V. S.l. Como usar a Barra de Paralaxe
9) fazer tri& leituras cada ponto; levar o 9onto da dir~ita ~a-
83
Ma.n:a. de Leit wrtl
Figura 53: Diagrama esquemático de uma barra de paralaxe · (REF.h)
Da figura 53 temos:
\pa
=
xa x'a\
(36)J~a =
D (K-ral\ (37)Define-se como sendo D - K a constantes da barra de oaralaxe (C).
logo:
fpa
=
C+ra ( 39 ,,onde:
pc paralaxe do nonto ~;
C constante da barra de paralaxe utilizada na medi c,ao;
rc leitura do micrômetro
A equaçao (39)
é
utilizada para os casos em 0ue a bar ra de oaralaxe atsenta a leitura com aumento de naralaxe. Nos casos em que a leitura jecresce com o aumento de paralaxe, o sinal algébr~co de r deve ser revertido ou seja:
~ = c -
ra \ (40)Exemnlo:
Mediu-se num estereopar a paralaxe do nonto ryrincinal d2 ~0to da direita na foto da esquerda, obtendo-se D
=
10 em. Ajus-tou-se a graduação da barra de naralaxe para que nesse conto indicas se a leitura r=
2,0 em. Qual a oaralaxe do outro nonto nrincinal se a barra de oaralaxe indicou medida r=
~,523.c =
10.000 - 2.000=
8.000p
=
8.000 + 2.523=
n=
10.523 em85
Normalmente, devido a inclinação da foto, altura de voo variável, deformação do napel e erro de medição, o valor calculado pela barra de paralaxe e o valor medido diretamente na foto não ·.são iguais. Neste caso adota-se um valor médio entre as duas medidas.
_Na prática, algumas vezes ~s pontos nrincinais estão defazados de maneira que a separaçao entre as fotos (nara se obtervj são estereoscónica) , torna difícil a obtençã6 da medida com a barra de paralaxe. Neste casos, ~uaisquer dois pontos pode ser adotados.
Uma das vantagens de medição de paralaxe estereoscóni camente e a rapidez em relação ao monoscópico. Outra grande vantagem e a maior precisão que se obtem, não na medição, mas sim nela escala que se tem na barra de paralaxe.
Para se determinar a constante da barra de paralaxe
(c) usando os nontos principais, mede-se Primeiramente as distâncias h e b I • (vide figura 54) •
figura 54: Paralaxe de pontos principais.(REF.6)
Em seguida a marca flutuante da barra de naralaxe e estereoscónicamente fundida na nonto principal esnuerdo 01 . e o valor ro1 é lido no micrômetro, onde se obtem Cl
=
b' - ro1. A marca flutuante é denois colocada estereoscónicamente no ponto nrincinal 02 e o valor fo2 é lido no micrômetro, onde se obtem C2=
b - fo2 •o
valor a ser adotado para C é dado nela média de C1 e
c
2 , ou seja, dos valores obtidos.V.6. Eauacões de Paralaxe
A figura 55 ilustra um !}ar de fotografias verticais r~
cobertas, tornadas a uma mesma altura de vôo sobre um plano dP. refe-rência (daturn) . As imagens de um oonto objeto A aparecem na foto na esquerda e da direita com as imagens ~ e ~·, respectivamente. A oo-sicão nlanimét~ica do ~onto A no terreno é dado em termos de
coorde-naà~s Xa e Ya. O sistema de eixos XY terrestre tem sua origem no no~
to P (nrolongamento vertical do ponto nrincipal
Q
da foto da esquer-da); o eixo X esta no mesmo plano vertical que contém os eixos foto-')ráficos x e x' ; o eixo Y também nassa através do ponto P (ponto r;>ri.r;cinal do datum) e é perpendicular ao eixo X. De acordo com essa defi nicão, cada estereopar de fotografias tem séu prónrio e único siste-ma de coordenadas terrestre.
gura 55: Geometria de recobrimento de um par de fotografias verticais· (REF. 6)
-Pela semelhança de triângulos na figura 55, nodemosd~
duzir as seguintes equaçoes:
Seja os 6. L1 oay e 6. L1AõAy, tem-se que:
YA
=
~--- ( 41)
H-h f
d'onde se obtem:
YA
=
(H - hA) ( 47)dos triângulos ~ L
1o ax e ~ LiAoAx, tem-se XA
H -hA d'onde
obtem-se-IXA
=
=
xa f
xa (H - hA) f
87
(43)
(44) considerando os tri~ngulos semelhantes ~ L2o'a'x e ~ L~A'oAx, tem se:
B XA
=
-x'a---H - hA f
d'onde se obtem:
~~-X-a---=---B--+ __ x_f_'a----(-H ______ h_A_)~
Igulando-se as equaçoes (44) e (46), obtem-se:
hA
=
H - B*
fxa- x'a
fazendo pa
=
xa- x'a e substituindo em (47)substituindo
r
hA = H-
B(43) na equaçoes Xa
=
B;I
Ya
=
B ~pa
*
fpa - /
(42) e ( 44)
onde: h A = elevação de nonto A sobre o datum;
H = altura de voo
-
sobre o Datum;B = aerobase
f = dist~ncia focal da camara;
na = naralaxe do oonto A
XA,YA = coordenadas terrestres do nonto A xa;ya = fotocordenadas do nonto a
-(45)
(46)
( 4 7)
(48)
(49)
As equaçoes
-de Equacões -de Paralaxe.
( 4 3) f (49) e (50) sao comumente chamadas
Exemnlo:
Um par de fotografias verticais recobertas, foram to-madas de uma altura de vôo de 17.33 m acima do nivel do mar, com uma
camara de distância focal igual 152.4 mm. A aerobase (B~1 foi de 390m.
Com as fotos corretamente orientadas, leu-se na barra
Y01 VCz_ de paralaxe
12,57 rnm e 13,04 rnm obtidas com as marcas flutuantes '1.os nontos J?ri!!
cinais
o
1 eo
2, resJ?ectivamente. Na foto esquerda mediu-se bJdistâ,!!cia entre os ;:->ontos orincioais
o
1 e
o
2 ) como sendo igual a 93,73 mm,~ na foto direi ta mediu-se b' . (distância entre os T)Ontos principàis 0' 1 e 0'
2) como sendo igual a 93,30 mm. Sobre dois pontos A e B ley se na barra de naralaxe
{0:9))
rnm er5~27
.rnm, resnectivamente. Asfo-- •. ~ -c. .
tocoordenadas dos nontos A e B medid~s com relacão aos eixos d~ li-nha de vôo foram:
xa
=
53.41 mm ya=
50.84 InJT\xb
=
38.92 rnm yb=
-46.69 rnmCalcule a elevacão do nonto A e B e o comPrimento do alinhamento AB.
Solução.
nela equa<:;ao
nela equaçao
-hA
=
c =
b' - ro=
93.30 - 12.571 1 /
c~= b - ro2
=
93.73 -'13.04(39)
pa
=
c + r a nb=
c + fb (48)=
=
=
80.73 + i0.69 2
8 O,. 71 + 10. 9.6 '30.71 + 15.27
H o
- (B
I* f'\
~ I=
1233- (390 * 150.4\
) )
I \ pa 91.67
nela e~uaçao
-
(49)XA=
=
390*
(53.41\ \91.67
r--~~
f~= 80.73 mm
~
2
-=/s0.69mmc =
80.71 rnmna
=
91. 6 7 rnm nb=
95.98 mmhA
=
5!14,63 m acima do nivel do marXA
=
2~7.::3 m89
XB = B ( xb = 390
* ~38.92)
Db D5.9q
XB
=
361. 31 mpela equac:;:ao (50)
YA = B
(~:!
= 390* (50'
91.6784)
YA=
216.~9 mYB =
B
* (
<;bl
=390 * ( 46. 69)
\ pb 95.98 /
YB
=
-189.7?.m
Cálculo do comDrimento do alinhamento AB: (Equação 15) D AB
D AB
=\)
(XA- XB)/. + (YA- YB)2 I=
""I
2 . •\J
(::27.7.3- 361.31) +Pl6.~9-
(-189.72)) 2=
427.53 m.V.7. Cálculo de Elevac6es nor Diferenca de Paralaxe
A difer~nça de p~~~iaxe de dois rontos
é
causada ne-la difer~nc:;:a deelevação entre dois pontos, Dess~ forma, 2 diferença de paralaxe entre dois pontos serve p~r~ se determin~r elevaçoes. Na figura 56, O ponto objeto Cé
um ponto de controle, çuja elevação e11 ti
hc sobre o d~tum seja conhecida. Desej~-se c~lcu1ar a elevação do ponto A.
Rearranj~ndo a ~quaçao (48), ~ naral~xe de ambos os pontos node ser expressa por:
pc
=
B*
fH -hc pa
=
B*
fH -hA
(51)
(52)
A diferença de paralaxe p~-pc, obtida fazendo (52~(5D
e rearranjando o produto, tem-se:
H
Oa.tllm
- Figura 56: Elevações pela diferença de paralaxe. (REF. 6)
na - DC
=
B*
f (hA - hc) (53)(H - hA) (H - hc) fazendo ~o
=
pa - oc H - hA=
B*
f ena
substituindo na equaçaõ (53), tem-se como resultado:
h A
=
h c (H- hc))
(54)Exemplo:
Considere o exemnlo anterior e que foi feito uma lei-tura de 11.89 na barra de paralaxe para o ponto de controle C, cuja elevação e 590.70 m acima do nivel do mar. Cálcular as elevações dos pontos A e B usando a equaçao da diferença de 0aralaxe.
Solução:
' a) para
:?ela ~equação ' pc
=
C\J,_L~/
o nonto A:
( 3 9) :
+
rc
= 80.7L+ 11,89 6p=
91.67 - 9~.60·- ac
PC
=
92.60 rnm 6 o ,_=_-_();__•;__; 9:.._:_3 __:_m;:..::m- a
c-91
pela equaçao (54~) h A = 590.70 +
(
-0.93)*
91.67 (1233- 59~.70))
hA = 5C4.1'3 mb) Para o ponto B
~ r
llp = ob
-
DC = 95.08- 92.60 ~a = 3.38 mrn·· ac
pela equaçao (54)
hB = 590.70 + ( 3.38
*
(12 33 - 590.70)l
hB = 613.75m
95.9<.3
VI. PLANEJAMENTO DE UM VOO AEROFOTOGRM1ÉTRICO:
O sucesso da execuçao de um ?rojeto aerofotogramétri-co denende, sobretudo, da qualidade das fotos. Para as fotografias s~rvirern de modo satisfatório aos propósitos iniciais, uma missão foto gráfica deve ser cuidadosamente planejada e fielmente executada de acordo com o olano de v6o.
Um olano de voo consiste basicamente de dois itens:
l. um plano de v6o mostrando onde as fotos serão tomadas;
~. especificações que esbosem como as fotos serão tornadast incluin-do necessidades esnecificas tais como: câmaras e filmes, escala, altura de voo, recobrimento lateral e longitudinal, etc . . .
Um olano de vôo de boas especificações nara um nroje-to só node ser oreparado depois de considerações cuidadosas de nroje-todas as diferentes variáveis que influenciam na aerofotogrametria.
Uma missão aerofotogramétrica é urna oneração muito ca ra, envolvendo dois ou mais tripulantes, equinarnentos e aeronaves de alto custo. Além disso, em grandes areas são necessários muitas horas 8ara serem tornadas as fotos, sendo que, esta operação denende funda-mentalmente das condições do temno e do terreno a ser levantado.
VI.l. Elementos Básicos Para um Plano de v6o
Os elementos básicos para um plano de voo são:
a) Altura de vôo acima do plano de referéncia;
b) distância entre sucessivas exposiçoes:
c) distância entre linhas de vôo (vide fig. 57)
Para urna dada altura de voo, um largo ângulo de cobeE tura ou urna pequena distância focal, permitiria aumentar a distância entre exposiçoes.
A altura de voo nara recobrimento fotográfico de uma área, não deve ser inferior a 3.000 rn de altura. Isso norque abaixo dessa altitude as pertubações atmosféricas são bem maiores.
maior a altitude, menores serão as pertubações atmosféricas.
0uanto Quando se tem fotografias ampliadas ou reduzidas, nor tanto, escala diferente da foto original, deve-se levar em considera qão a distância focal dessas fotografias (F). Essa distânci0 focal
\',
I
linh<l de vôo
recobrimento l<lterol
linha. de vôo
linh<l de
v6o
·FIGURA 57: Recobrimento longitudinal e lateral• (REF.2)
pode ser obtida pela equaçao F = n
*
fonde F = distância focal da fotografia ampliada ou reduzida;
f
=
distância focal da camara aerea;-
~n
=
coeficiente de aumento ou redução.93
(55)
Seja o caso em CJUe fotografias aéreas sejam tomadas a bai xas altitudes numa região de aciive constante conforme a figura 58.
Dois efeitos são aparentes nessa situação:
1. o recobrimento entre duas fotografias decresce continuamente, isso porque, as fotografias são tiradas com um intervalo de tempo constante entre exposições.
2. aument?ndo a elevação da terra, o recobrimento lateral das fotogra-fias torna-se cada vez mais estreito.
FIGURA 58: Aclive constante da superficie terrestre. (J~F.2)
~I I·
VI./.. Missão de Vôo
Quando uma área está para ser fotografada, deve ser feito um estudo de todos os manas e fotografias disponíveis que pode rão ajudar no ~lanejamento de voo.
As inforrnacões necessárias para um nlano de vôo consis te em:
a) area a ser fotografada;
b) distância focal das lentes;
c) escala desejada para as fotografias;
d) recobrimento longitudinal e lateral;
e) velocidade do avião;
f) mapa de vôo.
Essas informações possibilitam o cálculo da:
a) altitude do avião acima do nivel do mar;
b) área a ser coberta por cada fotografia;
c) intervalo de temno entre exposições;
d) numero de linhas de vôo;
e) numero de fotografias .
a) A altitude do avião ê calculada pela fÓrmula:
s =
(56)H - hm
b) a distância da terra coberta por cada fotografia (G),
é
calculada multiplicando -se o tamanho da fotografia pelo denominador ~a es-calac) se o recobrimento
é
de 60%, a distância entre as fotografias na te.E ra e de 40% da área mostrada em cada fotografia. Sendo conhecida a velocidade do avião, o intervalo de tempo em segundos entre ex-posiçÕesé
igual à distância entre fotografias em metros, dividi-da pela velocidividi-dade do avião em m/s.d) o número de linhas de vôo necessárias node agora ser calculado. O recobrimento lateral (para um recobrimento de 25%)
é
75% da dis-tância da terra mostrada em cada fotografia. Para imnedir qual-0Uer nossivel variacão na linha de vôo, uma largura igual a l/4 da distância coberta da terra por cada fotografiaé
adicionada em cada la do da área a ser voada, como um fator de seguranca. O número de95
linhas dA voo
é
iryual a largura da área mais duas ve:z;es l/4àa distânõia CODerta na terra J?Or cada fotografia, dividido :nelo recobrimento late-ral efetivo de urna fotografia.e) As linhas de voo sao geralmente tomadas longitudinalnente sobre ~
ma área, nara diminuir o número de voltas requeridas. O número de fotografias ~or linha de vôo
é
iqual ao comprimento da área divi-dido pela distância entre fotografias. Duas fotografias extras d~vem ser tomadas no inicio e no final de cada linha de vôo, fator de segurança.
como
VI.3. Finalidade das Fotografias
No Dlanejarnento de uma missão aerofotogramétrica, a primeira e nrincipal consideraqão
é
para ~ue as fotografias serão to madas. Somente com as finalidades (propósitos) definidos é que node-rá ser selecionado o ti:no de equipamento a ser utilizado.Em geral, as fotos aéreas sao desejadas tendo boas qu~
lidades Dictóricas (alta pigrnenta0ão). Fotos tendo boas ~ualidades mé tricas são necessárias :nara mapeamento topográfico e outros nronósi-tos onde são necessários quantidades precisas de medidas fotogramétrJ:_
cas. Altas ~ualidades pictorial são necessárias :nara análises ~ualit~
tivas tanto na interpretação fotográfica de mosaicos e foto-mapas.
As fotos que serão utilizadas ~ara confecção de rnaoas deverão ser feitas com câmaras de pequena distância focal,
com alta relação B/H. Quanto maior a relação de B/H, maior gulo paralático ~. Vide figuras 59 e 60.
t·
Bz ...,
FIGURA 59 (REF. 3)
ou seja ,
-
-sera o
an-Nas figuras 59 e 60,
porexemplo, as aerobases (B) sao iguais, mas a distância focal (f)
ealtura relativa de vôo
(H1)
da fi gura 59 é a metade da figura 60, ou seja:
f 1
=
f2/2 H 1=
H)/2B 1
=
B1~ortanto
as escalas fotoqráficas são iguais mas
B/H 1 nafigura 59
éo dobro da figura 60 e o ângulo Daralático
~lna-ra o nonto
Aé aproximadamente o dobro
corres~ondentea
~2
•Então:
e
Disso oode-se eoneluir
~uenª
~nilisede
elevª~~esde
:Jontos, o erro na anális~
aumentãri eom o ªumento
d~ ~lturª rel~tivªde vôo
e decrecerã com o
~umento d~Pªrªlªxe.
97
Vll. SISTEMA DE CONTRÔLE PARA FOTOGRAFIAS A~REAS
Contrôle fotogramétrico consiste de qualquer ponto
c~ja posição seja conhecida em relação à um sistema de coordenadas e a imagem pode ser facilmente identificada na fotografia. Na · aerofOto-
-~r:am~t~ia
o
~spaça~objetoestã na superfície terrestre, e várias
re-fe~~neiª~
de sistemas à.e çoordenaaas terrestres são
o~eve~
ª
~eªiçie d~?ante àe controle.
... . .. é 1
Cont~Ole