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Revista Plasticultura Nov/Dez 2012 Ciência Agrícola para o produtor rural

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Academic year: 2021

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CONSELHO EDITORIAL Presidente Antonio Bliska Júnior

Feagri/Unicamp bliska@revistaplasticultura.com.br

Keigo Minami ESALQ (USP) Juan Carlos Diaz Universidade Geórgia - EUA

Fernando Tombolato Instituto Agronômico de Campinas

Gilberto Figueiredo Cati-S.A.A.-SP Wellington Marry U.F.R. R.J. COLABORADORES Atelene Normann Kämpf Consultora em Substratos Christian Klein Projeto Integrado Flavio Scharfstein Kibutz Nir Oz - Israel

J. B. Matiello Mapa / Fundação ProCafé Jorge Luiz Barcelos Oliveira

U.F. Sta. Catarina Vanda Bueno Universidade Federal de Lavras

JORNALISMO Jornalista responsável: Marlene Simarelli - Mtb 13.593 ArtCom Assessoria de Comunicação

artcom@artcomassessoria.com.br Redação:

Gabriela Padovani, Marlene Simarelli Larissa Stracci

Fotos: Nelson Chinália e João Prudente Editoração:

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Revisão: Maria Angela M. Silva

Criação: Patricia Barboni

COMERCIAL

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Ana Maria Gordon IMPRESSÃO: Gráfica Mundo www.graficamundo.com.br ASSINATURAS Carmen I. Garcez assinatura@revistaplasticultura.com.br www.revistaplasticultura.com.br

U

m dos poucos setores que ainda se

salvam no cálculo do PIB brasileiro, pejo-rativamente apelidado de “pibinho” na mídia econômica especializada, foi a agricultura. E isso porque é o setor que recebe menos benesses e afagos do governo. Talvez mesmo assim, o empresário rural, tão calejado pelo sol, chuva e descaso do governo, aprendeu, ao contrário da indústria, a não esperar por facilidades e vai à luta.

Mas bem que os governos poderiam ajudar: um pouco menos de impostos no plástico agrícola, por exemplo, que vai da irrigação, passa pelos filmes de estufas e desemboca nas embalagens das gôndolas dos supermercados, além de beneficiar a ca-deia, traria também um alívio para as contas das famílias na hora de compor o cardápio nosso de cada dia. Trabalho elaborado pelo Departamento de Agronegócio da Fiesp mos-tra como é possível distribuir renda amos-través da desoneração fiscal, tema que vem sendo discutido também no COBAPLA, Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura e que será levado ao governo pelo setor nos primeiros meses de 2013. Além de pesar menos no prato do brasileiro, a desoneração aumentaria em 0,42% o PIB tão maltratado.

Outro ponto: Só tecnologia não resol-ve. Tem que financiar o investimento da agricultura de ponta no país. Essa é a reclamação de empresários rurais, técnicos e consultores do setor. Por sinal, também é o foco do relatório da FAO, The State of Food and Agriculture, disponível em www. fao.org/docrep/017/i3028e/i3028e.pdf e que foca sua análise justamente em três questões principais: Quem investe em agricultura? Por que investir em agricultura? E finalmente, mas mais importante, como investir na

EXPEDIENTE

Fotos de capa: Site USDA-NRCS PLANTS Database

http://plants.usda.gov/java/imageGallery

agricultura para termos um futuro melhor? Parece-nos que os únicos preocupados e empenhados em responder a essas questões aqui no Brasil são alguns poucos abnegados pesquisadores, perdidos nas instalações dos IAC e da Embrapa (alguns até ameaçados de despejo como os da unidade Embrapa Cerrados do DF!!!), e os eternos heróis do campo, nossos agricultores. Essa situação, por sinal, é atestada no relatório da FAO no mundo todo. Mas aqui vamos um pouco além: depois de investir, qual é a garantia de retorno? Quem cobre os riscos? Onde está o seguro rural? Por que é tão caro no Brasil? Essas questões dizem respeito ao ambiente em que o governo federal, principalmente, e o estadual em segundo lugar, deveriam interferir através de políticas públicas e outras ações para dar segurança aos investidores agrícolas.

Aqui 2013 já chegou. Nesta edição, que fecha o ano de 2012, já bafejado pelos ares do Ano Novo, mostramos que nossos com-petidores externos, sem água, sem terras férteis, mas com ambiente empresarial e ambiente institucional agrícola favoráveis e muita tecnologia estão deslanchando no México, Canadá, e outras paragens, rumo ao futuro. Em terras tupiniquins, ou melhor, águas tupiniquins, a hidroponia na pesquisa do Prof. Barcellos, em Santa Catarina, ganha destaque na nossa entrevista especial. Na matéria de capa, mostramos um segmento pouco conhecido e, desde tempos remotos, envolto em segredos, mas que impulsiona uma cadeia que vai dos fitofármacos das feiras e mercados à grande indústria far-macêutica e de cosméticos.

Boa leitura. Boas Festas. Ótimo 2013 a todos nossos leitores, colaboradores e anunciantes.

.

O PIBinho e a distribuição de renda via

desoneração de insumos da alimentação

EDITORIAL

ÍNDICE

4

Produtor

6

Site Recomendado

7

ABCSEM

8

Pragas e doenças

12

Reportagem de Capa

17

Tecnologia

18

Fruticultura

20

Floricultura

24

Logística

26

Mercado

28

Cafeicultura

30

Entrevista

32

Estufa

36

Ambiente

38

Livros

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ESTUFA

Andrés da Silva, Engenheiro Agrícola - andresdasilva@live.ca

Retorno da II Vitec - México 2012

R

epetindo o êxito de 2011, as empresas RICHEL (www.richel.fr), líder mundial em estufas agrícolas de alta

tecno-logia, conjuntamente com a sua representante no Brasil, EACEA LTDA., especializada em assessoria em cultivo

protegido, com apoio da Revista Plasticultura, levaram produtores de quatro Estados brasileiros para conhecer

os avanços em cultivo protegido no México. RICHEL vende no México, mais de 50 ha de estufas por ano destinadas a

projetos para produção de tomates, pimentões, folhosas, flores e transplantes. Os projetos tecnologias incluem os

sis-temas de irrigação, aquecimento, controle de clima, além de oferecer as mais avançadas estruturas com coberturas de

plástico ou de vidro. Com um parceiro deste porte foi fácil ter acesso aos sítios de produção mais modernos e conversar

diretamente com os chefes de cultura, diretores e até proprietários dos projetos. O engenheiro agrícola, Andrés da Silva,

presidente de EACEA, respondeu a algumas perguntas da Revista Plasticultura

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Por que uma visita técnica ao México?

Além de podermos tomar uma boa tequila, o México nos ofere-ce um ofere-cenário socioeconômico e de clima muito similar ao Brasil. Nos últimos 20 anos, o México construiu mais de 15.000 ha de estufas para a produção de hortaliças visando ao mercado norte-americano, ávido por

produtos in natura de qualidade, baixos preços e disponíveis durante o inverno americano. Tendo trabalhado durante dois anos no México neste setor, entendo que podemos aprender muito com os nossos amigos mexicanos.

Quem participou da visita?

Tivemos a participação de produtores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco, envolvidos na produção de hortaliças, transplantes e flores. Além disso, contamos com a participação do diretor de Solanáceas da Syngenta, Marcos Maggio, e do jornalista Adriano Kirihara que hoje trabalha com a empresa Kifol de fertilizantes foliares. Dois outros consultores do setor agrícola que trabalham em parceria com EACEA também participaram da viagem.

Quais visitas foram feitas?

Neste ano, as visitas foram concentradas na

região de Queretaro (300 km de Cidade do México). Esta região está a 1.800 metros de altitude e oferece dias quentes e secos com noites frescas, além de muito sol - condições ideais para o cultivo de hortaliças como o tomate e o pimentão.

Pudemos visitar o AGROPARK, de Que-retaro, um verdadeiro condomínio fechado de empresas especializadas em produção de hortaliças em estufas de alta tecnologia. No AGROPARK visitamos duas empresas: Prime Harvest com 13 ha de pimentão e Finka, onde pudemos ver o uso da técnica de ”interplanting” para a produção de toma-tes, técnica que nos permite produzir sem interrupção, uma vez que plantas de idades diferentes são desenvolvidas ao mesmo tempo dentro da estufa.

O AGROPARK oferece uma série de serviços comuns às empresas, mas o prin-cipal é o acesso ao gás natural a um preço competitivo – insumo utilizado para fazer

o aquecimento e a injeção de CO2 das estufas. Outra empresa visitada foi a MEGAFRESCOS, líder na produção de pimentões (coloridos e minis) e chiles (doces e de especialidade). Em todas as visitas, pudemos visitar os ”packing houses” que surpreendem em sua maioria pela simplicidade e qualidade das operações.

Na continuidade, pudemos visitar outras empresas menores com tecnologias mais apropriadas ao Brasil (sobretudo em termos de tamanho de projeto) com o aquecimento a ar quente, além de visitar um centro de formação em mão de obra para estufas agrícolas – CEICKOR KOPPERT RAPEL. Na região de Penjamo, tivemos a oportunidade única de visitar a empresa PLANTFORT - líder no México de produção de mudas de tomate para estufas. Pudemos ver a versão mexicana do nosso “MUDÃO”, muda de tomate com duas hastes com 45 a 55 dias (enxertada ou não) que EACEA tem implan-tado com sucesso em vários de seus clientes.

O que oferece o CEICKOR?

O desenvolvimento das estufas no México passou por um grande Boom nos últimos 15 anos, mas agora estão em uma fase de maturidade onde as empresas estão buscando fazer “mais com menos”. O

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cado americano é cada vez mais exigente em qualidade e programas de segurança alimentar, além das medidas protecionistas para favorecer o produto produzido nos EUA. Neste contexto, as empresas mexicanas e fornecedores entenderam que havia a necessidade de investir em conhecimento e em formação dos horticultores, técnicos e, mesmo gerentes das empresas de estufas. O CEICKOR, fundado há 7 anos, conta com uma excelente infraestrutura física e humana e com parcerias com empresas de insumos e de tecnologia. O centro oferece cursos de capacitação prática e teórica para o manejo de sistemas de produção com média e alta tecnologia. Nossa empresa - EACEA - estará trabalhando com o CEICKOR para oferecer já em 2013 um programa, especialmente adaptado, para produtores e técnicos brasi-leiros. Esta formação poderá ser feita tanto no México como no nosso futuro centro

de formação que EACEA está montando no Brasil.

O que foi mais interessante nesta visita?

Assim como na visita do ano passado, sentimos que o grupo interagiu muito bem entre si e boas ideias surgiram. Creio que a necessidade de um maior contato entre os nossos produtores de hortaliças em cultivo protegido é uma realidade. O Brasil está pronto para ter uma associa-ção como a AMPHAC mexicana (www. amhpac.org). Outro aspecto importante desta visita foi o contato privilegiado com consultores do setor e os próprios gerentes das empresas. No último dia, organizamos uma conferência com o consultor mexicano, Humberto Castillo, diretor-geral de uma empresa com 10 ha de tomate em alta tecnologia na região de San Luiz de Potozí. Pudemos ter uma

visão geral dos custos de operação de uma operação mexicana.

A visita ao centro de produção de insetos polinizadores (”bumblebees”) da KOPPERT foi também marcante – o setor brasileiro de estufas agrícolas necessita de soluções deste tipo para poder evoluir.

Com base no que foi visto no México, quais são as perspectivas para 2013 em relação às estufas com alta tecnologia no Brasil?

Apesar de termos muito em comum com o México, é preciso entender as especifici-dades brasileiras. Não temos um mercado como o americano, mas temos, por outro lado, um mercado interno extremamente aquecido e crescente. Este mercado tem muito a descobrir ainda, mas está cami-nhando na mesma direção que os dos países desenvolvidos. Neste contexto, acreditamos que existe um potencial para produtores investirem em tecnologias que permitam a produção de hortaliças, com alto valor agre-gado e disponível durante todo o ano. Não estamos mais falando somente do tomate tipo uva, mas de uma série de produtos produzidos em diferentes regiões e com tecnologias apropriadas que podem mudar radicalmente a rentabilidade dos produtores.

Quais atividades a EACEA está organi-zando para 2013?

O retorno das visitas técnicas realizadas foi tão grande que estamos pensando em realizá-las duas vezes ao ano! A EACEA conta também com um novo agrônomo em nossa equipe - Rodrigo Cabrera (ver quadro ao lado). E com a REVISTA PLASTICULTU-RA, estamos organizando a segunda edição do Fórum Internacional – evento paralelo a HORTITEC em Holambra – serão dois dias de conferências sobre o tema de tecnologias de produção de hortaliças em estufas agrícolas. Rodrigo Cabrera nasceu no Brasil, mas cresceu no Chile onde se formou como Engenheiro Agrônomo pela Pontifícia Uni-versidade Católica de Valparaíso no Chile. Rodrigo conta com mais de sete anos de experiência na produção e comercialização de frutas e hortaliças em nível nacional e internacional. Desde junho 2012, trabalha como assessor-associado da EACEA.

Da esq. para a dir., grupo em visita na PRIME HARVEST; estufas RICHEL 12,80 x 6m; e chiles de megafrescos;

Referências

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