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Assim considerando, dou provimento àapelação para cassar a sentença, determinan-do o retorno dos autos ao juízo de origem, paraprosseguimento da instrução probatória.Sem custas.Votaram de acordo com o Relator osDesembargadores

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TJMG - Jurisprudência Cível

Jurisp. Mineira, Belo Horizonte, a. 56, n° 173, p. 73-344, abril/junho 2005 261 Negatória de paternidade. Presunção legal.

Art. 240 do CC. Prova. Possibilidade. Direito de Família. Evolução. Hermenêutica. Recurso conhecido e provido.

I - Na fase atual da evolução do Direito de Família, é injustificável o fetichismo de normas ultrapassadas em detrimento da verdade real, sobretudo quando em prejuízo de legítimos interesses de menor.

II - Deve-se ensejar a produção de provas sempre que ela se apresentar imprescindível à boa realização da justiça.

III - O Superior Tribunal de Justiça, pela relevância de sua missão constitucional, não pode deter-se em sutilezas de ordem formal que impeçam a apreciação das grandes teses jurídicas que estão a reclamar pronunciamento

e orientação pretoriana (STJ, 4ª Turma, REsp.

nº 4.987/RJ, Reg. n° 90.0008966-2, j. em 04.06.91, DJUI de 28.10.91, p. 15.259).

Assim considerando, dou provimento à apelação para cassar a sentença, determinan- do o retorno dos autos ao juízo de origem, para prosseguimento da instrução probatória.

Sem custas.

Votaram de acordo com o Relator os Desembargadores Pinheiro Lago e Alvim Soares.

Súmula - DERAM PROVIMENTO.

-:::-

MANDADO DE SEGURANÇA - SERVIDOR PÚBLICO - REDUÇÃO DE VENCIMENTOS - PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA - CONCESSÃO DA ORDEM - Embora se reconheça à Administração o poder de anular os atos viciados por ela perpetrados, a prática de medida que importe redução nos vencimentos de servidor público deve ser precedida de procedimento que lhe assegure a ampla defesa e o contraditório.

REEXAME NECESSÁRIO Nº 1.0123.04.008561-5/001 - Comarca de Capelinha - Relator: Des.

AUDEBERT DELAGE Acórdão

Vistos etc., acorda, em Turma, a Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à unanimidade de votos, EM REFORMAR A SENTENÇA PARCIALMENTE.

Belo Horizonte, 19 de maio de 2005. - Audebert Delage- Relator.

Notas taquigráficas

O Sr. Des. Audebert Delage- Trata-se de reexame necessário da sentença de f. 82/85, que concedeu a segurança determinando o restabelecimento imediato do salário-base da impetrante no importe de R$ 1.029,60, conde- nando o impetrado ao pagamento das dife- renças pretéritas, a partir do ajuizamento do mandamus (2004), corrigidas monetariamente

desde a inicial, acrescidas de juros de mora de 1% a.m., a contar da notificação da autoridade apontada coatora.

Como relatório adoto, ainda, o da r.

decisão hostilizada, acrescentando que a douta Procuradoria de Justiça, com vista dos autos, manifestou-se, às f. 95/98, pela confirmação da sentença.

Conheço do reexame necessário, pre- sentes seus pressupostos de admissibilidade.

In casu, trata-se de redução unilateral dos vencimentos de servidora pública sem que lhe fosse facultada qualquer possibilidade de intervir, esclarecer ou participar do ato adminis- trativo que consubstanciou a aludida redução.

A meu juízo, deve prevalecer a decisão apelada quanto à ilegalidade do ato combatido, em razão da forma unilateral de cálculo e redução

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Jurisp. Mineira, Belo Horizonte, a. 56, n° 173, p. 73-344, abril/junho 2005

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dos vencimentos, sem que fossem observadas as garantias do contraditório, ampla defesa e devido processo legal.

De fato, a anulação de eventuais atos ile- gais se impõe ao administrador, consoante o princípio da legalidade que rege a Administração Pública. Porém, tal imposição não prescinde da observância dos princípios constitucionais prote- tivos dos direitos individuais, devendo ser garan- tido à parte o direito de conhecer a pretensão administrativa e de formular sua defesa, sob pena de constituir-se ato viciado.

Assim, mesmo que houvesse alguma ilegalidade nos vencimentos da impetrante, a necessidade de instauração de procedimento que lhe assegurasse a oportunidade de se manifestar quanto ao valor e à forma de des- conto era imprescindível.

Nesse sentido a jurisprudência do eg.

Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Ordinário nº 10.123/RJ, em 27.09.99, Relator Ministro Demócrito Reinaldo:

Na aplicação das Sumulas 346 e 473 do STF, tanto a Suprema Corte, quanto este STJ, têm adotado com cautela a orientação jurispru- dencial inserida nos seus enunciados, fir- mando entendimento no sentido de que o poder de a Administração Pública anular ou revogar os seus atos não é tão absoluto, como às vezes se supõe, visto que, em determi- nadas hipóteses, hão de ser inevitavelmente observados os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Isso para que

não se venha a fomentar a prática de ato arbi- trário ou a permitir o desfazimento de situações regularmente constituídas, sem a observância do devido processo legal, ou de processo administrativo, quando cabível.

Todavia, deve ser reformada a sentença em relação à condenação à restituição das dife- renças entre o que era devido e o que vinha sendo pago à impetrante. A despeito de salientar na r. sentença o conteúdo da Súmula 271 do STF, a ilustre Juíza sentenciante, no dispositivo de sua decisão, condenou o impetrado ao paga- mento das diferenças posteriores ao ajuiza- mento da ação. Sabido é que o mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança e a prestação jurisdicional deve ter caráter mandamental, devendo, em razão disso, ser decotada da r. sentença a condenação imposta ao impetrado, para que essa se restrinja ao restabelecimento do valor dos vencimentos anteriormente percebidos pela autora.

Ante tais considerações, em reexame necessário reformo parcialmente a sentença, para dela decotar a condenação imposta ao impetrado.

Custas, ex lege.

O Sr. Des. Moreira Diniz - De acordo.

O Sr. Des. Almeida Melo - De acordo.

Súmula - REFORMARAM A SENTENÇA PARCIALMENTE.

-:::-

AÇÃO CIVIL PÚBLICA - PREFEITO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LICITAÇÃO - ILEGALIDADE - PENA - FIXAÇÃO - ART. 12, III, DA LEI 8.429/92 - MUNICÍPIO - LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO -

AUSÊNCIA DE CITAÇÃO - NULIDADE - NÃO-OCORRÊNCIA

- Na ação civil pública contra ato de improbidade administrativa, o Município figura como litiscon- sorte facultativo, razão por que a ausência de sua citação não acarreta nulidade processual.

- Diante da comprovação de que a comissão de licitação frustrou a licitude de processos lici- tatórios, causando lesão ao erário, impõe-se a condenação de seus membros ao cumprimento das penalidades previstas na lei.

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