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Língua Portuguesa: Morfologia

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Academic year: 2021

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Língua Portuguesa:

Morfologia

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Formação de Palavras IV

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Celso Antônio Bacheschi

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• Derivação Regressiva • Abreviação Vocabular • Conversão

Atenção

Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.

· Nesta unidade da disciplina de Língua Portuguesa – Morfologia, conheceremos os processos de formação de palavras de que ainda não tratamos, a saber: a derivação regressiva, a abreviação vocabular, a conversão e a onomatopeia.

Formação de palavras IV

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Unidade: Formação de palavras IV

Contextualização

Antes de iniciarmos nossos estudos, nesta unidade da disciplina Língua Portuguesa – Morfologia, convidamos você a ler o texto a seguir:

Trás noite, trás noite, o mundo perdeu suas paredes. Fere um grilo, serrazim. Silêncio. E os insetos são milhões. O mato – vozinha mansa – aeiouava. Do outro mato, os respondidos. Um peixe espiririca. Um trapejo de remo. Um gemido de rã. O seriado túi-túi dos paturis e maçaricos, nos piris do alagoado. Nunca há silêncio.

As ramas do mato, um vento, galho grande rangente. As árvores querem repetir o que de dia disseram as pessoas. Frulho de pássaro arrevoando – decerto temeu ser atacado.

(GUIMARÃES ROSA. J. Noites do Sertão. 5ªed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.) Nesse texto, o autor cria algumas palavras com a intenção de reproduzir os sons da natureza em uma noite do sertão. Observe os efeitos expressivos que são obtidos por meio da formação de palavras que, apesar de serem incomuns - como “aeiouava” - , podem ser compreendidas facilmente pelo leitor.

Reflita sobre o texto e, a seguir, você poderá perceber a relação desse trecho com esta unidade de nossa disciplina.

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Derivação Regressiva

Como vimos anteriormente, os processos de derivação prefixal, sufixal e parassintética envolvem o acréscimo de afixos1 , por isso também são chamados processos de derivação progressiva. No processo de derivação regressiva, no entanto, isso não ocorre, pois a palavra derivada é formada por meio da substituição de elementos mórficos posteriores ao radical por uma das vogais temáticas nominais, que são -a, -e, -o. Said Ali (1964) observa que a derivação regressiva, muitas vezes, é o resultado de um erro de raciocínio. Vamos procurar entender como isso ocorre. Veja: há palavras primitivas que causam a falsa impressão de conter sufixos. A partir delas, supõe-se que se chegará à palavra primitiva, retirando-se esse sufixo e, assim, forma-se uma palavra por derivação regressiva.

Vamos a um exemplo: você conhece a palavra “gajo”? Essa palavra, mais comum no português europeu, é usada para se fazer referência a uma pessoa qualquer, assim como, no Brasil, dizemos “cara”, “camarada”, “sujeito”, “fulano” etc. Ela é formada a partir de “gajão”, que, por sua vez, formou-se a partir do cigano espanhol gachó. O final da palavra em “ão” dá-nos a falsa impressão de que “gajão” é um aumentativo (“gajo” + -ão). A partir daí, com a retirada do suposto sufixo, chega-se a “gajo”.

Outro exemplo é a palavra “sarampo”. Ela é formada a partir de “sarampão”. Uma vez que a palavra primitiva possui a terminação “ão”, derivou-se dela “sarampo”, seguindo o mesmo raciocínio que deu origem a “gajo”.

Em português, há alguns substantivos diminutivos terminados em-im, como “folhetim” (“folheto”), “barraquim” (“barraca”), “espadim” (“espada”), “flautim” (“flauta”), “tamborim” (“tambor”) etc., é fácil supor que “botequim” – que, na verdade, é uma palavra primitiva – seja um caso semelhante aos anteriores; e, daí, conclui-se, equivocadamente, que a palavra é formada a partir de “boteco”.

A derivação regressiva é um processo produtivo na formação de palavras de uso informal, como “portuga”, de “português”, “delega”, de “delegado”, “japa”, de “japonês”, “comuna” de “comunista”, “neura” de “neurose” ou “neurótico” etc.

A maior parte das palavras formadas por derivação regressiva são os chamados substantivos deverbais ou pós-verbais, formados pelo radical do verbo acrescido de uma vogal temática, como “abono” (de “abonar”), “abraço” (de “abraçar”), “ajuda” (de “ajudar”), “ajuste” (de “ajustar”), “aperto” (de “apertar”), “choro” (de “chorar”), “corte” (de “cortar”), “enredo” (de “enredar”), “envio” (de “enviar”), “furo” (de “furar”), “guia” (de “guiar”), “janta” (de “jantar”),

1 Algumas palavras que estão em negrito compõem um glossário que está disponível ao final do texto. Consulte-o durante a leitura, caso tenha necessidade, para uma melhor compreensão do tema de que se está tratando. Sobre afixos, veja também a unidade I.

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Unidade: Formação de palavras IV

“lance” (de “lançar”), “nado” (de “nadar”), “namoro” (de “namorar”), “perda” (de “perder”), “preparo” (de “preparar”), “sobra” (de “sobrar”), “sopro” (de “soprar”), “taxa” (de “taxar”), “tombo” (de “tombar”), “urro” (de “urrar”), “visita” (de “visitar”), “voo” (de “voar”).

Veja os quadros a seguir:

Radical Vogal Temática =

Ajud- -A Ajuda

Radical Vogal Temática =

Cort- -E Corte

Radical Vogal Temática =

Chor- -O Choro

Aqui, pode-nos ocorrer um problema, pois, assim como há substantivos derivados de verbos, há, também o oposto, os verbos derivados de substantivos. Em termos práticos, como saber se o substantivo “venda” é formado a partir do verbo “vender”, ou se “venda” é a palavra primitiva da qual se forma “vender”? O verbo “telefonar” é formado a partir do substantivo “telefone” ou o contrário?

Nas gramáticas, propõe-se, em geral, a seguinte solução: se o substantivo expressar uma ação, ele é derivado do verbo; mas, se ele for concreto, o verbo é que é formado a partir dele. Essa solução parece coerente, pois, se pensarmos em outros substantivos derivados de verbos por derivação sufixal, veremos que eles expressam ação. Note: “descobrimento” expressa uma ação e é derivado do verbo “descobrir” (descobri(r) + -mento), “comparação” expressa uma ação e é derivado do verbo “comparar” (compara(r) -ção). Vamos verificar os exemplos que citamos, “venda” e “telefone”?

O primeiro parece expressar claramente uma ação. Para comprovar, vejamos as orações a seguir:

1. O corretor vendeu a casa.

2. O corretor realizou a venda da casa.

Já no segundo caso, isso não parece possível. Vejamos: 3. Telefonei a meu amigo hoje.

4. *Realizei o telefone a meu amigo hoje2 .

No último caso, nota-se que “telefone” não expressa uma ação, pois o enunciado 4 não é aceitável. Subentende-se que “telefone” não pode expressar a ação de telefonar, pois ele é um substantivo concreto. Ademais, sabe-se que à ação de telefonar corresponde o substantivo “telefonema”.

Com esse teste, concluímos que “venda” é uma palavra formada por derivação regressiva de “vender”; mas, no outro caso, “telefonar” é que é formado a partir de “telefone”.

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Esses casos parecem estar esclarecidos; mas, infelizmente, essa solução tem suas limitações, já que, algumas vezes, é difícil determinar se a palavra é formada por derivação regressiva ou não.

Um dos problemas desse procedimento é que as palavras, frequentemente, têm vários sentidos, o que pode causar problemas para definir se um substantivo expressa ou não uma ação, se ele é concreto ou não.

Vejamos o caso do substantivo “visita”, que, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, figura como derivação regressiva de “visitar”. Vamos comparar os enunciados a seguir:

5. Fico satisfeito por sua visita à minha casa. 6. Fico satisfeito por você visitar minha casa.

Nesse caso, a palavra parece expressar claramente uma ação, dado que o substantivo “visita” em 5 corresponde ao verbo “visitar” em 6. Vejamos, agora, outro enunciado:

7. Peça às visitas que entrem.

No enunciado 7, a palavra “visita” está empregada de modo a exprimir não uma ação, mas o agente da ação, aquele que realiza a visita, o visitante, tendo, portanto, um sentido concreto. Alguns autores defendem a ideia de que a palavra deve ser considerada como formada por derivação regressiva quando puder ser usada com sentido verbal, como “venda” no exemplo 1.

Consideramos que essa posição pode causar outro problema, porque nos levaria a considerar que “visita” é formada por derivação regressiva em 5 e palavra primitiva em 7.

Nos casos de dúvida, pode-se afirmar, no entanto, conforme Basílio (1987), que é mais interessante considerar que é mais interessante considerar que a palavra é formada por derivação regressiva, uma vez que o número de substantivos formados a partir de verbos é muito maior que o número de verbos formados a partir de substantivos.

Nossa conclusão é que, se a palavra tem o potencial de expressar uma ação, deve ser considerada uma derivação regressiva. Nos exemplos que citamos, portanto, apenas a palavra “telefone” estaria excluída desse processo de formação. De qualquer modo, até o momento, parece não haver uma solução definitiva para a questão da derivação regressiva.

Ainda assim, há casos em que é fácil eliminar qualquer dúvida. Por exemplo, “embarque” só pode ser uma palavra formada a partir de “embarcar”, porque contém o prefixo em-, que está presente no verbo, mas não faz parte da palavra “barco”.

A seguir, veremos mais um caso de formação de palavras que consiste na redução de vocábulos.

Abreviação Vocabular

A abreviação vocabular consiste na redução de uma palavra, de modo que a parte passa a valer pelo todo, como ocorre em “foto” por “fotografia”, “moto” por “motocicleta”, “dermato” por “dermatologia”, “micro” por “microcomputador” etc.

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Unidade: Formação de palavras IV

Esse processo, que “encurta palavras compridas”, visa à economia de esforço e de tempo, de sorte que as palavras formadas por abreviação vocabular tendem, de modo geral, a ser empregadas em situações informais.

Os casos de abreviação vocabular (ou redução) apresentam muitas variações, não sendo possível, consequentemente, prever que parte de uma palavra pode ser suprimida.

Em casos de palavras compostas, pode-se manter o primeiro radical e suprimir o restante, como ocorre em “dermato” (pele) e “pornô” (prostituta) por “pornografia”.

Há casos em que se mantêm os dois primeiros radicais, como em otorrino (oto = ouvido, rino = nariz) por “otorrinolaringologia”, e suprime-se o restante.

Há, ainda, os casos em que o segundo radical prevalece, como em “fone” (som, voz) por “telefone”.

Em casos de palavras formadas por derivação prefixal, o prefixo pode passar a valer pelo todo, como em “micro” por “microcomputador” e “retrô” por “retrógrado”.

Finalmente, há casos que não seguem nenhuma lógica, como “refri” por “refrigerante”. As abreviações vocabulares podem suceder-se. Por exemplo, de “cinematógrafo” formou-se “cinema”; e, deste, por nova abreviação, “cine”.

A abreviação pode gerar um fenômeno conhecido como recomposição. Veja: o radical “auto” significa “próprio, de si mesmo” e ocorre, com esse sentido, por exemplo, em “autobiografia”. Da palavra “automóvel” (auto = que se move por si só), no entanto, formou-se, por abreviação vocabular, “auto”, que passou a servir – valendo pelo todo – à formação de outros compostos como “autoestrada” e “autopeça”.

Da mesma forma, o radical “tele”, extraído de “televisão” ( tele = visão ao longe), passou a servir, com o sentido deste ultimo em outros compostos, como “telejornal”, “telenovela” etc.

A abreviação vocabular pode, às vezes, ser confundida com a derivação regressiva. Para diferenciá-las, é preciso observar certas características de cada processo. Por meio da abreviação vocabular, formam-se sempre palavras que são sinônimas das palavras que as originaram, ainda que a forma reduzida seja de uso mais informal. Exemplos disso: auto, cine, dermato, retro etc.

Já na derivação regressiva, a parte da palavra original, que é reduzida na formação de uma nova palavra, é previsível, tratando-se de um sufixo real ou suposto (ocasionalmente dois), o que pode ser confirmado com a formação de um par. Tomemos, por exemplo, o substantivo “portuga”, com o qual podemos formar o par

Portuga / Português.

Com a retirada do sufixo -ês, chegamos ao radical portug-, ao qual se acrescenta a vogal temática -a (que dispensa a grafia do u). Dessa forma, chega-se a “portuga”, que, portanto, é caso de derivação regressiva.

Nos casos de abreviação vocabular, como vimos, a parte retirada da palavra original da qual se obtém a reduzida não é previsível, pois há grande variação de procedimentos.

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Para Bechara (2003), as siglas, como “ONU”, “Petrobras” etc., constituem um tipo especial de abreviação vocabular.

A seguir, veremos, ainda, mais dois casos de formação de palavras. Vamos conhecê-los?

Conversão

A conversão ou derivação imprópria consiste na formação de palavras a partir de outras, de classe gramatical diferente. Veja o exemplo:

O jantar foi servido às vinte horas.

Nesse enunciado, temos o substantivo “jantar” (= refeição noturna), que é obtido a partir do verbo “jantar”. Como se vê, não há qualquer alteração fonética (de sonoridade) da palavra. Por esse motivo, alguns autores consideram o termo derivação imprópria inadequado, preferindo denominá-lo de conversão.

Entre os casos de conversão, observamos: a) substantivo que passa a adjetivo:

sujeito cabeça;

b) adjetivo que passam a advérbio: falar alto;

c) numeral que passa a preposição: agiu segundo sua consciência;

d) verbo no particípio que passa a preposição: todas foram à festa, salvo Júlia.

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Unidade: Formação de palavras IV

O tipo de conversão mais comum é a formação de substantivos a partir de palavras de outras classes, como em nosso primeiro exemplo. Quando uma palavra gramaticalpassa a substantivo, ocorre um tipo de conversão também conhecido como lexicalização. É o que ocorre no exemplo a seguir:

Explique-me o porquê de sua atitude.

Alguns autores, como Luft (2002), excluem a conversão dos processos de derivação, por considerarem que se trata de um fenômeno exclusivamente semântico (de significado).

Veja o próximo caso de formação de palavras que remete à nossa contextualização. Lembra do texto de Guimarães Rosa?

Onomatopeia

A onomatopeia é a formação de palavras que consiste na imitação, por meio dos recursos de que a linguagem dispõe, de sons que a ela não pertencem, como “zumbir”, “tique-taque”, “pio”, “miau”, “bem-te-vi”. Essa imitação é sempre imprecisa e variável entre diferentes línguas. A própria natureza do fenômeno da onomatopeia possibilita a formação de um número reduzido de palavras, uma vez que elas só se aplicam em referência a objetos, animais ou fenômenos naturais a que se associa algum som, como as vozes de animais.

De modo geral, as onomatopeias podem ser divididas em dois grupos. O primeiro se caracteriza por conter elementos de significação imprecisa, cuja formação é ocasional e, não raramente, individual. Esses elementos ocorrem momentaneamente e podem nunca voltar a se repetir, como quando uma pessoa tenta reproduzir, por exemplo, o som de um trovão ou de um carro freando.

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Dado seu uso ocasional e o fato de, muitas vezes, serem estranhas à sonoridade da língua, essas onomatopeias, em geral, jamais chegam a se tornar palavras de uso corrente.

No entanto, há nesse grupo também os casos em que esses elementos passam a ser recorrentes na língua, tornam-se parte do que Herculano de Carvalho (1973: 187) chama de “onomatopeias propriamente ditas”, podendo conformar-se normalmente ao sistema da língua, ou apresentar sonoridades incomuns, como, em português, “nhac”, “atchim”, “puf” etc. Segundo o mesmo autor, esses elementos não são “verdadeiras palavras”, pois, geralmente, não desempenham uma função na frase, equivalendo, na verdade, a uma frase em si da mesma forma que as interjeições. Veja o exemplo:

Ele chegou à beira da piscina e tibum!

A onomatopeia, nesse caso, equivale, como diz Herculano, a uma frase em si, que poderia ser Ele chegou à beira da piscina e pulou nela.

De modo diferente, encontram-se, no segundo grupo, as “palavras onomatopeicas” (Herculano de Carvalho, 1973: 190), as quais se originam das onomatopeias propriamente ditas; mas, em oposição a estas, apresentam-se ajustadas à sonoridade e ao sistema de flexões da língua, de modo que, entre elas, incluem-se verbos, substantivos e adjetivos. Podemos citar, como “palavras onomatopeicas”, por exemplo, “tilintar”, “miar”, “zumbido”, “piar”, “cacarejar”, “gargalhada” etc3.

Essa integração ao sistema torna as palavras onomatopeicas “verdadeiras palavras”, passíveis de servirem de base à formação de palavras derivadas, de maneira que pode aparecer apagada a ideia de que a palavra contém uma sugestão sonora. O mesmo autor menciona, entre outros, o verbo “tombar” como exemplo de palavra onomatopeica que não parece soar como tal aos nossos ouvidos. Casos há em que, embora a nossa intuição possa sugerir-nos que se trata de uma palavra onomatopeica, a etimologia pode indicar uma origem diversa, ou podem existir dúvidas ou mesmo controvérsias a respeito dessa origem, a exemplo de “berro”, “blá-blá-blá”, “bumba”, “nhe-nhe-nhem”, “uivar”, “urrar”, etc.

Glossário

Adjetivo: palavra que se liga a um substantivo para expressar uma característica: “dia quente”. Advérbio: palavra que modifica um verbo (acordar cedo), um adjetivo (bastante claro) ou outro

advérbio (muito perto).

Afixo: morfema que se liga a um radical. Em português, são os prefixos e os sufixos.

3 Aulete (2011), assim como o Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa (1998), considera que “urrar” se origina do latim ululare; Cunha (1986) postula um suposto *urulare, Bechara (2011) também menciona essa palavra ou “urro” + -ar como origens possíveis; Houaiss (2009), sem citar hipóteses, apresenta a palavra como de “origem controversa”; e Borba (2011), da mesma forma, refere a palavra como de “origem duvidosa”.

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Unidade: Formação de palavras IV

Conjunção: palavra invariável que estabelece ligação entre orações ou termos da mesma oração. Numeral: palavra que indica quantidade, posição numa ordem, multiplicidade ou fração.

Palavra gramatical: palavra que não tem significado extralinguístico, como as preposições, os

artigos e as conjunções.

Prefixo: morfema que antecede o radical, como des- em “desleal”. Preposição: palavra invariável que liga termos da mesma oração.

Radical: morfema que contém o significado básico de uma palavra, como “leal” em “desleal”. Substantivo: palavra que nomeia seres, ações, características, sentimentos etc.

Sufixo: morfema que se pospõe ao radical, como -eza em “clareza”.

Verbo: palavra variável em tempo, modo, número e pessoa. Semanticamente, expressa um fato

(ação, estado).

Vogal temática: vogal a que se junta a um radical, constituindo o tema, a que se juntam as

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Material Complementar

Para aprender mais a respeito das questões apresentadas nesta unidade, faça as seguintes leituras: KEHDI, Valter. Formação de Palavras em Português. 5. ed. São Paulo: Ática, 2003. ________. Morfemas do Português. 6. ed. São Paulo: Ática, 2004.

Obras disponíveis on-line

DERIVAÇÃO imprópria e conversão categorial. Disponível em http://www.maxwell.lambda.ele.

puc-rio.br/22451/22451_4.PDF. Acesso em 26 jan. 2014.

GONÇALVES, João Batista Costa. Derivação regressiva em português. Disponível em http://www.revistadeletras.ufc.br/rl18Art01.pdf. Acesso em 22 jan. 2014.

RIBEIRO, Maria das Graças Carvalho. Morfologia da Língua Portuguesa. Disponível em http:// portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/morfologia_da_langua_portuguesa_1360073731. pdf. Acesso em 22 jan. 2014.

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Unidade: Formação de palavras IV

Referências

BASÍLIO, M. Teoria lexical. 8. ed. São Paulo: Ática, 2007.

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

HERCULANO DE CARVALHO, J. G. Teoria da Linguagem: Natureza do fenômeno linguístico e a análise das línguas. t. 1. 5. ed. Coimbra: Atlântida, 1973.

LUFT, C. P. Moderna Gramática Brasileira. 2. ed. São Paulo: Globo, 2002.

SAID ALI, M. Gramática Secundária e Gramática Histórica da Língua Portuguesa. 3. ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1964.

Dicionários

AULETE, Caldas. Novíssimo Aulete Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Lexicon, 2011.

BECHARA, Evanildo. Dicionário da Língua Portuguesa Evanildo Bechara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

BORBA, Francisco da Silva. Dicionário Unesp do português Contemporâneo. Curitiba: Piá, 2011. CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário Etimológico Nova Fronteira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 1 CD-ROM.

Referências Bibliográficas (disponível para consulta)

BASILIO, M. Formação e classes de palavras no português do Brasil. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009. (E-book)

BASÍLIO, M. Teoria lexical. 8. ed. São Paulo: Ática, 2007. (Coleção princípios). (E-book) NEVES, M. H. M. Texto e gramática. São Paulo: Contexto, 2006. (E-book)

ROSA, M. C. Introdução à morfologia. São Paulo: Contexto, 2000. (E-book)

SAUTCHUK, I. Prática de morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)sintática. São Paulo: Manole, 2010. (E-book)

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www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade

Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000

São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000

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