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Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.10 número1

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Academic year: 2018

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R Dental Press Ortodon Ortop Facial 11 Maringá, v. 10, n. 1, p. 11, jan./fev. 2005

O

Q U E H Á D E N O V O N A

O

D O N T O L O G I A

A autofagia para degradação de componentes cito-plasmáticos em células eucarióticas é um importante processo da vida celular. Ela ocorre pelo englobamento de parte do citoplasma por uma membrana e o conjun-to recebe o nome de auconjun-tofagossomo. Posteriormente à sua formação, o conteúdo do autofagossomo é degrada-do através da fusão deste com lisossomos, que possuem enzimas específicas para esse fim. Um grupo de pesqui-sadores japoneses se debruçou sobre a possível participa-ção da autofagia no processo de defesa celular de células não envolvidas diretamente no processo imunológico. Esse grupo, formado em sua maior parte por dentistas, relatou seus achados no fascículo de 5 de novembro de 2004 da revista Science. Eles acompanharam o destino do Streptococcus pyogenes dentro das células avaliadas. Essa bactéria é também denominada Streptococcus do Grupo A (SGA), sendo o agente etiológico de um gran-de número gran-de doenças humanas. Os autores pugran-deram observar, através de técnicas imunohistoquímicas, que os SGA, inicialmente, eram incluídos em autofagossomos.

Transplante de células tronco mesenquimais

pode auxiliar a regeneração periodontal

Descoberto um novo mecanismo de

defesa celular contra infecções bacterianas

A regeneração parcial dos tecidos periodontais pode

ser obtida por meio de uma série de técnicas, tais como a regeneração tecidual guiada e uso de fatores de cresci-mento polipeptídicos. Uma técnica recente, que tem sido aplicada na regeneração tecidual de diferentes tecidos e órgãos, é a colonização da área afetada por células tronco da medula óssea. Essas células podem ser obtidas com facilidade e já se demonstrou que podem se diferenciar em osteoblastos, condrócitos, adipócitos, células mus-culares, entre outras. Pesquisadores da Universidade de Hiroshima, no Japão, fizeram um transplante de células tronco mesenquimais da medula óssea de cães para tratar defeitos de furca de Classe III em cães, e relataram seus achados no fascículo de setembro de 2004 do Journal of Periodontology. Inicialmente, as células tronco foram as-piradas da crista ilíaca dos animais, cultivadas em meios de cultura, e armazenadas em nitrogênio líquido até o momento de seu emprego. Quando defeitos de furca de Classe III foram criados, suspensões de células tronco em diferentes concentrações foram transplantadas para

KAWAGUCHI, H., et al. Enhancement of Periodontal Tissue Regene-ration by Transplantation of Bone Marrow Mesenchymal Stem Cells.

J Periodontol, Chicago, v. 75, n. 9, p. 1281-1287, sept. 2004.

NAKAGAWA, I., et al. Autophagy Defends Cells Against Invading Group A Streptococcus. Science, v. 306, n. 5698, p. 1037-1040, nov. 2004.

o defeito, embebidas em um veículo em gel contendo colágeno do Tipo I. Os animais foram mortos, e blocos de tecido foram removidos, descalcificados e processa-dos para microscopia de luz. Os autores quantificaram a regeneração dos tecidos periodontais e compararam a regeneração ocorrida nos cães que receberam diferentes concentrações de células tronco com aquela apresentada por animais controle, que não receberam o transplante celular. Os resultados desse trabalho mostraram que as células tronco, nas condições do estudo, aumentaram à quantidade de regeneração periodontal. O aprimora-mento dessa técnica, em conjunto com a facilidade de obtenção das células tronco, pode trazer novas perspec-tivas para o tratamento de pacientes com periodonto reduzido. Isso também poderá aumentar o potencial das correções ortodônticas.

Testes adicionais demonstraram que a maquinaria celu-lar dessas estruturas foi capaz de matar os SGA e conter a expansão da infecção, todavia, a fusão dessas vesículas com lisossomos foi importante para matar as bactérias de uma forma eficaz. Outros ensaios demonstraram que decorridas 24 horas da infecção com SGA, aproxima-damente 50% das células realizaram apoptose (morte programada) e esses resultados sugerem que a morte das bactérias SGA pelo mecanismo de autofagia não é capaz de proteger as células. Todavia, é possível que esse me-canismo contribua de forma importante para diminuir a virulência dos SGA, porque a morte das bactérias dentro das células reduz a quantidade de SGA no meio extra-celular, atenuando a infecção. Essa descoberta poderá trazer novos entendimentos a respeito do mecanismo de defesa do organismo contra infecções, como o que ocor-re na doença periodontal inflamatória crônica.

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