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A redução do parto cesáreo: o papel do SUS e da saúde suplementar. Agência Nacional de Saúde Suplementar

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(1)

A redução do parto cesáreo: o

papel do SUS e da saúde

suplementar

Agência Nacional de Saúde

Suplementar

CONASEMS

(2)

Antes da Regulamentação:

¾ O mercado privado de planos de saúde no Brasil operava sem o controle do Estado;

¾ Agia com lógica e regras próprias, alheio às políticas e aos programas desenvolvidos pelo Ministério da Saúde;

¾ Os planos comercializados não garantiam a cobertura adequada e necessária à atenção à saúde dos usuários;

¾ Empresas eram pouco preocupadas com as questões

(3)

Marco Regulatório do Setor Suplementar

Marco Regulatório do Setor Suplementar

de Saúde no Brasil

de Saúde no Brasil

• Lei nº 9.656 de 03/06/1998

- Dispõe sobre a

regulamentação dos planos e seguros privados de

assistência à saúde.

• Lei mº 9.961 de 28/01/2000

- Criação da Agência

Nacional de Saúde Suplementar – ANS.

(4)

Agência Nacional de Saúde

Agência Nacional de Saúde

Suplementar

Suplementar

• Finalidade institucional:

promover a defesa do

interesse público na assistência suplementar à

saúde, regulando as operadoras setoriais,

inclusive quanto às suas relações com

prestadores e consumidores, contribuindo para o

desenvolvimento das ações de saúde no

País (Lei nº 9.961/00).

• Competência

, entre outras: fixar as normas

para constituição, organização, funcionamento e

fiscalização das operadoras de planos de saúde,

incluindo os conteúdos e modelos assistenciais

(5)

O Setor Suplementar de Saúde no Brasil

(6)

O Setor Suplementar de Saúde no Brasil

(7)

Saúde como ausência de doenças

Doenças apenas como lesões ou alterações

do corpo biológico

Não consideram outros determinantes da

saúde/doença

Centrados na produção de procedimentos

reparadores

Fragmentação do cuidado

Atuação desarticulada, desintegrada e pouco

cuidadora

CARACTERÍSTICAS DO MODELO ASSISTENCIAL

EXISTENTE NO SETOR SUPLEMENTAR

(8)

Atendem apenas à demanda espontânea

Centralidade da atenção médica

Crescente especialização médica

Centralidade da atenção hospitalar

Incorporam acriticamente novas tecnologias

Consumo excessivo de procedimentos de

alto custo

Não avaliam sistematicamente seus

resultados

CARACTERÍSTICAS DO MODELO ASSISTENCIAL

EXISTENTE NO SETOR SUPLEMENTAR

(9)

Regulação em saúde suplementar

Regulação em saúde suplementar

novo momento

novo momento

• ATENÇÃO À SAÚDE

como dimensão

prioritária da regulação

Saúde suplementar: setor de produção de

SAÚDE

SAÚDE – intervenção em todos os aspectos:

promoção, prevenção, diagnóstico,

tratamento e reabilitação

(10)

Política de Qualificação da Saúde

Suplementar

¾ Cria a cultura do uso de indicadores e informações epidemiológicas na gestão em saúde no setor

¾ Identificar problemas-chave e prioridades

Programas Promoção à Saúde e Prevenção

de Doenças

¾ Indutor de mudança do modelo assistencial ¾ Novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde – RN nº 167

ESTRATÉGIAS DE INDUÇÃO DE

NOVOS MODELOS DE ATENÇÃO

(11)

Ciclo de Vida da Regulação

• A discussão sobre estratégias para o incentivo ao parto normal no setor

suplementar ocorre no bojo da evolução dos objetivos estratégicos da ANS:

Foco na regulação financeira das operadoras Foco na regulação técnico-assistencial Foco na integração SUS/Setor suplementar e na defesa da concorrência no setor Tempo Fases Início Desenvolvimento Maturação

(12)

ANS: ALGUNS MOVIMENTOS EM DIREÇÃO

À REGULAÇÃO ASSISTENCIAL

Instituir a qualidade como marca na saúde

suplementar;

Construção do setor da suplementar como

pertencente ao campo da produção da saúde;

Integração cada vez maior da agenda da ANS

com o Ministério da Saúde.

Ter a qualificação da saúde suplementar como

local de encontro dos diversos interesses do

setor.

(13)

Qualificação da

Saúde Suplementar

A análise da qualidade das operadoras é feita por meio

de quatro dimensões,com pesos diferenciados:

Atenção à saúde (50%);

Econômico-financeira (30%);

Estrutura e operação (10%);

(14)

Programa de Qualificação

Atenção à Saúde

Os indicadores são distribuídos nas

seguintes áreas de atenção:

Saúde da mulher

;

Saúde da Criança

Saúde Bucal;

(15)

Programa de Qualificação

-Atenção à

Saúde-Área de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança:

Indicadores Maternos Neonatais Avaliados

1. Taxa de Prematuridade;

2. Taxa de Natimortalidade;

3.

Proporção de cesarianas;

4. Taxa de Internação por Transtornos Maternos

Hipertensivos no período da Gravidez, Parto e

Puerpério;

5. Taxa de Internação por Transtornos Maternos

Infecciosos no Puerpério;

(16)

Programa de Qualificação

Proporção de Parto Cesáreo

Proporção de Parto Cesáreo

64,30 79,19 77,50 80,72 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 2003 2004 2005 2006

(17)

Proporção de Cesarianas no Setor

Suplementar, SUS e Média Brasil

64,3% 79,2% 77,5% 80,7% 26,8% 27,5% 28,6% 30,1% 40,0% 41,8% 43,3% NI 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 2003 2004 2005 2006

(18)

Informações sobre Atenção ao Parto

no Setor Suplementar

Ano base Total de Op. analisadas Total de beneficiárias de 10 a 49 anos em plano obstétrico Total de partos normais Total de cesarianas Total de partos Proporção de Cesarianas 2005 624 8.190.908 84.649 291.499 376.148 77,50% 2006 710 9.293.880 75.228 314.943 390.171 80,72%

(19)

Modelo de Atenção ao Parto e Nascimento

no Setor Suplementar

Problema: Atenção ao parto e nascimento no setor

suplementar de saúde orientado pelo paradigma tecnocrático

Descrição do Problema:

1 – 80% de partos no setor são de cesarianas;

2 – Utilização excessiva de procedimentos neonatais invasivos na atenção imediata ao RN;

3 – Exercício insuficiente da autonomia feminina na tomada de decisões sobre a condução de seu parto;

4 – Baixa adesão às políticas e diretrizes sobre a atenção ao parto e nascimento propostas pelo Ministério da Saúde

(20)

Modelo de Atenção ao Parto e Nascimento

no Setor Suplementar

Conseqüências:

• Maior consumo de recursos hospitalares = maior custo

• Maior risco de morbimortalidade materna e neonatal

• Maior risco de prematuridade iatrogênica

• Maior utilização/ocupação de leitos e equipamentos de alta complexidade

• Separação precoce entre mãe e RN com prejuízo para o estabelecimento de

vínculo e para o início do aleitamento materno

• Participação periférica do pai/família

• Frustração feminina em relação ao próprio parto

• Reafirmação da cultura de parto como um evento negativo

• Falta de integralidade na atenção ao parto e nascimento e risco de

descontinuidade na assistência;

(21)

Modelo de Atenção ao Parto e Nascimento

no Setor Suplementar

Causas – Nós Críticos:

• Cultura do médico único do pré-natal ao parto;

• Pagamento por procedimento;

• Maior domínio dos médicos da técnica de cesariana em relação à assistência ao parto distócico;

• Forte oposição da classe médica em relação a estratégias para redução de cesarianas desnecessárias;

• Pouca disponibilidade de leitos de pré-parto na rede privada;

• Ambiência desfavorável à humanização;

• Mulheres pouco informadas sobre os benefícios do parto normal;

(22)

Modelo de Atenção ao Parto e

Nascimento no Setor Suplementar

Causas – Nós Críticos:

• Baixa valorização dos aspectos culturais e subjetivos relacionados ao parto e nascimento;

• Baixa inserção de enfermeiras obstétricas na atenção ao parto e nascimento;

• Baixa utilização de protocolos de atenção ao parto e nascimento baseados em evidências científicas;

• Ausência de estratégias de incentivo à realização do parto normal nas operadoras de planos de saúde

• Poucos mecanismos de regulação para obrigatoriedade de adoção das portarias do Ministério da Saúde pelas

operadoras de planos de saúde;

(23)

Novo Foco de Enfrentamento do

Problema

Foco das ações regulatórias da ANS

voltadas para a redução de cesarianas

Foco das ações regulatórias da ANS

voltadas para a mudança do modelo de

(24)

Alguns Resultados das Pesquisas

Financiadas pela ANS

• Trata-se de estudo piloto, realizado em duas unidades hospitalares do sistema de saúde suplementar do Rio de Janeiro, para identificar a construção da decisão por parto cesáreo e avaliar as indicações de cesariana nessas

instituições.

• Foram entrevistadas 254 puérperas na unidade 1 (Município do RJ) e 183 na unidade 2 (Região Metropolitana do RJ),

totalizando 437 mulheres, com um percentual de perdas de apenas 3%.

• Quase a totalidade das mulheres realizou sua assistência pré-natal em consultório particular.

• Mais de 90% das mulheres, nas duas unidades, relataram início precoce da assistência pré-natal, com quase 100% das mulheres tendo acesso ao mínimo de seis consultas de

(25)

pré-Alguns Resultados das Pesquisas

Financiadas pela ANS

Mais de 36% das mulheres na Unidade 1 e 32,8% na unidade 2 preferiam parto cesáreo desde o início da gestação.

• Quando analisamos apenas as primíparas, a proporção de

preferência por cesariana foi menor, 20% e 23%, respectivamente, nas unidades 1 e 2.

• Cerca de 70% das mulheres relataram que, ao final da gestação, já havia a decisão de realizar cesariana.

• Os resultados sugerem que a decisão por cesariana no final da gestação foi o maior preditor de cesariana no momento do parto.

• Deve-se ressaltar, entretanto, que o número de mulheres que entraram em trabalho de parto foi muito pequeno.

• Observa-se que, no momento do parto, a maioria das trajetórias terminou em parto cesáreo, independentemente do desejo inicial.

(26)

Alguns Resultados das Pesquisas

Financiadas pela ANS

• 92% das cesarianas foram realizadas eletivamente, antes da entrada da mulher em trabalho de parto.

• Após revisão e análise de todos os partos cesáreos com indicação médica, não foi possível avaliar a adequação da indicação em 10,2% por ausência de informações no prontuário.

• Nos casos em que foi possível a avaliação, concluiu-se que 91,8% foram inadequadas e apenas 8,2% adequadas.

• A principal razão para a inadequação da indicação da cesariana foi a ausência de uma prova de trabalho de parto para várias condições que não constituem indicações absolutas para um parto cesáreo.

• Em relação ao manejo do trabalho de parto, avaliou-se que 64,9% das mulheres tiveram manejo inadequado do trabalho de parto, 10,4% parcialmente adequado e

(27)

Parto Normal está no meu Plano:

Movimento ANS em favor do Parto Natural

Trata-se de uma proposta de ação para

redução das cesarianas desnecessárias e

incentivo ao parto normal no setor

suplementar de saúde, envolvendo uma

força-tarefa com os segmentos implicados

com a implementação de estratégias de

reorganização do modelo de atenção ao

parto e nascimento, com vistas a estimular

o parto normal.

(28)

Parto Normal está no meu Plano:

Movimento ANS em favor do Parto Natural

Objetivos:

• Conjugar esforços, com outras entidades governamentais e da sociedade civil para redução da

morbimortalidade materna e neonatal no setor suplementar de saúde;

• Reduzir a proporção de cesarianas no setor suplementar para 60%, no primeiro ano de implementação do projeto;

• Instrumentalizar mulheres e homens para que possam demandar dos serviços de saúde um atendimento mais humano e qualificado à gestação, parto e nascimento,

(29)

Parto Normal está no meu Plano:

Movimento ANS em favor do Parto Natural

Objetivos:

• Divulgar recomendações baseadas em evidências científicas sobre boas práticas relacionadas à atenção ao parto e ao nascimento;

• Sensibilizar operadoras e prestadores de serviço a aderirem a tais práticas na estruturação de serviços humanizados de atenção à gestação, ao parto e ao nascimento;

• Financiar e estimular pesquisas e propiciar trocas de experiências entre serviços e profissionais de saúde nessa área do conhecimento;

(30)

Sensibilização de todos os atores da saúde suplementar com a proposta de redução da proporção de partos cesáreos: operadoras de planos privados de saúde, prestadores, profissionais de saúde e usuários.

Ações da ANS para Redução de Cesarianas

Participação em eventos para discussão ampla sobre o tema com especialistas nacionais e internacionais – REHUNA, OPAS e MS;

Divulgação de experiências exitosas de redução da proporção de parto cesáreo e iniciativas para melhoria da assistência materno-neonatal.

(31)

Ações da ANS para Redução de Cesarianas

Melhor pontuação na dimensão Atenção à Saúde do Programa de Qualificação para a operadora que apresentar proporção de cesarianas progressivamente menores;

Elaboração de material educativo (folder e cartaz) em parceria com o Ministério da Saúde em prol do parto natural e distribuição entre operadoras e maternidades privadas;

Elaboração de boletins informativos sobre as altas taxas de cesariana no setor suplementar e diretrizes e iniciativas em prol do parto natural;

Participação em eventos e realização de seminários para discussão sobre o tema com a participação de especialistas nacionais e internacionais;

(32)

Financiamento de pesquisa sobre as causas e

conseqüências das cesarianas no setor

suplementar

Aproximação com gestor municipal (Belo

Horizonte) para discutir o assunto e traçar

estratégias conjuntas.

Participação no GT da Anvisa que elaborou o

regulamento técnico para o funcionamento

dos serviços de atenção obstétrica e

neonatal;

(33)

Ações da ANS para Redução de Cesarianas

Participação em Audiência Pública no

Ministério Público em resposta à ação movida

em função das altas taxas de cesariana no

setor suplementar;

Lançamento do movimento “Parto Normal

está no meu Plano”.

(34)

Propostas de Ação para 2008

• Lançamento de comunicado (“carta”) às beneficiárias sobre o assunto;

(35)

Propostas de Ação para 2008

• Lançamento de “hot site” com divulgação permanente das ações da ANS em favor do parto normal:

(36)

Propostas de Ação para 2008

• Formação de força-tarefa composta por representantes do Ministério da Saúde,da ANS e da Anvisa;

• Realização de ampla campanha de mídia desenvolvida em parceria pelos membros da força-tarefa;

• Elaboração de publicação técnica sobre o tema;

• Formação de um Grupo Técnico para debater o problema e estratégias de enfrentamento para o setor suplementar, com representantes de entidades governamentais,

entidades do setor suplementar de saúde, entidades de ensino e pesquisa e sociedades de especialidades;

• Ampliação de projetos de pesquisa, para avaliar possíveis modelos de intervenção na saúde suplementar;

(37)

Como atuar?

Poder Público Operadoras Prestadores Médicos Mulheres Sociedade

(38)

Gerência Geral

Técnico-Assistencial dos Produtos –

GGTAP/DIPRO/ANS

Contatos:

Ggtap.dipro@ans.gov.br

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