A QUESTÃO DO GOZO EM LACAN E O CONCEITO DE
CUl1ZEM MERLEAU-PONTY* .
yxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Por Ricardo L.L. Barrocas"
RESUMO
ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A b o r d a m o s a q u i a r e l a ç ã o e p i s t e m o l o g i c a m e n t e a n t a g ô n i c a e n t r e o q u e L a c a n c o n c e r n e n a q u e s t ã o d o
g o zo s u p l e m e n t a r - s u p l e m e n t a r a o g o zo fá l i c o - e o q u e M e r l e a u - P o n t y i m p l i c a n o c o n c e i t o d e c a r n e . A c a r n e
m e r l e a u - p o n t i a n a e s t á s i t u a d a n ã o n a l ó g i c a d o s u j e i t o d o i n c o n s c i e n t e s e m t r a n s p a r ê n c i a , m a s n a q u e l a d o S e r ,
a d o o l h a r , o n d e s e d á o s e n t i r q u e l h e é p r ó p r i o . A ó t i c a d o s u j e i t o é a d o s i g n i fi c a n t e , i s t o é , a d o n ã o - s e n t i d o .
T a l t e m a v e r c o m o i n t e r s t í c i o P e r c e p ç ã o - C o n s c i ê n c i a o n d e s e p o d e c o n c e b e r o O u t r o p a r a L a c a n . A c a r n e , p o r
s u a v e z, a p o n t a r i a m a i s p a r a a j u n ç ã o P e r c e p ç ã o - C o n s c i ê n c i a . T r a t a - s e a q u i d e u m a i n t e l i g i b i l i d a d e e s t e s i o l ó g i c a
q u e c o r e l a c i o n a m o s
à
i n t e l e c ç ã o d a v e r d a d e e m P l a t ã o e a o g o zo e m C l a r i c e L i s p e c t o r . D e p o i s d e d i fe r e n c i a r t a ld a e x p e r i ê n c i a m í s t i c a q u e n ã o d e i x a d e s e l h e a p a r e n t a r , q u e s t i o n a m o s a c o r r e n t e d a p s i q u i a t r i a q u e t e m p o r
fu n d a m e n t o p s i c o ( p a t o ) l ó g i c o u m a e i d é t i c a p u r a .
P a l a v r a s - c h a v e : G o zo ; s u j e i t o ; c a r n e ; i n t e l i g i b i l i d a d e e s t e s i o l ó g i c a ; s e n t i d o ; n ã o - s e n t i d o
T h e q u e s t i o n o / j o u i s s a n c e i n L a c a n a n d t b e c o n c e p t o / fl e s h i n M e r l e a u - P o n t y
ABSTRACT
O n e a p p r o a c h e s h e r e t h e e p i s t e m o l o g i c a l o p p o s i t i o n b e t w e e n w h a t L a c a n c o n c e r n s t o t h e c o n c e p t o /
s u p p l e m e n t a r y j o u i s s a n c eJ
- i t i s s u p p l e m e n t a r y t o t h e p h a l l i c j o u i s s a n c e - a n d w h a t M e r l e a u - P o n t y c a l l e d j l e s h
( I a c h a i r ) . F l e s h , i n t h i s s e n s e , i s n o t r e l a t e d t o t h e s u b j e c t o / u n c o n s c i o u s w h i c h b a s n o t r a n s p a r e n c y . I t r e g a r d s
w h a t M e r l e a u - P o n t y c a l l e d g a ze w h i c h c o r r e s p o n d s t o a s p e c i a l w a y o / fe e l i n g . ( T h e a u t b o r c a l l s t h i s s e n c i e n t g a ze ) . T h e c o n c e p t o / s u b j e c t i n p s y c h o a n a l y s i s c o n c e r n s t h e l o g i c o / b o t h s i g n i fi e r a n d n o n - s e n s e . I t s s i t u a t i o n i s
b e t w e e n p e r c e p t i o n a n d c o n s c i e n c e . G a ze i n M e r l e a u - P o n t y ' s p o i n t s t o t h e j o i n t o / p e r c e p t i o n a n d c o n s c i e n c e . I t r e J e r s t o a s o r t o / a e s t h e s i c a l i n t e l l i g i b i l i t y c o m p a r e d h e r e t o t h e i n t e l l e c t i o n o / T h r u t h i n P l a t o a n d t o t h e
q u e s t i o n o fj o u i s s a n c e i n C l a r i c e L i s p e c t o r s l i t e r a t u r e . A ft e r h a v i n g d i s t i n g u i s h e d b e t w e e n a e s t h e s i c a l i n t e l l i g i b i l i t y
a n d m y s t i c a l r a p t u r e , o n e i n t e r r o g a t e s t b e p s y c h i a t r i c p r a c t i c e t h a t b a s e s p s y c h o ( p a t h o ) l o g i c a l k n o w l e d g e u p o n a
p u r e e i d e t i c .
. Trabalho apresentado no I Congresso Nacional de Psicanálise da U.F.c. (VI Encontro de Psicanálise da U.F. c.) Fortaleza, 24/05/01.
.. Professor Adjunto IV do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará.
IThere is no adequate translation for this term in English. As me french concept of[ o u i s s a n c e is somehow related towh.it Freud calledG e n u s s
in German, we suggest to translate ir inro rhe english wordfr u i t i o n .
23
Aborda-se aqui a relação antagônica entre o
que Lacan concerne na questão do gozo e o que
Merleau-Ponry implica no conceito de
ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
c a r n e . Ogozo, em Lacan, fundamenta-se no que se pode
situar com vistas à clínica posto que o estatuto do
inconsciente não é ôntico, é ético. Lacan aponta, então, para um sujeito cuja lógica é a do significante.
O sujeito não se enuncia senão "no lugar de onde se
vocifera que « o universo é uma falha na pureza do
Não ser». E não sem razão, porque, para se preservar,
esse lugar faz o próprio Ser languir". Chama-se
Gozo, e é aquele cuja falta tornaria vão o universo",
LACAN (1996, p. 819). Trata-se da ótica do
U n b e w u ft e freudiano : o Insciente (sic) sem
transparência. Entretanto, para Merleau-Ponry, "o
olhar ( ... ) envolve, apalpa, casa-se com as coisas
visíveis como se estivesse com elas numa relação de
harmonia pré-estabelecida, como se delas já soubesse
antes de saber", MERLEAU-PONTY (1964, p.
175).
"É
esta visibilidade, esta generalidade doSensível em si, este anonimato de Mim mesmo",
diz Merleau-Ponty, "que chamávamos há pouco de
carne. ( ... ) A carne é neste sentido um «elemento»
do Ser", MERLEAU-PONTY (Ibid., pp. 183-184).
Como vemos, epistemologicamente, Lacan e
Merleau-Ponry estão opostos. O vínculo dos dois
amigos não era da c a r n e definitivamente.
Segundo Beaune, nos últimos anos de sua
reflexão, Merleau-Ponry se pronunciou sobre a idéia
de que "o inconsciente recalcado é uma formação
secundária de modo que o inconsciente originário
só pode ser pensado a partir do próprio «sentir».
Mais exatamente, diz: o inconsciente verdadeira ou
estritamente originário seria a c a r n e antes de sua
fissura e de seu retorno sobre si mesma: « o
i n c o n s c i e n t e p r i m o r d i a l s e r i a ( . . . ) a i n d i v i s á o d o
s e n t i r e " . Nesse mesmo trecho, prossegue Beaune,
"Merleau-Ponty sugere a possibilidade de uma
relei tura da psicanálise a partir da noção de carne
considerada como dupla incorporação do sensível e
do que sente, um no outro, um pelo outro",
BEAUNE (1998, p. 36).
O de que fala Merleau-Ponry não se situa no
interstício Percepção-Consciência, nem desemboca
tampouco no mais além disso que se pode identificar
como visão na experiência mística. Não há arroubo
místico aí. Segundo Merleau-Ponry, na filosofia
tradicional, não há nome para o que ele aponta em
sua fenomenologia. Nossa hipótese é que a carne
situa-se no que Lacan chamava de "estados de
entusiasmo em Platâo" ou de "graus da Samádhi no budismo", LACAN (op. cit., p. 175). Em vez de
estados de entusiasmo, situamos, aí, a intelecção da
própria "verdade: ( ... ) ciência do conhecimento
do ser" em Platão, PLATON (1990, Capo VII, pp.
782 e 786). Trata-se, realmente, de algo comparável
ao que, no Budismo, implica o Satori por exernplo ' .
Isso tem a ver com o gozo suplementar. Na literatura
brasileira, encontramos um exemplo deste gozo
Outro. Clarice Lispector denominou-o de
"pensar-sentir" em Água viva, LISPECTOR(1990, p. 95).
Há treze anos passados, discorremos sobre este
fenômeno em Clarice e o chamávamos de
sensciência". Voltemos a Merleau-Ponty entretanto.
O que implica ele no conceito de c a r n e ?
Sintoma no real? D a s D i n g - o impossível - está
para a função fálica assim como, para além desta,
está ac a r n e , quer dizer, o Ser numa relação com d i e
S a c h e . Entretanto, esta não há sem a sacação do que
é o impossivel, isto é, sem u m a c a s t r a ç ã o excepcional
que é a do histérico.
É
por isso que se pode falar de"uma face do Outro, a face Deus" enquanto gozo
feminino. "Como tudo isso se produz graças ao ser
da significância, e como este ser não tem outro lugar
senão o do Outro ( ... ) vê-se a vesguez do que aí se
dá", LACAN (1975, p. 71). Dá-se no avesso do
significante. Então, Merleau-Ponry cá olho único?
O -o lh ar merleau-pontiano pode ser
interpretado como efeito de "um desejo de um bem
secundário" - no texto francês, Lacan escreve bem
de segundo grau, «un bien au second degré» - , "um
bem que não é causado por um pequeno a " , LACAN
(Ibid. Ibidern). Nós admitimos que é somente por
renunciar ao amor, como Kierkegaard no dizer de
2A tradução brasileira deste trecho dosE s c r ito s está errada. O que diz Lacan precisamente é :«cerre place fait languir I'Être lui-rnême »,
Temos, no vernáculo, o mesmo verbo languir com as mesmas acepções. Lacan não escreveu o que traduz Vera Ribeiro: « . • . faz ansiar o
próprio ser com impaciência »,
JFalamos sobre o XIX Encontro do Centro de Escudos Freudianos de Recife realizado em 1988 em Fortaleza.
24
Lacan, LACAN (Ibid. Ibidern), que Merleau-Ponry
pode ter acesso a tal. Não se trata, sob nenhuma
hipótese, de encontro com o objeto perdido. O gozo
feminino não é complementar ao da função fálica.
Assim, podemos considerar que, até um certo ponto,
o gozo em Merleau-Ponry, situa-se, não no que
Lacan concebeu corno economia de "usufruto", mas
no que aponta enquanto "dissipação" da herança do
Pai morto. "O usufruto quer dizer que se pode gozar
de suas posses, e não que se pode dissipá-Ias",
LACAN (Ibid. p.
10).
Nós situamos os casos dedissipação naquilo que, para Assoun, resulta na
"experiência física, em que o próprio corpo torna-se
intoma"ASSOUN
(1997,
p.96).
O gozo feminino ou suplementar em
Merleau-Ponry, pressupõe a função fálica por via do
recai que porque, enfim, o filósofo não era delirante
qual Schreber. Precisemos pois, com Corrêa, que
chreber não era homossexual, mas transexual,
CORRÊA
(1997,
p.167).
Merleau-Ponty era umornem histérico, isto é, embaraçado quanto ao falo
orno aqueles que seguiram o caminho da ascese.
Para Lacan, o místico é aquele que "apesar não do
aio, mas apesar daquilo que lhe embaraça a este
respeito", ( ... ) tem a idéia de que deve haver um
;:,ozo situado no mais-além" da função fálica,
LACAN
(1975,
p.70).
Então, corno não havia em.1erleau-Ponty nenhuma
ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
V e r l e u g n u n g , ele nãoabjurava a castração para espiar, nem para ser parceiro
orno objeto a . . .
Merleau-Ponty capta o ser enquanto
"inteligibilidade estesiológica". Referimo-nos, aqui,
ao que diz Isabel Matos
Dias,"
sobre o quiasma dac a r n e onde "o sensivel é já inteligibilidade e sentido",
DIAS
(1998,
pp.279-280).
Aí, Merleau-Porityrecupera-se da c e g u e i r a significante de todo homem,
e vê. O que é dado, entretanto, não provém de um
inconsciente primordial, pré-existente. A indivisão
do sentir c a r n a l , quer dizer, do sentir de um corpo
vivente e excepcional, pressupõe a castração: acesso
siginificante ao mundo da cultura. O filósofo francês
era herdeiro de Husserl? . Este fala, com efeito, de
urna "corporeidade" ( L e i b h a ft i g k e i t ) enquanto
8CH
-Pt:
R/ODle
0$
plenitude ( E r fü l t h e i t ) originária, fundida com o
sentido puro", HUSSERL
(1950,460).
Porém, istosó se alcança depois do esforço contínuo de urna
E p o k h ê : redução fenomenológica.
É,
por conseguinte, póstero ao que, em Husserl, situa-secorno urna posição natural: não-crítica diante do
mundo. Discorremos sobre este assunto alhures.
A c a r n e faz parte do que se capta numa E i n s i c h t
fenomenológica. Segundo Luiz Hanns, este termo
Alemão tem a conotação de "compreensão mais
completa", HANNS
(1996,
p.50).
Traduzir aE i n s i c h t husserliana por intuição não basta. Para Paul
Ri cce ur, trata-se de "visão intelectual", HUSSERL
(1950,
p.463).
Admitimos que este termo é sinônimo do que, em Sânscrito, diz-se B u d d h i e doque, em Latim, corresponde à palavra I n t e L l e g e r e :
colher entre. Mas, por que c o l h e e n t r e o sujeito
histérico? Porque, na função fálica está embaraçado
corno já dissemos. Impotente ou ejaculador precoce,
este vive na problemática do não ter o falo. Não
obstante, é por isso mesmo, militante do ter no que
diz ... Trata-se de um sujeito entre-dois, para quem,
àrelação com o pai é de ambivalência. Lacan escreveu
isto doutra forma: h a i n a m o r a t i o n : o d i a m o r a ç ã o . Não
podendo sair deste impasse, o histérico pode vir a
situar-se, ao avesso da castração, ali onde Lacan situa
o L u s t p r i n zi p , na "coalescência do a com o S(A)",
LACAN
(1975,
p.78).
Freud se referiu a tal em M a l e s t a r n a
c i v i l i za ç ã o . Muito claramente, diz do que constitui
a renúncia do amor em São Francisco de Assis. Este
participou de um "sentimento de indissolúvel
comunhão, de inseparável pertença à totalidade do
mundo exterior". Os místicos consideram este
sentimento corno união com Deus. Segundo Freud,
tal não concerne senão aqueles cujo amor
"ultrapassou a função erótica", aqueles que passaram
por "grandes e inevitáveis modificações psíquicas".
Em suma, estes "evitam as peripécias e as decepções
do amor genital, porque se desviam da sua finalidade
sexual. A pulsão é assim transformada, inibida
quanto
à
sua finalidade, FREUD(1973,
Tomo III,p.
318).
Para Rassial, a ascese de São Francisco de<Professora na Universidade Clássica de Lisboa.
, O grau de aproximação com o sentido puro em Husserl, é, no entanto, menor em comparação com o que Merleau-Ponry engendra.
Otermo L e i b , em alemão, quer dizer corpo vivente, carnal.
Revista de Psicologia,Fortaleza, V 19(112) p. 23 - p. 27 jan/dez 2001
Assis orIgIna-se no "super-endividamento
simbólico". No padecimento de quem não é,
entretanto, psicótico, RASSIAL (1999). A relação do psicótico com Deus, a de Schreber por exemplo,
não implica isso que Lacan chamou de "Presença e
felicidade que iluminam a experiência mística". Em
Schreber, há uma "marca de traços negativos que a
fazem parecer mais com mistura do que com união
com o ser". O que há, aí, é "voracidade" composta
com o "asco na cumplicidade que comporta sua
exaçâo", LACAN (1996, p. 575).
Dissemos que Merleau-Ponty não era místico.
Ele não insiste numa posição Outra que engendre o
sintoma físico, como Francisco de Assis cujo corpo
. ficou coberto de chagas. Paradoxalmente, porém,
há um grau de aproximação entre ele e os místicos.
É
porque há um protesto masculino em Merleau-Ponry - protesto contra a "posição feminina" estaque Lacan atribui ao histérico, LACAN (1981, p.
201) - que sua filosofia pode implicar a verdade sem
engendrar o sintoma físico de que fala Assoun? . A
ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
c a r n e ,em Merleau- Pon ty, e estasp r e s e n ç a efe l i c i d a d e
místicas, coalescentes no L u s t p r i n zi p , constituem
graus diferentes de relação com o gozo feminino ou
suplementar. Provêm da recrudescência do sintoma,
e não resultam senão no que está fora do sexo, ali
onde a letra se desvela. Isso acontece, depois de uma
travessia impiedosa contra o próprio sujeito.
Há uma corrente da psiquiatria
feno-menológica, a que Binswanger representa por
exemplo, onde segundo Tatossian, se aplicam, no
"campo empírico ou ônt ico , as categorias
transcendentais ou ontológicas da região
psico(pato)lógica, resgatada pelo trabalho filosófico.
Assim, a psicoípatojlogia fenomenológica e empírica
teria, como fundamento, uma psico(paro)logia
eidética pura", TATOSSIAN (1979, p.15). Para
Tarossian, na França, prevaleceu a influência, não
de Binswanger, mas a de Merleau-Ponty et a de
Sartre, TATOSSIAN (ibid, p. 16). A eidética
fenomenológica tem a ver com o que, há pouco,
situávamos como c a r n e : uma corporeidade
excepcional onde não conta o sexo. Cabe, então,
• Trata-se do que implica a desintricação das pulsões.
26
lembrar que, quando se trata de inspirar-se seja em
Merleau-Ponty, seja em Husserl, e com vistas à
clínica, deve-se prescindir do corpo vivente este que
concerne o sentido puro e não o não-senso efeito
do significante ? Na posição epistemológica em que
Lacan situa a ótica do sujeito, tudo indica uma
posição antagônica à do que implicou o seu grande
amigo não de c a r n e .
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOUN, P-L. - L e ç o n s p s y c h a n a l y t i q u e s s u r C o r p s
e t S y m p t ô m e , T o m e 1 :C l i n i q u e d u C o r p s , Paris: Antrhopos, 1997 .
BEAUNE, J.-c. - "Jacques Lacan et Ia traversée de
Ia phénoménologie", in BEAUNE, J.-c. (Org.)
- P h é n o m é n o l o g i e e t p s y c h a n a l y s e , é t r a n g e sr e l a t i o n s ,
Seyssel : Champ Vallon, 1998.
CORRÊA, 1.- A e s c r i t a d o s i n t o m a , Recife: Centro
de Estudos Freudianos do Recife, 1997.
DIAS, 1. M. - «Maurice-Merleau-Pority : Une
esthésiologie ontologique», in BARBARAS, R.
(Org.) - M e r l e a u - P o n t y : N o t e s d e c o u r s s u r
L ' o r i g i n e d e I a g é o m é t r i e d e H u s s e r l , Suivi de
R e c h e r c h e s s u r i a p h é n o m é n o l o g i e d eM e r l e a u - P o n t y ,
Paris: PUF, 1998LACAN, J. - «Subversion du
sujet et dialectique du désir dans l'inconscient
freudien», É c r i t s , Paris: Seuil, 1996.
FREUD, S. - E l m a l e s t a r e n i a c u l t u r a , in Obras
Completas, Trad. Luis Lopez-Ballesteros y de Torres,
Madrid : Biblioteca Nueva, 1973, Tomo
m.
HANNS, L. - D i c i o n á r i o c o m e n t a d o d o A l e m ã o d e
F r e u d , Rio de Janeiro: Imago, 1996.
HUSSERL, E. - I d é e s d i r e c t r i c e s p o u r u n e
p h é n o m é n o l o g i e , Trad. Paul Ricceur, Paris:
Gallimard, 1950.
LACAN, J. - L e S é m i n a i r e , L i v r e X X : E n c o r e , Paris:
Seuil, 1975.
LACAN, J. - «D'une question préliminaire
à
touttraitement possible de Ia psychose», É c r i t s , Paris:
Seuil, 1996.
CAN, J. -
ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
L e S é m i n a i r e , L i v r e 1 1 1 : L e s p s y c h o s e s ,Paris: Seuil, 1981.
LISPECTOR, C. - Á g u a v i v a , Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1990.
Y1ERLEAU-PONTY, M. - L e v i s i b l e e t l ' i n v i s i b l e ,
Paris: Gallimard, 1964.
PLATON - I a r e p ú b l i c a , o d e
ta
j u s t i c i a , in ObrasCompletas, Trad. M. Araujo, F. García Yagüe, L. Gil,
J.
A
Miguez, M. Rico,A
Rodriguez Huescar e F. de P. Saramanch, Madrid : Aguilar, 1990, Capo VII.RASSIAL, J.-J. - Colóquio com os doutorandos,
Universidade Paris 13,5 de fevereiro de 1999.
TATOSSIAN, A. - P h é n o m é n o l o g i e d e s p s y c h o s e s :
R a p p o r t d e P s y c h i a t r i e p r é s e n t é a u C o n g r ê s d e
P s y c h i a t r i e e t N e u r o l o g i e d e L a n g u e [ r a n ç a i s e ,
Paris: Masson, 1979.
27