foto oblíqua - alta - baixa

com os

b) quanto a escala : não existe na prát~ca, uma linha divisória entre fotografias de escalas grandes e pequenas. A maioria dos foto-intérpretes consideram que as fotos maiores que l:lO.OOOsão escalas grandes e menores que 1:10.000 são fotos de escalas pe- quena.

c·) quanto ao espectro

* pancromática

*

infra-vermelha ;

(25)

*infra-vermelha colorida;

*

fotografias coloridas.

d) quanto ao uso:

*

para mapeamento;

*

para reconhecimento;

*

especiais.

e) quanto ao processo de obtenção:

*para estereoscópico;

*

foto continua;

*

foto composta.

19

Esta apostila analisará apenas a classificação quanto a geometria, e as demais classificações poderão ser encontradas na bibliografia.

I.7.l Classificação Quanto a Geometria I.7.l.l Fotografias Aéreas Verticais:

são aquelas fotografias em que no momento da cena o eixo Ótico da câmara coincide com a vertical do lugar fatqgrafado.

No caso em que esta coincidência não seja absoluta, esta foto pode ser atribuida a: (vide figura 8).

*

inclinação do nariz do avião;

*

inclinação da asa do avião.

Atualmente, com os modernos métodos de navegaçao ~

pode-se obter fotografias com um desvio vertical menor que 29, erro este, que pode se considerado desprezivel em face das demais distor ções, como por ex. distorções nos bordos.~ terreno inclinado,etc.

Numa foto vertical , as definiçÕes das imagens sao, geralmente, uniformes para a área interna e se o terreno fotograf~

do é mais ou menos plano, a escala fotográfica se mantêm constantes em todos os pontos.

Essas fotos tem aspecto de um mapa ilustrado; aprese~

tarn grande número de detalhes e fornecem urna visão do terreno a mais completa e uniforme possivel. Não obstante, mesmo quandoa·área fotografaqa mostra relevo de cerca altitude, especialmente quando

(26)

Nadir ponto central A)

B) Nodir ponto

centrQI

Figura 8: Dois casos de fotografias verticais em que o eixo Ótico não coincide exa tamente com a vertical do lugar. No primeiro caso

é

por inclinação do nariz do avião e no seguado

é

por inclinação da asa. ( REF. 5)

sombras não estão presentes, a observação de uma única foto verti- cal não permite ter idéia do releVOi ela se representa, além disso, sob uma perspectiva não familiar e mais dificilmente intelígivel do que as fotos obliquas.

Apresenta-se também, a figura 9 onde sao dadas as re- lações geométricas nas fotos verticais.

As fotos verticais sao largamente utilizadas na ·con-

-

fecção de mapa, na agricultura e aquisição de informações gerais. Suas vantagens sobre as fotos oblíquas são:

1 - As medidas são obtidas facilmente através das relações ~eométr1 cas.

2 - A detecção e reconhecimento de objetos sao fa~ilitados pelo fa- to da forma da imagem, estas mais próximo do real.

(27)

21

I ! __

!--

n:P-s

" N:;;;; -

I

!a-Sterreno \ \

f -ctistheio focal N - nodir sobre o terreno 11 -altar& re lotiwa cte vlio n -I>Odir sobre em fotos

Pl rPz• P3 -entro a das f o toa

Figura 9: RelaçÕes geométricas nas fotos aéreas verticais. (REF. 3)

~

-

A desvantagem e que as fotos nao apresentam uma pers~

pectiva familiar.

1.7.1.2 Fotos Aérea Obliquas

são aquelas feitas com-o eixo da câmara intencional- mente direcionado entre a horizontal e a vertical, ângulo que, nor- malmente ocila entre 99 e 279 para as fotografias aéreas, podendo~

maior nas fotografias tomadas por satélites.

As fotos oblíquas admitem uma sub-classificação: óbli qua alta e oblíqua baixa. Os termos "alta" e "baixa" nao se referem a elevação do avião sobre o ter~eno mas só ao ângulo de inclinação do eixo Ótico da câmara em relação a vertical.

(28)

I .7 .1.2.1 Fotos Obliquas Altas ou Panorâmicas

O eixo ótico é inclinado de tal modo que nessas fotos apareça a linha do horizonte aparente ou visivel, isto e, a liaha, aproximadamente reta, de limite entre a terra e o ceu, vista o pon- to "O". Tal tipo de foto tem o mesmo aspecto de urna foto panorâmica tornada do alto de urna elevação.

A linha do horizonte aparece esfurnaçada e indistinta devido a névoa atmosférica.

A escala decresce progressivamente dos primeiros aos Últimos planos e consequenternente quanto mais longe estiverem os objetos fotografados, menor é a definição das respectivas imagens fotográficas.

foto obl tquc<Gitc

Hr-+-+~--~+-+-+-'

0

terreno

· Figura 10: Relações geométricas de urna foto obliqua alta.(.REF.3)

(29)

23

1.7.1.2.2 Fotos Oblíquas Baixas

O eixo Ótico da caRtara

é

menos inclinado em relaçãc a vertical do que nas oblíquas altas, a linha do horizonte visível nao aparece; quanto ao resto, a?resentam as mesmas características das oblí0uas altas, se bem que menos acentuadas. O terreno coberto será menor assim como as variações de escala entre os primeiros e os Últimos olanos.

..,e:::. r""

b. f-

-- -

r-I-1-

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k-+-

~ : N I

~?62

' ...

terreno ' , A

P2 Ci~

_...,.-,.-

l

lN-

M.· p2

2-.___ I

...

_

Figura 11: RelaçÕes geométricas de urna foto obli.qua baixa· ( REF. 3)

Existem também outras formas de se fotografar uma re- gião; uma forma especial é o sistema T~~metrogon, composto de Qma câmara multipla dotada de três objetivas: uma com eixo ótico verti·~

(30)

cal e as outras duas inclinadas obliquas, com um ângulo de 609 em

relaç~o a vertical.

Figura 12: TRIMETRCGON, mostrando o esquema de três câmaras fotográficas que atu- am simul tâneamente. A câmara central está preparada para tomar foto- grafias verticais, enquanto que as laterais são preparadas para to-

,

-

~ ~

-

mar fotografias oblíquas, com angulo de 30º com relaçao a vertical.

(REF.S)

O sistema Trimetrogon oferece uma sér~e de vantagens sobre as fotografias verticais em algumas ocasiões. Estas DOdem ser:

1) o menor custo de vôo, ~ois pode cobrir ra~idamente e com número de passadas uma determinada zona;

menos 2) o conjunto de fotografias tiradas nor este;meio permitem uma ra ~

pida inspeç~o do terreno, dada a grande extenção de coberturadas

(31)

25

fotografias oblíquas altas;

3) as condições de navegação na to~adas das fotografias nao sao tão orecisas como as que se exigem na tomada de fotos verticais,~

to a constância de direção, altura, verticalidade da câmara no momento da exposição, etc, ?elo qual 9ermite tirar fotos com F-Ui to menos custo.

Contudo, as desvantagens oferecidas nor este sistema são também consideráveis, como nor ex:

1) as fotografias oblíquas são de qualidade muito inferior as verti cais;

~) as escalas das fotos oblíquas decresce rapidamente próximo aos bordos, proporcionando a execucão de trabalhos com uma certa pre cisão. Deste modo, a escala do ponto central nas fotO<Jrafias obliquas vem a ser a metade da do ponto central das f<D.tografias verticais.

Por estns razões, o sistema Trimetroryon

é

aplicado so mente para inspeçãoprévia de grandes áreas, a fim de se delirütaras

zonas mais convenientes nara um reconhecimento ryosterior mais deta- lhado.

I.3 Fatôres que Afetam o Vôo aerofotogramétrico

Antes de iniciar algum trabalho de aerofotogrametria, alguns fatores devem ser considerados no :?lanej amento de um voo:, tais como:

a) aeronave utilizada;

})) condições de.tempo;

c) posição do sol;

d) altitude de voo;

e) direção do voo;

f) habilidade pessoal dos·operadores;

g) precisão da máquina fotográfica.

I.S.l Aeronave

Uma aeronave para ser utilizada em vôos aerofotogra~~

tricos deve ter as seguintes características:

1) ter boa estabilidade de vôo, nricipalmente durante o ciclo de operaçao da má0uina fotográfica;

(32)

2) vôos elevados assegura~ e ajuda~ a obtenção de fotos com u~ mini

~o de incli~a~ão:

3) visão desobstrúida em todas as dire0ões (~ara os dois lados e na ra baixo) navegação corro para identifica0ão de ~arcas no solo;

4) capacidade ?ara atingir altitudes adequadas;

5) tanque de gasolina com boa capacidade ~ara um grande rendimento de trabalho em dias claros e limnos, ?Ois do contrário muito te~

no seria perdido (no mínimo 6 horas de vôo sem interrunção );

6) ter es~aço suficientemente grande para acomodar confortavelmente o aviador, o o~erador, a máquina fotográfica, sunla~entos de fil mes, manas de vôo e outros equipamentos;

I.8.2 CondicÕes de Temno

As condicões ideais nara se realizarem , u~ voo aerofo~ -

togra~étrico e 1aquele em que o dia esta livre de nuvens, poluição e neblina, o sol está alto o bastante nara diminuir a existência de sombras indesejáveis, e a velocidade do vento e a turbulência do ar na altitude do vôo são mínimos.

I.S.3 Posicão do Sol

Outro fator que influencia na qualidade da foto e a nosicão e a altitude do sol. A ?resença de sombras grandes tende a obscurecer detalhes ou porçoes de fato. Bor outro lado, fotos obti- das em ?Osições do sol em que a existencia de sombras é mínima, ten de a to~ar os detalhes indistinguíveis.

I.8.4 Altitude de Võo

~ determinada básicamente nela escala desejada nara a fotografia.

A altitude de voo para maneamento, variam em média de 5.00>0 nes a 25.000 nes

-

(1.500 a 7.500 m ).

I.3.5 Direcao do Voo

A determinação da direção do voo dependerá do tipo de detalhes que se deseja obter e da finalidade das fotos obtidas.

Quando um avião está fotografando uma determinada área,

(33)

\

I

..

· ~

,;. 27

ele voa eP.l um determinado s·entido, voltando-se depois segundo !.li- nhas orédeterrninadas (em geral tendo direções E-N ou N-S) paralelas entre si e igualmente espaçadas, tirando, para cada linha, uma se- guência continua de fotografias, chamada "faixa de fotos".

Idealmente a melhor direção de vôo deveria ser a con- trária ao sol (N-S), mas geralmente utiliza-se a E-~v e T··J-E.

Foix

-

Figura 13: Tomada sistemática de btografias aéreas . (REF. 5)

I.~.6 Habilidade dos Oneradores

Faixa 2 LESTE

~ -+-

..-/

Foixo 3

... Nem seP.lnre o niloto do avião consegue voar precisame_!l te segundo linhas de vôos ~rêdeterminadas, es~ecialrnente quando e- xiste vent9~. A presença de ventos contra o flanco do avião gera uma certa "dei>iva" e, se o pilotb não operar nenhuma correção, a dire- ção do vôo será desviada em relação a plane}ada e o recobrimento lon gitudinal não será correto.

I . 9 Vôos Fotográ.ficos

Para cada faixa, as fotografias devem ser tornadas com uma frequência tal que todos os acidentes do terreno aDareçarn pelo menos em duas fotos consecutivas; isto porque só assi~ elas peidem

.,

Referências

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